Estudo Da IBRAF

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 PANORAMA DA CADEIA PRODUTIVA DAS FRUTAS EM 2012 E PROJEÇÕES PARA 2013 Setembro de 2013

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PANORAMA DA CADEIA PRODUTIVADAS FRUTAS EM 2012

E PROJEÇÕES PARA 2013

Setembro de 2013

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PANORAMA DA CADEIA

PRODUTIVA DAS FRUTAS 2012 

EXECUÇÃO:

CENTRAL DE SERVIÇOS Paulo Roberto / Matheus Cipriano 

COORDENAÇÃO GERAL:

Moacyr Saraiva Fernandes 

Setembro 2013

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Gestão 2013 – 2014

CONSELHO DELIBERATIVO:

Presidente:Etélio de Carvalho Prado

1° Vice Presidente:Paulo Carneiro Ribeiro Filho

2° Vice PresidenteJosé Eduardo Camargo

Conselheiros:José Carlos FachinelloJosé Ruette FilhoOrlando Steck FilhoRafael Couto GuimarãesSylvio Luiz Honório

DIRETORIA EXECUTIVA:

Diretor Presidente:

Moacyr Saraiva Fernandes1° Vice Presidente: Antônio Carlos Tadiotti

Diretor Tesoureiro:Jean Paul Raoul Marie Gayet

Diretor 1° Secretário: Antonio Roberto Losqui

Diretor 2° Secretário:José Gagliardi

DiretoresÉderson NogueiraMariliza Scarelli SoranzRoland Brandes

CONSELHO FISCAL:

Presidente do Conselho:Luiz Sutti

Titulares:Mario Cordeiro de Carvalho JuniorJulio Cesar Veroneze

Suplentes:José Jacob CarbonariLincoln de Camargo Neves FilhoRenê José Thomazeto

COMITÊ TÉCNICO CIENTÍFICO

Coordenador:  José Luiz Petri

Coordenador Adjunto: Sylvio Luiz Honório

Componentes 1 – Amauri Rosenthal2 - Carlos Ruggiero3 - Fernando Mendes Pereira4 - José Carlos Fachinello5 - Lincoln C. Neves Filho6 - Luiz Carlos Donádio7 - Luiz Carlos de Oliveira Lima8 - Luiz Soares da Silva9 - Maria Cecília Cordeiro10 - Marcelo Costa de Oliveira11 - Narenda Narain12- Pedro Luis Blasi de Toledo Piza

SECCIONAL BRASÍLIA

Carlos Alberto Pereira de AlbuquerqueDiretor de Relações Internacionais e Governamentais 

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Nota do IBRAF

Está autorizada pelo InstitutoBrasileiro de Frutas – IBRAF,a citação de dados e informaçõesdesta publicação, desde que sejamencionada a fonte.

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Sumário

1. 

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1 

2. 

PRINCIPAIS INDICADORES ........................................................................................................ 2 

3.  FRUTICULTURA SUSTENTÁVEL ................................................................................................. 3 

4.   ASPECTOS DE MERCADO ......................................................................................................... 4 

4.1  FRUTAS FRESCAS ............................................................................................................. 4 

4.1.1 

Mercado Interno .................................................................................................... 4 

4.1.2 

Mercado Internacional ......................................................................................... 12 

4.2 

SUCOS, NÉCTARES E DRINQUES DE FRUTAS ................................................................... 23 

4.2.1 

Mercado Interno .................................................................................................. 23 

4.2.2  Mercado Internacional ......................................................................................... 29 

4.3 

C ASTANHAS E NOZES ..................................................................................................... 42 

4.3.1 

Mercado Interno .................................................................................................. 42 

4.3.2 

Mercado Internacional ......................................................................................... 49 

4.4 

SUPERFRUTAS ............................................................................................................... 60 

4.4.1 

Mercado Interno .................................................................................................. 60 

4.4.2  Mercado Internacional ......................................................................................... 73 

4.5 

FRUTAS BRASILEIRAS DE IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA REGIONAIS ............................ 75 

4.5.1 

Mercado Interno .................................................................................................. 75 

4.5.2 

Mercado Internacional ......................................................................................... 88 

4.6 

FRUTAS DESIDRATADAS ................................................................................................. 89 

4.6.1 

Mercado Interno .................................................................................................. 89 

4.6.2  Mercado Internacional ......................................................................................... 91 

4.7 

FRUTAS CONGELADAS .................................................................................................... 96 

4.7.1 

Mercado Interno .................................................................................................. 96 

4.7.2 

Mercado Internacional ......................................................................................... 98 

4.8  DESEMPENHO DAS PRINCIPAIS FRUTAS DE CLIMA TEMPERADO EM 2012 ........................ 103 

4.8.1  Maçãs ................................................................................................................ 103 

4.8.2  Uva de Mesa ..................................................................................................... 105 

4.8.3  Peras ................................................................................................................. 107 

4.9  DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES DO COMPLEXO FRUTAS NO CONTEXTO DO

 AGRONEGÓCIO BRASILEIRO EM 2012 ............................................................................ 109 4.9.1  Complexo Frutas ............................................................................................... 109 

5.  PROJEÇÕES 2013 ............................................................................................................... 111 

5.1  CENÁRIO ECONÔMICO PROVÁVEL E A FRUTICULTURA .................................................... 111 

5.2 

PRODUÇÃO E MERCADO ............................................................................................... 112 

5.2.1 

Frutas Frescas ................................................................................................... 112 

5.3  CLIMA E TEMPO ............................................................................................................ 116 

5.4 

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O SETOR ............................................................................. 116 

5.5  PESQUISA E DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 117 

5.6 

FRUTAS DE IMPORTÂNCIA REGIONAL ............................................................................. 117 

5.7  C ASTANHAS E NOZES ................................................................................................... 118 

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5.8  FRUTAS DESIDRATADAS ............................................................................................... 119 

5.9 

SUPERFRUTAS ............................................................................................................. 120 

5.10  FRUTAS E DERIVADOS CONGELADOS ............................................................................ 120 

5.11  FRUTAS E DERIVADOS ORGÂNICOS ............................................................................... 121 

5.12  SUCOS E POLPAS DE FRUTAS ....................................................................................... 122 

5.13 

INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA ..................................................................................... 124 

5.14   AS INOVAÇÕES E A COMERCIALIZAÇÃO .......................................................................... 125 

5.15  TENDÊNCIAS DOS C ANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO .......................................................... 126 

5.16 

TENDENCIAS DOS CONSUMIDORES ................................................................................ 126 

6.  BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 127 

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  1

1.  Introdução 

O estudo em questão tem por objetivo avaliar e analisar o desempenho da fruticultura

brasileira e sua competitividade nos mercados nacional e internacional. A Fruticultura Nacionalno período analisado conviveu no Brasil em um ambiente de negócios sob a influência dascondições econômicas positivas, permitindo o estímulo ao consumo de mais brasileiros, ofere-cendo sustentabilidade e possibilitando um mercado aquecido e demandante para frutas fres-cas, sucos e polpas de frutas e outros derivados. Porem é preciso ter cautela para afirmarmosse é uma situação conjuntural ou uma tendência.

No ambiente externo, os principais mercados compradores ainda estão recuperando-seda crise internacional econômica e mostrando recuperação lenta, não superando os últimosanos pré-crise. Alguns países importantes ainda apresentam uma situação econômica delicadacomo a Irlanda, Itália, Espanha e Portugal.

Quanto às grandes preocupações não só no âmbito dos agronegócios das frutas no Bra-sil, como no Exterior, foram identificados problemas referentes ao crescente aumento dos cus-tos de produção/fabricação, á segurança dos suprimentos, á falta de harmonização dos siste-mas de controle, principalmente fitossanitários pelos países, á saturação de alguns mercados,bem como á volatilidade das taxas de câmbio.

Por outro lado, somam-se aos fatores acima mencionados as legislações de limites deresíduos de defensivos agrícolas (LMR) nas frutas. No Brasil particularmente continuou a difi-culdade de registro de novos princípios ativos para a defesa fitossanitária das frutas, principal-mente as denominadas “minor crops”.

Evidenciou-se, que mais esforços ainda precisam ser feitos pelo Brasil para alcançar umamaior reciprocidade no comércio, através de tratados comerciais bilaterais, combater as barrei-

ras técnicas para exportações, bem como a complexidade e os custos em relação á implemen-tação de protocolos.

Contudo, entre muitos tópicos apresentados, o investimento no capital humano e o de-senvolvimento de modelos integrados de comercialização das frutas necessitam de forte apoio.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  2

 2.  Principais  Indicadores 

 A Cadeia Produtiva das Frutas em 2012 novamente destacou-se como um dos mais im-

portantes segmentos econômicos do agronegócio brasileiro, com indicadores representativos,sendo o 3º maior produtor de frutas frescas do mundo, com volumes estimados de 43,6 mi-lhões de toneladas.

Em constante evolução, a base agrícola já ultrapassou 2,2 milhões de hectares cultivadosem todos os estados brasileiros, empregou cinco milhões de pessoas, representando 27% damão de obra agrícola do agronegócio, continua fundamentada em pequenas e médias proprie-dades, mas atingindo um valor agrícola bruto de R$ 20 bilhões.

Sob o ponto de vista empregatício, para cada R$ 20 mil investidos na fruticultura, são ge-rados três empregos diretos e dois indiretos. Em relação ao aspecto comercial, o mercado defrutas frescas apresentou pequena redução de 4% em relação a 2011 mas o mercado de su-cos, néctares e polpas vem crescendo a taxas superiores a 10% anualmente.

No mercado externo as exportações de frutas frescas atingiram o patamar de 693 mil to-neladas, um aumento de 1,73% em relação a 2011, equivalente a US$ 619 milhões.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  3

 3.  Fruticultura Sustentável

 A fruticultura brasileira sob o enfoque socioeconômico é uma atividade essencialmente

sustentável, pois está fundamentada em pequenas e médias propriedades e demanda grandequantidade de mão de obra. Além disso, o setor proporciona emprego e renda em regiões ca-racterizadas há alguns anos pela pobreza e seca e que atualmente com implementação desistemas de irrigação, grandes empresas do setor e pequenos produtores podem cultivar frutasde qualidade o ano todo.

Com o uso cada vez mais constante de técnicas agronômicas eficientes e equipamentosmodernos, a fruticultura brasileira aumenta sua produtividade em área cada vez menor ao lon-go dos anos (Figura 1), garantindo assim maior preservação ambiental, pois não ocupa nossasáreas evitando desmatamento.

Outro fator determinante para a sustentabilidade da fruticultura brasileira é a adesão dosprodutores e agroindústrias a sistemas de gestão baseados em Boas Práticas Agrícolas(BPA’s) e ou Boas Práticas de Fabricação (BPF’s), cujos protocolos permitem a obtenção decertificações atestando garantias ao consumidor de que a produção respeita as normas de pre-servação do meio ambiente, produtos finais inócuos, respeito à legislação e condições de tra-balho justo e seguro. A rastreabilidade também é garantida com este sistema, pois há um con-trole rígido sobre cada área de produção.

Figura 1 – Evolução da Produção de Frutas

Fonte: Elaboração IBRAF 

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  4

 4.  Aspectos de Mercado

4.1 FRUTAS FRESCAS

4.1.1 MERCADO INTERNO

4.1.1.1 PRODUÇÃO E CONSUMO

 A produção de frutas no Brasil é estimada em 43,6 milhões de toneladas; esse volume émuito superior se considerarmos as frutas da Amazônia, do Cerrado e outras que não são con-templadas no levantamento estatístico do IBGE.

Desta produção, 47% são destinadas ao sistema agroindustrial e 53% ficam na agroco-mercialização como frutas frescas (Figura 2).

Figura 2 – Distribuição da Comercialização das Frutas

ProduçãoComercialdas Frutas

 AGROCOMERCIALIZAÇÃOMercado de Frutas Frescas

53%

 AGROINDUSTRIALIZAÇÃOMercado de Frutas Processadas

47% 

Produzem-se frutas em todos os estados brasileiros, mas a distribuição da produção éconcentrada em cinco estados que somados representam 71% das produção total. São Pauloé o maior produtor brasileiro representando 43% do volume total, seguido por Bahia (12%), RioGrande do Sul (6%), Minas Gerais (6%) e Pará (3,7%).

Dentre as principais frutas produzidas, a laranja destaca-se com um volume total de 19milhões de toneladas e a banana vem em seguida com 6,9 milhões de toneladas (Tabela 1).

Tabela 1 – Estimativa da Produção

Estimativa 

da 

Produção 

Brasileira 

de 

Frutas 

 – 

2012 

Fruta Volume (Toneladas)Laranja 19.059.890

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  5

Banana 6.861.719 Abacaxi 3.187.463Melancia 2.198.624Coco-da-baía 1.912.319Mamão 1.854.343

Uva 1.455.056Maçã 1.338.270Manga 1.249.521Limão 1.126.736Tangerina 1.004.727Maracujá 923.035Melão 499.330Goiaba 342.528Pêssego 222.180 Abacate 160.376

Caqui 154.625Figo 26.233Pera 20.532Marmelo 780

Total 43.598.287Fonte: IBGE / Elaboração IBRAF.

4.1.1.2 PREÇOS DAS PRINCIPAIS FRUTAS NO MER-CADO DE ATACADO

 A Tabela 2 abaixo, apresenta referências da evolução dos preços das frutas no atacadoem 2012, comparados com os praticados em 2011. Refere-se a média dos preços para frutasrepresentativas, obtidos de todos Ceasas brasileiros, administrados pela Conab.

Tabela 2 – Médias de Preços de Frutas nos Ceasas 2011/2012. Média Anual dos Preços

Principais Frutas2011 Média dosPreços Reais/Kg

2012 Média dosPreços Reais/Kg

Variação2012/2012

 Abacate 1,91 1,7 -11,45 Abacaxi 2,27 2,3 2,64Banana-Nanica 1,06 1,2 9,19Banana-Prata 1,40 1,5 7,40Coco Verde 1,22 1,2 0,56Goiaba 2,41 2,5 3,25Laranja Pêra 0,92 0,7 -19,01Limão Tahiti 1,27 1,3 -1,40Maçã Nacional 2,27 2,6 12,48Mamão Formosa 1,14 1,4 21,29Mamão Havaí 1,46 2,4 67,02

Manga 1,68 1,9 10,26Maracujá Azedo 2,42 3,2 30,84

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  6

Melancia 0,84 0,8 -5,07Melão Amarelo 1,82 1,7 -4,03Morango 6,93 7,7 10,47Pêra Estrangeira 3,62 4,4 21,84Tangerina 1,47 1,6 7,48Uva Itália 3,77 3,8 -0,08

Uva Niágara 4,25 4,5 6,57Uva Rubi 4,00 3,9 -2,01

Média Total 2,26 2,5 8,23Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Prohort/Conab.

Comentários:

De forma geral, as média dos preços alcançados nos Ceasas administrados pela Conabem 2012 foram 8,23%, superiores aos do ano de 2011.

Merece destaque os aumentos de preços referentes aos mamões, maracujá azedo, maçã

nacional, a manga (média das variedades), o morango e a pera importada.Por outro lado, perderam preço em relação a 2011 os abacates, laranja pera, a melancia ,

o melão amarelo, o limão tahiti e a uva Itália e suas variações.

4.1.1.3 PREÇOS DE FRUTAS DESTINADAS A AGRO-INDUSTRIALIZAÇÃO

No presente tópico a Tabela 3 apresenta para as principais frutas de interesse industrialnos vários polos de agroindustrialização o preço médio pago pela indústria para a matéria pri-

ma “in natura”.

Tabela 3 – Preços de Frutas Destinadas a Agroindustrialização R$/kg

Produto Praça Preço Médio 2012 (R$) Abacaxi SP 0,82Banana SP 0,20 Acerola SP 0,90Coco Fruto BA 0,60,Goiaba SP 0,28Mamão ES 0,60Maracujá SC 1,33Maracujá RS 1,60Morango SP 1,00Morango MG 2,00Morango RS 1,50Pêssego RS 0,40Tomate SP 0,19Tomate GO 0,18Manga SP 0,26Fonte: Ibraf/Consulta ao Setor.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  7

4.1.1.4 TROCAS INTERNACIONAIS

 A- EXPORTAÇÕES

Quanto ás exportações brasileiras (Tabela 4), em 2012 as frutas frescas geraram divisasde US$ 619 milhões, valor 2,3% menor em comparação a 2011, porém o volume exportado foide 693 mil toneladas, 1,73% mais que 2011 demonstrando uma demanda estável, aliada aproblemas pontuais ocorridos com países habitualmente fornecedores, como queda na safrade maçãs na Europa, reduzindo os estoques locais e possibilitando o aumento das nossas ex-portações de maçãs para aquele continente.

O destaque continuou sendo os melões que foram as frutas mais exportadas. O Brasil se

especializou no cultivo de melões, ofertando as principais variedades aceitas e comercializadasno mercado internacional.

Tabela 4 – Comparativo das Exportações Brasileiras de Frutas Frescas

%Valor %Volume (US$ FOB ) Volume (Kg) (US$ FOB ) Volume (Kg)Melões 4,49 7,19 134.114.090 181.767.594 128.353.767 169.575.730

Mangas -2,36 0,45 137.588.916 127.002.229 140.910.324 126.430.774

Bananas, Exceto Banana-da-Terra   -- -- 34.169.004 91.773.988 0 0

Limões   -9,00 9,56 59.882.439 72.810.401 65.806.140 66.457.950Maçãs 34,67 48,47 48.559.505 72.252.803 36.059.461 48.666.209

Uvas -10,23 -12,42 121.890.881 52.015.627 135.782.857 59.391.482

Melancias 22,36 14,53 16.979.924 33.543.998 13.877.107 29.287.478

Mamões   -6,50 -9,34 36.358.922 26.130.743 38.887.743 28.822.524

Laranjas   -46,55 -32,61 8.745.906 22.447.476 16.364.077 33.310.972

 Abacates   10,35 30,94 6.841.371 4.273.039 6.199.802 3.263.236

Bananas-da-Terra   -- -- 900.166 2.726.129 0 0

Figos   16,16 12,13 8.480.203 1.632.420 7.300.741 1.455.787

Tangerinas 67,19 47,28 1.419.470 1.357.040 849.005 921.432

 Abacaxis -39,27 -39,40 851.439 1.356.500 1.401.952 2.238.300

Bananas -99,15 -98,91 335.530 1.198.963 39.247.836 110.053.925

Caquis -- -- 533.422 222.160 0 0

Outras Frutas Frescas -67,57 -69,50 576.478 205.237 1.777.444 672.898Goiabas -8,19 -12,91 275.502 119.705 300.067 137.455

Cocos -85,18 -77,82 38.503 106.297 259.795 479.345

Outros Cítricos Frescos 39,36 51,12 160.290 40.139 115.017 26.561

Peras 12,92 38,54 19.992 22.344 17.704 16.128

Mangostões -- -- 60.480 10.080 0 0

Framboesas e Amoras   -57,74 -60,41 27.769 3.846 65.711 9.714

 Airelas e Mirtilos   -75,41 -72,99 8.303 927 33.764 3.432

 Ameixas   -17,16 -32,55 2.631 717 3.176 1.063

Morangos   -- -- 13 1 0 0

Pomelos -- -- 0 0 22.983 44.415

Damascos -- -- 0 0 837 91

Cerejas -- -- 0 0 2.632 1.385

TOTAL -2,34 1,73 618.821.149 693.020.403 633.639.942 681.268.286

Produtos

Comparativo das Exportações Brasileiras de Frutas Frescas - 2012/2011

Variação 2012/2011 2012 2011

 Fonte: SECEX/elaboração IBRAF

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  8

Considerando as regiões de maior destaque no volume de exportação de frutas frescasem 2012, o Ceará liderou o ranking, seguido pelo Rio Grande do Norte, Bahia, São Paulo ePernambuco, que no seu conjunto foram responsáveis por 80% de toda exportação brasileira(Tabela 5).

Tabela 5 – Exportações Brasileiras de Frutas Frescas por Estado - 2012

Exportação Brasileira de Frutas Frescas por Estado - 2012Estados Valor (US$ FOB) Volume (Kg)

Ceará 102.940.629 146.512.561Rio Grande do Norte 88.313.578 138.620.880Bahia 130.979.942 116.209.564São Paulo 81.237.324 80.356.759Pernambuco 127.991.409 75.723.835Rio Grande do Sul 42.593.531 69.512.166Santa Catarina 18.498.727 46.122.116

Espírito Santo 19.322.887 12.739.950Minas Gerais 2.754.060 3.507.655Paraíba 3.633.867 2.709.361Paraná 371.829 776.903Goiás 11.651 114.554Rio de Janeiro 158.680 62.575Tocantins 1.350 2.350 Amapá 2.001 2.030 Alagoas 284 144Consumo de Bordo 9.400 47.000Total 618.821.149 693.020.403Fonte: SECEX/Elaboração IBRAF

O Brasil exportou em 2012 frutas para 56 países, sendo os principais destinos apresen-tados na Tabela 6.

Tabela 6 – Exportações Brasileiras de Frutas Frescas por País de Destino - 2012

Exportações Brasileiras de Frutas Frescas por País de Destino - 2012

Países Valor (US$ FOB) Volume (Kg)

Países Baixos (Holanda) 256.868.251 272.252.378

Reino Unido 121.600.056 122.255.471Espanha 62.433.439 82.872.251

Estados Unidos 43.391.065 37.122.014

 Alemanha 24.846.009 32.552.564

Uruguai 8.982.516 28.039.876

 Argentina 7.421.621 19.850.968

Portugal 15.267.877 13.393.694

Bangladesh 7.385.331 11.218.198

França 13.239.467 9.877.707Irlanda 5.795.365 8.796.314

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  9

Canadá 11.586.767 8.662.008

Polônia 3.568.641 7.928.160

Emirados Árabes Unidos 5.484.727 6.715.135

Itália 5.741.497 6.601.887

Outros 25.208.520 24.881.778Total 618.821.149 693.020.403

Fonte: SECEX/Elaboração IBRAF.

Observa-se uma forte concentração das exportações, pois os 15 principais mercados de-têm 96,4 % das compras das frutas brasileiras.

É importante destacarmos que os nove principias mercados da União Europeia são osdestinos de 80,3% das exportações brasileiras de frutas frescas.

Quanto aos modais de transporte, verifica-se a grande importância atual do transportemarítimo na internacionalização das frutas frescas brasileiras (Tabela 7)

Tabela 7 – Exportações de Frutas Frescas por Modal em 2011/2012

US$ FOB Peso Líquido (Kg)2011 2012 2011 2012

Marítima 514.452.302 531.345.935 522.045.648 602.922.984 Aérea 74.581.140 69.738.823 41.384.077 37.322.682Rodoviária 5.104.856 17.374.873 7.303.633 51.472.472Meios Próprios 5.826 5.904 4.102 2.922Fonte Alice - Elaboração IBRAF.

Praticamente o transporte aéreo está restrito às exportações do mamão brasileiro, algu-mas frutas maduras prontas para o consumo imediato e frutas delicadas como figos e goiabas.

O transporte terrestre é utilizado para as trocas comerciais com países limítrofes (merca-dos de proximidade), predominantemente de bananas e melancias.

B- IMPORTAÇÕES

O Brasil continuou em 2012 importando frutas, principalmente as que não temos condi-ções climáticas para produção comercial competitiva com outras regiões do mundo, e frutasque não temos ainda produção suficiente para atender as nossas demandas internas.

Tabela 8 – Comparativo das Importações Brasileiras de Frutas Frescas - 2012/2011

Frutas

Variação 2012/2011 2012 2011

Valor (%)Volume

(%) Valor (US$) Volume (Kg) Valor (US$) Volume (Kg)Peras, Frescas 9,47 3,23 223.928.575 217.131.188 204.554.781 210.334.372

Macas Frescas -27,97 -40,02 60.853.791 57.919.741 84.487.047 96.564.845

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  10

 Ameixas e Abrunhos, Frescos 11,23 4,39 52.966.339 41.367.809 47.620.073 39.626.960

Uvas Frescas 5,86 -2,31 54.381.834 33.294.522 51.370.634 34.083.107

Quivis "Kiwis", Frescos -5,79 2,94 29.359.149 26.146.016 31.162.055 25.400.358

Pêssegos Frescos 1,64 -11,97 16.820.973 12.980.413 16.550.194 14.744.607

Brugnons e Nectarinas, Frescos

1,64 -2,38 15.832.542 12.568.986 15.577.134 12.874.877Laranjas Frescas Ou Secas -2,70 3,01 9.664.042 11.873.494 9.932.469 11.526.840

Tangerinas, Mandarinas, Satsumas, etc. Fres-cos ou Secos

8,30 9,90 5.663.920 6.006.317 5.229.994 5.465.281

Outras Cerejas Frescas -- -- 17.416.733 2.995.364 0 0

Limões e Limas, Frescos ou Secos 19,62 21,84 2.169.222 2.380.749 1.813.482 1.953.988

Outras Frutas Frescas -20,43 -33,49 2.469.503 928.179 3.103.521 1.395.461

Caquis (Diospiros), Frescos -- -- 1.105.710 727.025 0 0

Pomelos ("Grapefruit") Frescos ou Secos -10,76 -7,47 264.623 281.103 296.520 303.806

Damascos Frescos0,12 -13,71 571.598 250.222 570.930 289.972

Morangos Frescos -19,69 -10,39 709.559 127.403 883.544 142.171

 Airelas , Mirtilos e Outs. Frutas Gênero Vacci-nium, Frescos

12,72 12,76 1.076.553 113.630 955.049 100.776

Framboesas, Amoras E Amoras-Framboesas,Frescas

37,70 52,76 656.810 68.741 476.971 44.999

Marmelos, Frescos -- -- 56.801 58.472 0 0

Cerejas-Ácidas (Prunus Cerasus), Frescas -- -- 279.936 51.840 0 0

 Abacaxis Frescos ou Secos 163,04 150,00 92.242 21.750 35.068 8.700

Groselhas Frescas, Inclusive "Cassis" -- -- 101.196 9.149 0 0

Mangas Frescas ou Secas 184,58 156,82 32.738 5.650 11.504 2.200Tâmaras Frescas -95,40 -94,91 27.838 3.300 605.484 64.884

Bananas Frescas ou Secas, Exceto Bananas-da-Terra

-- -- 24.022 2.160 0 0

Outros Cítricos Frescos ou Secos 259,38 -59,77 19.888 1.613 5.534 4.009

Melancias Frescas -- -- 69 42 0 0

Bananas Frescas ou Secas -- -- 0 0 35.824 5.488

Marmelos Frescos -- -- 0 0 72.716 74.473

Cerejas Frescas -- -- 0 0 18.759.625 4.032.536

Total 0,49 -6,91 496.546.206 427.314.878 494.110.153 459.044.710Fonte: SECEX/Elaboração IBRAF.

Uma breve análise nos mostra que em 2012 importamos 427,3 mil toneladas de frutasfrescas para suprir o mercado brasileiro, equivalente a US$ 496,5 milhões.

Houve uma diminuição das importações em 2012 em relação ao ano anterior equivalentea 6,91% em volume.

 A fruta mais importada continua sendo a pera, correspondendo a 51% do total das impor-tações de frutas em volume. Os maiores volumes de exportação foram; maçãs, ameixas, uvasde mesa e kiwis. As 5 principais frutas representaram 88% em volume das importações brasi-

leiras de frutas frescas, neste período analisado.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  11

O Brasil tem importado frutas em volumes significativos preponderantemente de 6 países:Chile (uva de mesa, maçã, cerejas, pêssegos, ameixas e kiwis); Argentina (pera, uva de mesa,maçã, pêssego e ameixa); Espanha (laranja, pêssego, ameixa e pera); Itália (kiwis); Portugal(pera) e USA (pera, cereja e pêssego).

C- BALANÇA COMERCIAL

Pelos dados de 2012 pode-se afirmar que o Brasil permanece sendo um país agroexpor-tador por excelência, com um saldo na balança comercial de US$ 152 milhões, ou seja, 9,3%superior ao alcançado em 2011.

 A Tabela 9 nos indica a evolução das frutas frescas nos últimos 14 anos.

Tabela 9 – Balança Comercial Brasileira de Frutas Frescas

Ano 98 99 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Exportações 119 165 170 215 241 337 369 440 477 642 724 559 609 634 619

Importações 225 120 115 113 84 68 81 125 180 212 243 286 367 495 467Saldo -106 45 55 102 157 269 288 315 297 430 481 273 242 139 152

Fonte: SECEX/Elaboração IBRAF

Figura 3 – Balança Comercial Brasileira de Frutas Frescas

US$ Milhões

440

477

642

724

559

609  634 619

125  180

212243

286

367

495467

   2  4   2

  1   3   9

  1   5   2

   3  1   5   2   9

   7

  4   3   0

  4   8  1

   2   7   3

-200

-100

0

100

200

300

400

500

600

700

800

98 99 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Exportações Importações Saldo

 

Fonte: elaboração IBRAF com dados da SECEX

Uma breve análise da balança comercial de frutas frescas nos mostra que a partir de1999, o saldo da nossa balança passou a se tornar positivo.

No período de 1998 a 2008, observa-se uma evolução consistente a favor das nossasexportações, e a seguir até 2011 uma queda no saldo da nossa balança. Este último períodoaponta um significado aumento das importações, devido à alta valorização da nossa moeda,dificultando as exportações, mas favorecendo as importações, fundamentalmente um aqueci-mento do mercado interno.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  12

4.1.2 MERCADO INTERNACIONAL

4.1.2.1 PRODUÇÃO E CONSUMO

 A- PRODUÇÃO

Segundo dados da FAO, a produção mundial de frutas em 2011 (Tabela 10) foi equiva-lente a 822 milhões de toneladas, ocupando uma área de 72 milhões de hectares. As principaisfrutas produzidas foram: a banana responsável por 13% do volume total, seguida de perto pe-las melancias com 12,7%, maçãs com 9% e uvas com 8,4%.

Dentre os principais produtores, destaca-se a China como o maior produtor. com volumede 215 milhões de toneladas, a Índia produziu 87 milhões de toneladas e o Brasil segue comoo 3º produtor mundial com 43 milhões de toneladas.

Para as principais frutas produzidas no mundo, a Índia continua como o maior produtorde bananas, produzindo 29,6 milhões de toneladas. A China é o principal produtor de melanci-as, maçãs e uvas com volumes superiores a 69 milhões de toneladas de melancias, 36 milhõespara maçãs e 9 milhões para uvas. O Brasil aparece como o maior produtor de laranjas com 19milhões de toneladas.

Tabela 10 – Produção Mundial.

Frutas Área (ha) Volume (ton.) % Participação

Bananas 5.157.466 106.541.709 12,96 

Melancias 3.568.351 104.472.354 12,70 

Maçã 4.766.775 75.635.283 9,20 

Uvas 7.086.022 69.654.926 8,47 

Laranjas 4.039.313 69.605.815 8,46 

Cocos 11.437.523 59.189.887 7,20 

Plátanos 5.496.411 38.901.406 4,73 

Mangas, Mangostões, Goiabas 5.066.918 38.899.593 4,73 

Outras Frutas 4.642.919 29.828.964 3,63 

Melão 1.144.457 27.295.907 3,32 

Tangerinas 2.680.504 24.580.204 2,99 

Peras 1.614.061 23.896.556 2,91 

Outras Frutas tropicais 2.872.302 22.046.965 2,68 

Abacaxis 920.536 21.582.237 2,62 

Pêssegos e Nectarinas 1.570.562 21.528.690 2,62 

Outras 9.913.075 88.640.839 10,78 

TOTAL 71.977.195 822.301.335 

100,00 

Fonte: Elaboração IBRAF com dados da FAOSTAT- 2012

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  13

B- CONSUMO

Para um bom entendimento dos agronegócios de frutas frescas, quanto ao panorama dafruticultura mundial em 2012, é fundamental classificarmos as frutas conforme o trade interna-cional do hemisfério Norte. Os nossos mercados-alvo são países desta parte do globo.

Neste sentido, o mercado internacional classifica as frutas em frutas de contra-estação(FCE), frutas tropicais (FT) e frutas exóticas (FE).

Quanto as FCEs em 2012 nos principais mercados constatou-se uma estabilidade doconsumo e até mesmo declínio em certos países.

Porém, as frutas cítricas maçã e pera permanecem sendo as mais consumidas durantetodo o ano. Os melões e uvas de mesa também são populares, mas consumidos em quantida-des inferiores.

 As FT por sua vez são as pouco produzidas nos principais mercados compradores, e im-portadas de países de clima quente, em boa parte países em desenvolvimento. As principaissão: abacates, abacaxis, bananas, plátanos e mangas.

