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Ética na modernidade

Nova concepção do homem e do mundo

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Idade moderna(século XV ao XVIII)

Ocorreram uma série de transformações nas sociedades européias relacionadas com a construção de uma nova mentalidade;

• Passagem do feudalismo para o capitalismo

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• Desenvolvimento da ciência:Com Copérnico, Galileu, Bacon,...

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• Invenção da imprensa

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• Novas ideias, concepções e valores nas artes, ciências e filosofia;

• Tendência ao antropocentrismo – valorização da obra humana;

• o movimento cultural que marcou essas transformações é o Renascimento (séculos XV e XVI) –revalorização do homem e da natureza

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• Movimento criaria a base conceitual de valores que permitiram a arrancada da razão e ciência;

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• Inspirado no humanismo – movimento defendia o retorno aos ideais de exaltação do homem e de seus atributos como: razão e liberdade;

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• O pensador moderno procurava conhecer a realidade e exercer controle sobre ela;

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Ameaças a nova mentalidade

• A transição para a mentalidade científica sofreu grande resistência.

• Forças do passado medieval lutaram contra essas transformações.

• Puniram muitos pensadores da época e organizaram uma lista de livros proibidos - Index

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Tribunal da inquisição

• Órgão da igreja católica criado em 1232 encarregado de descobrir e julgar os responsáveis por heresias.

• Giordano Bruno (1548-1600) foi condenado à morte na fogueira por contestar o pensamento católico.

• Apoiava o heliocentrismo de Copérnico.

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Ética

• O século XVIII é chamado de século das luzes

• porque em todas as expressões do pensamento e atividades humana, a razão como luz, serve para interpretar e organizar o mundo.

• Recorrer à razão significa recusar a intolerância religiosa e o critério de autoridade.

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• A concepção moral se centrou na autonomia humana;

• A moral vai se tornar laica (não religiosa)• O fundamento dos valores não se encontra

em Deus mas no próprio homem;• A concepção mais expressiva sobre a natureza

humana do período foi a de Kant;

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Kant(1724-1804)

• Nascido em Königsberg – Alemanha.

• Homem metódico e de hábitos regulares;

• Lecionou 40 anos na Universidade de Königsberg ;

• Considerado o maior filósofo do Iluminismo alemão.

• O ser humano como ser dotado de razão e liberdade é o centro de sua filosofia.

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Critico da razão

• Afim de investigar as condições em que se dá o conhecimento, desenvolve um exame crítico da razão - na obra “Crítica da razão Pura”

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Obras

Examina o agir humano (ética) e publica os textos:• “Crítica da razão prática”• “Fundamentação da metafísica do costumes”• “Metafísica dos costumes”

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Reflexões estéticas:• Crítica da faculdade de julgar

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“Revolução copernicana”• Nome dado à respostas oferecida

por Kant ao problema do inatismo e empirismo;

• Consiste em colocar no centro do conhecimento a razão que é a luz natural

• Em vez de Colocar a realidade exterior ou os objetos do conhecimento no centro

• e fazerem a razão, ou o sujeito do conhecimento, girar em trono deles.

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• Para entendermos essa revolução temos que começar pelo sujeito do conhecimento, que é a razão universal;

• Ou seja, é necessário descobrir primeiramente o que é a razão.

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O que é razão?

Estrutura:>A razão é uma estrutura vazia, uma forma pura sem conteúdos. >essa estrutura é universal, a mesma para todos os seres humanos;> estrutura é inata, não é adquirida através da experiência, ou seja, a razão é à priori ;

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Conteúdos: • conteúdos que a razão conhece e nos

quais ela pensa, dependem da experiência;

• a experiência fornece a matéria (os conteúdos) do conhecimento para a razão

• A razão por sua vez fornece a forma (universal e necessária) do conhecimento

• A matéria do conhecimento por vir depois da experiência é a posteriori.

