Êxito 55

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ATITUDE E OPINIÃO EMPRESARIAL www.revistaexito.com.br ABR/MAI 2013 | ANO 10 | EDIÇÃO 55 | R$ 8,00 ESTANTE ÊXITO MARCELO ZENARO PÁG. 78 O QUE FAZER PARA REDUZIR CUSTOS E MANTER A QUALIDADE COM A ALTA CARGA TRIBUTÁRIA EM UMA REGIÃO DE GRANDES DESPESAS Vitor Hugo Bazeggio: “O que barra o crescimento da indústria é a falta de investimento” EMPRESÁRIA DE ÊXITO – LUCENE CESCA PÁG. 10 AO CUSTO SAÚDE: DESCUBRA QUANDO A ANSIEDADE VIRA UMA DOENçA NEGÓCIOS: COMO FRAIBURGO SE TORNOU UM POLO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL JOVEM EMPREENDEDOR: CONHEçA AS OPORTUNIDADES E DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS JOVENS NO MUNDO DOS NEGÓCIOS ELES SOBREVIVERAM BRASIL

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ATITUDE E OPINIÃO EMPRESARIAL

www.revistaexito.com.br

A B R / M A I 2 0 13 | A N O 1 0 | E D I Ç Ã O 5 5 | R $ 8 , 0 0

estante Êxitomarcelo zenaro

PÁG. 78

O que fazer para reduzir custOs e manter a qualidade cOm a alta carga tributária em uma regiãO de grandes despesas

Vitor Hugo Bazeggio: “O que barra o crescimento da indústria

é a falta de investimento”

empresária de ÊXitO – lucene cesca PÁG. 10

AO CUSTO

SAÚDE: DEScuBrA quAnDO A AnSiEDADE VirA umA DOEnçA

nEGÓciOS: cOmO FrAiBurGO SE tOrnOu um pOlO DE DESEnVOlVimEntO rEGiOnAl

JOVEm EmprEEnDEDOr: cOnHEçA AS OpOrtuniDADES E DESAFiOS EncOntrADOS pElOS JOVEnS nO munDO DOS nEGÓciOS

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Quanto vale o Brasil?

EXPEDIENTE

Edição 55ABRiL/MAio 2013

diretoresRosí Scariot Zatta

Thiarles Souza

EditorThiarles Souza

RedaçãoAngela Zatta

Clarissa Goetten Mezari

Criação/diagramaçãoAmarildo Grotto

Jonas Patrício PintoVanessa Richetti

departamento ComercialJordana Niely Danieleves

Silvia Zatta GonzattoTel.: (49) 3566.0001

FotografiaFabiano Martins

Assessoria JurídicaJosé Carlos Damo

OAB/SC 4625

Revista Êxito® é uma publicação daÊxito Editora e Comunicação

Rua Veneriano dos Passos, 178 Sala 202 - Centro - Videira - SC

CEP 89560-000Tel.: (49) 3566.7708 / 3566.0001

Todas as matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus

autores. A opinião das pessoas que estão na revista, não reflete

necessariamente a opinião da revista. Todas as publicidades são

de inteira responsabilidade de seus anunciantes.

(f) www.facebook.com/editoraexito(t) www.twitter.com/editora_exito(@) [email protected]

(w) www.revistaexito.com.br

EDITORIAL

Quanto custa viver no Brasil? A resposta para essa pergunta não está somente na ponta do lápis que descansa no fim da página rabiscada de tantas contas. Ela está no suor que escorre pelo rosto ao longo do dia de trabalho, está na cabeça ainda ativa que repousa sobre o travesseiro, está na

criança que trocou a bola pelo tablet e na forma como cada um de nós conduz o seu dia a dia. A vida, por si só, é cara.

Mas igualmente alto é o nosso Custo Brasil. Em meio a um cenário não tão estável quanto gostaríamos de anunciar, nossos entrevistados falam sobre as perspectivas da economia brasileira, desmistificam a reforma tributária, expõem os altos custos a que estamos submetidos no Meio-Oeste e explicam a forma de tributação a que estamos submetidos. Isso para que você, leitor, possa se munir de informações para vencer essa luta e manter a competitividade.

