Exigências Edafo-Climáticas Propagação e servicos... · e são ricas em óleos ... No antigo...

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AlecrimRosmarinus officinalis . Arbusto muito ramificado, sempre ver- de, com hastes eretas lenhosas com folhas sésseis pequenas e finas, opos- tas e lanceoladas. A parte superior das folhas é de um verde brilhante en- quanto a inferior é verde- acinzentado.Têm as margens revolutas e são ricas em óleos essenciais. As flores hermafroditas são de cor azul ou esbranquiçada reúnem-se em curtos cachos axilares. O fruto é um aquénio. O alecrim (Rosmarinus officinalis) desenvolve-se preferencialmente nos climas temperados quentes, tendo alguma dificuldade em ser encontrado nos climas frios ou com ventos for- tes. É uma planta que gosta de bastante de sol e luminosidade forte. Relativamente aos solos em que melhor se desenvolve, são preferencialmente, secos, are- nosos e bem drenados. Exigências Edafo-Climáticas MORFOLOGIA ESPÉCIES VEGETAIS AUTOCTONES DO ALGARVE E SUAS APLICAÇÕES Isabel Monteiro O alecrim (Rosmarinus officinalis) é uma espécie muito aromática e frequente nos matos baixos xerófitos, sobretudo nos solos calcários do Barrocal Algarvio. Propagação O Alecrim propaga-se por semente na primavera, podendo a sua germinação ser lenta. Pode também ser propagado por estacas tenras (ramos verdes de 5-7cm com vários nós, no início da primavera) e ainda por estacas semi-lenhosas (ramos de 10-15cm, com vários nós, na primavera/verão). As plantas resultantes podem ser plantadas em local definitivo na primavera seguinte. Ficha de Divulgação n.º 20/2014

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“ Alecrim” Rosmarinus officinalis

.

Arbusto muito ramificado, sempre ver-de, com hastes eretas lenhosas com folhas sésseis pequenas e finas, opos-tas e lanceoladas. A parte superior das folhas é de um verde brilhante en-quanto a inferior é verde-acinzentado.Têm as margens revolutas e são ricas em óleos essenciais.

As flores hermafroditas são de cor azul ou esbranquiçada reúnem-se em curtos cachos axilares. O fruto é um aquénio.

O alecrim (Rosmarinus officinalis) desenvolve-se preferencialmente nos climas temperados

quentes, tendo alguma dificuldade em ser encontrado nos climas frios ou com ventos for-

tes. É uma planta que gosta de bastante de sol e luminosidade forte.

Relativamente aos solos em que melhor se desenvolve, são preferencialmente, secos, are-

nosos e bem drenados.

Exigências Edafo-Climáticas

MORFOLOGIA

ESPÉCIES VEGETAIS AUTOCTONES DO ALGARVE E SUAS APLICAÇÕES

Isabel Monteiro

O alecrim (Rosmarinus officinalis) é uma espécie muito aromática e frequente nos matos baixos xerófitos, sobretudo nos solos calcários do Barrocal Algarvio.

Propagação O Alecrim propaga-se por semente na primavera, podendo a sua germinação ser lenta.

Pode também ser propagado por estacas tenras (ramos verdes de 5-7cm com vários nós, no

início da primavera) e ainda por estacas semi-lenhosas (ramos de 10-15cm, com vários nós,

na primavera/verão). As plantas resultantes podem ser plantadas em local definitivo na

primavera seguinte.

Ficha de Divulgação n.º 20/2014

As flores pelo seu aroma atraem as abelhas que com o seu auxílio, elaboram um mel de alta quali-dade, muito apreciado, pois o alecrim intervém positivamente no seu paladar.

Fortemente aromático, quente e apimen-tado, com notas de pinho e cânfora, o alecrim tem um sabor pouco discreto. Combinado com hortelã, segurelha, salva, tomilho ou orégãos, pode ser utilizado pa-ra aromatizar pratos de carne, queijos. Também pode ser usado em pães e na do-çaria.

Aplicações

É uma das plantas medicinais mais co-nhecidas desde a Antiguidade, graças às suas propriedades medicinais, co-mestíveis e aromatizantes. No antigo Egito, era utilizada em for-mulações para embalsamamento dos mortos (mumificação). Utilizado na Roma antiga, onde era queimado para purificar os túmulos sa-grados, casas de doentes e fontes. Em Atenas, era utilizado como símbolo da fidelidade em casamentos. Era também costume colocar folhas de alecrim nas mãos dos falecidos, como símbolo da imortalidade da alma.

O alecrim floresce quase todo o ano e não necessita de cuidados especiais nos jar-dins. Devido à razoável tolerância à seca, é utilizado em arquitetura paisagista, especi-almente em áreas com clima mediterrâni-co. Considerado fácil de cultivar é facil-mente podado em diferentes formas e tem sido utilizado em topiaria. Quando cultiva-do em vasos, deverá ser mantido de prefe-rência aparado, de forma a evitar o cresci-mento excessivo e a perda de folhas nos seus ramos interiores e inferiores, o que poderá torná-lo um arbusto sem forma e rebelde. Apesar disso, quando cultivado em jardim, o alecrim pode crescer até um tamanho considerável e continuar uma planta atraente.

Pragas e Doenças

Não são conhecidas pragas específicas desta espécie.

Quanto às doenças, o Fusarium oxysporum pode acontecer em alecrim quando cultivados em solos com má drenagem.

Plantado junto de espécies que são atacadas por afídeos pode protegê-los destes. Os ra-mos de alecrim frescos colocados entre roupa evitam os ataques das traças.

Afonso,M.L., Plantas do Algarve. Serviço Nacional de Parques e Reservas e Conservação da Natureza, Lis-boa,pp.78. Bown, D. (1995) The Royal Horticultural Society – Encyclopedia of Herbs & Their Uses, London, Dorling Kinders-ley. Cunha, P., Roque, O. (2011) Plantas Medicinais da Farmacopeia Portuguesa, 2ªed, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian. Cunha, P., Ribeiro, J., Roque, O. (2009) Plantas Aromáticas em Portugal Caracterização e Utilizações, 2ªed., Lis-boa, Fundação Calouste Gulbenkian.