Eurostat Neve nos 11% em Outubro Estradas cortadas e...

Neve

Estradas cortadas e escolas fechadas

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OPINIÃO

... E mais uma

nova lei

Maria do Rosário CarneiroPág.4 »

Eurostat

Desemprego fi xou-se

nos 11% em Outubro

Os dados do Eurostat revelam que a taxa de desemprego desceu uma décima face a Abril. Pág.5 »

Pão

Ministro pede “bom

senso” aos empresários

Empresários da panifi cação que-rem subir o preço do pão. António Serrano não vê razões. Pág.6 »

iPad

Tablet já está à venda

nas lojas nacionais

A loja da Apple em Lisboa não teve fi la, mas a procura surpre-ende em época de crise. Pág.7 »

“Luz do Mundo”

Entrevistas do Papa

com versão portuguesa

A obra, que hoje está à venda em Portugal, é uma oportunidade para conhecer o Papa. Pág.11 »

A 30 de Novembro...

1872: primeiro jogo

entre selecções de

futebol Pág.15 »

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Terça-feira30 Novembro de 2010

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Aos primeiros sintomas de Inverno, o cenário repete-se: estradas cortadas, escolas encerradas e muito frio para durar, pelo menos, até ao fi nal da semana. A neve que cai desde ontem nas regiões do Norte e do Centro está a provocar sérios condicionamentos à circulação automóvel. De acordo com a Guarda Nacional Repu-blicana (GNR), o distrito de Vila Real continua a ser o mais afectado. À hora de fecho desta edição, havia seis estradas nacionais intransitáveis nos concelhos de Mondim de Basto, Montalegre, Boticas e Ribeira de Pena. No entanto, de acordo com a GNR, a situação é de normalidade nas principais vias de comunicação do distrito. Em declarações à Renascença, o Tenente Coronel Gar-rido Gomes, da GNR, afi rma que “a circulação na A7 foi já restabelecida” esta manhã, e que no IP4 “o trânsito apenas permanece condicionado para os veículos pesa-dos, junto ao nó Pousada-Campeã”. Já em Vila Pouca de Aguiar, a neve que tem caído des-de ontem, praticamente isolou o concelho. Algo que, para o presidente da Câmara, é “incompreensível”. Em declarações à jornalista Olimpia Mairos, Domingos Dias lamenta que “ao fi m de pouco mais de uma hora de neve, a A24, a A7, o IP4 e a Nacional 2” já estivessem completamente bloqueadas “e o nosso concelho prati-camente isolado”.Situação que leva o autarca a reclamar, desde já, a implementação de um plano de emergência para este tipo de situações, à semelhança do que já existe para a prevenção e combate de fogos fl orestais. “Fala-se tanto dos incêndios no Verão, que julgo que esta situ-ação deveria merecer também uma atenção especial por parte da Protecção Civil”, adverte o autarca.

Escolas da Covilhã sem aulasEscolas da Covilhã sem aulas

Também na Serra da Estrela são notórios os efeitos da intempérie. Todos os acessos à Torre estão, desde esta manhã, cortados ao trânsito automóvel “e não há pre-visão de quando possam ser reabertos. Tudo dependerá da evolução das condições climatéricas”, afi rma o Te-nente Coronel Garrido Gomes, da GNR. A situação mais difícil regista-se na Covilhã, onde “cerca de 1700 alunos fi caram hoje sem aulas”, refere Paulo Rosa, vereador da educação. Uma medida toma-da para “evitar a confusão”, uma vez que “boa parte das estradas do concelho está intransitável, pelo que não seria possível garantir transporte em segurança às crianças”.

Conselhos da Direcção Geral de Saúde Conselhos da Direcção Geral de Saúde

A Direcção Geral de Saúde (DGS) recomenda cuidados com equipamentos de aquecimento dentro das habi-

tações, de modo a evitar acidentes. Numa nota divul-gada hoje no seu site, a DGS aconselha ainda “idosos, crianças e doentes crónicos” a protegerem-se conve-nientemente do frio, “com várias camadas de roupa adequadas à temperatura ambiente”. Por outro lado, é aconselhada também “a ingestão de bebidas e alimentos quentes”, sendo de evitar “bebi-das alcoólicas, com cafeína e tabaco”.Pode enviar vídeos e fotografi as que ilustrem o estado do tempo para [email protected].

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Mau tempo

Neve e gelo paralizam estradas do Norte e CentroVila Real, Viseu e Guarda são os distritos onde são mais sentidos os efeitos do primeiro ne-vão deste Outono. Segundo a GNR, mais de 20 estradas estão encerradas ao trânsito ou sob fortes condicionamentos. O transtorno chega também aos estabelecimentos de ensino. Só na Covilhã, cerca de 1700 alunos fi caram sem aulas.

André Rodrigues »

Até ao fi nal da semana, o mercúrio dos termómetros vai registar nova descida. É pelo menos essa a previsão do Instituto de Meteorologia (IM), que aponta para um ar-refecimento acentuado já na quinta-feira. Situação que tende a agravar-se no dia seguinte, com a descida gene-ralizada das temperaturas mínimas. De resto, o IM prevê a continuação de períodos de chuva (em alguns casos, aguaceiros fortes), vento forte - so-bretudo nas terras altas - e possibilidade da ocorrência de trovoadas. A neve vai continuar a cair nas terras al-tas, acima dos 600 metros no Interior Norte e Centro do território continental, e acima dos 800/1000 metros no Alto Alentejo.

Temperaturas ainda mais baixas

a partir de quinta-feira

r/com renascença comunicação multimédia, 2010

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Estudantes em Bragança sem transporte para irem à escola Queda de neve intensa também na cidade do Fundão

Manto branco desceu à cidade da Guarda

Serra do Alvão, distrito de Vila Real Várias estradas bloqueadas no distrito de Vila Real

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…E mais uma nova lei

Sexta-feira passada, depois de ter sido votada a Lei do Orçamento de Estado na Assembleia da Re-pública, os deputados votaram ainda a Lei que al-tera o Código de Registo Civil (1) criando o proce-dimento de mudança de sexo e de nome próprio no registo civil das pessoas transexuais.Trata-se de uma alteração legislativa que tem por objectivo corresponder à necessidade de clarifi car, simplifi car e agilizar os procedimentos de mudança de sexo no registo civil e correspondente alteração de nome próprio a quem seja diagnosticada uma perturbação de identidade de género, designada como transexualidade. De facto, em Portugal o procedimento é judicial e moroso, e por isso desadequado, na realização de um direito daqueles que sofrendo da perturbação referida e tendo, por diagnóstico e interven-ção clínicas, ajustado o sexo físico à identidade sentida, querem rapida-mente adequar o respectivo registo civil. E com este propósito estou de acordo.Contudo, esta nova Lei, produzindo esta justa adequação, não tem em devida conta a impor-tância e a relevância da alteração ao estado da

pessoa, que só pode decorrer de uma convicção defi nitiva do requerente, bem como da complexi-dade que lhe é inerente, na medida em que não defi ne um requisito temporal de permanência no sexo para o qual mudou prévio à alteração civil (por exemplo dois anos) e não pressupõe a reali-zação das necessárias intervenções clínicas nem a irreversibilidade da alteração.

