ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO ......Drywall em fechamentos e divisórias internas,...
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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
CAROLINE CAVALCANTE MAIORANO
PAULO VITOR MELO DE CARVALHO LIMA
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO
CERÂMICO DE VEDAÇÃO E A TECNOLOGIA DRYWALL
PARA AMBIENTES INTERNOS
MACEIÓ – ALAGOAS 2017/2
CAROLINE CAVALCANTE MAIORANO
PAULO VITOR MELO DE CARVALHO LIMA
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO
CERÂMICO DE VEDAÇÃO E A TECNOLOGIA DRYWALL
PARA AMBIENTES INTERNOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do professor Esp. Josivaldo Januário de Lima Pinto.
MACEIÓ – ALAGOAS 2017/2
AGRADECIMENTOS
Graças ao Pai, que me deu o dom da vida e a capacidade física e mental, chego a esse importante patamar da minha trajetória.
Com o apoio, amor e carinho da minha família: meus pais, Ivana e Elisvaldo, meus avós, Coralina e Hermes, meus irmãos, Victor, Matheus e Maria Vitoria, minha tia, Christyne, e de todos os outros que tem um espaço em meu coração, fui conduzida a minha caminhada nos estudos, chegando até a conclusão de minha faculdade.
Gratidão a cada professor, que com seu dom de compartilhar seus conhecimentos, nos fez pessoas mais ricas e completas, de estudos e aprendizados. Cada um com seu jeito especial de ser e todos com um desejo em comum: o desejo de um futuro incrível para nós! Obrigada por acreditarem na gente, e nos incentivar e encorajar quando alguma dificuldade aparece.
Gratidão aos amigos que já faziam parte de nossa vida, e gratidão por aqueles amigos que cultivamos nesses cinco anos de faculdade. Tivemos a dádiva de ter sido uma sala unida, alegre e divertida. Levarei comigo cada amor de amigo.
Agora, com a riqueza desse alicerce, sinto-me pronta para erguer a edificação, dessa mais importante construção - a minha carreira profissional!
Os materiais foram os mais nobres, então, “mãos à obra” com o coração repleto de gratidão e humildade e, a mente sempre receptiva para novos infinitos aprendizados.
A todos que estiveram presentes, de maneira íntima ou mais distante, meu mais sincero agradecimento!
Caroline Cavalcante Maiorano
Antes de tudo, deixo minha gratidão ao nosso deus, por toda sabedoria que me foi dada e a capacidade de hoje poder estar concluindo o curso de engenharia civil.
Seguirei meus agradecimentos com as pessoas que mais importam nessa vida que são meus pais: Paulo Cesar de Carvalho Lima e Teresa Melo de Carvalho Lima, que me deram todo o suporte, seja motivacional ou financeiro, para que fosse possível hoje eu estar concluindo o curso.
Agradecer também ao Cesmac pela competência no desenvolvimento de suas atividades, executando bem o seu papel como instituição, mostrando total capacidade de formar um excelente profissional. Não esquecendo o empenho de cada professor, em suas respectivas áreas, para nos passar todo o conhecimento possível que fizesse somar nessa nossa nova trajetória.
Agradecer aos colegas de classe, pela família que foi construída, pelas diversas ajudas que foram dadas a mim durante o curso, mostrando desde já o espírito de equipe que é extremamente necessário no campo da engenharia.
Com essa base formada, me sinto pronto para assumir esse papel na sociedade e poder com o meu trabalho contribuir com a mesma.
Paulo Vitor Melo de Carvalho Lima
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO DE VEDAÇÃO E A TECNOLOGIA DRYWALL PARA AMBIENTES INTERNOS
COMPARATIVE STUDY BETWEEN VEGETABLE CERAMIC BLOCK MASONRY AND DRYWALL TECHNOLOGY FOR INTERNAL ENVIRONMENTS
Caroline Cavalcante Maiorano
Graduanda do Curso de Engenharia Civil [email protected]
Paulo Vitor Melo de Carvalho Lima
Graduando do Curso de Engenharia Civil [email protected]
Josivaldo Januário de Lima Pinto
Professor do Curso de Engenharia Civil [email protected]
RESUMO Atualmente existem diversos sistemas construtivos disponíveis para se executar uma obra, cada sistema pode utilizar como matéria prima principal, diferentes materiais como gesso, bloco cerâmico, concreto, metal, entre outros. Geralmente ocorrem combinações destes materiais para a formulação do método construtivo. O presente estudo se insere nesse contexto nacional na busca por sistemas construtivos alternativos com tecnologias inovadoras, que obtenham ganhos de produtividade significativos em relação ao método convencional comumente empregado. Tem por objetivo realizar um estudo comparativo entre a estrutura de Drywall em fechamentos e divisórias internas, suas vantagens e desvantagens em relação ao sistema construtivo de alvenaria de blocos cerâmicos, visando conhecer as características, processo construtivo, materiais, custos e quantidade de mão de obra. O presente estudo abordou a comparação do uso do sistema construtivo em alvenaria convencional e Drywall em paredes de vedação em toda a casa. O embasamento teórico possibilitou a compreensão dos dois sistemas de métodos construtivos e de suas particularidades.
PALAVRAS-CHAVE: Sistemas construtivos. Drywall. Alvenaria Convencional. ABSTRACT Currently there are several construction systems available to execute a work, each system can use as main raw material, different materials such as gypsum, ceramic block, concrete, metal, among others. Generally combinations of these materials occur for the constructive method formulation. The present study is inserted in this national context in the search for alternative constructive systems with innovative technologies that obtain significant productivity gains in relation to the conventional method commonly used. The objective of this study is to compare the Drywall structure in closures and internal partitions, its advantages and disadvantages in relation to the construction system of masonry of ceramic blocks, aiming to know the characteristics, construction process, materials, costs and quantity of labor. The present study addressed the comparison of the use of the construction system in conventional masonry and Drywall in sealing walls throughout the house. The theoretical basis allowed the understanding of the two systems of constructive methods and their particularities.
