ÉTICA NA PROPAGANDA. O QUE É SER ÉTICO NA PROPAGANDA ?

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ÉTICA NA PROPAGANDA

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O QUE É SER ÉTICO NA PROPAGANDA?

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Ser ético na propaganda não é só respeitar a concorrência, os clientes, a natureza, a sociedade e todos os outros itens divulgados como valores a serem exaltados pelas empresas. Mas é além de tudo isto, não reforçar preconceitos, é estabelecer uma comunicação que preserve valores e que reforce de maneira positiva a relação entre as pessoas e os produtos, mas, sobretudo, a relação das pessoas na sociedade em que vivem.

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PUBLICIDADE E PROPAGANDA“Mais do que reclame, mais do que comercial

de 10, 15, 30, 45 segundos ou 1 minuto, mais do que um simples layout, mais do que uma atuação engraçada, mais do que Produtos, muito mais do que o visto a olhos nus; mas do que o Tangível. Estamos falando sim e sempre de manipulação comportamental.”

João Paulo Cavalléro Escritor do Livro O ALMANAQUE DO PUBLICITÁRIO

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PODER DE MANIPULAÇÃO

A propaganda se utiliza da persuasão para barganhar sua vendas junto aos consumidores, “manipulando” comportamentos e incentivando hábitos, através de mecanismos de persuasão.

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MECANISMOS DE PERSUASÃO

Por persuasão se entende o emprego de argumentos verdadeiros ou falsos com o propósito de conseguir que outros indivíduos adotem certas crenças, teorias ou linhas de conduta.

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MECANISMOS DE PERSUASÃO

Robert Leduc fala dos mecanismos de persuasão, que podem ser divididos em três grupos: os automáticos, os de racionalização e os de sugestão.Vale considerar também os mecanismos inconscientes que a propaganda explora.

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OS MECANISMOS AUTOMÁTICOS

São aqueles que se limitam a agir sobre a memória, com base numa das grandes leis da propaganda: a repetição.

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OS MECANISMOS DE RACIONALIZAÇÃO

Constroem-se sobre o raciocínio e a mensagem publicitária vale-se da dialética de preposição-prova-benefício para o consumidor.

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O MECANISMO DE SUGESTÃO

É um mecanismo de persuasão de poder acentuado. Consiste em suscitar o desejo do produto, criando uma atmosfera que corresponde às motivações, graças à utilização de uma linguagem mais poética, audiovisual, que apela mais para os sentidos, com roupagem mais sugestiva.

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EXEMPLO DE ESTÍMULOS SUBLIMINAR NA PUBLICIDADE Jim Vicary instalou em um cinema de Fort Lee,

Nova Jersey, em 1953, um segundo projetor especial, o qual projetava intermitentemente na tela frases como “Beba Coca-Cola” ou “Coma Pipoca”. A idéia do experimento era projetar as palavras tão depressa que a mente consciente não as pudesse perceber sobrepostas ao filme. Resultado, aumentou em 60% as vendas.

EM 1974, onde é descrito o primeiro emprego de propaganda subliminar na televisão na veiculação do filme publicitário do jogo “Kusker Du”, anúncio veiculado antes do natal. No filme, a expressão “compre-o” aparecia quatro vezes, em frações de segundo, sobreposta à imagem.

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ASPECTOS LEGAIS - BRASIL O Artigo 20 do Código de Ética dos

Publicitários declara que as mensagens devem ser ostensivas e assumidas, assim como o Artigo 3 do Código de Defesa do Consumidor que proíbe anúncios disfarçados e dissimulados.

Logo, entende-se que se pode coibir o uso de impulsos subliminares em mensagens publicitárias.

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CONARCONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA

É o Conselho de Autorregulamentação Publicitária tem a finalidade de impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ou prejuízo ao consumidor, as empresas ou a sociedade brasileira

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CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DA PROPAGANDA

I - A propaganda é a técnica de criar opinião pública favorável a um determinado produto, serviço, instituição ou idéia, visando a orientar o comportamento humano das massas num determinado sentido.

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CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DA PROPAGANDA

II - O profissional da propaganda, cônscio do poder que a aplicação de sua técnica lhe põe nas mãos, compromete-se a não utilizá-la senão em campanhas que visem ao maior consumo dos bons serviços, ao progresso das boas instituições e à difusão de idéias sadias. III - ... jamais induzirá o povo ao erro; jamais lançará mão da inverdade; jamais disseminará a desonestidade e o vício.