A lei votada rejeita a irreversibilida-de, o que quer dizer, que ou não tem que ocorrer a necessária intervenção clínica com vista à adequação da mu-dança de sexo ou havendo, não tem que implicar a intervenção cirúrgica de conformação ao sexo adoptado. Nós nascemos e somos, mulheres ou homens, mas agora, e com o adequa-do enquadramento legal, podemos eventualmente ser híbridos, herma-froditas, conforme quisermos ou for o nosso estado de alma. Votei natu-ralmente contra.

(1) O texto fi nal resulta da fusão das iniciativas do Governo e do Bloco de Esquerda

Nós nascemos e somos, mulheres ou homens, mas agora, e com o adequado enquadramento legal, podemos eventualmente ser híbridos

Maria do Rosário CarneiroDeputada socialista


Camarate

Passos Coelho não recusa nova comissão parlamentar

O presidente do PSD não recusa, à partida, uma nova comissão parlamentar de Inquérito ao caso Camarate, que, a avançar, seria a nona.Interrogado sobre a possibilidade de ser reaberta a in-vestigação ao acidente que há 30 anos vitimou Sá Car-neiro e Adelino Amaro da Costa, Pedro Passos Coelho diz que é uma questão a “ponderar”.“Enquanto existir algum elemento relevante que possa trazer mais luz sobre o que se passou, não deixaremos de o analisar e de o levar por diante, se entendermos que são informação ou indicações que têm pés para andar e é isso que iremos ponderar, muito serenamen-te, com os restantes partidos, no Parlamento”, afi rma o líder do PSD. Passos Coelho falava, ontem, à margem da apresenta-ção do novo livro de Diogo Freitas do Amaral, onde o antigo ministro defende a criação de uma nova comis-são parlamentar de inquérito à tragédia de Camarate.

Freitas defende que se faça aquilo que o relatório da oitava comissão parlamentar de inquérito a Camarate sugeriu, em 2004: continuar as investigações onde elas pararam.O antigo líder do CDS-PP retoma o tema das investiga-ções ao fundo de defesa militar do Ultramar. O relató-rio da última comissão de inquérito mostra que nem tudo é cristalino, por exemplo, diz Freitas do Amaral, para além da conta que era gerida por dois administra-dores do fundo, havia outras sobre as quais há muito pouca informação. Ramalho Eanes, então Presidente da República, garantiu ontem à imprensa que o fundo de defesa militar do Ultramar tinha uma contabilidade rigorosa, mas Freitas do Amaral diz ter dúvidas. A apresentação do livro “Camarate, um caso ainda em aberto” acontece a poucos dias do 30.º aniversário da tragédia que vitimou o Primeiro-ministro Sá Carneiro e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa.

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Economia

Sócrates recusa falar da crise

Henrique Cunha »

O Primeiro-ministro José Sócrates propôs hoje em Tripoli, na Líbia, a rea-lização de uma conferência sobre energias renováveis em Lisboa e recusou falar sobre a situação económica portuguesa, a que chamou “uma obses-são” dos jornalistas.“A dívida portuguesa não está aqui em discussão”, afi rmou José Sócrates aos jornalistas portugueses à margem da III Cimeira União Europeia/Áfri-ca, que terminou hoje.O chefe do Governo recusou-se, desta forma, a comentar os mais recentes dados relativos à economia nacional e em particular as previsões da Comis-são Europeia que antecipa uma recessão para Portugal no próximo ano. Sócrates também não comentou a taxa de desemprego em Portugal, divul-gada esta manhã pelo Eurostat (ver caixa). O Primeiro-ministro explicou que terá ocasião de falar sobre a situação portuguesa ainda hoje, após o regresso a Lisboa, onde tem em agenda, esta tarde, uma reunião com as principais empresas exportadoras portu-guesas.

AICEP defende incentivosAICEP defende incentivos Neste dia em que o Primeiro-ministro se reúne com os maiores exportado-res nacionais, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portu-gal (AICEP) considera importante criar incentivos à exportação, como, por exemplo, créditos especiais para as empresas com capacidade exportado-ra e um banco dedicado à internacionalização e exportação.O presidente da AICEP, Basílio Horta, dá um exemplo: “Quanto é que está a exportar? Está a exportar 100, compromete-se a exportar 120. Se con-seguir os 120, estes 20 a mais terão um crédito fi scal de ‘x’ por cento, durante um período determinado. O que é o crédito fi scal? Quanto é que pagaria de imposto? Pagaria 50. Então o seu crédito será de cinco”.Numa altura em que o crescimento da economia nacional está dependente das exportações, a AICEP considera fundamental apoiar as empresas que já estão ou que querem entrar nesse caminho e o crédito fi scal é, na opinião de Basílio Horta, um incentivo importante. O presidente da agência defende, ainda, a criação de uma entidade ban-cária só para a internacionalização e exportação.

Encontro de Sócrates devia ser com PME, defende empresário Encontro de Sócrates devia ser com PME, defende empresário

O encontro do Primeiro-ministro com as maiores exportadoras nacionais é visto com muita reserva por parte do empresário Henrique Neto. O antigo deputado do PS acusa José Sócrates de desconhecer a realidade das expor-tações e diz que Governo deveria privilegiar o contacto com as pequenas e médias empresas (PME), que, no seu ponto de vista, são as principais responsáveis pelas exportações.

Eurogrupo

Juncker nega pressões sobre Portugal O presidente do Eurogrupo, Jean- -Claude Juncker, negou hoje em Tripoli, na Líbia, que existam “pres-sões” para que Portugal recorra à ajuda fi nanceira internacional. “Não existe nenhuma pressão. É o Governo português a decidir se re-corre à ajuda” do Fundo Monetário Internacional ou do Banco Central Europeu, declarou Jean-Claude Juncker a jornalistas portugueses, à margem da III Cimeira União Eu-ropeia/África.

Juros da dívida a subirJuros da dívida a subir

Os juros a 10 anos de Portugal e Es-panha estavam a subir esta manhã. As taxas de juro nacionais chegaram aos 7,44% e as espanholas ultrapas-saram os 5,5%. Os juros cobrados pelos investido-res para comprar dívida portuguesa a 10 anos estavam nos 7,077%, mais quatro pontos do que ontem.

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Relatório de Estabilidade

Bancos devem procurar alternativas

As difi culdades de acesso ao cré-dito estão a aumentar e os bancos portugueses devem procurar novas formas de fi nanciamento, adverte o Banco de Portugal.O Relatório de Estabilidade Finan-ceira, divulgado ontem, confi rma que os tempos são difíceis para a banca portuguesa, devido à crise fi -nanceira e à pressão dos mercados internacionais, que estão a criar graves problemas de liquidez.O supervisor reconhece que nos úl-timos meses houve “alguma dimi-nuição do recurso a fi nanciamento junto do Banco Central Europeu”, no entanto, os bancos portugueses devem “continuar a promover polí-ticas de ajustamento do balanço e de captação de recursos fi nanceiros alternativos, em particular procu-rando alargar a sua base de clientes e a oferta de produtos atractivos de aplicação de poupanças”. Para evitar os problemas de liquidez, a instituição considera que “o refor-ço do capital do sistema bancário afi gura-se imprescindível”.