KEYWORDS: Construction systems. Drywall. Conventional masonry.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 07 1.1 Objetivos .................................................................................................... 08 1.1.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 08 1.1.2 Objetivo Específico ................................................................................... 08 2 SISTEMAS CONSTRUTIVOS........................................................................ 09 2.1 Bloco Cerâmico ......................................................................................... 09 2.1.1 Características gerais ............................................................................... 10 2.1.2 Componentes ........................................................................................... 13 2.1.3 Características Técnicas .......................................................................... 13 2.1.4 Técnica Construtiva .................................................................................. 14 2.1.4.1 Marcação ............................................................................................... 15 2.1.4.2 Assentamento ........................................................................................ 16 2.1.4.3 Encunhamento ....................................................................................... 17 2.1.4.4 Vantagens e desvantagens................................................................... 18 2.2 Tecnologia Drywall..................................................................................... 18 2.2.1 Características Gerais .............................................................................. 20 2.2.2 Características Técnicas .......................................................................... 20 2.2.3 Componentes ........................................................................................... 21 2.2.4 Sistema Construtivo .................................................................................. 22 2.2.4.1 Marcação e Fixação das guias .............................................................. 24 2.2.4.2 Montagem da Estrutura de Sustentação ............................................... 24 2.2.4.3 Chapeamento ........................................................................................ 24 2.2.4.4 Tratamento em juntas ............................................................................ 25 3 METODOLOGIA ............................................................................................. 26 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 28 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 31 REFERÊNCIAS................................................................................................. 32 APÊNDICES ...................................................................................................... 35 APÊNDICE A – Residência popular com 43m² de área construída ................. 36 APÊNDICE B – Residência popular com cotas ................................................
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7
1 INTRODUÇÃO
A construção civil, ainda é, predominantemente, artesanal caracterizada pelo
grande desperdício de materiais e pela baixa produtividade (HASS; MARTINS, 2011,
p.9). Atualmente existem diversos sistemas construtivos disponíveis para se
executar uma obra, cada sistema pode utilizar como matéria prima principal,
diferentes materiais como gesso, bloco cerâmico, concreto, metal, entre outros.
Geralmente ocorrem combinações destes materiais para a formulação do método
construtivo (SANTOS, 2014, p.3).
Para a escolha do método construtivo mais vantajoso deve ser estudado
diversos fatores como disponibilidade de recursos, custos, prazos, segurança e
qualidade dos serviços e materiais. Devendo se atentar para escolha correta dos
materiais, equipamentos apropriados, logística, quantidade da mão de obra e rotinas
de trabalho (SANTOS, 2014, p.3).
Os blocos cerâmicos para vedação constituem as alvenarias externas ou
internas que não tem a função de resistir a outras cargas verticais, além do peso da
alvenaria da qual faz parte (OLIVEIRA, 2013, P.39).
O Drywall trata-se de uma técnica alternativa e competitiva à construção com
alvenaria convencional utilizada no mercado brasileiro. O Brasil encontra-se com um
atraso tecnológico construtivo de, aproximadamente, 100 anos quando comparado a
países da Europa e América do Norte que se utiliza de tal tecnologia desenvolvida
inicialmente em 1895 por Augustine Sackett com Drywall, no Brasil começou a ser
difundida na década de 1970, começando a ser utilizado e difundido na segunda
metade da década de 1990, em maior escala no século XXI (LABUTO, 2014, p.1).
O presente estudo se insere nesse contexto nacional na busca por sistemas
construtivos alternativos com tecnologias inovadoras, que obtenham ganhos de
produtividade significativos em relação ao método convencional comumente
empregado. Tem por objetivo realizar um estudo comparativo entre a estrutura de
Drywall em fechamentos e divisórias internas, suas vantagens e desvantagens em
relação ao sistema construtivo de alvenaria de blocos cerâmicos, visando conhecer
as características, processo construtivo, materiais, custos e quantidade de mão de
obra. Qual a solução mais viável em alvenaria de vedação, a partir da definição do
processo construtivo mais eficiente: Drywall ou bloco cerâmico?
8
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral
Realizar um estudo comparativo entre a estrutura de Drywall em fechamentos
e divisórias internas, suas vantagens e desvantagens em relação ao sistema
construtivo de alvenaria de blocos cerâmicos.
1.1.2 Objetivo Específico
- Descrever os procedimentos utilizados na vedação com Drywall e blocos
cerâmicos;
- Comparar a alvenaria em bloco cerâmico e o sistema Drywall quanto ao tempo de
execução;
- Realizar um comparativo econômico do material utilizado nos dois sistemas
construtivos; e
- Analisar as vantagens e desvantagens na utilização de cada sistema construtivo.
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2 SISTEMAS CONSTRUTIVOS
A construção civil é uma das mais antigas atividades humanas que contribuiu
para o desenvolvimento das civilizações. As técnicas foram se desenvolvendo com o
decorrer dos anos, deixando de atender somente às necessidades básicas de
abrigo. A construção sempre esteve presente na evolução do homem, visto que este
sempre procurou proteção da agressividade do meio que o envolve (condições
climatéricas, animais, etc.), visando sua sobrevivência. À medida que as exigências
de melhores condições de vida foram aumentando, passando a dar ênfase ao
conforto, foi se tornando mais complexo o processo de transformação das matérias-
primas. Hoje observa-se um amplo leque de tipologias e construções destinadas aos
mais variados fins, que só se tornaram possíveis devido ao desenvolvimento desta
atividade humana, neste caso, a construção civil (NEVES, 2011, p.1).
Existem diversos sistemas construtivos disponíveis para se executar uma
obra. Cada sistema construtivo pode utilizar como matéria-prima principal diferentes
insumos, como madeira, bloco cerâmico, concreto, metal, entre outros. Geralmente
ocorrem combinações desses insumos para a formulação do método construtivo
(SANTOS, 2014).
O Sistema Construtivo é definido como “o conjunto das regras práticas, ou o
resultado de sua aplicação, de uso adequado e coordenado de materiais e mão de
obra que se associam e se coordenam para a concretização de espaços
previamente programados (SOUSA, 2011).
Guimarães (2014) afirma então que um sistema construtivo é nada mais que
uma combinação ou conjunto de componentes ou subsistemas que se relacionam
de forma organizada para formar uma estrutura.
Os tipos de sistemas construtivos mais utilizados no Brasil são: alvenaria
estrutural e convencional, Drywall e parede de concreto.
