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EIA ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

CATTALINI TERMINAIS MARTIMOS S/A.

TERMINAL DE ARMAZENAMENTO DE

GRANIS LQUIDOS.

9.1.23 Capitulo II

IMBITUBA-SC

FEVEREIRO / 2016

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9.2 MEIO BITICO (Biota Terrestre).

9.2.1 Flora.

A evoluo da paisagem vegetal est ligada s diversas flutuaes

climticas e oscilaes do nvel do mar ao longo do perodo tercirio e

quaternrio, onde modificaes geomorfolgicas alteraram as sucesses e

migraes vegetais, sobretudo sobre a plancie costeira. A cobertura vegetal do

municpio de Imbituba composta pelas seguintes formaes: Vegetao

Litornea, Floresta Ombrfila Densa e Vegetao Secundria e/ou

Reflorestamento. Esta ltima, tendo o homem como principal vetor das

alteraes ambientais em funo do avano da intensa urbanizao.

Este inventrio florstico-florestal foi realizado para caracterizar a

vegetao considerando as reas de ocorrncia dos txons vegetais como

sendo a de plancie e a de dunas. Foram observadas plantas arbreas,

arbustivas, herbceas e epifticas.

9.2.1.1 Metodologia tcnico-cientfica escolhida para anlise.

O mtodo de amostragem vegetal foi escolhido conforme a fitofisionomia

e as seres sucessionais levantadas no local, segundo critrios qualitativos,

para deste modo, fazer um diagnstico o mais representativo possvel da

vegetao alvo. O mtodo consistiu em caminhadas de forma aleatria na

borda e interior das manchas de vegetao (Figura 1), durante as quais os

txons encontrados em campo foram identificados in loco por meio de suas

caractersticas morfolgicas vegetativas e/ou reprodutivas (SANTIN, 1999). Em

alguns casos foi necessrio coletar um fragmento da planta para poder

identific-la valendo-se da literatura especfica de Sistemtica Vegetal (SOUZA

& LORENZI, 2012). Em outros casos se fez o registro fotogrfico digital para

posterior identificao no laboratrio, de cada rea amostrada para facilitar a

visualizao dos detalhes morfolgicos vegetativos e/ou reprodutivos dos

txons observados no seu hbitat especfico, valendo-se da literatura

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especfica e pertinente (SOUZA & LORENZI, 2012; LORENZI, 2002a, 2002b,

2009). Esta tcnica expedita muito til para o levantamento da flora e da

fauna em reas bastante alteradas (BROWER & ZAR 1984, DURIGAN 2004).

Os espcimes foram agrupados em famlias de acordo como definido

pelo APG III, com o auxlio de bibliografia especializada (Souza & Lorenzi

2012). A nomenclatura das plantas foi examinada utilizando-se as bases de

dados W3Tropicos http://mobot.mobot.org/W3T/Search/vast.html) e

International Plant Names Index (http://www.ipni.org/index.html); (famlia, nome

cientfico, nome vulgar, respectivamente).

Figura 9-53 - Vista de imagem de satlite com as duas reas conforme as duas tipologias

vegetacionais, Imbituba, SC, (Google Earth, dez/2015).

9.2.1.2 Caracterizao da eventual cobertura vegetal terrestre presente

na ADA, AID e no AII.

9.2.1.3 Caracterizao da rea de Influncia Indireta

No municpio de Imbituba a Floresta Ombrfila Densa (Mata Atlntica)

estende-se em dois ambientes. A Plancie Quaternria Litornea e as Encostas

dos Morros Pr-Cambrianos. A Floresta de Plancie Quaternria possui solo de

baixa fertilidade com matas de no mximo 15 metros, este tipo de floresta est

quase extinto devido a crescente ocupao das reas de plancie, restando

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poucas reas com aparecimento de pequenas pores isoladas da paisagem

natural e/ou com profundas modificaes antrpicas.

A Floresta de Encosta dos morros pr-cambrianos a legitima Floresta

Atlntica, que d nome ao bioma, com rvores atingindo mais de 30 metros de

altura e muitas epfitas das famlias das Bromeliceas, Orquidceas, Arceas,

Piperceas, Pteridfitas e Lianosas (cips) das famlias das Bignoniceas e

Sapindceas. As Florestas Secundrias ou em regenerao so classificadas

de acordo com o conceito e as caractersticas de cada um dos estdios

sucessionais da Mata Atlntica, conforme definio nas Resolues do

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), observando as

peculiaridades dos ecossistemas de cada estado. Para o municpio de Imbituba

pode-se considerar, a Capoeirinha, a Capoeira, Capoeiro e raros

remanescentes florestais mais conservados; (KLEIN, 1979 -1980).

A capoeirinha, ou estdio inicial de regenerao, surge aps o abandono

de uma rea agrcola ou de uma pastagem. Este estdio geralmente vai at 6

anos, podendo em alguns casos durar at 10 anos em funo do grau de

degradao do solo ou da escassez de sementes. Nas capoeirinhas

geralmente existem grandes quantidades de gramneas e samambaias na

sinsia herbcea. Predominam tambm grandes quantidades de indivduos de

rvores pioneiras de poucas espcies. A altura mdia das rvores em geral no

passa dos 4 metros e o dimetro de 8 centmetros, aproximadamente.

A capoeira, ou estdio mdio de regenerao, surge depois dos 6 anos

de idade, durando at os 15 anos. Neste estdio as rvores atingem altura

mdia de 12 metros e dimetro de 15 centmetros, comumente. Nas capoeiras

a diversidade biolgica aumenta, mas ainda h predominncia de espcies de

rvores pioneiras como as capororocas, ings e aroeiras. A presena de capins

e samambaias diminui, mas em muitos casos resta grande presena de cips e

taquaras. Os palmiteiros comeam a aparecer nesta fase.

O estdio avanado de regenerao, capoeiro, se inicia geralmente

depois dos 15 anos de regenerao natural da vegetao, podendo levar de 60

a 200 anos para alcanar novamente o estdio semelhante floresta primria.

A diversidade biolgica aumenta gradualmente medida que o tempo passa e

desde que existam remanescentes primrios para fornecer sementes. A altura

mdia das rvores superior a 12 metros e o dimetro mdio superior a 14

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centmetros. Neste estdio os capins e samambaias de cho no so mais

caractersticos. Comeam a emergir espcies de rvores nobres como as

canelas, cedros, jequitibs e imbuias. Os cips e taquaras passam a crescer

em equilbrio com as rvores assim como as palmeiras (KLEIN, 1979 -1980).

9.2.1.4 Caracterizao da AID e ADA.

No local do empreendimento verifica-se dois tipos de cobertura vegetal.

Uma delas constitui uma pastagem com espcimens dominantes e abundantes

das famlias Poaceae (gramneas) e Cyperaceae (tiriricas) e, esparsamente de

arbustos e silvas (Fabaceae) de formas biolgicas arborescentes. A outra rea

representa um remanescente de vegetao de arbustivo-arbrea de duna.

Os txons levantados esto elencados na Tabela 1, e fazem parte de

uma amostra qualitativa da vegetao considerando as duas reas, a plancie

arenosa e o remanescente de vegetao arbustivo-arbrea de duna, ambas as

tipologias vegetacionais bastante descaracterizadas da sua flora original.

As plantas herbceo-arbustiva so mais comuns na rea de plancie e

as arbustivo-arbreas na duna com vegetao, caracterizando um bosque de 3

a 6 metros de altura aproximadamente. Na duna, tambm foram observadas

clareiras com reas variando entre 4 e 6 m2

As plantas que ocorrem na plancie arenosa retira o que est entre

parnteses so comumente pioneiras, bem adaptadas ao solo raso, quartzoso,

de iluminao intensa e com pouca matria orgnica. A maior parte da

comunidade apresenta uma populao de hbito herbceo e alguns indivduos

esparsos arbustivos.

Na plancie arenosa verificou-se a presena de animais domsticos

como bovinos e equinos que a utilizam como stio de pastagem. Tambm

foram visualizados a deposio imprpria de escombros e outros detritos de

plsticos e metais abandonados intemprie.

Fica evidente a intensa antropizao devido ao avano da urbanizao e

a ampliao das atividades porturias no prprio local e no entorno deste

remanescente de vegetao outrora de restinga representativa da Mata

Atlntica.

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O butiazeiro, palmeira tpica da vegetao local, deveria ter uma

proposta de manejo e se for o caso de reintroduo para proteg-lo. Sua

inflorescncia atrai pontualmente uma entomofauna diversa e seus frutos

constituem um ingrediente das iguarias culinrias bem apreciadas pela

populao local e principalmente pelos turistas; deste modo se expressa

genuinamente como um valor cultural autctone.

Tabela 9-31 - Relao dos txons vegetais observados e ordenados por famlia, nome

cientfico e nome popular, Imbituba, SC, 2015.

Famlia Nome cientfico Nome popular

Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-vermelha

Aquifoliaceae Ilex sp. Cana

Arecaceae Butia capitata (Mart.) Becc. Butiazeiro

Arecaceae Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Jeriv

Asteraceae Baccharis trimera (Less.) DC. Carqueja

Asteraceae Sphagneticola trilobata (L.) Pruski Arnica

Asteraceae Symphyopappus casarettoi B. L. Rob Vassoura

Bignoniaceae Handroanthus sp. Ip-amarelo

Bignoniaceae Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers Cip-de-so-joo

Boraginaceae Varronia curassavica Jacq. Erva-baleeira

Bromeliaceae Aechmea nudicaulis (L.) Griseb. Gravat

Bromeliaceae Bromelia antiacantha Bertol. Monjolo

Bromeliaceae Tillandsia usneoides (L.) L. Barba-de-velho

Bromeliaceae Vriesea friburgensis Mez Gravat

Cactaceae Opuntia monacantha (Willd.) Haw. Arumbeva

Celastraceae Maytenus robusta Reissek Corao-de-bugre

Clusiaceae Clusia criuva Cambess. Mangue-de-formiga

Cyperaceae Eleocharis sp. Junco

Dryopteridaceae Rumohra adiantiformis (G. Forst.) Ching Samambaia-preta

Erythroxylaceae Erythroxylum argentinum O. E. Schulz Coco

Euphorbiaceae Alchornea triplinervia (Spreng.) M. Arg. Tanheiro

Fabaceae Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Silva

Fabaceae1 Fabaceae1 Fedegoso

Lamiaceae Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke Tarum

Lauraceae Ocotea pulchella (Nees) Mez Canelinha-da-praia

Lauraceae Ocotea sp. Canela

Marantaceae Calathea sp. Caet

Melastomataceae Miconia sellowiana Naudin Pixirica

Moraceae Ficus sp. Figueira

Myrtaceae Eugenia catharinae O. Berg Guamirim

Myrtaceae Myrcia multiflora (Lam.) DC. Guamirim

Myrtaceae Myrcia splendens (Sw.) DC. Guamirim

Myrtaceae Psidium sp. Araaceiro

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Myrtaceae Psidium guajava L. Goiabeira

Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.) Reitz Maria-mole

Orchidaceae Epidendrum fulgens Brongn Orqudea-da-praia

Piperaceae Peperomia sp. Peperomia

Poaceae Brachiaria sp. Braquiria

Poaceae Cortaderia selloana (Schult. & Schult. f.) Asch. & Graebn. Capim-dos-pampas

Poaceae Pennisetum purpureum Schum. Capim-elefante

Primulaceae Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Capororoca

Primulaceae Myrsine sp. Capororoca

Sapindaceae Dodonaea viscosa (L.) Jacq. Vassoura-vermelha

Solanaceae Petunia littoralis L. B. Sm. & Downs Petnia

Solanaceae Solanum pseudoquina A. St.-Hill. Canema

Solanaceae Solanum sp. Cip-jo

Verbenaceae Lantana camara L. Camarinha

Verbenaceae Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl Gerbo

Tabela 9-32 - Relao dos txons organizados pelo nome cientfico, hbito, grupo ecolgico e local de ocorrncia, Imbituba, SC, 2015.