A taxa de desemprego em Portugal fi xou-se nos 11% em Outubro, revelam dados do Eurostat divulgados hoje.De acordo com o Gabinete de Estatística da União Europeia, a taxa de de-semprego em Portugal fi xou-se nos 11,1% desde Abril. Mas a de Outubro está em 11%, acima do último valor avançado pelo Instituto Nacional de Estatísti-ca, que apontava para um nível de 10,9% no fi nal do terceiro trimestre. A falta de emprego é maior entre a população nacional activa com menos de 25 anos (22,7%). E, também há maior proporção de mulheres no desemprego: a taxa é de 12,4% entre as mulheres, enquanto nos 27 é de 9,6%.A nível a Zona Euro a taxa é de 10,1% e na Europa a 27 é de 9,6% (mantém-se inalterada desde Março). O organismo estima que em Outubro existiam 23.151 milhões de desempregos na União.

Desemprego chegou aos 11% em Outubro

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Preço do pão

Ministro pede “bom senso”

Depois de os industriais da panifi cação terem assumido que o preço do pão poderá subir até 12%, o ministro da Agri-cultura, António Serrano, disse hoje não ver motivo para uma subida tão ele-vada.Em Bruxelas, à margem de uma reunião de minis-tros da Agricultura e Pes-cas da União Europeia, António Serrano subli-nhou que o Governo não pode intervir nesta matéria, pois “não compete ao Governo estabelecer preços” - e “não o pode fazer” - mas disse esperar que os industriais le-vem em conta a época difícil quando decidirem sobre o preço de um “bem essencial”. Os industriais do sector responsabilizaram o aumento do preço da farinha para também subirem o pão pelo menos 12% a partir de Janeiro, mas Antó-nio Serrano considera que a subida do preço da matéria-prima não justifi ca tal aumento, até porque esta “é apenas uma componente da sua estrutura de custos” da produção do pão, “e não é a principal”. Para o ministro, o aumento não se deverá, por isso, “exclusivamente por razões associadas ao aumento da matéria-prima” e “provavelmente have-rá outras razões que levarão a essa tomada de decisão dos industriais”. “É uma matéria na qual o Governo não intervém, na formação dos preços, e cabe aos industriais e aos privados tomar a sua decisão. O que eu espero é que o façam com bom senso e também de modo adequado à época que vivemos, que é uma época de difi culdades”, declarou.

Tribunal de Contas

Derrapagem no terminal de Sines

Uma auditoria do Tribunal de Con-tas, divulgada ao fi nal da manhã, revela uma derrapagem de vários milhões de euros na construção do novo terminal de contentores de Sines. No fi nal da primeira fase do Termi-nal XXI, é já certo que a factura vai custar mais do que o previsto. Para a administração do porto de Sines, a conta subiu de quase 66 milhões de euros para 110 milhões de euros. A concessionária também já não vai pagar 182 milhões, mas mais de 230 milhões. Até ao fi nal de 2009, as duas partes já gastaram mais de 137 milhões no projecto. Por cada euro pago pela administração, a concessionária en-trou com 1,20 euros. A auditoria do Tribunal de Contas recomenda ainda que, em regra, as contratações sejam feitas por con-curso, uma vez que, apesar de ter sido essa a intenção inicial, a con-cessão do terminal acabou por ser feita por ajuste directo.


DR

Álcool

Campanha para travar excessosDezenas de entidades públicas e privadas comprometeram-se a reduzir o consumo excessivo de álcool, sobretudo, entre os jovens. A iniciativa é do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) e foi assinada, entre outras, pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Direcção-Geral de Saúde e os produtores de bebidas alcoólicas. Entre os objectivos estão a diminuição das mortes na estrada associadas ao consumo excessivo do álcool e a redução do número de jovens que bebem mais de seis bebidas numa noite. “Temos a noção de que é muito difícil, mas o que aqui é importante é o caminho que queremos que seja percorrido e o caminho é atingir valores muitíssimo mais baixos, quando estamos a falar, por exemplo, de embria-guez abaixo dos 18 anos”, afi rma Manuel Cardoso, da direcção do IDT. Ao contar com a colaboração de várias entidades, o IDT assume que o problema é grande demais para uma só instituição. Mas o caminho está em marcha e o Instituto da Droga e Toxicodependência tem pronta a rede de referenciação para os doentes de alcoologia. Aguarda apenas a aprovação da tutela do guia que permite traçar o percurso de quem precisa de ser tratado. “O normal será a primeira referência dos cuidados primários serem as estruturas do IDT. Depois, as unidades de alcoologia e, nós próprios, se tivermos difi culdades, nomeadamente, na área da patologia física, pode-mos enviar para outras especialidades da medicina hospitalar ou mesmo para a saúde mental. É uma rede e as coisas hão-de funcionar em todos os sentidos”, explica Manuel Cardoso.

Medicamentos

Petição pede reposição de preços

Uma petição com cerca de 150 mil assinaturas a exigir a reposição dos preços nas embalagens dos medica-mentos foi hoje entregue na Assem-bleia da República por um conjunto de associações que defendem “a transparência dos custos” como um direito dos consumidores. As 18 associações e instituições exigem que os preços dos medi-camentos sejam recolocados nas embalagens, revogando-se, assim, o decreto-lei que permite que seja eliminada a indicação dos preços de venda ao público, nos casos dos medicamentos comparticipados su-jeitos a receita médica. “A transparência dos preços é um direito dos consumidores em todos os sectores de actividade”, alega o responsável pela Associação de Do-entes com Lúpus, Rosa Gonçalves, assegurando que as 150 mil assi-naturas recolhidas pela Internet e nas farmácias de todo o país “de-monstram bem o que as pessoas querem”.

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Tecnologia

iPad chegou hoje a Portugal

Quase um ano depois do lançamento, foi colocado hoje à venda em Portugal o iPad, da Apple, um tablet PC (computadores que são pouco maiores do que um livro e que são operados a partir de um ecrã táctil).Quem quiser comprar um iPad em Portugal terá de de-sembolsar entre 499 (versão de 16 gigas só com wi-fi ) e 799 euros (versão de 64 gigas com 3G e wi-fi ).As versões do iPad sem 3G e só com wi-fi vão custar 499 euros (16 gigas), 599 euros (32 gigas) e 699 euros (64 gigas). Já as versões com 3G custam mais 100 euros em cada um dos modelos: a versão 3G com 16 gigas vai custar 599 euros, a de 32 gigas com 3G vai situar-se nos 699 euros e a versão mais cara - 64 gigas com 3G - vai custar 799 euros.Este tablet foi apresentado nos Estados Unidos em Ja-neiro e já circulam rumores na Internet sobre a próxima geração, a anunciar no primeiro trimestre de 2011.O Galaxy Tab, da Samsung, foi o primeiro tablet lan-çado em Portugal. A nível internacional, está previsto o lançamento do Playbook no próximo ano, que vai ser colocado no mercado pela RIM, empresa responsável pela marca Blackberry.Pedro Oliveira, director da revista Exame Informática, acredita que o iPad e os restantes tablets são objectos com futuro. “A grande mais-valia destes equipamentos não é tanto as capacidades das máquinas, mas o tipo de aplicações a que elas nos ligam. Temos acesso a mi-lhares de aplicações que são facilmente descarregadas para dentro do tablet”.O especialista acredita que “a potencialidade de os meios de comunicação irem para a via digital e con-quistarem novos utilizadores, porque conseguem colo-car conteúdos mais ricos e mais chamativos, faz com que estes novos equipamentos sejam uma das novas

vias de distribuição de conteúdos”.

A era dos A era dos tabletstablets?