2.1 Bloco Cerâmico
A NBR 15270-1 (2005), define os blocos cerâmicos para vedação como as
alvenarias externas ou internas que não tem a função de resistir a outras cargas
verticais, além do peso da alvenaria da qual faz parte. Estes componentes
correspondem a cerca de 85% a 95% do volume da alvenaria e determinam as
principais características de desempenho, projeto e produção (BARBOSA, 2015,
10
p.3). A alvenaria é o conjunto de elementos da construção civil, resultantes da união
de blocos justapostos unidos com argamassa, ou não, destinados a suportar
principalmente esforços de compressão ou simplesmente a vedação de uma área
(RODRIGUES, 2010).
2.1.1 Características gerais
As alvenarias podem ter variados tamanhos, a partir da quantidade de furos
ou mesmo de suas espessuras, 4, 6, 8 e 10 furos, ou espessuras de 8 cm, 10 cm, 15
cm e até 20 cm, entre outras. Elas podem ser revestidas com algum tipo de proteção
ou mesmo ficarem aparentes (LIMA, 2006).
O Código de Boas Práticas, indica que os blocos cerâmicos utilizados na
execução das alvenarias de vedação, com ou sem revestimentos, devem atender à
NBR 15270-1:2005 (Quadro 1), a qual, além de definir termos, fixa os requisitos
dimensionais, físicos e mecânicos exigíveis no recebimento. Segundo Barbosa
(2015), os blocos cerâmicos mais utilizados na construção civil são os com furos
prismáticos, dimensão de fabricação em centímetros, na sequência largura (L),
altura (H) e comprimento (C), na forma de (LxHxC)cm então, (9x19x19)cm também
denominados tijolo furado (Figura 1).
Figura 1 – Bloco cerâmico furado de vedação. Fonte: NBR 15270-1, 2005.
11
Quadro 1 – Dimensões padronizadas dos blocos
Fonte: NBR 15270-1, 2005.
Existem outros tipos de componentes cerâmicos complementares, além dos
blocos e meio-blocos, que integram as alvenarias de vedação, com funções
específicas como a canaleta U, que permite a construção de cintas de amarração,
vergas e contravergas, a canaleta J, os blocos de amarração, os compensadores e
outros que podem ser especificados em projetos, desde que atendam aos requisitos
12
de desempenho exigidos. As características que os blocos cerâmicos de vedação
devem apresentar, estão resumidas na NBR 15270-1:2005 (Quadro 2).
Quadro 2 – Características dos blocos cerâmicos.
Fonte: NBR 15270-1, 2005.
As características apresentadas no Quadro 2 devem ser verificados para os
blocos cerâmicos conforme os procedimentos de ensaios definidos na NBR15270-
3:2005. Com a finalidade de caracterização e aceitação ou rejeição dos blocos
cerâmicos, essa norma descreve os métodos de ensaios para a avaliação de
conformidade dos mesmos, incluindo a determinação de suas características
geométricas, físicas e mecânicas (SANTOS, 2014).
Para avaliação da conformidade dos blocos, além de uma inspeção geral
(onde se verifica a correta identificação dos blocos, incluindo a marca do fabricante
em cada peça, e as características visuais dos blocos), deve ser realizada inspeção
por ensaios para determinação de suas características geométricas (valores das
dimensões das faces, espessura das nervuras que formam os septos e das paredes
externas do bloco, esquadro e planeza das faces), de sua caracterização física
(índice de absorção de água) e sua caracterização mecânica (resistência à
13
compressão). Para tanto, deve-se observar os lotes de fornecimento com no máximo
100.000 blocos ou fração, de acordo com as amostragens e critérios de aceitação e
rejeição apresentados no Quadro 3 (NBR 15270-1, 2015).
Quadro 3 – Amostragens e critérios de aceitação e rejeição.
Fonte: NBR 15270-1, 2005.
2.1.2 Componentes
Silva (2007), apud Bertolini (2013), afirma que os componentes da alvenaria
de vedação são os blocos cerâmicos e a argamassa de assentamento. Os blocos
são responsáveis pela vedação e a argamassa de assentamento, pela aderência
entre as fiadas e entre os blocos e a estrutura, otimizando as funções da alvenaria.
São utilizados ainda alguns outros materiais, como as telas de amarração que
trabalham nas ligações estrutura alvenaria para melhorar as ligações entre elas.
A NBR 13281: 2005, recomenda as argamassas mistas, compostas por
cimento e cal hidratada, para o assentamento. A argamassa utilizada para o
assentamento dos blocos pode ser industrializada ou preparada em obra e devem
atender aos requisitos estabelecidos na norma.
2.1.3 Características Técnicas
A NBR 15270-1: 2005, define que a alvenaria vertical interna com blocos
cerâmicos deve atender as seguintes características técnicas:
Resistência à compressão: A resistência à compressão dos blocos cerâmicos
de vedação tem os seguintes valores mínimos: 1,5 MPa para blocos usados com
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furos na horizontal e 3,0 MPa para blocos com furos na vertical, referida à área
bruta.
Aspecto visual: A norma especifica que o bloco cerâmico de vedação seja
isento de defeitos sistemáticos, como quebras, superfícies irregulares ou
deformações (desvios de forma) que não permitam seu emprego na função
especificada.
As características da superfície externa do bloco são especificadas de comum
acordo entre fornecedor e comprador (face lisa ou com ranhuras).
Absorção de água: Limite mínimo de 8% e máximo de 22%.
Desvio em relação ao esquadro: Máximo de 3mm.
Planeza das faces ou flecha: Flecha máxima de 3mm.
Tolerâncias dimensionais (relacionadas às dimensões de fabricação): As
tolerâncias dimensionais individuais são de ± 5mm e as tolerâncias dimensionais
relativas à média das dimensões são de ± 3mm, para cada grandeza considerada
(largura, altura e comprimento).
Espessura das paredes dos blocos e dos septos: A espessura mínima das
paredes dos blocos deve ser de 7mm e a espessura mínima dos septos, de 6mm.
Quando a superfície do bloco apresentar ranhuras, a medida das paredes externas
corresponderá à menor espessura.
2.1.4 Técnica Construtiva
Todas as partes da construção em si são feitas in loco tornando o processo
consideravelmente mais demorado, pois a alvenaria é um sistema completamente
artesanal (Figura 2). Sem contar muitas vezes com mão de obra não especializada.
Com a mão de obra despreparada pode haver perda de material tanto por recortes
mal feitos, como também pela necessidade muitas vezes de um retrabalho. O não
planejamento detalhado de onde passarão as instalações, hidráulica e elétrica,
também contribui, dado que fendas em paredes, pisos ou forros resultam em
material desperdiçado (HASS; MARTINS, 2011, p.14).