Em tese o consumo de frutas tropicais está longe de estar saturado como o que ocorrecom as FCEs. Contudo, está muito relacionado com o baixo crescimento econômico interna-cional.

Já as FE, ou seja, as frutas exóticas são as frutas caracterizadas como pouco conhecidase não produzidas nos países desenvolvidos.

São agrupadas como exóticas, o mamão, limão tahiti, o figo, a tâmara, a lichia e o mara-cujá, entre outras.

O consumo destas frutas é crescente, mas o consumo “per capita” permanece relativa-mente baixo. Para estas frutas, forte comunicação de suas propriedades nutricionais e a ma-

neira de consumir, são elementos-chave para a evolução do seu consumo.É importante mencionar que governos de muitos países, no sentido de fomentar o con-

sumo de frutas, possuem políticas nutritivas nacionais como programas de consumo de frutasnas escolas. Contudo, apesar das campanhas serem em grande parte realizadas com financi-amentos de governo, principalmente na Europa e Estados Unidos, os resultados estão aquémainda dos objetivados.

Sob o ponto de vista quantitativo, dados publicados para a União Europeia pela EFASA,indicam um consumo médio de frutas frescas de 166 g por dia, sendo que o consumo “per ca-pita” é maior nas regiões centrais e orientais da Europa, do que nos países do sul. Já o consu-mo médio das crianças em idade escolar é atualmente de 114 g por dia, inferior ao da médiada população.

Quanto ao consumo “per capita” do conjunto de frutas frescas nos Estados Unidos estácalculado em 127,5 gramas por dia, razoavelmente inferior ao dos países da União Europeia.

Finalizando, é importante alertar que na Europa Ocidental e nos Estados Unidos de formaglobal, a tendência é de declínio do consumo de frutas frescas (rendas mais baixas e aumentode preços não são das frutas produzidas localmente, como principalmente as importadas sãofatores responsáveis parciais).

Relatórios recentes de credibilidade, como por exemplo, do Rabobank, atestam estastendências.

Somando-se a isto, aumenta o consumo das frutas preparadas para o consumo, mais

convenientes e práticas e principalmente novos produtos industrializados 100% frutas, como“smoothies”, sucos de frutas com vegetais, sucos com características funcionais, “snacks” defrutas, que são aceitos dentro dos programas de fomento ao consumo de frutas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  14

O que tem sido constatado é que apenas o apelo à saúde e bem estar, ou seja, de queas frutas são alimentos saudáveis não é suficiente. É preciso oferecer mais conveniência efundamentalmente sabor, que é o fator-chave para que se tenha prazer de comer.

4.1.2.2 TROCAS MUNDIAIS DE FRUTAS FRESCAS

O mercado internacional de frutas “in natura” atingiu o patamar de 69,1 milhões de tone-ladas (Figura 4) em 2012, ou seja, observou-se uma retração de 0,6% em relação a 2011. Emtermos econômicos, o mercado das frutas “in natura” atingiu a cifra de US$ 72,1 milhões(Figura 5) em 2012, ou seja, observou-se ao contrário das quantidades comercializadas deuma expansão 1,5% em relação a 2011.

Figura 4 – Volume das Trocas Mundiais (Milhões de Toneladas)

69,5   69,1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2011 2012 

Variação: -0,6%Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da United Nations Statistics Division

 Apesar da retração observada em 2012, considerando as tendências recentes as quanti-dades de frutas frescas comercializadas internacionalmente têm evoluído a taxas médias anu-ais de 2,5%, baseando-se no período 2008/2012.

Figura 5 – Valor das Trocas Mundiais (Milhões de Dólares)

71   72,1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2011 2012

 Variação: 1,5%

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da United Nations Statistics Division

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  15

Considerando as tendências recentes, o valor das transações comerciais de frutas fres-cas tem evoluído a taxas médias anuais de 3,8%, baseando-se no período de 2008/2012. Pa-rece estar havendo uma valorização dos preços referentes ás trocas mundiais de frutas fres-cas.

4.1.2.3 PREÇOS DE FRUTAS TROPICAIS E EXÓTICASNO MERCADO DE ATACADO NA EUROPA

Somente como referência para os exportadores de frutas frescas, nas tabelas que se se-guem são apresentados os preços alcançados pelos países supridores nos principais merca-dos europeus. Referem-se aos preços nos mercados atacadistas somente.

 A- ABACATE

Tabela 11 – Preços no Atacado 2012 – Abacates

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

 Aéreo Tropical Brasil Caixa 14,08 15,04 Aéreo Tropical Rep. Dominicana Caixa 12,10Marítimo Fuerte Israel Caixa 5,75 6,00 4,98 6,02Marítimo Fuerte Quênia Caixa 4,00Marítimo Fuerte Peru Caixa 5,13 7,50 4,80

Marítimo Fuerte África do Sul Caixa 5,75 4,25 6,60 6,19Marítimo Hass Israel Caixa 7,88 7,07 7,50Marítimo Hass México Caixa 6,72Marítimo Hass Chile Caixa 8,25 9,00 7,55 9,19Marítimo Hass Rep. Dominicana Caixa 7,79Marítimo Hass Peru Caixa 6,50 6,76 9,00 8,29Marítimo Hass Espanha Caixa 5,33

Marítimo Hass Quênia Caixa 6,53Marítimo Hass África do Sul Caixa 6,75 10,00 6,93 7,75 10,40Marítimo Não determinada Israel Caixa 6,81Marítimo Não determinada África do Sul Caixa 10,00

Marítimo Não determinada Grécia Caixa 6,00Marítimo Não determinada Quênia Caixa 10,60Marítimo Não determinada Brasil Caixa 5,89Marítimo Pinkerton Israel Caixa 5,58 5,20 6,21 6,61Marítimo Pinkerton Quênia Caixa 6,07Marítimo Pinkerton África do Sul Caixa 6,00 4,38 6,48Marítimo Ryan África do Sul Caixa 7,44 8,00 7,53 9,03 9,96Marítimo Arad Israel Caixa 5,28

Marítimo Fino Israel Caixa 5,75Marítimo Ettinger Peru Caixa 5,75Marítimo Ettinger Israel Caixa 5,50 8,00 3,69 6,30 7,08

Caminhão Hass Espanha Caixa 7,88 8,17 7,93Caminhão Bacon Espanha Caixa 5,03

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  16

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

B- ABACAXI

Tabela 12 – Preços no Atacado 2012 – Abacaxi

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

 Aéreo Smooth CayenneRep. dos Cama-rões

Kg 2,42

 Aéreo Smooth Cayenne Gana Kg 2,50 Aéreo Smooth Cayenne Benin (África Oc.) Kg 2,05 Aéreo Vitória Ilhas Maurício Caixa 12,50 13,02 Aéreo Vitória Ilhas Maurício Kg 3,57 Aéreo Vitória Ilha Reunião Kg 4,03

 Aéreo Vitória África do Sul Caixa 11,67 11,33 11,90

 Aéreo Vitória Reunião Kg 4,15 Aéreo MD-2 Gana Kg 2,00 2,05

 Aéreo MD-3 Benin (África Oc.) kg 2,10 Aéreo Não determinada Benin (África Oc.) Kg 2,03Marítimo MD-2 Costa Rica Caixa 8,07 6,80 7,89 9,88 7,39Marítimo MD-3 Costa Rica Kg 0,65Marítimo MD-4 Brasil Caixa 8,39Marítimo MD-5 Cote D'Ivoire Kg 0,89Marítimo MD-6 Cote D'Ivoire Caixa 7,96Marítimo MD-7 Equador Caixa 8,38

Marítimo MD-8 Gana Caixa 8,38Marítimo MD-9 Rep. Dominicana Caixa 7,56Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

C- BANANA

Tabela 13 – Preços no Atacado 2012 – Banana

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReino

Unido Aéreo Small Colômbia Kg 6,89 6,13 Aéreo Small Equador Kg 5,67 5,17

 Aéreo Red Equador Kg 4,88Marítimo Red Equador Kg 2,29Marítimo Small Equador Kg 1,70 2,02

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  17

D- CAQUI

Tabela 14 – Preços no Atacado 2012 – Caqui

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

 Aéreo Não determinada Israel Kg 2,17 2,37Marítimo Não determinada Israel Kg 1,99 2,35 3,55Marítimo Não determinada Brasil Kg 3,10 1,60

Marítimo Não determinada África do Sul Kg 2,27 2,54 2,38Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

E- CARAMBOLA

Tabela 15 –Preços no Atacado 2012 – Carambola

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

 Aéreo Não determinada Malásia Kg 4,65 4,81 4,95 4,00Marítimo Não determinada Malásia Kg 3,21 3,36Marítimo Não determinada Tailândia Kg 2,70

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

F- COCO VERDE

Tabela 16 – Preços no Atacado 2012 - Coco Verde

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

Marítimo Não determinada Cote D'Ivoire Saco 11,09 11,96 10,04 14,75Marítimo Não determinada Costa Rica Saco 15,00 16,67Marítimo Não determinada Rep. Dominicana Saco 19,13

Marítimo Não determinada Tailândia Saco 10,00Marítimo Não determinada Malásia Saco 18,80

Marítimo Não determinada Sirilanka Saco 13,50 19,76 10,16Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

G- GOIABA

Tabela 17 – Preços no Atacado 2012 – Goiaba

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

 Aéreo Não determinada Brasil Kg 4,70 5,82

 Aéreo Não determinada Tailândia Kg 6,84 7,00Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  18

H- LIMÃO TAHITI (LIMA ÁCIDA)

Tabela 18 – Preços no Atacado 2012 - Limão Tahiti (Lima Ácida)

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

 Aéreo Não determinada México Kg 4,13Marítimo Não determinada Brasil Kg 1,07 1,41 1,40 1,25 1,49Marítimo Não determinada Quênia Kg 1,00 1,96

Marítimo Não determinada México Kg 1,21 1,56 1,65 1,69 1,39Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

I- MAÇÃ

Tabela 19 – Preços no Atacado 2012 – Maçã

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

Marítimo  Braeburn Brasil kg 1,23 1,39Marítimo  Fuji Brasil kg 1,30 1,39Marítimo  Pink Lady/Cripps

PinkBrasil kg 1,27 2,37

Marítimo  Royal Gala Brasil kg 1,27 1,74Marítimo  Fuji Argentina kg 1,49Marítimo  Granny Smith  Argentina kg 1,48Marítimo  Pink Lady/Cripps

Pink

 Argentina

kg 2,57 1,57Marítimo  Red Chief  Argentina kg 1,57Marítimo  Gala Chile kg 1,90Marítimo  Braeburn Chile kg 1,27 1,70Marítimo  Fuji Chile kg 1,31 1,63Marítimo  Granny Smith Chile kg 1,77 1,20 1,52Marítimo  Pink Lady/Cripps

PinkChile

kg 2,48 1,59 1,81

Marítimo  Red Chief Chile kg 1,41 1,50Marítimo  Red Delicious Chile kg 1,72 1,42Marítimo  Royal Gala Chile kg 1,38 1,24

Marítimo  Braeburn África do Sul kg 1,20 1,61Marítimo  Golden Delicious África do Sul kg 1,23 1,32Marítimo  Granny Smith África do Sul kg 1,39 1,50Marítimo  Pink Lady/Cripps

Pink África do Sul kg 1,65

Marítimo  Royal Gala África do Sul kg 1,39 1,69Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  19

J- MANGA

Tabela 20 – Preços no Atacado 2012 – Manga

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

 Aéreo Kent Peu Kg 5,33 4,81 Aéreo Kent Brasil Kg 4,60 4,55 Aéreo Kent África do Sul Kg 5,00

 Aéreo KentBurkina Faso (Áf.Oc.)

Kg 3,20

 Aéreo Kent Cote D'Ivoire Kg 4,50 3,67 Aéreo Kent Mali Kg 3,50 Aéreo Kent Israel Kg 3,79

 Aéreo Keitt Brasil Kg 2,99 Aéreo Keitt Israel Kg 2,73 Aéreo Nam Dok Mai Tailândia Kg 7,45

 Aéreo Palmer Brasil Kg 3,86 3,00 3,23 Aéreo Autaufo México kg 5,50 Aéreo Shelly Israel Kg 3,53 Aéreo Não determinada Tailândia Kg 10,00Marítimo Atkins Brasil Kg 1,25 1,48 1,25 1,68 1,53Marítimo Atkins Peu Kg 1,81 1,73Marítimo Atkins Costa Rica Kg 1,00Marítimo Kent Peu Kg 1,21 2,00 1,82 2,13Marítimo Kent Brasil Kg 1,46 2,38

Marítimo Kent Israel Kg 2,00

Marítimo KentBurkina Faso (Áf.Oc.) Kg 1,75

Marítimo Kent Cote D'Ivoire Kg 1,13 1,57 1,23 1,39Marítimo Kent Guinea Kg 1,57Marítimo Keitt Israel Kg 1,38 1,94 1,81

Marítimo Keitt Brasil Kg 1,50 1,84 1,32 1,53 1,67Marítimo Keitt Peu Kg 2,00

Marítimo KeittBurkina Faso (Áf.Oc.)

Kg 1,57

Marítimo Keitt Cote D'Ivoire Kg 1,57

Marítimo Keitt Rep. Dominicana Kg 1,07Marítimo Keitt Guinea Kg 1,57

Marítimo Keitt Porto Rico Kg 1,07Marítimo Não determinada Paquistão kg 0,97Marítimo Não determinada Israel Kg 2,00 1,32Marítimo Palmer Brasil Kg 2,00 2,00 1,09Caminhão Kent Espanha Kg 3,00Caminhão Keitt Espanha Kg 1,85Caminhão Osteen Espanha Kg 1,50 1,82 1,62 1,99

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  20

K- MANGOSTÃO

Tabela 21 – Preços no Atacado 2012 – Mangostão

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

 Aéreo Não determinada Indonésia Kg 7,37 Aéreo Não determinada Equador Kg Aéreo Não determinada Tailândia Kg 7,50 9,50 7,41

 Aéreo Não determinada Colômbia Kg 7,50 8,75 6,94Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

L- MAMÃO

Tabela 22 – Preços no Atacado 2012 – Mamão

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

 Aéreo Não determinada  Brasil Kg Aéreo Não determinada  Cote D'Ivoire Kg Aéreo Não determinada  Gana Kg Aéreo Formosa Brasil Kg 3,09 3,15 3,00 3,17 3,30 Aéreo Formosa Tailândia Kg 4,75 Aéreo Não determinada Brasil Kg 3,43 3,54 3,43 3,55 3,77 Aéreo Não determinada Cote D'Ivoire Kg

 Aéreo Não determinada Equador Kg 1,86 1,76 1,89 Aéreo Não determinada Malásia Kg 2,16 Aéreo Não determinada Tailândia Kg 4,75

Marítimo Não determinada  Equador Kg 1,71 1,97 1,69Marítimo Não determinada  Brasil Kg 2,00 2,07

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

M- MARACUJÁ

Tabela 23 – Preços no Atacado 2012 – Maracujá

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

 Aéreo Roxo Israel Kg 4,38 6,50 5,24 Aéreo Roxo Brasil 4,95 Aéreo Roxo Quênia Kg 4,33 5,05 4,63 Aéreo Roxo África do Sul Kg 5,00 6,35 5,55 Aéreo Roxo Tailândia 8,50 6,75 Aéreo Roxo Zimbábue Kg 5,15 5,38 Aéreo Amarelo Colômbia Kg 8,57 9,09

 Aéreo Amarelo Equador Kg 8,38 Aéreo Não determinada Colômbia Kg 4,75 5,00 5,94 5,64 4,26

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  21

 Aéreo Não determinada Tailândia Kg 10,00Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

N- MELANCIA

Tabela 24 – Preços no Atacado 2012 – Melancia

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

MarítimoMelancia semSemente

Brasil kg 0,92 0,69

Marítimo Melancia Brasil kg 0,85

Marítimo Melancia Costa Rica kg 0,81Marítimo Melancia Guatemala kg 0,85Marítimo Melancia Panamá kg 0,50

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

O- MELÃO

Tabela 25 – Preços no Atacado 2012 - Melão

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

Marítimo Cantaloup Brasil kg

2,80 /

1,70

1,36 /

1,65Marítimo Cantaloup Honduras kg 1,61Marítimo Cantaloup Panamá kg 2,01Marítimo Charentais Brasil kg 1,74Marítimo Charentais Marrocos kg 0,95 1,40

Marítimo Galia Brasil kg2,00 /1,80

2,23 /1,69

Marítimo Galia Costa Rica kg 1,49Marítimo Galia Honduras kg 1,05Marítimo Honey Dew Brasil kg 1,16 0,98Marítimo Honey Dew Costa Rica kg 0,84

Marítimo Honey Dew Panamá kg 0,65Marítimo Pele de Sapo Brasil kg 1,36Marítimo Pele de Sapo Costa Rica kg 1,00 1,05

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  22

P- UVA

Tabela 26 – Preços no Atacado 2012 – Uva

Transporte Variedade País Unidade Alemanha Bélgica França HolandaReinoUnido

Marítimo  White SeedlessType

 Argentina Kg -- -- -- 2,53 2,47

Marítimo  Flame Seedless Argentina Kg -- -- -- -- 2,19Marítimo  Red Globe Argentina Kg -- -- -- -- 2,79Marítimo  Thompson See-

dlessBrasil Kg -- -- -- 4,09 5,57

Marítimo  Italia Brasil Kg -- -- -- 3,22 3,94Marítimo  Red Globe Brasil Kg -- -- -- 3,13 3,76Marítimo  Crimson Seedless Brasil Kg -- -- -- 5,04 5,75Marítimo  Sugraone Brasil Kg -- -- -- 4,35 5,01Marítimo  White Seedless

Type

Brasil Kg -- -- -- 4,20 4,98

Marítimo  Crimson Seedless Chile Kg -- -- -- 3,55 3,62Marítimo  Flame Seedless Chile Kg -- -- -- 1,89 2,67Marítimo  Red Globe Chile Kg -- -- -- 2,45 2,71Marítimo   Autumn Royal Chile Kg -- -- -- -- 3,20Marítimo  Sugraone Chile Kg -- -- -- -- 2,76Marítimo  Black Seedless Chile Kg -- -- -- -- 1,71Marítimo  Ribier Chile Kg -- -- -- 3,34 3,19Marítimo  Thompson See-

dlessChile Kg -- -- -- 2,65 2,68

Marítimo  Red Globe Peru Kg -- -- -- 2,54 3,05Marítimo  Thompson See-

dless Peru Kg -- -- -- -- 2,58Marítimo  Crimson Seedless Peru Kg -- -- -- -- 2,71Marítimo  Sugraone Peru Kg -- -- -- -- 3,83Marítimo  Flame Seedless Peru Kg -- -- -- 3,68 6,08Marítimo   Alphonse África do Sul Kg -- -- -- 2,04 --Marítimo   Autumn Royal África do Sul Kg -- -- -- 2,61 2,52Marítimo  Crimson Seedless África do Sul Kg -- -- -- 2,82 2,91Marítimo  Dauphine África do Sul Kg -- -- -- 2,30 2,92Marítimo  Flame Seedless África do Sul Kg -- -- -- 2,88 2,70Marítimo  La Rochelle África do Sul Kg -- -- -- 2,27 --Marítimo

  Red Globe África do Sul Kg -- -- -- 2,20 2,66Marítimo  Sugraone África do Sul Kg -- -- -- 3,29 3,02Marítimo  Thompson See-

dless África do Sul Kg -- -- -- 2,80 2,82

Marítimo  Victoria África do Sul Kg -- -- -- 2,49 --Marítimo  White Seedless

Type África do Sul Kg -- -- -- 2,37 --

Marítimo  Barlinka África do Sul Kg -- -- -- -- 3,66Marítimo  Bonheur África do Sul Kg -- -- -- -- 2,93Marítimo  Waltman Cross África do Sul Kg -- -- -- -- 2,76

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da Fruitrop/Cirad.Nota: Preços médios das variedades ofertadas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  23

4.2 SUCOS, NÉCTARES E DRINQUES DE FRU-TAS

4.2.1 MERCADO INTERNO

4.2.1.1 PRODUÇÃO E CONSUMO

No setor de bebidas de frutas prontas para o consumo, a produção e o consumo no Brasilconfundem-se porque o comércio exterior neste setor não é ainda representativo e, portantopraticamente toda a produção é absorvida internamente.

O mercado de bebidas de frutas prontas para o consumo inclui os sucos, néctares refres-

cos, sucos, água de coco.O mercado de bebidas de frutas inclui sucos concentrados que necessitam de diluição

para serem consumidos e as bebidas de frutas prontas para o consumo como os sucos e néc-tares, os refrescos, a água de coco e os sucos com soja.

O consumo de bebidas de frutas prontas para beber continuou sendo em 2012 mais di-nâmico do que o consumo das frutas frescas. Apresentou no global uma expansão de 8,1%,em relação ao ano anterior.

Tabela 27 – Consumo de Bebidas de Frutas Prontas para Beber

BebidaVolume (*)

2012 (Mil Litros)Variação 2012/2011

(%)Suco Refrigerado (espremido) 19.201 3,2%Sucos e Néctares Prontos para Beber 1.152.670 8,7%Refrescos 723.934 9,5% Água de Coco 98.500 9,3%Sucos com Soja 543.237 4,9%Total 2.537.542 8,1%Fonte: Elaboração IBRAF com dados do Datamark.- 2012Nota: (*) Estimado.

No presente panorama apresentado, não foram incluídos os refrigerantes e os “pós pararefrescos”, que em grande parte continuam sendo considerados pelas organizações de audito-ria e pesquisa de mercado como bebidas de frutas. Isto vem distorcendo as estatísticas dequem é quem no mundo das bebidas de frutas. Os sucos desidratados em pós, estes sim de-veriam ser incluídos na categoria de bebidas de frutas, mas sua produção e oferta no mercadobrasileiro ainda não são representativas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  24

Tabela 28 – Bebida à Base de Frutas. Participação das Classes Sociais na Comercialização - 2012

Classe Econômica Água de CocoBebidas

com Soja*Suco

Concentrado

Sucos eNéctares

Prontos paraBeber

 A/B 60% 46% 43% 49%C 29% 40% 39% 31%

D/E 11% 14% 19% 20%Fonte: Elaboração IBRAF, com Dados da Superhiper (Maio 2013).Nota: (*) As bebidas com soja em questão foram incluídas junto ao segmento, apesar da de-

signação técnica destes produtos ser de alimentos com soja e sucos de frutas.

Comentários:

Considerando o período em análise, a classe A/B liderou a demanda por todas as catego-rias de produtos, com ênfase no consumo de água de coco e sucos/néctares prontos para be-ber.

Tabela 29 – Bebida à Base de Frutas. Participação dos Canais de Compra - 2012

Canais Água de CocoBebidas

com Soja*Suco

Concentrado

Sucos eNéctares

Prontos paraBeber

Hipermercados 12% 10% 7% 10%

Supermercados 65% 66% 71% 63%

Varejo Tradicional 11% 15% 16% 17% Atacado 7% 6% 4% 7%

Outros 5% 3% 1% 3%Fonte: Elaboração IBRAF, com Dados da Superhiper (Maio 2013).Nota: (*) As bebidas com soja em questão foram incluídas junto ao segmento, apesar da de-

signação técnica destes produtos ser de alimentos com soja e sucos de frutas.

Comentários:

Os dados apresentados indicam que em 2012 os autosserviços alimentares representa-ram 73% a 78%, conforme as categorias das vendas destas bebidas no mercado.

Tabela 30 – Desempenho do Mercado das Bebidas de Frutas 2012

Bebidas Variação da Categoria em Volume 2012/2011

 Água de Coco 27,7%

Bebida à Base de Soja 1,50%

Sucos e Néctares Prontos para Beber 15,3%

Suco Concentrado* -1,90%Fonte: Supervarejo - julho 2013.Nota: Apesar da denominação, trata-se de sucos integrais posicionados para servir após di-

luiçãoObservação:  Os chamados sucos em pó não estão relacionados por não serem propria-mente dito sucos desidratados, mas pré misturas para preparação de refrescos e drin-ques.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  25

4.2.1.2 TROCAS INTERNACIONAIS

 A- EXPORTAÇÕES

No segmento dos sucos, néctares e outras bebidas de frutas, os sucos de laranja assu-mem as primeiras posições de mais exportados. Considerando todos os tipos de sucos de la-ranja, em 2012 as exportações em volume apresentaram uma retração de 5,5% e em valoruma retração de 4,2%, em relação ao ano anterior. As polpas merecem destaque pelo desem-penho positivo em 2012 com crescimento em volume 16,5%, com exportações de 5,4 mil tone-ladas ante a 4,6 mil toneladas em 2011.

Em 2012, as nossas exportações globais de sucos de frutas foi de 2 bilhões de tonela-das, equivalentes a US$ 2,45 bilhões.

Os 5 principais compradores foram Bélgica, Holanda, Estados Unidos, Japão e Reino U-nido, que absorveram 92% em volume dos nossos embarques. É uma concentração muito

grande. É preciso que seja bem conhecido também, que os embarques para a Bélgica e Ho-landa (64,4% das vendas em volume) são para serem reexportadas para a União Europeia eoutros países, pois o consumo “per capita” destes países é quase que irrelevante.

Tabela 31 – Exportação Brasileira de Sucos por País de Destino - 2012

Países Valor (US$ FOB) Volume (Kg)

Bélgica 981.075.935 825.566.737

Países Baixos (Holanda) 513.793.588 456.924.740

Estados Unidos 353.930.509 423.567.024

Japão 171.272.534 74.470.500Reino Unido 103.286.105 51.024.692

China 88.713.365 38.012.797

Suíça 54.192.266 32.480.876

 Austrália 34.965.022 16.343.894

Israel 17.854.799 8.535.636

Chile 14.664.330 6.322.952

Porto Rico 11.992.675 6.004.480

 África do Sul 6.141.684 4.854.370

Irlanda 9.193.257 4.675.087 Argentina 7.001.127 3.959.586

 Alemanha 10.409.586 3.942.998

Outros 72.977.606 34.141.176

Total 2.451.464.388 1.990.827.545Fonte: SECEX/Elaboração IBRAF

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  26

Figura 6 – Exportação Brasileira de Sucos por País de Destino - 2012

Exportação Brasileira de Sucos por País de Destino ‐ 2012

0

200.000.000

400.000.000

600.000.000

800.000.000

1.000.000.000

1.200.000.000

  B  E  L  G

  I  C  A

  P  A  I  S  E

  S 

  B  A  I   X  O  S

 

  (   H  O  L

  A  N  D  A   )

  E  S   T  A

  D  O  S 

  U  N  I  D  O  S

  J  A  P  A

  O

  R  E  I  N  O 

  U  N  I  D  O

  C  H  I  N  A

  S  U  I  C  A

  A  U  S   T  R  A

  L  I  A

  I  S  R  A  E

  L  C  H

  I  L  E

 

  P  O  R   T

  O 

  R  I  C  O

  A  F  R  I  C  A

 

  D  O 

  S  U  L

  I  R  L  A

  N  D  A

  A  R  G  E

  N   T  I  N  A

  A  L  E  M

  A  N  H  A

  O  U   T  R

  O  S

 

Valor 

(US$ 

FOB)

Volume (Kg)

 Fonte: SECEX/Elaboração IBRAF.

Em 2012 as nossas exportações globais de polpas de frutas atingiram 5,4 mil toneladas.

Os 5 principais compradores foram Angola, Estados Unidos, Porto Rico, Uruguai e Para-guai, que absorveram 87,6% em volume dos nossos embarques. Igualmente, o maior volumedas nossas exportações está concentrado em poucos países.

Tabela 32 – Exportação Brasileira de Polpas por País de Destino - 2012

Países Valor (US$ FOB) Volume (Kg)

 Angola 2.650.002 1.758.374

Estados Unidos 2.342.876 1.408.226

Porto Rico 1.352.048 931.095

Uruguai 601.763 377.078

Paraguai 565.422 293.615

Portugal 333.310 230.554

Japão 155.041 60.765

Cabo Verde 79.962 59.136Espanha 69.651 50.581

Nova Zelândia 37.988 40.619

Iêmen 61.350 35.790

Reino Unido 135.803 32.562

Bolívia 57.889 26.136

Panamá 56.240 24.711

Costa Rica 45.662 21.114

Outros 242.527 89.978

Total 8.787.534 5.440.334

Fonte: SECEX/Elaboração IBRAF

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  27

Figura 7 – Exportação Brasileira de Polpas por País de Destino - 2012

Exportação Brasileira de Polpas por País de Destino ‐ 2012

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

  A   N  G  O   L  A

   E  S   T  A   D

  O  S 

   U   N   I   D

  O  S

   P  O   R   T  O

 

   R   I  C  O

   U   R   U  G   U

  A   I

   P  A   R  A

  G   U  A   I

   P  O   R   T

   U  G  A   L

  J  A   P  A

  O

  C  A   B

  O 

   V   E   R   D

   E

   E  S   P  A

   N   H  A

   N  O   V  A 

   Z   E   L  A   N   D   I

  A

   I   E   M   E   N

   R   E   I   N

  O 

   U   N   I   D

  O

   B  O   L   I   V

   I  A

   P  A   N  A   M

  A

  C  O  S   T  A 

   R   I  C  A

  O   U   T

   R  O  S

 Valor (US$ FOB) Vol ume (Kg)

 Fonte: SECEX/Elaboração IBRAF

B- IMPORTAÇÕES

 As importações de polpas sucos e outras bebidas de frutas em 2012 totalizaram 25,5 miltoneladas, equivalente a US$ 36,6 milhões.

Tais cifras foram 52,3% em volume, inferiores às compras de 2011, e em valor 29,8%.Houve uma redução das importações destes produtos em análise, extremamente elevadas.

 As tabelas que se seguem detalham a composição e origem das Importações.

Tabela 33 – Importações Globais de Sucos de Frutas - 2012/2011

Período US$ FOB Peso Líquido (kg)

01/2011 até 12/2011 10.486.463 25.084.214

01/2012 até 12/2012 4.553.251 7.352.076Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Alice Web.

Tabela 34 – Origem das Importações 2012

Origem US$ FOB Peso Líquido (kg)

ESTADOS UNIDOS 1.919.556 6.291.470

MEXICO 1.156.947 480.171

 ARGENTINA 865.510 311.021

BRASIL 226.218 95.760

 AUSTRIA 52.870 68.637

PERU 262.286 54.000

 AFRICA DO SUL 26.216 27.302ITALIA 30.449 14.219

HUNGRIA 2.233 4.800

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  28

COREIA DO SUL 3.436 2.810

SERVIA 1.617 1.286

FRANCA 5.719 575

 ALEMANHA 194 25Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Alice Web.

Tabela 35 – Importações de Sucos de Laranja 2012/2011

Período US$ FOB Peso Líquido (kg)

01/2011 até 12/2011 6.298.618 23.330.248

01/2012 até 12/2012 2.208.122 6.464.255Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Alice Web.

Tabela 36 – Origem das Importações 2012

Origem US$ FOB Peso Líquido (kg)

ESTADOS UNIDOS 1.919.311 6.291.168BRASIL 226.218 95.760

 AUSTRIA 49.430 64.804

 AFRICA DO SUL 7.916 8.402

COREIA DO SUL 3.436 2.810

SERVIA 1.617 1.286

 ALEMANHA 194 25Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Alice Web.

Tabela 37 – Importações de Outros Sucos de Frutas 2012/2011

Período US$ FOB Peso Líquido (kg)

01/2011 até 12/2011 4.187.845 1.753.966

01/2012 até 12/2012 2.345.129 887.821Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Alice Web.

Tabela 38 – Origem das Importações 2012

Período US$ FOB Peso Líquido (kg)

MEXICO 1.156.947 480.171

 ARGENTINA 865.510 311.021

PERU 262.286 54.000

 AFRICA DO SUL 18.300 18.900

ITALIA 30.449 14.219

HUNGRIA 2.233 4.800

 AUSTRIA 3.440 3.833

FRANCA 5.719 575

ESTADOS UNIDOS 245 302Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Alice Web.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  29

Tabela 39 – Importações de Polpas de Frutas

Período US$ FOB Peso Líquido (kg)

01/2011 até 12/2011 24.025.643 21.076.414

01/2012 até 12/2012 15.252.495 11.185.828Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Alice Web.

