Exercícios de História
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Exercícios de História - Crise da Monarquia Brasileira.
1) (Mackenzie) O declínio da Monarquia e a propagação dos ideais republicanos,
no final do século passado, ligam-se, sem dúvida, aos efeitos que a Guerra do
Paraguai nos deixou como herança. Isto porque:
a) a vitória da Tríplice Aliança sobre o Paraguai implicou enormes prejuízos no
campo diplomático, sobretudo em relação à Inglaterra.
b) a guerra acelerou as contradições internas, abalando a mais sólida base da
Monarquia – a escravidão – e fazendo emergir um Exército com consciência de
seu poder.
c) a derrota brasileira obrigou a Monarquia a concessões territoriais que abalaram
a economia.
d) os partidos conservadores do Império opunham-se à guerra e defendiam a
mudança das estruturas sociais internas.
e) embora nossa situação econômica se consolidasse com a guerra, a Monarquia
não logrou reconciliar as duas facções de nossa política na época, o Partido
Liberal e o Conservador.
2) (FGV–SP) Os últimos 19 anos da vida do Império brasileiro corresponderam,
historicamente, à fase de decadência política do sistema instaurado em 1822 e
que chegara a seu auge nas décadas de 1850 a 1860. Dentre os inúmeros fatos
políticos que demonstraram essa situação de declínio, merecem destaque especial
dois deles, não apenas pelas intensas repercussões que tiveram mas,
principalmente, por ajudar a demolir as já instáveis bases de sustentação da
Monarquia. Tratam-se das chamadas:
a) Questões Christie e Religiosa.
b) “polêmicas” queremista e civilista.
c) Questões Religiosa e Militar.
d) “salvações” militar e eleitoral.
e) Revoltas de Beckman e da Chibata.
3) (Fuvest) O descontentamento do Exército, que culminou na Questão Militar no
final do Império, pode ser atribuído:
a) às pressões exercidas pela Igreja junto aos militares para abolir a Monarquia.
b) à propaganda do militarismo sul-americano na imprensa brasileira.
c) às tendências ultra-democráticas das Forças Armadas, que desejavam
conceder maior participação política aos analfabetos.
d) à ambição de iniciar um programa de expansão imperialista na América Latina.
e) à predominância do poder civil, que não prestigiava os militares e lhes proibia o
debate político pela imprensa.
4) (UFF) Em 15 de novembro de 1889, um golpe militar derrubou a Monarquia e
proclamou a República no Brasil. Os principais líderes do movimento republicano
eram os militares descontentes com a política do Império e os cafeicultores
paulistas. Entre os fatores que determinaram a ocorrência e o triunfo do golpe
republicano, podemos anotar:
1- a influência de lideranças sindicais exercidas por estrangeiros de inspiração
republicana e anarquista, vindos em massa para o Brasil após a Abolição da
Escravatura, em 1888.
2- a relativa marginalização, durante o Império, dos representantes da cafeicultura
paulista, que, apesar de serem responsáveis por uma das principais riquezas do
país, não tinham equivalente prestígio político junto à Coroa.
3- o desentendimento entre oficiais do Exército e a cúpula do Império e a
desagregação dos laços entre a Coroa e a Igreja Católica.
Assinale:
a) se somente a afirmação 1 estiver correta.
b) se somente as afirmações 1 e 2 estiverem corretas.
c) se somente as afirmações 1 e 3 estiverem corretas.
d) se somente as afirmações 2 e 3 estiverem corretas.
e) se nenhuma delas estiver correta.
05. Um dos fatores determinantes para a crise do Segundo Reinado foi a
denominada "Questão Militar". Sobre essa questão e seus desdobramentos na
política brasileira, são feitas as afirmações a seguir.
I - A "Questão Militar" foi uma clara demonstração da insatisfação de setores do
Exército em relação às elites civis - os casacas -, que controlavam a política
nacional.
II - Os integrantes do Exército que participaram da derrubada da Monarquia eram
influenciados pelas idéias positivistas, sendo defensores de um projeto de
república autoritário.
III - Após a instauração da República, os militares não intervieram mais na política
nacional até a eclosão do golpe de 1964.
Quais estão corretas?
a) Apenas II.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Exercícios proclamação da Republica no Brasil
Questão 1: UNIFAFLU
Segundo o historiador Francisco Fernando Monteoliva Doratioto, a partir da
década de 1960, a historiografia sobre a Guerra do Paraguai foi dominada pela
explicação que aponta o imperialismo britânico como principal fator do conflito:
"Esse revisionismo pincelou o despotismo de Solano López com tintas
antiimperialistas e mistificou sua tirania, a ponto de essa interpretação tornar-se,
sugestivamente, ideologia de Estado no Paraguai durante a ditadura do General
Alfredo Stroessner (1954-1989). Em outros países da América Latina, tal
interpretação foi adotada por setores autoritários da esquerda, em guerra
ideológica com o pensamento liberal, ou, ainda, por autores populistas.
A Guerra do Paraguai, para este revisionismo, resultou do confronto premeditado
entre duas estratégias de crescimento econômico: a do país guarani, sem
vinculação com os centros capitalistas, e as da Argentina e do Brasil, baseadas no
ingresso de recursos financeiros e tecnológicos estrangeiros. Estes dois países,
por esta interpretação, teriam sido manipulados pela Grã-Bretanha para aniquilar o
desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo mercado consumidor para
os produtos britânicos e fornecedor de algodão para as indústrias têxteis inglesas."