A edição também traz uma grande novidade. A partir de agora você vai conhecer os jovens empreendedores que con-tribuem para o desenvolvimento da região, suas ideias, opor-tunidades e desafios. Para inaugurar a nova seção, convidamos a promotora de vendas Franciele Amude, responsável pela franquia Racco Cosméticos em Videira.

Nessa edição, você vai poder viajar nas palavras do comer-ciante Fábio Reis e descobrir o que ele viu em sua viagem à Expo Revestir, a Fashion Week da Arquitetura e Construção, em São Paulo. Além disso, estruture e simplifique sua empresa com as dicas de marketing do professor e escritor Marcelo Zenaro, nosso convidado para a editoria Estante Êxito.

Desejamos que você se divirta e se emocione com nossos colunistas, veja como as empresas e cidades da região estão crescendo, reduza custos e torne seus produtos e serviços mais competitivos. E não esqueça de que podemos ser caros, mas ainda somos bons.

Boa leitura

- Angela Zatta [email protected]

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6 > êxito abril/maio 2013

10 EMPRESÁRIA DE ÊXITO

NEGÓCIOS

12 Como tornar seu evento um sucesso

14 Tributos planejados para o sucesso

16 A pequena grande empresa

17 O que você faria de graça?

18 Qualidade no ambiente de trabalho

20 Preparados para crescer

22 Há vagas, faltam profissionais

24 Diário de bordo

26 Seja um líder de sucesso

28 Marca: amor à primeira vista

30 Do you speak english?

32 Investimento em Programa Rural

SAÚDE

34 Ansiedade: normal ou patológica?

35 Cérebro adolescente

36 Órfãos de pais vivos

38 Videogame: culpado ou inocente?

40 Crianças com doenças de adultos

44 TECNOLOGIA

46 ESPECIAL

OPINIÃO

50 Adgar Bittencourt

52 Dorival Carlos Borga

54 Marcos Bedin

56 Fábio José Dallanora

58 ECONOMIA

60 CAPA

VARIEDADES

68 Dicas de decoração

70 Antonio Carlos “Bolinha” Pereira

72 Gerson Witte

76 Fotografe com Êxito

78 ESTANTE ÊXITO

80 VIAGEM DE NEGÓCIOS

82 JOVEM EMPREENDEDORA

SUMÁRIO

Lucene: Oportunidades se tornam negócios

Oneda: O gestor precisa voltar à sala de aula60

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8 > êxito abril/maio 2013

INFORMAÇÃO

VidEiRA TERÁ NoVA ESCoLA MUNiCiPALDentro de alguns meses a Rede Muni-cipal de Ensino de Videira irá ganhar cerca de 300 novas vagas para estu-dantes que frequentam o ensino fun-damental. A Prefeitura de Videira já deu início à construção de mais uma escola para atender a demanda do município. Localizada na Rua Anita Garibaldi, no Bairro Carelli, a nova escola que tam-bém atenderá os moradores do Bairro Carboni será construída em três etapas. A primeira delas já está em execução e terá 1.207,60 m² que contemplarão a construção de nove salas de aula, sendo que uma delas será dedicada ao atendi-mento especializado, além de banhei-ros, área administrativa, depósito para materiais didáticos e acesso com hall coberto para manobra do transporte escolar. O investimento da Prefeitura nessa primeira etapa é de cerca de a R$ 1,6 milhão, sendo que R$ 570 mil foram investidos na aquisição do terreno de 14.375 m² onde a escola está sendo er-guida e pouco mais de R$ 1 milhão serão aplicados na construção. PÁSCoA MAiS doCE EM TANGARÁA Páscoa foi mais doce para as crian-ças atendidas pelo Centro de Educação Infantil Ângela Fuganti, de Tangará. No dia 28 de março, a creche recebeu a vi-sita do Coelho da Páscoa, que distribuiu chocolates e doces. Promovida pela So-pasta e executada por colaboradores da área administrativa, a ação solidária fez a alegria de 160 crianças.

1ª FEiRA dE CASA E CoNSTRUçãoA Acioc será parceira da primeira Feira da Casa e Construção realizada na ci-dade de Joaçaba. O evento vai aconte-cer no Pavilhão Frei Bruno, de 22 a 25 de maio. A realização do evento é da empresa Negócio Fechado Classifica-dos. O evento visa oferecer ao público a oportunidade de ter, em um só lugar, acesso a novas tecnologias, produtos e

notasserviços ofertados por expositores locais, bem como fomentar a economia local e regional. O Feirão da Casa e Construção será direcionado ao público que deseja construir, reformar ou também adquirir um imóvel. Os estandes já estão sendo comercializados. Mais informações pelo fone (49) 3521-1333.

