EXERCÍCIO DE SECAGEM
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: OPERAÇÕES UNITÁRIAS III
Prof. Lênio J. G. de Faria
Aluno: Carlos Adriano Moreira da Silva - 09025004001
(2º período letivo/ 2012)
EXERCÍCIO
A Tabela 1 expõe os resultados obtidos da secagem de um biomaterial realizada em um
secador solar-eólico indireto, via coletor solar plano, a 50ºC.
t (min) m (g)
0 77,7
10 71,6
20 67,2
30 63,6
40 58,6
50 53,8
60 51,2
100 38,0
120 33,5
140 29,7
160 28,4
180 24,5
200 22,5
230 15,4
260 13,7
280 12,4
310 10,4
370 8,1
400 7,8
410 6,9
500 6,7
530 6,4
Tabela 1. Dados da secagem solar-eólica e mss = 4,20 g; A = 912 cm2
Na Tabela 2 são sugeridos alguns modelos empíricos e semi-empíricos apropriados para
descrever a cinética de secagem de biomateriais. Ajustar os modelos aos dados experimentais da
Tabela 1 e escolher o modelo de cinética de secagem mais adequado, com base em estatísticas
apropriadas. Obtenha as curvas de secagem XR = f(t) e de taxas de secagem W=f(t) e W=f(X) para o
biomaterial. Comente o resultado.
Modelo Equação
Lewis (1921)
Henderson & Pabis (1961)
Page (1949)
Thompson at al. (1968) ( )
Overhults et al. (1973)
Henderson (1974) +
Wang & Sing (1978)
Sharaf-Elden et al. (1980) +
Kassem (1998) +
Karathanos (1999) + +c
Midilli et al. (2002) Akpinar & Bicer (2005)
Andrade & Faria (2010) Verna +
Logístico
Polinomial
Tabela 2. Alguns modelos de cinética de secagem
Onde:
A = área submetida à secagem (cm2)
X = teor de umidade do biomaterial (base seca)
XR = teor de umidade adimensional (XR = X/X0)
X0 = teor de umidade inicial (em t = 0)
W = taxa ou velocidade de secagem (g/min.cm2)
t = tempo de secagem (min)
m = massa do biomaterial (g)
mss = massa de sólido seco (g)
ss = sólido seco
H2O = água ou umidade
k, k1, k2, k3 = constantes de secagem (min-1
)
a, b, c, d, n = coeficientes de regressão dos modelos
A partir dos dados de secagem do biomaterial, pode construir a seguinte tabela:
t(min) m(g) Xbs Xbu XR
0 77,7000 17,5000 94,5946 1,0000
10 71,6000 16,0476 94,1341 0,9170
20 67,2000 15,0000 93,7500 0,8571
30 63,6000 14,1429 93,3962 0,8082
40 58,6000 12,9524 92,8328 0,7401
50 53,8000 11,8095 92,1933 0,6748
60 51,2000 11,1905 91,7969 0,6395
100 38,0000 8,0476 88,9474 0,4599
120 33,5000 6,9762 87,4627 0,3986
140 29,7000 6,0714 85,8586 0,3469
160 28,4000 5,7619 85,2113 0,3293
180 24,5000 4,8333 82,8571 0,2762
200 22,5000 4,3571 81,3333 0,2490
230 15,4000 2,6667 72,7273 0,1524
260 13,7000 2,2619 69,3431 0,1293
280 12,4000 1,9524 66,1290 0,1116
310 10,4000 1,4762 59,6154 0,0844
370 8,1000 0,9286 48,1481 0,0531
400 7,8000 0,8571 46,1538 0,0490
410 6,9000 0,6429 39,1304 0,0367
500 6,7000 0,5952 37,3134 0,0340
530 6,4000 0,5238 34,3750 0,0299
Tabela 3 – Dados Experimentais de Secagem e dados calculados.
Para realizar os ajustes dos dados experimentais aos modelos cinéticos comumente
encontrados na literatura, realizou-se um ajuste não-linear usando o software Statistica. Foram
testados vários modelos matemáticos todos os modelos matemáticos que encontram se na tabela 2.
Alguns modelos não puderam ser resolvidos pelo programa como, por exemplo, o modelo de
Thompson; Overhults; Wang & Sing (1978); Sharaf-Elden et al. (1980); Kassem (1998);
Midilli et al. (2002); Akpinar & Bicer (2005); Andrade & Faria (2010) e Verna. Os outros
modelos restantes puderam ser resolvidos e mostraram-se ser satisfatórios pela analise dos critérios
de coeficiente de
Correlação, distribuição de resíduos e analise do valor normal esperado. Mas o simples
modelo de Henderson & Pabis (1961) pode descrever muito bem os dados experimentais da cinética
de secagem do biomaterial.
XR x t (min)
0 100 200 300 400 500 600
t(min)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
XR
Figura 1 – Conteúdo de umidade adimensional em função do tempo.
Model: XR=a*Exp(-k*t)
Modelo Ajustado: XR=0,997408*Exp(-0,007501*t)
0 100 200 300 400 500 600
t (min)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
XR
Figura 2 – Resultado da regressão não-linear para o conteúdo de umidade adimensional em
função do tempo.
Valores Resíduais versus Valores Previstos
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Valores Previstos
-0,03
-0,02
-0,01
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
Va
lore
s R
esíd
ua
is
Figura 3 – Resultado da distribuição residual.
Valor Normal Esperado versus Resíduo
-0,03 -0,02 -0,01 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04
Resíduo
-2,5
-2,0
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
Val
or
No
rmal
Esp
erad
o
Figura 4 – Resultado da distribuição para o valor normal esperado.
Figura 5 – Coeficiente de correlação obtido através da regressão não – linear.
Conforme pôde se perceber através dos vários ajustes de modelos realizados, o modelo de
Henderson & Pabis (1961) apresentou um ótimo coeficiente de correlação, R, apresentou uma
distribuição dos valores residuais em função dos valores previstos aleatória, os pontos no gráfico do
valor esperado normal em função do resíduo ficaram bem próximos da reta, e graficamente pôde
representar satisfatoriamente os dados experimentais de secagem. Como os critérios estatísticos
foram bem representados pelo modelo de Henderson & Pabis (1961), portanto, este modelo pode
descrever melhor a cinética de secagem do biomaterial para as condições de operação do
experimento.
Para obter a curva da taxa de secagem em função do tempo, a seguinte equação deve ser
avaliada:
ss Rm dX
W = - (g/ cm²*min)A dt
Onde:
-0,007501*tRdX= -0,00748156e
dt
A área de secagem ou de transferência de calor corresponde a AS= 912cm². Onde:
22SA Dh R
Figura 6 – Resultado da taxa de secagem em função do tempo.
100 200 300 400 500t min
5. 10 6
0.00001
0.000015
0.00002
0.000025
0.00003
0.000035
Wg
cm²min
Conforme pode se observar na Fig.(9), não existe uma taxa constante de secagem, pois pode
não existir umidade superficial para a amostra do biomaterial, portanto não pode se calcular o teor
de umidade crítica.
Referencias Bibliográficas
Anotações de aula da Disciplina de Operações unitárias III.