(Formação dos Estados nacionais e expansão do capitalismo no século XIX, In:
História do Cone Sul, Rio de Janeiro: Revan; Brasília: Editora UNB, 1998.)
Considere as afirmativas a seguir, a respeito das origens do conflito do ponto de
vista dos não-revisionistas:
I. a origem do conflito encontra-se na necessidade imperiosa que tinha o Paraguai
de garantir uma saída segura para o mar. Isto porque a ditadura de Solano López
necessitava ampliar as exportações de erva-mate de maneira a aumentar os
recursos monetários do país e, assim, contribuir para o financiamento da
modernização das atividades ligadas à defesa nacional;
II. Solano López desencadeou a guerra contra o Brasil e, logo a seguir, contra a
Argentina, "devido a uma percepção errônea do poderio nacional paraguaio", fruto
de uma cultura política ditatorial e isolacionista; as conseqüências da ação militar
paraguaia no Prata foram mal ponderadas por um poder unipessoal;
III. a Grã-Bretanha manteve uma posição de neutralidade, o que não impediu que
os banqueiros britânicos concedessem empréstimos ao governo brasileiro durante
o conflito; esta iniciativa privada foi apenas norteada pela lógica empresarial de
investir no rival com maiores chances de triunfo, garantindo, assim, maior
segurança ao capital;
IV. a Grã-Bretanha tinha sido a potência européia mais beneficiada pelo
crescimento econômico do Paraguai: 75% das importações paraguaias eram
originárias desse país, intermediadas por comerciantes ingleses estabelecidos em
Buenos-Aires.
Assinale:
A - se somente a afirmativa III estiver correta;
B - se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas;
C - se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas;
D - se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas;
E - se todas as afirmativas estiverem corretas.
Questão 2: UNIFAFLU
A República criou uma cidadania precária, porque calcada na manutenção da
iniqüidade das estruturas sociais - acentuou as distâncias entre as diversas
regiões do país, cobrindo-as com a roupagem do federalismo difuso da política dos
governadores - ou dando continuidade à geografia oligárquica do poder que,
desde o Império, diluía o formalismo do Estado e das instituições.(SALIBA, Elias
Thomé. Raízes do riso: a representação humorística na história brasileira; da Belle
Époque aos primeiros tempos do rádio. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
p. 67.)
O fragmento de texto acima refere-se aos primeiros tempos da República no
Brasil. É correto afirmar que a implantação da República:
A - renovou as instituições políticas, ampliando o poder do Estado e
dissolvendo os poderes locais;
B - alterou radicalmente a estrutura social do Império, devido à ascensão da
burguesia e declínio da aristocracia;
C - introduziu um modelo federalista, que permitiu maior autonomia local e
integração nacional;
D - manteve os desníveis sociais presentes no Império e não ofereceu
ampliação significativa dos direitos de cidadania;
E - centralizou agudamente o poder nas mãos dos governadores,
diminuindo as atribuições das instituições políticas e do presidente da República.
Observe o cartum a seguir, que faz referência à Proclamação da República no Brasil. Revista Ilustrada, 16 nov. 1889.Considere as seguintes afirmações, referentes a elementos do cartum:
I . A figura feminina empunhando a bandeira representa a nova república
brasileira, instaurada através do Golpe Militar de 15 de novembro.
II. A bandeira representada na imagem constituiria a versão preliminar da atual,
que seria acrescida da divisa positivista.
III. Em segundo plano, montado a cavalo, aparece a figura do suposto
“proclamador” da República, o Marechal Floriano Peixoto.
Quais estão corretas?
A - Apenas II.
B - Apenas I e II.
C - Apenas I e III.
D - Apenas II e III.
E - I, II e III.
Questão 4: UNIFAFLU
A proclamação da República no Brasil está longe de ser considerada um momento
de transformação revolucionária, embora ela tenha trazido algumas mudanças
significativas. Uma característica inovadora dos primeiros anos da nova forma de
governo foi:
A - a valorização de um novo produto de exportação;
B - a adoção do sistema parlamentarista;
C - a política de investimentos nas sociedades anônimas;
D - a popularidade do novo regime;
E - o direito de toda a população ao voto.
Questão 5: UNIFAFLU
A bandeira brasileira não exprime a política nem a história. É um símbolo da
natureza: floresta, ouro, céu, estrela e ordem. É o Brasil-jardim, o Brasilparaíso
terrestre. O mesmo fenômeno pode ser observado no Hino Nacional, que canta
mares mais verdes, céus mais azuis, bosques como as flores e nossa vida de
‘mais amores’. (...) O mito do país-paraíso nos persuade de que nossa identidade
e grandeza se acham predeterminadas no plano natural: somos sensuais, alegres
e não-violentos.(Marilena Chauí, Folha de S. Paulo, 26 março 2000)
A construção desse mito tem como pressuposto a seguinte posição ideológica:
A - sentimentos patrióticos estimulam a crítica popular;
B - acontecimentos políticos independem das lutas sociais;
C - momentos sangrentos impõem a afirmação nacionalista;
D - fanatismos religiosos determinam a estrutura socioeconômica.