Estratégias Pensamento Lateral

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ESTRATÉGIAS DE PENSAMENTO LATERAL Brown & Brooks (1991) Cap 18

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ESTRATÉGIAS DE PENSAMENTO LATERAL

Brown & Brooks (1991) Cap 18

CONCEITOS

• Pensamento Lateral diferente de:– Pensamento dedutivo ou silogístico– Pensamento indutivo: gera hipóteses para serem

testadas contra certos dados externosPois ambos eliminam em cada passo a informação

avaliada como “falsa” , considera esta irrelevante. Processo analítico.

(mas: como distinguir de modo seguro o que é falso do que não é?

Pensamento LateralVisa:-gerar tantas alternativas quantas possíveis- É não sequencial- Conserva os dados incorrectos e irrelevantes- Evita categorizar ou classificar as pessoasObjectivo: resultado:Maior probabilidade de modificar ou re-arranjar

padrões cognitivos préviosMas: não promete solução certa.

Assunções• 1)• 2)• 3)• 4)• 5)• 6)

Utilizações• 1)Gerar alternativas de carreira• 2)Quebrar estereótipos pessoais, ambientais ou

profissionais• 3)Lidar com “injunções fracas” do cliente• 4)Promover a exploração criativa de alternativas• 5)Evitar o fechamento prematuro na tomada de

decisão• 6)Acessório das ferramentas de tomada de

decisão laterais

Utilidade

• Desbloquear • Desafiar estereótipos• Libertar relativamente a estratégias limitadoras

• Maximizam a informação sobre escolhas possíveis

• Complementares às estratégias lógicas• Pois: Chegará o momento em que é crucial fazer

uma escolha

Background

• E. de Bono (1970)• Resolução de problemas criativa• Atitude de risco, inovação (vs métodos

tradicionais, já testados), uso da fantasia e do jogo.

• Gellat (1989): Promoção da Incerteza Positiva

Incerteza Positiva• Aceitar a mudança e a ambiguidade que lhe está

associada; Aprender a usar a intuição e abordagens alternativas não racionais na tomada de decisão.

• Tomada de decisão humana = não sequencial, não sistemática.

• 3 linhas orientadoras:– “Trate os factos com imaginação, mas não os imagine!”

(Pesquisar constantemente, os dados são logo ultrapassados; reconhecer o seu papel e impacte na informação, que não é objectiva)

– “Conhece aquilo que queres e em que acreditas, mas não tenhas a certeza”: Tomar decisão não é só prosseguir metas prédefinidas, é descobrir novos objectivos a cada passo. Manter a Incerteza e abertura permanente sobre os objectivos e as opções.

– O decisor deveria ser racional, a menos que haja uma boa razão para ser não racional.

TÉCNICAS DE PENSAMENTO LATERAL

• Visões Alternativas• A Técnica dos Porquês• Suspender o juízo• Fraccionamento• Reversões• Brainstorming• Evitar polarização• Dizer “Po” (“Nim”)• O uso das Metáforas• Técnica dos 6 chapéus

Visões Alternativas

• Exercício proposto por deBono : Modos alternativos de olhar para um triângulo

• Dar uma estória incompleta, e pedir para gerar partes alternativas ou outros fins da estória.

A Técnica dos Porquês• Com clientes que nunca questionaram o seu modo de

pensar:• Deve ser usada tendo como objecto um aspecto muito

concreto (ex: ideia de frequentar a universidade da mesma cidade)

• O Co (conselheiro) apresenta a técnica: irá começar a perguntar-lhe porque é que acredita naquilo em que acredita, e gradualmente o cliente assumirá esse papel de interrogar a si mesmo. Usa uma sequência de porquês

– Porquê fez essa assunção?– porquê? É que .... – porquê? É que ....

NOTA: Cf. Laddering Vertical (G. Kelly)

Suspender o juízo• Requer que o Cliente deliberadamente adie tomar a

decisão.• Mto frequentemente a decisão corre mal porque as

pessoas pensam que têm de ter informação correcta em cada fase do processo – gera inibição – conduz a decisões abaixo daquelas do “sistema de memória auto-maximizante” (…)

• Ao ajuizarem da relevância da informação, das suas próprias ideias, ou as que os outros lhes sugerem, podem eliminar opções que poderiam ser ponto de partida para exploração de novas hipóteses.

• Ao suspender o juízo, podem considerar as implicações da informação, estimular os processos de pensamento, e pensar em possibilidades novas.

“E se eu lhe pedisse que suspendesse o juízo sobre…. (as ideias dos seus pais acerca do que deve seguir; e a sua conclusão sobre as hipóteses de entrar para o curso “X” mesmo que o desejasse)”

Fraccionamento

• Por vezes, olhar para o problema como um todo pode ser avassalador para o Cl.

• Partir o problema em partes, re-arranjar as partes em novos padrões, e até mesmo, poder criar novas partes. Modos criativos de olhar para a preocupação.