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Figura 2 – Alvenaria de vedação com bloco cerâmico. Fonte: CRUSIUS, 2011.
Quanto ao processo executivo da alvenaria de vedação, Silva (2007) destaca
as etapas de execução: marcação, assentamento e encunhamento.
2.1.4.1 Marcação
A primeira etapa do processo é a marcação da alvenaria, a locação da
primeira fiada. A marcação dos pontos deve ser feita de acordo com o projeto
arquitetônico de modo a garantir a linearidade da alvenaria. Antes da locação deverá
ser verificado o nivelamento do piso, caso haja desnivelamentos é necessário
remover o acesso ou aplicar argamassa nas depressões. Recomenda-se que a
marcação seja iniciada pelas paredes externas, facilitando o enquadramento das
paredes. A locação das paredes deve ser feita com a utilização de cotas
acumuladas buscando minimizar o acúmulo de erros de medição. Depois de
marcado os eixos das paredes e verificado os esquadros, iniciasse a locação da
primeira fiada em pontos estratégicos como canto de paredes, encontros e aberturas
(D2R ENGENHARIA, 2017).
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As juntas verticais da primeira fiada (Figura 3) sempre devem ser
preenchidas, ainda que o projeto preveja a eliminação das juntas nas fiadas
subsequentes. De acordo com a NBR 8545 (1984, p.10) as juntas de argamassa
devem tem no máximo 10mm e não devem apresentar vazios.
Figura 3 – Marcação da primeira fiada. Fonte: SELECTA BLOCOS, 2012.
2.1.4.2 Assentamento
A execução da alvenaria deve seguir o projeto executivo considerando suas
posições e espessura. Na elevação da alvenaria, as fiadas vão sendo
confeccionadas umas sobre as outras de forma que as juntas verticais sejam
descontínuas. Caso haja a necessidade da utilização de assentamento com juntas
verticais contínuas a NBR 8545 (1984) recomenda a utilização de armadura
longitudinal situadas na argamassa de assentamento. O estudo preliminar da
disposição dos blocos deve ser realizado a fim de garantir que a alvenaria tenha o
maior número possível de blocos inteiros trazendo maior economia, eficiência e
velocidade na execução.
A NBR 8545 (1984) afirma que o assentamento dos componentes cerâmicos
(Figura 4) deve ser planejado de tal forma que, nos encontros de paredes, sejam
realizadas juntas de amarração. Devem ser executadas no mínimo 24 horas após a
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execução da impermeabilização da viga baldrame, garantindo assim a
estanqueidade da alvenaria.
Recomenda-se a utilização de escantilhão como guia das juntas horizontais, e
também prumo de pedreiro para garantir o alinhamento vertical da alvenaria. A cada
fiada deve ser utilizada como guia uma linha esticada para assegurar a
horizontalidade (NBR 8545, 1984, p.7 apud SANTOS, 2013).
Figura 4 – Assentamento da alvenaria de blocos cerâmicos. Fonte: FK COMÉRCIO, 2012.
2.1.4.3 Encunhamento
Na região de contato entre a alvenaria de vedação e a estrutura do pavimento
superior há a ocorrência de fissuras, isso acontece devido à transmissão de alguns
esforços para a alvenaria. Os principais tipos de encunhamento são através de
cunhas de concreto, tijolos maciços e com argamassa aditivada com expansor.
Para edificações que não exigi a utilização de estruturas em concreto armado,
deve ser feita uma cinta de amarração em todas as paredes. Em edificações que
agrega esse tipo de estrutura com mais de um pavimento, deve ser executado o
encunhamento, após a alvenaria do pavimento imediatamente acima ter sido
assentada (NBR 8545, 1984, p.10).
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2.1.4.4 Vantagens e desvantagens
O método mais utilizado e aceito pela sociedade são as paredes de alvenaria
de blocos cerâmicos, devido a comum utilização e facilidade para a execução. A
Unama (2009, p.3) apud Santos (2013) cita algumas vantagens e desvantagens da
alvenaria de vedação com blocos cerâmicos (Quadro 4).
Quadro 4 – Vantagens e desvantagens da vedação com blocos cerâmicos.
VANTAGENS DESVANTAGENS
- Bom isolamento térmico e acústico;
- Boa estanqueidade à água;
- Boa resistência ao fogo;
- Durabilidade superior a cem anos, sem
proteção e sem manutenção;
- Facilidade de composição dos elementos
de qualquer forma e dimensão;
- Sem limitação de uso em relação às
condições ambientais;
- Baixa inversão de capital na produção;
- Total disponibilidade de matéria prima;
- Produção não poluente, sem geração de
resíduos prejudiciais ao meio ambiente
- Como não se utiliza projeto de alvenaria,
as soluções construtivas são improvisadas
durante a execução dos serviços;
- Qualidade deficiente dos materiais
utilizados e da execução;
- Muitos retrabalhos na execução dos
rasgos para passagens das tubulações
hidráulicas e eletrodutos;
- Necessidade de revestimentos adicionais
para buscar uma textura lisa.
Fonte: UNAMA, 2009 apud SANTOS, 2013.
2.2 Tecnologia Drywall
“O gesso é o mais antigo aglomerante de que se tem notícia. Foi encontrado
em construções no antigo Egito como na pirâmide de Khufu, há cerca de cinco mil
anos. Sua matéria prima é a Gipsita - uma rocha de origem sedimentar constituída
por cloretos e sulfatos de cálcio, magnésio e potássio, cuja fórmula é: CaSO4 - ½
H2O. O sulfato de cálcio semihidratado, comercialmente denominado de gipso ou
gesso, tem a propriedade de endurecer quando misturado com água, dando rigidez
e dureza” (BRAGA et al., 2008).
Segundo Barbosa (2015), o drywall surge para substituir as vedações internas
convencionais de edifícios e consiste em chapas de gesso aparafusadas em
estruturas de perfis de aço galvanizado, é um processo mais rápido que o
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convencional. Esse sistema consiste em paredes de gesso com espessuras
menores do que as de alvenaria, o que gera paredes muito mais leves, esse tipo de
parede é utilizado para divisórias de ambientes internos.