Um em cada dez computadores pessoais vendidos em 2014 serão tablets, prevê a consultora norte-ame-ricana Gartner, que defende que o aparecimento no mercado do iPad e de outros dispositivos semelhantes já começou a afectar a, até aqui, imparável venda de computadores portáteis tradicionais. A Gartner calcula que este ano se vendam em todo o mundo quase 20 milhões de tablets.

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Torres Vedras

Externato de Penafi rme protesta contra cortes no fi nanciamento

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Filomena Barros »

Ao toque de emergência, alunos, pais, professores e pessoal não docente do Externato de Penafi rme puse-ram hoje em marcha uma acção de protesto contra os anunciados cortes estatais, que dizem colocar em cau-sa o funcionamento do colégio, no concelho de Torres Vedras.A chuva atrapalhou o protesto dos manifestantes, que contam com o apoio da comunidade em geral, mas não os deteve de se alinharem ao som do hino da escola. Pedem ao Governo que não corte o fi nanciamento. O director do externato, Alfredo Cerca, diz à Renascença que já foram feitos ajustes à despesa este ano lectivo: “É evidente que temos que reduzir despesas, tínhamos uma obra em curso que já suspendemos; em termos de ordenados, temos que fazer algum acordo com alguns funcionários”.Por isso, esperam que o Ministério da Educação recue no decreto-lei aprovado em 4 de Novembro, ainda que as negociações entre a tutela e a Associação de Esta-

belecimentos de Ensino Privado e Cooperativo não tenham sido con-clusivas.Esta escola tem 1800 alunos, divi-didos entre o 5º e o 12º ano de esco-laridade. Contactado pela Renascença, o Ministério da Educação afi rma que as alterações ao modelo de fi nanciamento do ensino privado vão ser aplicadas apenas às 93 esco-las com contrato de associação.O Governo propôs uma verba de 80 mil euros anuais, por turma, quando a oferta pública na zona onde estão inseridos os colégios não é sufi ciente, como é o caso de Penafi rme.Actualmente, o Estado paga 110 mil euros mensais e por turma.


Grupo r/com está a preparar aplicações para o iPad

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As primeiras horas do iPad em Portugal não tiveram as longas fi las de gente desesperadas para comprar o tablet como aconteceu nos Estados Unidos, mas, para um país em crise, as vendas até nem estão a correr mal. Em apenas duas horas, entre as 10h00 e as 12h00, a loja da Apple, no Chiado, em Lisboa, vendeu 10 iPad. O ge-rente, João Silvério, disse à Renascença que “tem deze-nas de aparelhos reservados” e que “ao longo da semana os clientes farão o levantamento dos produtos”.

Loja da Apple sem fi las

Vera Pinto

Coreia do Norte

Pyongyang assume ter sistema para enriquecimento de urânio

A Coreia do Norte afi rmou hoje dispor “de vários milhares de centrifu-gadoras” num complexo de enriquecimento de urânio utilizado, segundo Pyongyang, com fi ns pacífi cos, revelou um meio de comunicação social do Estado. “Neste momento, construímos um reactor de água ligeira e exploramos um sistema moderno de enriquecimento de urânio com vários milhares de centrifugadoras”, indicou a KCNA, citando um editorial do órgão do parti-do comunista norte-coreano, o Rodong Sinmun.

China considera “imperativo” restaurar negociaçõesChina considera “imperativo” restaurar negociações

A China considerou hoje “imperativo” restaurar as negociações multilate-rais sobre a península coreana e exortou as partes envolvidas a responde-rem positivamente ao seu apelo. “É preciso proporcionar uma plataforma para o diálogo e as consultas en-tre as partes, de modo a aliviar a tensão na península coreana”, disse, em Pequim, o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei.No sábado, quatro dias depois do violento duelo de artilharia entre as duas Coreias, a China propôs uma reunião de emergência dos chefes das delega-ções às “conversações a seis”, interrompidas desde Abril de 2009.

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Irlanda

BCE compra dívida soberana

O Banco Central Europeu (BCE) comprou hoje dívida soberana da Irlanda no mercado secundário, de acordo com operadores de mercado citados pela agência de informação fi nanceira Bloomberg. A instituição liderada por Jean-Claude Trichet terá adquirido pequenas quantidades de títulos soberanos da Irlanda a curto prazo, disse um cor-rector, que preferiu não ser identifi cado, uma vez que os termos da tran-sacção são confi denciais. Um porta-voz do BCE, contactado pela Bloomberg, recusou fazer qualquer comentário. Os juros da dívida soberana irlandesa estão hoje a negociar em máximos históricos de 9,340%, acima dos 9,250% registados ontem. Já o spread da dívida irlandesa face à alemã nos títulos a dez anos, ou seja, o prémio pedido pelos investidores para comprarem obrigações da Irlanda em vez de títulos irlandeses, está nos 682,1 pontos base.

Rússia

Medvedev alerta para corrida ao armamentoO Presidente da Rússia, Dmitri Med-vedev, alertou hoje para a possibili-dade de uma nova corrida mundial aos armamentos, caso não se che-gue a um acordo sobre o sistema de defesa antimíssil. “Gostaria de dizer abertamente que, nos próximos 10 anos, ver-nos-emos perante a seguinte alternati-va: ou chegamos a um acordo sobre a defesa antimíssil... ou, se não conseguirmos acordos construtivos, começará um novo ciclo de corri-da aos armamentos”, declarou, na mensagem anual à nação. “Então, teremos de tomar a decisão de instalar novos meios ofensivos”, acrescentou. O responsável russo frisou que o seu país está “pronto a trabalhar com os Estados interessados no reforço do mecanismo de travagem da difu-são de mísseis”. Entretanto, Moscovo anunciou no-vas medidas para a modernização das forças armadas. Dmitri Med-vedev anunciou o investimento de mais de 20 biliões de rublos (cer-ca de 490 mil milhões de euros) na modernização das forças armadas e defendeu o reforço da defesa antia-érea da Rússia.

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Nuclear

UE reúne com Irão em Dezembro

A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, irá encontrar-se com o negociador de assuntos nucleares iraniano, Saeed Jalilim, em Dezembro. “Já recebemos uma resposta formal das autoridades iranianas confi r-mando que o doutor Jalili aceitou o convite de Catherine Ashton para se encontrarem em Genebra”, afi rmou o porta-voz da Alta Representante para a Política Externa Europeia. Catherine Ashton conta com o apoio dos Estados Unidos, da Rússia, da China, da Grã-Bretanha, da França e da Alemanha – conhecidos como o grupo E3+3. A reunião da próxima semana será a primeira ao alto nível com o Irão sobre questões nucleares, em mais de um ano.


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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje que o exército brasileiro poderá per-manecer até Outubro no Comple-xo do Alemão, na zona norte da cidade. O pedido foi feito, esta tarde, pelo Governo estadual ao Ministério da Defesa. Na última semana, mais de 2 mil agentes policiais e militares das Forças Armadas ocuparam o conjunto de favelas. Cabral disse, no entanto, que não foi defi nido o número de mili-tares que serão usados nos pró-ximos meses de ocupação: “Nós combinamos não solicitar um número exacto, porque eles têm todo um procedimento militar e vão avaliar, em primeiro lugar, de quantos homens precisam”, explicou o governador. De acordo com Sérgio Cabral, após a consolidação da ocupação com o exército, o número de agentes poli-ciais será reduzido e o trabalho da polícia será mais focado na busca de armas e drogas.“A Polícia Militar fará, em conjunto com a Polícia Civil, um trabalho continuado, casa por casa”, explicou aos jornalistas.