UNiARP FARÁ EVENTo SoBRE SAÚdEA 1ª Jornada Interdisciplinar da Saúde da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP) será realizada de 15 a 17 de maio. O evento vai discutir o tema: “Sustentabili-dade e Qualidade de Vida - A arte de Viver”, com grandes palestrantes como Augusto Jorge Cury, Nelson Mello e Alfredo Halpern. A Jornada vai oportunizar uma troca de conhecimentos em relação a pesquisas já vivenciadas, novas técnicas e tecno-logias relacionadas à sustentabilidade e sua relação com a saúde. Os participantes poderão apresentar trabalhar científicos na forma de pôsteres. Os três melhores trabalhos receberão reconhecimento de destaque científico e premiação em di-nheiro. A Jornada contará também com a Feira da Saúde, que acontecerá paralela ao evento. As inscrições poderão ser feitas pelo site da universidade.

BiBLioTECACoMUNiTÁRiAApós três meses de trabalho, a Biblioteca Comunitária Professor Alisson Zonta foi inaugurada no dia 6 de abril. A biblioteca comunitária de Fraiburgo será a primeira do interior de Santa Catarina. Os investi-mentos na ordem de 60 mil reais aplica-dos na preparação da sala, onde estará funcionando a biblioteca, a aquisição dos equipamentos e a compra do mobiliário é oriunda do convênio com o Instituto HSBC de solidariedade.

AGÊNCiA do oESTE É UMA dAS MAioRESSegundo o CENP, uma agência do Oeste catarinense configura entre as maiores do Sul do Brasil. A T12. Comunicação, de Cha-pecó, está entre as quatro principais agên-

cias de comunicação de Santa Catarina e entre as 17 da região Sul. A qualificação técnica do Conselho refere-se à agência como parte de um seleto grupo na publi-cidade do país, pois das mais de 10.000 empresas brasileiras no ramo, apenas 2.200 são certificadas tecnicamente pelo CENP, órgão máximo da propaganda na-cional. Marcas como a Aurora, Cedrense, Sanjo, Unimed Chapecó, Fittipaldi e Efapi são pautas de trabalho diariamente den-tro da agência. Atualmente a T12. atende mais de 25 clientes de diversos Estados e desenvolve campanhas multiplataformas com foco no gerenciamento de marcas.

PoRTARiA PRoÍBE ENTRAdA dE MENoRESA juíza de direito, Daniela Fernandes Dias Morelli, da 1ª Vara Cível da Comarca de Videira (SC), no uso de suas atribuições legais, resolveu por meio de uma portaria que fica proibido o ingresso e permanência em bailes, boates e promoções dançantes noturnas, adolescentes menores de 14 anos. O adolescente só poderá frequen-tar esses lugares se estiver acompanhado pelos pais e se o lugar for recomendável para a faixa etária do adolescente. NoVo PRESidENTE do CoNSELHo NA BRFOs acionistas da BRF aprovaram em as-sembleia realizada no dia 9 de abril, a nomeação do empresário Abílio Diniz para a presidência do conselho de ad-ministração da companhia. A votação, durante a assembleia geral ordinária e extraordinária, não foi unânime. Segundo comunicado encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a aprovação do nome de Abílio foi por maioria dos votos. Em nota, a BRF afirmou que comparece-ram à assembleia acionistas que repre-sentam 81,18% do capital votante. Foram registrados votos contrários de 6,08% do capital e abstenções de 12,81%. Abílio terá mandato de dois anos como ‘chairman’ da BRF e substituirá Nildemar Secches, que comandou o processo de fusão entre a Perdigão e a Sadia, que resultou na nova companhia de alimentos.