Conforme Silva e Fortes (2009, p.11):
“O drywall é um sistema de montagem construtiva de vedação vertical com significado na origem da palavra, dry significa seco e wall parede, então drywall é uma parede seca. São paredes internas, retas ou curvas, não estruturais de edifícios e não expostas a intempéries. Existem mais de um tipo de parede seca, mas o sistema que ficou conhecido popularmente no Brasil por drywall é o composto por chapas de gesso acartonado, pré-fabricadas a partir da gipsita natural, fixadas em uma estrutura metálica leve em perfis de aço galvanizado, distanciados ao longo de um plano vertical conforme medida do painel”.
As chapas de gesso devem ser produzidas e montadas de acordo com as
seguintes Normas ABNT: NBR 14715:2001, NBR 14716:2001 e NBR 14717:2001,
NBR 15758-1:2009. De acordo com Yazigi (2009), os painéis de gesso acartonado
apresentam uma série de características de utilização e implica mudança drástica de
técnica construtiva. Os principais aspectos que caracterizam essa nova tecnologia
estão expostos no quadro 5.
Quadro 5 – Aspectos que caracterizam a tecnologia Drywall.
CARACTERÍSTICAS TIPOS DE CHAPAS
- Versatilidade para diferentes formas geométricas das paredes; - Capacidade de atendimento dc diferentes necessidades em termos de desempenho acústico a partir de tipos específicos de painéis; - Possibilidade de redução dc cargas na estrutura e nas fundações e de redução das seções estruturais com ganhos de áreas úteis; - Capacidade de obtenção de soluções racionalizadas para os demais subsistemas – instalações (com acesso para manutenção); - Elevação da produtividade: pela continuidade de trabalho proporcionada: pelas operações de montagem, com elementos dc grandes dimensões em relação aos blocos; pela repetição de operações resultante da modulação; pela eliminação de perda de materiais e de tempo não produtivo dc mão-de-obra; - Incremento da velocidade de execução da obra, com a eliminação de etapas de trabalho e liberação para a fase dc acabamento em curto espaço de tempo; - Possibilidade de obtenção de ganhos diversos pela redução dos prazos de obra - custos financeiros, velocidade de vendas etc.
- Standard (ST) – Chapa Branca, para
aplicação em áreas secas.
- Resistente à Umidade (RU) – Chapa
Verde, para aplicação em áreas sujeitas
à umidade por tempo limitado de forma
intermitente.
- Resistente ao Fogo (RF) – Chapa Rosa,
para aplicação em áreas secas
necessitando de um maior desempenho
em relação ao fogo.
Fonte: YAZIGI, 2009.
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2.2.1 Características Gerais
Drywall significa „parede seca‟. Consiste num sistema de vedação composto
por uma estrutura metálica de aço galvanizado com uma ou mais chapas de gesso
acartonado aparafusadas em ambos os lados. Trata-se de um método construtivo
que não necessita de argamassa para sua execução, reduzindo a quantidade de
entulhos gerados pelos métodos que envolvem a alvenaria convencional (SILVA;
FORTES, 2009).
O gesso proporciona a resistência a compressão e o cartão, resistência a
tração. A união destes dois elementos torna a placa muito resistente. Variam
conforme o tipo de placa, tipo de borda, espessura, dimensão e peso (BARBOSA,
2015). Os modelos e cores de placas utilizando a tecnologia drywall para ambientes
internos e suas especificações são bem definidas na Figura 5.
Figura 5 -Tipos de placas. Fonte: BARBOSA, 2015.
2.2.2 CaracterísticasTécnicas
As paredes em gesso acartonado utilizadas internamente e seus
componentes constituintes devem ter sua funcionalidade durante toda a vida útil de
projeto. As especificações fornecidas pelos fabricantes devem ser seguidas e
também respeitadas todas as condições de uso, conforme previsto em projeto.
Devem existir manutenções periódicas para a adequada conversação do gesso
acartonado. As manutenções podem se de dois tipos: as preventivas e as de caráter
corretivo, quem visam não permitir a progressão as pequenas falhas, que poderiam
resultar em extensas patologias.
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2.2.3 Componentes
O sistema é composto basicamente pelas placas de gesso acartonado, que
fazem o fechamento do vão, por elementos estruturais leves que sustentam essas
placas e por alguns elementos acessórios.
De acordo com Oliveira (2005), as paredes em gesso acartonado utilizadas
internamente e seus componentes constituintes devem ter sua funcionalidade
durante toda a vida útil de projeto. As especificações fornecidas pelos fabricantes
devem ser seguidas e também respeitadas todas as condições de uso, conforme
previsto em projeto. Devem existir manutenções periódicas para a adequada
conversação do gesso acartonado. As manutenções podem se de dois tipos: as
preventivas e as de caráter corretivo, quem visam não permitir a progressão as
pequenas falhas, que poderiam resultar em extensas patologias.
Lessa (2005) faz uma descrição em sua monografia sobre os tipos de placas
de Drywall utilizadas nas construções. Existem 3 tipos delas: as placas do tipo
Standard, as placas do tipo RU (Resistentes à Umidade) e por último as placas do
tipo RF (Resistentes ao Fogo). As placas do tipo standard são chapas de gesso
acartonado de uso geral, empregadas geralmente no fechamento interno da
construção em ambientes „secos‟. As placas do tipo standard são as mais utilizadas.
As placas do tipo RU, popularmente chamadas de placas verdes, são placas que
podem ser utilizadas em ambientes expostos à umidade. São empregadas
geralmente no fechamento de áreas de serviço, banheiros e cozinhas. Há a
necessidade de detalhes de impermeabilização flexível na base das paredes e nos
encontros com o piso.E por último as placas do tipo RF, que são placas que
apresentam características que conferem resistência ao fogo às paredes. Lessa
(2005) ressalta ainda que o gesso acartonado deve ser empregado sempre em
ambientes internos, evitando a instalação dele em locais sujeitos a intempéries e
umidade permanente, como saunas e piscinas por exemplo.
As placas de gesso acartonado possuem dimensões de 1,20m de largura por
comprimentos de 2,60 à 3,00m. As espessuras em que as placas são produzidas
são de 12,5mm, 15 mm e 18 mm. No Brasil, as placas mais utilizadas são as de
12,5mm (LESSA, 2005).
22
Lessa (2005) relaciona os elementos acessórios à montagem do Drywall.