Operações vitimaram 37 pessoasOperações vitimaram 37 pessoas

A Polícia Militar brasileira divulgou o balanço de uma semana de verdadeira guerra urbana. Entre os dias 22

e 28 de Novembro foram registadas 37 mortes. Nove pessoas fi caram feridas e a polícia fez quase 300 deten-ções. Foram ainda apreendidas 164 armas e explosivos e uma elevada quantidade de droga.A Polícia Militar revelou ainda que durante os ataques foram incendiados 102 veículos, entre camiões, carros e autocarros. O secretário de Segurança Pública, José Mariano Bel-trame, deverá apresentar hoje, na Academia de Polícia Civil, todas as armas e drogas apreendidas no Com-plexo do Alemão, desde domingo, quando as forças de segurança iniciaram a operação de reconquista das co-munidades que compõem as favelas da região.

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Rio de Janeiro

Exército pode fi car nas favelas até Outubro

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Pedro Patrocínio e o irmão Mário passaram 60 dias no Com-plexo do Alemão, no Rio de Janeiro, para fi lmar o documen-tário “Complexo – Universo Paralelo” . Sobre a mega-operação contra os grupos criminosos no Rio de Janeiro, a Renascença falou com o português Pedro Pa-trocínio. O aglomerado de 15 favelas é um dos locais mais perigosos da cidade. “Só na época em que nós estivemos lá foram mais de 70 mortos”, recorda o cineasta.Pedro Patrocínio, que esteve dois meses naquela zona do Rio Janeiro, explica que o Complexo do Alemão tinha um “governo paralelo” liderado pelo “Comando Vermelho”, um poderoso grupo criminoso.“Foram 30 anos sem a participação do Governo lá, não havia nenhuma entidade governamental dentro do Complexo do Alemão, aquilo era mesmo um universo paralelo, como nós chamamos no fi lme”, sublinha.A intervenção da última semana foi antecedida por outras operações de menor dimensão por parte das forças de segu-rança, que serviram para estudar o terreno, porque “havia ali uma meta intransponível, por aquilo ser, um bocado, o coração do narcotráfi co brasileiro”, explica Pedro Patrocí-nio.A diferença em relação ao passado, sublinha o realizador português, é que desta vez as autoridades brasileiras actua-ram de uma forma concertada, com o envolvimento das po-

lícias, dos militares, do poder político e judicial, contando com o apoio da maior parte da população.Os irmãos Pedro e Mário Patrocínio são portugueses e assi-nam o “Complexo – Universo Paralelo” , um fi lme documen-tário sobre o Complexo do Alemão, que agora é também um projecto social de ajuda aos habitantes das favelas. O fi lme foi ontem distinguido com o prémio Direitos Humanos do Artivist Film Festival, nos Estados Unidos, e vai ser exibido na sexta-feira em Los Angeles.

Portugueses relatam o quotidiano do Complexo do Alemão


A piscina da casa de um dos trafi cantes agora detido pela polícia brasileira no

Complexo do Alemão

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Foram tornadas públicas 250 mil comunicações diplomáticas, su-postamente secretas, dos Estados Unidos. É a terceira vez que uma estranha organização, a Wikileaks, promove fugas de informação em larga escala, tendo como alvo entidades ofi ciais americanas.

No tempo da Revolução Francesa houve quem reclamasse o fi m da diplomacia secreta. Era uma utopia, claro, porque o secretismo e a privacidade são indispensáveis à vida pessoal e pública, a come-çar pela diplomacia.

Os documentos foram passados a vários jornais. Estes dizem ter eliminado referências que pudessem colocar pessoas em risco. O New York Times teve contactos prévios com a administração ame-ricana. Trata-se, sobretudo, de má língua a alto nível e de sensa-cionalismo incómodo e, por vezes, ordinário. O caso enfraquece Washington, aparentemente a fi nalidade da fonte que teve acesso aos documentos. É um caso de polícia.

Mas é, também, um sintoma preocupante da nova era em que a Internet, sem dúvida um espantoso instrumento de progresso, promove a falta de privacidade, através das chamadas redes so-ciais e não só.

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México/Cimeira do Clima

Ambientalistas portugueses pessimistasHá um pessimismo generalizado no que toca aos esforços de com-bate contra as alterações climáti-cas, admite Francisco Ferreira, da Quercus, depois de, em Cancun, no México, ter arrancado a Cimeira do Clima. Esta poderia ser uma oportunida-de de entendimento global no que respeita às medidas a adoptar para combater o aquecimento global, já que o encontro antecede o acordo vinculativo, que vai ser assinado no próximo ano, na África do Sul.No entanto, para Francisco Ferrei-ra, as expectativas em torno da cimeira são baixas, “porque há um conjunto de países que, por razões internas ou estratégicas, estão lon-ge de querer assumir um compro-misso em relação ao combate às alterações climáticas”.Os Estados Unidos deixaram de ter uma maioria do Partido Democrata no Congresso para avançar com me-didas nesta área, e na própria União Europeia há países, como a Itália e a Polónia, “que não permitem uma maior ambição nas metas de redu-ção de emissões”, diz.

Ponto de vista

Fugas de informação

Francisco Sarsfi eld CabralJornalista


Wikileaks

EUA vão “perseguir agressivamente” responsáveis pela fuga de informação

A secretária de Estado norte-americana considerou que a divulgação não autorizada de centenas de milhares de documentos diplomáticos pela organização Wikile-aks é um ataque aos Estados Unidos e à comunidade internacional, além de corroer a confi ança entre as na-ções. Ontem, Hillary Clinton disse que a Wikileaks agiu ilegalmente ao revelar o material e o procurador-geral dos EUA, Eric Holder, anunciou que está já a ser inves-tigada a fuga de informação.Clinton acrescentou que a administração Obama ia “perseguir agressivamente” o responsável pela divul-gação. Apesar do prejuízo, disse-se “confi ante” que as relações com os parceiros dos EUA vão resistir às reve-lações que constam nos mais de 150 mil documentos secretos, divulgados em vários meios de comunicação social.António Costa Pinto, do Instituto Português de Rela-ções Internacionais, classifi ca o caso como “um grande embaraço para a diplomacia norte-americana” e para os seus serviços de segurança. A relação dos EUA com os seus aliados não será afectada, diz, mas a situação “porá, sem dúvida, em causa o movimento de relativa

confi ança na diplomacia política americana”.“Relativizaria o impacto diplomático desta crise”, diz. “A grande maioria dos dirigentes políticos está, ao con-trário da opinião pública, perfeitamente preparado para ler aquilo que provavelmente acabou por ler, por-que tem os seus próprios serviços de informação, a sua própria diplomacia e uma experiência política que lhes permite relativizar este tipo de exposição pública”.