Nome cientfico Hbito Grupo ecolgico Local

Schinus terebinthifolius Raddi Arvoreta Pioneira Dunas

Ilex sp. Arbusto Pioneira Dunas

Butia capitata (Mart.) Becc. Arborescente Pioneira Plancie/dunas

Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Arborescente Secundria Dunas

Baccharis trimera (Less.) DC. Erva Pioneira Plancie

Sphagneticola trilobata (L.) Pruski Erva Pioneira Plancie

Symphyopappus casarettoi B. L. Rob Arbusto Pioneira Plancie/dunas

Handroanthus sp. Arvoreta Secundria Dunas

Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers Escandente Pioneira Dunas

Varronia curassavica Jacq. Erva Pioneira Plancie

Aechmea nudicaulis (L.) Griseb. Erva Secundria Dunas

Bromelia antiacantha Bertol. Erva Pioneira Dunas

Tillandsia usneoides (L.) L. Erva Secundria Dunas

Vriesea friburgensis Mez Erva Pioneira Dunas

Opuntia monacantha (Willd.) Haw. Erva Pioneira Plancie/dunas

Maytenus robusta Reissek Arvoreta Secundria Dunas

Clusia criuva Cambess. Arvoreta Secundria Dunas

Eleocharis sp. Erva Pioneira Plancie

Rumohra adiantiformis (G. Forst.) Ching Erva Pioneira Dunas

Erythroxylum argentinum O. E. Schulz Arvoreta Secundria Dunas

Alchornea triplinervia (Spreng.) M. Arg. rvore Secundria Dunas

Ricinus communis L. Arbusto Pioneira Plancie

Desmodium incanum DC. Erva Pioneira Plancie

Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Arbusto Pioneira Plancie

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Fabaceae1 Arbusto Pioneira Plancie

Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke Arvoreta Pioneira Dunas

Ocotea pulchella (Nees) Mez Arvoreta Secundria Dunas

Ocotea sp. Arvoreta Secundria Dunas

Calathea sp. Erva Pioneira Dunas

Miconia sellowiana Naudin Arvoreta Secundria Dunas

Ficus sp. Arvoreta Secundria Dunas

Eugenia catharinae O. Berg Arbusto Pioneira Dunas

Myrcia multiflora (Lam.) DC. Arvoreta Secundria Dunas

Myrcia splendens (Sw.) DC. Arvoreta Secundria Dunas

Psidium sp. Arvoreta Pioneira Dunas

Psidium guajava L. Arvoreta Pioneira Plancie

Guapira opposita (Vell.) Reitz Arvoreta Secundria Dunas

Epidendrum fulgens Brongn Erva Pioneira Plancie/dunas

Peperomia sp. Erva Secundria Dunas

Brachiaria sp. Erva Pioneira Plancie

Cortaderia selloana (Schult. & Schult. f.) Asch. & Graebn. Erva Pioneira Plancie

Pennisetum purpureum Schum. Erva Pioneira Plancie

Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Arvoreta Pioneira Dunas

Myrsine sp. Arvoreta Pioneira Dunas

Dodonaea viscosa (L.) Jacq. Arbusto Pioneira Plancie/dunas

Petunia littoralis L. B. Sm. & Downs Erva Pioneira Plancie/dunas

Solanum pseudoquina A. St.-Hill. Arvoreta Secundria Dunas

Solanum sp. Escandente Secundria Dunas

Lantana camara L. Erva Pioneira Plancie/dunas

Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl Erva Pioneira Plancie

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Aspectos da rea de estudo, assim como alguns espcimes da flora

local so apresentadas nas sequncias de fotografias, a seguir, conforme o tipo

de ambiente.

Foto 9-1 - Plancie arenosa e pastagem, e ao

fundo material da dragagem porturia.

Foto 9-2 - Vegetao de herbceas de

Cyperaceae (tiriricas) e Poaceae (capins).

Foto 9-3 - Petunia littoralis L. B. Sm. & Downs,

(Solanaceae) erva com flor.

Foto 9-4 - Symphyopappus casarettoi B. L.

Rob. (Asteraceae), vassoura, arbusto estril.

Foto 9-5 - Lantana camara L. (Verbenaceae),

camarinha com inflorescncia.

Foto 9-6 - Eleocharis sp. (Cyperaceae), junco,

touceira frtil.

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Foto 9-7 - Opuntia monacantha (Willd.) Haw.

(Cactaceae), arumbeva.

Foto 9-8 - Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae), arnica, com a inflorescncia

amarela.

Foto 9-9 - Epidendrum fulgens Brongn (Orchidaceae), orqudea-da-praia, com

inflorescncia amarelo-alaranjado.

Foto 9-10 - Pennisetum purpureum Schum. (Poaceae), capim-elefante, erva extica e

forrageira.

Foto 9-11 - Fabaceae, fedegoso, arbusto

estril.

Foto 9-12 - Cortaderia selloana (Schult. &

Schult. f.) Asch. & Graebn. (Poaceae), capim-dos-pampas, estril.

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Foto 9-13 - Brachiaria sp. (Poaceae), capim-

braquiria, frtil.

Foto 9-14 - Dodonaea viscosa (L.) Jacq.

(Sapindaceae), vassoura-vermelha com fruto imaturo vermelho.

Foto 9-15 - Stachytarpheta cayennensis

(Rich.) Vahl (Verbenaceae), gervo, erva com flor.

Foto 9-16 - Desmodium incanum DC.

(Fabaceae), pega-pega, herbcea com flor e fruto imaturo.

Foto 9-17 - Animais domsticos (bovino e

equino) pastando.

Foto 9-18 - Escombro e detritos espalhados

por toda a rea.

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Foto 9-19 - Varronia curassavica Jacq.

(Boraginaceae), baleeira, herbcea, estril.

Foto 9-20 - Butia capitata (Mart.) Becc.

(Arecaceae), butiazeiro, estril.

Foto 9-21 - Trilhas de motociclistas sobre a vegetao.

Foto 9-22 - Base da duna impactada pelo uso

imprprio.

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Foto 9-23 - Vista parcial da vegetao

arbustivo-arbrea de duna.

Foto 9-24 - Myrcia multiflora (Lam.) DC. (Myrtaceae), guamirim, frutos maduros.

Foto 9-25 - Butia capitata (Mart.) Becc.

(Arecaceae), butiazeiro, com inflorescncia.

Foto 9-26 - Myrsine sp. (Primulaceae),

capororoca, com frutos imaturos verdes.

Foto 9-27 - Dodonaea viscosa (L.) Jacq.

(Sapindaceae), vassoura-vermelha com fruto imaturo vermelho.

Foto 9-28 - Epidendrum fulgens Brongn (Orchidaceae), orqudea-da-praia, com

inflorescncia amarelo-alaranjado.

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Foto 9-29 - Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke (Lamiaceae), tarum, com flor.

Foto 9-30 - Opuntia monacantha (Willd.) Haw.

(Cactaceae), arumbeva, fruto maduro roxo.

Foto 9-31 - Vriesea friburgensis Mez

(Bromeliaceae), gravat com inflorescncia.

Foto 9-32 - Guapira opposita (Vell.) Reitz

(Nyctaginaceae), maria-mole, estril.

Foto 9-33 - Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.

(Primulaceae), capororoca, estril.

Foto 9-34 - Myrcia splendens (Sw.) DC.

(Myrtaceae), guamirim, estril.

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Foto 9-35 - Maytenus robusta Reissek

(Celastraceae), corao-de-bugre, fruto.

Foto 9-36 - Ficus sp. (Moraceae), figueira,

estril.

Foto 9-37 - Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman (Arecaceae), jeriv, estril.

Foto 9-38 - Psidium sp. (Myrtaceae),

araaceiro, estril.

Foto 9-39 - Alchornea triplinervia (Spreng.) M. Arg. (Euphorbiaceae), anheiro,fuste, copa

Foto 9-40 - Miconia sellowiana Naudin

(Melastomataceae), pixirica, estril.

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Foto 9-41 - Erythroxylum argentinum O. E. Schulz (Erythroxylaceae), coco, estril.

Foto 9-42 - Clusia criuva Cambess.

(Clusiaceae), mangue-de-formiga, estril.

Foto 9-43 - Symphyopappus casarettoi B. L. Rob. (Asteraceae), vassoura, arbusto estril.

Foto 9-44 - Ocotea pulchella (Nees) Mez (Lauraceae), canelinha-da-praia, estril.

Foto 9-45 - Solanum pseudoquina A. St.-Hill. (Solanaceae), canema, com flores brancas.

Foto 9-46 - Arvoreta senescente com o ritidoma

esfoliante.

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Foto 9-47 - Ocotea sp. (Lauraceae), canela

com fruto imaturo verde.

Foto 9-48 - Bromelia antiacantha Bertol.

(Bromeliaceae), bananinha-do-mato, estril.

Foto 9-49 - Tillandsia usneoides (L.) L. (Bromeliaceae), barba-de-velho, erva estril.

Foto 9-50 - Aechmea nudicaulis (L.) Griseb.

(Bromeliaceae), monjolo, epfita, frtil.

Foto 9-51 - Calathea sp. (Marantaceae),

caet, inflorescncia jovem.