Afirma que cada fabricante possui seu conjunto de acessórios específicos e cita os
básicos em todos eles: Parafusos para fixação das chapas; Fita de papel reforçado,
utilizada no acabamento ou reforço de juntas ou cantos; Cantoneiras metálicas para
acabamento, proteção e reforço dos cantos das chapas de gesso; Lá de vidro, lá de
rocha ou EPS para preenchimento do vão entre as chapas de gesso, utilizadas para
melhorar o desempenho térmico e acústico do sistema; Massa especial para
rejuntamento que conferem maior trabalhabilidade e plasticidade ao sistema
construtivo.
Conforme a Associação Brasileira do Drywall (2014), a parede feita por este
material é montada através de estruturas de perfis de aço galvanizado, onde são
parafusadas em ambos os lados, as chapas de gesso acartonado. Existem formas
diferenciadas de montagem, que são definidas conforme a necessidade da obra.
Para descobrir a melhor maneira, elaborado um estudo, da acústica, mecânica e se
é preciso da resistência ao fogo e umidade.
A Associação sugere uma lista de especificações, que facilitam o resultado
deste estudo. São elas:
A espessura dos perfis estruturais (48 70 ou 90 mm); O espaçamento entre os perfis verticais ou montantes (400 ou 600 mm, em paredes retas; em paredes curvas, o espaçamento é menor, variando em função do raio de curvatura); Se a estrutura é com montantes simples ou duplos e se estes são ligados ou separados; o tipo de chapa (Standard; Resistente à Umidade; ou Resistente ao Fogo); A quantidade de chapas fixadas de cada lado (uma duas ou três); e o uso ou não de lã mineral ou de vidro no interior da parede(ASSOCIACAO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2014).
2.2.4 Sistema Construtivo
De acordo Silva e Fortes (2009) a montagem das paredes de drywall a
estrutura da edificação pode ser executada de maneira independente das vedações
e instalações, o que aumenta a produtividade; a estrutura metálica do drywall é
fixada no piso nivelado e limpo, o que melhora o acabamento final, logo após é
colocada em uma das faces as chapas de gesso abrindo frente para a montagem
das instalações elétricas, já as instalações hidráulicas são condicionadas
23
verticalmente em shafts executados em drywall permitindo uma manutenção mais
simples e econômica.
A forma de montagem dos painéis é feita mediante: a demarcação e
colocação das guias; o assentamento dos montantes metálicos; o corte dos painéis
e sua fixação nos montantes por meio de parafusos aplicados com parafuradeira,
em uma das faces da parede; o preenchimento dos vãos é com manta de lá de vidro
(ou similar); o assentamento dos painéis na outra face da parede e por fim o
tratamento das juntas entre os painéis.
O acabamento das paredes as juntas entre as placas são tratadas com fita e
massa apropriada se depois podem efetuar a pintura látex ou com revestimento de
papel de parede, laminado melamínico, azulejos etc.
O sistema é fornecido com todos os acessórios, como perfis, cantoneiras,
apoios, parafusos, massa de rejunte e fita adesiva. Também são fornecidas as
ferramentas adequadas â montagem dos painéis, como tesourão, alicate aplicador,
alavanca de manobra de painel, faca retrátil e outras.
Segundo Yazigi (2009) havendo necessidade da passagem de instalações
elétricas e hidráulicas, ou execução de reforços para posterior fixação de peças
(bancadas, lavatórios ou armários), ela será executada antes do fechamento com as
placas, pois a operação fica mais fácil de ser executada. Os montantes têm
aberturas para passagem de tubulação.
Yazigi (2009), relata que é necessário proceder da seguinte forma: Cortar as
placas na altura do pé-direito, menos 1 cm; Fazer as aberturas para caixas elétricas
e outras instalações; As placas são montadas encostadas no teto para facilitar o
tratamento posterior da junta. A folga necessária para montagem é deixada na parte
baixa; As placas são dispostas de modo que as juntas de um lado da estrutura
sejam alternadas comas juntas do outro lado. No caso de paredes com placas
duplas, as juntas da segunda camada são desencontradas com as da primeira. A
junção entre as placas se faz sempre sobre um montante; Parafusar as placas com
espaçamento entre parafusas de 30 cm, no máximo, e disposto no mínimo a 1 cm
da borda da placa. Quando os montantes são duplos, parafusá-los alternadamente
sobre cada montante; Para melhorar o desempenho acústico da parede, é preciso
colocar mantas ou painéis de lã mineral antes de assentar a placa da outra face da
parede.
24
2.2.4.1 Marcação e Fixação das guias
Algumas condições devem ser atendidas antes das marcações começarem a
ser feitas. Previamente, os revestimentos internos e externos necessitam estarem
finalizados, os shafts das tubulações já devem estar vedados, as furações já devem
estar todas previstas e já executadas e, por fim, as chapas devem estar estocadas
no andar. Depois das condições atendidas e do andar liberado, são marcados os
posicionamentos das guias a partir dos eixos conforme projeto. Após as marcações
concluídas, uma banda acústica autoadesiva é colocada nas guias e as guias são
posicionadas conforme a marcação. Em seguida elas são fixadas no chão com uma
pistola, utilizando cargas e ferramentas de tiro adequadas ao tipo de superfícies que
as guias estão sendo fixadas. Para a marcação e fixação da guia superior deve ser
utilizado um nível a laser. Deve ser executado o serviço com atenção para que as
guias fiquem no esquadro (LESSA, 2005).
2.2.4.2 Montagem da Estrutura de Sustentação
A distribuição dos montantes deve ser feita respeitando as quantidades e
espaçamentos pré-estabelecidos no projeto. O montante deve ser apoiado
totalmente na guia inferior e travado por parafusos nos dois lados do montante.
O travamento do montante na guia superior deve ser feito com um alicate de
punção, também nos dois lados do montante. No caso das bandeiras das portas, o
travamento da guia superior deve ser feito aparafusando a aba da guia de virada da
bandeira. Quando houver a necessidade de passagens de instalações e/ou reforços
para fixação de peças suspensas pesadas, os elementos devem ser aplicados antes
da colocação das chapas (SANTOS, 2013).