Tabela 40 – Origem das Importações de Popas de Frutas - 2012

Período US$ FOB Peso Líquido (kg)

 ARGENTINA 6.984.536 5.773.454

CHILE 5.048.567 4.404.131

FILIPINAS 2.395.305 732.000

FRANCA 241.022 94.686

ESTADOS UNIDOS 206.099 57.765

SRI LANKA 87.063 26.000

LIBANO 54.107 22.351COLOMBIA 35.461 21.594

BELGICA 53.151 17.686

ITALIA 57.893 10.733

CHINA 8.346 8.150

JAPAO 12.984 3.894

REINO UNIDO 32.961 3.329

PORTUGAL 6.537 2.706

POLONIA 10.986 2.200

TAIWAN (FORMOSA) 2.793 2.036

 ALEMANHA 4.740 1.677

ESPANHA 9.553 1.196

ISRAEL 260 156

TAILANDIA 121 79

 AUSTRALIA 10 5Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Alice Web.

4.2.2 MERCADO INTERNACIONAL

4.2.2.1 PRODUÇÃO E CONSUMO

 A estimativa do mercado mundial das bebidas de fruta em 2012 foi de 55,1 milhões de li-tros, distribuídos de forma heterogênia, dependendo de vários fatores como: situação econômi-ca, população consumidora e costumes alimentares.

Tabela 41 – Mercado Estimado de Bebidas de Frutas - 2012 (1) 

RegiãoVolume

Milhões de ToneladasPart.%

Crescimento2012/2011

(%)

 América do Norte 13,5 24,5% 0% América Latina 6,1 11,1% 5%

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  30

 Ásia/Pacifico 15,7 28,5% 10%

Europa Ocidental 12,4 22,5% 1%

Europa Oriental 6,2 12,2% 3%

 África e Oriente Médio 4,5 8,2% 6%

 Australásia 0,7 1,3% -1%

Total 55,1 100,0% 4%Fonte: Elaboração DataFruta, com Informações do Euromonitor e Robobank.Nota (1) Estimativas como referencia para dimensões de mercado.

O mercado mundial de bebidas de fruta em 2012 continuou indicando as tendências deimportantes mudanças, impactando o canal de valor. Estas mudanças estão em parte influen-ciadas pela retração de consumo na Europa, pela persistente e profunda crise econômica, alenta recuperação das economias nos Estados Unidos e Japão. Outro fator, contudo importan-te, na alteração do comportamento de consumo dos mercados acima referidos são as mudan-ças de hábito em curso e que a curto e médio prazo não mostram tendências de reconversão.

Em termos de mercado, merece atenção a evolução dos mercados da Ásia-Pacifico,principalmente China e Rússia, que apresentou em 2012 um consumo de 15,7 milhões de li-tros. Isto representou um crescimento de 10% em relação a 2011 e equivale a 28,5% do mer-cado mundial das bebidas de frutas. Porém, é importante considerar que o mercado chinêsapresenta uma marcante preferência, ou seja, bebidas com baixo teor de sucos/polpas de frutaem relação aos sucos e néctares.

Quanto aos sabores, a grande tendência é a substituição gradativa de tradicional suco delaranja pronto para beber, por outros sucos e outras bebidas de frutas. Pesa sobre o suco delaranja seu alto teor calórico, segundo especialistas, mas o mais importante segundo os com-pradores internacionais é o alto preço dos semi-industrializados concentrados, que são basepara elaboração dos produtos para o consumo

Figura 8 – Comportamento Global do Consumo do Suco de Laranja

Fonte: Foreign Agricultural Service/USDA.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  31

 A Figura 8 acima apresentado pelo USDA mostra uma tendência de queda de 2008 a2012 e uma pequena expectativa de recuperação prevista para 2012/2013. Espera-se umaprodução de 2,2 milhões de toneladas de suco (65°Brix equivalente) superior em 2% ao elabo-rado no ano anterior. É preciso levar em conta que os números apresentados não consideramestoques remanescentes de 2012 pelos países produtores e, portanto não refletem a real pos-sibilidade de oferta para 2013.

É importante levarmos em conta, que as retrações que vêm ocorrendo na Europa e nosEstados Unidos são muito superiores á maior demanda observada nos outros mercados.

4.2.2.2 TROCAS MUNDIAIS

O mercado internacional de sucos de frutas e vegetais atingiu o patamar de 12,4 milhõesde toneladas (Figura 9) em 2012, ou seja, observou-se uma retração de 3,1% em relação a2011. Em termos econômicos, o mercado dos sucos de frutas e vegetais atingiu a cifra de US$16,4 bilhões (Figura 10) em 2012, ou seja, igualmente observou-se uma retração de 1,9% emrelação a 2011.

Figura 9 – Volume das Trocas Mundiais (Milhões de Toneladas)

12,812,4

0

2

4

6

8

10

12

14

2011 2012 

Variação: -3,1%

Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados da United Nations Statistics DivisionNota: Considerado todos os tipos de sucos de frutas e vegetais.

Observação: Baseado no volume das importações mundiais.

Considerando as tendências recentes, a quantidade de sucos de frutas e vegetais temrepresentado uma retração a taxas médias anuais de 1,9%, baseando-se no período de2008/2012.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  32

Figura 10 – Valor das Trocas Mundiais (Bilhões de Dólares)

16,916,4

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2011 2012 

Variação: -3,0%

Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados da United Nations Statistics DivisionNota: Considerado todos os tipos de sucos de frutas e vegetais.

Observação: Baseado no volume das importações mundiais.

Igualmente, considerando as tendências recentes, o valor das transações comerciais desucos de frutas e vegetais tem se mantido estável, pois vem apresentando uma evolução ataxas médias anuais de 0,1% no período de 2008/2012.

4.2.2.1 COMÉRCIO GLOBAL DE SUCOS - 2012

 A Figura 11 e Figura 12 indicam para o ano de 2012 os 15 maiores importadores e os 15maiores exportadores de sucos de fruta no mundo em valor.

Os três maiores importadores neste período de análise forma os Estados Unidos, Alema-nha e Holanda respectivamente.Por outro lado os três maiores exportadores em igual períodoforam o Brasil, China e Bélgica respectivamente.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  33

Figura 11 – Comércio Global de Sucos – 2012 – Principais Importadores

Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do COMTRADE 2013.

Figura 12 – Comércio Global de Sucos – 2012 – Principais Exportadores

Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do COMTRADE 2013.

4.2.2.2 EVOLUÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO IN-TERNACIONAL

 A evolução apresentada de preços corresponde aos sucos e polpas de frutas e vegetaissemi-elaborados, destinados ao mercado industrial e ao mercado institucional (food-service).Reflete a evolução no período dos 12 meses de 2012 no mercado formador de preços, que é omercado europeu, tomando-se como base o mercado alemão, principal demandante da UniãoEuropeia.

Os indicadores são da Base de Dados do Instituto Brasileiro de Frutas, baseados em da-dos primários do Confruta Medien Gmbh da Alemanha e são baseados em agentes do merca-

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  34

do europeu, envolvendo importadores, comerciantes, fabricantes, reprocessadores, envasado-res e outros.

 A evolução de preços é também baseada em sucos e polpas de deferentes proveniên-cias, comercializados, envasados assepticamente, congelados, resfriados, em tambores ou“bag in druns” tipo 200l, bag in box de 15 a 1.000 kg ou a granel em bulks; $USA/ kg = cif Rot-terdan e EUR/kg ou EUR/l= DDP (Delivery Duty Paid)

No que se refere a tarifas aduaneiras estão consideradas tarifas preferenciais até 30%.

 A- SUCOS TRADICIONAIS

Figura 13 – Apple Juice Concentrate - 70 °Brix, high acidity, EUR/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  35

Figura 14 – Apple Juice Concentrate - 70 °Brix, low acidity, EUR/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

Figura 15 – Passion Fruit Juice Concentrate - 50 °Brix, $/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  36

Figura 16 – Pineapple Juice Concentrate 65 °Brix, $/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

Figura 17 – Orange Juice Concentrate - Future Markets $/lb.

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços mais altos praticados.

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços mais baixos praticados.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  37

Figura 18 – Grape Juice red, EUR/l

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

Figura 19 – Grape Juice Concentrate red - 65 °Brix, EUR/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  38

Figura 20 – Banana Puree - 22-24 °Brix, $/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

Figura 21 – Guava Puree Pink - 8-10 °Brix, $/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  39

Figura 22 – Mango Puree - 15 °Brix, $/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

Figura 23 – Peach Puree EUR/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  40

Figura 24 – Acerola Puree EUR/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

Figura 25 – Acerola Concentrate EUR/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  41

B- ORGÂNICOS

Figura 26 – Orange Juice Concentrate organic - 65 °Brix, $/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

Figura 27 – Apple Juice Concentrate organic, high acidity - 70 °Brix, EUR/kg

♦ -- ♦ Representam a evolução dos preços médios praticados.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  42

4.3 CASTANHAS E NOZES

4.3.1 MERCADO INTERNO

4.3.1.1 CASTANHA-DE-CAJU

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

Em 2012 houve uma redução da safra brasileira de castanha-de-caju por causa da secaque ocorreu no Nordeste, afetando profundamente o desenvolvimento dos cajueiros nos princi-pais estados produtores (CE, PI, RN) que foram os mais atingidos pela falta de chuvas.

 Assim sendo, por causa das condições climáticas adversas, a safra da castanha-de-caju2012/2013, sofreu uma redução de 64%.

Segundo o IBGE foi colhidas em 2012, o total de 81.723 toneladas deste fruto.

Tabela 42 – Produção de Castanha-de-caju in Natura - Brasil Safra 2012/2013

Região Toneladas Part.%Ceará 38.574 47,2Rio Grande do Norte 17.965 22,0Piauí 8.923 10,9Bahia 6.649 7,9Maranhão 4.925 6,0Pernambuco 4.014 4,9Paraíba 853 1,0Nordeste 81.723 100%Brasil 81.723 100%

Fonte: IBGE e CONAB, 2013.

 Apesar das severas perdas, o Ceará com o Rio Grande do Norte e Piauí, contribuiramcom 80,1% do total produzido no país.

No que se refere ao processamento da castanha-de-caju, o Ceará vem se destacandopor ser responsável pelo beneficiamento de aproximadamente 75% do volume total beneficiadona região Nordeste.

B- TROCAS INTERNACIONAIS

 Apesar de tradição brasileira de além de ser um importante produtor de castanha, tam-bém ser um grande exportador, infelizmente devido a forte e persistente estiagem nas zonasprodutoras, em 2012 houve mudança radicalmente no nosso perfil de comércio exterior. É pre-

ciso sempre alertarmos que como a grande parte da nossa exploração da castanha-de-caju,ocorre em regime de sequeiro a falta de água em determinados períodos de floração e de-senvolvimento dos frutos pode se tornar desastrosa.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  43

Segundo os dados do CACEX 2012, as exportações de castanha beneficiadas (080132)atingiram o patamar de 25.334,4 toneladas, equivalente a um valor declarado de US$ 226, 6milhões FOB.

 As exportações da castanha não beneficiada com casca (080131) como ocorrem nor-malmente é desprezível em relação à beneficiada, e os registros apontam 96,6 toneladas inter-nacionalizadas.

Figura 28 – Exportações de Castanha-de-caju Beneficiadas – NCM: 08013200

26.302

25.334

226,6

185,7

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

24.800

25.000

25.200

25.400

25.600

25.800

26.000

26.200

26.400

2011 2012

Toneladas

Milhões de Dólares

 Fonte: Elaboração IBRAF, com dados SECEX 2013.

Figura 29 – Importações de Castanhas de Caju “in natura” - NCM: 08013100

43.698

59.450

57,4

58,0

57,1

57,2

57,3

57,4

57,5

57,6

57,7

57,8

57,9

58,0

58,1

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

2011 2012

Toneladas 

Milhões 

de 

Dólares

 

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados SECEX 2013.

 Analisando as trocas internacionais em 2012, como já ocorreu em 2011, observa-se queas empresas brasileiras de processamento da castanha-de-caju, foram obrigadas a importarquantidades de castanha “in natura” (NCM: 08013100) como matéria prima, afim de assegurar

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  44

suprimento para atingirem volumes de produção de castanha processada, para tentar pelo me-nos, honrar compromissos assumidos e manter uma posição de mercado no exterior.

4.3.1.2 CASTANHA DO BRASIL

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

 A castanha-do-brasil, conhecida entre nós como castanha-do-pará, é um produto de ex-trativismo da castanheira, que ocorre naturalmente na região Norte, principalmente no Acre, Amazonas e Pará.

 A produção brasileira de castanha do Brasil, quanto aos aspectos comerciais obedece adois direcionamentos: o mercado interno e o mercado externo.

Figura 30 – Balanço de Oferta e Demanda de Castanha do Brasil no Brasil (Toneladas)

42.000   42.233

30.35031.993

10.350  11.118

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

2011 2012(*) 

Produção 

Consumo 

Interno 

Exportação

 

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da CONAB, Cooperativas - Agroindústrias e IBGENota: (*) Estimativas, segundo procedimento metodológicos da FAO.

Importantes investimentos e estratégias já estão sendo feitas por agronegócios como aEconut, visando diminuir o extrativismo, por um extrativismo sustentável orgânico e avançadopara um cultivo também sustentável e orgânico. É um importante avanço que deve ser seguidoe apoiado.

B- TROCAS INTERNACIONAIS

O Brasil infelizmente exporta praticamente castanhas com casca (NCM:08012100), ouseja a forma de menor valor agregado, pois na realidade as castanhas são apenas removidas

do ouriços e comercializadas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  45

 Apesar de que a maioria das oportunidades de agregação de valor é em geral limitadaaos processadores e acondicionadores dos países do hemisfério Norte não produtores, masgrandes consumidores.

 A maior parte dos exportadores da castanha-do-brasil contenta-se com o processamentoprimário, como descascamento, classificação e triagem.

Os principais países compradores consideram que o processamento primário para obter-se a castanha sem casca (NCM:08012200) é muito caro, porque necessita de mão-de-obraintensiva, além de gerar resíduos sólidos de difícil colocação.

 Assim sendo, é muito mais rentável para os grandes compradores, que o descascamentoseja feito principalmente na Bolívia e Peru e muito pouco no Brasil. Aliás, conforme abaixo éapresentado, o Brasil exporta castanha “in natura” para os nossos vizinhos agregarem um pou-co mais de valor. Seria fundamental para esta categoria de castanhas, apoio, incentivos, finan-ciamento e linhas de crédito para caminharmos mais no canal de valor.

 A excessiva intermediação nos canais de distribuição, com muitos intervenientes e forteação de “brokers”, tem dificultado uma melhor racionalização na comercialização da castanhano Brasil.

Tabela 43 – Principais Mercados de Exportação Brasileira de Castanhas do Brasil – 2012

PaísValor

(Mil dólares)Volume

(Toneladas)

(%) Participação (%) Taxa de Crescimento Castanha

sem CascaCastanha

com CascaValor Volume

Total 25.156 11.118 6,1 93,9 36,8 11,2Bolívia 2.286 3.729 0,0 100,0 2,3 -11,2

Peru 2.372 765 0,0 100,0 - -USA 10.493 3.258 0,0 100,0 124,0 89,8Hong Kong 1.014 1.477 0,0 100,0 59,0 64,8Tunísia 1.103 415 1,2 98,8 133,2 99,6China 3.350 801 18,0 82,0 -15,6 -33,7Outros 4.539 673 77,8 22,2 8,4 -13,2

Fonte: Elaboração IBRAF, com informações SECEX 2013.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  46

Figura 31 – Evolução das Exportações de Castanha do Brasil

Os dados apresentados na Figura 31, indicam um crescimento das exportações de 2012em relação ao ano anterior de 7,4% em volume, e de 77,5% em valor. Contudo, é importantecomentar que para os quatro principais compradores da castanha-do-brasil, os agronegóciosexportadores brasileiros estão ofertando apenas matéria-prima para elaboração de produtosmais elaborados, e de maior valor agregado. No caso da Bolívia e Peru, nós exportamos cas-tanhas com cascas, que são beneficiadas e reexportadas por estes países.

Outro ponto importante, que deve ser considerado como um alerta para os agronegóciosbrasileiros de castanha, é que em 2007 exportamos 61% de castanhas com casca e 39% sem

casca (beneficiadas), e em 2012 praticamente só vendemos castanhas sem casca (43,9). Hou-ve um retrocesso, que precisa ser analisado e revertido.

C- FATORES DE DEMANDA

 A castanha-do-brasil, como as demais nozes e castanhas comestíveis, vem se populari-zando e, portanto, o seu consumo vem crescendo devido aos benefícios à saúde comprova-dos.

É rica em gorduras monossaturadas, que ajudam a manter o colesterol em nível saudá-

vel. Particularmente, esta castanha é muito especial pelo seu elevado conteúdo de selênio. Oselênio é um oligoelemento, que ajuda combater o câncer, doenças cardiovasculares, e atémesmo o envelhecimento precoce das células humanas.

4.3.1.3 PECANS

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

 A produção comercial da noz pecan em escala comercial está concentrada nos estadosdo Sul, fundamentalmente o Rio Grande do Sul.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  47

 A produção brasileira estimada de pecan (com casca) em 2012 está estimada em cercade 1.800 toneladas, representando um movimento de cerca de R$ 8,8 milhões.

Os municípios líderes em exploração de pecan são Cachoeira Paulista, Rio Pardo e AntaGorda, todos no Rio Grande do Sul.

Hoje três empresas detêm a maior parte da produção brasileira.

 A precursora, operando a mais de 43 anos, é a Pecanita, verticalizada, ou seja, explora aprodução agrícola com 600 ha. Somente esta empresa detém 28% a 30% do total de pecancomercializada.

Seguindo-se, temos a Divinut no mercado há 13 anos, que não tem produção própria,ocupando-se apenas do beneficiamento. Mais recentemente foi implantada a empresa Paralelo30 e sua estratégia é de também investir na produção agrícola.

 Atualmente, apesar da evolução do cultivo de noz pecan, o Brasil para atender a deman-da interna, está necessitando importá-la. Por outro lado é uma restrição, pois estamos sujeitosa flutuações direta dos preços internacionais, mas por outro lado, como já foi demonstrada aviabilidade econômica desta exploração, existe uma oportunidade que deve ser analisada pe-

los agronegócios brasileiros.

É interessante enfatizar, que uma das vantagens da exploração da pecan é que é possí-vel e viável a implantação de nogueiras em sistemas de produção agrossilvipastoris o que podeincrementar a renda de produtos rurais.

Considerando os benefícios destes frutos, a noz pecan possui em sua composição molé-culas antioxidantes naturais, ou seja, vitamina E e selênio.

Portanto, o consumo destes frutos reduz a oxidação de lipídios no sangue e outras célu-las prejudiciais. Apesar do seu alto teor calórico, hoje em dia a pecan tem sido prescrita emprogramas de perda de peso. Isto é explicado pelo fato que promove o aumento do metabolis-mo corporal consumir calorias de outros alimentos.

B- TROCAS INTERNACIONAIS

Como nossa produção ainda está em fase de expansão, os volumes atualmente colhidosdo noz pecan nem mesmo são suficientes para atender a demanda brasileira. Porém a Pecani-ta dentro de sua estratégia negocial já exporta a pecan brasileira.

Certa quantidade de nozes tem sido importada atualmente para completar nossa deman-da.

Como a pecan não dispõe de NCM específico e as negativas da Receita Federal Brasilei-

ra em permitir a liberação de divulgação das exportações das empresas brasileiras, não temosmecanismos para informar números exatos do comércio internacional da fruta.

4.3.1.4 MACADAMIA

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

O Brasil é atualmente o sétimo maior produtor de macadamia com uma produção estima-

da (2012) de 1.370 toneladas métricas (macadamia sem casca, ou seja, amêndoas).

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  48

Números exatos sobre a exploração da macadamia no Brasil ainda são problemáticos,pois ainda não existem muitos levantamentos oficiais.

Pelos dados disponíveis a macadamia está sendo cultivada em vários estados, desta-cando-se São Paulo (33%), Espírito Santo (31%), Bahia (18%) e Rio de Janeiro (10%).

 Além da produção propriamente dita, outro indicador importante para comercialização da

macadamia, é a denominada taxa de recuperação, que representa a porcentagem de amên-doas obtida após o beneficiamento.

 Assim sendo, a dinâmica da oferta e demanda da noz macadamia é influenciada pelo de-sempenho das safras, pois os beneficiadores pagam as nozes ‘in natura” conforme a taxa derecuperação e os preços praticados. Felizmente, com aprimoramento da tecnologia de manejoagrícola e adoção de boas práticas agrícolas pelos produtores brasileiros, a taxa de recupera-ção tem se aproximado a dos grandes produtores mundiais.

 A demanda pela macadamia no Brasil, assim como no exterior, está aumentando rapi-damente, devido aos seus já reconhecidos benefícios á saúde, como também na grande diver-sificação de usos.

Sob o ponto de vista de saudabilidade, a noz macadamia é muito nutritiva e concentra al-tos teores de óleo, que variam de 60% a 80% do seu peso total (amêndoa). Este óleo atua tra-zendo benefícios à saúde, atuando na manutenção do bom colesterol e ajudando a diminuir osriscos de doenças cardíacas

Quanto a seu uso, são normalmente ingeridas descascadas e ou torradas, salgadas ouadoçadas (snaks).

Também estão cada vez mais sendo ingredientes importantes para formulação de produ-tos de confeitaria, biscoitos, bolos e outros.

O óleo de macadamia tem semelhanças com o azeite de oliva, e é cada vez mais utiliza-do na culinária, principalmente de valor agregado e “gourmet”.

Dados mais recentes de consumo da macadamia no Brasil mostram uma evolução impor-tante, conforme já mencionado.

Figura 32 – Consumo de Noz Macadamia no Brasil - Expresso em Amêndoas (NCM:08026200) -Toneladas

497

544

0

100

200

300

400

500

600

2007 2011 

Variação: 9,4%

Fonte: Elaboração IBRAF,com dados do The International Nut and Dried Fruit Council (INC)

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  49

Como podemos verificar, o consumo nos últimos cinco anos considerados cresceu 9,4%em volume.

 Apesar da demanda crescente pela macadamia, a evolução da produção e aumento deprodutividade são lentos, mesmo porque a nogueira desta espécie pode demorar entre 12 e 15anos para chegar à máxima produtividade. Em outras palavras, decisões tomadas a pelo me-nos 12 anos atrás começam ter seus resultados verificados nos dias de hoje.

Por outro lado, os primeiros cultivos orientados para exportação como estratégia comer-cial estão vislumbrando o mercado interno brasileiro com imensas oportunidades, assim como já estão sendo feitos estudos de viabilidade técnica, econômica e comercial, apoiados por tra-balhos de P&D e divulgação da macadamia no Brasil.

B- TROCAS INTERNACIONAIS

O Brasil através dos agronegócios da macadamia, em 2012 exportou um total de 385 to-neladas, correspondendo a US$ 3.334 mil.

Tabela 44 – Exportação Brasileira de Macadâmia – 2012

Tipo Código2011 2012 Variação 2012/2011

Volume(toneladas)

Valor(US$)

Volume(toneladas)

Valor(US$)

Volume(toneladas)

Valor(US$)

Sem casca( 08026200) 106 790.122 173 2.266.458 63,2 186,8

Com casca( 08026100) 130 2.544.194 212 703.869 63,2 -72,3

Total 236 3.334.316 385 2.970.327 63,2 -10,9Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da SECEX e empresas e do setor.

4.3.2 MERCADO INTERNACIONAL

4.3.2.1 CASTANHA-DE-CAJU

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

Nos principais países produtores, o consumo interno é, via de regra, inferior aos volumesdestinados à exportação, para serem consumidas em terceiros mercados.

 Atualmente, os maiores produtores de castanha-de-caju são a Índia, Vietnã, Brasil e Ni-géria, enquanto que muitas nações africanas produzem quantidades menores, mas vem deforma crescente participando do mercado mundial.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  50

Tabela 45 – Estimativas da Produção Mundial

Regiões2011(t.)

2012 (E)(t.)

Variação12/11 (%)

Vietnã 1.242.000 1.272.000 2,4

Índia 674.600 699.231 3,7Brasil 226.330 81.273 -64,1 África Ocidental 203.150 219.188 7,9 África Oriental 174.867 169.109 -3,3Outros 1.241.878 1.760.208 41,7Total 3.762.825 4.201.010 11,6Fonte: Elaboração IBRAF com dados da FAOSTAT 2013.

Nota IBRAF: As estimativas de produção para qualquer país podem variar muitas vezes. Assim as estimativas aqui apresentadas são obtidas pela FAO, por extrapolação, interpolaçãoe “melhores estimativas”, enquanto que poucos dados são de fontes oficiais confiáveis e razo-avelmente precisas. Até que haja vontade da indústria mundial de processamento de caju e

apoio governamental eficaz dos governos dos países produtores, os dados de suprimento decastanhas continuarão a ser prejudicados.

 A produção mundial de castanha-de-caju (raw cashew) em 2012 foi estimada em 4,2 mi-lhões de toneladas,11,6% superior a de 2011.

 As estimativas de produção devem ser consideradas com ressalvas, apenas como refe-rência. A produção é oriunda das colheitas de países em desenvolvimento, com contabilidadesfalhas, principalmente nos países do Oeste Africano. Assim as estimativas, principalmente dosprodutos com casca (NCM: 08013100) são obtidas por extrapolação e via informações das me-lhores empresas.

B- TROCAS INTERNACIONAIS

No mercado global de castanha-de-caju, somente 24% do total de castanhas produzidas,são exportadas na forma de castanha sem casca beneficiadas (NCM:08013200), enquanto que76% consiste de castanhas não processadas com casca (NCM:08013100), matéria prima paratransformação posterior, que são exportadas.

Os grandes supridores internacionais de castanha-de-caju processada são pela ordematualmente, o Vietnã, Índia e Brasil.

Os principais mercados da Índia são respectivamente: Estados Unidos, União Europeia,

Oriente Médio, Japão e países da Ásia-Pacífico.Já o Brasil tem nos Estados Unidos o seu maior comprador, seguindo-se com quantida-

des modestas, o Canadá e países da União Europeia.

O Vietnã tem como mercados-chave pela ordem: Estados Unidos, China, União Europei-a, seguindo-se com quantidades menores a Oceania, outros países da Ásia e Rússia.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  51

Tabela 46 – Exportações Consolidadas de Castanha-de-caju Processadas - NCM: 08013200

Países2010 2011 Variação 2011/2010

Vol. MilT

ValorMilhões de Dólares

Vol. MilT

ValorMilhões de Dólares

Vol. % Valor %

Vietnã 189,8 1.109,0 174,3 1.446,5 -8,2 34,4

Índia 113,2 561,9 133,4 893,3 18,5 58,2Brasil 42,2 229,6 23,3 226,6 -44,8 -1,30Total 345,2 1.900,5 331 2.566,4 -34,5 91,3

Fonte: Elaboração IBRAF, com informações de United Nations Statistics Division.

Observa-se também na Tabela 46 uma valorização bastante representativa da castanha-de-caju.

Os dados disponíveis referentes às trocas internacionais em 2012 mostram que o Vietnãconseguiu uma participação de mercado equivalente a 50% do mercado mundial.

 A Índia, que já foi a maior exportadora global, a quatro anos perdeu esta participação pa-

ra o Vietnã e atualmente é o maior importador da castanha-de-caju vietnamita. Até agosto de2012 a Índia importou 3.245 toneladas de castanha como matéria prima para manter os seusmercados internacionais de castanha processada.

De acordo com o Conselho de Promoção e Exportação de Castanha-de-Caju da Índia(CEPCI), a demanda da indústria de castanha no país é enorme, e as previsões são de que asimportações continuem no futuro.

Quanto ao Brasil, como já mencionado, em 2012 exportou 25.334,4 toneladas de casta-nha processada (NCM:08013200), equivalente a 185,7 milhões de dólares. Contudo, a reduçãodas exportações em 2012 foi equivalente a 3,7% em volume e 18% em valor, ambas em rela-ção ao ano anterior.

Da mesma forma que a Índia, a indústria brasileira de castanha-de-caju está sendo obri-gada a importá-la com casca (NCM:08013100) como matéria prima para elaborar castanhasprocessadas e reexportar.

Desta forma, a dinâmica das trocas internacionais encontra-se em uma situação indefini-da com vários direcionamentos no futuro breve, principalmente com o aumento da oferta dospaíses africanos.

Figura 33 – Castanha de Caju Descascada - Valor de Comercialização Mundial (US$ Milhão)

4.483

3.464

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

2011 2012  Variação: -22,7%

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  52

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados do The International Nut and Dried Fruit Council(INC) 

4.3.2.2 CASTANHA DO BRASIL

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

Segundo primeiras estimativas disponíveis, a produção (por extrativismo) de castanha doBrasil em 2012 foi de 42.413 toneladas.

Praticamente somente três países - Bolívia, Brasil e Peru - produzem castanhas-do-pará.

Tabela 47 – Produção de Castanhas do Brasil “in natura” 2012 – Toneladas

Países 2011 2012* Variação2012/2011

Brasil 40.357 42.413 5,1Bolívia 48.471 49.820 2,8Peru 315 335 6,5Mundo 107.508 112.909 5,0Fonte: Elaboração IBRAF com dados da FAOSTAT 2013.Nota: (*) Estimativas por critérios metodológicos.

No que se refere ao consumo, a tendência da castanha-do-brasil e de outras nozes ecastanhas vem experimentando um aumento constante pela conscientização do valor nutricio-

nal e benefício à saúde desses tipos de frutos. Particularmente, a castanha do Brasil além deoutros importantes nutrientes, é rica em selênio.

 A grande dificuldade para uma maior expansão de consumo desta castanha é que atual-mente é a única comercializada no mercado internacional que é cultivada.

B- TROCAS INTERNACIONAIS

O total das exportações mundiais de castanhas-do-brasil, com ou sem casca no ano de2012, alcançaram aproximadamente US$ 281,3 milhões em valor e 58.074 toneladas em volu-me.

Como mostra o quadro abaixo, os principais países exportadores de castanha-do-brasil,durante o ano de 2012 (dados preliminares) foram a Bolívia que registrou US$ 148,3 milhões(cerca de 99% do valor foi de castanhas sem casca - NCM:08012200) e um volume de 18.643toneladas

Por outro lado, o Peru reportou durante o mesmo período exportações aproximadamentede US$ 27,4 milhões em valor (somente com castanhas sem casca) e um volume de 3.163,4toneladas exportadas.

O Brasil exportou US$ 14,2 milhões em valor (95,9% do valor foram com castanhas e 4,1sem casca) e em volume exportou 10,3 mil toneladas de ambos os tipos.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  53

Tabela 48 – Exportações Globais de Castanhas-do-Brasil 2011

PaísesCastanha com Casca Castanha sem Casca Total

Volume kg Valor US$ Volume kg Valor US$ Volume kg Valor US$Bolívia 323..230 860.298 18.319.781 147.460.886 18.643.011 148.321.184Peru 0 0 3.163.486 27.411.501 3.163.486 27.411.501Brasil 10.264.951 13.593.401 85.364 582.067 10.350.315 14.175.468Mundo 26.011.499 50.724.222 32.062.989 230.538.312 58.074.488 281.262.534

Fonte: Elaboração IBRAF, com informações do COMTRADE.

Figura 34 – Castanha-do-Brasil Descascada - Valor de Comercialização Mundial (US$ Milhão)

181

165

0

50

100

150

200

2011 2012

 Variação: -8,8%

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da INC - International Nuts and Dried Fruits 2013

4.3.2.3 PECANS

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

 A produção mundial de pecans é de longe liderada pelos Estados Unidos e México, com94% da produção mundial. A estimativa de produção em 2012, segundo a INC - InternationalNuts and Dried Fruits ,e expressa em nozes descascadas foi estimada em 61.591tm nos Esta-dos Unidos e 35.526 tm no México respectivamente, seguida pela África do Sul com 4.080 tm,e a Austrália com 1.403 tm. A produção global foi estimada em 103.320 tm, superior em 13%em relação a 2011 e 10% superior a média dos últimos seis anos.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  54

Tabela 49 – Produção de Pecans em 2012 - Base Nozes Descascadas

País2011 2012

Vol. Part. TM Part.USA 55.887 58% 61.591 60%México 34.925 38% 35.526 34%

 África do Sul 1.650 2% 4.080 4% Austrália 1.080 1% 1.403 1%Outros 810 1% 720 1%Total 94.352 100% 103.320 100%Fonte: Global Statistical Review 2007/2012. INC.

No que se refere ao consumo, as estimativas são de uma utilização “per capita” ano nomundo, variando de 0,012 kg a 0,015 kg. Este consumo está baseado no censo mundial depopulação de 2007, calculado pelas Nações Unidas.

Em termos de consumo “per capita”, destacam-se os Estados Unidos, México, Israel,China e Canadá.