Foto 9-52 - Peperomia sp. (Piperaceae), erva

com inflorescncia jovem.

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Foto 9-53 - Solanum sp. (Solanaceae),

escandente com flor e fruto imaturo verde.

Foto 9-54 - Handroanthus sp. (Bignoniaceae),

ip-amarelo, com flores amarelas.

9.2.1.5 Caracterizao florstica terrestre da AID.

O anexo 17.15 contem o mapa de vegetao.

9.2.1.6 Caracterizao Florstica da AII.

O anexo17.15 contem o mapa de vegetao.

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9.2.2 Fauna.

O estudo teve como objetivo identificar as espcies da fauna terrestre

(aves, anfbios, rpteis e mamferos) presentes na rea de impacto direto e

indireto da rea para a instalao do Parque de Tancagem do empreendimento

"Terminal de Armazenamento de Granis Lquidos" em Imbituba-SC. O

levantamento das espcies foi realizado atravs de amostragem em campo

seguindo metodologias cientficas adequadas cada um dos txon. Essas

informaes foram complementadas com dados secundrios compilados a

partir de informaes bibliogrficas sobre os txons registrados na regio do

estudo.

9.2.2.1 Metodologia tcnico-cientfica escolhida para anlise.

Conforme termo de referncia disponibilizado pelo FATMA, o

levantamento de dados primrios da fauna terrestre (avifauna, mastofauna,

herpetofauna) para a rea diretamente afetada (ADA), no utilizou tcnicas de

captura. Este tipo de amostragem apresenta a vantagem de ser menos

invasivo, mimizando os impactos sobre os organismos. Entretanto,

inviabilizado o uso de anlises estatsticas, pois estas se retringem a dados

provinientes de amostragem por mtodos quantitativos.

O levantamento qualitativo realizado atravs de mtodos de

observao direta, e tem o objetivo de obter uma lista da riqueza (nmero de

espcies) de uma determinada rea. Este tipo de levantametno muito

utilizado para pesquisas em curtos espaos de tempo (DEVELEY, 2003). A

seguir, segue descrio dos mtodos cientficos aplicados para o

levantamento de dados primrios de cada um dos grupos de fauna

pesquisados.

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9.2.2.2 rea de Estudo

A rea diretamente afetada (ADA) possui o tamanho de 12,7 hectares.

Est caracterizada, na sua maior parte, por vegetao campestre baixa e

algumas formaes arbustivas. Ambientes paludcola ocorrem em dois pontos,

sendo uma pequena poa (28o1342S e 48o3935O) e um crrego

(2813'40"S e 4839'52"O). Existe tambm um remanescente de mata de

restinga com cerca de 2 hectares destacam-se na rea de restinga buti

endmico dessa formao (Butia catarinenses Noblick & Lorenzi) e muitas

bromlias, principalmente na borda do fragmento. De um modo geral, a rea

sofre com intensa presso antrpica em todo seu entorno. Existe fluxo livre de

pessoas e animais domsticos (ces, gatos, cavalos, gado e bodes), alm de

muito lixo acumulado tanto na rea aberta, quanto dentro da mata de restinga.

Figura 9-54 - rea diretamente afetada pelo empreendimento. A linha em amarelo represente o transecto percorrido para o levantamento quali-quantitativo de aves na rea do

empreendimento.

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9.2.2.3 Esforo amostral

Para o levantamento qualitativo da fauna de vertebrados foi realizado

uma campanha em campo no perodo de 1 4 de dezembro, a rea foi visitada

diriamente nos perodos matutino, vespertino, crepuscular e noturno

perfazendo uma mdia de amostragem diria de 8 horas. Devido extenso

relativamente pequena da ADA, foi possvel realizar uma boa amostragem,

contemplando diariamente todos os ambientes da rea de estudo. A equipe de

foi composta por trs bilogos especialistas de reas especficas do

conhecimento (herpetologia, ornitologia e mastozoologia), eventualmente

auxiliados por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande.

9.2.2.4 Entrevistas

A entrevista contitui uma tcnica de consulta atravs de uma srie de

perguntas abertas. As perguntas foram aplicadas aos moradores que habitam

nas reas do entorno da rea de estudo, com intuito de investigar quais so

espcies existem no local. As entrevistas foram realizadas com o auxilio de

guias de campo para facilitar a confirmao visual dos animais.

9.2.2.5 Avifauna

O diagnstico da fauna de aves presente na rea de influncia do

empreendimento foi realizado a partir da obteno de dados primrios e

secundrios sobre o tema. Foram usadas trs metodologias para realizao do

estudo de aves, a saber: transecto, busca ativa e levantamento de dados

secundrios. Para identificao visual das aves foram usados binculos Nikon

8x40 e guias de campo (DE LA PEA & RUMBOLL, 1998; SIGRIST, 2007).

Tambm foi utilizado um gravador digital Olympus LS-14 para registrar

vocalizaes de espcies no identificadas diretamente em campo para que

pudessem ser comparadas e identificadas posteriormente.

A lista de espcies seguiu a nomenclatura proposta pelo Comit

Brasileiro de Registros Ornitolgicos (CBRO, 2014). A classificao das

espcies registradas em algum nvel de ameaa de extino foi verificada

consultando a Unio Internacional para Conservao da Natureza em

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abrangncia global (IUCN, 2015), em nvel nacional foram consultados os

dados do Ministrio do Meio Ambiente (MMA, 2014) e em nvel estadual foi

consultada a Lista Oficial de Espcies da Fauna Ameaadas de Extino no

Estado de Santa Catarina (CONSEMA, 2011).

As espcies tambm foram classificadas como migratrias ou residentes

e o habitat que ocorrem (RIDGELY & TUDOr, 1994; ROSRIO, 1996; SICK,

1997). Quanto a sua sensibilidade s interferncias antrpicas (STOTZ et al.,

1996) endemismo (BENCKE et al. 2006).

A seguir apresentada uma descrio detalhada de cada metodologia

aplicada durante a campanha de amostragem, incluindo o esforo amostral

despendido:

Transecto: esta metodologia consiste no estabelecimento de uma trilha em

linha que deve ser percorrido em uma velocidade constante e todas as aves

visualizadas ou ouvidas devem ser identificadas e contadas. O uso dessa

metodologia fornece dados quali-quantitativo e resulta no ndice de abundncia

relativa das espcies de aves encontradas (BIBBY et al., 2000; CULLEN-JR et

al., 2006). A escolha da metodologia de transecto para este levantamento se

deve a caracterstica da rea, predominantemente aberta, e a sua plasticidade

que possibilita a amostragens de diferentes ambientes no mesmo transecto.

Assim, foi estabelecido um transecto de 250 metros (Figura 8.2.2.1) que

percorre a borda da mata de restinga e a rea de campo abrangendo todas as

fitofisionomias da rea.

Para evitar a contagem da mesma ave, comprometendo assim a

independncia das amostragens, os transectos devem ser bem espaados, no

mnimo 250-500 metros (BIBBY et al., 2000). Este espaamento, mesmo o

mnimo de 250 metros, foi impossvel de realizar devido ao pequeno tamanho

da rea do empreendimento. Deste modo, foi estabelecido somente um

transecto para amostragem quali-quantitativa na rea (Coordenadas: Incio

281346 S e 484000 O, final 281339 S e 483956 O). Este transecto foi

percorrido no perodo matutino por quatro dias seguidos, totalizando quatro

amostragens.

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Busca ativa: nesta metodologia o objetivo conhecer o nmero de espcies ou

riqueza da comunidade de aves na rea de estudo.Este tipo de levantamento

muito utilizado em estudos ambientais realizados em um perodo limitado de

tempo (ORG. et al., 2006).

A busca ativa foi aplicada aleatoriamente e de forma complementar s

outras metodologias. Foram realizadas caminhadas ao longo de toda rea do

empreendimento (ADA) e nos perodos matutino, vespertino e noturno, visando

observao das aves com intuito de enriquecer a lista de espcies da rea

em questo.

Figura 9-55 - Aspecto da vegetao dos ambientes amostrados na ADA: (a) rea de borda de das dunas; (b) vegetao campestre baixa com depsitos de entulho e lixo domstico; (c)

ambiente paludcola; (d) vegetao campestre baixa na rea aberta com presena de animais domsticos. Fotos: Gabriela Decker.

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9.2.2.6 Mastofauna

O diagnstico das espcies de mamferos foi feito de acordo com as

tcnicas convencionais que dispensam a captura, por meio de buscas diretas

(observaes visuais) e buscas por evidncias indiretas (rastros, pegagas,

fezes, tocas e ninhos).

Alm da busca ativa por estes indcios percorredo-se diariamente

(perodo matutino e vespertino) os diferentes ambientes de toda a rea, foi

utilizado tambm o mtodo de parcelas de areia (PARDINI et al., 2003;

SCOSS, 2002). Este um mtodo cada vez mais utilizado para amostragem da

fauna de mamferos, mostrando-se bastante eficiente para levantamentos em

locais com baixa densidade de mamferos e para amostragens em um curto

perodo de tempo . A tcnica baseia-se em dispor artificialmente blocos de

areia ao longo de trilhas. Cada parcela foi delimitada por uma rea de 1 m2, um

total de 10 parcelas foram distribudas ao longo de dez pontos representativos

da rea, interior da rea dunas de restinga, nas bordas e ao logno da rea

aberta. As parcelas foram limpas e em seguida preenchidas com uma camada

de cerca de 3 cm de espessura de areia mida, disposta sem presso e com a

superfcie alisada para permitir o registro de pegadas de animais mais leves

(PARDINI et al., 2003). Em cada uma das parcelas foram utilizadas como iscas

pedaos de banana e bacon. As parcelas foram expostas ao longo dos cinco

dias consecutivos e vistoriadas diariamente, aps a vistoria cada parcela teve

seu substrato revolvido, de forma a apagar as pegadas dos dias anteriores

preparadas novamente para o a impresso de novas pegadas. As

identificaes dos registros de pegadas foram baseadas em Becker & Dalponte

(1991).

Para o registro fotogrfico das espcies de mamferos foi utilizada

durante um dia de amostragem, nos perofos matutino e noturno,

umaarmadilha fotogrfica digital BUSHNELL 8.0 MP.O equipamento consciste

em uma camera fotogrfica acoplado a um sistema de sensor infravermelho

programado para disparar no momento em que houver a deteco de

movimento e calor. Desta foram, o registro das espcies no requer a captura.

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Para atrair as espcies de mamferos para prximo da armadilha foram

utilizadas como iscas banana e bacon.