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Bento XVI

“Luz do Mundo” chega hoje às livrarias portuguesas

“Luz do mundo: o Papa, a Igreja e os sinais dos tempos” é o título completo do livro que reúne uma série de entrevistas, onde o Papa assume posição mesmo sobre os assuntos mais delicados, e que está a partir de hoje à venda em Portugal.A obra é apresentada como uma oportunidade para co-nhecer Bento XVI pelas suas próprias palavras e está a suscitar grande curiosidade. A tiragem da primeira edição foi de 10 mil exemplares, “substancialmente mais do que o inicialmente previsto”, indica Henrique Mota, editor da Lucerna, marca da Principia, responsá-vel pela versão portuguesa.Neste momento, está já em marcha uma segunda tira-ge de mais 10 mil exemplares, e o livro será apresenta-do em Portugal a 16 de Dezembro, por Marcelo Rebelo de Sousa e pelo seu autor, Peter Seewald.Este tema esteve em debate na Renascença no pro-grama “Princípio e Fim” de domingo. Na altura, a va-ticanista Aura Miguel recordou a polémica sobre o uso de preservativo para salientar a nova atitude pragmá-tica do Papa, embora mantendo a posição de fundo: “É a primeira vez que se dedica assim ao assunto, de modo assim pragmático. Já tinha falado disso a bordo do avião papal, quando íamos a caminho de África em Março, e ele reafi rma essa posição. Acho que a posi-ção doutrinal permanece a mesma, traz uma novidade pragmática, mas ele diz que o preservativo permanece moralmente condenável”, explica a jornalista.Já António Marujo, jornalista do “Público”, destaca o trabalho que a Igreja faz no combate à SIDA, apontan-do o simbolismo da declaração do Papa: “A novidade é sobretudo simbólica, porque é a primeira vez que o Papa diz isto desta maneira. Já muita gente na Igreja, incluindo vários Cardeais, o tinha dito, mas para um Papa é a primeira vez”.

A questão da renúnciaA questão da renúncia

Contudo, António Marujo considera que Bento XVI de-veria ter sido mais claro ao apresentar as obras da

Igreja no continente africano: “O Papa devia ter dito logo qual era o trabalho que a Igreja faz em África. Só naquele continente há pelo menos 800 projectos de instituições católicas de apoio a doentes de SIDA que existem. Eu penso que o preservativo não devia ser um problema para a Igreja e para a teologia moral. Há muitos teólogos da teologia moral que dizem que isto é uma falsa questão, que já devia estar ultrapassada”.A questão de uma eventual renúncia do Papa foi outro dos temas que dominaram o debate, que contou ainda com a presença de Henrique Mota. O editor lembra as condições para que um Papa possa renunciar: “É pre-ciso ele reconhecer num certo momento do seu estado de saúde e circunstância de vida se está em condições para governar a Igreja, desde que não seja um momen-to de grave difi culdade. Há aqui quatro critérios, que haja uma razão física, espiritual, psicológica e ainda que estes três não coincidam com um momento grave do governo da Igreja”.

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Vaticano

Papa defende que a Igreja deve ter voz política

Aura Miguel »

A Igreja deve fazer ouvir a sua voz, incluindo nas ques-tões políticas, disse hoje o Papa Bento XVI no Vatica-no.Ao receber os bispos fi lipinos em visita ad limina, o Papa considerou que a Igreja tem o dever de pronun-ciar juízos morais sobre a política governamental sem-pre que os direitos fundamentais da pessoa o exijam.A comunidade política e a Igreja, apesar de distintas, estão ambas ao serviço do desenvolvimento integral de cada pessoa e da sociedade, por isso, a Igreja deve dar testemunho público e fazer-se ouvir nas questões morais e espirituais.Neste contexto, pode acontecer que as suas posições

toquem assuntos relevantes da esfera política, mas a Igreja não se deve eximir de ajudar a construir uma ordem social mais justa e caridosa, a partir dos ensina-mentos da sua doutrina social.O Papa recordou aos bispos fi lipinos o direito que a Igreja tem de pronunciar juízos morais, mesmo em matérias que toquem a esfera política, sempre que os direitos fundamentais da pessoa o exijam. Pediu ain-da que apoiem a vida humana, desde a sua concepção até à morte natural. Palavras signifi cativas, tendo em conta o confl ito que opôs recentemente o episcopado fi lipino ao Presidente daquele país, por causa do fi nan-ciamento público aos métodos massivos de planeamen-to familiar.


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Em tempo de crise, a Diocese do Porto promove mais uma iniciativa de apoio às famílias. A Cáritas do Porto vai entregar amanhã, a 215 famílias, um cheque-compra de produtos para bebé, no valor de 250 euros. O Bispo do Porto considera que este gesto, no âmbito da iniciativa “Bebés na Missão”, deve ser apoiado de forma permanente. “Nós canalizámos alguns dinheiros do Fundo Diocesano de Solidariedade para apoiar famílias que tenham tido bebés este ano e que foram seleccionadas nas respec-tivas paróquias, para lhes dar um apoio. Vale como si-nal e quer dizer que estamos presentes e que a nossa missão é permanente”, afi rma D. Manuel Clemente.Desde a Quaresma de 2008, o Fundo Diocesano do Porto já distribuiu cerca de 300 mil euros. D. Manuel Clemente espera que os cristãos continuem a ser gene-rosos, apesar da crise.Sobre a campanha de Natal da Renascença, que con-tribui para o Fundo Solidário, criado pela Conferência Episcopal, o prelado diz que todas as iniciativas são bem-vindas, sobretudo, numa altura em que o número de carenciados está a aumentar.

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Porto

Cáritas dá prenda de Natal antecipada a 215 famílias

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Crise

Pedidos de ajuda chegam todos os dias às paróquias do concelho de Loures

Ana Lisboa »

A Igreja não tem tido mãos a medir no apoio aos mais carenciados do concelho de Loures, no distrito de Lisboa. Os pedidos de ajuda crescem diariamente.No concelho, a Paróquia de Odivelas distribui todos os meses cabazes de alimentos a quase 200 famílias, em que se encontram jovens desempre-gados, diz Alexandra Gameiro, da Conferência de Vicentinos, que apoia a Igreja do Santíssimo Nome de Jesus.“Ajudamos 197 famílias. Esse número tende a crescer de dia para dia. To-dos os dias nos aparecem novos casos. São pessoas jovens, desempregados ou até mesmo famílias em que um dos dois perdeu o emprego. Pessoas que até tinham uma vida razoável e que neste momento nos dizem que, nem que seja por um tempo, precisam mesmo de ajuda”, explica Alexandra Gameiro.Em Santo António dos Cavaleiros, a paróquia ajuda cerca de 350 famílias, num total de mais de 1200 pessoas.Para responder a todos os que preci-sam, a Igreja de Santo António desdo-bra-se nas mais variadas iniciativas, in-tegradas no projecto “partilhar.come”, refere o Padre Ricardo Rainho.Em Caneças, a Paróquia de S. Pedro, além dos cabazes de alimentos que en-trega todas as semanas, ajuda também nos medicamentos. Para isso, tem a co-laboração de uma farmácia, adianta o Padre António Tavares.

Fátima

Cursilhos comemoram meio século em PortugalO grande evento dos festejos do cinquentenário da chegada dos Cursilhos de Cristandade a Portugal vai ter lugar em Fátima no próximo sábado.A “festa das festas” está marcada para coincidir com o fi nal de dois cursilhos que decorrem a partir de amanhã.Um dos cursilhos destina-se às mu-lheres e outro é para homens e contará com a presença de vários membros da hierarquia católica, incluindo o Núncio Apostólico no nosso país.O programa do dia 4 começa com a partilha de testemunhos de cur-sistas às 09h30 no Centro Pastoral Paulo VI, uma cerimónia presidida por D. Maurilio. Às 14h30 o Núncio Apostólico celebra uma Missa na Igreja da Santíssima Trindade fi nda a qual D. António Carrilho fará o en-cerramento ofi cial das celebrações.Os eventos estão abertos a todos, particularmente a ex-cursistas que queiram festejar esta data signi-fi cativa na vida de um movimento que promove o aprofundamento da espiritualidade entre os leigos.