Por sua vez, considerando o consumo da pecan em relação às outras nozes e castanhas,sua demanda equivale a 5% ainda da demanda total, e como vimos, muito concentrada empoucos países ainda.

 A demanda de países Asiáticos, Europeus e do Oriente Médio está crescente, mas nãosatisfeitas pelo grande interesse da China, que tem absorvido grande parte da oferta interna-cional.

B- TROCAS INTERNACIONAIS

Os dados do comércio internacional consolidados mais recentes são de 2011.

Considerando que como se trata de um plantio perene, as variações de um ano para ooutro podem não ser representativas.

Tabela 50 – Exportações de Pecans – 2011. Toneladas Métricas - Nozes Descascadas

Exportadores Volumes ParticipaçãoMéxico 20.327 50,17%USA 15.025 37,80%

 África do Sul 2.540 6,27%Outros 2.625 6,48%Fonte: Global Statistical Review 2007/2012. INC.

Os dois maiores exportadores, o México e USA são também os maiores consumidores“per capita”.

No que se refere aos mercados compradores, em 2011 os principais demandantes foram,os Estados Unidos, Canadá, China e México. A Holanda em números ocupou a segunda posi-ção, porém é um país de trânsito e não de volumes representativos de consumo.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  55

Tabela 51 – Principais Importadores – 2011. Toneladas Métricas - Nozes Descascadas

País Volumes ParticipaçãoUSA 20.442 53,8%Canadá 4.186 11,0%Holanda 2.880 7,6%

China 2.847 7,5%México 2.046 5,4%Outros 5.569 17,7%Total 37.970 100,0%Fonte: Global Statistical Review 2007/2012. INC.

É necessário salientarmos que no âmbito das trocas comerciais internacionais, a Chinavem com muita rapidez alterando a dinâmica do mercado com compras recordes. A ascensãocomeçou em 2007, quando as nozes (walnuts) que são muito populares no país experimenta-ram uma explosão de preços. Os chineses dirigiram suas atenções a noz pecan particularmen-te dos Estados Unidos. Este país atende atualmente a 80% de demanda mundial.

No ano passado, mais de 20% da produção dos Estados Unidos foi para a China, repre-sentando um comércio de US$ 140 milhões de acordo com a Southern US Trade Association.

Por outro lado, a China abriu um novo grande mercado para os Estados Unidos, o dasnozes com casca, com alta qualidade e evidentemente com preços atrativos.

Entretanto, este “novo” mercado encontrado tem alavancado o preço das nozes tambémpara os consumidores europeus e norte-americanos, que estão tendo de pagar agora por cotasrestritas disponíveis.

Figura 35 – Pecam Descascada - Valor de Comercialização Mundial (US$ Milhão)

979  1.011

0

250

500

750

1.000

1.250

2011 2012 

Variação: 3,3%

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados do The International Nut and Dried FruitCouncil (INC)-2013 

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  56

4.3.2.4 MACADAMIA

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

 A produção mundial de macadamia em 2012 está estimada preliminarmente em 42.150toneladas métricas (base nozes descascadas), 43% maior que em 2011, e 35% maior que amédia dos últimos 5 anos (INC - International Nut & Dried Fruit). A referida produção represen-ta hoje 1,2% da oferta mundial de todas as nozes comestíveis.

 A produção mundial tomando-se como base em conta os volumes de produção estima-dos para 2013, é extremamente concentrada. Os três maiores produtores (Austrália, África doSul e USA) representam 68% do total produzido, e somando-se as produções de Quênia eGuatemala, temos que os seis maiores produtores do mundo representam 88% do produzidopor todos os países

Tabela 52 – Principais Países Produtores. Base 2012 - Macadamias sem Casca

PaísesVolume

(Toneladas Métricas)Participação (%)

 Austrália 12.090 29%

 África do Sul 9.520 23%

USA 6.898 16%

Quenia 6.123 15%

Guatemala 2.260 5%

Malawi 1.619 4%Brasil 1.370 3%

Outros 1.270 5%

Total 41.150 100%Fonte: Elaboração IBRAF, com dados do The International Nut and Dried Fruit

Council (INC)-2013

 A maior parte da produção dos principais provedores é exportada, à exceção dos Esta-dos Unidos, que além de ser o terceiro maior produtor, é o principal importador para atendersuas demandas internas.

B- TROCAS INTERNACIONAIS

Quanto às trocas comerciais entre países ofertantes e os demandantes, os dados maisrecentes publicados no presente ano, referem-se a 2011.

Segundo o International Trade Center, as exportações globais de macadamia em 2011 a-tingiram o patamar de 40.376 toneladas métricas.

O volume de exportação (NCM:8026000) referente aos cinco maiores supridores equiva-lem a 76% da oferta mundial.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  57

Tabela 53 – Principais Exportadores de Macadamia (NCM:08026000)

Países Volumes Participação (%)

 África do Sul 13.277 32,9

China1  5.275 13,1

 Austrália 4.546 11,3Holanda2  4.033 10,0

Zimbabue 2.109 5,2

Outros 11.136 27,6

Total 40.376 100,0Fonte: Elaboração IBRAF, com dados do International Trade Center.Notas (1): Somente macadamias com casca.

(2): Trata-se de Reexportações.

O mais importante supridor da noz macadamia continua sendo a África do Sul com 32,9%das ofertas globais.

Figura 36 – Macadamia Descascada - Valor de Comercialização Mundial (US$ Milhão)

455

728

0

250

500

750

1.000

2011 2012 

Variação: 60,0%

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados com dados do The International Nut andDried Fruit Council (INC)-2013 

.

4.3.2.5 TROCAS MUNDIAIS -CASTANHAS E NOZES

O mercado Internacional de castanha e nozes atingiu o patamar de 48,5 milhões de tone-ladas (Figura 37) em 2012, onde se observou uma evolução de 3,0% em relação a 2011. Emtermos econômicos, o mercado das frutas desidratadas atingiu a cifra de 19,1 bilhões (Figura38) em 2012, e igualmente verificou-se uma evolução de 9,7% em relação ao ano anterior, oque é extremamente representativo.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  58

Figura 37 –Volume das Trocas Mundiais (Milhões de Toneladas)

47,1  48,5

0

10

20

30

40

50

60

2011 2012 

Variação: 3,0%

Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do The International Nut and Dried FruitCouncil (INC)-2013 

 As tendências recentes indicam que a comercialização em volume de castanhas e nozestem evoluído a taxas médias anuais representativas no período de 2008/2012.

Figura 38 –Valor das Trocas Mundiais (Bilhões de Dólares)

17,4

19,1

0

5

10

15

20

25

2011 2012 

Variação: 9,8%

Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do The International Nut and Dried FruitCouncil (INC)-2013 

Igualmente, as tendências recentes indicam que o valor das transações comerciais decastanhas e nozes em valor tem evoluído a taxas médias anuais positivas no período de2008/2012.

 A grande expansão das trocas mundiais de castanhas e nozes estão sendo explicada pe-la forte comunicação dos produtores, dos benefícios de ingestão destes produtos, e a rápidaconscientização da população mundial das vantagens do seu consumo.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  59

4.3.2.6 EVOLUÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO IN-TERNACIONAL-2012

Tabela 54 – Evolução dos Preços no Mercado Internacional - 2012

Produtos Preço Máximo Preço MínimoCastanha do Brazil- Bolivian medium, EXW UK (USD/lb) 5,10 2,95- Bolivian midgets, EXW UK (USD/lb) 5,10 2,95Castanha de Cajú- Indian 240s, EXW UK (USD/lb) 4,58 3,90- Indian 320s, EXW UK (USD/lb) 4,20 3,40- Indian 450, EXW UK (USD/lb) 3,90 3,25- Indian 320s, EXW UK (GBP/t) 5.926 4.638- Vietnamese 240s, EXW UK (USD/lb) 4,60 3,80

- Vietnamese 320s, EXW UK (USD/lb) 4,25 3,40- Vietnamese 450s, EXW UK (USD/lb) 3,95 3,25- Vietnamese 320s, EXW UK (GBP/lb) 5.968 4.638Coco Desidratado- Philippine fine grade, EXW UK (GBP/t) 1.920 1.230- Philippine medium grade, EXW UK (GBP/t) 1.920 1.250- Sri Lankan fine grade, CFR NW Europe (USD/t) 1.930 1.300- Sri Lankan medium grade, CFR NW Europe (USD/t) 1.900 1.300- Philippine fine and medium grade, CFR NW Europe (USD/t) 2.450 1.575- Indonesian fine and medium grade, CFR NW Europe (USD/t) 1.900 1.240- Sri Lankan fine grade, FOB Sri Lanka (USD/t) 1.860 1.195Macadamias- Australian Style 1, EXW UK (GBP/t) 12.450 12.000- Australian Style 2, EXW UK (GBP/t) 11.950 11.400- South African Style 1, EXW UK (GBP/t) 12.250 11.100- South African Style 2, EXW UK (GBP/t) 11.750 10.300- Australian Style 4, EXW UK (GBP/t) 11.450 10.750- South African Style 4, EXW UK (GBP/t) 11.250 9.750Pecans- US kernel halves, EXW UK (GBP/t) 10.200 8.100- US kernel pieces, EXW UK (GBP/t) 9.800 7.600

Fonte: FoodNews-Global Market Prices,(jan a dez 2012).Nota: unq.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  60

4.4 SUPERFRUTAS

4.4.1 MERCADO INTERNO

4.4.1.1 AÇAÍ

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO DO FRUTO

 A produção brasileira de açaí foi estimada em 2011 (dados mais recentes disponíveis)em 215.381 toneladas, segundo a Conab em seu relatório conjuntural de janeiro de 2013.

É importante considerarmos que em grande parte este fruto, considerado como uma su-perfruta é ainda obtido em boa parte por extrativismo.

Contudo, a obtenção do açaí por extrativismo não está suportando a grande evolução dademanda e existem dificuldades ainda de viabilizar-se em grandes volumes de produção pormanejos sustentados agroindustriais Contudo está havendo apoio e fomento do cultivo siste-matizado do açaizeiro em terra firme pelo governo. Somente em Obidos, no Pará, já está sen-do explorado cerca de 1.500 ha com açaí irrigado.

Estima-se que atualmente a produção de açaí (fruto) por extrativismo corresponda a80%, enquanto que os 20% restantes são provenientes de açaizais manejados e cultivados emvárzea e terra firme.

Figura 39 – Produção de Açaí por Estados (Fruto 2011)

Acre

1%

Pará

50%

Amazonas

42%

Amapá

1%

Maranhão

6%

 

Fonte: CONAB, 2013.

Conforme a Figura 39 apresentada, o Pará é responsável atualmente por 50% da produ-ção brasileira, com 109.345 toneladas (2011) de açaí extrativista.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  61

No que se refere ao consumo, o açaí como fruto era consumido apenas no Pará. Contu-do, recentemente a demanda cresceu não só em outras regiões do Brasil, como também noexterior.

Em termos de açaí “in natura” segundo o MAPA, 40% do fruto é em forma de polpa, de-mandado e consumido fora do Pará.

Tabela 55 – Distribuição do Consumo de Açaí - Fruto Equivalente

Região Participação (%)

Pará 60%

Outros Estados 30%

Exportação* 10%

Total 100Fonte: MAPANota (*) 77% para os Estados Unidos.

B- PRODUÇÃO E CONSUMO DA POLPA

 A produção da polpa é subdividida pelas batedoras locais de forma artesanal e atravésde agroindústria que produzem os vários tipos de polpa industrializada.

 A produção da polpa de açaí industrializada está estimada em 51.840 t/ano, das quais72% comercializadas internamente e 28% exportada.

Tabela 56 – Mercado de Polpa de Açaí – Estimativas t/ano (*)

Produção Total Estimada 54.945Mercado Interno 39.740

- Mercado Regional 9.840- Mercado do Rio de Janeiro 15.000- Mercado de Outros Estados 14.900

Mercado Externo 15.205Fonte: Sindfrutas/PA, IBRAF e SECEX.(*) Polpa industrializada.

É ainda extremamente difícil o fornecimento de números precisos da produção dos frutos,produção e exportação de polpa, em primeiro lugar porque a obtenção dos frutos é através doextrativismo e quanto as nossas exportações ainda não temos para a polpa de açaí, um códigoNCM, que permita quantificar e valorizar de forma confiável as nossas exportações.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  62

C- COMERCIALIZAÇÃO - PREÇOS

a) Frutas “ in natura”

Em 2012 os preços pagos aos extrativistas do açaí nos Estados do Pará e Amazonas,variaram conforme o período da safra e da entre safra que vai de janeiro até março no Pará ede julho até dezembro no Amazonas.

Figura 40 – Série Histórica dos Preços do Açaí Fruto (Pará e Amazonas) 2012

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

AM 0,85 0,79 0,71 0,82 0,81 0,80 0,94 0,83 0,93 0,88 0,92 0,96

PA 1,95 1,98 2,08 2,42 2,27 2,37 1,69 1,13 1,05 1,21 1,42 1,64

Preço Médio   0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

R$/kg

 Fonte: CONAB.

Verifica-se que apesar da existência de um preço estabelecido pelo MAPA tanto no Parácomo no Amazonas foram realizadas transações a preços inferiores. É o reflexo da grande o-ferta em certos meses.

Contudo, em 2012 os preços recebidos pelos extrativistas no Amazonas, variaram de R$0,71/kg à R$ 0,96/kg. No Pará os preços variaram de R$ 1,05 à R$ 2,42.

D- POLPA DE AÇAÍ A Tabela 57 apresenta os preços de comercialização em Belém/PA, conforme pesquisa

do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos-Dieese, realizadaem 25 locais.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  63

Tabela 57 – Preços de Açaí Comercializados em Belém

Produto Açaí

PreçoMédiodez.12

R$

PreçoMédio jan.12

R$

PreçoMédiodez.11

R$

Variaçãoem2012

 jan-dez%

Fino 17,60 16,22 16,21 8,57Grosso 15,18 15,02 15,02 2,22Médio 11,05 10,30 10,30 7,49Fonte: Elaboração CONAB, dados do Dieese.

Verifica-se que as variações de preço entre janeiro e dezembro de 2012, considerandotodos os tipos, tiveram uma evolução variando de 2,22% a 8,57%, Por outro lado, comparando-se os preços de dezembro de 2012 com os preços de dezembro de 2011, os mesmos perma-neceram estáveis.

E- FATORES DE DEMANDA

O açaí é rico em antioxidantes (antocianinas, especialmente como as encontradas nasuvas tintas, principalmente a Concorde) e gorduras saudáveis semelhantes ao azeite de oliva,além de não conter açúcar em quantidades representativas. Esta combinação faz do açaí umausina de nutrição satisfatória.

F- TROCAS INTERNACIONAIS

Correspondem ás exportações do Brasil que é o único produtor

4.4.1.2 MIRTILO

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

 A tendência é de crescimento sustentado do cultivo do mirtilo no Brasil, pelo aumentocrescente da demanda interna, boas perspectivas de exportação e por ser uma cultura rentá-

vel, principalmente para pequenas propriedades. Além de tudo, a grande diversidade de produ-tos industrializados tende a uma busca muito forte pelo mirtilo como matéria-prima.

 Atualmente cerca de 90% do mirtilo consumido no mercado interno provêm da importa-ção.

O Brasil encontra-se atualmente numa fase de consolidação do sistema de produção eexpansão das áreas de cultivo. A maior parte das novas áreas está situada na metade Sul doRio Grande do Sul, na região da Serra Gaúcha, no Centro Sul de Santa Catarina e na regiãoSudeste do Paraná.

 A produção de mirtilo vem crescendo no Brasil, através da pesquisa e do esforço dosprodutores. Segundo a Associação dos Produtores de Mirtilo da serra gaúcha, no Rio Grande

do Sul já são 400 hectares plantados com a cultura.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  64

Desta área cultivada, 75% encontram-se no Rio Grande do Sul, especialmente na regiãode Vacaria.

Quanto aos aspectos de comercialização na região de Vacaria e na Serra Gaucha, ospequenos produtores têm recebido em torno de R$ 10,00 a R$ 15,00 pelo quilo da fruta fresca,podendo chegar a R$ 20,00 ou em condições de pouca oferta R$ 25,00/quilo, quando comerci-alizada diretamente.

B- COMERCIALIZAÇÃO

O mirtilo nos últimos anos tem ganhado as prateleiras dos supermercados nos mais di-versos produtos industrializados, o que tem aumentado a demanda pela fruta congelada. Mas,a maior parte da produção é comercializada na forma de fruta “in natura”. O apelo nutricional eterapêutico (nutraceutico), destacando o mirtilo e as frutas vermelhas como alimentos funcio-nais, capaz de prevenir e controlar determinadas doenças tem atraído as pessoas para o con-sumo dessas frutas. A fruta produzida para o mercado “in natura” e congelada no Brasil, temcomo principal produtor o município de Vacaria.

Quanto aos aspectos de comercialização na região de Vacaria e na Serra Gaucha, ospequenos produtores têm recebido em torno de R$ 10,00 a R$ 15,00 pelo quilo da fruta fresca,podendo chegar a R$ 20,00 ou em condições de pouca oferta R$ 25,00/quilo, quando comerci-alizada diretamente.

Figura 41 – Comercialização do Mirtilo no Atacado. Sistema Atacadista - CEAGESP - 2012 (ProdutoImportado)

57,0

51,6

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

2011 2012 

Variação: -9,5%

Fonte: Elaboração IBRAF, dados CEAGESP.

Praticamente, o grande mercado atacadista para o mirtilo importado é sem dúvida SãoPaulo, e os dados de 2012 indicam uma comercialização de 651,6 toneladas do fruto, ou seja,9,5% inferior ao passado. Não significa retração de demanda, mas ocasionado pela conjuntura

econômica atual.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  65

C- TROCAS INTERNACIONAIS

 Apesar da pequena produção de mirtilo, alguns agronegócios dessa fruta já têm exporta-do certas quantidades congeladas.

Em 2012, foram exportadas 2,4 toneladas de mirtilo (NCM: 08104000) no valor declarado

de US$ 22.239,00. Em 2011 as exportações foram maiores, ou seja, 3,4 toneladas no valordeclarado de US$ 33.764,00.

O destino das nossas exportações tem sido a Itália. Quanto às importações, as mesmasestão normalmente mostrando ser crescentes

Tabela 58 – Importações de Mirtilo (NCM:08104000)

Origem2011 2012 Variação

Volume(toneladas)

Valor(US$)

Volume(toneladas)

Valor(US$)

Volume(%)

Valor(%)

Chile 39,6 292.432 52,6 415.109 32,8 42,0

USA 14,8 169.452 23,3 266.487 63,5 57,2

 Argentina 46,7 493.165 37,7 394.179 -19,3 -20,1

Total 100,8 955,05 113,7 1.076,55 12,8 12,7Fonte: Elaboração IBRAF, dados do Alice web 2013.

Da Tabela 58, verifica-se que em 2012, os agronegócios brasileiros importaram 113,7 to-neladas métricas no valor de US$ 1.076,55.

 As importações cresceram 12,8% em volume em relação a 2011, correspondendo a

12,7% em valor.Esta tendência persistindo, indica demanda crescente pelo mirtilo no Brasil, o que é um

indicativo positivo para expansão da cultura no país.

4.4.1.3 ACEROLA

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

 A aceroleira (Malphigia glabra L.) é uma planta originária das Antilhas e cultivada em es-cala comercial no Brasil

O cultivo da acerola pode ser encontrado em todo o território brasileiro, contudo com me-nos intensidade nas regiões Sul e Sudeste, devido as baixas temperaturas nestas regiões du-rante o inverno.

Por não estar sendo feito levantamentos sistemáticos pelo IBGE sobre a produção de a-cerola no Brasil, existe uma dificuldade de obtenção oficial de dados sobre esta fruta.

 Assim sendo, as estimativas são baseadas nas informações dos intervenientes de mer-cado, secretarias de agricultura estaduais e municipais.

Devido o potencial desta fruta (considerada uma das superfrutas brasileiras), os órgãospúblicos como a Conab e o próprio IBGE, deveriam produzir estatísticas primárias da mesma.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  66

Nestes termos, a área total cultivada no Brasil está estimada em 10.500 ha a 11.000 ha. A produção tem variado conforme as condições climáticas e nos anos recentes a colheita temrespeitado a retração do mercado internacional, devido a crise. Isto pelo fato da acerola e seusprodutos serem muito direcionados para a exportação.

Em 2012, o volume de produção foi de cerca de 31.500 toneladas.

Deste montante, a maior parte é destinada a agroindustrialização como fruta verde e oumadura no nível de 87% das safras. É, portanto uma fruta agroindustrial por excelência.

Pernambuco concentra 25% da produção brasileira, com seus 1.430 há (2012) em gran-de parte no município de Petrolina.

Em São Paulo, a estimativa atual é de uma área cultivada aproximadamente de 290 ha.

 A produção, cuja safra ocorre entre outubro a julho, concentra-se na região de Junquei-rópolis, onde a área explorada atualmente é de 150 a 160 ha. Em termos de produção, a esti-mativa segundo a Cooperativa Agrícola de Junqueirópolis, foram colhidos na safra 2011-2012cerca de 2.800 toneladas, inferior a safra anterior, quando obteve-se 3.550 toneladas no muni-cípio. Esta retração expressiva de 21,1%, foi motivada pela diminuição da demanda, principal-

mente da Europa e a baixa absorção do produto no mercado interno.

B- COMERCIALIZAÇÃO

Tabela 59 – Comercialização da Acerola no Atacado. Ceasas Representativos - 2012

Ceasa/Região2011 2012 Variação

VolumeToneladas

Valor(R$)

VolumeToneladas

Valor(R$)

Volume(%)

Valor(%)

CEAGESP (Unidade São Paulo) 354.966 2.414.856 436.851 2.714.021 23,1 12,4

CEASA - RJ (Unidade Grande Rio) 18.201 79.611 71.700 363.749 293,9 356,9CEASA - ES (Unidade Grande Vitória) 5.940 10.546 11.957 13.686 101,3 29,8CEASA - MG (Unidade Grande BH) 2.883 32.006 3.566 56.447 23,7 76,4CEASA - CE (Unidade Fortaleza) ND ND 2.186.307 278.577.164 NA NACEASA - RS (Unidade P. Alegre) ND ND 870 11.002 NA NAFonte: Elaboração IBRAF, dados do Prohort/Conab.

Notas: 1) ND - Não Disponível.2) ND - Não Aplicável.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  67

Tabela 60 – Acerola - Preço Médio no Atacado (Ceasa Pernambuco - 2011/2012)

Mês 2011 2012Variação

%Figura 42

JAN 20 30 50

0

10

20

30

40

50

60

70

80

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2011

2012

FEV 20 25 25MAR 25 18 -28

 ABR 35 30 -14

MAI 30 50 67

JUN 60 25 -58

JUL 55 67 22

 AGO 60 71 19

SET 45 56 25

OUT 30 40 35NOV 25 34 35

DEZ 28 45 62

Média Anual

36 4114

20Fonte: Elaboração IBRAF, com dados do Ceasa PE.

C- TROCAS INTERNACIONAIS

 A acerola tem um mercado de exportação interessante e polivalente. A acerola verde, que é uma das opções do produtor, por apresentar grande quantidades

de vitamina C, é absorvida pelas agroindústrias que após desidratação é exportada para a Eu-ropa, EUA e Japão, principalmente.

Infelizmente, apesar da importância da acerola, não temos dados estatísticos de comér-cio exterior da fruta e seus produtos, porque mesmo com as inúmeras solicitações e envio detodas as informações solicitadas pelo Instituto Brasileiro de Frutas representando o setor, nãoobtivemos até o momento um NCM específico. As alegações são de que, como o Brasil acor-dou com os demais membros do Mercosul, a adoção de uma nomenclatura Comum de Merco-sul (NCM) os pedidos devem ser analisados pelo Comitê Técnico n°1 de Tarifas, Nomenclaturae Classificação de Mercadorias do Mercosul. Quase três anos já se passaram.

4.4.1.4 GOIABA VERMELHA

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

 A produção brasileira de goiaba foi estimada em 2011 (dados mais recentes disponíveis)em 342.528 toneladas, segundo o IBGE, correspondendo a um valor bruto de produção de R$276, 3 milhões.

Não existe estatística diferenciando a produção de goiaba vermelha das outras. Contudo,em grande parte cultivam-se no Brasil variedades de polpa vermelha.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  68

 A produção de goiaba no Brasil vem evoluindo (2007/2011), com taxas médias anuais de2,0%. Em contrapartida, a área colhida (2011) foi de 415 ha aproximadamente, e vem evoluin-do em igual período a taxas anuais de 1,5%. Esta relação produção/área colhida é extrema-mente importante, porque indica claramente que o aumento da produção vem acompanhadodo aumento da produtividade. Novas variedades, novas tecnologias de manejo, e cultivo emregiões com vocação para a espécie, são os responsáveis por este avanço

 A goiaba é uma das frutas brasileiras denominadas de múltiplos propósitos, e os cultivossão feitos visando a comercialização da goiaba “in natura”, e ou destinadas ao processamentoindustrial para produção de inúmeros produtos. A seguir, é indicado o direcionamento da pro-dução no Brasil em 2011/2012.

Figura 43 – Direcionamento da Produção

Produção Total

342.528 t.

Mercado de Mesa

207.108 t.

Processamento Ind.

135.420 t. 

Verifica-se que atualmente da produção brasileira 60,5% são destinadas ao mercado demesa, e 39,5% à transformação industrial.

Portanto, a goiaba continua sendo uma das nossas frutas de maior índice de agroindus-trialização, o que confere a esta fruta importância impar.

Quanto às principais variedades, praticamente toda goiaba produzida para a indústria é aPaluma, e para a mesa a Pedro Sato, Século Vinte, Tailandesa e outras. A Paluma desenvolvi-da no Brasil, mais exatamente na UNESP de Jaboticabal, é uma fruta hibrida de polpa verme-lha profunda, mais intensa que as variedades Pink cultivadas em outros países. É a nossa goi-aba com maior teor de licopeno (em média 66 ug/g)

 A goiaba foi produzida em 2011 praticamente em todo território brasileiro, com grandeconcentração nos Estados do Nordeste e do Sudeste (87,9%).

Tabela 61 – Produção por Região - 2011/12. (Volume em Toneladas)

Região Volume de Produção ParticipaçãoNorte 6.163 1,8%Nordeste 151.903 44,4%Centro Oeste 23.066 6,7%Sudeste 149.169 43,5%Sul 12.227 3,6%Total 342.528 100%Fonte: Elaboração IBRAF, com dados do IBGE em 2013.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  69

B- FATORES DE DEMANDA

 A expansão do consumo e uso da goiaba vermelha é uma realidade não só no Brasil,como no exterior.

 Apesar de ser uma fruta muito conhecida e consumida tanto “in natura” como na forma de

sucos, polpas, doces e geléias, além de outros produtos, recentemente passou a ser conside-rada uma Superfruta. Recentes estudos científicos realizados na UNICAMP constataram nasgoiabas vermelhas brasileiras, altas quantidades de licopeno, que é um poderoso antioxidante. Atua no nível celular, prevenindo vários tipos de câncer, principalmente da próstata e podetambém prevenir algumas doenças degenerativas. Em termos comparativos, o teor de licopenonestas frutas é duas vezes maior do encontrado em tomate.

Portanto, o teor de licopeno é a substância diferenciadora presente na goiaba vermelha.

 Além disto, contém uma quantidade considerável de vitamina C (cinco vezes mais do quea laranja), por ser também um potente antioxidante. Os açúcares, fibras e minerais, conferem aesta fruta um importante alimento.

C- COMERCIALIZAÇÃO

No que se refere às frutas frescas, a Tabela 62 apresenta em sistemas atacadistas (CE- ASAS) selecionados, o volume de comercialização, valor das transações, assim como o preçomédio praticado em 2013, comparado a 2011.

Tabela 62 – Goiaba - Comercialização no Atacado

CEASA

2011 2012 Variação 

Volume Valor PreçoMédio R/K

Volume Valor PreçoMédio R/K

Volume Valor PreçoMédio R/KToneladas (R$) Toneladas (R$) (%) (%)

CEAGESP 10.385,0 31.173.360,36 3,00 12.191,7 35.816.832,60 2,94 17,4 14,9 -2,0

CEASA - BH 3.806,1 11.128.346,00 2,92 5.044,0 14.682.082,00 2,91 32,5 31,9 -0,3

CEASA - Vitória 3.023,8 3.942.749,00 1,30 2.990,5 4.925.580,00 1,65 -1,1 24,9 26,9

CEASA - Rio 8.042,2 27.781.511,00 3,45 12.093,9 62.348.477,68 5,16 50,4 124,4 49,6

CEASA - Curitiba 1.186,6 2.075.786,00 1,75 1.315,2 2.159.106,00 1,64 10,8 4,0 -6,3Fonte: Elaboração IBRAF, com dados do Prohort/CONAB - 2013.

Verifica-se da Tabela 62 apresentada, que houve um aumento do volume de comerciali-zação de goiabas frescas nos Ceasas analisados, com exceção do entreposto de Vitória (ES)

Quanto ao valor do volume negociado, sem exceção houve também um aumento em re-lação a 2011. Chama atenção a grande valorização desta fruta no Rio de Janeiro.

D- PRODUÇÃO E CONSUMO - PROCESSADOS

 A industrialização da goiaba continua fundamentada no processamento da variedade Pa-luma, como já mencionado. A transformação primária continua produzindo preponderantemen-te polpa integral ou concentrada para o mercado interno e o mercado externo.

Em 2011/2012 a produção de polpa foi estimada em 129 mil toneladas (equivalente emgoiaba “in natura”). Isto corresponde a 95% do total da transformação industrial.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  70

Quanto ao consumo, no Brasil sem dúvida a grande fluidez da fruta está na goiabada , amais tradicional sobremesa dos brasileiros. Outros produtos como geléias, coberturas e basespara recheio e compotas são derivados da goiaba no nosso país.

4.4.1.5 GUARANÁ

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

a) Produção

De certa forma, o Brasil é o único produtor de guaraná no mundo, havendo apenas pe-quenas áreas de exploração na Venezuela e no Peru.

O Guaraná (Paullinia cupana H.B.K) é um dos cultivo mais importantes da Amazônia e doBaixo Sul da Bahia

Segundo dados do IBGE e CONAB, a produção brasileira de guaraná em 2012 foi de4,028 toneladas (sementes) equivalente a um valor junto ao produtor de R$ 30,5 milhões apro-ximadamente.

Tabela 63 – Produção do Guaraná por Regiões Safras

U.F RegiãoSafra 10/11 (2011) Safra 11/12 (2012) Variação 2011/12

2010/11Volume (t) Participação (%) Volume (t) Participação (%)

Bahia 3.026 72,9 2.676 66,4 -11,6 Amazonas 857 20,6 1.082 26,9 26,3Mato Grosso 224 5,4 242 6 8,0Pará 20 0,5 19 0,5 -5,0 Acre 3 0,1 9 0,2 200,0Brasil 4.151 100,0 4.028 100 -3,0

Fonte: IBGE - Elaboração IBRAF.

 A Tabela 63 nos aponta uma retração da produção em 2012 em relação a 2011, equiva-lente a 21,8%. A Bahia continua sendo a maior região produtora com 66,4% da produção, se-guida do Amazonas, com 26,9% do total colhido (em sementes) do guaraná.

b) Consumo

Em grande parte, o guaraná no Brasil é consumido através de refrigerantes, mas as se-mentes do guaraná e seus derivados (pó, bastões, xaropes, extratos, etc.) face as suas propri-edades terapêuticas e estimulantes, estão de forma muito rápida sendo demandados para aelaboração de bebidas energéticas e outros produtos, assim como misturados com outras su-perfrutas como o açaí, por exemplo.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  71

B- FATORES DE DEMANDA

 A demanda pelo guaraná e seus derivados tende a aumentar e se internacionalizar, àmedida que esta fruta seja divulgada como sendo uma das superfrutas já reconhecidas.

O guaraná destaca-se por sua ação de estimulante físico e mental e o principal contribu-

inte para tal é a guaraína (cafeína) encontrada nas sementes. Completando sua composição,temos os taninos, teofilina, teobromina, além de óleos essenciais. A teofilina presente, tem umpoder estimulante, com efeito mais intenso do que o da cafeína, mas o seu teor no guaraná émenor do que a guaraína.

Contudo, como forte estimulante recomenda-se controle no seu uso. Sob o aspecto dedemanda comercial, o guaraná passa de forma crescente a ser ingrediente de alimentos e be-bidas energéticas, normalmente junto com outras frutas como atualmente o açaí.