Foto 9-55 - Armadilha fotogrfica para captura de imagens de mamferos de mdio e grande porte.

9.2.2.7 Herpetofauna

A herpetofauna compreende a fauna de anfbios e rpteis. Os rpteis

constituem uma classe de animais (Reptilia) vertebrados tetrpodes e

ectotrmicos, ou seja, no possuem temperatura corporal

constantenecessitando de calor externo para para regulao da temperatura

corporal. Devido a ectotermia, a atividade destes organismos mais intensa

nos perodos mais quentes do dia (ZUG et al., 2001). Os anfbios so uma

classe de organimos que apresenta seu ciclo de vida dividido em duas fases:

uma aqutica e outra terrestre. Os anfbios apresentam respirao ctanea,

alm da pulmorar, e como a umidade muito importante para realizao das

trocas gasosas, estes organimso apresententam grande dependncia da gua,

apresentando maior atividade perodos noturnos e ao final do dia (ZUG et al.,

2001). Rpteis e anfbios so organimos que possuem modos de vida e

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comportamentos distintos, entretanto, os mtodos para o registro de ambos

txons bastante similar.

A amostragem de anfbios foi realizada no perodo noturno, principal

horrio de atividade do grupo, buscando-se por animais em ambientes com

corpos dgua (reas alagada e corrgos), locais que carazterizam stios

reprodutivos para estes organismos. A amostragem foi complementada durante

perodo matutino, compreendendo busca ativa por espcimes na vegetao,

principalmente em bro e percorrendo o interior da mata de restinga. entulhos

dispersos ao longo da rea de campo aberto. As espcies foram identificadas

atravs de registros visuais e auditivos. Os espcimes identificados

visualmente foram catlogados atravs de registros fotogrficos. Alguns destes

registros fotogrficos foram utilizados posteriormente como auxlio na

identificao de espcies .

Os registros auditivos foram realizados com auxlio de um gravador

Olympus ls-14. Foi utilizada a tcnica de play-back, na qual o pesquisador

repete gravaes das vocalizaes das espcies com intuito de atra-las e

provocar aproximao dos indivduos erespostas como vocalizaes em defesa

de territrio.

A amostragem da fauna de rpteis foi realizada preferencialmente

durante perodos mais quentes do dia, percorrendo a rea em busca de

vestgios como rastros e pegadas e procurando espcimes em repouso

abrigadas embaixo de troncos cados, rochas, tocas, entulhos e outros

materias descartados na rea pela populao local. Alm disto, foram

percorridas trilhas nas bordas de mata e nas reas abertas em busca de

espcimes em atividade de forrageio ou de termorregulao. Durante o perodo

noturno, as buscas foram complementadas procurando-se animais prximos as

reas alagadas.

9.2.2.8 Levantamento de dados secundrios da fauna terrestre.

A elaborao das listas de de espcies da fauna de vertebrados

terrestres de provvel ocorrncia na AID e AII foi realizada atravs

levantamento de dados secundrios baseados em bibliografia. A classificao

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das espcies registradas em algum nvel de ameaa de extino foi verificada

consultando a Unio Internacional para Conservao da Natureza em

abrangncia global (IUCN, 2015), em nvel nacional foram consultados os

dados do Ministrio do Meio Ambiente (MMA, 2014) e em nvel estadual foi

consultada a Lista Oficial de Espcies da Fauna Ameaadas de Extino no

Estado de Santa Catarina (CONSEMA, 2011).

9.2.2.9 Avifauna

Para aves, os dados secundrios foram levantados consultando artigos

publicados em revista que apresentassem ocorrncia de espcies de aves

dentro do municpio de Imbituba (AMORIM & PIACENTINI, 2006; PIACENTINI

& CAMPBELL-THOMPSON, 2011; ROSRIO, 1996). Alm disso, foi

consultado o banco de dados de espcies de aves registradas em Imbituba no

site Wikiaves (WIKIAVES, 2015). Este portal conta com a contribuio de

milhares de observadores de aves e mostra um panorama atual confivel das

espcies na regio. So poucos os estudos direcionados ao conhecimento dos

mamferos do estado de Santa Catarina A lista de espcies seguiu a

nomenclatura proposta pelo Comit Brasileiro de Registros Ornitolgicos

(CBRO, 2014) e apresentada no Anexo 17.9.

9.2.2.10 Mastofauna

A elaborao da lista de espcies de mamferos de provvel ocorrncia

na AII e AID foi elaborada a partir do estudo publicado por Cherem et al (2004).

Este trabalho compilou dados bibliogrficos de inventrios e avaliou espcimes

depositados em colees bilogicas fornecendo uma lista de espcies de

mamferos de ocorrncia confirmada no estado de Santa Catarina. A ordem

taxonmica e a nomenclatura das espcies e famlias seguem Wilson e Reeder

(1993). A lista foi complementada com dados de inventrio de fauna realizado

para a elaborao do Plano Diretor Municipal da Prefeitura do municpio de

Imbituba realizado no ano de 2010. A lista de espcies de mamferos de

provvel ocorrncia na AII e AID apresentada no Anexo 17.10.

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9.2.2.11 Herpetofauna

Para herpetofauna foram elaboradas uma lista de anfbios de provvel

ocorrncia (Anexo 17.8) baseados Lucas (2008) e em Wachlevski & Erdtmann

(2014), e outra lista para os rpteis de provvel ocorrncia na AII e AID

(Anexo 17.11) (BRNILS et al., 2001; BRNILS et al., 2007; GHIZONI-JR et

al., 2009; MARQUES et al., 2001). A nomenclatura seguida para rpteis seguiu

Brnils & Costa (2012) a pra anfbios seguiu Segalla et al. (2014).

9.2.3 Resultados e Discusso.

9.2.4 Avifauna

A compilao de todos os dados secundrios analisados gerou uma lista

com 228 espcies de aves para o municpio de Imbituba (Anexo 17.9),

pertencentes a 58 famlias e 24 ordens. O nmero de espcies registradas em

campo (57) representa 25% da avifauna que ocorre na rea do municpio. No

se espera a adio de muitas espcies devido ao pequeno tamanho e alta

presso antrpica na rea do empreendimento.

Ocorrem onze espcies migratrias do hemisfrio norte, o batuiruu

(Pluvialis dominica), o batuiruu-de-axila-preta (Pluvialis squatarola), a batura-

de-bando (Charadrius semipalmatus), o maarico-grande-de-perna-amarela

(Tringa melanoleuca), o maarico-de-perna-amarela (Tringa flavipes), o vira-

pedra (Arenaria interpres), o maarico-de-papo-vermelho (Calidris canutus), o

maarico-branco (Calidris alba), o maarico-de-sobre-branco (Calidris

fuscicollis), o maarico-acanelado (Calidris subruficollis) e a andorinha-de-

bando (Hirundo rustica). E duas espcies do hemisfrio sul, o pinguim-de-

magalhes (Spheniscus magellanicus) e a batura-de-peito-tijolo (Charadrius

modestus). Em Santa Catarina estas espcies esto relacionadas plancie

costeira, sendo encontradas em praias e reas campestres (Rosrio, 1996).

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Figura 9-56 - Espcies da aves registradas na ADA: (a) Amazonetta brasiliensis (P-vermelho); (b) Basileuterus culicivorus (Pula-pula); (c) Coragyps atratus (Urubu-de-cabea-

preta); (d) Larus dominicanus - Gaivoto); (e) Ortalis squamata (Aracu-escamoso); (e) Setophaga pitiayumi (Mariquita). Fotos: Samuel Lopes de Oliveira

Seis espcies da lista secundria so endmicas da Mata Atlntica: o

araqu-escamoso (Ortalis squamata), o barbudo-rajado (Malacoptila striata), o

periquito-rico (Brotogeris tirica), o papa-formiga-da-grota (Myrmoderus

squamosus), a maria-da-restinga (Plylloscartes kronei) e o capito-sara (Attila

rufus). Todas esto relacionadas a ambientes florestais e provavelmente

ocorrem no Morro do Mirim, onde ainda existe uma boa cobertura florestal

preservada.

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Em Imbituba tambm podem ser encontradas onze espcies que esto

classificadas em algum nvel de ameaa extino. Mundialmente est

ameaada a maria-da-restinga. Em nvel nacional o maarico-de-papo-

vermelho, o maarico-acanelado, o trinta-ris-de-bico-vermelho (Sterna

hirundinacea), o trinta-ris-real (Thallaseus maximus) e a sara-militar (Tangara

cyanocephala). A carqueja-de-bico-manchado (Fulica armillata), o trinta-ris-

real, o curriqueiro (Geositta cunicularia) e o curi (Sporophila angolensis) esto

ameaados no Estado de Santa Catarina. Tambm ocorrem espcies

classificadas como quase ameaadas mundialmente (NT - Near threatened), o

pinguim-de-magalhes, o maarico-acanelado e a gralha-azul. Estas espcies

esto perto de serem classificadas ou provavelmente sero includas numa das

categorias de ameaa num futuro prximo.

O levantamento dos dados primrios resultou no registro de 57 espcies

de aves. A curva de acumulo de espcies para a ADA estabilizou j no terceiro

dia de amostragem demonstrando que grande parte da riqueza de aves da

rea foi amostrada, mesmo com poucos dias de campo. provvel que mais

algumas espcies sejam adicionadas a lista em amostragens em diferentes

estaes, no entanto por ser uma rea muito pequena e impactada no

esperado um nmero grande.

A metodologia de transecto foi responsvel pelo registro de 40 espcies

que tiveram o seu ndice de abundncia relativa (AR) calculado. Destacaram-se

com maiores ndices trs espcies generalistas e pouco exigentes como o

urubu-de-cabea-preta (Coragypsatratus), o pardal (Passer domesticus) e o

quero-quero (Vanellus chilensis). O gaivoto (Larus dominicanus) tambm se

destaca, no entanto foi registrado somente se deslocando sobre a rea. Esta

espcie est largamente distribuda na costa catarinense, ocupando vrios

ambientes e se beneficiando de fontes de alimentos derivada de atividades

antropognicas (ROSRIO, 1996; BURGER et al. 2015).

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Figura 9-57 - Grfico da curva do coletor. Relao entre o nmero acumulado das espcies registradas e os dias de amostragens na ADA do empreendimento.

As espcies registradas na ADA so predominantemente generalistas

com relao ao habitat que ocupam (37 spp.) entre as espcies restantes

ocorreram habitantes de reas paludcola (6 spp.), campo (5 spp.), floresta e

borda de floresta (5 spp.), floresta (1 spp.), urbano (2 spp.) e marinho (1 spp.).