2.2.4.3 Chapeamento
Depois de montadas as estruturas de sustentação das chapas, já podem ser
executadas as fixações das chapas de gesso acartonado nessas estruturas. Lessa
(2005) alerta que antes de iniciar o serviço de chapeamento, é recomendável que os
caixilhos e vidros que vedam os andares já estejam colocados, no intuito de proteger
as chapas de gesso numa eventual chuva forte.
As placas devem ser cortadas nas medidas necessárias com a utilização das
ferramentas adequadas, sempre atentando para as especificações das chapas
25
determinadas em projeto. As placas são então fixadas nos perfis por parafusos,
sempre executados perpendicularmente às chapas e não deixando frestas entre as
placas justapostas. São fixadas com folgas de 1 cm das lajes superiores e inferiores.
Para evitar que o cartão seja estourado e para permitir o cobrimento da massa de
acabamento sobre a cabeça do parafuso, a profundidade que o parafuso deve
penetrar na chapa é de aproximadamente 1 mm. Quando previstas em projeto, a
instalação dos materiais isolantes deve ser executada antes do fechamento da
parede. O posicionamento deve ser executado preferencialmente após uma das
chapas já tiver sido fixada (SANTOS, 2013).
Após o posicionamento dos materiais isolantes, a parede é então fechada.
Esse material isolante deve ser posicionado entre os montantes da estrutura de
sustentação, evitando espaços vazios e consequente formação de pontes térmicas
(LESSA, 2005).
2.2.4.4 Tratamento em juntas
Inicialmente é preparada a massa com um batedor elétrico até atingir o ponto
de enfitamento. A fita é então, com o lado correto, preenchida com a massa e
posicionada no centro das juntas. Deve-se comprimir a fita contra a junta para
obtenção de uma aderência inicial. Com auxilio de uma espátula, deve ser feito o
alisamento e a retirada parcial de massa e possíveis bolhas.
Após a secagem da fita, as superfícies enfitadas devem ser levemente
lixadas. A massa é então aplicada sobre a fita, para preencher o rebaixo entre as
chapas. Novamente após a secagem, a superfície enfitada é levemente lixada e
limpa por completo. Uma segunda demão é aplicada na região das superfícies
enfitadas. Após nova secagem, as juntas são mais uma vez lixadas ate que se
obtenha uma planicidade entre as chapas. Uma terceira demão é aplicada,
garantindo um aumento gradativo da espessura da junta e, após novo lixamento, a
planicidade entre as chapas deve estar garantida. Acabamentos de parafusos e
eventuais irregularidades devem ser feitos da mesma maneira, com preenchimento
de massa, seguido de lixamento após secagem (LESSA, 2005).
26
3 METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura. Buscando atender
aos objetivos propostos e elementos sobre o tema escolhido suas aplicações e
tendências para desenvolver a temática em estudo, foi realizado um levantamento
bibliográfico nos bancos de dados da SCIELO e meio acadêmico.
Foram incluídos no trabalho, teses, monografias e artigos que abordaram os
temas como: Drywall, sistemas construtivos e bloco cerâmico, e excluídos os que
apresentavam assuntos irrelevantes e que não se enquadrem no período pré-
definido.
As buscas foram realizadas no período que compreende os últimos 5 anos
(2012 – 2016), para um conceito histórico conceitual cerca do tema abordado e que
se possa fazer uma comparação e analisar a melhoria ou não dos processos
construtivos na construção civil ao longo dos anos.
Inicialmente, foram feitas buscas sobre o sistema de vedação convencional
em alvenaria de bloco cerâmico e o sistema Drywall, o possível levantamento de
dados acerca dos dois sistemas distintos para realizar a comparação entre esses
dois sistemas construtivos e, de acordo com publicações e pesquisas de autores
referentes ao tema, fazer uma análise de qual sistema se torna mais viável dentro
dos parâmetros estabelecidos. Foram reunidas informações para traçar um
comparativo de vantagens e desvantagens, entre dois tipos de alvenaria bloco
cerâmico de vedação e painel utilizando a tecnologia Drywall. Na descrição dos
processos construtivos (desenvolvimento), foram expostas as formas comuns de
execução de alvenaria bloco cerâmico de vedação, ou seja, os materiais mais
utilizados com objetivo de estudar suas aplicações na construção civil. Assim, será
possível adquirir conhecimento sobre suas potencialidades, vantagens,
desvantagens, limitações, entre outras peculiaridades de importância para o estudo,
tais quais, o tempo de execução.
Foram encontrados 63 artigos na base de dados da SCIELO e 4 livros na
Biblioteca Central do Cesmac, sendo selecionados 28, dos quais 4 foram excluídos
por não ter sido possível encontrar a versão completa. Os artigos selecionados
(n=24) foram categorizados em 5 tipos, sendo eles, 10 trabalhos de Conclusão de
Curso, 2 artigos científicos, 5 manuais e normas de regulamentação brasileira, 3
entrevistas e 4 livros. Alguns artigos se referem aos processos construtivos em
27
alvenaria estrutural e outros à tecnologia Drywall. Dentre eles, são elencados os
índices que servem de parâmetros para a comparação deste estudo, tais quais, o
tempo de execução e os custos.
Alguns artigos se referem aos processos construtivos em alvenaria estrutural
e outros à tecnologia Drywall. Dentre eles, são elencados os índices que servem de
parâmetros para a comparação deste estudo, tais quais, a produtividade, o tempo de
execução e os custos.
.
28
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos estudos de Labuto (2014), num sistema construtivo, a produtividade
representa a quantidade da taxa de produção de um determinado serviço, produzida
em determinado intervalo de tempo, e, de acordo com dados do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), em Fevereiro de 2015 a mão de obra na
construção civil representa um total de 45,55% do valor da obra. Com isso, a análise
e a comparação entre os sistemas em destaque, mostram que podem gerar
economia e rapidez para a execução de uma obra.
O sistema de vedação mais utilizado é alvenaria de bloco cerâmico, e para a
execução de 1m² de parede é necessária uma equipe ampla, tais quais, dois
serventes, um para o operador de betoneira e um para o pedreiro de alvenaria, um
operador de betoneira para fazer a massa, um técnico responsável para calcular o
traço da argamassa de assentamento, um pedreiro para o assentamento dos tijolos.
Na confecção de 1m² de vedação com placas de gesso acartonado depende de,
apenas, um profissional qualificado e um ajudante.