DR

Uma princesa, um super-vilão, um mágico e uma tartaruga são os protagonistas de quatro fi lmes de animação, a pensar no público mais novo, que vão estrear-se nos cinemas portu-gueses até ao Natal.Na quinta-feira estreia-se já “Megamind”, a produção da Dreamworks com realização de Tom McGrath. Na semana a seguir, estreia-se outra animação que tem uma mensagem ecológica. “As aventuras de Sammy - A pas-sagem secreta”, uma produção belga de Ben Stassen, conta a história de uma pequena tar-taruga, nascida numa praia da Califórnia em 1959, que passa os 50 anos seguintes numa travessia pelo mundo à procura de Sally, uma amiga de infância.A 16 de Dezembro é a vez de estrear a produção da Disney para o Natal, “Entrelaçados”, de Nathan Gre-no e Byron Howard, a partir da história “Rapunzel”, dos irmãos Grimm. Este é o 50.º fi lme de animação da Disney e custou 198 milhões de euros. Estes três fi lmes

estrearão em Portugal em versão 3D.A eles junta-se ainda, nas vésperas de Natal, no dia 23, “O Mágico”, de Sylvain Chomet, o realizador de “Belleville rendez-vous” (2003).Dia 8 chegam às salas duas longas-metragens para o público adolescente, “As crónicas de Nárnia” e “Scott Pilgrim contra o mundo”.

CULT

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Cinema

Abriu a época rainha dos fi lmes de animação

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DR

Cinema

Anne Hathaway e James Franco apresentam Óscares em 2011

Os actores James Franco e Anne Hathaway serão os apresentadores da cerimónia dos Óscares, a 27 de Fevereiro de 2011, nos Estados Unidos, anunciou a Academia de Artes e Ciências Cinematográfi cas.Os produtores da cerimónia, Bruce Cohen e Don Mischer, anunciaram on-tem que escolheram aqueles dois actores para anfi triões dos Óscares por representarem a próxima geração de ícones de Hollywood. Além disso, “ambos têm sentido de humor e do que é uma comédia”, disse Mischer.A produção procura mais uma vez reinventar um evento com mais de 80 anos, procurando desta vez fugir à escolha de comediantes ou humoristas, como aconteceu em edições anteriores com Chris Rock, Billy Cristal e Jon Stewart. Este ano a cerimónia foi conduzida por Steve Martin e Alec Bal-dwin.A 83ª cerimónia dos Óscares está marcada para o dia 27 de Fevereiro, no Kodak Theatre, em Los Angeles, Califórnia. Os nomeados serão conhecidos em Janeiro.

São Luiz

José Luís Ferreira é o novo director artístico

José Luís Ferreira é o novo director artístico do Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa. O prazo de recla-mação do concurso para o cargo terminou ontem, sem a apresenta-ção de nenhuma contestação à es-colha do júri.Das dezassete candidaturas apre-sentadas na fase inicial do concurso foram excluídas seis. Os 11 candi-datos qualifi cados para a segunda fase do concurso foram convidados a apresentar uma proposta de plano estratégico de programação.A proposta de José Luís Ferreira obteve uma “valoração máxima em todos os critérios de avaliação enunciados”. “Trata-se efectiva-mente de uma proposta muito bem elaborada no que diz respeito às li-nhas orientadoras consideradas fun-damentais para a assunção do cargo de director artístico do SLTM”, re-fere o relatório fi nal do concurso.O novo director artístico assumirá as funções em Janeiro de 2011.


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“Megamind” estreia quinta-feira

Ponto Final

Treinadores na berlinda

Ribeiro CristóvãoJornalista

Não se pode dizer que os tempos que correm estejam a ser parti-cularmente agradáveis para alguns treinadores de futebol. Assu-mindo o protagonismo que deveria ser assumido em maior escala pelos jogadores, ei-los na ribalta, mas, infelizmente, desta vez, não por boas razões.Jorge Jesus, André Villas-Boas e José Mourinho continuam, por isso, a merecer títulos de imprensa que nada acrescentam ao pres-tígio por todos já conquistado, embora uns mais do que outros, mas apenas porque extravasaram das suas funções, ao pisar terre-nos pouco recomendáveis.Nestes últimos dias retivemos, especialmente, momentos em que se evidenciaram treinadores de dois dos maiores clubes portugue-ses. No primeiro caso, a insolência de Jorge Jesus que acossado por perguntas incómodas feitas por um repórter televisivo, não de-monstrou estar na posse da serenidade que se exige a um respon-sável técnico de um clube com tamanha dimensão. Mesmo quando as coisas não lhe correm bem, como é o caso actu-almente, o treinador do Benfi ca não pode pretender tornar-se, ele próprio, autor das questões levantadas por jornalistas. Do mesmo modo que, desejando esquivar-se às respostas, não deve fazê-lo da forma desabrida como foi patente, terminado o desafi o de Aveiro, entre o Beira-Mar e o Benfi ca. Quando, há um ano, os alcatruzes da nora estavam na mó de cima, Jorge Jesus teria, certamente, ensaiado um comportamento bem diferente.Igualmente não se entende, nem aceita, a jactância de André Villas-Boas, em dois momentos marcantes do clássico disputado em Alvalade. No primeiro, ao dirigir-se ao árbitro do modo como o fez, e com esse gesto reforçar a imagem negativa que já deixara após a deslo-cação da sua equipa ao estádio do Vitória de Guimarães. Permitiu, deste modo, poder concluir-se que, quando não ganha, o ainda pouco experiente treinador reage contra todas as normas que a ética recomenda.Estas pequenas pérolas assumem ainda maior importância por se-rem provenientes de fi guras que integram clubes de topo, e aos quais, por isso, se exigem maiores responsabilidades.Uma exigência ainda maior, a que se coloca a José Mourinho. Pagou por elevado preço alguns despautérios que foi lançando para a opinião pública antes do clássico de Barcelona. E, pelos vistos, as provocações de que se revestiram algumas das suas declarações, apenas tiveram o condão de motivar os seus adversários.Por isso, a humilhação a que o grupo que comanda foi sujeito ante os catalães, não pode deixar de servir de lição, e ajudar a corrigir alguns sinais de superioridade que, afi nal, 90 minutos de futebol bem jogado acabaram por desmentir.

Ouça a crónica de Ribeiro Cristóvão às 22h30, em Bola Branca

r/com renascença comunicação multimédia, 2010r/com renascença comunicação multimédia, 2010

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Liga Europa

Sporting tenta apuramento

O Sporting defronta amanhã em Al-valade, às 20h05, o Lille, em jogo a contar para o Grupo C da Liga Europa. A equipa de Paulo Sérgio parte para o jogo sabendo que a conquista de um ponto garante, automaticamente, o apuramento para a próxima fase da prova.O técnico do Sporting, contudo, garantiu, na antevisão ao encon-tro, que a sua equipa não entrará em campo com o intuito de “guar-dar um ponto”. “Vamos procurar vencer como fazemos sempre. É essa a nossa fi losofi a e não a vamos alterar”, garantiu.