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EMPRESÁRIA DE ÊXITO

CONQUISTANDO ESPAÇOS

Como você entrou no mundo dos ne-gócios?Sempre tive o sonho de ser alguém através do estudo e do trabalho, além de ter minha independência financeira. Para algumas pessoas, a empresa nasce da necessidade, enquanto para outros vem de um sonho. Esse é o meu caso, já que depois de alguns anos estudando e trabalhando em Curitiba, eu casei e voltei a morar em Salto Veloso, com a família, trazendo comigo um objetivo muito claro: con-quistar meu espaço no mercado de trabalho. Como a cidade não oferecia muitas opções, identifi-quei meu gosto pelo comércio de varejo e abri minha pequena em-presa em 1990, com o nome de

Com vocação empreendedora, Lucene Cesca, natural de Tre-ze Tílias (SC), jamais se deixou abater com as dificuldades do comércio. A empresária, que atualmente lidera a gestão de suas lojas que vestem todas as idades e gostos, mantém uma visão firme de mercado e conta por quais desafios e superações passou ao longo dos anos de trabalho.

O que a levou a passar desse sistema para uma loja física?Como o sistema deu certo, iden-tifiquei a oportunidade de ofe-recer mais soluções aos meus clientes. Em parceria com mi-nha irmã, abrimos a loja Samila (união dos nomes de nossas fi-lhas, Sabrina e Camila) que veio atender uma fatia maior do mer-cado abrangendo o ramo de con-fecções, calçados e acessórios. Mas mesmo com a loja, eu não parei com a venda dos enxovais.

Como você optou por abrir a Samila em Videira?Videira era o município onde eu concentrava maior foco nas vendas de cama, mesa e banho, e percebi

leiras é familiar. Isso demonstra que o sistema dá certo e é uma ótima oportunidade. Na questão da sucessão, ela pode vir lenta e gradual ou então de forma abrup-ta, mas independente da forma, precisa ser cautelosa e abranger o vigor dos que estão chegando sem esquecer a base construída pelos fundadores. Os desafios vêm na medida que a relação fa-miliar e a vida empresarial divi-de os mesmos espaços. Muitas vezes, os rumos do negócio são tomados em casa.

De que forma você preparou seus fi-lhos para trabalharem com você?Eu e meu falecido marido sem-pre repassamos os valores do trabalho, comprometimento e responsabilidade aos nossos fi-lhos. Mesmo sem entender muita coisa, eles nos acompanhavam na hora de fazer a Declaração do Im-posto de Renda, participavam das conversas que tínhamos sobre os negócios, falavam e eram ouvidos com a mesma responsabilidade que tínhamos com os adultos. Fi-zemos isso pra prepará-los para que atuassem em qualquer ramo, mas por opção própria passaram a trabalhar conosco. Isso possi-bilitou a abertura de mais uma loja e a expansão do negócio.

Que dicas você daria a quem está ini-ciando a carreira empresarial?Identifique seu perfil profis-sional, pois é preciso ter muito gosto pelo que se faz para dar continuidade ao negócio ini-ciado. Também é indispensável fazer uma boa análise de merca-do e uma boa assessoria contá-bil e jurídica para compreender os pormenores do ramo. Tenha sempre em mente que, depois de abrir a empresa, a inovação e a atualização são contínuas. Seja sempre competitivo e tenha a certeza de que o sucesso da sua empresa demanda uma carga ho-rária de trabalho muito superior às oito horas diárias.

Uma pequena oportunidade pode se tornar um bom

negócio

Saly Comércio de Cama, Mesa e Banho, funcionando no sistema de vendas “porta a porta”, um ramo que atualmente responde pelo terceiro maior canal de vendas do país. Em poucos meses passei a vender em 14 municípios. As maiores recompensas desse pe-ríodo foram as amizades e clientes conquistados, dos quais alguns se mantém até hoje. Não raro, encon-tro pessoas cujos pais compraram seu enxoval de bebê comigo e hoje são clientes das minhas lojas. É muito gratificante.

que havia espaço para ampliar o mercado. Inauguramos a loja em 1995 com um espaço de 150 m² e no ano 2000 foi preciso mudar para o endereço atual, que tem 1.000 m². Nesse meio tempo, em 1999, eu e minha família nos mu-damos para Videira e foi aqui que a loja ganhou setores específicos e consegui ampliar ainda mais o mix de produtos comercializados.

