Ética Nas Organizações e Sustentabilidade

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tica nas Organizaes e Sustentabilidade

tica nas Organizaes e SustentabilidadeProf. Ms. Felipe Saraiva Nunes de Pinhowww.felipepinho.com

ApresentaoFelipe Saraiva Nunes de Pinho

Psiclogo (UFC)MBA em Gesto de Pessoas (Fanor)Auditor Lder da Qualidade ISO 9001:2008 (RABQSA/BSI - 2012)Mestre em Lingustica (UFC)DEA em Filosofia (Universidad de Barcelona)Doutorando em Filosofia (Universidad de Barcelona)

Para refletirmos...O ilegalns fazemosimediatamente. O inconstitucionalleva umpouco maisde tempo.Henry Alfred KissingerEx-secretario de Defensa dos EUAPrmio Nobel da Paz (1973)

A tica responde pergunta: - Como viver?

A FilosofiaRazo e Filosofia

Razo e Verdade

Todos os homens, por natureza, desejam conhecer. (Aristteles)

Por que falar de tica?Uma vida no examinada, no vale a pena ser vivida! (Scrates)

O lugar da tica na Filosofia A importncia da tica A vivncia imediata e a vivncia reflexiva e indagativa A Atitude Filosfica

tica: conceitos fundamentaistica x Moraltica e liberdadetica: entre o querer e o deverO legal, o moral e a ticaO sujeito tico: Heteronomia x AutonomiaO livre-arbtrio: querer ou dever?

A moral remete antes, e de modo no exclusivo, presena de regras e de uma lei. A tica, por sua vez, associada ao bem, s virtudes ou s prticas. Mas, como o bem pode incluir um elemento imperativo e as virtudes um elemento formal, a distino entre os dois termos frequentemente indecisa e provisria. (Canto-Sperber, 2005)

A mudana de Paradigma Cientficoe a nova demanda ticaPARADIGMA MECANISCITAPARADIGMA SISTMICOCausalidade linearMulticausalidadeRacionalidadeA compreenso de que outros fenmenos psicolgicos e sociais interferem no comportamento humanoNeutralidade cientficaO envolvimento ticoO sujeito como parte da engrenagem organizacionalO sujeito como parte da estrutura informal, da cultura, da construo social da organizaoFoco na tarefa Foco no ser humanoI - A atual crise do Paradigma do Conhecimentotica EmpresarialO Capitalismo moral?

Qual a verdadeira responsabilidade moral de uma empresa?

No da generosidade do aougueiro, do padeiro, do verdureiro, do leiteiro que esperamos nosso almoo, mas porque cada um est atuando em seu prprio interesse. (Adam Smith)

A nica responsabilidade moral dos gestores das organizaes incrementar o lucro dos acionistas e proprietrios. (Milton Friedman)

A confuso das ordens e as tiraniasAndr Comte-SponvilleA ordem Tcnico-cientficaA ordem Jurdico-polticaA ordem MoralA ordem tica

Como fazer o controle e evitar os excessos?

No espere que o capitalismo seja moral em seu lugar. (Andr Comte-Sponville)

Os excessos e os limites

A tica e a ResponsabilidadeO princpio da Responsabilidade de Hans Jonas e os limites das cincias e tecnologias:Age de tal modo que os efeitos da tua ao sejam compatveis com a permanncia de uma vida humana autntica na Terra. Que no ponhas em perigo a continuidade indefinida da humanidade na Terra. Que incluas, no teu querer, a futura integridade do homem.

1971- Conferncia de Estocolmo:2050 cenrios catastrficos e drstica reduo da populao mundial.CRESCIMENTO ZERO.1972 - Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente PNUMA.1992 Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92.2012 - Conferncia das Naes Unidas sobre Desenvolvimento Sustentvel - Rio +20.

Desenvolvimento Sustentveldesenvolvimento sustentvel aquele que:

...atende s necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraes futuras atenderem a suas prprias necessidades......respeita a capacidade de suporte da biosfera disponibilidade de recursos naturais e capacidade de assimilao de resduos e poluio......reduz a pobreza no mundo. (Fonte: FVG)Responsabilidade EmpresarialTer: agir de acordo comSustentabilidade... os limites da naturezaResponsabilidade Social... as necessidades da comunidadeGesto do meio ambiente... a proteo do meio ambienteQualidade... as expectativas dos consumidoresSade, segurana e QVT... as necessidades dos empregadosPrticas de negcios corretas.... as leis, regulamentos e contratos

Uma EMPRESA - deve ser MORAL?

Mas essa moral efetiva ou instrumental ( estratgica e por interesse)?

Kant: imperativo hipottico x imperativo categrico.