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CONCLUSÃO

• Não existem ideias inatas;• A experiência é a ocasião para que a razão,

recebendo matéria ou conteúdo, formule as ideias;

• A estrutura da razão é inata e universal;• Os conteúdos são empíricos e podem variar

no tempo e espaço;

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Conhecimento racional

• Síntese que a razão realiza entre uma forma universal inata e um conteúdo particular oferecido pela experiência;

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Estruturas da razão

• A razão é constituída por três estruturas à priori :• 1-estrutura ou forma da sensibilidade: a estrutura da

percepção sensível e sensorial = o espaço (pois permite haver percepção) e o tempo (percebemos as coisas como realidades temporais)

• 2-estrutura ou forma do entendimento: estrutura do intelecto ou inteligência

• 3-estrutura ou forma da razão propriamente dita: quando esta não se relaciona nem com os conteúdos da sensibilidade nem do entendimento, só consigo mesma;

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• Para Kant só há conhecimento quando a experiência oferece conteúdos à sensibilidade e ao entendimento;

• Então a razão separada da sensibilidade e do entendimento não conhece coisa alguma;

• Sua função é de regular e controlar a sensibilidade e o entendimento.

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“O que é ilustração”• Texto kantiano que sintetiza seu otimismo

iluminista • Fala sobre o homem guiar sua própria

razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias;

• Descreve o processo de ilustração como sendo “ a saída do homem da sua menoridade”;

• Momento que o ser humano, como uma criança que amadurece, se torna consciente da força e independência (autonomia) de sua inteligência;

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ética

• procurou demonstrar que era possível formular para a moral leis universais

• Estas leis tinham que ser formuladas à priori• O legislador supremo da moralidade é a razão

humana. • que interessa na moralidade de um acto é o

respeito à própria lei moral

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O que é o bem

• a única coisa que merece a denominação de bom é a boa vontade

• Uma boa vontade é definida como uma vontade pura, sem qualquer determinação ou influência sensível.

• É uma vontade desinteressada.

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Dever

• Agir moralmente é agir por dever;• O dever é uma necessidade interna de

realizar uma dada ação apenas por respeito à lei moral (lei prática).

• O dever liberta o homem das determinações• impõe ao homem a limitação dos seus

desejos e obriga-o a respeitar as leis morais da razão.

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• O indivíduo que obedece a norma moral, atende a liberdade da razão

• Nossa ação deve ser tal que possa ser universalizada, ou,

• possa ser realizada por todos os indivíduos sem prejuízo da humanidade

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Questões(UFU1998/2)QUESTÃO 08

Na sua obra "Crítica da Razão Pura", Kant formulou uma síntese entre sujeito e objeto, mostrando que, ao conhecermos a realidade do mundo, participamos da sua construção mental. Segundo Kant, esta valorização do sujeito (possuidor de categorias apriorísticas) no ato de conhecimento, representou, na Filosofia, algo comparável à

A) previsão da órbita do Cometa Halley no sistema solar.B) revolução de Copérnico na Física.C) invenção do telescópio por Galileu Galilei.D) Revolução francesa que derrubou o Ancien Régime.E) invenção da máquina a vapor.

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Q1999/1 UFU- QUESTÃO 09Na obra Crítica da Razão Pura, Imannuel Kant, examinando o problema do conhecimento humano, distinguiu duas formas básicas do ato de conhecer. Assinale a alternativa CORRETA.

A) O conhecimento religioso e o conhecimento ateu.B) O conhecimento mítico e o conhecimento cético.C) O conhecimento sofístico e o conhecimento

ideológico.D) O conhecimento empírico e o conhecimento puro.E) O conhecimento fanático e o conhecimento tolerante.

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1999/2 UFU -QUESTÃO 08Kant, filósofo alemão do séc. XVIII, realiza uma "revolução

copernicana", ao afirmar queI- o sujeito do conhecimento é a própria razão universal e não

uma subjetividade pessoal e psicológica, pois é sujeito conhecedor.

II- por ser inata e não depender da experiência para existir, a razão, do ponto de vista do conhecimento, é anterior à experiência; sua estrutura é a "priori".

III- a experiência determina o conhecimento para a razão e fornece a forma (universal e necessária) do conhecimento.

AssinaleA) se as afirmações I e II são corretas.B) se as afirmações I e III são corretas.C) se apenas a afirmação I é correta.D) se as afirmações II e III são corretas.

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• 8 B, 9 D, 8-a

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O Despertar do sono dogmático

• Atenta para a existência de uma realidade em si que pode ser conhecida por nossa razão.

• Afirma que as ideias produzidas por nossa razão correspondem exatamente a uma realidade externa, que existe por si mesma.

• Elabora uma crítica á razão teórica, faz o estudo sobre o que ela pode e o que não pode conhecer verdadeiramente.