A maioria (86%) tambm apresenta baixa sensibilidade a alteraes

ambientais. Somente oito espcies tm sensibilidade mdia e nenhuma delas

classificada com alta sensibilidade. Portanto, de maneira geral a avifauna da

rea do empreendimento composta por espcies pouco exigentes em relao

ao habitat e suportam alteraes ambientais, sendo que algumas podem at se

beneficiar com elas, como as rolinhas (Columbina spp.), a pomba-de-bando

(Zenaida auriculata) e o tico-tico (Zonotrichia capensis).

O fragmento de mata de restinga foi o substrato cujo maior nmero de

espcies (25) foi registrado, seguida por campo (15) e paludcola (3). Isto

demostra a importncia da rea em fornecer refgio e alimentao para as

espcies. Alm disso, somente no fragmento foram registradas espcies que

habitam florestas e borda de floresta como a choca-da-mata

(Thamnophiluscaerulescens), o joo-tenenm (Synallaxisspixi) e o pula-pula

(Basileuterusculicivorus). O restante das espcies foi observado durante

forrageio areo, como as Famlias Apodidae e Hirundinidae, ou deslocamento

sobre a rea sem usar diretamente o nenhum substrato.

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Foram registradas cinco espcies com hbitos migratrios: o

andorinho-do-temporal (Chaeturameridionalis), o suiriri

(Tyrannusmelancholicus), a tesourinha (Tyrannus savana), a andorinha-do-

campo (Progne tapera) e a andorrinha-de-sobre-branco

(Tachycinetaleucorrhoa). Todas estas espcies migram dentro do territrio

nacional para o sul durante os meses de primavera e vero (Rosrio, 1996;

Sick, 1997). Ocorreram tambm duas espcies exticas: Columbia livia e

Passerdomesticus. Ambas ocupam ambientes urbanos e com forte influencia

antrpica (SICK, 1997).

Somente uma espcie endmica do bioma Mata Atlntica foi encontrado

na rea, o aracu-escamoso (Ortalis squamata). Segundo Rosrio (1996), a

espcie sofre de declnio populacional no Estado de Santa Catarina devido

reduo da vegetao original da plancie litornea e encosta atlntica, no

entanto ainda bem distribuda na regio litoral (DELHOYO ET AL., 2015). Os

indivduos da espcie foram observados forrageando na vegetao de restinga

na ADA e tambm no fragmento maior de mata localizado a oeste da ADA.

provvel que sejam os mesmos indivduos que se deslocam entre os dois

fragmentos procurando por alimento.

No ocorreram espcies ameaadas de extino em nenhum nvel

(global, nacional e estadual) na rea de estudo. O fragmento de mata de

restinga remanescente, por ser muito pequeno, sofre diretamente com o efeito

de borda, o que faz com que espcies generalistas ocupem todo o fragmento

(GOOSEM, 1997) e este no suporte espcies florestais como a maria-da-

restinga (Phylloscartes kronei), habitante tpico de florestas de baixada e

restinga no Estado de Santa Catarina. Alm disso, a rea de campo sofre com

intensa presso antrpica em todo seu entorno, com fluxo livre de pessoas,

animais domsticos e muito lixo acumulado.

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Tabela9-33 Lista de espcies de aves registradas no levantamento de dados primrios na ADA e AID do empreendimento.Habitat: Pal = Paludcola, F = Floresta, Fb = borda de floresta, Mar =

Marinho, Aqu = Aqutico, Gen = Generalista, Urb = Urbano, Cost = Costeiro e Ca = Campo. Origem: R = Residente/nativo, E = Endmico, Ex = Extica e M = Migratrio. Tipo de registro/;

VI = Visual e A = Auditivo. AR = Abundncia relativa.