Pensando em alternativas para redução de custos e mantendo qualidade,
Santos (2013) realizou um estudo comparativo para execução da vedação de um
edifício com 10 pavimentos residenciais, o Morada Residence. Com base nos
estudos de Santos (2013), foi realizado uma comparação de uma unidade
habitacional de 43m² (Apêndice A e B).
Para a análise do custo da mão de obra, o levantamento dos valores unitários
para cada sistema foi feito no ano de 2013. Os valores podem ter sofrido alterações,
mas nada que possa comprometer a análise. O quadro 7 mostra os dados
levantados por Santos (2013) referentes a custos de mão de obra para cada um dos
sistemas.
Quadro 7 – Custo de mão de obra especializada
MÃO DE OBRA
DRYWALL X ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO
ITEM SERVIÇO UNIDADE PREÇO UNITÁRIO (R$)
PREÇO TOTAL (43m²)
1 Execução em alvenaria de bloco cerâmico
m²
24,86
1.068,98
2 Execução em Tecnologia Drywall (10 cm)
m²
23,33
1.003,19
Fonte: Adaptado de Santos, 2013.
29
Mesmo que seja necessária uma mão de obra mais especializada para a
execução dos serviços em Drywall, por conta do tempo de execução, o custo da
mão de obra é cerca de 6,15% mais barato do que o custo para executar o serviço
em alvenaria de blocos cerâmicos.
As análises realizadas para o custo da mão de obra também serão abordadas
para os custos de materiais. Os quadros 8 e 9 mostram o custo dos materiais
utilizados para execução de um metro quadrado de vedação em Drywall e em
alvenaria cerâmica.
Quadro 8 – Custo de material de Drywall por m².
CUSTO DE MATERIAL
DRYWALL
ITEM SERVIÇO VALOR MATERIAL (R$)
VALOR TOTAL 43m² (R$)
1 Perfil guia 4,44 190,92
2 Perfil montante 2,60 111,80
3 Chapa Drywall 6,80 292,40
4 Lã de vidro 7,18 308,74
5 Acabamento em massa corrida 0,75 32,25
6 Pintura 1,33 57,19
TOTAL 23,10 993,30
Fonte: Adaptado de Santos, 2013.
Quadro 9 – Custo de material em alvenaria de bloco cerâmico por m².
CUSTO DE MATERIAL
ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO
ITEM SERVIÇO VALOR MATERIAL (R$)
VALOR TOTAL 43m² (R$)
1 Alvenaria 5,63 242,09
2 ARGAMASSA 2,47 106,21
3 Reboco 5,52 237,36
4 Acabamento em massa corrida 0,75 32,25
5 Pintura 1,33 57,19
TOTAL 15,70 675,10
Fonte: Adaptado de Santos, 2013.
Em relação ao custo dos materiais, a utilização do Drywall mostra uma
desvantagem frente à alvenaria cerâmica. Chegam a ser 32% mais caros do que os
materiais para a execução da alvenaria em bloco cerâmico.
A alvenaria em bloco cerâmico de vedação tem uma maior resistência à
umidade, aos movimentos térmicos, à pressão do vento e às infiltrações de água
pluvial, porém a mão de obra é sem qualificação, durante a sua execução existe
30
quebras e desperdícios de materiais e mão de obra. Por não ter uma mão de obra
qualificada, há uma maior possibilidade de erros durante a execução, que resulta no
aumento do peso próprio da das vedações, na redução da área útil, tornando o
cronograma mais oneroso. Uma das principais vantagens é que são funcionais,
tanto para área interna, quanto para externa.
As paredes feitas em Drywall são funcionais para interiores, e não são
recomendáveis para o uso em áreas exteriores. Durante o seu período de execução,
a obra é caracterizada com limpa, com poucas sobras de resíduos e pouco material
descartado, gerando assim, uma menos quantidade de entulho. Possui uma mão de
obra simples, com aplicação rápida, através de ferramentas de simples manuseio. O
conforto acústico, que pode ser melhor do que alvenaria convencional, com auxílio
de materiais internos como a lã mineral, lã de vidro entre outros, porém possui um
alto custo em eventuais reformas. Uma das vantagens é a resistência à umidade,
através da utilização da placa adequada, para esta finalidade, no entanto, quando
ocorre um alto índice de umidade pode gerar patologias nas placas e necessitar a
substituição imediata, ou então em caso de vazamento na rede hidráulica, o mesmo
se propaga de forma rápida, principalmente em shaft‟s.
31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo abordou a comparação do uso do sistema construtivo em
alvenaria convencional e Drywall em paredes de vedação em toda a casa. O
embasamento teórico possibilitou a compreensão dos dois sistemas de métodos
construtivos e de suas particularidades.
O Drywall possui características próprias que se diferencia da alvenaria
convencional. Embora o custo ainda seja um pouco mais elevado, a velocidade nas
construções melhora a produtividade delas. Todas essas qualidades referentes ao
Drywall, produzem economia para a obra. Diminuindo grande parte dos gastos, se
comparado com as obras, construídas por alvenaria convencional.
Quanto ao custo e viabilidade, o Drywall é mais caro que a alvenaria
convencional, porém os benefícios que ele apresenta, como redução de mão de
obra, redução de desperdício, menor tempo de execução, redução da carga da
estrutura e fundação, são bastantes significativos.
Uma das principais causas do custo total elevado da alvenaria, quando
comparado ao método de Drywall, é devido a necessidade de revestimento para
regularização da parede. Percebe-se que o valor de mão de obra da vedação de
alvenaria é devido à dois tipos de serviços, assentamento de alvenaria e
revestimento argamassado, enquanto o Drywall possuí apenas uma, tendo assim,
um menor custo no valor de mão de obra.
Tanto os custos como as características variam de obra para obra e são
vários os fatores que interferem no desempenho e no custo das vedações e
revestimentos.
Para pesquisas futuras, sugere-se uma comparação em residências
populares do uso de Drywall na parte interna com alvenaria na parte externa.
32
REFERÊNCIAS
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______. NBR 15270-3: componentes cerâmicos; parte 3: blocos cerâmicos para
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33
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34
YAZIGI, Walid.A técnica de edificar. 10. ed. rev. e atual. - São Paulo, Pini:
SindusCon, 2009.
35
APÊNDICES
36
APÊNDICE A – Residência popular com 43m² de área construída.
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
37
APÊNDICE B – Residência popular com cotas.
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.