C- COMERCIALIZAÇÃO E PREÇOS

No nível do produtor, o preço pago (sementes) tem variado conforme a região, sendomais valorizado no Amazonas pela demanda das grandes empresas de refrigerantes, que atu-am no Brasil.

O guaraná, por outro lado está beneficiado pela Política Brasileira de Preços Mínimosque em 2012 tanto para o Amazonas quanto para a Bahia foi fixado a R$ 10,00/kg.

Em 2012, os preços nominais e reais recebidos pelos produtores no Amazonas variaramaproximadamente entre R$ 20,00/ 60 kg e R$ 22,00 /60 kg. Já na Bahia, os preços variaram deR$ 10,00/60 kg a R$ 13,00/60 kg.

É importante ser mencionado, que com a criação da AMBEV houve uma mudança noperfil de comercialização do guaraná no Amazonas e na Bahia. As indústrias de refrigerantespassaram a adquirir o guaraná matéria-prima, somente da região Norte, devido as suas plantasde concentrados estarem na Zona Franca de Manaus.

 Até hoje, a produção baiana está sendo redesenhada mesmo porque as indústrias de-mandantes questionam as práticas de secagem usadas na Bahia, através de secagem ao sol,que segundo os compradores favorece a perda em parte das suas propriedades. É o principalentrave existente hoje para a comercialização do guaraná baiano. Contudo, aperfeiçoamentostecnológicos já estão sendo estudados e a instalação de agroindústria de exportação na região,com certeza contribuirão para o aprimoramento tecnológico da secagem nesta região.

Por outro lado, o guaraná e seus derivados estão sendo em sua quase totalidade comer-cializados de quatro formas:

1 - Guaraná em Grãos - Onde os grãos são colhidos torrados pelos produtores e vendi-dos a intermediários e ou indústrias.É a forma preponderante de comercialização.

2 - Guaraná em Bastão - Os grãos após a torragem são moídos e com água transforma-dos em um aparte que é moldado na forma de bastão. Após estas operações, o bastão é sub-metido a processos tecnológicos adequados que definem a forma de apresentação comercialdeste produto.

3 - Guaraná em Pó. O grão torrado é transformado em pó em pequenas agroindústriasque a seguir comercializam esta forma do guaraná no comércio atacadista e varejistas.

4 - Xaropes e Essências - É a forma de uso em refrigerantes e bebidas energéticas em

geral. Devido ao valor tecnológico agregado e necessidade de investimentos em máquinas eequipamentos e domínio tecnológico, praticamente são de domínio de poucas agroindústriasaltamente tecnificadas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  72

 A Tabela 64 apresenta uma referência de preços praticados do guaraná, sob várias for-mas no mercado atacadista e varejista brasileiros.

Tabela 64 – Referências de Preços dos Derivados do Guaraná - 2012

 Atacado FOB 1 - Guaraná em bastãoPequeno (aprox. 100 g) R$ 9,00 (unidade)2 - Guaraná moídoTubos com 70 g R$ 4,27 (unidade)Tubos com 120 g R$ 7,15 (unidade)3 - Guaraná em PóGranel R$ 23,00 kg (Preço médio cerealista de S.P)

Varejo 1 - Guaraná em BastãoPequeno (aprox. 100 g) R$ 10,00 (unidade)

2 - Guaraná MoídoTubos com 70 g R$ 4,75 (unidade)3 - Guaraná em Pó Solúvel Preços variam entre R$/kg a R$ 200,00 /kg,

conforme procedência e marca comercial4 - Extrato de Guaraná Preços ofertados variam entre R$ 190,00/kg a

R$ 200,00/kg5 - Xarope de Guaraná Os preços variaram entre R$ 8,00 /litro a R$

10,00 /litro, conforme a marca comercial6 - Suplementos Alimentares àBase de Guaraná

Preços variaram entre R$ 20,00 a R$ 25,00,frascos com 60 cápsulas (aprox. 500 g), con-forme a composição e marca comercial

D- TROCAS INTERNACIONAIS

Infelizmente, não dispomos de dados oficiais da exportação do guaraná e seus deriva-dos, por não existir um código NCM específico, o que se faz necessário e neste sentido os ór-gãos governamentais brasileiros deveriam tomar as medidas que se fazem necessárias paraisto.

Porém, estima-se que atualmente cerca de 80% da colheita é destinada ao mercado in-terno, tendo como grande demandante a indústria de refrigerantes. As exportações estão esti-madas em cerca de 800 toneladas/ano, principalmente do guaraná em ramas (sementes torra-

das) A Bahia contribui preponderantemente para as exportações com uma participação de 90%a 95%, para o Japão, Estados Unidos e União Europeia.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  73

4.4.2 MERCADO INTERNACIONAL

4.4.2.1 MIRTILO

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

Em parte, o mirtilo é comercializado fresco (resfriado) e mais comumente congelado.Contudo, o que chama a atenção, é a sua utilização em centenas de aplicações na indústria dealimentação na América do Norte e no mundo. Em 2012, mais de 1.400 produtos que conti-nham mirtilo foram introduzidos nos EUA. Portanto, a oferta de produtos intermediários é diver-sificada e crescente, em constante evolução para atender às necessidades de categorias es-pecíficas, de alimento e bebidas a base ou contendo o mirtilo como um dos ingredientes.

Portanto, a oferta de mirtilo congelado em blocos na forma de polpa, apresentado desi-dratado, liofilizado e como fibras dietéticas, vem apresentando uma demanda extraordinária.

Quanto a produção mundial do mirtilo (fruta), os últimos dados consolidados disponíveisda FAO indicam uma produção em 2011 de 356.533 tonelada métricas, ou seja 13% superiorao colhido no ano anterior. As estimativas para 2012 são de uma produção de aproximadamen-te 375.000 mil toneladas, com uma tendência de crescimento de 5,2% ao ano, para os próxi-mos 2 anos pelo menos.

Tabela 65 – Principais Produtores 2012

Países Volumes Participação (%)Estados Unidos 196.905 52%

Canadá 112.363 31%

Outros 47.265 16,5%Fonte: Elaboração IBRAF, com dados da FAOSTAT 2013.

Os dois maiores produtores EUA e Canadá representam 83,5% da produção mundial.

É importante que na América do Sul a produção vem crescendo no Chile, Argentina e U-ruguai. Na América do Norte, o México com mais de 6.700 toneladas em 2012, é um importan-te produtor.

Considerando outros produtores do Hemisfério Sul, capazes de fornecer mirtilos para ospaíses demandantes, a Nova Zelândia com mais de 2.500 toneladas em 2012, merece desta-que.

B- FATORES DA DEMANDA

O mirtilo é considerado como uma Superfruta pelo seu alto teor de antioxidante, que lheconfere importantes qualidades. Os antioxidantes ajudam a combater os denominados radicaislivres, os quais presentes no nosso organismo, geram danos celulares estando vinculados, porexemplo, à aparição de tumores malignos. Os mirtilos também ajudam a prevenir enfermidadescardiovasculares, e seu consumo aumenta o nível do bom colesterol no sangue. Em paralelo, oseu teor de vitamina C que possui, contribui para fortalecer o sistema imunológico.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  74

Por ganhar o status de superfruta, a demanda pelo mirtilo vem crescendo rapidamente,tornando-se cada vez mais popular.

C- TROCAS INTERNACIONAIS

Em 2012, as importações mundiais de mirtilos frescos ultrapassaram US$ 1,00 bilhão. Os10 principais países importadores representaram em conjunto 90% das demandas internacio-nais.

O ranking dos países importadores de mirtilos em 2011 foi liderado por:

- Estados Unidos em 2011, com uma cota de 88,6% do mercado em valor (US$ 501,3milhões), correspondendo a 124.893 toneladas.

- Canadá em 2012, com uma cota de 16% do mercado em valor (US$ 198,5 milhões) aum volume de 46.165 toneladas métricas.

- Reino Unido em 2011, com uma cota de 14,1% em valor (US$ 164,3 milhões), corres-

pondendo a 19.865 toneladas métricas.Outros importadores importantes foram Holanda, Alemanha, Japão, Itália, Dinamarca,

França, Bélgica e Hong Kong.

No contexto latino americano, os principais importadores de mirtilo são o Brasil, México,Costa Rica e Panamá.

4.4.2.2 AÇAÍ

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

 Atualmente a produção internacional dos derivados do açaí está diversificando rápida-mente praticamente utilizando-se como matéria prima o volume de polpa congelada importadado Brasil.

Os principais mercados são pela ordem: os Estados Unidos e a Itália.

O mercado externo é de evolução da demanda, à medida que a fruta e seus derivadostornam-se conhecidos e haja uma conscientização dos benefícios de consumo desta superfru-ta.

 A demanda vem crescendo a taxas médias de crescimento anual superiores a 15%.

Infelizmente não dispomos de números exatos das nossas exportações, devido não exis-tir ainda (apesar de solicitações persistentes do DEINT/MDIC ao Comitê Técnico n°1 de Tari-fas, Nomenclatura e Classificação de Mercadorias do Mercosul. Quase três anos já se passa-ram da primeira solicitaçào

O consumo no exterior está se popularizando, misturado com outras frutas e ingredien-tes, principalmente nas academias de ginástica.

Nos Estados Unidos há certa concentração de consumo na Califórnia, onde as principaisempresas atuam com produtos de valor agregado, destacando-se:

•  Suco e blends.

•  Smoothies à base de açaí.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  75

•  Sorvetes.

•  Polpas congeladas para o consumidor final.

•  Suplementos alimentares à base de açaí liofilizado.

4.4.2.3 GUARANÁ

 Atualmente o tamanho do mercado internacional é o correspondente às exportações bra-sileiras, que conforme já comentado não dispomos de informação da SECEX.

4.5 FRUTAS BRASILEIRAS DE IMPORTÂNCIASOCIOECONÔMICA REGIONAIS

O presente tópico, pela primeira vez está sendo incluído nas divulgações do Instituto Bra-sileiro de Frutas (IBRAF), no sentido de dar uma importância devida aos agronegócios das fru-tas que exploram espécies frutícolas do Cerrado e do Semi-árido brasileiro, pouco conhecidasnacionalmente, que necessitam de uma maior exposição e informação. São normalmente aindaobtidas por extrativismo, mas apresentam importância socioeconômica para inúmeras comuni-dades da zona rural brasileira.

Neste sentido, apresentamos dados disponíveis para as frutas/castanhas, das quais hádisponibilidade de informações representativas em 2012, como a Castanha de Baru, Mangaba,Pequi e Umbu.

4.5.1 MERCADO INTERNO

4.5.1.1 CASTANHA DE BARU

 A- PRODUÇÃO E CONSUMO

 A Castanha de Baru (Dipteryx alata), que foi descoberta há menos de 20 anos, ocorre noCerrado brasileiro vem paulatinamente sendo mais bem estudada e mais divulgada.

O Baru é encontrado na região do Cerrado brasileiro, envolvendo o Tocantins, MatoGrosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.

 A safra concentra-se em setembro e a castanha propriamente dita obtém-se por extrati-vismo sustentável, com plantios controlados para exploração comercial em maior escala. AEmbrapa Cerrados já produz mudas selecionadas para garantir a qualidade do reflorestamen-to.

 Apesar dessas iniciativas positivas, o baruzeiro é uma planta ameaçada pelo desmata-mento acelerado do Cerrado para extração de madeira, expansão de soja e de outras monocul-

turas de grãos e formação de pastagens. A “descoberta” e valorização desta amêndoa poderáser um fator importante para conter a devastação do bioma, que ocupa um quarto do territóriobrasileiro conforme o zootecnista Luíz Carrazza.

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Quanto à produção da baru “in natura”, cuja safra se dá entre os meses de setembro eoutubro, não existem ainda informações da sua obtenção por extrativismo pelo IBGE e outrasinstituições. Porém, o levantamento do potencial comercial desta amêndoa deve ser instituído,pois sem dúvida a tendência de demanda a curto e médio prazo, pelo menos será crescente ecom sustentação.

 A castanha do baru, ou seja, a amêndoa é consumida torrada, sendo utilizada já para en-riquecimento de pães, biscoitos, acompanha aperitivos e ainda em doces, paçoquinhas, grano-las e barras de cereais.

Como produto derivado, o óleo extraído da amêndoa é semelhante ao óleo de oliva, com81% de insaturação e rico em Omega 9. Processado adequadamente pode ser servido comoóleo comestível.

 A castanha de baru beneficiada e seus principais derivados constituem atualmente umadas principais linhas de produtos da Rede de Comercialização Solidária de Agricultores Famili-ares e Extrativistas do Cerrado (Empório do Cerrado).

B- FATORES DE EXPANSÃO DE CONSUMO

 A diversificação de usos e aplicações, nem todas ainda estudadas, além do sabor dasamêndoas torradas, por si só seriam fatores de expansão de consumo.

Mas é no âmbito da saúde e nutrição, que a amêndoa de baru vem sendo caracterizadacomo um excelente alimento, comprovado por recentes estudos realizados pela pesquisadoraMiriam Bonilla, intitulado “Caracterização e estabilidade dos compostos bioativos em amêndoasde baru submetidas a processo de torrefação”, que comprova a eficiência do baru no combatee prevenção a processos inflamatórios e várias doenças.

Dentre várias constatações do referido estudo, podemos destacar:

•  O baru tem alto potencial antioxidante e, como resultado, com poder para combaterprocessos inflamatórios e doenças crônicas e degenerativas como câncer, hiperten-são, diabetes, artrite e enfermidades cardiovasculares;

•  A partir da análise de compostos bioativos em amêndoas de baru, ficou comprovado aeficiência dos fitoquímicos presentes nas amêndoas no controle dos radicais livres -principais responsáveis por inúmeras enfermidades;

•  Os óleos da amêndoa do baru são mais ricos em ômega 3, 6 e 9, com 81% de ácidosgraxos insaturados que os próprios peixes, tão recomendados em dietas saudáveis;

Os resultados acima relatados colocam o baru nos níveis de benefícios a saúde e nutri-

ção, das demais nozes e castanhas hoje comercializadas em larga escala.

C- COMERCIALIZAÇÃO

Para a comercialização do baru (fruto) atualmente o governo brasileiro dentro da sua Po-lítica de Preços Mínimos, estabelece o valor de R$ 0,20 em Goiás e Minas Gerais, a ser pagoaos extrativistas.

O quadro a seguir, apresenta a série de preços recebidos pelos extrativistas, no períodode março de 2012 a março de 2013.

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Figura 44 – Preços Pagos aos Extrativistas

Fonte: Conab - Conjuntura Mensal, março de 2013.

Durante este período, os preços recebidos pelos extrativistas dos Estados considerados,estiveram acima do preço mínimo fixado pelo governo.

D- IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA

O baru, atualmente proveniente do extrativismo no Cerrado, é considerado uma alternati-va de renda para os agricultores e comunidades rurais nesta região. As castanhas, principal-mente beneficiadas e torradas aos poucos ganham mercado, e seu consumo vem crescendodevido suas características sensoriais próprias e valor nutricional.

Portanto, divulgar e aprimorar o sistema produtivo do baru, sem dúvida deverá contribuirem muito para a manutenção do bioma Cerrado, e é uma alternativa viável para geração derenda a população rural desta grande área do território brasileiro.

E- TROCAS INTERNACIONAIS

É uma castanha alimentícia nova, produzida no Brasil e de comercialização recente, masnão existem registros de exportações representativas ainda.

4.5.1.2 MANGABA

 A- OCORRÊNCIA

 A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) é uma planta de clima tropical, que atinge de

5 a 10 metros de altura. É nativa do Brasil, encontrada crescendo espontaneamente em váriasregiões do país, desde os Tabuleiros, Costeiros e Baixadas Litorâneas do Nordeste, onde ocor-

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  78

re em maior volume, até as áreas de Cerrado da Região Centro-Oeste; verifica-se ainda suaocorrência nas regiões Norte e Sudeste.

B- PRODUÇÃO E CONSUMO

 A coleta da mangaba concentra-se entre dezembro e março (mangaba de botão), e deabril a junho ( mangaba flor) em Sergipe. Em Minas Gerais de novembro a dezembro.

Na Tabela 66, apresentamos os principais Estados produtores, segundo os dados maisrecentes do IBGE de 2012.

Segundo o IBGE, a coleta registrada em 2011 foi de 680 toneladas, e nos últimos 6 anos(2006/2011), foi constatado uma retração da produção .

Tabela 66 – Principais Estados Produtores de Mangaba em 2011

Estado Produção (toneladas) Participação (%)Sergipe 351 51,6

Bahia 128 18,8

Paraíba 79 11,6

Rio Grande do Norte 85 12,5

 Alagoas 34 5,0

Maranhão 1,2 0,18

Minas Gerais 1,5 0,22

Outros 1,3 0,20

Total 680 100Fonte: Elaboração IBRAF, dados do IBGE 2013.

O Estado de Sergipe continua sendo o maior produtor de mangaba, com 51,6% do totalproduzido em 2011.

Os dados de produção como apresentados, são contestados pela Embrapa, que estimaque somente em Sergipe (o maior produtor) sua produção está por volta de 2.500 t./ano emmédia.

C- COMERCIALIZAÇÃO

 A comercialização da mangaba atualmente está incluída dentro da sua Política de PreçosMínimos. Em 2012, os preços mínimos estão abaixo apresentados para os principais Estadoscomercializadores.

Tabela 67 – Preços Mínimos - 2012

EstadoPreço Mínimo

Janeiro/Julho Agosto/Dezembro

Sergipe (SE) R$ 1,63/kg R$ 1,51/kg

Bahia (BA) R$ 1,63/kg R$ 1,51/kg

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  79

Minas Gerais (MG) R$ 0,95/kg R$ 0,92/kgFonte: Elaboração IBRAF, com dados da CONAB 2012.

Quanto aos preços alcançados pelos extrativistas, tivemos em 2012 variações de R$0,50/kg a R$ 2,93/kg, conforme a região e apresentado na Figura 45 abaixo.

Figura 45 – Preços Pagos aos Extrativistas em 2012 (Média do Mercado)

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

Minas Gerais

Bahia

Sergipe

 

Observa-se que em 2012, o preço alcançado pelos extrativistas em Minas Gerais, foi infe-rior ao preço mínimo estipulado, enquanto que nos demais Estados, os preços foram superio-

res ao mínimo, indicando uma demanda maior do que a oferta. Atualmente a mangaba e a polpa de mangaba estão incluídas também no Programa de

 Aquisição de Alimentos (PAA) nas regiões produtoras.

Com as ações do PGPM-Bio e do PAA, os produtores da agricultura familiar atualmentetêm, a garantia de que se o preço de comercialização estiver baixo do mínimo estabelecidopelo governo, receberão um bônus como compensação desde que comprovem a venda.

Em 2012, dependendo do Estado e Município, os preços obtidos através do PAA para amangaba fruta, variou entre R$ 0,50/kg e R$ 2,93/kg respectivamente.

 Atualmente, o volume de frutos que chega ao mercado é menor do que a procura.

 A comercialização já ocorre nos supermercados, pré-embaladas em bandejas plásticasde 500 g normalmente.

D- IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA

O extrativismo é a principal forma de exploração da mangaba. Na região nordeste, inú-meras famílias têm na colheita e comercialização da mangaba uma importante ocupação efonte de renda. Atualmente, segundo a Conab, a organização social no setor de coleta damangaba, ainda é muito incipiente e 99% dos extrativistas são mulheres, e destas, a maioria énegra.

 A coleta da Mangaba é a base de sustento de mais de 5 mil famílias em situação de vul-nerabilidade social, só no litoral sergipano. Devido à crescente dificuldade de acesso às man-

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  80

gabeiras e em decorrência da expansão imobiliária e das fronteiras agrícolas, o fruto está cadavez mais escasso. Outro problema enfrentado pelas catadoras é a dificuldade de comercializa-ção do produto.

Com o avanço da cultura canavieira na região Nordeste, a devastação de áreas para im-plantação de coqueirais e principalmente a instalação de loteamentos imobiliários (Barra dosCoqueiros/SE), a conservação da espécie começa a ser ameaçada. Isso preocupa ecologistase milhares de famílias que sobrevivem exclusivamente da coleta da mangaba. Para garantir ouso da terra por um longo período, é necessária uma política governamental visando explora-ção racional, econômica e sustentável da mangaba, e a conservação deste patrimônio da bio-diversidade do Nordeste.

4.5.1.3 PEQUI

 A- OCORRÊNCIA

O Pequi (Caryocar brasiliense) é uma fruta nativa do Cerrado, conhecida popularmentecomo “piqui”. O pequizeiro floresce de agosto a novembro, iniciando a maturação dos frutos emmeados de novembro até início de fevereiro.

B- PRODUÇÃO E CONSUMO

a) Produção

Pelos dados disponíveis do IBGE, a colheita do pequi foi de 21,8% superior ao obtido em2010, atingindo 7.047 toneladas (expresso em amêndoas).

Figura 46 – Estimativas de Produção do Pequi 2011 Versus 2010 - (Toneladas de Frutos)

5.786

7.047

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

2010 2011* 

Variação: 21,8%

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados do IBGE.Nota: (*) Expresso em amêndoas, que representam em média 30% das frutas “in natura”.

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Por outro lado, em 2011 segundo a mesma fonte de informações, o Ceará foi o maiorprodutor de pequi (expresso em amêndoas ) seguido de Minas Gerais.

Figura 47 – Participação, Produção de Pequi - Em Amêndoas

Ceará 

60,7%

Minas Gerais 

25,1%

Outros 

14,2%

 Fonte: IBGE 2013.

 Apesar da popularidade do pequi ser mais intensa em Goiás, segundo o IBGE a ocorrên-cia desta espécie e sua coleta ocorrem em outras regiões do Cerrado.

b) Consumo

O consumo do pequi como fruto é tipicamente regional da região do Cerrado. Seu usomais difundido é o aproveitamento do caroço para alimentação, utilizado na culinária regionalcomo o tradicional “arroz com pequi”. Contudo, do fruto originam-se uma série de produtos co-mo polpa, licor, óleo, farinha e outros. Nas regiões de produção o maior consumo é da polpa,parte mais saborosa que envolve as amêndoas e que representa cerca de 7% da fruta. A pol-pa, além de vários nutrientes necessários ao nosso organismo, contém alto teor de pró Vitami-na “A”.

C- COMERCIALIZAÇÃO

O pequi é contemplado pela Política de Preços Mínimos do Governo Federal, variandoconforme o Estado.

Tabela 68 – Preços Mínimos 2012

RegiãoValor (R$/Kg)

Janeiro/Junho Julho/Dezembro

Ceará (CE) R$ 0,23/kg R$ 0,36/kg

Goiás (GO) R$ 037/kg R$ 0,40/kg

Minas Gerais (MG) R$ 0,37/kg R$ 0,40/kg

Tocantins (TO) R$ 0,23/kg R$ 0,36/kg

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  82

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados IBGE 2013.

 A Figura 48, apresenta para as principais regiões produtoras a variação dos preços pa-gos pelos extrativistas de pequi em 2012.

Figura 48 – Preços Pagos (R$/KG) Período (2012)

Nov  Out  Set  Ag  Jul  Jun Maio  Abr   Mar

Ceará (CE)  0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,63 0,63 0,41

Goiás (GO)  0,61 0,61 0,61 0,62 0,61 0,61 0,61

Minas Gerais  0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30

Tocantins 

(TO) 

0,40 0,41 0,30 0,34 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

Ceará (CE)  Goiás (GO)  Minas Gerais  Tocantins (TO) 

Fonte: Conab

 A comercialização do pequi como fruta nas Centrais de Abastecimentos (Ceasas) mos-trou que na região de maior tradição de consumo do pequi (Goiás), foi comercializado 800 to-neladas em 2012, equivalente a R$ 375.000,00, ou seja, um preço médio de R$ 0,47/kg doproduto.

Em relação ao óleo de pequi, a Figura 49 apresenta os preços recebidos pelos extrativis-tas de março de 2012 a março de 2013 no Ceará.

Figura 49 – Preços Recebidos pelos Extrativistas – Oleo de Pequi - Pará

Fonte: Prohort 2013.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  83

No período considerado, o menor preço recebido foi de R$ 32,50/litro em março de 2012,e o maior R$ 38,33 /litro, tendo esse preço se mantido desde maio de 2012.

a) Produtos Derivados de Pequi Comercializados

 A Figura 50 abaixo, de forma esquemática, apresenta a grande diversidade de produtosagroindustrializados do pequi, disponíveis no mercado.

Figura 50 – Derivados Alimentícios do Pequi

Caroço do Pequi

Caroço emConserva

CaroçoCongelado

Despolpamento

Polpa de Pequi Amêndoas

 AmêndoasTorradas

Polpa emConserva

Polpa DesidratadaPolpa Congelada 

Nota: da infusão do caroço de pequi “in natura”, após infusão em álcool, produz-se o co-nhecido licor de pequi bastante popular e de valor agregado.

D- IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA

Por ser uma cultura extrativista, ocupa e mobiliza um grande contingente de pessoas,sendo fonte de renda e emprego de inúmeras famílias rurais, como fonte de renda e empregoimportante para as pessoas que vivem da colheita, processamento e comercialização do pequi,pelo menos durante os quatro meses da safra deste fruto.

O pequizeiro também pode ser uma das opções em Sistemas Agroflorestais de Base A-grícola, pois pode render lucros com a venda de frutas nativas e outros produtos de valor agre-gado.

Em Minas Gerais, a exploração do pequi passou a ser apoiada pelo Programa Mineiro deIncentivo ao Cultivo, à Extração, ao Consumo, à Comercialização e à Transformação do Pequie Demais Frutos e Produtos Nativos do Cerrado (Pró-Pequi), ação do Governo mineiro, quevisa desenvolver a cadeia extrativista de forma sustentável.

Por outro lado, pesquisas que já estão em curso buscam a eliminação dos espinhos dapolpa por mutação, transgenia ou mesmo por outras intervenções na genética desta fruta. Osucesso destas pesquisas, sem dúvida colocará o pequi no patamar das frutas funcionais e

mesmo passíveis de serem cultivadas sistematizadamente.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  84

4.5.1.4 UMBU

 A- OCORRÊNCIA

O umbuzeiro (Spondias tuberosa, L.) é originário dos Chapadões semi-áridos do Nordes-te brasileiro, nas regiões do Agreste (Piauí), Cariris (Paraíba), Caatinga (Pernambuco e Bahia).É atualmente encontrado vegetando desde o Piauí ate a Bahia e o Norte de Minas Gerais. Oumbu é ainda considerado produto vegetal de extração (não cultivado), coletado em árvoresque crescem espontaneamente. A sua safra é pequena, vai de janeiro a abril.

B- PRODUÇÃO E CONSUMO

a) Produção

Os dados consolidados mais recentes do IBGE indicam uma produção do umbu em 2011de 9.323 toneladas, correspondendo a um valor bruto de produção de R$ 7,6 milhões.

De todo umbu produzido em 2011 no Brasil, 97% foram colhidos no Nordeste, sendo oEstado da Bahia responsável por 87,5%.

Tabela 69 – Produção de Umbu em 2011 versus 2010. - Toneladas

2011 2010

Brasil 9.323 9.804Bahia 8.165 8.624Minas 222 264Rio Grande do Norte 174 167Pernambuco 448 441Paraíba 118 111Piauí 98 92 Alagoas 43 46Outros 55 59

Fonte: IBGE, 2013.

Observou-se em 2012 o que já vem ocorrendo há alguns anos, uma demanda desta frutapara a produção de polpa, tanto para a comercialização interna como para exportação. Contu-do, não dispomos até o momento de números exatos de produção destes derivados.

 Apesar de ainda ser uma fruta proveniente do extrativismo, desde 2007 a Embrapa jáfornece mudas certificadas para o desenvolvimento do cultivo de sequeiro do umbu.

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b) Consumo

O umbu é consumido ao natural, ou sob a forma de sucos, refrescos, geléias, sorvetes,misturado a bebidas (em blends) ou misturado com leite, para a produção da famosa umbuza-da.

 A polpa do fruto tem uma demanda crescente para a elaboração de muitos produtos, epela sua praticidade e disponibilidade o ano todo.

C- COMERCIALIZAÇÃO

Normalmente, o umbu colhido é vendido em parte informalmente, mas principalmente emfeiras livres das cidades do Nordeste, assim como também para as agroindústrias de benefici-amento de polpas.

 Abaixo apresentamos o preço pago aos extrativistas no Estado da Bahia, no período forteda safra.

Tabela 70 – Preço Pago ao Extrativista no Estado da Bahia - R$/Kg (2012/2011)

 AnoMeses da Safra

Janeiro Feverei ro Março2011 0,27 0,26 0,302012 0,50 0,25 0,30Fonte: CONAB - Conjunturas Mensais.

O umbu está incluído na Política de Preços Mínimos do Governo, que em 2012 foi esta-belecido em R$ 0,40/Kg para os estado da Bahia e de Minas Gerais.

Devido à seca de 2012 houve uma escassez dos frutos e, portanto a coleta dos frutos foiinferior ao esperado. Os preços subiram, e na média no atacado a caixa com 20 kg foi vendidaa R$ 35,00, ou seja, um aumento de 52% em relação a 2011.

a) Comercialização da Polpa de Umbu

Dentre os derivados do umbu, a polpa desta fruta vem ganhando espaço. É a segundapolpa mais vendida no Nordeste e já está sendo exportada como matéria-prima para utilização

da indústria de alimento e bebidas. Apesar de não serem disponíveis dados quantitativos exatos da comercialização e con-

sumo da polpa de umbu, cerca de 80% é comercializada no Brasil para o mercado institucionale 18% comercializada em embalagens porcionadas (100 g) para o varejo e consumo final.

Em termos de preço, em 2012 a polpa de umbu integral pronta para o consumo foi co-mercializada entre R$ 9,00 a R$ 11,00/kg, dependendo das condições de fornecimento e volu-mes comprados. Os presentes preços referem-se à praça de São Paulo, que é o centro demaior demanda para polpas de frutas.

Já no Nordeste, a média de preços da polpa de umbu congelada em embalagens de 100g, variou entre 5,00 kg a R$, 40/kg.

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D- IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA

Na época da safra de janeiro a abril, os pequenos agricultores familiares aproveitam adisponibilidade do umbu para exploração em forma de extrativismo, que representa uma rendana entressafra de outras culturas tradicionais. Inclusive em muitas regiões, no período da co-lheita, o umbu tem se tornado a principal atividade econômica.

Na verdade, o umbu tem oferecido uma grande oportunidade para as famílias do sertão,que além de renda oferece um alimento de excelente qualidade para a população rural e urba-na, já que em boa parte do Nordeste é vendido como fruta ou como polpa, até na beira dasestradas.

Na região de Juazeiro, há uma expectativa em relação ao crescimento na economia dasfamílias, que vêm trabalhando o beneficiamento do umbu. Os produtos bem trabalhados adqui-rem maior valor comercial, oferecendo às famílias uma renda como já dissemos maior. Existemgrandes oportunidades de vender este fruto “in natura” e ou como polpa, principalmente paraserem utilizados na merenda escolar e também para os supermercados.

O desenvolvimento do cultivo em sequeiro do umbuzeiro, sem dúvida dará um avanço àeconomia do agreste e sertão brasileiro sem dúvida, pois o umbu é uma fruta de aproveitamen-to bem diversificada, e como alimento rico em importantes nutrientes.

4.5.1.5 PINHÃO

 A- OCORRÊNCIA

O pinhão é a semente comestível da Araucaria (Araucaria angustifolia), pinheiro típico do

Sul da América do Sul. O pinheiro do Paraná como também é chamado, é encontrado natural-mente nos estados do Sul e Sudeste do Brasil, entre altitudes de 500 a 23.000 m normalmente.

B- PRODUÇÃO E CONSUMO

a) Produção

O pinhão é obtido por extrativismo, com produção concentrada nos estados do Paraná e

Santa Catarina.Os dados disponíveis do IBGE, indicam uma produção em 2011 de 8.032 toneladas, cor-

respondendo a um valor bruto junto ao produtor de R$10,9 milhões.

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Figura 51 – Evolução da Produção 2012/2011 - Toneladas

5.715

8.032

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

2011 2012 

Variação: 40,5%Fonte: Elaboração IBRAF, com dados IBGE 2013.

 A evolução da produção não significa expansão mas é oriunda de problemas de safrasou de alternâncias de produção desta planta.

 A Figura 52 que se segue, apresenta a produção do pinhão por Estado.