Txon Ordem/Famlia/

Espcie Nome Popular Local

Habitat

Sensibilidade

Origem

Tipo de

registro

Perodo de

registro

Substrato

AR

ORDEM ANSERIFORMES FAMLIA: Anatidae Amazonetta

brasiliensis p-vermelho

ADA Pal Baixa R VI

Matutino

Paludcola 1

ORDEM GALLIFORMES

FAMLIA: Cracidae

Ortalis squamata aracu-escamoso

ADA F Baixa R, E VI

Matutino

Restinga

0,75

ORDEM SULIFORMES

FAMLIA: Fregatidae Fregatamagnifice

ns tesouro AID Mar Alta R VI Vespertino

FAMLIA: Phalacrocoracidae Phalacrocoraxbra

silianus bigu AID Aqu Baixa R VI Vespertino

ORDEM PELECANIFORM

ES FAMLIA: Ardeidae Nycticoraxnyctico

rax savacu

ADA Pal Baixa R VI

Matutino

Restinga

1,75

Ardeaalba

gara-branca-

grande

ADA Pal Baixa R VI

Matutino

FAMLIA: Threskiornithidae Phimosusinfuscat

us

tapicuru-de-cara-

pelada

ADA Pal Mdia R VI

Matutino 0,5

ORDEM CATHARTIFORM

ES FAMLIA: Cathartidae

Cathartes aura

urubu-de-cabea-

vermelha

ADA Gen Baixa R VI

Vespertino

Coragypsatratus

urubu-de-cabea-

preta

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Campo

11,25

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ORDEM ACCIPITRIFORM

ES FAMLIA: Accipitridae Rupornismagniro

stris gavio-carij AID Gen Baixa R VI Vespertino

ORDEM CHARADRIIFOR

MES FAMLIA: Charadiidae

Vanelluschilensis quero-quero

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Campo

4,25

FAMLIA: Haematopodidae Haematopuspalli

atus piru-piru AID Cost Mdia R VI Matut

ino FAMLIA: Scolopacidae Gallinagoparagua

iae narceja

ADA Pal Baixa R VI

Matutino

Paludcola

1,75

FAMLIA: Jacanidae

Jacanajacana jaan

ADA Pal Baixa R VI

Matutino

Paludcola 0,5

FAMLIA: Laridae

Larusdominicanus gaivoto

ADA Mar Mdia R VI

Matutino

5,75

ORDEM COLUMBIFORM

ES FAMLIA: Columbidae Columbina

talpacoti rolinha-roxa AID Gen Baixa R VI Vespertino

Columbina picui rolinha-picui AID Gen Baixa R VI Vespertino

Columbalivia pombo-domstico

ADA Urb Baixa Ex VI

Matutino

1,75

Patagioenaspicaz

uro pombo

ADA Gen Mdia R VI

Matutino

Restinga

0,75

Zenaidaauriculat

a pomba-de-bando

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

1,25

Leptotilaverreaux

i juriti-pupu

ADA F, Fb Baixa R A

Matutino

Restinga 0,5

ORDEM CUCULIFORMES FAMLIA: Cuculidae

Piayacayana alma-de-gato

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga

Crotophagaani anu-preto

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Campo 2

Guiraguira anu-branco AD Gen Baixa R VI Matut Camp

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A ino o ORDEM

STRIGIFORMES FAMLIA: STRIGIDAE

Athenecunicularia coruja-buraqueira

ADA Ca Mdia R VI

Matutino

Campo

ORDEM APODIFORMES

FAMLIA: Apodidae Streptoprocnezon

aris

taperuu-de-

coleira-branca

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

2,75

Chaeturameridio

nalis

andorinho-do-

temporal

ADA Gen Baixa M VI

Matutino

2,75

FAMLIA: Trochilidae

Amaziliafimbriata

beija-flor-de-

garganta-verde AID F, Fb Baixa R VI Vespertino

ORDEM CORACIIFORME

S FAMLIA: Alcedinidae Megaceryletorqu

ata

martim-pescador-

grande

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

0,25

ORDEM PICIFORMES

FAMLIA: Picidae Colaptesmelanoc

hloros

pica-pau-verde-

barrado AID Gen Baixa R A Vespertino

Colaptescampestr

is

pica-pau-do-

campo

ADA Ca Baixa R VI

Matutino

Campo

ORDEM FALCONIFORME

S FAMLIA: Falconidae

Caracaraplancus caracar AID Gen Baixa R VI Vespertino

Milvagochimachi

ma carrapateiro AID Gen Baixa R VI Vespertino

Milvago

chimango chimango

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

ORDEM PSITTACIFORM

ES FAMLIA: Psittacidae Myiopsittamonac

hus caturrita

ADA Gen Baixa R VI

Vespertino

ORDEM PASSERIFORME

S FAMLIA: Thamnophilidae

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Thamnophilusrufi

capillus

choca-de-chapu-

vermelho

ADA Ca Baixa R A

Matutino

Campo

0,25

Thamnophiluscae

rulescens choca-da-mata

ADA F, Fb Baixa R VI

Matutino

Restinga

FAMLIA: Furnariidae

Furnarius rufus joo-de-barro AID Gen Baixa R VI Vespertino

Synallaxisspixi joo-tenenm

ADA Fb Baixa R A

Matutino

Restinga

0,75

FAMLIA: Tyrannidae Camptostomaobs

oletum risadinha

ADA Gen Baixa R A

Matutino

Restinga 0,5

Elaeniaflavogaste

r

guaracava-de-

barriga-amarela

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga

2,75

Serpophagasubcri

stata alegrinho

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga 1

Pitangussulphura

tus bem-te-vi

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga 2,5

Machetornis

rixosa suiriri-cavaleiro

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Campo 0,5

Tyrannusmelanch

olicus suiriri

ADA Gen Baixa M VI

Matutino

Restinga

Tyrannus savana tesourinha

ADA Gen Baixa M VI

Matutino

Restinga 1

Myiophobusfasci

atus filipe

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Campo 0,5

Satrapaicterophry

s suiriri-pequeno

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga

0,25

FAMLIA: Hirundinidae Pygochelidoncyan

oleuca

andorinha-

pequena-de-casa

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

3,75

Progne tapera

andorinha-do-

campo

ADA Gen Baixa M VI

Matutino 1,5

Tachycinetaleuco

rrhoa

andorinha-de-

sobre-branco

ADA Gen Baixa M VI

Matutino

1,25

FAMLIA: Troglodytidae Troglodytesmusc

ulus corrura

ADA Gen Baixa R A

Matutino

Restinga

1,25

FAMLIA: Turdidae Turdusamauroch

alinus sabi-poca

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga

0,75

FAMLIA: Mimidae

Mimussaturninus sabi-do-campo

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga 1,5

FAMLIA: Passerellidae Zonotrichiacapen

sis tico-tico AID Gen Baixa R VI Vespertino

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Ammodramushu

meralis

tico-tico-do-

campo

ADA Ca Baixa R VI

Matutino

Campo

FAMLIA: Parulidae Setophagapitiayu

mi mariquita

ADA Gen Mdia R VI

Matutino

Restinga 0,5

Geothlypisaequin

octialis pia-cobra

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga 2,5

Basileuterusculici

vorus pula-pula

ADA F, Fb Mdia R VI

Matutino

Restinga

FAMLIA: Icteridae Pseudoleistesvires

cens drago

ADA Ca Mdia R VI

Matutino

Campo

Molothrusbonarie

nsis vira-bosta

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Campo

FAMLIA: Thraupidae

Tangara sayaca sanhau-cinzento

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga

0,75

Tangara

palmarum

sanhau-do-

coqueiro

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga 0,5

Tersinaviridis sa-andorinha AID Gen Baixa R VI Vespertino

Dacniscayana sa-azul

ADA F, Fb Baixa R VI

Matutino

Restinga 1

Sicalisflaveola

canrio-da-terra-

verdadeiro

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Restinga 1,5

Volatiniajacarina tiziu

ADA Gen Baixa R VI

Matutino

Campo

Sporophilacaerule

scens coleirinho

ADA Gen Baixa R A

Matutino

Campo

FAMLIA: Cardinalidae Cyanoloxiabrisson

ii azulo

ADA Fb Mdia R A

Matutino

Restinga

FAMLIA: Passeridae

Passerdomesticus pardal

ADA Urb Baixa Ex VI

Matutino

Campo 6

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9.2.5 Mastofauna

Os mamferos so importantes para diagnsticos ambientais pois

apresentam distribuio em todas as dimenses do ambiente, sendo assim a

anlise de comunidade pode identificar alteraes na estrutura do hbitat e da

cadeia trfica. Alm disso, mamferos carnvoros formam um grupo taxonmico

bioindicador da qualidade ambiental devido ao seu papel na cadeia trfica, pois

alimentam-se de organismos que ocupam nveis trficos inferiores.

Tabela 9-34 - Lista de espcies de mamferos registrados no levantamento de dados primrios na ADA do empreendimento em Imbituba. Habitat: F = Floresta, Fb = borda de floresta, Origem: N = Residente/nativo, E = Endmico, Ex = Extica e M = Migratrio. Tipo de registro/ VE: vestgios.

Txon Nome Popular Origem Ambiente Registro

Status

Ordem/Famlia/Expcie BR/SC

ORDEM DIDELPHIMORPHIA

FAMLIA: Didelphidae

Didelphis sp. Gamb R F,Fb VE -

ORDEM CARNIVORA

FAMLIA: Canidae

Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) Graxaim R F,Fb VE - ORDEM LAGOMORPHA

FAMLIA: Leporidae

Lepus europaeus (Pallas, 1778) Lebre-europia Ex F VE -

Das 152 espcies mamferos nativos de ocorrncia confirmada para o

Estado de Santa Catarina (CHEREM et al., 2004), 74 espcies de mamferos

terrestres foram registrados na regio de Imbituba (CHEREM et al., 2004),

sendo estas pertencentes a 8 ordens: Chiroptera (espcies), Rodentia (19

espcies), Carnivora (13 espcies), Didelphimorphia (7 espcies), Lagomorpha

(2 espcies), Xenartha (6 espcies), Chiroptera (27 espcies) e Primates (2

espcies). Destas, segundo a Lista Oficial de Espcies da Fauna Ameaadas

de Extino no Estado de Santa Catarina (CONSEMA, 2011), 2 espcies esto

criticamente em perigo (Panthera onca, Speotus venaticus), 2 espcies so

vulnerveis (Puma concolor, Cuniculus paca) e duas espcies esto em perigo

(Ctenomys minutus, Leopardus pardalis).

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Figura 9-58 - Registros de vestgios de mamferos encontrados na ADA a) Fezes de Cerdocyon thous (cachorro-do-mato); b) Fezes de lepus europeus (Lebre europia); c) Pegadas de Didelphis sp (Gamb; d) Pegadas de aves registradas nas armadilhas de pegadas para

mamferos.

Durante o levantamento de dados primrios na ADA, registros de

vestgios permitiram a identificao de trs espcies de mamferos de

pequenos mamferos: Cerdocyon thous (cachorro-do-mato), Lepus europaeus

(lebre-comum) e Didelphis sp. (gamb).

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Nenhuma captura foi obtida atravs da armadilha fotogrfica. A maioria

das parcelas de areia registraram pegadas de gato e cachorro domstico e de

aves (Figura 8.60). Houve tambm registro de pegadas humanas e no ltimo

dia de amostragem as parcelas das reas abertas haviam sido pisoteadas por

cavalo.

A espcie do gnero Didelphis teve sua presena detectada atravs do

registro de pegadas (Figura 8.60) e no pode ter sua identidade confirmada

devido a presena de espcies irms na regio de estudo. Os gambs so

espcies comuns, onvoras, de hbitos generalistas e tpicas de ambientes

florestais, mesmo que estes estejam em estados iniciais de regenerao.

O registro do cachorro-do-mato na ADA foi identificado atravs de

presena fezes (Figura 8.60). Cerdocyon thous uma espcie de ampla

distribuio geogrfica, que apresenta tolerncia s perturbaes antrpicas.

Os cachorros-do-mato so onvoros e oportunistas, generalistas e flexveis em

relao uso de hbitat, ocorrem em todos os biomas e podem usar uma ampla

gama de habitats, de modo geral, preferem bordas e ambientes mais abertos a

matas densas. (BERTA, 1982).

A espcies Lepus europaeus (lebre-europia) foi identificada em campo

atravs do registro de fezes (Figura 8.61), uma espcie extica no Brasil,

apresenta origem europia e considerada praga agrcola (GRIGERA &

RAPOPORT, 1983). A antropizao do ambiente natural na rea de estudo

pode ter favorecido a entrada e estabelicimento de mamferos exticos como a

lebre-europia, que ao ser melhor competidora consome recursos e altera a

estrutura da comunidades de espcies nativas.

Em relao aos pequenos mamferos encontrado na ADA, nenhuma das

espcies endmica ou considerada ameaada pelas listas estaduais do sul

do Brasil: Paran (Paran 2010), Santa Catarina (CONSEMA 2011), Grande do

Sul (Rio Grande do Sul 2002), e so consideradas como Menos Preocupante

(LC) pela IUCN (BEISIEGEL et al., 2013).

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A rea diretamente afetada pelo empreendimento no d suporte a

espcies de sensveis a alterao ambiental, especialistas, que necessitem de

grandes reas preservadas para ocorrncia, como o caso dos grandes

mamferos e de mamferos topo de cadeia trfica como Panthera onca,

Speotus venaticus, ou Puma concolor. A rea fornece suporte apenas a

espcies mais generalistas, resistentes a alteraes antrpicas e pouco

dependendes de grandes reas florestais, como todas as espcies observadas

em campo.

9.2.6 Herpetofauna

O bioma Mata Atlntica abriga mais de 400 espcies de anfbios anuros

com a maior riqueza em ambientes florestais midos. Sendo dependente de

umidade, os anfbios encontram um timo ambiente neste tipo de habitat, o que

favorece a ocupao e sobrevivncia das espcies (HADDAD ET AL., 2008).

A lista compilada com dados secundrios apresenta 45 espcies de

anfbios que podem ocorrer AII e AID da regio de Imbituba (Anexo 17.8).

Nesta lista podemos encontrar espcies que ocorrem somente em ambientes

florestais, como: Dendrophryniscus berthalutzae, Haddadus binotatus,

Cycloramphus izecksohni, Phyllomedusa distincta, Scythrophrys sawayae e

Vitreorana uranoscupaum. A ltima est ameaada de extino no Estado de

Santa Catarina devido ao desmatamento e fragmentao do seu habitat.

pouco provvel que a rea do empreendimento abrigue espcies mais

exigentes e que habitam florestas, poiso s anfbios da Mata Atlntica

dependem da integridade da floresta para sua sobrevivncia (HADDAD ET AL.,

2008).

O levantamento de dados primrios foi responsvel pelo registro de

nove espcies de anfbios. Todas as espcies que ocorrem na ADA so

frequentes na Mata Atlntica e relacionadas a ambientes abertos (HADDAD ET

AL., 2008; Kwet & Di-Bernardo, 1999).

A maioria dos indivduos foi observada vocalizando em ambientes

paludcola encontrados na ADA (Coordenadas: 28o1342S e 48o3935O;

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2813'40"S e 4839'52"O). Ambientes como poas, lagoas, brejos e riachos

so os locais que os anfbios procuram como stio reprodutivo onde os machos

usam o canto (coaxo) para atrair as fmeas (HADDAD ET AL., 2008). Duas

espcies foram encontradas somente nas bromlias da mata de restinga,

Scinax imbegue e Hypsiboas faber. Ambas podem ser classificadas como

bromelcolas eventuais, pois so encontradas frequentemente em outros tipos

de refgio e acidentalmente so encontradas em bromlias (PEIXOTO, 1995).

Tabela 9-35 - Lista de espcies de anfbios registrados no levantamento de dados primrios na ADA do empreendimento em Imbituba. Origem: N = Residente/nativo. Registro: VI = Visual e A

= Auditivo.

TxonOrdem/Famlia/Expcie Nome Popular Registro

STATUS

BR/SC

ORDEM ANURA

FAMLIABufonidae

Rhinella icterica(Spix, 1824) Sapo cururu VI -

FAMLIA Hylidae

Dendropsophusminutus(Peters, 1872) Perereca-guria A -

HypsiboasfaberWied-Neuwied, 1821 Sapo-martelo VI -

Scinaximbegue(Nunes, Kwet& Pombal, 2012) Perereca VI, A -

Scinax granulatus (Peters, 1871) Perereca-de-casa VI, A -

FAMLIA Leptodactilydae

Leptodactylus gracilis (Dumril & Bibron, 1840) R-listrada VI, A -

Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) R manteiga VI, A -

Phisalaemus cuvieri (Fitzinger, 1826) R-cachorro VI, A -

FAMLIA Microhilidae

Elachistocleis bicolor (Gurin-Mneville, 1838) Sapinho-guarda VI, A -

A composio e a distribuio dos rpteis de Santa Catarina so pouco

conhecidas, particularmente em reas abertas do planto e na faixa litornea de

restingas com dunas (GHIZONI-JR. ET al. 2009). Das 110 espcies

registradas para o estado Santa Catarina (BRNILS et al., 2007), a maioria

florestal ou generalista quanto ocupao do ambiente, ressaltando que o

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conhecimento sobre a composiso e distribuio do grupo ainda incipiente

(GHIZONI-JR. ET al. 2009).