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Mundial 2018/2022

Países organizadores conhecidos na quinta-feira

Sílvio Vieira »

Aproxima-se a hora da grande de-cisão da FIFA e o nervoso miudinho acumula-se numa “pilha” de emo-ções entre os candidatos à organi-zação do Campeonato do Mundo de Futebol. O nome do vencedor será anunciado na quinta-feira, às 15h00, em Zurique, na Suíça. Du-rante o dia, as quatro candidaturas expõem os seus últimos argumen-tos. Apenas uma formalidade, uma vez que, nessa altura, as orienta-ções de voto já estarão defi nidas. São 22 membros do Comité Execu-tivo da FIFA que possuem o poder de determinar por onde passará o centro do futebol em 2018 e 2022.A candidatura ibérica continua a apresentar grande solidez, mas o crescimento da Rússia, em contra-ponto com o abrandamento inglês, motiva total incerteza quanto ao desfecho. É dado adquirido que a candidatura Bélgica/Holanda não tem poder sufi ciente para concor-rer com as restantes, contudo, os poucos apoios que angariou vão in-fl uenciar o balanço fi nal.Numa iniciativa inédita, a FIFA anuncia, não só o local do Mun-dial 2018, mas também o de 2022. Austrália, Coreia do Norte, Qatar, Estados Unidos e Japão estão na corrida para 2022 e amanhã fazem as últimas apresentações.

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Olhar

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A 30 de Novembro de 1872...

Escócia e Inglaterra defrontam-se no primeiro amigável de futebol entre selecções

Sílvio Vieira »

Aconteceu há 138 anos, no West of Scotland Cricket Ground, e foi o primeiro jogo ofi cial entre selecções de futebol.Em Glasgow, o tempo deu uma trégua, após três dias de chuva intensa, mas o peso do terreno proporcio-nou um duelo, exclusivo, para duros. De um lado, a Escócia, composta por jogadores do Queen’s Park, o melhor clube do país à altura. Do outro, a Inglaterra, com um conjunto de atletas de vários clubes londrinos.Os jogadores das duas selecções foram escolhidos, imagine-se, pelo presidente da FA (Football Associa-tion), a federação inglesa de Futebol. Charles Alco-ck foi, de facto, o grande impulsionador do evento. Além de dirigente, era jogador. Contudo, falhou a auto-convocatória, devido a lesão. Ainda assim, en-controu espaço para ser um dos liners. O árbitro saiu à casa: era escocês.À chamada faltaram alguns dos melhores jogadores das duas selecções. Ainda assim, o oval de West of Scotland esgotou. Quatro mil adeptos pagaram bilhe-te para testemunhar o acontecimento.O nevoeiro ameaçou o adiamento da partida, mas o jogo acabou, mesmo, por se realizar, iniciando-se com 20 minutos de atraso. A Escócia equipou de azul escuro e os jogadores surgiram com capas de verme-lhas. A Inglaterra apresentou-se com camisolas bran-

cas e todos com o respectivo boné. A partida decorreu a um ritmo amigável, sendo que a roti-na dos escoceses – jogavam todos no Queen’s Park – não foi sufi ciente para bater o espírito de equipa dos ingleses. O primeiro jogo internacional da história terminou com um nulo no marcador, apesar dos 14 avançados em campo (seis escoceses e oito ingleses). Houve registo de um golo anulado à equipa da casa. Ficou por esclare-cer se foi Alcock o responsável pela invalidação. Por consequência, este foi o primeiro empate a zero da história dos jogos entre selecções.O cenário, como se percebe, espelhava uma anar-quia inocentada pela vontade e pelo entusiasmo de organizar o primeiro duelo internacional da história, depois de algumas tentativas, sempre ofi ciosas.Ficou escrito, a 30 de Novembro de 1872: no West of Scotland Cricket Ground, em St. Andrew’s Day, às portas de Glasgow, realizou-se o primeiro encontro ofi cial de futebol entre selecções. Foi, também, o primeiro duelo de uma rivalidade histórica entre Es-cócia e Inglaterra.

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Gravura evocativa do jogo de Glasgow

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O Presidente da República, Cavaco

Silva, deu hoje pos-se ao vice-almirante José Saldanha Lopes

nas funções de chefe do Estado-

Maior da Armada. “Os momentos são

difíceis, mas obvia-mente que tenho

nesta função muita honra e vou procu-rar desempenhá-la

o melhor que sei e possa”, afi rmou

Saldanha Lopes, no fi nal da cerimónia.

Foto: LUSA

Wikileaks

Solana confi rma autenticidade dos documentosJavier Solana confi rmou hoje a vera-cidade dos documentos publicados pelo site Wikileaks sobre segredos da diplomacia norte-americana.O ex-secretário geral da NATO e ex-Alto Representante da União Euro-peia afi rmou em Girona, Espanha, que a fuga de informações levará a uma mudança na diplomacia tra-dicional.Solana acrescentou que se levan-ta um problema quanto à custódia desta documentação, porque não houve nenhum acto de pirataria.

Obras públicas

CDS quer explicações sobre nova empresa

O CDS-PP quer explicações do Go-verno sobre a possível criação de uma empresa para gerir as grandes obras públicas e as parcerias públi-co privadas.De acordo com a notícia do “Jornal de Negócios”, a Agência para o In-vestimento Público e Parcerias res-ponderá directamente ao ministro das Finanças.Cecília Meireles, deputada do CDS-PP, diz que é necessária uma melhor gestão dos recursos e afi rma que o país não tem condições para conti-nuar a apostar em novas empresas públicas.

Preço do pão

Industriais acusam ministro de dizer “barbaridades”A Associação do Comércio e da In-dústria da Panifi cação (ACIP) acusa o ministro da Agricultura de dizer “barbaridades” por desconhecer a realidade do sector, após António Serrano ter dito não haver motivo para um aumento de 12% no pão. “Tenho que lamentar a atitude dele. Já não é a primeira vez que um ministro da Agricultura vem dizer barbaridades sobre o sector: em primeiro, desconhecem o ramo e, em segundo lugar, lembro que vi-vemos numa economia de mercado – que é isso que nos dizem a nós – e por isso é que o presidente da ACIP nunca fala em percentagens, nem defende se se deve ou não aumen-tar. Simplesmente confi rma se é real o que a economia da panifi ca-ção está a sentir ou não”, afi rmou, à Renascença, Carlos Alberto San-tos, presidente da ACIP.

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Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro, Luís Manuel David Soromenho de Alvito e Luiz Gonzaga Torgal Mendes Ferreira. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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Desemprego: secretário de Estado destaca descida de décima

O secretário de Estado do Emprego, Valter Lemos, des-tacou a queda de uma décima na taxa de desemprego, ao dizer que Portugal encurtou distância para a Europa.

Pescas: ministro pessimista

O ministro António Serrano mostrou-se pessimista quanto à negociação com Bruxelas sobre as quotas de pesca por-tuguesas, devido às imposições da Comissão Europeia.

Gaia recebe 73 milhões do BEI

A Câmara de Gaia vai receber 73 milhões de euros, de-pois de ter ganho um concurso europeu. O fi nanciamento do Banco Europeu de Investimento (BEI) vai ser, sobretu-do, aplicado na rede energética do concelho.

Debate instrutório em Janeiro

O debate instrutório do processo da cegueira no hospital de Santa Maria está marcado para 5 de Janeiro.

Eurostat Neve nos 11% em Outubro Estradas cortadas e...

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