Figura 52 – Participação na Produção de Pinhão

Paraná 

57,0%

Santa Catarina 

18,4%   Outros 

24,6%

 

Fonte: Elaboração IBRAF, com dados IBGE 2013.

b) Consumo

O pinhão pode ser cozido ou assado, e depois de descascado, é consumido como aperi-tivo. Em Santa Catarina é talvez a comida mais típica do estado, sendo destaque em alguns

pratos como a paçoca de pinhão, e o entrevero. No Paraná são feitos doces e entra em váriasreceitas de pratos regionais. Em São Paulo é consumido cozido, sendo uma iguaria típica dosmeses de frio e presente obrigatoriamente nas festas junina.

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Praticamente, todo o pinhão produzido é consumido internamente das várias formas noBrasil.

C- COMERCIALIZAÇÃO

O pinhão pela sua popularidade é comercializado na maior parte das Centrais de Abaste-cimento (Ceasas) do Sul e Sudeste.

Tabela 71 – Comercialização em Ceasas Representativos

Unidade

2011 2012 Variação 2012/2011 

Volume ValorPreço

Médio kg Volume ValorPreço

Médio kg Volume ValorPreço

Médio kg

Toneladas (R$) na moeda Toneladas (R$) na moeda (%) (%) (%)

Porto Alegre ND ND ND 349,40 906.950,92 2,60 ND ND ND

Curitiba 880,90 1.464.949,00 1,66 498,10 936.825,60 1,88 -43,5 -36,1 13,3

São Paulo 1.010,20 1.415.357,60 1,40 1.003,70 1.454.989,00 1,45 -0,6 2,8 3,6

Campinas 50,50 87.657,10 1,74 46,20 101.876,89 2,12 -8,5 16,2 21,8

Rio de Janeiro 10,70 10.064,00 0,94 ND ND ND ND ND ND

Belo Horizonte 7,20 9.061,00 1,27 ND 5.329,00 2,07 ND -41,2 63,0

Total 1.959,50 2.987.088,70 7,01 1.897,40 3.405.971,41 10,12 -3,2 14,0 44,4Fonte: Elaboração IBRAF, com dados Prohort 2013.

Verifica-se que em 2012, de uma forma geral, o volume comercializado foi inferior ao de2011, mas os preços médios por outro lado, foram superiores. Torna-se claro que as condiçõesde oferta e procura direcionaram o preço do produto ofertado em todas as praças considera-das.

D- IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA REGIONAL

 A importância socioeconômica regional do pinhão para as zonas rurais do Paraná e San-ta Catarina, sobretudo para as comunidades mais carentes, é muito grande, pois representauma fatia bastante expressiva de emprego e renda, com benefícios reais à qualidade de vidade um grande contingente de pessoas, tanto na coleta como na comercialização. A exploraçãodo pinhão está e deve ser fortemente apoiada institucionalmente, pois é um fator fundamentalpara a preservação e conservação a Araucária no Brasil.

4.5.2 MERCADO INTERNACIONAL

4.5.2.1 CASTANHA DE BARU

Não existem registros de castanha de baru produzida e comercializada no Mercado inter-nacional.

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4.5.2.2 PINHÃO

O pinhão é basicamente produzido e comercializado somente no Brasil.

 Assim sendo, não há registros de comercialização representativa no mercado internacio-nal.

4.6 FRUTAS DESIDRATADAS

4.6.1 MERCADO INTERNO

4.6.1.1 PRODUÇÃO E CONSUMO

 A- PRODUÇÃO

Continuamos em 2012 sem informações oficiais no Brasil sobre a produção de frutas de-sidratadas no Brasil

Porém, a produção brasileira ainda é muito pequena, sobressaindo-se a fabricação dabanana passa. Atualmente algumas empresas já estão colocando no mercado brasileiro frutasdesidratadas obtidas por secagem e mesmo por liofilização, como chips ou snacks de maçã,banana e maçã.

Frutas vermelhas inteiras, bananas e morango em pedaços, banana granulada e na for-ma de pós, assim como as frutas açaí e acerola, também já estão sendo produzidas no Brasilpara o mercado interno e mercado externo e procurando atender ao mercado industrial e devarejo.

 A produção da banana desidratada, predominantemente a banana passa, está por voltade 500 a 700 toneladas ano, podendo já ter ultrapassado estes volumes.

B- CONSUMO

 A demanda por produtos naturais, saudáveis à base de frutas, vem crescendo tanto paraprodutos finais, como nos ingredientes para a fabricação de uma série de produtos nos seg-mentos dos cereais, barras, produtos láteos de confeitaria e panificação.

Em grande parte, o consumo industrial e de varejo está hoje predominantemente basea-do nas importações de uva passa, ameixas desidratadas, figos desidratados e damasco igual-mente desidratados.

O consumo de frutas tropicais desidratadas fabricadas no Brasil é denominado pela ba-nana passa como já informado, mas o mercado interno tem se mantido quase que inalteradonos últimos anos.

O consumo industrial vem crescendo muito, impulsionado por produtos modernos comoas barras de cereais, e de produtos de panificação como os panetones e bolos industrializados.O Brasil já é o segundo maior produtor de panetones no mundo.

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Já o consumo das frutas desidratadas no varejo ainda mantém uma concentração duran-te as festas de fim de ano, principalmente durante o Natal.

O consumo global de frutas desidratadas em 2012 foi estimado em 60.000 toneladasNesta cifra as frutas importadas foram preponderantes

Em termos de consumo “per capita” a Tabela 72 apresenta a demanda das principais fru-

tas desidratadas importadas.

Tabela 72 – Consumo de Frutas Desidratadas Representativas

Fruta Consumo (T)Consumo/Pessoa/kg/ano

(1)

Consumo estima-do/Pessoa/kg/ano

(2)

Uva Passa 24.613,5 0,117 0,234

 Ameixa (3)  15.812,5 0,079 0,239

Damascos 13.555,2 0,021 0,084Fonte: Elaboração IBRAF com dados do The International Nut and Dried Fruit Council(INC)-2013

Notas: (1) Consumo total expresso em kg por pessoa. Baseado nas estimativas oficiais dapopulação brasileira.(2) Baseado no percentual da população que consome o produto específico emquestão.

4.6.1.2 TROCAS INTERNACIONAIS

No âmbito das frutas desidratadas, praticamente o Brasil é um grande importador. As ex-portações são ainda irrelevantes.

Nestes termos, em 2012 importamos 45,8 mil toneladas de frutas desidratadas, corres-pondendo a US$ 102,3 milhões.

Tabela 73 – Importações - Principais Frutas Desidratadas - 2012

Frutas NCM2011 2012 Variação

Volume Valor Volume Valor Volume ValorToneladas US$ Mil Toneladas US$ Mil (%) (%)

 Ameixas C. Caroço 08132010 8.521,9 10.939,1 8.702,9 11.798,6 2,1 7,9 Ameixas S. Caroço 08132020 6.759,9 12.851,9 7.108,4 14.349,0 5,2 11,6

Figo 08042020 820,4 2.486,6 669,4 2.172,7 -18,4 -12,6Damasco 08131000 3.750,9 16.452,5 3.680,3 13.555,2 -1,9 -17,6Maçã 08133300 21,6 179,9 26,3 205,7 21,8 14,3Peras 08134010 51,4 255,1 39,2 222,0 -23,7 -13,0Tâmaras 08041020 756,5 1.982,5 767,2 1.846,2 1,4 -6,9Uva 08062000 24.294,3 51.647,4 24.613,5 56.696,5 1,3 9,8Misturas 08135000 61,1 286,4 166,9 785,1 173,2 174,1Outras 08134090 47,6 326,4 79,3 720,1 66,6 120,6Total 45.085,6 97.407,8 45.853,4 102.351,1 1,7 5,1

Fonte: SECEX - Elaboração IBRAF.

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Comentários

Segundo o International Nut and Dried Fruit Council na atualidade o Brasil é o sétimomaior importador de uva desidratada (passas) e de damascos desidratados.

Por outro lado, é o terceiro maior importador de ameixas secas (todos os tipos).

 As cifras apresentadas mostram a importância do mercado brasileiro para frutas desidra-tadas.

 A Tabela 74 apresenta as exportações de frutas desidratadas que, contudo, são poucoexpressivas

Tabela 74 – Exportações - Principais Frutas Desidratadas - 2012

Frutas NCM2011 2012 Variação

Volume Valor Volume Valor Volume ValorToneladas US$ Toneladas US$ (%) (%)

 Ameixas C. Caroço 08132010 1,536 6.075 0,812 3.553 -47,1 -41,5 Ameixas S. Caroço 08132020 12,651 74.798 4,204 27.669 -66,8 -63,0Figo 08042020 0,159 1.737 3,455 10.968 2.073,0 531,4Damasco 08131000 0,788 6.796 0,33 2.583 -58,1 -62,0Maçã 08133300 9,356 90.350 7,582 55.517 -19,0 -38,6Tâmaras 08041020 0,143 1.227 0,01 60 -93,0 -95,1Uva 08062000 2,142 8.849 2,452 7.391 14,5 -16,5Misturas 08135000 4,733 97.912 2,833 97.438 -40,1 -0,5Outras 08134090 128,341 3.928.910 102,134 3.487.610 -20,4 -11,2Total 159,849 4.216.654 123,812 3.692.789 -22,5 -12,4

Fonte: SECEX - Elaboração IBRAF.

4.6.2 MERCADO INTERNACIONAL

4.6.2.1 PRODUÇÃO E CONSUMO

 A- PRODUÇÃO

 A produção mundial de frutas temperadas desidratadas em 2012 foi estimada em 9.460,5mil toneladas, equivalente a US$ 6,7 bilhões. As tâmaras secas predominam significativamenteo volume de produção destas categorias de produtos, com 7,6 bilhões de toneladas, equivalen-tes a US$ 2,7 bilhões.

Tabela 75 – Produção Estimada de Frutas Desidratadas Representativas em 2012

Frutas Produção Variação2011 (Mil T) 2012 (Mil T) 2012/2011 (%)

Tâmaras 6.598,0 7.620,3 15,5

Uva Passa 1.207,0 1.229,6 1,9 Ameixas Secas 230,7 264,3 14,6Damascos Secos 198,9 239,0 20,2

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  92

Figos 104,9 107,3 2,3Total 8.339,5 9.460,5 13,4

Fonte: INC AND FAOSTAT - Elaboração IBRAF.

Observa-se em 2012 uma evolução na produção de frutas desidratadas consideradas de13,4% em relação ao ano anterior (2011).

B- CONSUMO

O suprimento global de frutas desidratadas em 2012 foi de US$ 6,6 bilhões. Contudo, éimportante levar em conta que, considerando o período de 2006 a 2012, o suprimento destasfrutas em análise vem crescendo em valor a taxas médias anuais de 5,7%.

Considerando que o crescimento da população mundial vem apresentando um cresci-mento médio de 1,5% ao ano, constata-se o aumento mundial do consumo das frutas desidra-tadas de forma expressiva.

C- TROCAS INTERNACIONAIS

a) Exportações

 As frutas desidratadas vêm apresentando uma grande demanda no mundo. Durante 2011as exportações atingiram o patamar de 1.856 mil toneladas, ou praticamente estável em rela-ção a 2010.

Tabela 76 – Exportações Mundiais de Frutas Desidratadas - 2011

Frutas Exportações Variação2010 (T) 2011 (T) 2011/2010 (%)

Tâmaras 727.261 712.271 -2,1Uva Passa 726.028 739.275 1,8Figo Desidratado 98.155 91.099 -7,2Damascos Desidratados 106.922 109.312 2,2 Ameixas Secas 197.214 204.227 3,6

Total 1.855.580 1.856.184 0,03Fonte: INC AND FAOSTAT - Elaboração IBRAF.

Os três principais fornecedores de tâmaras (2011), foram Emirados Árabes Unidos(34%), Paquistão (16%) e Irã (14%).

Os fornecedores de uva passa em 2011 foram: Turquia (29%), USA 919%) e Iran (16%)

Quanto à ameixa desidratada, o principal fornecedor tem sido o USA (33%), seguindo-seo Chile (28%) e a Argentina (17%).

 As exportações de Damascos são preponderantemente da Turquia (81%), seguindo-se oKazaquistão (5%) e a Holanda com 3%. A Holanda na realidade é um reexportador por exce-lência.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  93

Os maiores exportadores de figo seco em 2011 foram respectivamente, a Turquia (63%),USA (6%) e Espanha (5%).

Por sua vez, o principal supridor de frutas tropicais desidratadas permanece sendo as Fi-lipinas.

b) Importações

 As importações mundiais das frutas desidratadas foram 1,9% inferiores em 2011, emcomparação ao ano anterior.

 As importações globais chegaram a 1,6 milhão de toneladas e os mercados mais impor-tantes foram o Reino Unido, com uma cota de mercado de 8,9% aproximadamente, a Alema-nha (7,8%), Estados Unidos (2,7%), e a Rússia (2,6%).

Tabela 77 – Importações Mundiais de Frutas Desidratadas - 2011

Frutas 2010Vol (T)

2011Vol (T)

Variação2011/2010

 Ameixas 202.075 212.399 5,1

Damascos 109.201 112.760 3,3

Figos 98.155 91.665 -6,6

Tâmaras 491.796 472.659 -3,9

Uvas 763.055 743.200 -2,6

Total 1.664.282 1.632.683 -1,9Fonte: INC AND FAOSTAT - Elaboração IBRAF.

Considerações

Verifica-se o crescimento da demanda internacional por frutas desidratadas, mesmo semconsiderar algumas frutas já comercializadas em escala representativa, como as maçãs, perase outras, assim como as frutas desidratadas tropicais.

Num contexto de recessão e crise financeira nos países desenvolvidos do HemisférioNorte, a expansão das trocas internacionais é uma grande oportunidade para os agronegóciosbrasileiros.

Tabela 78 – Importações das Principais Frutas Desidratadas por Países - Base 2011

AmeixasPaís Volume (T)

Rússia 2.512

 Alemanha* 18.818

Brasil 15.217

Japão 12.829

Itália 10.278

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  94

Damascos 

País Volume (T)

Rússia 17.259

USA 13.331

 Alemanha* 10.013

Reino Unido 8.738

França* 6.837

FigosPaís Volume (T)

 Alemanha 14.554

França 13.690

Holanda* 5.173

Reino Unido 4.842

Itália 4.509

TâmarasPaís Volume (T)

Índia 101.922

UEA 31.619

Marrocos 29.640

França 26.702

Reino Unido 24.178

UvaPaís Volume (T)

Reino Unido** 110.629

 Alemanha 85.987

Holanda 45.406

Japão 31.816

 Austrália 31.202Fonte: INC AND FAOSTAT - Elaboração IBRAF.

Nota: (*) Reexportação.(**) Forte Demanda Industrial.

4.6.2.2 TROCAS MUNDIAIS GLOBAIS

O mercado internacional de frutas desidratadas (Código HS6 0813) atingiu o patamar de0,82 milhões de toneladas (Figura 53) em 2012, onde se observou uma evolução de 3,8% emrelação a 2011. Em termos econômicos, o mercado das frutas desidratadas atingiu a cifra deUS$ 2,1 bilhões (Figura 54) em 2012, e igualmente verificou-se uma evolução de 5,0% em re-lação ao ano anterior.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  95

Figura 53 – Volume das Trocas Mundiais (Milhões de Toneladas)

0,79  0,82

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

2011 2012 

Variação: 3,8%Fonte: INC AND FAOSTAT - Elaboração IBRAF.

 As tendências recentes indicam que a comercialização das frutas desidratadas tem evo-luído a taxas médias anuais de 1,6% no período 2008/2012.

Figura 54 – Valor das Trocas Internacionais (Bilhões de Dólares)

2,002,10

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

2011 2012

 Variação: 5,0%

Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Trade Map – International Trade Statistics 2013.

Igualmente, as tendências recentes indicam que o valor das transações comerciais defrutas desidratadas tem evoluído a taxas médias anuais de 4,9% no período de 2008/2012.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  96

4.7 FRUTAS CONGELADAS

4.7.1 MERCADO INTERNO

4.7.1.1 PRODUÇÃO E CONSUMO

 Apesar da importância crescente das frutas congeladas para atender os mais variadossegmentos do mercado de alimentos, não existe ainda monitoramento e nem censo oficial parapermitir a correta dimensão dos mercados e em decorrência das demandas.

Pode-se, porém afirmar que os produtos intermediários, que se caracterizam como maté-rias-primas para uma gama considerável de agroindústrias, são os mais produzidos e deman-dados.

Para atender as necessidades das indústrias, sem dúvida sobressaem-se os semi-elaborados congelados de morango.

O consumo no âmbito do varejo de frutas congeladas no Brasil ainda é muito pequeno,mas com tendências de evolução gradativa.

Observa-se uma oferta evolutiva de frutas vermelhas como os mirtilos, framboesas e a-moras no consumo domiciliar. Isto vem ocorrendo com certas frutas, como por exemplo, o mirti-lo, que já é reconhecido no Brasil como uma superfruta, rico em antioxidantes para ser busca-do com mais frequência.

4.7.1.2 COMERCIALIZAÇÃO

 As frutas congeladas são apresentadas para comercialização internas, em pedaços emesmo na forma de purês (polpas)

Conforme sua utilização, as frutas podem ser congeladas das várias formas:

1 - Estilo IQF: As frutas são congeladas individualmente antes de serem embaladas.

2 - Estilo Bloco: As frutas são embaladas e então congeladas formando um bloco.

3 - Estilo com Açúcar: As frutas são misturadas com açúcar antes do seu congelamento.

Normalmente numa base de quatro ou três partes de frutas para uma de açúcar, mas a propor-ção varia conforme as frutas.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  97

4.7.1.3 TROCAS INTERNACIONAIS

 A- EXPORTAÇÕES

Tabela 79 – 08111000 - Morangos Congelados, Não Cozidos/Cozidos em Água/Vapor

Período US$ FOB Peso Líquido (Kg)

01/2010 a 12/2010 9.500 5.454

01/2011 a 12/2011 16.636 7.980

01/2012 a 12/2012 261.175 94.010Fonte: Alice - Elaboração IBRAF.

Tabela 80 – 08112000 - Framboesas, Amoras, Groselhas, Congeladas, Cozidas ou Não

Período US$ FOB Peso Líquido (Kg)

01/2010 a 12/2010 9.028 4.680

01/2011 a 12/2011 19.302 13.557

01/2012 a 12/2012 22.758 6.582Fonte: Alice - Elaboração IBRAF.

Tabela 81 – 08119000 - Outras Frutas Congeladas Não Cozidas, Cozidas em Água/Vapor

Período US$ FOB Peso Líquido (Kg)

01/2010 a 12/2010 10.014.779 5.082.29601/2011 a 12/2011 9.460.398 3.969.078

01/2012 a 12/2012 11.039.094 4.141.897Fonte: Alice - Elaboração IBRAF.

B- IMPORTAÇÕES

Tabela 82 – 08111000 - Morangos Congelados, Não Cozidos/Cozidos em Água/Vapor

Período US$ FOB Peso Líquido (Kg)

01/2010 a 12/2010 8.624.066 7.950.577

01/2011 a 12/2011 7.941.400 5.519.109

01/2012 a 12/2012 6.089.940 3.950.618Fonte: Alice - Elaboração IBRAF.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  98

Tabela 83 – 08112000 - Framboesas, Amoras, Groselhas, Congeladas, Cozidas ou Não

Período US$ FOB Peso Líquido (Kg)

01/2010 a 12/2010 2.490.341 1.052.551

01/2011 a 12/2011 3.300.303 1.645.715

01/2012 a 12/2012 2.495.515 1.263.004Fonte: Alice - Elaboração IBRAF.

Tabela 84 – 08119000 - Outras Frutas Congeladas Não Cozidas, Cozidas em Água/Vapor

Período US$ FOB Peso Líquido (Kg)

01/2010 a 12/2010 1.008.493 501.242

01/2011 a 12/2011 2.030.735 764.781

01/2012 a 12/2012 4.984.771 2.227.630Fonte: Alice - Elaboração IBRAF.

4.7.2 MERCADO INTERNACIONAL

4.7.2.1 PRODUÇÃO E CONSUMO

No segmento das frutas congeladas a produção e consumo caracterizam o mercado glo-bal destes produtos.

Em 2012 o mercado global de frutas congeladas foi estimado em 1,35 bilhões de tonela-das e vem crescendo a taxas médias anuais de 2,2%.

 A Europa continua sendo o maior mercado mundial para frutas congeladas, consumindo36,5% da demanda mundial.

Tabela 85 – Consumo das Frutas Congeladas por Região - 2012

Região Participação %Europa 36,5USA 32,7Japão 7,8 América Latina 7,6 Ásia/Pacífico 7,6Canadá 4,3Resto do Mundo 3,5Total 100Fonte: IBRAF.

 A Tabela 85 nos indica que a Europa continua sendo o maior mercado do mundo para asfrutas congeladas, representando 36,5% das vendas, seguindo os Estados Unidos com 32,7%

e a América Latina com 7,6%

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  99

É importante, apesar de não apresentado no presente Panorama, que o mercado na A-mérica Latina cresceu nestes últimos sete anos 60% em valor, o que é bastante expressivo.

União Europeia, Estados Unidos e Japão são responsáveis por 77% do consumo mundi-al.

Os cinco principais países consumidores são apresentados pela Tabela 86.

Tabela 86 – Consumo Por Países - 2012

Regiões/PaísesVolume de Consumo

Toneladas

USA 375.000

Reino Unido 11.500

França 11.700

 Alemanha 102.626

Japão 230.382Fonte: IBRAF.

No nível mundial, o mercado de frutas congeladas vem crescendo apesar da crise eco-nômica a taxas médias anuais variando de 2% a 4,5%, dependendo dos países/regiões e dosprodutos.

É importante considerar que diferentemente do consumo dos vegetais congelados, omaior direcionamento das frutas congeladas é para o mercado industrial, como matéria-primapara produção de produtos láteos, sorvetes, tortas e bolos congelados e outros produtos quecrescem dia a dia.

 A- MERCADO GLOBAL DE FRUTAS CONGELADAS

Figura 55 – Participação no Mercado dos Alimentos Congelados - 2012

Vegetais 

Congelados 

6%

Frutas 

Congeladas 

1%

Alimentos 

Congelados 

93%

 

Fonte: Estimativas IBRAF 2013.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  100

B- COMERCIALIZAÇÃO

 A comercialização de frutas congeladas no mercado internacional é bastante diversifica-da para atender a todos os segmentos do mercado industrial, institucional e de varejo. O tipode frutas também influi substancialmente.

Tabela 87 – Principais Frutas Congeladas e Estilos de Apresentação

Frutas IQF Em Bloco Com Açúcar Polpa Outras FormasMorango X X X X Preparações especiais

Maçã X X X XPedaços em molho adocicado

(Apple topping)Damasco X X X X Preparações especiaisFrutas Vermelhas (1)  X - - X (Berry topping)Mirtilo X X (Blueberry topping)Melões X (2)  X - -

Cerejas X - X X Preparações especiaisManga X - - X Preparações especiaisPêssego X X X X Preparações especiaisSalada de Frutas X X X -Maracujá - - - X Preparações especiaisPera X X X X Preparações especiais Abacaxi X X - X Preparações especiais

Fonte: Elaboração IBRAF, com informações dos supridores internacionais.Notas: (1) Corresponde as frutas chamadas vermelhas, que inclui amoras, framboesas, grose-

lha.(2) Normalmente em pedaços ou “bite-size balls”.

Observação: 1- As frutas congeladas conforme suas particularidades, tamanho e outros fato-res, podem ser oferecidas inteiras, metades, cubos, fatias ou em pedaços.

2- Produtos oferecidos como matéria-prima para indústrias, para serviços de ali-mentação e ao consumo de varejo.

4.7.2.2 TROCAS INTERNACIONAIS

 As trocas internacionais em 2012, referentes às frutas congeladas confirmaram a tendên-cia de crescimento em geral das demandas dos mercados compradores.

Englobam os produtos para o mercado consumidor final, frutas congeladas para suprircomo matérias-primas uma diversificada indústria de alimentos, assim como para atender os

serviços de alimentação (food service) e mercado de varejo. A despeito da retração de alguns mercados, em face do impacto da crise financeira inter-

nacional, as trocas vêm crescendo.

Como se trata de produtos que podem ser por certo tempo armazenados, mantendo pra-ticamente suas principais características, vêm sendo buscado pelas indústrias de alimentos porserem mais convenientes que as frutas frescas, muitas delas extremamente perecíveis.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  101

 A- PRINCIPAIS EXPORTADORES

 A Tabela 88 apresenta os dez maiores exportadores e os seus volumes de vendas em2012, comparados com 2011.

Tabela 88 – Principais Exportadores de Frutas Congeladas em Volume - 2012

Países2011

Toneladas2012

ToneladasVariação

2012/2011 (%)

Polônia 260.944,5 300.503,8 15,2

China 209.409,9 216.386,9 3,3

Sérvia 155.870,0 136.098,9 -12,7

Holanda 139.706,5 125.929,9 -9,9

Chile 124.305,5 113.172,2 -9,0

México 109.441,3 112.446,3 2,7

Canadá 96.690,0 103.033,3 6,6

Estados Unidos 98.355,4 102.396,8 4,1

Bélgica 73.040,2 82.585,4 13,1

Marrocos 46.992,9 43.284,8 -7,9

Total Top 10 1.314.756,2 1.335.838,3 1,6Fonte: Elaboração IBRAF, com dados do Comtrade.

Comentários:

Considerando os dez maiores países exportadores de frutas congeladas, suas exporta-ções cresceram em volume 1,6% em relação a 2011.

 A Polônia e China continuaram liderando as exportações, com variações positivas nosvolumes exportados em 2012.

B- PRINCIPAIS IMPORTADORES

 A Tabela 89 apresenta os dez maiores importadores e os seus volumes de compra em2012, comparados com 2011.

Tabela 89 – Principais Importadores de Frutas Congeladas em Volume - 2012

Países2011

Toneladas2012

ToneladasVariação

2012/2011 (%)

 Alemanha 337.240,7 341.038,5 1,1

Estados Unidos 284.049,8 322.512,5 13,5

França 146.364,6 168.039,0 14,8

Holanda 143.586,7 128.479,4 -10,5

Bélgica 104.578,9 116.063,4 11,0

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  102

Rússia 73.924,5 72.606,0 -1,8

Canadá 75.035,9 80.379,4 7,1

Reino Unido 63.559,5 61.511,9 -3,2

 Áustria 62.034,2 58.464,1 -5,8

Japão 65.113,4 69.663,3 7,0

Total Top 10 1.355.488,2 1.418.757,5 4,7Fonte: Elaboração IBRAF, com dados do Comtrade.

Comentários:

Em 2012, os três maiores importadores de frutas congeladas, continuaram sendo a Ale-manha, Estados Unidos e França, e com evolução positiva de compras.

Considerando os dez maiores importadores do mundo, suas importações superam em4,7% em volume as de 2011.

4.7.2.3 TROCAS MUNDIAIS GLOBAIS

O mercado internacional de frutas congeladas (Código HS6 0811) atingiu o patamar de1,95 milhão de toneladas (Figura 56) em 2012, ou seja, observou-se uma evolução de 3,7% emrelação a 2011. Em termos econômicos, o mercado das frutas congeladas atingiu a cifra de 4,2bilhões de dólares (Figura 57) em 2012, ou seja, verificou-se uma expansão de 5 % em relaçãoa 2011.

Figura 56 – Volume das Trocas Mundiais (Milhões de Toneladas)

1,88  1,95

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

2011 2012 

Variação: 3,7%

Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Trade Map – International Trade Statistics 2013.

 As tendências recentes indicam que as quantidades das frutas congeladas tem crescidoa taxas médias anuais de 4,9% no período de 2008/2012.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  103

Figura 57 – Valor das Trocas Mundiais ( Bilhões de Dólares)

4,004,20

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

2011 2012 

Variação: 5,0%

Fonte: Elaboração do IBRAF, com dados do Trade Map – International Trade Statistics 2013.

Igualmente, as tendências recentes indicam que o valor das transações comerciais defrutas congeladas tem crescido a taxas médias anuais de 4,9% no período de 2008/2012.

4.8 DESEMPENHO DAS PRINCIPAIS FRUTAS DECLIMA TEMPERADO EM 2012

 As frutas de clima temperado cultivadas e comercializadas no Brasil são importantes eneste sentido apresentamos os desempenhos em 2012 das principais: maçãs, uvas de mesa eperas.

4.8.1 MAÇÃS

4.8.1.1 MERCADO INTERNO

Em 2012, foi estimada uma queda na produção equivalente a 16,5% em volume, em re-lação ao ano anterior, totalizando 1.118 toneladas devido adversidades climáticas, erradicaçãode pomares com plantas velhas e de baixa produção. Contribuíram também, o alto custo deprodução no Brasil, rentabilidade reduzida, e desta forma existem muitos fatores para limitar aexpansão do cultivo da maçã no país, infelizmente.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  104

Tabela 90 – Produção, Suprimento e Distribuição (Mil Toneladas Métricas)

Período Produção ImportaçãoSuprimento

TotalConsumo

"In Natura"Para

IndústriaExportação

DistribuiçãoTotal

2011 1.339 96,6 1.435,6 1.275,6 160 48,7 1.435,6

2012 1.118 57,9 1.175,9 966,9 209 72,2 1.175,9Fonte: Foreign Agricultural Service/USDA, Base de Dados do IBRAF e ABPM.

Em função dos dados apresentados, verifica-se que a produção interna brasileira conti-nua praticamente suficiente para atender à demanda brasileira para maçãs frescas, pois asimportações representaram apenas 4,9% do suprimento total. Já as exportações de maçãsfrescas em 2012, representaram 6,4% da produção brasileira. Porém, o que destoa dos demaispaíses produtores de maçãs é o nível de maçãs destinadas a agroindustrialização (18,7% em2012), que é muito baixo para estratégias de agregação de valor dos produtos da cadeia.

4.8.1.2 MERCADO INTERNACIONAL

 A produção mundial em 2012 foi de 67,8 milhões de toneladas métricas, indicando umaevolução de 2,3% em relação ao ano anterior. Considerando os países produtores do Hemisfé-rio Norte, a colheita recorde na China não foi suficiente para compensar as reduções de produ-ção ocorridas na União Europeia e Estados Unidos.

Tabela 91 – Principais Produtores (Toneladas Métricas)

Países 2011 2012 Variação %China 35.985 38.000 5,6

UE-27 12.069 11.297 -6,4

Estados Unidos 4.227 4.200 -0,6

Turquia 2.700 2.900 7,4

Índia 1.750 1.750 0Fonte: Foreign Agricultura Service/USDA.

Quanto ao comércio mundial, registrou-se em 2012 um recorde nas transações interna-

cionais, correspondendo (importações) a 1,83 milhão de toneladas, ou seja, um pouco superiorao comércio internacional em 2011. Porém, a tendência é de um mercado saturado e estável.

Continuaram sendo os principais importadores respectivamente: a Rússia, UE-27, Méxi-co, Canadá e Emirados Árabes. Por sua vez, os principais exportadores permaneceram a UE-27, China, Estados Unidos, Chile e África do Sul.

Referindo-se à agroindustrialização da produção global de maçãs, em 2012 foram pro-cessadas 12,0 milhões de toneladas, ou seja, 16% superior ao registrado em 2011.

Isto reflete uma tendência observada nos últimos cinco anos, de certa estabilidade refe-rente à demanda mundial agroindustrial.

China, UE-27, Estados Unidos, Rússia e Argentina têm sido os principais processadoresde maçã no mundo.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  105

Finalizando, a produção mundial (67,8 milhões de toneladas em 2012), vem crescendonos últimos cinco anos a taxas médias anuais de 3%, mas em contrapartida as importações(6,1 milhões de toneladas em 2012) em igual período vêm crescendo a taxas mais modestasde 1,32% ao ano. Esta tendência persistindo é um indicador de que a comercialização e con-sumo de maçãs frescas no mundo vêm evoluindo de forma mais acentuada, para atender aosmercados internos dos países produtores.

4.8.2 UVA DE MESA

4.8.2.1 MERCADO INTERNO

De acordo com estimativas de Loiva Maria Ribeiro de Mello - Embrapa Uva e Vinho, em2012 a produção de uva para consumo “in natura” foi de 624.840 toneladas, ou seja, ligeira-mente inferior a 2011 (627.423 toneladas).

Por sua vez, nos vários polos de produção não houve variações representativas ns áreaplantada.

Considerando o cultivo de todos os tipos de uva, a região do Baixo Médio São Franciscocontinua sendo o maior produtor de uva para mesa com 11.500 ha (uvas finas), seguindo-se oParaná com 8.960 ha (uvas finas e rústicas), São Paulo com 8.472 (uvas finas e rústicas) eMinas Gerais com 162 ha (uvas finas e rústicas).