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CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DA PROPAGANDA

IV - No desempenho do seu mister, o profissional da propaganda agirá sempre com honestidade de modo a bem servir a ele e à sociedade.

V - Nas relações entre os seus colegas, o profissional da propaganda pautará sua conduta pela estreita observância das definições, normas e recomendações relativas à ética da profissão, restringindo sua atividade profissional ao setor de sua escolha, assim elevando, pelo respeito mútuo, pela lealdade e pela nobreza da atitude, o nível da sua profissão no País.

Nos textos que usa, exalta as vantagens do seus temas, sem que isso envolva críticas ou ataques diretos ao competidor.

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INTERVENÇÕES CONAR O Ministério Público do Paraná e três

consumidores de São Paulo e Rio de Janeiro reclamaram ao Conar do comercial veiculado em TV pela Fiat. Segundo as queixas, o filme protagonizado pelo piloto Michael Schumarcher é inadequado por apresentar e incentivar o excesso de velocidade. Na denúncia, é enfatizado ainda o fato de a ultrapassagem apresentada na publicidade ser irregular, uma vez que é possível observar que ela ocorre em linha contínua, o que constitui grave infração de trânsito

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RESULTADO

O relator do recurso extraordinário confirmou a sustação do comercial, e seu voto foi aceito por unanimidade pelos conselheiros reunidos do Plenário. O princípio da Respeitabilidade foi seguido.

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INTERVENÇÕES CONARA 6ª. Câmara do Conselho de Ética do CONAR decidiu dia 30/03/2010, por unanimidade, pela sustação definitiva de várias peças da campanha da cerveja Devassa, incluindo os filmes para TV e anúncios de mídia impressa e internet, cuja veiculação fora interrompida no final de fevereiro por medida liminar recomendada pela instituição.

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FUNDAMENTOO código estabelece que “eventuais apelos à sensualidade não constituirão o principal conteúdo da mensagem; modelos publicitários jamais serão tratados como objeto sexual.”

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APRENDIZ – A LIÇÃO DE MORAL E ÉTICA

No programa, um grupo montou uma tenda de promoção da operadora Claro sem a autorização da Prefeitura de São Paulo, e um dos participante o Eduardo se mostrou disposto a subornar a fiscalização se problemas ocorressem.

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RESULTADO

A equipe perdeu a prova, Eduardo foi demitido por sua atitude antiética e seu líder demitido por se omissão ao fato.

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ÉTICA NA PROPAGANDA INFANTILNo documentário “The corporation” , Suzan Linn, psicóloga da Universidade de Harvard (EUA), denuncia que a manipulação infantil para comprar produtos ficou mais sofisticada a partir de 1998, quando duas grandes corporações (WIMCC e a LRW) conduziram um estudo sobre a teimosia infantil. “Este estudo não era para ajudar os pais a lidar com a teimosia. Era para ajudar as corporações ensinar [ou ‘doutrinar’] as crianças para teimar por seus produtos de maneira mais eficiente”, declara Linn.

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ÉTICA NA PROPAGANDA INFANTILOrganizações não-governamentais, o Congresso, o Ministério Público e o governo brasileiro, hoje, discutem restrições sobre a propaganda de produtos para crianças. Apelos publicitários considerados imorais do tipo “peça para a sua mãe comprar isso" ou aqueles que passam a idéia de que a criança ficará “mais forte”, “legal”, “inteligente”, “feliz”, devem sofrer restrições.

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ÉTICA NA PROPAGANDA INFANTILAs empresas são tão convencidas do poder de consumo que as crianças exercem sobre sua família (80% da influência de compras dentro de casa vem das crianças) que fazem propagandas de produtos para o público adulto se utilizando de uma comunicação voltados para o público infantil.

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ÉTICA NA PROPAGANDA INFANTILAlguns executivos ‘éticos’ são contra as empresas se valerem das crianças como instrumentos capazes de azucrinar os pais para adquiri os produtos que elas pedem. Entretanto, a maioria das empresas investe pesado para vender seus jogos, brinquedos, roupas de marca, fast food, serviços de férias, etc; geralmente elas fazem uso ideológico dos estudos realizados por psicólogos, cientistas sociais, antropólogos, experts em comunicação social, visando seduzir “cientificamente” o público infanto-juvenil.

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A ética na propaganda não pode ser desvinculada da missão organizacional. Prezar pela ética é acima de tudo prezar pela imagem da empresa junto aos seus consumidores.Tudo pode ser dito dentro das limitações éticas e das leis que regem as relações entre profissionais e sociedade.