Estudo Bíblico -A Familia e Os Estrangeiros

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Estudo Bíblico A FAMILIA E OS ESTRANGEIROS Pr. Benjamin Soto Vemos uma lei a partir da constituição de quase todos os países latino-americanos onde a família como estrutura é protegida sob a responsabilidade do Estado , para manter sua unidade, protegê-la e mantê-la como um elemento fundamental na vida e no futuro de uma sociedade. Além de um conceito semântico simples, a família agora pode responder a uma natureza de vida e origem cada vez mais frágil, o que a expõe frente a uma realidade que faz parte de um mundo cheio de conflitos, injustiças, e mais ainda se temos que falar sobre as famílias que fazem parte de um contexto onde são reconhecidas como "Estrangeiros". Foram longos anos de vida para o povo de Israel, onde eles tiveram que viver como estrangeiros no Egito, por exemplo, e essa marca de ser imigrante é a que irá acompanhá-los como lembrete no seu relacionamento com os estrangeiros “O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito"(Ex. 22:21). Brasil está passando aceleradamente por uma nova ordem sobre questões de imigração, porque enfrenta uma realidade de ser o lar de milhares de famílias, e neste cenário é necessário refletir sobre o qual é a nossa contribuição, qual ira ser a resposta ministerial da igreja, em frente a realidade de cada família estrangeira e como alinha-las com o plano de Deus. 1. JESUS NA TRAVESSIA DA SUA FAMÍLIA PARA DEIXAR SEU PAÍS (Mt 2,13.23). Jesus e sua família tiveram a experiência de serem estrangeiros, quando apareceu a ameaça familiar pela perseguição e ameaça de morte de Herodes. (Mt 2,13.23). É aquele que deixou sua terra natal por causa de questões de políticas, econômicas, ou outras razões semelhantes, e vai para fora da sua terra em busca de uma comunidade na qual ele ou ela se sente protegida. São diferentes as motivações que envolvem famílias que se aventuram a mudar suas vidas , deixando seus países e se converter em estrangeiros. Migração não apaga da memória a identidade cultural e familiar. Está sempre presente sendo repetidamente relida como ingrediente de força e sentido de existência, frente a novos contextos. 2. JESUS E SEU OLHAR À EXCLUSÃO DO ESTRANGEIRO ( João 4). Este é um dos capítulos que nos ajudam a entender o comportamento de Jesus frente a uma experiência de vida entre judeus e samaritanos. O v. 9 é destaque ante Jesus as diferenças entre judeus e samaritanos , produto de diferenças religiosas , culturais e históricas . Disse-lhe então a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) João 4:9. Samaritanos eram parte desse espaço geográfico que compartilhavam com os judeus, mas acabaram sendo marginalizados, fora das leis que poderiam protegê-los , foram cidadãos de segunda classe esquecidos , ou como diriam alguns eram cidadãos do porão. Jesus aborda este problema difícil, indo atrás deles, e não os evitou, pelo contrario a água da vida

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Muito bom.

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  • Estudo Bblico

    A FAMILIA E OS ESTRANGEIROS

    Pr. Benjamin Soto

    Vemos uma lei a partir da constituio de quase todos os pases latino-americanos onde a famlia como

    estrutura protegida sob a responsabilidade do Estado , para manter sua unidade, proteg-la e mant-la

    como um elemento fundamental na vida e no futuro de uma sociedade.

    Alm de um conceito semntico simples, a famlia agora pode responder a uma natureza de vida e

    origem cada vez mais frgil, o que a expe frente a uma realidade que faz parte de um mundo cheio de

    conflitos, injustias, e mais ainda se temos que falar sobre as famlias que fazem parte de um contexto

    onde so reconhecidas como "Estrangeiros".

    Foram longos anos de vida para o povo de Israel, onde eles tiveram que viver como estrangeiros no Egito,

    por exemplo, e essa marca de ser imigrante a que ir acompanh-los como lembrete no seu

    relacionamento com os estrangeiros O estrangeiro no afligirs, nem o oprimirs; pois estrangeiros fostes na terra do Egito"(Ex. 22:21).

    Brasil est passando aceleradamente por uma nova ordem sobre questes de imigrao, porque enfrenta

    uma realidade de ser o lar de milhares de famlias, e neste cenrio necessrio refletir sobre o qual a

    nossa contribuio, qual ira ser a resposta ministerial da igreja, em frente a realidade de cada famlia

    estrangeira e como alinha-las com o plano de Deus.