A pesquisa bibliogrfica gerou uma listagem de 37 espcies de rpteis

possvel ocorrncia para a regio Imbituba (Anexo 17.11) , pertencentes a 11

famlias e 2 ordens: Crocodilia (1 espcie) e Squamata (36 espcies). Apenas

uma espcies de provavl ocorrncia (Liolaemus occipitalis) caracterizada

como vulnervel a extio pela Lista Oficial de Espcies da Fauna Ameaadas

de Extino no Estado de Santa Catarina (CONSEMA, 2011), para a maioria

do restante das espcies no h informao disponvel quanto ao status de

conservao.

Dentre as espcies de possvel ocorrncia, apenas duas foram

registradas em campo: Helicops sp. e Hemidactylus mabouia. As cobras

dgua, do gnero Helicops sp, so organismos aquticos de hbitos noturno e

diurno, podendo sair da gua e ficar sob a vegetao em exposio ao sol. A

dieta generalista, podendo capturar diferentes tipos de presas, como anuros,

peixes e outros rpteis. Na rea de estudo, a cobra foi registrada na rea

aberta alagada.

Hemidactylus mabouia (Figura 8.61), a lagartixa domstica, uma

espcies extica, nativa da rica e provavelmente introduzida atravs dos

navios negreiros, bem adaptada a ambientes antropizados que coloniza

edificaes de reas urbanas e rurais. a espcie mais amplamente

distribuda da sua famlia, a distribuio, ocorrendo na Amrica do Sul e

Amrica Central (BERNARDE, 2012). Na rea de estudo Hemidactylus

mabouia foi registrado em meio aos estulhos abandonados pela pela

populao local.

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Figura 9-59 - Registro fotogrfico da herpetofauna encontrada na rea diretametne afetada

(ADA): (a) Phisalaemus cuvieri (r-cachorro); (b) Elachistocleis bicolor (sapinho-guarda); (c) Leptodactylus latrans (r-manteiga); (d) Scinax imbegue (perereca); (e) Scinax granulatus (perereca-de-casa); (f) Hypsiboas sp. (perereca); (g) Rhinella icterica (sapo-cururu); (h) Leptodactylus gracilis (r-listrada); (i) Rhinella sp. juvenil (sapo cururu); (j) Hemidactylus

mabouia (lagartixa domstica).

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O baixo nmero de registros de rpteis em levantamentos de curto prazo

pode ser comum, devido a hbitos fossoriais de alguns grupos e a raridade

natural de muitas espcies. Os rpteis so organismos sensveis a alteraes

ambientais e declnios populacionais, sobretudo de serpentes que alm de

sofrem supresses devido a fragmentao florestal, so organimos

frequentemente mortos pela populao humana que teme possveis ataques.

Alm destes fatores, o ms de novembro anterior ao perodo de amostragem

foi intensamente chuvoso, o que pode ter levado a ausncia de espcies que

dependem de climas mais quentes e secos.

Tabela 9-36 - Lista de espcies de rpteis registrados no levantamento de dados primrios

na ADA do empreendimento em Imbituba. Habitat Origem: N = Residente/nativo, Ex = Extica.

Tipo de registro/ VI: visual.

Txon

Nome Popular Origem Registro

STATUS

Ordem/Famlia/Expcie BR/SC

ORDEM DIDELPHIMORPHIA

FAMLIA: Teiidae

Helicops sp. Cobra d-gua NA VI -

FAMLIA: Teiidae

Hemidactylus mabouia Lagartixa domstica EX VI -

9.2.6.1 Lista de espcies da fauna de vertebrados terrestres de provvel

ocorrncia na AID e AII, com base em levantamentos

bibliogrficos.

As listas de espcies constam nos Anexos 17.8 a 17.11.

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9.2.7 Biota Aqutica.

Os ambientes aquticos adjacentes a empreendimentos instalados nas

zonas litorneas esto sujeitos a sofrer algum tipo de interveno em suas

estruturas naturais decorrentes de sua implantao e operao desses

empreendimentos. Sendo assim, as comunidades aquticas estariam refletindo

variaes induzidas por essas intervenes, desviando, de alguma maneira, os

padres de suas flutuaes naturais. As flutuaes naturais das comunidades

aquticas acontecem em escalas temporais distintas, associadas s variaes

dirias de mars, e sazonais, em funo do regime climtico de cada regio

(BEAUMORD, 2014).

Para os trabalhos do EIA da Cattalini Terminais Martimos foram

direcionados estudos para o levantamento de dados primrios das

comunidades planctnicas (fito, zooplncton), bentnicas (substratos

consolidados e inconsolidados), ictio e carcinofauna.

9.2.7.1 Caracterizao da Biota Aqutica nas reas de Influncia do

Empreendimento.

Tendo em vista a localizao do empreendimento, e seu distanciamento

do ambiente marinho adjacente, considerou-se como rea de Influncia Direta

(AID), a enseada da Praia do Porto, no se configurando uma rea

Diretamente Afetada, para as comunidades aquticas. Portanto, foram

definidos seis pontos de coletas, divididos conforme o substrato, sendo dois

pontos pelgicos onde foram amostradas as comunidades planctnicas e

substratos de fundo inconsolidado sendo amostradas comunidades da infauna

bntica, carcino e ictiofauna (P01 e P02); dois pontos de substratos de fundo

consolidado, onde foram amostradas comunidades bentnicas (C01 e C02).

Tambm foram realizados dois perfis na zona de arrebentao (T01 e T02)

para coleta de organismos bentnicos, e ictiofauna. A localizao dos pontos

apresentada na Figura 8-62, e as coordenadas geogrficas na Tabela 9-37.

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Tabela 9-37 - Coordenadas geogrficas dos pontos de coletas dos levantamentos da biota aqutica marinha nas reas de influncia do empreendimento.

Pontos Latitude Longitude

C01 6877283.00 m S 729416.43 m E

C02 6875005.96 m S 730964.59 m E

P01 6876697.53 m S 729535.24 m E

P02 6875562.43 m S 729959.51 m E

T01 6876717.74 m S 728987.07 m E

T02 6875385.98 m S 729613.26 m E

Figura 9-60 - Localizao dos pontos de coletas dos levantamentos da biota aqutica marinha nas reas de influncia do empreendimento.

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9.2.7.2 Plncton.

- FITOPLNCTON.

Introduo

As algas planctnicas consistem em uma biocenose de microalgas que

vivem em suspenso na coluna dgua e esto sujeitas ao movimento das

correntes. So organismos aquticos e autotrficos, ou seja, produzem a

energia necessria ao seu metabolismo atravs da fotossntese (BIGGS,

1996). Esta biocenose considerada extremamente sensvel s mudanas

ambientais, refletindo as mnimas alteraes qumicas e fsicas da gua, sendo

um excelente indicador da qualidade da gua (PADISK, 1993). Tais

diferenas acarretam o estabelecimento de variaes quantitativas na estrutura

das algas planctnicas, as quais esto ligadas aos perodos anuais (KOENING

& ESKINAZI-LEA, 1990) e a aes antropognicas, sendo dessa maneira de

fundamental importncia na compreenso da estrutura trfica do ecossistema.

Metodologia

Para as coletas de algas planctnicas foram selecionados dois pontos

(P01 e P02) em ambientes pelgicos na rea de influncia do empreendimento

na enseada do Porto de Imbituba, SC. As coletas foram realizadas em

dezembro de 2015.

As amostras para anlise qualitativa foram obtidas com uma rede

cilndrico cnica de 25 m de abertura de malha e 25 centmetros de dimetro

de boca, acoplada com um fluxmetro para determinao do volume de gua

filtrada. O mtodo de coleta consistiu em arrastos horizontais na sub-superfcie

da gua, de forma oblqua, por trs minutos. Posteriormente as amostras foram

fixadas com soluo de formalina a 4% e acondicionadas em frascos de 200

mililitros (BICUDO & MENEZES, 2006). As amostras para anlise quantitativa

do fitoplncton foram coletadas com auxilio de uma Garrafa de Van Dorn a

meia coluna dgua, e o material coletado foi fixado com lugol actico.

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Figura 9-61 - Coleta com a rede de fitoplncton (arrasto horizontal) na rea de influncia do

empreendimento em Imbituba, SC. Campanha de Dezembro de 2015.

As anlises quali-quantitativas foram realizadas conforme a tcnica de

Utermhl (1958), utilizando-se microscpio invertido Olympus CK, em aumento

de 400 vezes e cmeras de sedimentao de 50 mL. Consideraram-se apenas

as clulas inteiras e com contedo celular, evitando-se assim a contagem de

uma valva como um indivduo e clulas mortas. Foi considerada cada clula

dos organismos multicelulares como um indivduo. O tempo de sedimentao

em horas foi de no mnimo trs vezes a altura da cmera em centmetros

(MARGALEF, 1983).

O mtodo de contagem foi feito de acordo com Uhelinger (1964), que

sugere a contagem dos organismos por campos aleatrios, uma vez que

produz estimativas mais prximas da populao estatstica por minimizar os

efeitos da distribuio no aleatria dos organismos no fundo da cmera

cilndrica. A suficincia de contagem da amostra adotada foi de 90%,

estabelecida pelo mtodo Pappas & Stoermer (1996), ou at 500 campos

contados. A densidade de organismos, em ind/mL, foi estimada atravs da

frmula de Utermhl (1958) e a identificao taxonmica foi realizada com o

auxlio de literatura especfica.

Anlise de dados

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Foram aferidas as seguintes mtricas e ndices por ponto de coleta:

riqueza especfica (nmero absoluto de espcies ou taxa); densidade (nmero

de indivduos por mililitro) e ndice de equitabilidade de PIE (HURLBERT,

1971).

Resultados

Foram quantificadas 207 ind/mL de algas planctnicas, distribudas em

15 espcies agrupadas em 11 ordens pertencentes s Classes

Bacillariophyceae (diatomceas) e Dinophyceae (dinoflagelados). O predomnio

das diatomceas e dinoflageladas comum em ambientes marinhos e

estuarinos. Estes dois grupos so os principais constituintes da flora marinha,

onde o primeiro o mais importante, devido contribuio para a produtividade

primria (BARCIA R, 2000; VILLAC & TENENBAUM, 2010).

As suficincias de contagens foram superiores a 0.90 nos dois pontos de

coletas, sendo consideradas satisfatrias, ou seja, mais de 90% das espcies

de algas planctnicas presentes nas amostras foram registradas.

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Tabela 9-38 - Composio taxonmica das biocenoses de algas planctnicas. Campanha de Dezembro de 2015.