Em 2012, principalmente para os polos de produção que dependem das exportações,como os polos dos produtores de Juazeiro e Petrolina, o mercado interno aquecido permitiu acotação das uvas internamente no Brasil, compensando em parte a redução das exportaçõesno período, de 12,4% em volume e 10,2% em valor.

 A expansão do cultivo nestas áreas do Nordeste vem sendo dificultada pelos altos custosde produção, mais elevados que o dos países concorrentes, o que vem limitando nossas ex-portações e, por outro lado, dificultando a competição nas épocas de maior demanda no mer-cado interno com as ofertas de uvas de outras regiões, que por sua vez estão muito mais pró-ximas do grande mercado consumidor. São os grandes desafios para a viticultura de mesa dovale do São Francisco.

Porém vêm aparecendo novas regiões com grande potencial de exportação, como é ocaso da expansão da oferta comercial de uvas sem sementes na região de Piuna (Peru), comcustos menores do que os do Submédio Vale do São Francisco e podendo colocar suas frutasno mercado internacional, na principal época de exportação das uvas de Juazeiro/ Petrolina.

Outros fatores regionais como dificuldades de mão-de-obra qualificada e seu alto custoestão causando dificuldades de manter boa rentabilidade com o negócio de uvas frescas.

Outro problema é a tendência que se observa nestas regiões da individualização de boaparte dos agronegócios na comercialização, tanto nas exportações, quanto no mercado interno.

Contudo, as empresas mais organizadas estão realizando estudos e investimentos naadaptação de novas variedades Americanas e da África do Sul na região, buscando maior pro-dutividade e custos de produção menores, que fazem parte dos objetivos e metas dos produto-res.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  106

Tabela 92 – Produção, Suprimento e Distribuição (Toneladas Métricas)

Período Produção Importação Exportação Suprimento Total

2011 627.423 34.083,1 59.391,5 602.114,4

2012 624.894 33.294,50 52.015,6 606.173,3Fonte: Elaboração IBRAF, Dados da SECEX e Embrapa Uva e Vinho.

Segundo os dados apresentados, verifica-se que praticamente a produção interna brasi-leira de uvas de mesa é suficiente para atender a maior parte de demanda interna, pois as im-portações em 2012 representaram apenas 8,3% da produção interna. No período que estamosanalisando, também mostrou que o suprimento total de uvas de mesa cresceu apenas 0,7%em relação a 2011. O mercado interno permaneceu praticamente estável.

Contudo, a vinha é uma planta de clima temperado, que no Brasil tem sido adaptada paracultivo no Semi Árido Tropical, experiência única no mundo. Necessita de pesadas e perma-nentes pesquisas e estudos para demonstrarmos nestas condições sua competitividade eco-nômica e comercial.

Em outros polos, por outro lado, como nos municípios de Jundiaí (Circuito das Frutas),em 2012 o cultivo, principalmente de uva Niágara, foi afetado no final de 2012, por chuvas degranizo na região, o que acarretou perdas representativas para alguns produtores. As limita-ções e barreiras, contudo, para a expansão do cultivo da uva nessa importante região, consistena especulação imobiliária e dificuldade de mão-de-obra, assim como, a necessidade de sepensar em novos modelos de produção e comercialização.

Finalizando, segundo dados do USA a evolução da produção de uva de mesa nos últimoscinco anos tem sido de 4,0% ao ano, enquanto as trocas internacionais têm evoluído a taxasde 1,1% ao ano. É um claro indicador de que o aumento que vem sendo verificado nos volumede produção necessita ser absorvido pelos mercados internos dos países produtores.

4.8.2.2 MERCADO INTERNACIONAL

Considerando o ano físico de 2012, a produção de uva de mesa foi estimada em 16,4 mi-lhões de toneladas, 3,6% acima do alcançado no ano anterior.

Foi um recorde atribuído a evolução da produção da China, que representou 43,8% daprodução global com 7,2 milhões de toneladas. As trocas internacionais também foram recor-des, com exportações atingindo o patamar de 2,53 milhões de toneladas, 42% acima dos vo-

lumes comercializados em 2011.

Tabela 93 – Principais Produtores (Toneladas Métricas)

Países 2011 2012 Variação %

China 6.600 7.200 9,1

Turquia 2.200 2.200 0

União Europeia 2.044 1.970 -3,6

Chile 1.175 1.175 0

Índia 1.000 1.000 0Fonte: Foreign Agricultura Service/USDA.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  107

Quanto ao comércio mundial continuaram sendo os principais importadores, os EstadosUnidos, UE-27, Rússia, Canadá e China, que representaram 80% do total das demandas inter-nacionais. Portanto, o mercado de uvas de mesa continua sendo extremamente concentrado.

Por sua vez, os principais países exportadores continuaram sendo o Chile, Estados Uni-

dos, África do Sul, Turquia e Índia, que em conjunto contribuíram com 74% das exportaçõesmundiais. Igualmente, poucos países fornecedores controlam as exportações.

4.8.3 PERAS

4.8.3.1 MERCADO INTERNO

 A pera no Brasil não é importante pela nossa produção interna, mas pelo grande consu-

mo no país, que obriga os agentes de mercado a importarem quantidades representativas paraatender a demanda do consumidor brasileiro.

Segundo as estimativas do IBGE, a produção interna de peras (todas as variedades) foide 20.532 toneladas em 2012.

O mercado consumidor estabelecido já está habituado às características sensoriais dasvariedades importantes e assim sendo, as peras Williams conhecida no Brasil como “Bartelett”,são as mais populares. Mais recentemente as peras “Rocha” provenientes de Portugal vêmtendo boa aceitação. Porém, são frutas de polpa muito mais dura que as demais peras euro-peias.

Tabela 94 – Produção, Suprimento e Distribuição (Mil Toneladas Métricas)

Período Produção Importação

Suprimento Consumo Para Distribuição

Exportação Total "In Natura" Indústria Total

2011 20,5 210,3 0 230,8 230,8 0 230,8

2012 20,5 210,3 0 237,6 237,6 0 237,6Fonte: Foreign Agricultura Service/USDA e SECEX/Brasil.

Verifica-se que o consumo interno continua dependendo de suprimentos do exterior, prin-

cipalmente da Argentina. As importações em 2012 representaram 91,4% do consumo nacional.Não há registros de exportações de peras, assim como, processamento industrial.

 As importações mundiais de pera em 2012 atingiram o patamar de 217.131,2 toneladasmétricas. Houve um aumento de 3,2% em relação às demandas de 2011. Isto ocorre pelo fatodo mercado interno brasileiro, no período analisado, mostrar-se atrativo e aquecido.

É importante ser mencionado que o Brasil continua sendo o terceiro maior importador domundo de peras frescas, atrás apenas da Rússia e da UE-27 e, portanto bastante buscadopelos supridores internacionais.

Complementando, as dificuldades para a expansão do cultivo de peras no Brasil sãoprincipalmente a falta de adaptação de cultivares, as condições climáticas dos polos com po-

tenciais para o cultivo e o desconhecimento das cultivares pelo consumidor brasileiro.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  108

4.8.3.2 MERCADO INTERNACIONAL

 A produção mundial de peras no período 2011/2012, segundo o USDA dos Estados Uni-dos foi de 22 milhões de toneladas métricas, indicando uma evolução equivalente a 61% emrelação ao período anterior.

 A produção de China continua em expansão para atender ao crescimento do seu merca-do interno e pelo menos manter sua cota de exportação.

Tabela 95 – Principais Produtores - 2011/2012 (Mil Toneladas Métricas)

Países 2010/2011 2011/2012 Variação %

China 15.057 15.800 4,9

EU-27 2.378 2.816 18,4

 Argentina 830 760 -8,4

USA 738 876 18,7

Turquia 380 390 2,6Fonte: Foreign Agricultura Service/USDA.

Nota: Nos países do Hemisfério Norte o ano mercadológico corresponde a julho-junho.Nos países do Hemisfério Sul corresponde o ano civil indicado como o segundo ano do períodoindicado.

 A China, que responde por 71,9 % da produção mundial, tem aumentado sua produçãomais por efeito de crescimento da produtividade do que por expansão de áreas de plantio. Poroutro lado, com os altos custos de produção da pera já se observam migrações de produtorespara setores mais rentáveis como das maçãs e uvas de mesa.

Quanto ao comércio mundial, as exportações cresceram no período em análise 4,4% emrelação ao período anterior. Desta forma mantêm-se a tendência de crescimento mundial dastrocas mundiais.

Os cinco principais exportadores continuam os mesmos: Argentina, China, EU-27, Áfricado Sul e Estados Unidos.

Também os cinco maiores importadores permaneceram os mesmos: Rússia, EU-27, Bra-sil, Indonésia e Hong Kong.

Complementando, da mesma forma com o que vem ocorrendo com praticamente todas

as frutas de contraestação, de clima temperado, o crescimento médio anual da produção deperas nos últimos cinco anos (3,4% ao ano), é maior que o crescimento das exportações (2,5%ao ano). Isto significa que a absorção das produções vem sendo mais via seus mercados inter-nos, do que nas trocas internacionais.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  109

4.9 DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES DOCOMPLEXO FRUTAS NO CONTEXTO DO A-GRONEGÓCIO BRASILEIRO EM 2012

4.9.1 COMPLEXO FRUTAS

Tabela 96 – Exportações Brasileiras do Agronegócio: Consolidado 2011/2012

Principais Produtos Valor (US$ milhões) Quantidade (Mil t)Preço Médio

(US$/T)2011 2012 ∆% 2011 2012 ∆% 2012

Soja (grão) 16.312 17.447 6,96 32.973 32.910 -0,19 494,71 Açúcar 14.942 12.845 -14,03 25.359 24.342 -4,01 589,22

Carne de Frango 7.621 7.211 -5,38 3.750 3.741 -0,24 2.032,27Papel e Celulose 7.189 6.657 -7,40 10.962 10.815 -1,34 655,81Soja (farelo) 5.698 6.595 15,74 14.355 14.289 -0,46 396,93Carne Bovina 5.349 5.744 7,38 1.096 1.247 13,78 4.880,47Café (grão verde) 8.000 5.722 -28,48 1.791 1.504 -16,02 4.466,78Milho 2.625 5.287 101,41 9.459 19.775 109,06 277,51Fumo e Produtos 2.935 3.257 10,97 546 638 16,85 5.375,46Couros e Produtos 2.761 2.624 -4,96 374 420 12,30 7.382,35Madeira e Produtos 2.395 2.362 -1,38 3.342 3.385 1,29 716,64Suco de Laranja 2.376 2.276 -4,21 1.155 1.097 -5,02 2.057,14Etanol 1.492 2.186 46,51 1.574 2.479 57,50 947,90

Soja (óleo) 2.129 2.071 -2,72 1.741 1.757 0,92 1.222,86Carne Suína 1.433 1.488 3,84 516 577 11,82 2.777,13Complexo Frutas* 1.166 1.120 -3,95 862 884 2,55 1.266,97Café (Solúvel) 674 698 3,56 80 80 0,00 8.425,00Lácteos 122 120 -1,64 42 43 2,38 2.904,76Demais Produtos 9.749 10.104 -1,97 - - - -

Fontes: Agrostat/Mdic/Deagro-Fiesp: Elaboração IBRAF.

OBS:  *Complexo Frutas inclui os capítulos 08 e 20; exceto os NCM's: 20011000,20019000, 20021000, 20029090, 20031000, 20039000, 20041000, 20049000, 20051000,20052000, 20054000, 20055100, 20055900, 20056000, 20057000, 20058000, 20059900,20081100, 20089100, 20091100, 20091200, 20091900.

Tabela 97 – Exportações Brasileiras - 2011 e 2012

SetoresExportação (US$ milhões) % Participação

2011 2012 ∆% 2011 2012Total Brasil 256.039 242.580 -5,26 - -Total Agronegócio 94.968 95.814 0,89 37,1 39,5Total Complexo Frutas 1.166 1.120 -3,95 ,5 0,5

Fontes: Agrostat/Mdic/Deagro-Fiesp: Elaboração IBRAF

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  110

Tabela 98 – Destinao das Exportações Brasileiras - 2011 e 2012

DestinosRanking Valor (US$ milhões) Part. %

2011 2012 2011 2012 ∆% 2011 2012Países Baixos (Holanda) 2º 1º 320 321 0,31 0,37 0,34Estados Unidos 1º 2º 323 264 -18,27 0,37 0,34

Reino Unido 3º 3º 30 137 5,38 0,24 0,14Espanha 4º 4º 61 62 1,64 0,08 0,07 Alemanha 6º 5º 30 41 36,67 0,03 0,05Japão 5ª 6º 41 31 -24,39 0,04 0,04 Argentina 8º 7º 19 18 -5,26 0,04 0,03Portugal 7º 8º 21 15 -28,57 0,04 0,03França 9º 9º 11 13 18,18 0,03 0,02Canadá 11º 10º 10 11 10,00 0,02 0,02Uruguai 10º 11º 10 8 -20,00 0,02 0,01 Austrália 14º 12º 5 5 0,00 0,02 0,01Chile 15º 13º 4 4 0,00 0,01 0,01

China 13º 14º 6 4 -33,33 0,01 0,01Itália 12º 15º 7 3 -57,14 0,01 0,03Demais Destinos - - -

Fontes: Agrostat/Mdic/Deagro-Fiesp: Elaboração IBRAF

Comentário:  O complexo frutas, exceto suco de laranja, fechou o ano de 2012 em US$ 1,12bilhão com retração da receita em relação à obtida em 2011 em 3,9%. Os principaisdestaques para as exportações foram: castanhas de caju, mangas, melões e uvas que

 juntos registraram vendas de US$ 579 milhões, responsáveis por 52% do total do valorexportado. Quanto ao destino dos produtos brasileiros, os Países Baixos, USA, ReinoUnido e Espanha continuam como os principais mercados.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  111

 5.  Projeções 2013

5.1 CENÁRIO ECONÔMICO PROVÁVEL E A FRU-TICULTURA

O ambiente negocial de fruticultura nacional e mundial em 2013 estará inserido em umcenário internacional marcado por flutuações das economias dos mercados emergentes, de-manda ainda fraca na zona do euro apesar do provável fim da recessão do bloco, e com revi-sões das estatísticas sobre a evolução do crescimento nos Estados Unidos. Assim sendo, tudovai caminhar para projeções de menor crescimento do PIB mundial, e dados mais modestos decrescimento para os EUA, Índia, Rússia e principalmente o Brasil.

Deveremos, portanto continuar em 2013 dentro de um cenário conjuntural delicado paraos mercados globais e em consequência para os mercados das frutas e seus derivados. Se-gundo especialistas, vislumbra-se possivelmente o fim da era do dinheiro barato, que poderáser fator decisão para investimentos nos mercados emergentes como desejo de muitos gover-nos, inclusive do Brasil.

 Apesar de perspectivas de uma recuperação da economia mundial equivalente a 3,2%, amesma será devida ao maior crescimento das economias dos países em desenvolvimento enão dos países desenvolvidos.

Espera-se uma evolução da economia das nações desenvolvidas de 1,2% apenas, e em

contrapartida poderemos ter uma evolução de 5,4% das nações em desenvolvimento.Particularmente importante para a fruticultura brasileira, a saúde econômica dos países

da União Europeia não mostra indicadores de melhoria em curto prazo, e a recuperação daeconomia norte-americana talvez não atinja metas satisfatórias, ou seja, talvez mais modestasque o esperado.

Caso estas projeções ocorram, a busca de novos mercados para os agronegócios dasfrutas no Brasil será crucial em termos de expansão das nossas exportações.

Por outro lado, há no mercado interno um modesto crescimento projetado para o nossopaís em 2013, acompanhado da manutenção do nível de ocupação no mercado de trabalho de5,7% a 5,9%, não podemos prever um cenário confortável. Somando-se a tais indicadores,

uma inflação que deverá na melhor das hipóteses situar-se nos níveis de 6% a 6,50%, ou seja,no limite superior das metas governamentais para o ano, sem dúvida diminuirá o poder real decompra dos brasileiros. De qualquer forma os índices oficiais não espelham a realidade. Se-gundo renomados economistas existe uma inflação reprimida, que nos levará para índices deaté 10% a 11% no final do ano em exercício. Isto poderá afetar as decisões de compra de fru-tas, principalmente as de maior valor agregado.

 A nosso ver, à luz da exposição de fatos acima apresentados, não poderemos em 2013esperar um mercado aquecido pelo menos com a robustez do ocorrido em 2011 e 2012 .

Espera-se uma evolução positiva da comercialização das frutas e principais derivados,mas em menor escala do que ocorreu nos últimos dois anos.

Voltando nossa análise para o mercado de exportação, tanto para frutas frescas comopara as frutas processadas, é importante estarmos alertas, pois caso não tenhamos condiçõesde absorver a produção internamente por um possível desaquecimento do mercado interno,

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  112

teríamos que recorrer ao mercado externo, amparados por alguns benefícios fiscais e um câm-bio favorável. Os economistas estão prevendo para 2013 um câmbio médio por volta de 2,30 a2,35 Reais por Dólar. Contudo deveremos estar alertas pelo comportamento cambial flutuante

Lamentavelmente, o governo brasileiro não está disposto a investir em acordos comerci-ais bilaterais conforme estão fazendo todos nossos concorrentes sem exceção. Estes acordosseriam mais simples de serem efetivados e de implementação mais rápida. Contudo, há infor-mações de que o Brasil deverá voltar a negociar um acordo de livre comércio com a UE, e aoferta de bens e estratégia para a referida negociação deverão ser apresentadas à Comunida-de Europeia até o final de 2013. Assim sendo, as expectativas de acesso a novos mercados ecompetirmos em melhores condições este ano nos mercados existentes são pessimistas.

Infelizmente, também as expectativas são de que as frutas brasileiras continuarão em2013 sem acesso a mercados importantes. Isto porque não teremos ainda acordos fitossanitá-rios entre o Brasil e mercados como dos Estados Unidos, China, países do Sudeste Asiático,China, Coréia do Sul e outros. As barreiras fitossanitárias são sem duvida grandes entravespara vendermos nossas frutas para países extremamente importantes

Resta apenas a hipótese de um câmbio positivo, como fator favorável às exportações de

determinados produtos do agronegócio brasileiro das frutas.

5.2 PRODUÇÃO E MERCADO

5.2.1 FRUTAS FRESCAS

Quanto às projeções referentes à produção, comercialização e tendências para frutasfrescas para as principais cultivares exploradas, algumas considerações setoriais são importan-tes.

No caso da citricultura brasileira para a laranja a tendência é de redução da produção,pois um grande número de pequenos produtores está abandonando a cultura no Estado deSão Paulo, o que sem dúvida deverá reduzir sua produção. A previsão para a safra de laranja2013/2014 deverá ser inferior ao período anterior, porém os números oficiais e os do sistemaprivado são desiguais, o que dificulta análises e entendimento comerciais, principalmente entreos produtores independentes e as agroindústrias de suco.

No contexto internacional no segmento de citricultura, a situação da Flórida deverá per-manecer precária, devido ao decréscimo da demanda mundial para o suco de laranja e peloestado sanitário dos pomares, principalmente pelo impacto do “greening”. Estes fatores provo-

carão um grande impacto no setor. A mais provável tendência, permanecendo a manutençãodo grau de replantios (pequenos) e um grau de erradicação das plantas nos níveis atuais, é dehaver um decréscimo da produção nos Estados Unidos

Para o maracujá as previsões são de um mau ano no Brasil. As expectativas são de umasafra de 420.000 toneladas (todos os tipos e cultivares) em 2013. Isto representa uma reduçãode 16% em relação ao ano anterior.

 A drástica redução esperada é resultado da combinação da ocorrência de doenças por vi-rose e a seca recorrente no Nordeste. Os preços deverão dobrar pelo menos podendo chegara R$ 3,00 o Kilo.

Quanto a maçã, principalmente a cultivar Gala, em 2012 teve um ciclo biológico muito

curto, acompanhado por geadas tardias em outubro e granizo em novembro e dezembro, o quedeverá acarretar uma queda da produção segundo técnicos desta cadeia. A área plantada,

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  113

principalmente no polo de produção de Fraiburgo (SC) nos primeiros meses de 2013 indicauma redução devido a erradicação de pomares.

No Brasil, conforme dados preliminares da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã(ABPM) a expectativa é de que sejam colhidas 1,05 milhão de toneladas em 2013, uma quedade 11% em relação ao ano anterior.

Espera-se crescimento do mercado interno, é verdade com menos força do que no biênio2011/12. A expansão das grandes redes de supermercados, o crescimento da demanda nasgrandes cidades do interior e nas regiões Nordeste e Norte deverá dar suporte ao aumento devendas. Contudo, a grande preocupação do setor refere-se ao grau de endividamento dos a-gronegócios da maçã no país. O Conselho Monetário Nacional publicou em agosto de 2012, aresolução 4.126 que tratou a questão do endividamento de investimentos dos produtores demaçã. Porém as condições para as renegociações mostraram-se muito restritivas, principal-mente no que se refere a taxa de juros estabelecida (TJLP + 2,5% ao ano).

No presente ano o setor não poupará esforços para o estabelecimento de parâmetrosexeqüíveis, que considere as especificidades e peculiaridades da pomicultura nacional.

O sucesso do pleito do setor será crucial para o futuro da produção e comercialização damaçã com sustentabilidade.

Sob o aspecto de comércio exterior, em 2013 as exportações deverão evoluir ao redor de13% em relação a 2012.

(B)

Quanto ao limão tahiti, não deverá haver alterações representativas nas áreas plantadas,mas quanto a produção, o baixo volume de chuvas deverá afetar o desenvolvimento dos frutos.Porém, estima-se um preço razoável para os produtores, principalmente os de São Paulo. OBrasil deverá expandir ainda mais suas exportações para a UE, e continuará sendo o principalsupridor para o continente europeu.

Quanto ao melão, que depende muito das exportações para União Européia seu maiorcomprador, deverá enfrentar um potencial de mercado estável nesta região. O Brasil deverácontinuar contudo como o principal fornecedor. Porem, deverá contar com uma concorrênciamais forte de outros supridores da América Latina, como a Costa Rica com saltos representati-vos e da África como o Senegal que vem apresentando um crescimento significativo devido ummelhor reposicionamento dos principais agentes de mercado. Igualmente outros supridoresincluindo Marrocos e Honduras deverão consolidar suas posições Por outro lado, não existemperspectivas de abertura da janela norte-americana, e no Brasil infelizmente o mercado nãodeverá continuar tão aquecido como em 2012.

Quanto ao mamão, a evolução dos plantios, principalmente no Espírito Santo (segundomaior produtor) é bastante incerta, com tendências de redução da produção. Isto é decorrente

da incidência na região da mancha anelar, uma virose conhecida como mosaico. Com reduçãoda oferta, os preços poderão continuar altos.

Por outro lado, segundo a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Ma-mão (BRAPEX), deverão continuar ingerências políticas nas exportações para os Estados Uni-dos, com retenções pelo Serviço de Inspeção Vegetal e Animal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos EUA na entrada da fruta no país norte-americano, causando grande prejuízoaos exportadores. A justificativa é necessidade de vistorias mais freqüentes, na busca de even-tual presença da mosca das frutas, o que pelo lado brasileiro é considerado improcedente, poisnão há registros de identificação da presença de mosca das frutas em nossas exportações.

Por outro lado, há perspectivas do aumento da concorrência de supridores de mamão no

mercado internacional como o México, Equador e Taiwan.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  114

Os prognósticos para o importante setor da uva de mesa em termos gerais são de estabi-lidade da área plantada no país em 2013. A produção resultante dos cultivos deverá sofrer va-riações importantes somente se tivermos anomalias climáticas em épocas críticas do desenvol-vimento dos plantios. Contudo, segundo especialistas não se espera para o presente ano ins-tabilidades climáticas críticas.

 Assim sendo, espera-se um volume de produção para o mercado de mesa entre 620.000a 690.000 toneladas, dependendo das condições de clima, como já comentado nos vários po-los de produção.

Já no comércio exterior no presente ano, as expectativas são de muita atenção ainda nomercado interno, mas devido a prevista forte desvalorização do Real em relação ao Dólar, po-deremos ter alguma expansão das exportações.

Em contrapartida, a importação de uvas de mesa devido também ao câmbio, já vem mos-trando no 1° semestre de 2013 uma retração em volume de 6,4% em relação à 2012. Prova-velmente, a importação de uvas de mesa neste ano será bastante afetada, se persistir a fortedesvalorização do Real.

Para tentar apoiar a competitividade da viticultura de mesa no Submédio São Francisco,num cenário de dificuldades de exportação para os mercados de Hemisfério Norte, os produto-res deverão contar em 2013 com recursos do Ministério da Integração Nacional e a CODE-VASF, para realização de um grande projeto de adaptação de novas cultivares de uva de me-sa. O objetivo é apoiar a revitalização da viticultura na região, no que se refere à competitivida-de e sustentabilidade. Os custos de produção atuais estão muito altos e paira ameaça da con-corrência internacional de novos fornecedores como o Peru principalmente.

No cenário internacional, a expectativa para a produção de uva no mundo em 2013 é deestabilidade, com grande influência da China, que é o maior produtor mundial.

 As trocas internacionais também serão pautadas nos mercados dos países desenvolvi-dos, principalmente na Europa por um cenário de saturação.

 A produção brasileira de manga em 2013 continuará seu curso, não estando mais previs-tas grandes anomalias nas regiões produtoras do Nordeste e Sudeste, salvo na região de Li-vramento de Nossa Senhora (BA), onde a estiagem persistente desde 2012 poderá prejudicarainda a produção e qualidade dos frutos.

Os produtores, devido às firmes cotações ainda conseguidas no mercado interno esteano, continuarão privilegiando ao máximo as vendas no país.

Referente ao comércio exterior, as nossas exportações que são em grande parte dirigi-das à União Europeia, deverão recuar em 2013 cerca de 20% a 22% em volume. Contudo,devido a grande desvalorização do Real, poderemos ter uma expansão importante das expor-tações para a América do Norte, gerando um saldo positivo.

 Analisando as perspectivas para a banana, a mesma continuará sendo a fruta mais con-sumida no Brasil, com tendências de aumento da demanda em 2013.

No que se refere às variedades, no Nordeste continuará ser preferida a banana pacovane no Sudeste e Sul a nanica/nanicão e a prata.

Quanto as trocas internacionais em 2013, apesar dos dados da SECEX que indicaram noprimeiro semestre um aumento de 25,3% em volume, em relação a igual período em 2012,poderemos perder competitividade, apesar de contarmos com um câmbio favorável.

O fato é que desde janeiro de 2013 entrou em vigor o ALC entre a UE, o Peru e a Colôm-bia, onde as importações destes países passaram a pagar uma tarifa menor, equivalente a 124

Euros/toneladas. Da mesma forma, entrará em vigor em agosto de 2013, o ALC entre UE e ospaíses da América Central (Honduras, Nicarágua e Panamá) cujos frutos serão tarifados tam-bém com 124 Euros/tonelada.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  115

Deveremos também relembrar, que em 2013 os países da ACP (Ásia, Caribe e Pacífico)estarão isentos de tarifas para uma cota de até 775.000 toneladas. A tarifa das bananas doBrasil pelo sistema de redução tarifária da UE, juntamente com o Equador que rejeitou partici-par do acordo com a Colombia e Peru, deverá ser de 132 Euros/tonelada.

 Apesar disto, existem perspectivas de introdução da banana prata comercialmente na U-nião Europeia, ainda em 2013.

Contudo, a grande preocupação do setor é negocial, porque está havendo forte pressãodo Equador para abrir o mercado brasileiro para seus frutos.

Os produtores e entidades representativas do setor são absolutamente contra, argumen-tando riscos fitossanitários e concorrência com os nossos produtores, na maior parte pequenosagricultores. O assunto estará em discussão com o governo brasileiro no decorrer de 2013.

 As previsões para a produção do abacaxi em 2013 são de uma safra equilibrada, seme-lhante a 2012, onde segundo o IBGE foram colhidas no Brasil ao redor de 251 milhões de uni-dades.

 A comercialização interna dos frutos nos primeiros meses do presente ano mostrou com-

plicações para a venda dos frutos da safra de verão, do Paraná e da grande produção do aba-caxi na Região Norte.

 A tendência é de recuperação de vendas dos produtores do Sudeste no decorrer do ano,a partir de março, com a variedade Havaí.

Quanto as trocas internacionais, as nossas exportações continuarão limitadas e restritasao Mercosul, mesmo com o câmbio favorecendo o setor.

Merece realçar que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publi-cou portaria formando a Comissão Técnica para a produção do abacaxi, para acompanhar edesenvolver políticas públicas voltadas para o fortalecimento da abacaxicultura no Brasil.

É importante também observar, que o abacaxi foi incluído em alguns Arranjos Produtivosdo Pará, como o de Santarém, Soure e Conceição do Araguaia pelo Banco da Amazônia, paraaplicação de recursos para 2013 no Pará.

 A safra do morango brasileiro por sua vez promete ser favorável em todos os polos deprodução, devendo superar a obtida em 2012, principalmente nos principais estados produto-res (Minas Gerais e São Paulo). As perspectivas são de uma oferta de 135.000 toneladas des-ta fruta, que praticamente deverá ser consumida integralmente no mercado interno, sendo 70%no mercado “in natura” e 30% para elaboração de produtos industrializados.

No que se refere ao pêssego, os cultivos destinados a industrialização e perspectiva decolheita serão no máximo ao redor de 40.000 toneladas, ou seja, 25,6% inferior a 2012 devidoanomalias climáticas ocorridas em fases críticas do cultivo.

Com isto poderemos ter até mesmo diminuição da área plantada, pois os produtores es-tão encontrando dificuldades de obtenção de mão de obra, devido a grande oferta de empregodo setor de grãos.

Independentemente destes problemas, espera-se um apoio institucional para ampliar areconversão industrial do pêssego, para produção de polpa, em grande parte hoje importada.

Quanto ao pêssego para mesa, as perspectivas para a produção e comercialização dasafra da região serrana do Rio Grande do sul são boas (19.000 toneladas).

Já em São Paulo, a safra 2012/2013 apresentou uma redução de 50% em relação a ante-rior, devido a adversidades climáticas.

Para a safra este ano em São Paulo, em novembro/dezembro espera-se a volta a norma-lidade, mas o clima será o fator preponderante para os resultados.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  116

 As perspectivas para o caqui de uma forma geral são de boa safra em 2013, consideran-do os polos de produção de São Paulo e Rio Grande do Sul. Contudo, na maior região produto-ra de caqui no Brasil, Mogi das Cruzes (SP), deverá haver uma queda de 25% devido à falta dechuvas durante a florada em outubro de 2012.

 As expectativas são de preços que possam compensar a quebra de safras. Contudo,permanece o grande problema deste segmento, onde os preços alcançados não têm remune-rado os produtos adequadamente, pressionados pelos sucessivos aumentos do custo de pro-dução.

5.3 CLIMA E TEMPO

Quanto às condições climáticas, não estão previstos fatores condicionantes de mudançasde alto risco nos vários polos de produção das nossas frutas. As previsões são de uma estia-gem mais branda no Semi-Árido, do que ocorreu em 2012, e que não haja grandes problemasna área de produção das maçãs, ou seja, espera-se de maneira geral um perfil climático nor-

mal nas várias estações do ano.

5.4 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O SETOR

Merece destaque o Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014, com a expectativa de mais re-cursos para a cadeia produtiva das frutas a partir de 2013.

Conforme informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a LinhaEspecial de Crédito (LEC), que beneficia as principais cadeias agroindustriais das frutas em2013 será substituída pelo Financiamento Especial para Estocagem de produtos Agropecuários

não Integrantes da PGPM (FEE) e Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor(FGPP). Produtores das frutas beneficiadas, beneficiadores e agroindústrias poderão continuaracessando estas linhas de crédito.

 A seguir, apresentamos as cadeias que serão contempladas em 2013.

Cadeias Produtivas

•  Abacaxi

•  Goiaba

•  Maçã

•  Manga

•  Pêssego

•  Coco-da-baía

•  Morango

•  Banana

•  Laranja

•  Mamão

•  Maracujá

•  Acerola

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  117

•  Graviola

•  Tomate Industrial

O que deverá ser definido são os preços de referência para cada cadeia, que basearãoos cálculos dos créditos.