Imperativos Categricos de KantAge somente, segundo uma mxima tal, que possas querer ao mesmo tempo que tua ao se torne uma lei universal para todos os seres racionais.Age de tal modo que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca apenas como um meio.

Teoria dos Acionistas StockholdersA responsabilidade moral da empresa e dos gestores gerar lucro para os acionistas.Lucro (dentro da Lei)Remunerao dos Fatores de ProduoRenda para a Sociedade e impostos para o GovernoResoluo dos problemas sociaisTeoria dos StakeholdersPessoa ou grupo de pessoas com interesse na empresa ou que afeta ou afetado por ela.As partes afetadas devem ser tratadas como fins em si mesmos e no como meios para a empresa alcanar os seus resultados.Teoria dos StakeholdersRobert Edward Freeman:1 Identificar e compreender quais so os grupos de interesse (stakeholders) que so decisivos para o seu sucesso e desenvolvimento da organizao;2 Entender os comportamentos, valores, histrico e contexto de cada stakeholder, tendo em vista o propsito da organizao;3 Entender como as relaes com os stakholders acontece;4 Balancear continuamente os interesses dos stakeholders.

Modelo da Responsabilidade SocialArchie Carroll

Modelo da tica EmpresarialRepensando o papel das empresasA Gesto da Confiana (Adela Cortina)A Gesto dos Valores OrganizacionaisModelo complexo da tica EmpresarialPaul RicoeurVIVER BEMPARA E COM O OUTROEM INSTITUIES JUSTAStica e Gesto de PessoasMas afinal possvel ser feliz no trabalho?

Ou Feliz quem no trabalha?

Ou melhor ... possvel ser feliz?

O trabalho como tripalium...

O cio e o TrabalhoPara Aristteles, as ocupaes menos importantes so as que mais deformam o corpo, aproximando o homem do animal.

S o tempo livre o liberta para a contemplao da verdade e para a vida virtuosa.O trabalho sujeita o homem s necessidades do corpo; o incapacita para a prtica da virtude.

A modernidade inverteu a lgica!

E o ser humano precisou se adaptar racionalizao da sua vida...

A racionalizao do trabalho...J bateu o ponto hoje?Diminuir o desperdcio de tempo e de energia;Minimizar a vadiagem e a simulao;Disciplinar e educar o novo cidado;Criar tarefas simples que qualquer pessoa pudesse aprender.

Gesto DesumanaTrabalho concepo (prescrito) x trabalho execuo (real);Trabalho repetitivo, sem sentido, alienante;Individualismo;Autoritarismo e hierarquia;Terceirizao e precarizao das relaes de trabalho.

Toda organizao , de antemo, desestabilizadora da sade.(Dejours)A Gesto Desumana ultrapassa os limites da empresa e atinge a famlia e a sociedade.Esqueceram um pequeno detalhe:um tal de...

SER HUMANO!

O trabalho um espao privilegiado do teatro psquico Bem-estar psquico, em nosso entender, , simplesmente, a liberdade que deixada ao desejo de cada um na organizao de sua vida.

(Christophe Dejours)

O Modelo de Peter Warr Influncias ambientais na Sade MentalOportunidade de controleOportunidade de usar as habilidadesMetas geradas externamenteVariedade ambientalTransparncia organizacionalDisponibilidade de dinheiroSegurana fsicaOportunidade de contato interpessoalPosio social valorizada

Gesto HumanaAutonomia e trabalho criativoRelaes humanas menos formais e baseadas na confiana;Promover um espao pblico da fala;Gesto participativa;Promover a ressonncia simblica;Reconhecimento e Feedback;Estima e valorizao pelo outro;tica nas relaes de trabalho;Trabalho que atenda s exigncias intelectuais, motoras e psicossensoriais

Repito exausto o quanto a questo da identidade, da realizao de si mesmo, central na construo da sade mental. (Dejours)Uma empresa tica precisa primeiro tratar eticamente o seu pblico interno, seu colaboradores, verdadeiros parceiros do negcio.Bibliografia IndicadaCHAU, M. Convite Filosofia.So Paulo: tica, 2003.BARBIERI, Jos Carlos; CAJAZEIRA, Jorge Emanuel Reis. Responsabilidade Social Empresarial e Empresa Sustentvel - da Teoria Prtica - 2 Ed. Saraiva, 2012..MORIHANASHIRO; TEIXEIRA; ZACCAR.. Saraiva, 2008. Gesto do Fator Humano: uma Viso Baseado em StakeholdersBASTOS; BORGES-ANDRADE; ZANELLI. Psicologia, Organizaes e Trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004. CHANLAT, Jean-Franois. O indivduo na Organizao: Dimenses esquecidas. Vol. 1. So Paulo: Editora Atlas, 2009.