Reversões

• Olhar segundo novos padrões: por exemplo, não apenas projectar o caminho mais certo ou provável para o futuro. Sugerir novos modos de ver o problema.

• O Co pergunta ao cliente “E se… invertesse o seu padrão de vida… não indo atrás daquelas posições, empregos, cargos, tão amibicionados….

Brainstorming• Tipicamente: em situação de grupo, mas tb adaptada

para ser usada individualmente.• Suspender o juízo sobre qualidade das ideias• Após indução para a estratégia (gerar opções para

ajudar um amigo a fazer uma mudança difícil):– Não podemos censurar os próprios pensamentos, toda e

qualquer ideia por mais ridícula que pareça, deve ser expressa

– Não podemos censurar uns aos outrosTodas as ideias são anotadas, e só são consideradas e

avaliadas num 2º momento: Ex: as ideias imediatamente úteis; e aquelas que podem ser

exploradas mais tarde. Dar atenção ás ideias que sugerem novo modo de olhar o problema quanto às suas implicações.

Evitar polarização• Polarização = processo de repartir a informação

em categorias, e ulteriormente só são usados os rótulos associados a essas categorias. Processo pelo qual as pessoas se classificam a elas próprias “Sou péssima a Mat”

• O Co necessita de identificar as polarizações que o Cliente fez, e desafiar os rótulos que lhes associou: “Um bom aluno em Matemática é aquele “barra” que quase não precisa de estudar” “um talentoso” “Só tive 70% no teste de Mat”

Dizer “Po” (“Nim”… “talvez”)• “Nim” como Ferramenta de re-estruturação– Não dizer “não” às alternativas, nem “sim” (se são

importantes, relevantes, úteis…); – Provocar padrões antigos, e ligar entre si partes

(do problema, dos dados) que não poderiam ser ligadas logicamente

– Reter a informação, adiar o juízo (“talvez seja aceitável…útil, ou inútil… ou talvez não)

Uso Da Técnica do Nim• Encorajar o Cliente a dizer Nim a toda a

informação nova, para que seja relacionada com outra informação, que dantes não lhe era relacionada

• Está associada à assunção do risco de poder estar errado, ou poder explorar informação que pode estar errada: “Pode parecer um disparate, mas pensei….”

• Reter a informação por mais tempo, aumentar o seu potencial de associação, pis as ideias erradas ou ilógicas podem conduzir a outras soluções potencialmente melhores.

Dizer Nim

• Explicar ao Cliente que é uma atitude que ele pode usar quando confrontado com informação nova, ou quando se sente pressionado ou tentado a emitir juízos imediatos

• Reconsiderar a informação que parece ser inútil: por ex, aquelas escalas em que o Cl tem pontuações baixas nos inventários e testes.

O uso das Metáforas

• Adam, 1986• Meios de estimular pensamento sobre o

problema, e não seguir apenas os caminhos mais óbvio -- De Bono –metáforas que se pede ao cliente para gerar.

• Ampliar a comunicação Co-cliente e trabalhar com clientes resistentes (Gysbers e Moore) – metáforas produzidas e usadas pelo Co. Importante neste caso escolher criteriosamente as metáforas.

Metáforas• “Será que consegue lembrar-se de alguma

estória, filme, romance, que tenha visto ou lido, em que encontra um tema idêntico?” “Como é que a personagem conseguiu lidar? E com que resultado?” “Vê algumas semelhanças com a sua situação?”

• O Co produz uma metáfora: Ex: plantas que é necessário separar em vasos diferentes para poderem crescer (Cliente estava renitente em sair da casa dos pais para seguir novas oportunidades de carreira). Usar para produzir pensamento sobre…

Técnica dos 6 chapéus• De Bono (1985)• Ajudar o cliente a distinguir os seus

pensamentos sobre a escolha ou sobre a mudança com que se confronta.

• Importante: – O cliente ter diferentes experiências sobre o

priblema (usar os diferentes chapeús)– Identificar as suas perspectivas habituais sobre o

problema; usar nova informação

Descrição da tecnica dos 6 chapéus• Chapéu AZUL: controlo – a pessoa que o usa dirige para o uso dos outros

chapéus. No Aconselhamento de Carreira, pode ser o Co que o usa e encoraja o Cl a usar outros chapéus enquanto considera o Self e as Carreiras:

• Chapéu BRANCO: só examina factos verificáveis (ex: notas, tendências laborais, requisitos de acesso e de emprego…)

• Chapéu VERMELHO: Usa ; impressões não justificadas, a intuição, só considera os sentimentos.

• Chapéu PRETO: Perspectiva pessimista; crítica; considera razões do fracasso ocorrer (ex: numa mudança ou numa escolha)

• Chapéu AMARELO: Optimista, pensamento positivo, foca-se nos benefícios; razões de o sucesso ocorrer

• Chapéu VERDE: Gera novos pensamentos, novas alternativas, novas maneiras de ver o problema; foca-se no pensamento lateral.