Um dos mais importantes instrumentos de política e gestão de riscos na agricultura, oZoneamento Agrícola de Risco Climático, que contempla o cultivo das frutas, deverá em 2013seguir seu curso aumentando o número de cultivares analisadas. O zoneamento é muito valio-so, pois permite recomendar para cada município, o cultivo das frutas perenes mais indicadase para os cultivos anuais também estabelece os calendários de plantio mais adequados

No âmbito do apoio à promoção das frutas e derivados no exterior, conduzida pela Apex-Brasil em 2013, deverá continuar atuando com políticas e ações adequadas a cadeia produtivadas frutas e derivados, através do atual Programa Setorial de Promoção das Frutas e Deriva-dos no Exterior, em parceria com o Instituto Brasileiro de Frutas - IBRAF.

 A Apex-Brasil já e uma referência mundial no âmbito das Agências de Promoção, e nopresente ano através de projetos desta entidade deverá proporcionar para o Sistema Agroali-

mentar das Frutas, outras formas de apoio, não só quanto a promoções em si, mas tambémem projetos como Inter-Com, que tem como objetivo desenvolver competências fundamentaispara que as empresas brasileiras possam internacionalizar-se, obter ganhos de competitivida-de e aumentar as exportações brasileiras.

Juntamente com a Apex-Brasil o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e oDepartamento de Promoção Comercial do Ministério de Relações Exteriores, de forma maisintegrada, vêm complementando o apoio governamental brasileiro na promoção das frutas eseus derivados no exterior.

5.5 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO As previsões no que se refere ao apoio ao nosso setor são bastante otimistas, pois se

espera após longos anos de pleitos, o lançamento de um edital específico do CNPq para a ca-deia produtiva das frutas.

Igualmente esperam-se lançamentos de novos cultivares pela Embrapa, principalmentereferentes a diversas fruteiras como, maracujá, uva para sucos e uva de mesa entre outras,que poderão oferecer vantagens aos fruticultores brasileiros.

Tudo indica também, que em 2013 os agronegócios das frutas frescas e processadas de-verão investir mais em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, para acompanhar pelo menos

em parte a evolução tecnológica dos países concorrentes, não só no campo genérico, mas nastecnologias de manejo e beneficiamento.

5.6 FRUTAS DE IMPORTÂNCIA REGIONAL

Uma breve análise sobre as frutas de importância regional pode realçar alguns tópicosdas principais culturas.

No caso da mangaba segundo a Conab, com o aumento do valor do preço mínimo paraR$ 2,53 para os estados do Nordeste e Centro Oeste para a safra 2013/2014, a expectativa é

que possa haver operação de subvenção, principalmente em Minas Gerais, já que os preçosneste polo tendem a ser menores que o valor mínimo na região.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  118

Quanto às formas de comercialização, a mangaba como a maioria dos frutos extrativos, écomercializada nas feiras livres, mercado públicos, nas ruas e nas estradas.

No que refere-se ao umbu, a expectativa é de uma safra pequena e com aumento do va-lor do preço mínimo para R$ 0,52 para a safra 2013/1014, espera-se operações de subvençãoprincipalmente em Minas Gerais, já que os preços praticados tendem a serem menores do queo ano de 2012.

Quanto às formas de comercialização, o umbu deve continuar sendo oferecido da mesmaforma do que a mangaba. Continuará existindo uma demanda não atendida pelo fruto por partedas agroindústrias de polpa no país.

 A respeito do guaraná segundo a Conab, a área brasileira explorada, se comparada aoano passado, deverá ser superior em 0,8%, passando para 14.000 mil hectares. Já a produçãopoderá ter aumento de 2,3% e atingir 4,1 mil toneladas, devido também ao aumento da produ-tividade, que deverá crescer 1,5% e passar para 356 kg/ha.

 A Bahia deverá ter um aumento de produção em 3,6% e deverá continuar em primeiro lu-gar no ranking brasileiro, com mais de 2,7 mil toneladas. A produção do Amazonas, que atendeem grande parte as indústrias de refrigerantes, deverá manter uma produção estável.

 A amêndoa de baru devera paulatinamente ser valorizada pela divulgação de estudos ci-entíficos comprovando sua propriedade antioxidante e nutricional.

Portanto, deverá o já existente Projeto Baru, envolvendo extrativismo de Goiás e MinasGerais, ser impulsionado pelo aumento de demanda e ganhar uma escala de mercado maior.Sem dúvida, haverá um ganho socioeconômico das coletividades rurais que vivem deste pro-duto.

 As perspectivas para o pequi estarão relacionadas aos principais polos de produção.

Na região Nordeste, a estiagem vem prejudicando a safra do pequi no Sul do Ceará. Por-tanto, a tendência é de elevação dos preços em comparação a safra anterior. Em decorrência

no presente ano de 2013, nesta região a produção do óleo de pequi será menor e, portanto,igualmente teremos preços mais elevados.

Na região do Cerrado, as perspectivas são de uma safra nacional com tendências depreços um pouco superiores aos praticados em 2012.

5.7 CASTANHAS E NOZES

 As tendências para 2013 quanto às castanhas e nozes brasileiras, principalmente a cas-tanha do Brasil e a macadamia, são de um crescimento da demanda pela conscientizaçãocrescente dos benefícios à saúde da ingestão destes frutos.

No que se refere às nozes e castanhas segundo o IBGE, a estimativa de produção dacastanha-de-caju para 2013 é de uma produção perto de 273.000 toneladas, que se compara-da com o ano anterior é significativamente maior, ou seja, 259% superior ao ano anterior. Istosignifica que se não ocorrerem condições de seca, poderemos conseguir para uma recupera-ção da produção superior ao obtido desde 2008, em uma área a ser colhida inferior em 4,5% a5% a 2012.

 Ainda sob o impacto da estiagem que atingiu grande parte do Semiárido Brasileiro nos úl-timos tempos, os agronegócios de beneficiamento da castanha-de-caju para honrar os seuscompromissos, principalmente no mercado externo, deverão continuar importando talvez em

menor escala, castanhas com casca como matéria-prima para elaboração de seus produtos.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  119

Considerando as informações já disponíveis pela SECEX/MDIC, o fluxo de comércio ex-terior no primeiro semestre do presente ano indicou um saldo negativo de US$ 9,1 milhões.

 A produção de macadamia no Brasil está em evolução e segundo a ABM - AssociaçãoBrasileira de Noz Macadamia, a expectativa é de um crescimento de 8.6% em relação ao anoanterior. Igualmente, com o gradativo conhecimento do consumidor brasileiro das vantagens doseu consumo para a saúde e valores nutricionais desta noz, o consumo interno deverá no pre-sente ano superar 13% o de 2012.

Quanto ao comercio exterior, também se espera uma exportação perto de 630 toneladas,o que é um recorde.

 A produção da castanha do Brasil em 2013 deverá ser favorável, considerando a colheitaobtida por extrativismo, e principalmente a colheita das nogueiras cultivadas, que segundo aEmpresa Econut representam já 13 milhões de pés em Itacoatiara (AM).

De acordo com dados preliminares, as estimativas de comercialização das castanhas nasafra 2012/2013 serão favoráveis. Cresce muito rapidamente a comercialização da castanhadescascada no mercado interno.

 A conscientização crescente dos benefícios à saúde, proporcionada pela castanha doBrasil com ênfase ao elevado teor de selênio, vem impulsionando o mercado brasileiro e inter-nacional.

Deverá assumir importância neste contexto, o produto originado do cultivo pela possibili-dade de garantia do teor médio de selênio nas amêndoas, além do fato que boa parte da ofertabrasileira pode ser com o produto orgânico.

 A noz pecan deverá continuar em elevação no Brasil, com plantios no Rio Grande do Sul,buscando diminuir a atual dependência das importações, hoje na ordem de 85% do consumonacional.

5.8 FRUTAS DESIDRATADAS

No Brasil os investimentos em agroindústrias para produção de frutas desidratadas deve-rão em 2013 continuar sendo incipientes. Contudo, é certo que deverão continuar o fomentopara implantação de pequenas empresas de desidratados, principalmente pelo Ministério doDesenvolvimento Agrário e os Sebraes regionais.

O mercado deverá continuar dependendo preponderantemente de importações em gran-de escala com uvas passas, ameixas secas, damascos e outras em menor proporção. Contu-do, a persistência no caso de um câmbio mantendo um real desvalorizado, com certeza levará

a uma redução no volume de importação em 2013, o que poderá impactar a oferta das frutasdesidratadas nos períodos festivos no fim de ano.

 As frutas desidratadas, juntamente com as nozes e castanhas vão continuar ganhandoespaço na alimentação do consumidor brasileiro, não só em ocasiões especiais festivas. A pra-ticidade e o valor intuitivo vêm sendo reconhecido por todos. Uma das opções já disponíveis nomercado, e que poderá ser mais ofertada, são as frutas desidratadas por liofilização, que man-tém praticamente todos os nutrientes das frutas “in natura” não necessitando aditivos, com atextura crocante e um excelente “snacks”.

Os “snacks” à base de frutas desidratadas pelos processos convencionais também ten-dem a ser mais ofertados com aspectos de inovação, principalmente bananas e maçãs querepresentam bem o gosto dos brasileiros.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  120

No âmbito internacional, o valor das trocas mundiais em 2013 deverá continuar crescen-do em relação a 2012 com taxas entre 4% a 5%. Igualmente espera-se um aumento no volumedas trocas entre 3% a 4% no período analisado.

 As frutas desidratadas apresentadas para um padrão de consumo entre refeições como“snacks”, apesar da conjuntura econômica atual, deverão continuar a evoluir e segundo empre-sas importantes de auditoria internacional, deverão ter uma evolução representativa de 4% a5% em 2013 e o que é importante, superior ao crescimento previsto para os “snacks” tradicio-nais salgados.

 A substituição do milho pela banana na formulação de “snacks” vem tendo sucesso emmuitos países da América Latina.

Sem dúvida, estas inovações são uma resposta da indústria de alimentos aos anseios deuma alimentação saudável no mundo todo, e alguns lançamentos serão direcionados para aalimentação escolar.

5.9 SUPERFRUTASQuanto às projeções referentes às superfrutas, no que se refere ao açaí, o comércio de-

verá continuar crescendo de forma constante, mas deveremos perceber um aumento da faltade oferta, principalmente na entressafra.

 A tendência é de preços elevados, pressionados pelo aumento do consumo e a baixaprodução extrativista. O aumento da área plantada não será ainda em 2013 suficiente parareverterem a demanda reprimida.

Por sua vez, programas governamentais como o Programa Nacional de Fortalecimentoda Agricultura Familiar (Pronaf) na linha Floresta e do Plano de Aplicação de Recursos, do

Banco da Amazônia para o Pará em 2013, disponibilizarão crédito e financiamento para o de-senvolvimento do cultivo/extração do açaí.

Contudo, as agroindústrias da região Norte (cerca de 150) continuarão com dificuldadesde suprimento para produção de polpa e outros derivados.

5.10 FRUTAS E DERIVADOS CONGELADOS

No Brasil, o mercado para frutas congeladas em 2013 vai depender da demanda da in-dústria de alimentos para produção de produtos finais, principalmente a indústria do setor de

geléias, produtos láteos e sorvetes. A principal fruta demandada continuará sendo o morangocongelado.

Já as polpas conhecidas como “polpinhas” destinadas ao consumo final para os serviçosde alimentação (food service) e para o consumidor final, devem continuar a evoluir satisfatori-amente, apesar do aumento dos preços dos alimentos que vem ocorrendo em função da infla-ção e aumento dos custos de produção e distribuição.

 A conscientização e o maior conhecimento de que as polpas são na realidade as própriasfrutas apresentadas de outra forma, e que praticamente mantém os atributos nutricionais dafruta e não contêm aditivos, são fatores que estão impulsionando sua procura.

Propaganda adequada e comunicação ao consumidor das características, propriedades e

valor alimentar destes produtos, evidentemente poderão auxiliar o aumento da demanda.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  121

Quanto à comercialização das polpas congeladas ,a tendência do aumento sustentado depontos de venda, sem dúvida aumentarão as oportunidades do consumo.

O mercado global de frutas congeladas deverá continuar se expandindo, apesar das con-dições ainda adversas dos grandes mercados, impulsionado pelo desejo do consumidor deprodutos saudáveis, mas de fácil preparação para o consumo. As frutas congeladas oferecemmenores riscos higiênicos e sanitários, e muitas apresentações eliminam as dificuldades con-vencionais de limpeza eficiente, diminuindo operações e tempo em relação à manipulação dasfrutas frescas. Outro fator de consumo é a possibilidade de armazenamento em casa.

 A previsão é de crescimento de consumo mais modestos nos Estados Unidos e Europa,mas que continuarão sendo os maiores mercados.

Já na América e Ásia Pacífico o crescimento será mais rápido.

É importante também considerar que tecnologias mais modernas disponiveis, está possi-bilitando as agroindústrias produzirem frutas congeladas e ofertando produtos com excelentepreservação nutricional por mais tempo das frutas frescas utilizadas

Segundo os especialistas neste segmento, o mercado global para frutas congeladas em

2013, deverá crescer 4,5% a 5% em relação ao ano anterior, ou seja, 260.000 toneladas a265.000 toneladas.

O uso das frutas congeladas na alimentação do cotidiano está crescendo cada vez mais,impulsionado pelas mudanças nas preferências alimentares. A rápida mudança dos estilos devida, com um número crescente de mulheres trabalhando fora de casa, um nível de urbaniza-ção crescente e a falta de tempo para o tradicional preparo dos alimentos são os principaisfatores que estão impulsionando o consumo de frutas congeladas. O crescimento de demandavem ocorrendo não só nos “Food Services”, mas também para o mercado de consumo noslares.

Por outro lado, os inovadores equipamentos de refrigeração e congelamento e tecnologi-

as de processo capazes de preservar a conteúdo nutricional presente nas frutas por mais tem-po darão suporte e sustentação a estas tendências.

5.11 FRUTAS E DERIVADOS ORGÂNICOS

No Brasil o nicho das frutas e derivados orgânicos em 2013 deverá continuar evoluindo,apoiado pelo Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), que faz parte daPolítica Nacional de Agroecologia Orgânica (Pnapo), assinado em agosto de 2012 pela Presi-dência da República.

O Planapo defende estratégias e recursos para serem aplicados no presente ano.Espera-se, portanto, pequeno crescimento do mercado dos orgânicos em 2013. Os con-

sumidores brasileiros cada vez mais informados não só sobre a saudabilidade dos produtos,mas os benefícios da agricultura biológica proporciona, tendem a se interessar mais sobre asfrutas e seus derivados orgânicos.

Uma maior oferta de castanhas, como a castanha do Brasil e a castanha-de-caju orgâni-cas e uma maior diversificação de sucos com outros sabores, como ameixas e pera por exem-plo, só terão dificuldades de comercialização se os preços não estiverem adequados ao poderaquisitivo médio do brasileiro.

Deveremos também acrescentar as oportunidades para os produtos do extrativismo, com

ênfase na polpa de açaí e não podemos nos esquecer da importância da banana principalmen-te para exportação.

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Panorama da Cadeia Produtiva das Frutas 2012  122

Quanto à comercialização, além das lojas especializadas, a tendência é de aumento depontos de venda ao varejo, principalmente das frutas e vegetais orgânicos.

 Alguns supermercados estão reservando cada vez mais espaços específicos para os or-gânicos e, portanto, como continuaremos a ter consumidores dispostos a adquirir as frutas eoutros produtos orgânicos, tais itens vão ganhando mais destaque nas gôndolas dos estabele-cimentos varejistas.

Quanto às trocas internacionais, as exportações deverão continuar representando de25% a 35% da produção brasileira de frutas e derivados orgânicos.

Porém, o que dificulta análises mais precisas da evolução das frutas e seus derivados or-gânicos, é que não temos ainda estatísticas oficiais de produção e comercialização.

Já o panorama das frutas e derivados orgânicos no mercado internacional, apesar dasrestrições impostas pela crise econômica mundial, ainda afetando os principais mercados de-senvolvidos, é de um crescimento moderado em 2013.

 A evolução destes produtos vem sendo impulsionada não só pelos consumidores preo-cupados com sua saúde e bem estar. Está crescendo o número de consumidores preocupados

com o meio ambiente, e os orgânicos estão sendo considerados como gerados por um métodode agricultura sustentável.

Não se pode mais considerar os orgânicos como destinados a um nicho de mercado depequena escala.

Com preocupações crescentes sobre o uso de conservantes e outros produtos químicosusados em alimentos processados, os pais estão optando por comprar produtos orgânicos paraseus filhos e para si próprios.

 Algumas grandes empresas que até então não estavam interessadas em explorar estacategoria, já estão lançando versões orgânicas de frutas minimamente conservadas, sucos,polpas e outros derivados.

Chama a atenção que, por exemplo, no segmento de bebidas à base de frutas, estarãosendo feitos lançamentos na Europa e nos Estados Unidos produtos evocando benefícios fun-cionais (tais como perda de peso ou saúde cardíaca) e produtos de valor agregado mais alto ecom alto nível de segmentação como bebidas “prometendo” benefícios emocionais como pazde espírito e clareza. As superfrutas estão se prestando para auxiliar na composição destasbebidas.

Quanto à evolução dos preços previstos para as matérias-primas semielaboradas para aindústria mundial de sucos orgânicos, os analistas estão prevendo declínio de preços para ossucos concentrados de laranja e de maçã. Contudo, mantendo preços mais elevados que osprodutos equivalentes tradicionais.

5.12 SUCOS E POLPAS DE FRUTAS

No Brasil, não se espera crescimento substancial dos sucos integrais em 2013. Os con-sumidores se voltarão para uma busca de produtos por preços, devido à pressão inflacionária ebaixo crescimento econômico.Somente os sucos de uva e a água de coco poderão continuartendo uma demanda em evolução pelo crescente reconhecimento dos benefícios à saúde porparte dos brasileiros.

Porém, deveremos ter lançamentos nesta categoria por poucas empresas. Aproveitando

este espaço de falta de oferta dos sucos 100%, companhias estrangeiras como Ceres da Áfricado Sul, por exemplo, deverão continuar investindo neste segmento.

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Poderemos ter também ainda este ano, por parte das grandes empresas de suco de la-ranja, lançamento de um suco integral desta fruta adequado ao paladar do consumidor brasilei-ro, como tentativa de aumentar aqui no Brasil o consumo de suco de laranja industrializado.

Os néctares, líderes de mercado aqui no país, continuarão a crescer, porém a taxas bemmais modestas pelos mesmos motivos acima apontados.

Não se espera muitas inovações ofertadas neste ano, talvez restrita ao lançamento de“smoothies”. Como são produtos desconhecidos do consumidor brasileiro, é importante umaeficiente comunicação destas bebidas. Os “smoothies” são bebidas à base de frutas, cujo mer-cado vem evoluindo, principalmente com a conscientização mundial dos benefícios nutricionaisdas frutas e derivados 100%. São bebidas saborosas, com características de consistência deuma polpa de fruta bebível.

Podem ser constituídos de uma única fruta ou uma diversificada construção de su-cos/polpas de frutas e vegetais. Algumas variações de segunda geração, combinam com aspolpas/sucos, leite ou iogurte para tornar o sabor ainda mais agradável.

 Afora isto, deveremos ver as bebidas de frutas nas mesmas embalagens, a ampliação dediversificação de sabores principalmente dos néctares e bebidas a base de superfrutas. princi-palmente de açaí, frutas vermelhas e outras.Em tese a maioria de lançamentos será de produ-tos com baixo ou médio teor de frutas, na linha dos néctares, bebidas de frutas e refrescos.

Em termos de segmentação, deverão ser ampliadas as ofertas de bebidas à base de fru-tas para o público infantil, amplamente já comercializadas no mercado internacional.

Na categoria dos sucos 100%, o espaço aberto pelas empresas brasileiras poderá conti-nuar permitir a entrada de produtos importados.

Contudo, o que mais preocupa é que os fabricantes de bebidas prontas para o consumoe os sistemas de comercialização ao consumidor final (evidentemente amparados por uma le-gislação brasileira não harmonizada com a dos principais países e o próprio Codex Alimentari-

us) causam confusão, dúvidas e insegurança aos consumidores com a denominação dos pro-dutos ofertados e como são expostos e apresentados nos pontos de venda.

Existe espaço para todos os tipos de produtos, mas os consumidores pelo que tudo indi-ca continuarão ainda sendo mal esclarecidos das características de cada categoria de bebidasde frutas por falta de regulamentos com exigências neste sentido

Em 2013, deveria entrar em vigor os novos regulamentos do MAPA, para os néctares deuva e de laranja, exigindo para tais produtos um teor mínimo de 50% de sucos destas frutas,conforme Instruções Normativas n°21 e n°24 da DAS/MAPA.

Os prognósticos, porém serão de um grande movimento por parte das indústrias de pro-dutos finais, contra estas medidas e por outro lado, as associações de produtores de frutas e

das indústrias de semi-elaborados para a fabricação de néctares, deverão lutar pela manuten-ção das novas regulamentações.O Ministério da Agricultura não deverá recuar quanto ao teorde sucos nos néctares mas definirá um prazo para adequação de comum acordo com todos osintervenientes envolvidos

No âmbito internacional, as tendências referentes ao mercado de sucos de frutas para2013 de uma maneira geral deverão permanecer estável com possíveis retrações, não acom-panhando o crescimento populacional nos principais mercados de consumo.

Os padrões de consumo tradicionais deverão continuar mudando rapidamente, afastan-do-se dos produtos tradicionais. Exemplificando, o consumo de suco de laranja no período en-tre 2007 e 2012 caiu 3,6% nos Estados Unidos (maior mercado de consumo deste produto) eparticularmente, o suco de laranja congelado na ponta do varejo experimentou um declínio

maior ainda, equivalente a 14,7%. Segundo os especialistas, não existem direcionamentos pa-ra reverter esta tendência em curto prazo.

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Por outro lado, os consumidores estão adotando novos sucos e principalmente novas be-bidas apresentadas com embalagens, sabores e apelos a saúde e bem estar, extremamenteinovadores. Muitos dos produtos de nova geração, que vêm crescendo a taxas elevadas, sãoaqueles que vêm de encontro com as novas tendências e modismos. Os sucos e “smoothies”preparados na hora vêm crescendo muito rapidamente e lojas, quiosques e casas de sucosoferecendo produtos naturais cheios de fantasias, sem adição inclusive de açúcar, abrem todos

os dias. Como resultado, o mercado dos sucos e bebidas com alto teor de frutas processadas,continuará sendo afetado. As indústrias de bebidas a base de frutas levando em conta as no-vas tendências de consumo, concentrarão esforços para responder às preocupações dos con-sumidores sobre o alto teor de açúcar dos seus produtos, através da introdução de novos pro-dutos de baixa caloria. Estamos sem dúvida ingressando numa nova era de tendências deconsumo, com aumento da segmentação dos mercados, inclusive o segmento de sucos Pre-mium 100%, que deverão procurar atender os consumidores à busca de apelo a saúde e nutri-ção. Os sucos puros de certas frutas podem ser “calóricos”, mas efetivamente seus benefíciosde nutrição, se devidamente comunicados aos consumidores, suplantarão as restrições deconsumo, abrindo portas para os produtos originários de superfrutas e produtos com benefíciosfuncionais reconhecidos. Espera-se nesta linha de pensamento uma evolução do mercado daágua-de-coco (coconut juice) e a entrada no mercado de inovações, como os “smoothies” e

bebidas à base de polpa de cacau, explorando os já anunciados benefícios do cacau como oalto teor de antioxidantes e fonte natural de teobromina.

Complementando, esperam-se em 2013, considerando o mercado global, muitos lança-mentos como de sucos com propriedades nutricionais diferenciadas, bebidas de frutas funcio-nais, bebidas de frutas hidratantes, bebidas de frutas com propriedades digestivas, sucos devegetais e bebias à base de frutas e derivados láteos, entre outros.

Nos principais mercados compradores de derivados de frutas semi-elaborados, utilizadoscomo matéria-prima para a elaboração de seus produtos finais, é grande a preocupação quan-to ao suprimento. Dois são os principais pontos de apreensão, ou seja, a segurança de abaste-cimento e a volatilidade dos preços.

Neste sentido, os utilizadores finais destes derivados estão adotando novas estratégiasde suprimento (sourcing), ente elas um maior controle sobre o que necessitarão.

É um alerta para as empresas brasileiras produtoras de derivados básicos primários, nãosó no comportamento dos compradores do exterior, mas também no Brasil.

5.13 INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA

No que tange a nossa logística, podemos infelizmente caracterizá-la como do 3° mundo.Nossos sistemas de infraestrutura e logística não são eficazes, aumentando os custos dos pro-

dutos gerados pela base agrícola frutícola, contribuindo para a geração de perdas, aliado atransporte impróprio ,uso de embalagens deficientes, praticas comerciais e manipulação inade-quada nos pontos de venda, principalmente em boa parte do segmento de supermercados.Não podemos esperar infelizmente grandes avanços em 2013.

São preocupantes os prognósticos para termos um aperfeiçoamento da qualidade logísti-ca ao longo da cadeia de valor, das frutas frescas para o mercado interno e externo em 2013.Não existem evidências de uma adequação satisfatória da rede de frio, sistemas de transporte,melhorias nas instalações de muitos entrepostos, e instalações aeroportuárias apropriadas pa-ra recebimento de frutas e muitos derivados

Nos polos de produção, as condições das estradas vicinais para o escoamento da mes-

ma não deverão apresentar melhorias representativas, o que na época de chuvas continuaráacarretando transtornos para os fruticultores retirarem sua produção dos pomares

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Deverão continuar existindo gargalos logísticos que impedem sistemas mais eficientes ecom menos custos para dar mais suporte às exportações de frutas frescas pelos portos doNordeste, principalmente em Natal, Salvador, Recife e Fortaleza.

Como a maior parte dos navios passa pelo Nordeste vindos do Sul e do Sudeste já car-regados de muitos produtos, não é raro dificuldades de conseguir-se espaço para o carrega-mento de mangas, uvas e outras frutas de exportação.

5.14 AS INOVAÇÕES E A COMERCIALIZAÇÃO

Segundo muitos especialistas, o preço e não as características dos produtos, serviços ouimagens da marca, tem sido o fator preponderante na competição pelo mercado. Isto porqueaté um passado muito recente, o negócio das frutas apresentava características de commoditi-es não diferenciadas.

Contudo, a indústria das frutas rapidamente está se reestruturando e mudando na buscade melhor atender às demandas dos consumidores por conveniência, praticidade, saudabilida-de e embalagens mais favoráveis. A descomoditização das frutas frescas é uma realidade, e astendências de ofertas tanto pelos produtores, como pelos comercializadores de aumentar aoferta de produtos adequadamente porcionados, pré-embalados, com marcas comerciais iden-tificadas.

Os dias em que os consumidores buscam folhetos promocionais dos supermercados e asofertas via mídia televisiva, a busca de cupons de descontos, promoções do dia etc. estão de-saparecendo no mundo todo. Os consumidores utilizando seus smartphones, acessando anún-cios semanais, informações nutricionais, muitas vezes até nos pontos de venda determinam asdecisões de compra onde em paralelo controlam quanto estão gastando. Estas tendências de-vem em 2013 devem continuar e paulatinamente as ferramentas para a divulgação dos produ-tos passam a ser outras por parte dos comerciadores.

 Apesar de muitos produtores de frutas no Brasil e países em desenvolvimento ainda nãoterem acesso a internet, uma boa parte já pode acessar as redes de telefonia celular. Nestestermos, com a expansão da disponibilidade de aplicativos que permitirão aos pequenos produ-tores se conectarem além das suas fronteiras, através de mensagens de texto, por exem-plo,trocarão informações e receberão instruções e orientações à distância. Não podemos, por-tanto, estar indiferentes a estes avanços, que evidentemente vão mudar as relações negociaisda produção com o comércio de frutas e seus derivados.

Nos principais mercados, vêm crescendo diversas estratégias de comunicação com oconsumidor para indicar que os frutos expostos encontram-se em estado ótimo de maturação,sendo os mais conhecidos “deady to eat” e tree ripe “ desenvolvidos pelos fruticultores da Cali-

fórnia.Para os exportadores brasileiros isto poderá ser crucial para um aumento das exporta-

ções, oferecendo frutas com estas características

Sem dúvida, serão necessárias revisões tais como o ponto de maturação de colheita dasfrutas,ações para implantação de uma da cadeia de frio disponível mais eficiente, e a escolhados tipos de modais de transporte a serem adotados mais adequados.

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5.15 TENDÊNCIAS DOS CANAIS DE COMERCIALI-ZAÇÃO

Em 2013 deveremos continuar observando uma nova dinâmica para distribuição final das

frutas frescas e em parte dos derivados de frutas. As feiras livres tendem a voltar a contar com a confiança dos consumidores, pela oportu-

nidade de ter esclarecimentos do que deve comprar e das características dos produtos, alémda possibilidade de negociar preços. Além do mais, existe a oferta de frutas de alto padrão dequalidade e oferta a preços diferenciados conforme os vários níveis de qualidade.

Por outro lado, deverão aumentar, principalmente nos centros urbanos, as lojas especia-lizadas conhecidas como hortifruts, com apresentação dos produtos de primeiro mundo.

No segmento dos supermercados, estratégias de garantia de origem, selecionamento eexigências de qualidade e fitossanitárias, são anuladas pelas deficiências de manipulação dasfrutas nas gôndolas, inexperiência dos funcionários, dificuldades do consumidor obter informa-

ções sobre as ofertas e, além de tudo, ou se leva as frutas pelos preços indicados ou não seleva.

 Alguns supermercados, para melhorar a apresentação das frutas, estão transferindo paraos fornecedores a administração das gôndolas.

Outra tendência é das grandes redes abrirem lojas de proximidades, o que estão cha-mando de mercadinhos de bairro.

Mas, segundo constatações de empresas de auditoria de mercados como a Nielsen, porexemplo, o comercio de autosserviço ou “atacarejo” é o que deverá crescer mais no Brasil, ouseja, estabelecimentos que ofertam produtos no atacado e concomitantemente no varejo.

5.16 TENDENCIAS DOS CONSUMIDORES

Cada vez mais devido à globalização das informações e seu acesso por boa parte maiorparte das classes sociais, há uma tendência mundial de harmonização dos anseios do consu-midor, suas escalas de valor, e desta forma começa surgir a universalização das demandas.

 A busca de produtos voltados para a saúde e bem estar deverá seguir como uma ten-dência inquestionável nos principais mercados mundiais. Os consumidores estão cada vezmais conscientes da relação entre os alimentos que consome e sua saúde física e mental.

Desta forma, os consumidores estão cada vez mais influindo pragmaticamente nas deci-sões dos supridores de frutas, nozes, castanhas e derivados processados, suas estratégias esuas marcas, pois tentar atender as expectativas e anseios dos consumidores é chave para asustentação dos negócios frutícolas.

Complementando, é importante ser colocado os vetores que estarão influindo na comprade frutas frescas que são:

•  Sabor característico identificado.

•  Saúde e certeza de tratar-se de alimento seguro (sem pesticidas, metais pesados emicotoxinas).

  Facilidade de consumo e ou conveniência.•  Oferta a preços razoáveis sob ótica dos consumidores.

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6.  Bibliografia

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to promote health, july 4, 2013.2 - Tabobank: Global demand orange Juice declines, Brazilian market hit with conse-

quences for pricing, june 7, 2013.

3 - Prohort/Conab, Informações Gerenciais 2012 e 2013.

4 - Conjunturas mensais Conab - Companhia Nacional de Aastecimento, 2012/2013.

5 - Edible Nuts Global Market Prices Foodnews, 01 jan to 30 dec - 2012.

6 - Global Statistical Review 2007-2012, Inc - International Nut & Dried Fruit.

7 - Vergueiro Alice - Castanha do Brasil, Econut, Cultivo Orgânico.

8 - Pecania Agroindustrial Ltda - Evolução da Noz Pecan no Brasil. Oportunidades deNegócios.

9 - Camargo E. Maria Teresa, Queen Nut - Macadamia Uma Noz Versatil. Apresentação- II Encontro Internacional de Castanhas, Nozes e Frutas Secas, 25-04-2013.

10 - Rabobank Report: Global Beverage Outlook 2013 - Thisting for Growth - january - 30,2013.

11 - Fruit and Fruit products Informations. United Nations Statisticas, 2013.

12 - Fruit/Vegetable Juice in Brasil - Euromonitor International, jul. 2013.

13 - SECEX - Secretaria d eComércio Exterior. Sistema Aliceweb. Disponível em:www.portaldoexportador.gov.br  Acesso em 30/06/2013.

14 - Plano Agrícola e pecuário 2012/2013 - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento.