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UM CURSO EM MILAGRES UM CURSO EM MILAGRES UM CURSO EM MILAGRES INTRODUÇÃO............................................................................8 Capítulo 1 - O SIGNIFICADO DOS MILAGRES...............................................8 I. Princípios dos milagres..................................................8 II. Revelação, tempo e milagres............................................10 III. Expiação e milagres...................................................10 IV. Como escapar da escuridão..............................................11 V. Integridade e espírito..................................................12 VI. A ilusão das necessidades..............................................13 VII. Distorções dos impulsos para o milagre................................13 Capítulo 2 - A SEPARAÇÃO E A EXPIAÇÃO...............................................14 I. As origens da separação.................................................14 II. A Expiação como defesa.................................................15 III. O altar de Deus.......................................................16 IV. A cura como liberação do medo..........................................16 V. A função do trabalhador de milagres.....................................17 VI. Medo e conflito........................................................19 VII. Causa e efeito........................................................20 VIII. O significado do Juízo Final.........................................21 Capítulo 3 – A PERCEPÇÃO INOCENTE....................................................22 I. Expiação sem sacrifício.................................................22 II. Milagres como percepção verdadeira.....................................23 III. Percepção versus conhecimento.........................................23 IV. O erro e o ego.........................................................24 V. Além da percepção.......................................................25 VI. O julgamento e o problema da autoridade................................26 VII. Criar versus auto-imagem..............................................28 Capítulo 4 - AS ILUSÕES DO EGO......................................................28 Introdução.................................................................28 I. Ensinamento certo e aprendizado certo...................................29 II. O ego e a falsa autonomia..............................................30 III. Amor sem conflito.....................................................32 IV. Isso não precisa ser assim.............................................33 V. A ilusão do ego-corpo...................................................34 VI. As recompensas de Deus.................................................35 1

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EXERCCIOS

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Um Curso em Milagres

Um Curso em Milagres

8INTRODUO

8Captulo 1 - O SIGNIFICADO DOS MILAGRES

8I. Princpios dos milagres

10II. Revelao, tempo e milagres

10III. Expiao e milagres

11IV. Como escapar da escurido

12V. Integridade e esprito

13VI. A iluso das necessidades

13VII. Distores dos impulsos para o milagre

14Captulo 2 - A SEPARAO E A EXPIAO

14I. As origens da separao

15II. A Expiao como defesa

16III. O altar de Deus

16IV. A cura como liberao do medo

17V. A funo do trabalhador de milagres

19VI. Medo e conflito

20VII. Causa e efeito

21VIII. O significado do Juzo Final

22Captulo 3 A PERCEPO INOCENTE

22I. Expiao sem sacrifcio

23II. Milagres como percepo verdadeira

23III. Percepo versus conhecimento

24IV. O erro e o ego

25V. Alm da percepo

26VI. O julgamento e o problema da autoridade

28VII. Criar versus auto-imagem

28Captulo 4 - AS ILUSES DO EGO

28Introduo

29I. Ensinamento certo e aprendizado certo

30II. O ego e a falsa autonomia

32III. Amor sem conflito

33IV. Isso no precisa ser assim

34V. A iluso do ego-corpo

35VI. As recompensas de Deus

36VII. Criao e comunicao

37Captulo 5 - CURA E INTEGRIDADE

37Introduo

37I. O convite ao Esprito Santo

38II. A Voz por Deus

40III. O Guia para a salvao

41IV Ensinando e curando

42V. O uso da culpa pelo ego

43VI. Tempo e eternidade

44VII. A deciso a favor de Deus

45Captulo 6 - AS LIES DE AMOR

45Introduo

45I. A mensagem da crucificao

47II. A alternativa para a projeo

49III. Como abandonar o ataque

49IV A nica resposta

50V As lies do Esprito Santo

54Captulo 7- AS DDIVAS DO REINO

541. O ltimo passo

55II. A lei do Reino

56III. A realidade do Reino

56IV. A cura como reconhecimento da verdade

57V. A cura e a imutabilidade da mente

59VI. Da vigilncia paz

60VII. A totalidade do Reino

61VIII. A crena inacreditvel

62IX. A extenso do Reino

63X. A confuso entre dor e alegria

64XI. O estado de graa

65Captulo 8 - A JORNADA DE VOLTA

651. A direo do currculo

65II. A diferena entre aprisionamento e liberdade

66III. O encontro santo

67IV. A ddiva da liberdade

68V. A vontade sem diviso da Filiao

69VI. O tesouro de Deus

70VII. O corpo como um meio de comunicao

72VIII. O corpo como meio ou fim

73IX. A cura como percepo corrigida

74Captulo 9 - A ACEITAO DA EXPIAO

74I. A aceitao da realidade

75II. A resposta orao

77III. A correo do erro

77IV. O plano de perdo do Esprito Santo

79V. O curador no-curado

80VI. A aceitao do teu irmo

80VII. As duas avaliaes

81VIII. Grandeza versus grandiosidade

83Captulo 10 - OS DOLOS DA DOENA

83Introduo

83I. Estar em casa em Deus

83II. A deciso de esquecer

84III. O deus da doena

85IV. O fim da doena

86V. A negao de Deus

88Captulo 11 - DEUS OU O EGO

88Introduo

88I. As ddivas da Paternidade

89II. O convite cura

90III. Da escurido a luz

91IV. A herana do Filho de Deus

92V. A "dinmica" do ego

94VI. Despertando para a redeno

95VII. A condio da realidade

95VIII. O problema e a resposta

97Captulo 12 - O CURRCULO DO ESPRITO SANTO

971. O julgamento do Esprito Santo

98II. O caminho para lembrar-se de Deus

99III. O investimento na realidade

101IV. Buscar e achar

101V. O currculo so

102VI. A viso de Cristo

103VII. Olhar para dentro

105VIII. A atrao do amor pelo amor

106Captulo 13 - O MUNDO SEM CULPA

106Introduo

106I. A inculpabilidade e a invulnerabilidade

107II. O Filho de Deus sem culpa

108III. O medo da redeno

109IV. A funo do tempo

111V. As duas emoes

112VI. Encontrar o presente

113VII. Alcanar o mundo real

115VIII. Da percepo ao conhecimento

116IX. A nuvem da culpa

117X. A liberao da culpa

119XI. A paz do Cu

120Captulo 14 - ENSINANDO A FAVOR DA VERDADE

120Introduo

120I. As condies do aprendizado

121II. O aprendiz feliz

122III. A deciso a favor da inculpabilidade

124IV. A tua funo na Expiao

125V. O crculo da Expiao

126VI. A luz da comunicao

127VII. Compartilhando a percepo com o Esprito Santo

128VIII. O local santo do encontro

129IX. O reflexo da santidade

129X. A igualdade dos milagres

131XI. O teste da verdade

133Captulo 15 - O INSTANTE SANTO

133I. Os dois usos do tempo

134II. O fim da dvida

135III. Pequenez versus magnitude

136IV. A prtica do instante santo

137V. O instante santo e os relacionamentos especiais

139VI. O instante santo e as leis de Deus

139VII. O sacrifcio desnecessrio

141VIII. O nico relacionamento real

142IX. O instante santo e a atrao de Deus

144XI. O Natal como o fim do sacrifcio

145Captulo 16 - O PERDO DAS ILUSES

145I. A verdadeira empatia

146II. O poder da santidade

147III. A recompensa do ensino

148IV. A iluso e a realidade do amor

150V. A escolha a favor da completeza

151VI. A ponte para o mundo real

153VII. O fim das iluses

154Capitulo 17 - O PERDO E O RELACIONAMENTO SANTO

154I. Trazendo as fantasias verdade

154II. O mundo perdoado

155III. Sombras do passado

157IV. Os dois retratos

158V. O relacionamento curado

160VI. Estabelecer a meta

161VII. O chamado para a f

162VIII. As condies da paz

163Captulo 18 - A PASSAGEM DO SONHO

163I. A realidade substituta

164II. A base do sonho

165III. Luz no sonho

166IV. Um pouco de boa vontade

167V. O sonho feliz

168VI. Alm do corpo

170VII. Eu no preciso fazer nada

171VIII. O pequeno jardim

172IX. Os dois mundos

174Captulo 19 - ALCANAR A PAZ

174I. Cura e f

175II. Pecado versus erro

176III. A irrealidade do pecado

177IV. Os obstculos paz

185Captulo 20 - A VISO DA SANTIDADE

185I. A semana santa

186II. A ddiva de lrios

187III. O pecado como um ajustamento

188IV. Entrar na arca

189V. Arautos da eternidade

190VI. O templo do Esprito Santo

192VII. A consistncia entre meios e fim

193VIII. A viso da impecabilidade

194Captulo 21 - RAZO E PERCEPO

194Introduo

194I. A cano esquecida

195II. A responsabilidade pelo que se v

197III. F, crena e viso

198IV. O medo de olhar para dentro

199V. A funo da razo

200VI. Razo versus loucura

201VII. A ltima questo sem resposta

203VIII. A mudana interior

204Captulo 22 - A SALVAO E O RELACIONAMENTO SANTO

204Introduo

204I. A mensagem do relacionamento santo

205II. A impecabilidade do teu irmo

207III. A razo e as formas do erro

208IV. A bifurcao da estrada

209V. Fraqueza e defensividade.

209VI. A luz do relacionamento santo

211Captulo 23 - A GUERRA CONTRA TI MESMO

211Introduo.

212I. As crenas irreconciliveis

213II. As leis do caos

216III. Salvao sem transigncia

216IV. Acima do campo de batalha

218Captulo 24 - A META DO ESPECIALISMO

218Introduo

218I. O especialismo como um substituto para o amor

219II. A traio do especialismo

220III. O perdo do especialismo

221IV. Especialismo versus impecabilidade

222V. O Cristo em ti

223VI. Como salvar-se do medo

224VII. O local do encontro

226Captulo 25 - A JUSTIA DE DEUS

226Introduo

226I. O elo com a verdade

227II. Aquele que te salva das trevas

228III. Percepo e escolha

229IV. A luz que trazes contigo

230V. O estado de impecabilidade

231VI. A funo especial

232VII. A rocha da salvao

233VIII. A justia devolvida ao amor

235IX. A justia do Cu

236Captulo 26 - A TRANSIO

236I. O sacrifcio da unicidade

237II. Muitas formas, uma correo

238III. A zona da fronteira

239IV. O espao que o pecado deixou

240V. O pequeno obstculo

241VI. O Amigo indicado

242VII. As leis da cura

244VIII. A iminncia da salvao

245IX. Pois Eles vieram

245X. O fim da injustia

246Captulo 27 - A CURA DO SONHO

246I. O retrato da crucificao

248II. O medo da cura

250III. Alm de todos os smbolos

251IV. A resposta silenciosa

251V. O exemplo da cura

253VI. As testemunhas do pecado

254VII. O sonhador do sonho

255VIII. O heri do sonho

257Captulo 28 - DESFAZER O MEDO

257I. A memria presente

258II. Revertendo efeito e causa

260III. O acordo de unio

261I V. A unio maior

262V. A alternativa para os sonhos de medo

263VI. Os votos secretos

263VII. A arca da segurana

264Captulo 29 - O DESPERTAR

264I. Fechar a brecha

265II. A vinda do Hspede

266III. As testemunhas de Deus

267IV. Os papis nos sonhos

268V. A morada imutvel

269VI. O perdo e o fim do tempo

269VII. No busques fora de ti mesmo

270VIII. O anticristo

271IX. O sonho que perdoa

272Captulo 30 - O NOVO COMEO

272Introduo

273I. Regras para decises

274II. O livre arbtrio

275III. Alm de todos os dolos

276IV. A verdade atrs das iluses

277V. O nico propsito

278VI. A justificativa do perdo

279VII. A nova interpretao

280VIII. A realidade imutvel

281Captulo 31 - A VISO FINAL

281I. A simplicidade da salvao

283II. Caminhando com Cristo

284III. Aqueles que acusam a si mesmos

285V. Auto conceito versus Ser

287VI. O reconhecimento do Esprito

288VII. A viso do salvador

289VIII. Escolhe outra vez

INTRODUO

1. Esse um curso em milagres. um curso obrigatrio. S voluntrio o momento em que decides faze-lo. Livre arbtrio no significa que podes estabelecer o currculo. Significa apenas que podes escolher o que queres aprender em determinado momento. O curso no tem por objetivo ensinar o significado do amor, pois isso est alm do que pode ser ensinado. Ele objetiva, contudo, remover os bloqueios conscincia da presena do amor, que a tua herana natural. O oposto do amor o medo, mas o que tudo abrange no pode ter opostos.

2. Esse curso, portanto, pode ser resumido muito simplesmente dessa forma:

Nada real pode ser ameaado.

Nada irreal existe.

Nisso est a paz de Deus.

Captulo 1 - O SIGNIFICADO DOS MILAGRES

I. Princpios dos milagres

1. No h ordem de dificuldades em milagres. Um no mais difcil nem maior do que o outro. Todos so o mesmo. Todas as expresses de amor so mximas.

2. Milagres em si no importam. A nica coisa que importa a sua Fonte, Que est muito alm de qualquer avaliao.

3. Milagres ocorrem naturalmente como expresses de amor. O amor que os inspira o milagre real. Nesse sentido, tudo o que vem do amor, um milagre.

4. Todos os milagres significam vida, e Deus o Doador da vida. A Sua Voz vai dirigir-te de forma muito especfica. Tudo o que precisas saber te ser dito.

5. Milagres so hbitos e devem ser involuntrios. No devem estar sob controle consciente. Milagres conscientemente selecionados podem ser guiados de forma equivocada.

6. Milagres so naturais. Quando no ocorrem, algo errado aconteceu.

7. Milagres so um direito de todos; antes, porm, a purificao necessria.

8. Milagres so curativos porque suprem uma falta; so apresentados por aqueles que temporariamente tem mais para aqueles que temporariamente tem menos.

9. Milagres so uma espcie de troca. Como todas as expresses de amor, que so sempre miraculosas no sentido verdadeiro, a troca reverte s leis fsicas. Trazem mais amor tanto para o doador quanto para aquele que recebe.

10. O uso dos milagres como espetculos para induzir a crena uma compreenso equivocada do seu propsito.

11. A orao o veculo dos milagres. um meio de comunicao do que foi criado com o Criador. Atravs da orao o amor recebido e atravs dos milagres o amor expressado.

12. Milagres so pensamentos. Pensamentos podem representar o nvel mais baixo ou corporal da experincia, ou o nvel mais alto ou espiritual da experincia. Um faz o fsico e o outro cria o espiritual.

13. Milagres so tanto princpios como fins, e assim alteram a ordem temporal. So sempre afirmaes de renascimento, que parecem retroceder mas realmente avanam. Eles desfazem o passado no presente e assim liberam o futuro.

14. Milagres do testemunho da verdade. So convincentes porque surgem da convio. Sem convio deterioram-se em mgica, que no faz uso da mente e , portanto, destrutiva; ou melhor, o uso no-criativo da mente.

15. Cada dia deve ser devotado aos milagres. O propsito do tempo fazer com que sejas capaz de aprender como us-lo construtivamente. , portanto, um instrumento de ensino e um meio para um fim. O tempo cessar quando no for mais til para facilitar o aprendizado.

16. Milagres so instrumentos de ensino para demonstrar que dar to bem-aventurado quanto receber. Eles simultaneamente aumentam a fora do doador e suprem a fora de quem recebe.

17. Milagres transcendem o corpo. So passagens sbitas para a invisibilidade, distante do nvel corporal. por isso que curam.

18. Um milagre um servio. o servio mximo que podes prestar a um outro. E uma forma

de amar o teu prximo como a ti mesmo. Reconheces o teu prprio valor e o do teu prximo

simultaneamente.

19. Milagres fazem com que as mentes sejam uma s em Deus. Eles dependem de cooperao porque a Filiao a soma de tudo o que Deus criou. Milagres, portanto, refletem as leis da eternidade, no do tempo.

20. Milagres despertam novamente a conscincia de que o esprito, no o corpo, o altar da verdade. esse o reconhecimento que conduz ao poder curativo do milagre.

21. Milagres so sinais naturais de perdo. Atravs dos milagres aceitas o perdo de Deus por

estend-lo a outros.

22. Milagres s so associados com o medo devido crena em que a escurido possa ocultar. Tu acreditas que aquilo que os teus olhos fsicos no podem ver no existe. Isso conduz a uma negao da viso espiritual.

23. Milagres rearranjam a percepo e colocam todos os nveis em perspectiva verdadeira. Isso cura porque a doena vem da confuso de nveis.

24. Milagres fazem com que sejas capaz de curar os doentes e ressuscitar os mortos porque tu mesmo fizeste a doena e a morte, podes, portanto, abolir ambos. Tu s um milagre, capaz de criar como o teu Criador. Tudo o mais o teu prprio pesadelo e no existe. Somente as criaes da luz so reais.

25. Milagres so parte de uma cadeia interligada de perdo que, quando completa, a Expiao. A Expiao funciona durante todo o tempo e em todas as dimenses do tempo.

26. Milagres representam a libertao do medo. Expiar significa desfazer. Desfazer o medo e uma parte essencial do valor dos milagres na Expiao.

27. Um milagre uma beno universal de Deus atravs de mim para todos os meus irmos. O privilgio dos perdoados perdoar.

28. Milagres so um caminho para ganhar a liberao do medo. A revelao induz a um estado

no qual o medo j foi abolido. Milagres so assim um meio e a revelao um fim.

29. Milagres louvam a Deus atravs de ti. Eles O louvam, honrando Suas criaes, afirmando que so perfeitas. Curam porque negam a identificao com o corpo e afirmam a identificao com o esprito.

30. Por reconhecerem o esprito, os milagres ajustam os nveis da percepo e os mostram em alinhamento adequado. Isso coloca o esprito no centro, onde ele pode comunicar-se diretamente.

31. Milagres devem inspirar gratido, no reverncia. Deves agradecer a Deus pelo que realmente s. As crianas de Deus so santas e os milagres honram a sua santidade, que pode estar oculta mas nunca perdida.

32. Eu inspiro todos os milagres, que so realmente intercesses.

Eles intercedem pela tua santidade e fazem com que as tuas percepes sejam santas. Colocando-te alm das leis fsicas, eles te erguem esfera da ordem celestial. Nesta ordem, tu s perfeito.

33. Milagres te honram porque s amvel. Eles dissipam iluses a respeito de ti mesmo e percebem a luz em ti. Assim expiam os teus erros libertando-te dos teus pesadelos. Por liberar a tua mente da priso das tuas iluses, restauram a tua sanidade.

34. Milagres restauram a mente sua plenitude. Por expiar o senso de carncia, estabelecem proteo perfeita. A forca do esprito no deixa lugar para intruses.

35. Milagres so expresses de amor, mas podem no ter sempre efeitos observveis.

36. Milagres so exemplos do pensamento certo, alinhando as tuas percepes com a verdade tal como Deus a criou.

37. Um milagre e uma correo introduzida por mim num pensamento falso. Age como catalisador, quebrando a percepo errnea e reorganizando-a adequadamente. Isso te coloca sob o princpio da Expiao onde a percepo curada. At que isso tenha ocorrido, o conhecimento da Ordem Divina impossvel.

38. O Esprito Santo o mecanismo dos milagres. Ele reconhece tanto as criaes de Deus quanto as tuas iluses. Ele separa o verdadeiro do falso atravs da Sua capacidade de perceber de forma total e no seletiva.

39.O milagre dissolve o erro porque o Esprito Santo o identifica como falso ou irreal. Isso o mesmo que dizer que por perceber a luz, a escurido automaticamente desaparece.

40. O milagre reconhece todas as pessoas como teu irmo e meu tambm. um caminho para se perceber a marca universal de Deus.

41. A integridade o contedo perceptivo dos milagres. Assim, corrigem ou expiam a percepo defeituosa da falta.

42. Uma das maiores contribuies dos milagres a sua forca para liberar-te do teu falso senso de isolamento, privao e falta.

43. Milagres surgem de um estado milagroso da mente, ou um estado de prontido para o milagre.

44. O milagre e uma expresso da conscincia interior de Cristo e da aceitao da Sua Expiao.

45. Um milagre nunca se perde. Pode tocar muitas pessoas que nem mesmo encontraste e produzir mudanas nunca sonhadas em situaes das quais nem mesmo ests ciente.

46. O Esprito Santo o mais elevado veculo de comunicao. Milagres no envolvem esse tipo de comunicao, porque so instrumentos temporrios de comunicao. Quando retornas a tua forma original de comunicao com Deus, por revelao direta, a necessidade de milagres acaba.

47. O milagre um instrumento de aprendizado que faz com que a necessidade de tempo diminua. Ele estabelece um intervalo temporal fora do padro, que no est sujeito s leis usuais do tempo. Nesse sentido ele intemporal.

48. O milagre o nico instrumento a tua disposio imediata para controlar o tempo. S a revelao o transcende, no tendo absolutamente nada a ver com o tempo.

49. O milagre no faz distines entre graus de percepo equivocada. um instrumento para a correo da percepo que eficiente, sem levar em considerao o grau ou a direo do erro. isso o que faz com que ele seja verdadeiramente indiscriminado.

50. O milagre compara o que tu fazes com a criao, aceitando como verdadeiro o que est de acordo com ela e rejeitando como falso o que est em desacordo.

II. Revelao, tempo e milagres

1. A revelao induz a suspenso completa, porm temporria, da dvida e do medo. Reflete a forma original de comunicao entre Deus e as Suas criaes, envolvendo o sentido extremamente pessoal da criao s vezes buscado em relacionamentos fsicos. A intimidade fsica no capaz de consegui-la. Milagres, todavia, so genuinamente interpessoais e resultam em verdadeira intimidade com os outros. A revelao te une diretamente a Deus. Milagres te unem diretamente ao teu irmo. Nenhum dos dois emana da conscincia, mas ambos so l experimentados. A conscincia o estado que induz ao, embora no a inspire. Tu s livre para acreditar no que escolheres, e o que fazes atesta o que acreditas.

2. A revelao e intensamente pessoal e no pode ser traduzida de forma significativa. E por isso que qualquer tentativa de descrev-la com palavras impossvel. A revelao s induz a experincia. Milagres, por outro lado, induzem ao. Eles so mais teis agora devido a sua natureza interpessoal. Nessa fase do aprendizado importante trabalhar com milagres porque a libertao do medo no pode ser imposta a ti. A revelao literalmente indizvel porque uma experincia de amor indizvel.

3. A reverncia deve ser reservada para a revelao, a qual pode ser aplicada correta e perfeitamente. Ela no apropriada para milagres porque o estado de reverncia pleno de adorao, implicando que algum de ordem menor se encontra diante do seu Criador. Tu es uma criao perfeita e deves experimentar reverncia somente na presena do Criador da perfeio. O milagre , portanto, um sinal de amor entre iguais. Iguais no devem se reverenciar um ao outro, pois a reverncia implica desigualdade. , portanto, uma reao inadequada a mim. Um irmo mais velho tem direito ao respeito por sua maior experincia e a obedincia por sua maior sabedoria. Ele tambm tem direito ao amor, porque um irmo e a devoo, se devotado. E somente a minha devoo que me d direito a tua. No h nada em mim que tu no possas atingir. Eu nada tenho que no venha de Deus. A diferena entre ns agora e que eu no tenho nada mais. Isso me deixa em um estado que em ti e apenas potencial.

4. Ningum vem ao Pai seno por mim no significa que eu seja de qualquer modo separado ou diferente de ti exceto no tempo, e o tempo realmente no existe. A declarao mais significativa em termos de um eixo vertical do que horizontal. Tu ests abaixo de mim e eu estou abaixo de Deus. No processo de subida, eu estou mais acima, porque sem mim a distncia entre Deus e o homem seria grande demais para abrangeres. Eu fao a ponte sobre essa distncia como teu irmo mais velho de um lado e como um Filho de Deus do outro. Minha devoo aos meus irmos me ps a cargo da Filiao, que eu torno completa porque compartilho. isso pode parecer contradizer a declarao Eu e meu Pai somos um, mas h dois lados nesta declarao em reconhecimento de que o Pai major.

5. As revelaes so indiretamente inspiradas por mim porque estou perto do Esprito Santo e alerta prontido-para-revelao dos meus irmos. Assim eu posso trazer para eles mais do que eles podem atrair para si mesmos. O Esprito Santo medeia a comunicao superior para a inferior, mantendo o canal direto de Deus para ti aberto para a revelao. A revelao no recproca. Procede de Deus para ti mas no de ti para Deus.

6. O milagre minimiza a necessidade de tempo. No plano longitudinal ou horizontal, o reconhecimento da igualdade dos membros da Filiao parece envolver um tempo quase sem fim. Contudo, o milagre acarreta uma passagem repentina da percepo horizontal para a vertical. Isto introduz um intervalo do qual ambos, tanto o doador como quem recebe, emergem mais adiante no tempo do que teriam estado de outra forma. O milagre tem ento a propriedade nica de abolir o tempo, na medida em que torna desnecessrio o intervalo de tempo que atravessa. No h relao entre o tempo que leva um milagre e o tempo que ele cobre. O milagre substitui um aprendizado que poderia ter levado milhares de anos. Faz isso atravs do reconhecimento subjacente da perfeita igualdade entre quem d e quem recebe na qual o milagre se baseia. O milagre encurta o tempo, colapsando-o, assim eliminando certos intervalos dentro dele. Faz isso, porm, dentro de uma seqncia temporal mais ampla.

III. Expiao e milagres

1. Eu estou a cargo do processo da Expiao que empreendi comear. Quando ofereces um milagre a qualquer um dos meus irmos, tu o fazes para ti mesmo e para mim. A razo pela qual vens antes de mim e que eu no necessito de milagres para a minha prpria Expiao, mas estou no final no caso de falhares temporariamente. A minha parte na Expiao cancelar todos os erros que, de outra forma, no poderias corrigir. Quando tiveres sido restaurado ao reconhecimento do teu estado original, tu mesmo naturalmente passas a ser parte da Expiao. Na medida em que compartilhas da minha recusa em aceitar o erro em ti e nos outros, no podes deixar de unir-te grande cruzada para corrigi-lo; escuta a minha voz, aprende a desfazer o erro e age para corrigi-lo. O poder de trabalhar em milagres te pertence. Eu proverei as oportunidades de faz-los, mas tens que estar pronto e disposto. Faz-los vai trazer a convio dessa capacidade, pois a convio vem atravs da realizao. A capacidade o potencial, a realizao sua expresso e a Expiao, que a profisso natural das crianas de Deus, e o propsito.

2. Passar o cu e a terra significa que no continuaro a existir como estados separados. Minha palavra, que a ressurreio e a vida, no passar porque a vida eterna. Tu s o trabalho de Deus e o Seu trabalho e totalmente amvel e totalmente amoroso. E assim que um homem tem que pensar a respeito de si mesmo no seu corao, pois isso o que ele .

3. Os perdoados so o meio da Expiao. Sendo plenos de esprito, eles perdoam em retribuio. Aqueles que so liberados tem que se unir na liberao dos seus irmos, pois esse e o plano da Expiao. Milagres so o caminho atravs do qual as mentes que servem ao Esprito Santo se unem a mim para a salvao ou liberao de todas as criaes de Deus.

4. Eu sou o nico que pode apresentar milagres de modo indiscriminado porque eu sou a Expiao. Tu tens um papel na Expiao que eu ditar-te-ei. Pergunta a mim quais os milagres que deves apresentar. Isso te poupa esforo desnecessrio, porque estars agindo sob comunicao direta. A natureza impessoal do milagre um ingrediente essencial, porque me capacita a dirigir a sua aplicao, e sob a minha orientao, os milagres conduzem a experincia altamente pessoal da revelao. Um guia no controla, mas de fato dirige, deixando a ti a deciso de segui-lo. No nos deixeis cair em tentao significa Reconhece os teus erros e escolhe abandon-los, seguindo a minha orientao.

5. O erro no pode ameaar realmente a verdade, que sempre pode resistir a ele. De fato, s o erro vulnervel. s livre para estabelecer o teu reino onde achares adequado, mas a escolha certa inevitvel se te lembrares disso:

O esprito est em estado de graa para sempre.

A tua realidade s o esprito.

Portanto tu ests em estado de graa para sempre.

A Expiao desfaz todos os erros nesse sentido e assim extirpa a fonte do medo. Todas s vezes que vivencias as garantias de Deus como ameaa porque ests defendendo uma lealdade mal colocada ou mal dirigida. Quando projetas isso para outros, tu os aprisionas, mas s na medida em que reforas erros que j tenham feito. Isso faz com que sejam vulnerveis s distores de outros, j que a sua prpria percepo de si mesmos distorcida. O trabalhador de milagres s pode abeno-los, e isso desfaz as suas distores e os liberta da priso.

6. Tu respondes ao que percebes, e como percebes assim te comportars. A Regra de Ouro te pede que faas aos outros o que queres que faam a ti. Isso significa que a percepo de ambos tem que ser acurada. A Regra de Ouro a regra para o comportamento apropriado. Tu no podes comportar-te apropriadamente a no ser que percebas corretamente. J que tu e o teu prximo sois membros iguais de uma famlia, assim como percebes a ambos assim fars a ambos. A partir da percepo da tua prpria santidade, deves olhar para a santidade dos outros.

7. Milagres surgem da mente que est pronta para eles. Por estar unida, essa mente vai a todos, mesmo sem que o prprio trabalhador de milagres saiba disso. A natureza impessoal dos milagres deve-se ao fato da Expiao em si mesma ser uma s, unindo todas as criaes com o seu Criador. Como uma expresso do que s na verdade, o milagre coloca a mente em um estado de graa. A mente, ento, d boas-vindas com naturalidade ao Anfitrio interior e ao forasteiro do lado de fora. Quando acolhes o forasteiro, ele vem a ser teu irmo.

8. Que o milagre possa ter efeitos sobre os teus irmos que possas no reconhecer, no concerne a ti. O milagre sempre te abenoar. Os milagres que no te foram pedidos no perderam seu valor. Ainda so expresses do teu prprio estado de graa, mas o aspecto de ao do milagre deve ser controlado por mim, devido a minha completa conscincia de todo o plano. A natureza impessoal da mente voltada para o milagre assegura a tua graa, mas s eu estou em posio de saber onde eles podem ser concedidos.

9. Milagres so seletivos s no sentido de que so dirigidos para aqueles que podem us-los para si mesmos. J que isso faz com que seja inevitvel que eles os estendam a outros, e soldada uma forte cadeia de Expiao. Todavia, essa seletividade no leva em conta a magnitude do milagre em si, porque o conceito de tamanho existe em um plano que , em si mesmo, irreal. J que o milagre tem por objetivo restaurar a conscincia da realidade, no seria til se fosse limitado por leis que governam o erro que ele tem por objetivo corrigir.

IV. Como escapar da escurido

1. Escapar da escurido envolve dois estdios: primeiro, o reconhecimento de que a escurido no pode ocultar. Esse passo usualmente acarreta medo. Segundo, o reconhecimento de que no h nada que queiras ocultar ainda que pudesses. Esse passo traz o escapar do medo. Quando tiveres passado a estar disposto a no esconder nada, no s estars disposto a entrar em comunho, como tambm compreenders a paz e a alegria.

2. A santidade nunca pode estar realmente oculta na escurido, mas podes enganar a ti mesmo a esse respeito. Esse engano faz com que fiques amedrontado porque reconheces, no teu corao, que um engano e fazes enormes esforos para estabelecer a sua realidade. O milagre pe a realidade onde ela deve estar. A realidade s pode estar no esprito, e o milagre reconhece s a verdade. Assim, dissipa iluses sobre ti mesmo e te coloca em comunho contigo e com Deus. O milagre participa da Expiao colocando a mente a servio do Esprito Santo. Isso estabelece a funo prpria da mente e corrige os seus erros, que so apenas faltas de amor. A tua mente pode estar possuda por iluses, mas o esprito eternamente livre. Se a mente percebe sem amor, percebe uma concha vazia e no est ciente do esprito interior. Mas a Expiao restitui o esprito ao lugar que lhe prprio. A mente que serve ao esprito invulnervel.

3. A escurido falta de luz, assim como o pecado falta de amor. No tem propriedades exclusivas em si mesma. um exemplo da crena na escassez, da qual s o erro pode proceder. A verdade sempre abundante. Aqueles que percebem e reconhecem que tem tudo, no tem necessidades de espcie alguma. O propsito da Expiao restituir tudo a ti, ou melhor restituir tudo a tua conscincia. Tudo te foi dado quando foste criado assim como a todos.

4. O vazio engendrado pelo medo tem que ser substitudo pelo perdo. isso o que a Bblia quer dizer com: No existe morte e por isso que eu pude demonstrar que a morte no existe. Eu vim para cumprir a lei, reinterpretando-a. A lei em si mesma, se compreendida de modo adequado, s oferece proteo. Foram aqueles que ainda no mudaram as suas mentes que trouxeram para ela o conceito do fogo do inferno. Eu te asseguro que darei testemunho de qualquer um que me permitir e em qualquer medida que ele me permitir. O teu testemunho demonstra a tua crena e assim a fortalece. Aqueles que testemunham por mim esto expressando atravs dos seus milagres que abandonaram a crena na privao em favor da abundncia que, como aprenderam, a eles pertence.

V. Integridade e esprito

1. O milagre muito parecido com o corpo no sentido de que ambos so recursos de aprendizado, facilitando um estado no qual vm a ser desnecessrios. Quando o estado original de comunicao direta do esprito atingido, nem o corpo nem o milagre servem a qualquer propsito. Todavia, enquanto acreditas que ests em um corpo, podes escolher entre canais de expresso sem amor ou canais milagrosos. Tu podes fazer uma concha vazia, mas no podes deixar de expressar alguma coisa. Podes esperar, adiar, paralisar a ti mesmo ou reduzir a tua criatividade a quase nada, mas no podes aboli-la. Podes destruir o teu veculo de comunicao, mas no o teu potencial. No criaste a ti mesmo.

2. A deciso bsica daquele que tem a mente voltada para o milagre no esperar no tempo mais do que o necessrio. O tempo pode desperdiar assim como ser desperdiado. O trabalhador de milagres, portanto, aceita com contentamento o fator de controle do tempo. Ele reconhece que cada colapso de tempo traz a todos para mais perto da liberao final do tempo, na qual o Filho e o Pai so um. Igualdade no implica igualdade agora. Quando todos reconhecem que tem tudo, contribuies individuais a Filiao j no sero mais necessrias.

3. Quando a Expiao tiver sido completada, todos os talentos sero compartilhados por todos os Filhos de Deus. Deus no parcial. Todas as Suas crianas tem Seu Amor total e todas as Suas ddivas so dadas livremente a todas por igual. Se no vos tornardes como as criancinhas significa que a menos que reconheas plenamente a tua completa dependncia de Deus, no podes conhecer o poder real do Filho em seu verdadeiro relacionamento com o Pai. O especialismo dos Filhos de Deus no brota da excluso, mas da incluso. Todos os meus irmos so especiais. Se acreditam que so privados de alguma coisa, sua percepo vem a ser distorcida. Quando isso ocorre, toda a famlia de Deus, ou a Filiao, tem seus relacionamentos prejudicados.

4. Em ltima instncia, cada membro da famlia de Deus tem que retornar. O milagre chama cada um a voltar porque o abenoa e o honra, mesmo que ele possa estar ausente em esprito. De Deus no se zomba no uma ameaa, mas uma garantia. Ter-se-ia zombado de Deus caso faltasse santidade a qualquer uma de Suas criaes. A criao ntegra e a marca da integridade a santidade. Milagres so afirmaes da Filiao, que um estado de completeza e abundncia.

5. Qualquer coisa que seja verdadeira eterna, e no pode mudar nem ser mudada. O esprito , portanto, inaltervel porque j perfeito, mas a mente pode eleger a que escolhe servir. O nico limite imposto sua escolha que no pode servir a dois senhores. Se escolhe fazer as coisas deste modo, a mente pode vir a ser o veculo pelo qual o esprito cria segundo a linha da sua prpria criao. Se no escolhe livremente fazer assim, retm seu potencial criativo mas coloca-se sob um controle tirnico, ao invs do controle da Autoridade. Como resultado ela aprisiona, pois tais so os ditames dos tiranos. Mudar a tua mente significa coloc-la a disposio da verdadeira Autoridade.

6. O milagre um sinal de que a mente escolheu ser guiada por mim a servio de Cristo. A abundncia de Cristo o resultado natural da escolha de segui-Lo. Todas as razes superficiais tem ser arrancadas pois no so suficientemente profundas para sustentar-te. A iluso de que razes superficiais podem ser aprofundadas e assim te servir de apoio uma das distores em que se baseia o reverso da Regra de Ouro. medida que se desiste dessas fundaes falsas, o equilbrio temporariamente experimentado como instvel. Contudo, nada menos estvel do que uma orientao invertida, de cabea para baixo. E nada que a mantenha invertida pode conduzir a uma estabilidade crescente.

VI. A iluso das necessidades

1. Tu, que queres paz, s podes ach-la no perdo completo. Ningum aprende a menos que queira e acredite que precisa do aprendizado de alguma forma. Embora no exista nenhuma falta na criao de Deus, ela bem evidente no que tu fizeste. De fato, essa a diferena essencial entre um e outro. Falta implica em que estarias melhor se estivesses em um estado de algum modo diferente daquele em que ests. At a separao, que o significado da queda, nada estava faltando. No existiam quaisquer necessidades. Necessidades s surgem quando tu te privas. Ages de acordo com a ordem particular de necessidades que estabeleces. Isso, por sua vez, depende da tua percepo do que tu s.

2. O senso de separao de Deus a nica falta que realmente precisas corrigir. Esse senso de separao nunca teria surgido se no tivesses distorcido a tua percepo da verdade e assim percebido a ti mesmo corno se algo estivesse te faltando. A idia de ordem de necessidades surgiu porque, tendo feito esse erro fundamental, j tinhas te fragmentado em nveis com diferentes necessidades. 4A medida em que te integras vens a ser uno e as tuas necessidades conseqentemente vm a ser uma s. Necessidades unificadas conduzem ao unificada porque isso produz uma ausncia de conflitos.

3. A idia de ordem de necessidades, que decorre do erro original segundo o qual algum pode ser separado de Deus, requer correo no seu prprio nvel, antes que o erro de perceber nveis possa ser de alguma forma corrigido. Tu no podes comportar-te de maneira eficaz enquanto funcionares em nveis diferentes. Todavia, enquanto o fazes, a correo tem que ser introduzida verticalmente, de baixo para cima. Isso assim porque pensas que vives no espao, onde conceitos tais como para cima e para baixo so significativos. Em ltima instncia, o espao to sem significado quanto o tempo. Ambos so meramente crenas.

4. O propsito real desse mundo e ser usado para corrigir a tua descrena. Tu nunca podes controlar os efeitos do medo por ti mesmo, porque fizeste o medo e acreditas no que fizeste. 3Em atitude, ento, embora no no contedo, te assemelhas ao teu Criador Que tem f perfeita em Suas criaes porque Ele as criou. A crena produz a aceitao da existncia. E por isso que tu podes acreditar em algo que ningum mais pensa que e verdadeiro. E verdadeiro para ti porque foi feito por ti.

5. Todos os aspectos do medo so inverdicos, porque no existem no nvel criativo e, portanto, absolutamente no existem. Qualquer que seja a extenso da tua disponibilidade para submeter as tuas crenas a esse teste, nessa mesma extenso as tuas percepes so corrigidas. Para separar o falso do verdadeiro, o milagre procede nestas linhas:

O amor perfeito exclui o medo.

Se o medo existe, ento no h amor perfeito.

Mas:

S o amor perfeito existe.

Se h medo, ele produz um estado que no existe.

Acredita nisso e tu sers livre. S Deus pode estabelecer essa soluo e essa f o Seu dom.

VII. Distores dos impulsos para o milagre

1. As tuas percepes distorcidas produzem uma cobertura densa sobre os impulsos para os milagres, fazendo com que seja difcil para eles alcanarem a tua prpria conscincia. A confuso entre impulsos milagrosos e impulsos fsicos e uma das maiores distores da percepo. Os impulsos fsicos so impulsos milagrosos dirigidos equivocadamente. Todo o prazer real vem de se fazer a Vontade de Deus. Isso assim porque no faz-la uma negao do Ser. A negao do Ser resulta em iluses, enquanto a correo do erro traz a liberao disso. No enganes a ti mesmo acreditando que podes te relacionar em paz com Deus ou com teus irmos atravs de qualquer coisa externa.

2. Criana de Deus, tu foste criada para criar o que bom, o que belo e o que santo. No esqueas disso. Por pouco tempo, o Amor de Deus ainda tem que ser expresso atravs de um corpo para outro porque a viso ainda to tnue. A melhor forma de usar o teu corpo utiliz-lo para te ajudar a ampliar a tua percepo de modo que possas conseguir a viso real, da qual o olho fsico incapaz. Aprender a fazer isso a nica utilidade verdadeira do corpo.

3. A fantasia uma forma distorcida de viso. Quaisquer tipos de fantasias so distores, porque sempre envolvem a toro da percepo em irrealidade. Aes que brotam de distores so literalmente as reaes daqueles que no sabem o que fazem. A fantasia uma tentativa de controlar a realidade de acordo com necessidades falsas. Torce a realidade em qualquer sentido e ests percebendo de maneira destrutiva. Fantasias so um meio de fazer associaes falsas e tentar obter prazer atravs delas. Mas embora possas perceber associaes falsas, jamais podes fazer com que sejam reais exceto para ti mesmo. Tu acreditas no que fazes. Se ofereceres milagres sers igualmente forte na tua crena neles. A fora da tua convio sustentar, ento, a crena de quem recebe o milagre. Fantasias vm a ser totalmente desnecessrias a medida em que natureza inteiramente satisfatria da realidade vm a ser aparente tanto para quem d como para quem recebe. A realidade perdida atravs da usurpao, que produz tirania. Enquanto restar um nico escravo andando na terra, a tua liberao no e completa. A restaurao completa da Filiao a nica meta daquele que tem a mente voltada para o milagre.

4. Esse um curso de treinamento da mente. Todo aprendizado envolve ateno e estudo em algum nvel. Algumas partes posteriores do curso se baseiam tanto nestas sees iniciais, que elas requerem um estudo feito com cuidado. Tu tambm necessitars delas para a preparao. Sem isso podes ficar temeroso demais com o que vir para usar o curso construtivamente. Contudo, a medida em que fores estudando estas partes iniciais, comears a ver algumas das implicaes que sero ampliadas posteriormente.

5. necessrio um fundamento slido devido confuso entre medo e reverncia, a qual j me referi e que feita freqentemente. Eu disse que a reverncia no apropriada em relao aos Filhos de Deus porque no deves experimentar reverncia na presena dos teus iguais. Todavia foi tambm enfatizado que a reverncia apropriada na presena do teu Criador. Eu tenho sido cuidadoso em esclarecer meu papel na Expiao sem exager-lo ou atenu-lo. Estou tambm tentando fazer o mesmo com o teu. Tenho salientado que a reverncia no e uma reao apropriada a mim devido a nossa igualdade inerente. Alguns dos passos que vm mais tarde nesse curso, no entanto, envolvem uma aproximao mais direta com o prprio Deus. No seria prudente iniciar estes passos sem uma preparao cuidadosa, ou a reverncia ser confundida com medo e a experincia ser mais traumtica do que beatfica. No fim, a cura de Deus. Os meios te esto sendo cuidadosamente explicados. A revelao pode ocasionalmente te revelar o fim, mas para alcan-lo, os meios so necessrios.

Captulo 2 - A SEPARAO E A EXPIAO

I. As origens da separao

1. Estender-se um aspecto fundamental de Deus, que Ele deu a Seu Filho. Na criao, Deus estendeu-Se s Suas criaes e as imbuiu da mesma Vontade amorosa de criar. Tu no s foste plenamente criado, como foste criado perfeito. No h nenhum vazio em ti. Devido tua semelhana com o teu Criador, s criativo. Nenhuma criana de Deus pode perder essa capacidade porque inerente ao que ela , mas pode us-la de maneira imprpria atravs da projeo. O uso imprprio da extenso, ou projeo, ocorre quando acreditas que existe em ti algum vazio ou alguma falta e que podes preench-lo com as tuas prprias idias em vez da verdade. Esse processo envolve os seguintes passos:

Primeiro, acreditas que o que Deus criou pode ser mudado pela tua prpria mente.

Segundo, acreditas que o que perfeito pode ser tornado imperfeito ou falho.

Terceiro, acreditas que podes distorcer as criaes de Deus, inclusive a ti mesmo.

Quarto, acreditas que podes criar a ti mesmo e que a direo da tua prpria criao depende de ti.

2. Essas distores interligadas representam um retrato do que de fato ocorreu na separao, ou seja, o desvio para o medo. Nada disso existia antes da separao nem, de fato, existe agora.

Tudo o que Deus criou como Ele. A extenso, como foi empreendida por Deus, similar radincia interior que as crianas do Pai herdam Dele. Sua fonte real interna. Isso to verdadeiro em relao ao Filho quanto em relao ao Pai. Nesse sentido, a criao inclui tanto a criao do Filho por Deus quanto as criaes do Filho quando a sua mente est curada. Isso requer que Deus tenha dotado o Filho com livre arbtrio, porque toda a criao amorosa dada livremente em uma linha contnua, na qual todos os aspectos so da mesma ordem.

3. O Jardim do den, ou a condio anterior separao, era um estado da mente no qual nada era necessrio. Quando Ado deu ouvidos s mentiras da serpente, tudo o que ouviu no era verdade. No tens que continuar a acreditar no que no verdadeiro, a no ser que escolhas faz-lo. Tudo aquilo pode literalmente desaparecer num abrir e fechar de olhos porque apenas uma percepo equivocada. O que visto em sonhos parece ser muito real. No entanto, a Bblia diz que um sono pesado caiu sobre Ado e no h, em parte alguma, referncia ao seu despertar. O mundo ainda no experimentou nenhum despertar ou renascer em escala absoluta. Tal renascimento impossvel enquanto continuares a projetar ou criar equivocadamente. Contudo, a capacidade de estender assim como Deus estendeu a ti o Seu Esprito permanece ainda dentro de ti. Na realidade, essa a tua nica escolha porque o teu livre arbtrio te foi dado para a tua alegria em criar o que perfeito.

4. Todo medo, em ltima instncia, passvel de ser reduzido bsica percepo equivocada de que tens a capacidade de usurpar o poder de Deus. Obviamente, no podes, nem tens sido capaz de fazer isso. Aqui est a base real para escapares do medo. O escape efetuado pela tua aceitao da Expiao, que faz com que sejas capaz de reconhecer que os teus erros realmente nunca ocorreram. S depois que um profundo sono caiu sobre Ado, pde ele vivenciar pesadelos. Se uma luz subitamente se acende enquanto algum est sonhando um sonho amedrontador, ele pode inicialmente interpretar a prpria luz como parte do seu sonho e ter medo. Todavia, quando acorda, a luz percebida corretamente como a liberao do sonho, ao qual j no mais se confere realidade. Essa liberao no depende de iluses. O conhecimento que ilumina no s te pe em liberdade, mas te mostra tambm claramente que tu s livre.

5. Quaisquer que sejam as mentiras em que possas acreditar, no concernem ao milagre, que pode curar qualquer uma com a mesma facilidade. Ele no faz distines entre percepes equivocadas. A nica coisa que concerne a ele distinguir a verdade de um lado e do outro o erro. Alguns milagres podem aparentar maior magnitude que outros. Mas lembra-te do primeiro princpio deste curso: no h nenhuma ordem de dificuldades em milagres. Na realidade, tu s perfeitamente intocvel por todas as expresses de falta de amor. Essas podem vir de ti e de outros, de ti para os outros e dos outros para ti. A paz um atributo em ti. No podes ach-la do lado de fora. A enfermidade alguma forma de busca externa. A sade paz interior. Ela te permite permanecer imperturbado pela falta de amor externo e ser capaz, atravs da tua aceitao dos milagres, de corrigir as condies resultantes da falta de amor nos outros.

II. A Expiao como defesa

1. Tu podes fazer qualquer coisa que eu pedir. Eu te pedi para apresentar milagres e esclareci que os milagres so naturais, corretivos, curativos e universais. No h nada que no possam fazer, mas no podem ser apresentados no esprito da dvida ou do medo. Quando tens medo de qualquer coisa, ests admitindo que ela tem o poder de ferir-te. Lembra-te de que onde est o teu corao, a est tambm o teu tesouro. Tu crs no que valorizas. Se ests com medo, inevitavelmente ests valorizando de forma errada. A tua compreenso dotar ento todos os pensamentos com igual poder e inevitavelmente destruirs a paz. por isso que a Bblia fala da paz de Deus que excede o entendimento. Essa paz totalmente incapaz de ser abalada por erros de qualquer espcie. Nega que qualquer coisa que no venha de Deus tenha a capacidade de afetar-te. Esse o uso apropriado da negao. No usada para esconder nada, mas para corrigir o erro. Ela traz todos os erros luz, e como o erro e a escurido so a mesma coisa, corrige o erro automaticamente.

2. A verdadeira negao um instrumento de proteo poderoso. Podes e deves negar qualquer crena em que o erro possa ferir-te. Esse tipo de negao no um encobrimento, mas uma correo. A certeza da tua mente depende dele. A negao do erro uma forte defesa da verdade, mas a negao da verdade resulta em criao equivocada, que so as projees do ego. A servio da mente certa, a negao do erro liberta a mente e restabelece a liberdade da vontade. Quando a vontade realmente livre, no pode criar equivocadamente porque s reconhece a verdade.

3. Tu podes defender a verdade assim como o erro. Os meios so mais fceis de serem compreendidos depois que o valor da meta est firmemente estabelecido. A questo saber para que isso serve. Todo mundo defende seu tesouro e far isso automaticamente. As questes reais so: qual o teu tesouro e quanto tu o valorizas? Uma vez que tiveres aprendido a considerar essas questes e traz-las a todas as tuas aes, ters pouca dificuldade em esclarecer os meios. Os meios esto disponveis a qualquer momento em que os pedires. Contudo, podes economizar tempo se no protelares esse passo de forma indevida. O enfoque correto vai encurt-lo incomensuravelmente.

4. A Expiao a nica defesa que no pode ser usada destrutivamente porque no um instrumento feito por ti. O princpio da Expiao estava em efeito muito antes de comear a Expiao. O princpio era amor e a Expiao um ato de amor. Atos no eram necessrios antes da separao porque a crena em espao e tempo no existia. Foi s depois da separao que a Expiao e as condies necessrias para que ela fosse cumprida foram planejadas. Ento se fez necessria uma defesa to esplndida que no pudesse ser usada equivocadamente, embora pudesse ser recusada. A recusa, contudo, no podia transform-la em uma arma de ataque, que a caracterstica inerente s outras defesas. A Expiao torna-se, assim, a nica defesa que no uma espada de dois gumes. S pode curar.

5. A Expiao foi construda dentro da crena no espao-tempo de forma a estabelecer um limite para a necessidade da prpria crena e, em ltima instncia, para tornar o aprendizado completo. A Expiao a lio final. O aprendizado em si, assim como as salas de aula em que ocorre, temporrio. A capacidade de aprender no tem nenhum valor quando a mudana j no necessria. O que so eternamente criativos no tm nada a aprender. Tu podes aprender a melhorar as tuas percepes e podes vir a ser um aprendiz cada vez melhor. Isso te levar um acordo cada vez maior com a Filiao, mas a Filiao em si mesma uma Criao perfeita e a perfeio no uma questo de grau. O aprendizado s significativo enquanto existe uma crena em diferenas.

6. A evoluo um processo no qual aparentemente passas de um estdio ao seguinte. Corriges os teus passos equivocados anteriores caminhando para a frente. Esse processo , de fato, incompreensvel em termos temporais, porque retornas na medida em que avanas. A Expiao o instrumento atravs do qual podes te libertar do passado na medida em que avanas. Ela desfaz os teus erros passados, assim fazendo com que seja desnecessrio que tenhas que ficar revendo os teus passos sem avanar para o teu retorno. Nesse sentido, a Expiao economiza tempo, mas como o milagre ao qual serve, no o abole. Enquanto houver necessidade da Expiao h necessidade de tempo. Mas, a Expiao como plano j completo, tem uma relao singular com o tempo. At que a Expiao esteja completa, suas vrias fases vo prosseguir no tempo, mas toda a Expiao situa-se no fim dos tempos. Naquele ponto foi construda a ponte do retorno.

7. A Expiao um compromisso total. Ainda podes pensar que isso est associado perda, um equvoco que todos os Filhos de Deus separados fazem de uma forma ou de outra. difcil acreditar que uma defesa que no pode atacar seja a melhor defesa. isso o que quer dizer os mansos herdaro a terra. Eles literalmente a conquistaro devido sua fora. Uma defesa que funciona em duas direes intrinsecamente fraca, precisamente porque tem dois gumes e pode voltar-se contra ti de forma muito inesperada. Essa possibilidade no pode ser controlada a no ser pelos milagres. O milagre volta a defesa da Expiao para a tua real proteo, e na medida em que vens a ser cada vez mais seguro, assumes o teu talento natural de proteger os outros, conhecendo a ti mesmo como um irmo e um Filho.

III. O altar de Deus

1. A Expiao s pode ser aceita dentro de ti atravs da liberao da luz interior. Desde a separao, as defesas tm sido usadas quase que inteiramente para defender contra a Expiao e assim manter a separao. Isso geralmente visto como uma necessidade de proteger o corpo. As muitas fantasias corporais, nas quais a mente se engaja, surgem da crena distorcida segundo a qual o corpo pode ser usado como um meio para se atingir a expiao. Perceber o corpo como um templo s um primeiro passo na correo dessa distoro, porque altera apenas parte dela. Ela de fato reconhece que a Expiao em termos fsicos impossvel. O prximo passo, todavia, reconhecer que um templo no absolutamente uma estrutura. Sua verdadeira santidade est no altar interior em torno do qual construda a estrutura. A nfase em belas estruturas um sinal do medo da Expiao e uma recusa em alcanar o altar propriamente dito. A beleza real do templo no pode ser vista com o olho fsico. A vista espiritual, por outro lado, no pode absolutamente ver a estrutura porque viso perfeita. Pode, todavia, ver o altar com clareza perfeita.

2. Para efetividade perfeita, o lugar da Expiao o centro do altar interior, onde ela desfaz a separao e restaura a integridade da mente. Antes da separao, a mente era invulnervel ao medo, porque o medo no existia. Tanto a separao quanto o medo so criaes equivocadas que tm que ser desfeitas para a restaurao do templo e para que o altar se abra com o fim de receber a Expiao. Isso cura a separao colocando dentro de ti a nica defesa efetiva contra todos os pensamentos de separao e fazendo com que sejas perfeitamente invulnervel.

3. A aceitao da Expiao por todas as pessoas s uma questo de tempo. Isso pode parecer que contradiz o livre arbtrio devido inevitabilidade da deciso final, mas no assim. Tu podes contemporizar e s capaz de enorme procrastinao, mas no podes desviar-te inteiramente do teu Criador, Que fixa os limites da tua capacidade de criar de forma equivocada. Uma vontade aprisionada engendra uma situao, que levada aos extremos, vem a ser totalmente intolervel. A tolerncia dor pode ser alta, mas no sem limites. Eventualmente, todos comeam a reconhecer, embora de forma tnue, que tem que existir um caminho melhor. Na medida em que esse reconhecimento vem a ser estabelecido de forma mais firme vem a ser um ponto de mutao. Isso, em ltima instncia, desperta outra vez a viso espiritual, enfraquecendo simultaneamente o investimento na vista fsica. O investimento alternado nos dois nveis de percepo usualmente experimentado como um conflito que pode vir a ser muito agudo. Mas o resultado to certo quanto Deus.

4. Literalmente, a viso espiritual no pode ver o erro e meramente olha procurando a Expiao. Dissolvem-se todas as solues que os olhos fsicos buscam. A viso espiritual olha para dentro e reconhece imediatamente que o altar foi profanado e necessita ser reparado e protegido. Perfeitamente ciente da defesa certa, passa por cima de todas as outras olhando alm do erro para a verdade. Em funo da fora dessa viso, ela traz a mente para o seu servio. Isso restabelece o poder da mente e faz com que ela seja cada vez mais incapaz de tolerar adiamento, reconhecendo que s adiciona dor desnecessria. Como resultado, a mente vem a ser cada vez mais sensvel ao que antes teria considerado como intruses muito pequenas de desconforto.

5. As crianas de Deus tm direito ao consolo perfeito que vem da confiana perfeita. Enquanto no conseguirem isso, desperdiam a si mesmos e aos seus poderes criativos verdadeiros em tentativas inteis de se fazerem mais confortveis atravs de meios imprprios. Mas os meios reais j foram providos e no envolvem, em absoluto, nenhum esforo da parte delas. A Expiao a nica ddiva que digna de ser oferecida no altar de Deus devido ao valor do prprio altar. Ele foi criado perfeito e inteiramente digno de receber a perfeio. Deus e Suas criaes so completamente dependentes entre si. Ele depende delas porque as criou perfeitas. Ele lhes deu a Sua paz, de modo que no pudessem ser abaladas nem pudessem ser enganadas. Sempre que sentes medo ests enganado e a tua mente no pode servir ao Esprito Santo. Isso te deixa faminto, negando-te o po de cada dia. Deus solitrio sem os Seus Filhos e eles so solitrios sem Ele. Eles tm que aprender a olhar para o mundo como um meio de curar a separao. A Expiao a garantia de que, em ltima instncia, tero sucesso.

IV. A cura como liberao do medo

1. Nossa nfase est agora na cura. O milagre o meio, a Expiao o princpio e a cura o resultado. Falar de um milagre de cura combinar duas ordens de realidade de maneira imprpria. A cura no um milagre. A Expiao ou o milagre final, um remdio e qualquer tipo de cura um resultado. O tipo de erro ao qual aplicado a Expiao irrelevante. Toda cura essencialmente liberao do medo. Para empreender isso, tu no podes estar amedrontado. No compreendes a cura devido ao teu prprio medo.

2. Um passo importante no plano da Expiao desfazer o erro em todos os nveis. A doena, ou a mentalidade que no est certa, o resultado da confuso de nveis porque sempre acarreta a crena em que o que est fora de lugar em um nvel pode afetar de maneira adversa um outro. Ns nos referimos aos milagres como o meio de corrigir a confuso de nveis, pois todos os equvocos tm que ser corrigidos no nvel em que ocorrem. S a mente capaz de errar. O corpo pode agir de forma errada apenas quando est respondendo a um pensamento equivocado. O corpo no pode criar, e a crena em que possa, um erro fundamental, produz todos os sintomas fsicos. A enfermidade fsica representa uma crena na mgica. Toda a distoro que deu origem mgica baseia-se na crena segundo a qual existe uma capacidade criativa na matria que a mente no pode controlar. Esse erro pode tomar duas formas: pode-se acreditar que a mente pode criar de forma equivocada no corpo ou que o corpo pode criar de forma equivocada na mente. Quando fica compreendido que a mente, o nico nvel de criao, no pode criar alm de si mesma, nenhum desses dois tipos de confuso precisa ocorrer.

3. S a mente pode criar porque o esprito j foi criado e o corpo um instrumento de aprendizado para a mente. Os instrumentos de aprendizado no so lies em si mesmos. Seu propsito meramente facilitar o aprendizado. O pior que um uso faltoso de um instrumento de aprendizado pode fazer falhar em facilitar o aprendizado. Ele no tem nenhum poder em si mesmo para introduzir erros factuais de aprendizado. O corpo, se compreendido de forma adequada, compartilha da invulnerabilidade da Expiao no que se refere s defesas de dois gumes. Isso no se d porque o corpo seja um milagre, mas porque no est inerentemente aberto interpretao equivocada. O corpo meramente parte da tua experincia no mundo fsico. As capacidades do corpo podem ser e, com freqncia so, super-valorizadas. Todavia, quase impossvel negar a sua existncia nesse mundo. Aqueles que o fazem esto engajando-se em uma forma de negao particularmente indigna. Aqui o termo indigna subentende apenas que no necessrio proteger a mente negando o que no mental. Se algum nega esse aspecto desafortunado do poder da mente, esse algum est tambm negando o prprio poder.

4. Todos os meios materiais que aceitas como remdios para enfermidades corporais so reafirmaes de princpios mgicos. Esse o primeiro passo para se acreditar que o corpo faz as suas prprias enfermidades. O segundo passo equivocado tentar cur-lo atravs de agentes no-criativos. Contudo, no decorre da que o uso de tais agentes com propsitos corretivos seja mau. s vezes, a enfermidade tem um controle que suficientemente forte sobre a mente para tornar a pessoa temporariamente inacessvel Expiao. Nesse caso, pode ser sbio usar uma abordagem de transigncia para com a mente e o corpo, na qual por algum tempo se acredita que a cura venha de alguma coisa de fora. Isso assim porque a ltima coisa que pode ajudar aquele que tem a mente disposta ao que no certo, ou o doente, fazer algo que aumente o seu medo. Esses j esto em um estado debilitado pelo medo. Se so prematuramente expostos a um milagre podem ser precipitados ao pnico. provvel que isso ocorra quando a percepo invertida induziu crena em que milagres so assustadores.

5. O valor da Expiao no est na maneira na qual ela expressa. De fato, se usada de forma verdadeira, inevitavelmente vai ser expressada do modo que for mais til para quem recebe, seja ele qual for. Isso significa que um milagre, para atingir a sua plena eficcia, tem que ser expressado em uma linguagem que aquele que recebe possa compreender sem medo. Isso no significa necessariamente que esse o mais elevado nvel de comunicao do qual ele capaz. Significa, contudo, que o nvel mais alto de comunicao do qual ele capaz agora. Todo o objetivo do milagre elevar o nvel da comunicao e no desc-lo por aumentar o medo.

V. A funo do trabalhador de milagres

1. Antes que os trabalhadores de milagres estejam prontos para empreender sua funo nesse mundo, essencial que compreendam inteiramente o medo da liberao. De outro modo podem inadvertidamente fomentar a crena em que liberao aprisionamento, uma crena que j prevalece muito. Essa percepo equivocada surge, por sua vez, da crena em que o dano pode ser limitado ao corpo. Isso acontece em funo do medo sub-reptcio de que a mente pode ferir a si mesma. Nenhum desses erros significativo porque as criaes equivocadas da mente na realidade no existem. Esse reconhecimento um instrumento de proteo muito melhor do que qualquer forma de confuso de nveis, porque introduz a correo no nvel do erro. essencial lembrar que s a mente pode criar e que a correo pertence ao nvel do pensamento. Ampliando uma declarao anterior, o esprito j perfeito e, portanto, no requer correo. O corpo no existe, exceto como instrumento de aprendizado para a mente. Esse instrumento de aprendizado no est sujeito a erros prprios porque no pode criar. bvio, ento, que induzir a mente a desistir de suas criaes equivocadas a nica aplicao da capacidade criativa que verdadeiramente significativa.

2. Mgica o uso da mente de forma criativa porm equivocada ou no-mental. Os medicamentos fsicos so formas de encantamentos, mas se tens medo de usar a mente para curar, no deves tentar faz-lo. O prprio fato de teres medo faz com que tua mente seja vulnervel criao equivocada. Ests, portanto, propenso a compreender de forma equivocada qualquer cura que possa ocorrer, e como o egocentrismo e o medo usualmente ocorrem juntos, podes ser incapaz de aceitar a Fonte real da cura. Nessas condies mais seguro para ti apoiar-te temporariamente em instrumentos de cura fsicos, porque esses no podes perceber equivocadamente como as tuas prprias criaes. Enquanto persistir o teu sentimento de vulnerabilidade, no deves tentar apresentar milagres.

3. Eu j disse que milagres so expresses da mentalidade disposta para o milagre e essa mentalidade milagrosa significa mentalidade certa. Aquele que tem a mentalidade certa no exalta nem deprecia a mente do trabalhador de milagres ou a de quem o recebe. Todavia, como uma correo, o milagre no precisa esperar que a mentalidade daquele que recebe esteja disposta para o que certo. De fato, seu propsito restaur-lo sua mente certa. essencial, porm, que o trabalhador de milagres esteja em sua mente certa, mesmo que por um breve perodo de tempo, ou ser incapaz de restabelecer a mentalidade certa em outra pessoa.

4. O curador que confia em sua prpria prontido est colocando em perigo a sua prpria compreenso. Tu ests perfeitamente seguro enquanto ests completamente despreocupado com a tua prontido, mas mantns uma confiana consistente na minha. Se as tuas inclinaes para trabalhar em milagres no esto funcionando adequadamente, isso sempre acontece porque o medo introduziu-se na tua mentalidade certa e a virou de cabea para baixo. Todas as formas da mentalidade disposta para o que no certo so o resultado da recusa em aceitares a Expiao para ti mesmo. Se tu a aceitas, ests em posio de reconhecer que aqueles que necessitam de cura so simplesmente aqueles que no compreenderam que a mentalidade certa a cura em si mesma.

5. A nica responsabilidade daquele que trabalha em milagres aceitar a Expiao para si mesmo. Isso significa que reconheces que a mente o nico nvel criativo e que os erros que ela comete so curados pela Expiao. Uma vez que aceitas isso, a tua mente s pode curar. Negando tua mente qualquer potencial destrutivo e reempossando-a dos seus poderes puramente construtivos, tu te colocas em posio de desfazer a confuso de nveis dos outros. A mensagem que ento lhes ds a verdade de que as suas mentes so similarmente construtivas e suas criaes equivocadas no podem feri-los. Afirmando isso, liberas a mente da super-valorizao do seu prprio instrumento de aprendizado e a restauras sua verdadeira posio como aprendiz.

6. Deve-se enfatizar mais uma vez que o corpo no aprende nem tampouco cria. Como um instrumento de aprendizado, ele meramente segue o aprendiz; mas se falsamente dotado de iniciativa prpria vem a ser uma sria obstruo ao prprio aprendizado que deveria facilitar. Apenas a mente capaz de iluminao. O esprito j iluminado e o corpo em si por demais denso. A mente, porm, pode trazer sua iluminao ao corpo reconhecendo que ele no o aprendiz e, portanto, no pode ser levado ao aprendizado. Contudo, o corpo facilmente levado a se alinhar com a mente que aprendeu a ver alm dele em direo luz.

7. O aprendizado corretivo sempre comea com o despertar do esprito e o afastamento da crena na vista fsica. Isso freqentemente acarreta medo, porque tens medo do que a tua vista espiritual vai te mostrar. Eu disse anteriormente que o Esprito Santo no pode ver o erro e s capaz de olhar para o que est alm do erro em defesa da Expiao. No h dvida de que isso pode produzir desconforto, no entanto, o desconforto no o resultado final da percepo. Quando se permite que o Esprito Santo olhe para a profanao do altar, Ele tambm olha imediatamente em direo Expiao. Nada do que Ele percebe pode induzir ao medo. Tudo o que resulta da conscincia espiritual meramente canalizado em direo correo. O desconforto s surge para trazer conscincia a necessidade da correo.

8. Em ltima instncia, o medo da cura surge de uma recusa em aceitar inequivocadamente que a cura necessria. O que o olho fsico v no corretivo e nem pode o erro ser corrigido por qualquer instrumento que possa ser visto fisicamente. Enquanto acreditas no que te diz a tua vista fsica, as tuas tentativas de correo estaro equivocadamente dirigidas. A viso real obscurecida porque no podes suportar ver o teu prprio altar profanado. Mas, uma vez que o altar foi profanado, o teu estado vem a ser duplamente perigoso, a menos que seja percebido.

9. A cura uma habilidade que foi desenvolvida aps a separao, antes disso era desnecessria. Como todos os aspectos da crena no espao e no tempo, ela temporria. Contudo, enquanto o tempo persiste, a cura necessria como um meio de proteo. Isso assim porque a cura baseia-se na caridade e a caridade uma maneira de perceber a perfeio do outro, mesmo quando no podes perceb-la em ti mesmo. A maioria dos mais elevados conceitos que tu s capaz de ter agora dependem do tempo. A caridade realmente um reflexo mais fraco de uma abrangncia do amor muito mais poderosa, que est muito alm de qualquer forma de caridade que possas conceber por enquanto. A caridade essencial mentalidade certa no sentido limitado no qual ela pode ser agora alcanada.

10. A caridade um modo de olhar para o outro como se ele j estivesse muito alm de suas realizaes factuais no tempo. Como o seu prprio pensamento faltoso, ele no pode ver a Expiao para si mesmo, ou no teria nenhuma necessidade de caridade. A caridade que lhe conferida tanto uma admisso de que ele necessita de ajuda quanto um reconhecimento de que vai aceita-la. Essas duas percepes claramente implicam em uma dependncia em relao ao tempo, fazendo com que seja evidente que a caridade ainda est dentro das limitaes desse mundo. Eu disse anteriormente que s a revelao transcende o tempo. O milagre, como uma expresso de caridade, s pode encurt-lo. Tem que ser compreendido, porm, que sempre que ofereces um milagre a um outro ests encurtando o seu sofrimento e o teu. Isso corrige retroativamente assim como progressivamente.

A. Princpios especiais dos trabalhadores de milagres

11. (1) O milagre abole a necessidade de preocupaes de ordem mais inferior. Como um intervalo de tempo fora do padro, as consideraes ordinrias de tempo e espao no se aplicam. Quando apresentares um milagre, eu arranjarei tanto o tempo quanto o espao para que se ajustem a ele.

12. (2) Uma distino clara entre o que criado e o que feito essencial. Todas as formas de cura baseiam-se nesta correo fundamental na percepo dos nveis.

13. (3) Nunca confundas a mentalidade certa com mentalidade errada. Responder a qualquer forma de erro com qualquer coisa exceto um desejo de curar uma expresso dessa confuso.

14. (4) O milagre sempre uma negao desse erro e uma afirmao da verdade. S a mentalidade certa pode corrigir de um modo que tenha qualquer efeito real. Em termos pragmticos, o que no tem efeito real no tem existncia real. Seu efeito, ento, o vazio. Sendo sem contedo substancial, presta-se para a projeo.

15. (5) O poder do milagre para ajustar nveis induz percepo certa para a cura. At que isso tenha ocorrido, a cura no pode ser compreendida. O perdo um gesto vazio a no ser que acarrete correo. Sem isso, essencialmente julgador em vez de curativo.

16. (6) O perdo da mentalidade milagrosa apenas correo. No tem absolutamente nenhum elemento de julgamento. A declarao Pai, perdoa-lhes, porque no sabem o que fazem de modo algum avalia o que fazem. E um apelo para Deus curar as suas mentes. No h referncia ao resultado do erro. Isso no importa.

17. (7) A injuno Sde uma s mente o enunciado para o estado de prontido para a revelao. Meu pedido Fazei isso em memria de mim o apelo para a cooperao dos trabalhadores de milagres. As duas declaraes no pertencem mesma ordem de realidade. S a ltima envolve uma conscincia do tempo, j que lembrar recordar o passado no presente. O tempo est sob a minha direo, mas a intemporalidade pertence a Deus. No tempo existimos para o outro e com o outro. Na intemporalidade, coexistimos com Deus.

18. (8) Tu podes fazer muito em favor da tua prpria cura e da dos outros se, em uma situao que necessite de ajuda, pensares deste modo:

Eu estou aqui s para ser verdadeiramente til.

Eu estou aqui para representar Aquele Que me enviou.

Eu no tenho que me preocupar com o que dizer ou o que fazer, porque Aquele Que me enviou me dirigir.

Eu estou contente em estar aonde quer que Ele deseje, sabendo que Ele vai comigo.

Eu serei curado na medida em que eu permitir que Ele me ensine a curar.

VI. Medo e conflito

1. Ficar com medo parece ser involuntrio; algo alm do teu prprio controle. Entretanto, eu j disse que s os atos construtivos devem ser involuntrios. Meu controle pode se encarregar de todas as coisas que no tm importncia, enquanto minha orientao pode dirigir tudo o que tem, se tu escolheres assim. O medo no pode ser controlado por mim, mas pode ser auto-controlado. O medo me impede de te dar o meu controle. A presena do medo mostra que fizeste com que pensamentos corporais subissem ao nvel da mente. Isso os remove do meu controle e faz com que te sintas pessoalmente responsvel por eles. Essa uma confuso bvia de nveis.

2. Eu no fomento a confuso de nveis, mas tu tens que escolher corrigi-la. No desculparias um comportamento insano da tua parte dizendo que no pudeste evit-lo. Por que serias condescendente com pensamentos insanos? H uma confuso aqui que farias bem em olhar com clareza. Tu podes acreditar que s responsvel pelo que fazes, mas no pelo que pensas. A verdade que s responsvel pelo que pensas, porque s nesse nvel que podes exercitar a escolha. O que fazes vem do que pensas. Tu no podes separar-te da verdade dando autonomia ao comportamento. Isso automaticamente controlado por mim, to logo coloques o que pensas sob a minha orientao. Sempre que sentes medo, um sinal seguro de que permitiste que a tua mente criasse de forma equivocada e no me permitiste gui-la.

3. No faz sentido acreditar que controlar o resultado de um pensamento equivocado pode resultar na cura. Quando ests amedrontado, escolheste errado. Essa a razo de sentir-te responsvel por isso. Tens que mudar a tua mente, no teu comportamento, e isso uma questo de disponibilidade. Tu no precisas de orientao exceto ao nvel da mente. O nico lugar da correo o nvel onde a mudana possvel. A mudana nada significa ao nvel dos sintomas, onde no pode funcionar.

4. A correo do medo tua responsabilidade. Quando pedes a liberao do medo, ests deduzindo que no . Deverias pedir, ao invs disso, ajuda nas condies que trouxeram o medo. Essas condies sempre acarretam uma disponibilidade para estar separado. Nesse nvel podes evitar isso. Tu s por demais tolerante em relao s divagaes da mente e condescendes com passividade s criaes equivocadas da tua mente. O resultado particular no importa, mas o erro fundamental sim. A correo sempre a mesma. Antes de escolheres fazer qualquer coisa, pergunta a mim se a tua escolha est de acordo com a minha. Se ests seguro disso, no haver medo.

5. O medo sempre um sinal de tenso, surgindo todas as vezes em que o que queres conflita com o que fazes. Essa situao surge de duas maneiras: primeiro, podes escolher fazer coisas conflitantes, seja simultaneamente ou sucessivamente. Isso produz um comportamento conflitante que te intolervel, porque parte da mente que quer fazer uma outra coisa ultrajada. Segundo, podes comportar-te como pensas que deverias, mas sem quereres inteiramente faz-lo. Isso produz um comportamento consistente, mas acarreta grande tenso. Nos dois casos, a mente e o comportamento esto em desacordo, resultando em uma situao na qual tu ests fazendo o que no queres totalmente fazer. Isso faz surgir um senso de coero que usualmente produz fria e a projeo est propensa a vir em seguida. Sempre que h medo, porque ainda no escolheste em tua mente. Portanto, a tua mente est dividida e o teu comportamento inevitavelmente vem a ser errtico. A correo ao nvel do comportamento pode deslocar o erro do primeiro para o segundo tipo, mas no obliterar o medo.

6. possvel alcanar um estado no qual trazes a tua mente para a minha orientao sem esforo consciente, mas isso implica em uma disponibilidade que ainda no desenvolveste. O Esprito Santo no pode pedir mais do que aquilo que ests disposto a fazer. A fora para fazer vem da tua deciso no dividida. No h tenso em fazer a Vontade de Deus to logo reconheas que ela tambm a tua. A lio aqui bastante simples, mas particular-mente propensa a no ser vista. Portanto, vou repeti-la, urgindo para que a ouas. Apenas a tua mente pode produzir medo. Ela faz isso sempre que est conflitada em relao ao que quer e produz tenso inevitvel, porque o querer e o fazer esto em discordncia. Isso pode ser corrigido s atravs da aceitao de uma meta unificada.

7. O primeiro passo corretivo para desfazer o erro saber antes de tudo que o conflito uma expresso de medo. Dize a ti mesmo que de alguma forma tens que ter escolhido no amar, ou o medo no poderia ter surgido. Ento, todo o processo corretivo passa a ser nada mais do que uma srie de passos pragmticos no processo mais amplo de aceitar a Expiao como o remdio. Esses passos podem ser resumidos dessa forma:

Primeiro preciso que saibas que isso medo.

O medo surge da falta de amor.

O nico remdio para a falta de amor o amor perfeito.

O amor perfeito a Expiao.

8. Tenho enfatizado que o milagre, ou a expresso da Expiao sempre um sinal de respeito de algum de valor para com algum de valor. O reconhecimento deste valor restabelecido pela Expiao. bvio, ento, que quando tens medo, te colocaste em uma posio em que necessitas da Expiao. Fizeste alguma coisa sem amor, tendo escolhido sem amor. Essa precisamente a situao para a qual a Expiao foi oferecida. Como havia necessidade do remdio ele foi estabelecido. Enquanto reconheces apenas a necessidade do remdio, continuars amedrontado. Contudo, assim que aceitas o remdio, aboliste o medo. E deste modo que ocorre a verdadeira cura.

9. Todos experimentam medo. No entanto, seria preciso um pequeno pensamento certo para reconhecerem porque o medo ocorre. Poucos apreciam o poder real da mente e ningum permanece plenamente ciente dele o tempo todo. Porm, se esperas poupar-te do medo, existem certas coisas que tens que reconhecer e reconhecer plenamente. A mente muito poderosa e nunca perde a sua fora criativa. Ela nunca dorme. A cada instante est criando. duro reconhecer que o pensamento e a crena se combinam em uma onda de poder que pode literalmente mover montanhas. A primeira vista parece que acreditar em tal poder acerca de ti mesmo arrogncia, mas no essa a razo real pela qual no acreditas nisso. Preferes acreditar que os teus pensamentos no podem exercer influncia real porque, de fato, tens medo deles. Isso pode diminuir a tua conscincia em relao culpa, mas a custo de perceberes a mente como impotente. Se acreditas que o que pensas no tem efeito, podes deixar de ter medo do que pensas, mas dificilmente ests propenso a respeitar teu pensamento. No existem pensamentos vos. Todo pensamento produz forma em algum nvel.

VII. Causa e efeito

1. Podes ainda reclamar do medo, mas apesar disso persistes em amedrontar a ti mesmo. Eu j indiquei que no podes pedir a mim que te libere do medo. Eu sei que o medo no existe, mas tu no sabes. Se eu interviesse entre os teus pensamentos e os seus resultados, estaria adulterando uma lei bsica de causa e efeito, a lei mais fundamental que existe. Dificilmente eu poderia te ajudar se depreciasse o poder do teu prprio pensamento. Isso estaria em oposio direta ao propsito deste curso. E muito mais til lembrar-te de que no vigias os teus pensamentos com suficiente cuidado. Podes sentir que, nesse ponto, seria necessrio um milagre para capacitar-te a fazer isso, o que perfeitamente verdadeiro. No ests habituado ao pensamento da mente disposta ao milagre, mas podes ser treinado para pensares deste modo. Todos os trabalhadores de milagres necessitam deste tipo de treinamento.

2. Eu no posso permitir que deixes a tua mente sem vigilncia, ou no sers capaz de ajudar-me. Trabalhar em milagres implica na realizao plena do poder do pensamento de forma a evitar criaes equivocadas. De outro modo, ser necessrio um milagre para endireitar a prpria mente, um processo circular que no promoveria o colapso do tempo para o qual o milagre foi intencionado. O trabalhador de milagres tem que ter respeito genuno pela verdadeira lei de causa e efeito, como uma condio necessria para que o milagre ocorra.

3. Tanto os milagres quanto o medo vm dos pensamentos. Se no ests livre para escolher um deles, tambm no estarias livre para escolher o outro. Escolhendo o milagre, rejeitaste o medo, mesmo que apenas temporariamente. Tens estado amedrontado com todas as pessoas e todas as coisas. Tens medo de Deus, de mim e de ti mesmo. Tu nos percebeste mal ou nos criaste equivocadamente e acreditas no que fizeste. No terias feito isso se no tivesses medo dos teus prprios pensamentos. Os que tm medo no podem deixar de criar de forma equivocada, porque percebem equivocadamente a criao. Quando crias de forma equivocada, ests em dor. O princpio de causa e efeito agora vem a ser um real expedidor, embora apenas temporariamente. De fato, Causa um termo que propriamente pertence a Deus e Seu Efeito o Filho de Deus. Isso acarreta um conjunto de relaes de Causa e Efeito totalmente diferentes daquelas que introduzes na criao equivocada. O conflito fundamental nesse mundo, portanto, se d entre criao e criao equivocada. Todo medo est implcito na segunda e todo amor na primeira. O conflito , portanto, um conflito entre amor e medo.

4. J foi dito que acreditas que no podes controlar o medo porque tu mesmo o fizeste e a tua crena nele parece deix-lo fora do teu controle. No entanto, qualquer tentativa de resolver o erro tentando dominar o medo atravs da maestria intil. De fato, ela afirma o poder do medo pela prpria suposio de que o medo tem que ser domado. A verdadeira soluo baseia-se inteiramente na maestria atravs do amor. Nesse nterim, contudo, o senso de conflito inevitvel, j que te colocaste em uma posio na qual acreditas no poder do que no existe.

5. Nada e tudo no podem coexistir. Acreditar em um negar o outro. O medo na realidade nada e o amor tudo. Sempre que a luz penetra na escurido, a escurido abolida. O que acreditas verdadeiro para ti. Nesse sentido, a separao ocorreu e neg-la meramente usar a negao de maneira imprpria. Porm, concentrar-te no erro apenas mais um erro. O procedimento corretivo inicial reconhecer temporariamente que existe um problema, mas s como uma indicao de que necessrio uma correo imediata. Isso estabelece um estado na mente no qual a Expiao pode ser aceita sem adiamento. Contudo, deve-se enfatizar que, em ltima instncia, nenhuma transigncia possvel entre tudo e nada. O tempo essencialmente um instrumento atravs do qual pode-se desistir de toda transigncia a esse respeito. Ele apenas parece ser abolido por etapas, porque o tempo em si mesmo envolve intervalos que no existem. A criao equivocada fez com que isso fosse necessrio como medida corretiva. A declarao Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unignito para que todo o que nele cr no perea mas tenha a vida eterna s precisa de uma leve correo para ser significativa nesse contexto: Ele o deu ao Seu Filho unignito.

6. Deve-se notar especialmente que Deus s tem um Filho. Se todas as Suas criaes so Seus Filhos, cada um tem que ser uma parte integral de toda a Filiao. A Filiao, em sua unicidade, transcende a soma de suas partes. Todavia, isso fica obscuro enquanto qualquer uma de suas partes est faltando. por isso que, em ltima instncia, o conflito no pode ser resolvido at que todas as partes da Filiao tenham retornado. S ento pode o significado da integridade em seu verdadeiro sentido ser compreendido. Qualquer parte da Filiao pode acreditar no erro ou no incompleto, se assim escolher. Todavia, se o faz, est acreditando na existncia do nada. A correo desse erro a Expiao.

7. J falei brevemente sobre a prontido, mas alguns pontos adicionais podem ser teis aqui. A prontido apenas o pr-requisito para a realizao. As duas no devem ser confundidas. Assim que ocorre um estado de prontido, usualmente existe algum desejo de realizao, mas isso no significa necessariamente que ele no seja dividido. Esse estado no implica em nada mais do que um potencial para a mudana da mente. A confiana no pode se desenvolver plenamente enquanto a maestria no tiver sido conseguida. Ns j tentamos corrigir o erro fundamental de que o medo pode ser domado e enfatizamos que a nica maestria real atravs do amor. A prontido s o comeo da confiana. Podes pensar que isso implique na necessidade de uma enorme quantidade de tempo entre a prontido e a maestria, mas permita-me lembrar-te que o tempo e o espao esto sob o meu controle.

VIII. O significado do Juzo Final

1. Um dos caminhos pelo qual podes corrigir a confuso entre mgica e milagre lembrar-te que no criaste a ti mesmo. Ests apto a esquecer disso quando vens a ser egocntrico e isso te coloca em uma posio na qual a crena na mgica virtualmente inevitvel. A tua vontade de criar te foi dada pelo teu Criador, Que estava expressando a mesma Vontade na Sua criao. Como a capacidade criativa reside na mente, tudo o que crias no pode deixar de ser uma questo de vontade. Da tambm decorre que qualquer coisa que faas sozinho real no teu modo prprio de ver, embora no na Mente de Deus. Essa distino bsica conduz diretamente ao real significado do Juzo Final.

2. O Juzo Final uma das idias mais ameaadoras no teu pensamento. Isso assim porque no a compreendes. O julgamento no um atributo de Deus. Veio a ser s depois da separao, quando tornou-se um dos muitos instrumentos de aprendizado a ser anexado ao plano geral. Assim como a separao ocorreu no decurso de milhes de anos, o Juzo Final vai se estender por um perodo similarmente longo e talvez at mais longo. A sua durao, porm, pode ser muito reduzida pelos milagres, o instrumento que encurta, mas no abole o tempo. Se um nmero suficiente de pessoas vm a ter, na verdade, a mentalidade milagrosa, esse processo de encurtamento pode ser praticamente imensurvel. Contudo, essencial que tu te libertes do medo com rapidez, porque tens que emergir do conflito se vais trazer paz outras mentes.

3. Em geral se considera o Juzo Final como um procedimento empreendido por Deus. De fato, ser empreendido por meus irmos com a minha ajuda. E uma cura final ao invs de um acerto punitivo, por mais que possas pensar que a punio merecida. A punio um conceito totalmente oposto mentalidade certa e o objetivo do Juzo Final restaurar em ti essa mesma mentalidade. O Juzo Final poderia ser chamado de um processo de avaliao certa. Simplesmente significa que todas as pessoas finalmente viro a compreender o que tem valor e o que no tem. Depois disso, a capacidade de escolher pode ser dirigida racionalmente. At que essa distino seja feita, porm, as oscilaes entre a vontade livre e a vontade aprisionada no podem seno continuar.

4. O primeiro passo para a liberdade envolve uma seleo entre o falso e o verdadeiro. Esse um processo de separao no sentido construtivo e reflete o verdadeiro significado do Apocalipse. Em ltima instncia, todos olharo para as suas prprias criaes e escolhero preservar somente o que bom, assim como o prprio Deus olhou para o que Ele criou e soube que era bom. Nesse ponto, a mente pode comear a olhar com amor para as suas prprias criaes devido ao seu valor. Ao mesmo tempo, a mente ir inevitavelmente repudiar suas criaes equivocadas, as quais, sem crena, no mais existiro.

5. A expresso Juzo Final assustadora, no s porque foi projetada para Deus, mas tambm por causa da associao entre final e morte. Esse um exemplo claro da percepo invertida. Se o significado do Juzo Final objetivamente examinado, fica bastante evidente que , na realidade, o umbral da vida. Ningum que viva no medo est realmente vivo. No podes submeter a ti mesmo ao teu prprio juzo final, porque tu no s criao tua. Podes, todavia, aplic-lo de modo significativo e a qualquer momento a tudo o que fizeste e reter na tua memria apenas o que criativo e bom. Isso o que a mentalidade certa no pode deixar de ditar-te. O propsito do tempo unicamente dar-te tempo para conseguir esse julgamento. o teu prprio julgamento perfeito das tuas prprias criaes perfeitas. Quando tudo o que retns amvel, no h razo para o medo permanecer contigo. Essa a tua parte na Expiao.

Captulo 3 A PERCEPO INOCENTE

I. Expiao sem sacrifcio

1. Um outro ponto tem de estar perfeitamente claro antes que qualquer medo residual, ainda associado aos milagres, possa desaparecer. A crucificao no estabeleceu a Expiao, mas a ressurreio sim. Muitos cristos sinceros compreenderam isto erradamente. Ningum que esteja livre da crena na escassez poderia cometer este equvoco. Se a crucificao vista de uma perspectiva invertida, parece que Deus permitiu e at mesmo encorajou um dos seus Filhos a sofrer porque era bom. Esta interpretao particularmente desafortunada, surgida da projeo, tem levado muitas pessoas a sentirem amargamente o medo de Deus. Tais conceitos anti-religiosos entram em muitas religies. No entanto, o cristo real deveria fazer uma pausa e perguntar: Como poderia ser assim? provvel que o prprio Deus fosse capaz de um tipo de pensamento que as Suas Prprias palavras claramente declararam como indigno do Seu Filho?

2. A melhor defesa, como sempre, no atacar a posio do outro mas, em vez disso, proteger a verdade. No sbio aceitar qualquer conceito se tens de inverter todo um quadro de referncias de modo a justific-lo. Este procedimento doloroso em aplicaes de menor importncia e genuinamente trgico numa escala mais ampla. A perseguio frequentemente resulta numa tentativa de justificar a terrvel percepo errada de que Deus perseguiu o Seu prprio Filho em prol da Salvao. Estas palavras em si mesmas no tm significado. Tem sido particularmente difcil superar isto porque, embora este erro no seja mais difcil de corrigir do que qualquer outro, muitos se tm recusado a desistir dele por causa do seu proeminente valor como defesa. Em formas mais brandas, um pai diz: Isto fere-me mais a mim do que a ti e sente-se desculpado por bater numa criana. Acreditas realmente que o nosso Pai pense deste modo? to essencial que todos estes pensamentos sejam dissipados, que ns no podemos deixar de estar seguros de que nada deste tipo permanea na tua mente. Eu no fui punido porque tu foste mau. A lio totalmente benigna que a Expiao ensina est perdida se, de alguma forma, for manchada com este tipo de distoro.

3. A declarao A mim pertence a vingana, diz o Senhor uma percepo errada atravs da qual a pessoa atribui o seu prprio passado mau a Deus. O passado mau nada tem de ver com Deus. Ele no o criou e no o mantm. Deus no acredita em retribuir o mal com o mal. A Mente Dele no cria deste modo. Ele no guarda os teus feitos maus contra ti. provvel que os tivesse