    1. JESUS NA TRAVESSIA DA SUA FAMLIA PARA DEIXAR SEU PAS (Mt 2,13.23).

    Jesus e sua famlia tiveram a experincia de serem estrangeiros, quando apareceu a ameaa familiar pela perseguio e ameaa de morte de Herodes. (Mt 2,13.23).

    aquele que deixou sua terra natal por causa de questes de polticas, econmicas, ou outras razes semelhantes, e vai para fora da sua terra em busca de uma comunidade na qual ele ou ela

    se sente protegida.

    So diferentes as motivaes que envolvem famlias que se aventuram a mudar suas vidas , deixando seus pases e se converter em estrangeiros.

    Migrao no apaga da memria a identidade cultural e familiar. Est sempre presente sendo repetidamente relida como ingrediente de fora e sentido de existncia, frente a novos contextos.

    2. JESUS E SEU OLHAR EXCLUSO DO ESTRANGEIRO ( Joo 4).

    Este um dos captulos que nos ajudam a entender o comportamento de Jesus frente a uma experincia de vida entre judeus e samaritanos.

    O v. 9 destaque ante Jesus as diferenas entre judeus e samaritanos , produto de diferenas religiosas , culturais e histricas . Disse-lhe ento a mulher samaritana: Como, sendo tu

    judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus no se

    comunicavam com os samaritanos.) Joo 4:9.

    Samaritanos eram parte desse espao geogrfico que compartilhavam com os judeus, mas acabaram sendo marginalizados, fora das leis que poderiam proteg-los , foram cidados de

    segunda classe esquecidos , ou como diriam alguns eram cidados do poro.

    Jesus aborda este problema difcil, indo atrs deles, e no os evitou, pelo contrario a gua da vida

  • era para eles tambm , a graa divina , restaurao, recuperao da dignidade humana, eram

    famlias nas quais Jesus tambm queria encontrar adoradores em esprito e verdade.

    Dt 10:18,19 As leis do povo lhes protegiam, proibiram sua opresso e explorao, tinham direito a receber a ajuda , assim como a viva , o rfo e o estrangeiro , por terem sido considerados

    como os mais fraco por no terem quem cuidasse deles .

    3 IMITANDO A JESUS NO TRATAMENTO DO FORASTEIRO (Lucas 10:25-37).

    A histria do Bom Samaritano no coloca o estrangeiro como um inimigo, Jesus que encarna a imagem do Bom Samaritano e seu tratamento compassivo, o que devemos imitar. Jesus

    prossegue, afirmando que o que voc faz para um forasteiro e o que se faz a ele (Mt. 25:44,45)

    Estamos diante a um desafio que nos chama a responder com amor e compromisso, quero compartilhar com vocs um breve quadro ilustrativo sobre os estrangeiros hispnicos que vivem

    em So Paulo, como voc podera observar so milhares de famlias.

    NACIONALIDA

    DE

    IDAD

    E

    TRABALHO

    Bolivianos 15-40 Costureiros-Comercirios-Autnomos

    Paraguaios 15-40 Costureiros/ Comercirios

    Peruanos 15-50 Comercirios /Costureiros-Autnomos

    Equatorianos 15-35 Comercirios /Msicos

    POPULAO IDIOMA

    400,000 Bolivianos Espanhol, Quechua, Aymara

    70,000 Paraguaios Espanhol, Guarani.

    30,000 Peruanos Espanhol, Quechua, Aymara

    5,000 Equatorianos Espanhol, Quechua.

    A vida dos imigrantes muito difcil e precria , eles vivem sem direitos trabalhistas e se tornam vtimas

    de explorao de trabalho, fraude, promiscuidade, roubo, doena e solido.

    REFLEXO

    Na parte final de Lc. 10:35, aparece no relato o hospedeiro, aquele homem que se compromete no servio de cuidar a aquele que esta desprotegido: essa e a tarefa da igreja. Ser a mo de Jesus

    no servio para os necessitados, note se as palavras do samaritano que encarna a imagem de

    Jesus, Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu o pagarei quando voltar ( Lucas 10:35)

    Deve-se enfatizar que todos tm o direito de emigrar e imigrar, se necessrio, para melhorar as condies de vida, ou para escapar de situaes que comprometam sua vida.

    O estrangeiro no devem ser maltratado ou discriminado, pelo contrrio, deve ser acolhido com respeito e dignidade.

    A existncia explcita de leis que protegem os estrangeiros essencial para o desenvolvimento de relaes interpessoais saudveis e justas.

    O estrangeiro tem o direito de guardar na memria sua identidade cultural e familiar, mantendo

  • contato com sua prpria lngua, sem complexo de inferioridade.

    O Deus da Bblia se coloca explicitamente como algum que defende os estrangeiros.