Composio Taxonmica Densidade Absoluta

P01 P02 Total

Diviso Heterokontophyta Classe Bacillariophyceae Subclasse Bacillariophycidae Ordem Bacillariales Famlia Bacillariaceae Pseudo-nitzschia sp1 12 17 29 Nitzschia clausii Hantzsch 1 2 3

Achnanthes inflata (Ktzing) Grunow 1 1 2 Ordem Naviculales

Famlia Pleurosigmataceae Pleurosigma sp1 1 1 Subclasse Coscinodiscophycidae Ordem Hemiaulales Famlia Rhizosoleniaceae Rhizosolenia robusta G.Norman ex Ralfs in Pritchard 1 1 Ordem Lithodesmiales Famlia Lithodesmiaceae Ditylum brightwellii (T.West) Grunow in Van Heurck 2 2 Ordem Thalassiosirales Famlia Skeletonemataceae Skeletonema costatum (Greville) Cleve 22 24 46 Ordem Coscinodiscales Famlia Coscinodiscaceae Coscinodiscus sp1 3 7 10 Coscinodiscus sp2 13 9 22 Coscinodiscus wailesii Gran & Angs 1 1 Ordem Leptocylindrales Famlia Leptocylindraceae Leptocylindrus danicus Cleve 2 2 Ordem Thalassionematales Famlia Thalassionemataceae Thalassionema nitzschioides (Grunow) Mereschkowsky 4 2 6 Diviso Dinophyta Classe Dinophyceae Ordem Dinophysiales Famlia Dinophysiaceae Dinophysis acuminata Claparde & Lachmann 2 2 Ordem Prorocentrales Famlia Prorocentraceae Prorocentrum gracile Schtt 3 9 12 Ordem Peridiniales Famlia Periniaceae Scrippsiella sp1 29 41 70

Riqueza especfica 12 12 15 Densidade total (ind/mL) 93 114 207 Suficincia de contagem 0,91 0,91 0,94

Equitabilidade de PIE 0,88 0,86 0,86

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Quanto riqueza especfica e densidade absoluta, destacaram-se as

algas da diviso Heterokontophyta (Classe Bacillariophyceae - diatomceas)

com os maiores valores, contribuindo com 12 espcies e representando 59%

do total coletado. A diviso Dinophyta (Classe Dinophyceae dinoflagelados)

contribuiu com apenas trs espcies, perfazendo 41% da coleo. A Classe

Bacillariophyceae se destaca por apresentar organismos aptos a ambientes

com turbulncia, com espinhos ou setas que so utilizados para flutuar, e at

mesmo para causar rotao evitando a sedimentao. A presena de uma fina

camada de mucilagem ao redor da clula tambm um aparato utilizado para

evitar a sedimentao (SOMMER, 1988). Por sua vez, os dinoflagelados so

freqentemente relatados como abundantes em guas ocenicas e costeiras.

Eles representam um dos grupos mais importantes do fitoplncton marinho,

visto que so aptos s condies ambientais marinhas. Tais algas podem ser

auttrofas e hetertrofas, o que facilita a sobrevivncia em guas ocenicas,

que so geralmente pobres em matria orgnica (SOURNIA, 1986). Algumas

espcies de algas planctnicas so ilustradas na Erro! Fonte de referncia

no encontrada. 8-64.

Figura 9-62 - Riqueza Especfica (Barras Claras) e Densidade Absoluta (Barras Escuras) por

Classes de algas planctnicas coletadas na rea de influncia do empreendimento em Imbituba, SC. Campanha de Dezembro de 2015.

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Figura 9-63 - Registro fotogrfico de algumas espcies de algas planctnicas coletadas na rea

de influncia do empreendimento em Imbituba, SC. Campanha Dezembro de 2015. (A) Pseudonitzschia sp1; (B) Leptocylindrus danicus; (C) Pleurosigma sp1; (D) Coscinodiscus sp2; (E) Coscinodiscus sp1; (F) Thalassionema nitzschioides; (G) Scrippsiella sp1; (H) Prorocentrum

gracile; (I) Skeletonema costatum.

Em relao distribuio espacial das algas planctnicas, no houve

diferena entre o nmero de espcies coletadas nos dois pontos amostrados,

sendo que ambos contriburam com 12 espcies. Quanto densidade, os

maiores valores foram verificados no ponto P02, que encontra-se um pouco

mais prximo a costa, onde ocorre maior aporte de nutrientes.

Ponderando-se os atributos riqueza e abundncia atravs do ndice de

Equitabilidade, tambm no foi observada diferena expressiva entre os pontos

de coletas, de modo que ambos os pontos apresentaram valores considerados

elevados para este ndice (prximos a um), sendo. o maior valor verificado no

ponto P01 (PIE 0,88). Valores elevados de equitabilidade apontam uma

distribuio homognea das espcies de algas planctnicas, indicando no

haver tendncia de dominncia de um grupo sobre os demais.

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Figura 9-64 - Riqueza Especfica (Barras Claras) e Densidade Absoluta ( Barras Escuras) por pontos de coletas de algas planctnicas coletadas na rea de influncia do empreendimento

em Imbituba, SC. Campanha de Dezembro de 2015.

Figura 9-65 - Equitabilidade de PIE por pontos de coletas de algas planctnicas na rea de

influncia do empreendimento em Imbituba, SC. Campanha de Dezembro de 2015.

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ZOOPLNCTON.

Introduo

Os ambientes costeiros e ocenicos contm a maior parte da

biodiversidade disponvel no Planeta. Alm disso, grande parte desses

sistemas vem passando por algum tipo de presso antropognica, levando

populaes de importantes recursos pesqueiros, antes numerosas, a nveis

reduzidos de abundncia e, em alguns casos, ameaa de extino

(BONECKER, 2006). A comunidade zooplanctnica constituda por

organismos heterotrficos que ocupam uma posio chave na transferncia de

energia no ambiente pelgico (HARRIS et al., 2000). A maioria dos filos de

animais marinhos est representada no zooplncton, seja ao longo de todo o

ciclo de vida (holoplncton) ou apenas na fase larvar (meroplncton)

(Bonecker, 2006). Somado a isso, na comunidade zooplanctnica esto

includas larvas de importantes recursos pesqueiros e de interesse comercial,

como larvas de crustceos e moluscos. De forma geral, a estrutura e a

distribuio do zooplncton so influenciadas por predao, competio, bem

como por processos fsicos que atuam em diferentes escalas temporais e

espaciais (ASHJIAN, 1993; WIAFE & FRID, 1996). A composio e a

distribuio espacial das biocenoses que compem o zooplncton esto

condicionadas s caractersticas do ambiente, fornecendo informaes de certa

relevncia sobre os mecanismos de colonizao e organizao dessas

biocenoses, bem como o grau de trofia do ambiente (BARBOSA & MARTINS,

2002). Sendo assim, o estudo desses organismos fornece informaes bsicas

no somente sobre sua composio e abundncia, como tambm de sua

interao com os demais organismos vivos, e fatores abiticos que

condicionam todo o sistema. Estes dados podem servir como subsdios para a

elaborao de planos que visem o uso sustentvel dos sistemas aquticos,

contribuindo para a soluo dos problemas relacionados com o aproveitamento

e conservao da biodiversidade, e a minimizao dos impactos naturais e

antropognicos decorrentes do uso desses ambientes.

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Metodologia

Para as coletas de zooplncton foram selecionados dois pontos (P01 e

P02) em ambientes pelgicos na rea de influncia do empreendimento em

Imbituba, SC. As coletas foram realizadas em dezembro de 2015.

As amostras quali-quantitativas foram obtidas a partir de arrastos

horizontais contnuos com rede cilndrica cnica com 200 m de abertura de

malha, sendo a quantidade de gua filtrada determinada a partir de um

fluxmetro acoplado rede. Posteriormente, as amostras foram fixadas em

soluo de formaldedo a 4% e acondicionadas em frascos de 1.000 mL.

Figura 9-66 - Coleta de zooplncton na rea de influncia do empreendimento em Imbituba,

SC. Campanha de Dezembro de 2015. (A) rede de zooplncton com fluxmetro acoplado; (B) arrasto com a rede de zooplncton.

Os organismos zooplanctnicos foram triados e contados com auxlio de

microscpio ptico e estereoscpio. Os organismos foram triados at um limite

mnimo de 200 indivduos, sendo considerados apenas os adultos nessa conta.

As amostras com reduzido nmero de organismos foram contadas na ntegra

(APHA/AWWA/WEF. EATON, A.D, et. al, 2005). A identificao dos grupos

zooplanctnicos foi realizada a partir de bibliografia especializada.

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A determinao da distncia percorrida (d), em metros, e do volume da

gua filtrada (V), em m, foram calculados pelas frmulas:

d = (F - F) CT / 999999

Sendo:

F = medida inicial do fluxmetro

F = medida final do fluxmetro

CT: Constante do rotor = 26873

V = (D2 / 4)d

Sendo:

D= dimetro da rede

Na anlise quantitativa a abundncia foi expressa em nmero de

indivduos por metro cbico (m3):

ind/m3 = C(V / V) V

Sendo:

C = nmero de organismos contados

V = volume da amostra concentrada (mL)

V = volume contado da subamostra (mL)

V = volume de gua filtrada (m3)

J na anlise qualitativa, os organismos foram identificados at o menor

nvel taxonmico possvel (APHA/AWWA/WEF. EATON, A.D, et. al, 2005).

Anlise de dados

Como parte da anlise de dados, foi determinada a diversidade por

riqueza (nmero absoluto de espcies ou taxa), abundncia absoluta (nmero

de indivduos), e equitabilidade PIE de Hurlbert (1971) por unidade amostral.

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Resultados

Foram quantificados 3.380 ind/m3 distribudos em 21 taxa de

invertebrados zooplanctnicos. Uma expressiva contribuio para a

composio do zooplncton foi verificada para os artrpodes com 17 taxa e

3.096 ind/m3, correspondendo a 91,6% do total coletado. Os artrpodes mais

comuns so as aranhas, escorpies, insetos, centopias, caranguejos e

camares. A capacidade adaptativa deste grupo permite a sobrevivncia em

praticamente todos os ambientes, sendo considerados animais com amplo

sucesso de colonizao em diferentes habitats (RUPPERT; BARNES, 2005).

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Tabela 9-39 - Composio dos organismos zooplanctnicos por pontos de coletas na rea de influncia do empreendimento em Imbituba, SC. Campanha de Dezembro de 2015.

Composio taxonmica Densidade Absoluta

Filo Classe Ordem Famlia Espci