Como você vê a sucessão em uma em-presa familiar?A maioria das empresas brasi-

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Lucene Cesca: “Sou apaixonada pelo comércio”

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COmO TOrNAr SEU EvENTO Um SUCESSO

Agendar datas, convidar pessoas, atrair público, decorar o local, preparar o protocolo, manter a atenção da audiên-cia e transmitir as informações de forma clara. Ufa! Orga-nizar um evento não é nada fácil. Ainda bem que temos ceri-monialistas e mestres de cerimônia qualificados para isso, mas qual seria a diferença entre eles? Em entrevista à Êxi-to, o Consultor de Marketing, Mestre de Cerimônias, Ce-rimonialista e Palestrante Jairo Netto fala sobre o tema.

Como você entrou no ramo?Falar aos corações através da minha voz sempre foi um sonho. Ele se tornou realidade em 1994, quan-do tive a oportunidade de conduzir meu primeiro cerimonial. Desde então, acumulo muitos cursos de aperfeiçoamento na área, uma car-reira de sucesso no rádio e quase 1.500 eventos apresentados.

Qual a diferença entre Cerimonialista e Mestre de Cerimônias?O Cerimonialista é aquele que tra-balha nos bastidores do evento e cabe a ele montar o roteiro da ceri-mônia. Já o Mestre de Cerimônias é aquele que o conduz, seguindo exatamente aquilo que está no script. Suas intervenções facilitam o encaminhamento de cada um dos momentos que compõem a oca-sião, tal qual o maestro conduz e harmoniza a música da orquestra.

O que é imprescindível para ser um bom Mestre de Cerimônias?O bom Mestre de Cerimônias não deve puxar a atenção para si, mas conduzi-la aos protagonistas da so-lenidade. Além da discrição, é ne-cessária atenção ao traje, etiqueta, pontualidade, educação e, é claro, amplo conhecimento de protocolo, isto é, as regras que regem a ceri-mônia. Ele deve saber quem deve ser chamado primeiro, quem deve ficar ao lado de quem, quem irá falar primeiro, etc. O profissional também precisa estar familiarizado

A responsabilidade de um Mestre de Cerimônias é muito grande. Muitas vezes as empresas e ou instituições investem muito di-nheiro para realizar um evento e o mesmo fica comprometido pelo fato de ser mal conduzido por uma pessoa sem preparo algum. Isso tira todo o brilho de um dia que era para ser inesquecível. Por isso, recomendo sempre o trabalho de um profissional qualificado e que tem um nome a zelar.

com a etiqueta, aquele conjunto de formalidades adotado pela socie-dade e que estabelece as regras de tratamento entre as pessoas, para não cometer nenhuma gafe.

Quais são as principais dificuldades que os profissionais do ramo enfrentam?Muitas pessoas ainda confundem as coisas. Costumam achar que é o Mestre de Cerimônias que escreve o roteiro, define quem fala, quem será citado e assim por diante. E não é assim. O roteiro normalmen-te vem pronto, pois essa atribuição é do cerimonialista ou organizador do evento. Isso faz com que, as ve-zes, sejamos cobrados indevida-mente por algo que foge de nossa competência. Sempre que solicita-do, costumo ajudar na elaboração do protocolo, mas em alguns casos o contratante é totalmente inflexí-vel e os erros acontecem sem que tenhamos a chance de fazer algo. Outra dificuldade é convencer o contratante ou o cerimonialista de que os cerimoniais não podem ser muito extensos, pois se torna can-sativo. É preciso ser objetivo. Nes-sa hora é fundamental muito jogo de cintura e diálogo para assegurar o bom andamento da solenidade.

Por que contratar um Mestre de Cerimô-nias profissional?Compartilho da frase que diz: “Se você pensa que é caro contratar um profissional para o trabalho, espere até contratar um amador”.

Jairo Viebrantz Netto Funcionário Público, Consultor de Marketing, Mestre de Cerimônias,

Cerimonialista e PalestranteFone: (49) 8801-8590

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abril/maio 2013 êxito > 13

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JORGE FELISBERTO(CREA-SC 60020-7) - (CRA-SC 14114) - (CRECI-SC 20921) Administrador com MBA em Administração Estratégica e Financeira pela Unoesc Videira.Técnico Industrial em Edificações pela ETEFESC.Técnico Profissional de Obras pela Universidade do Porto - Portugal.Ex-professor do curso de mestre de obra do SEBRAE-Florianópolis.Atua há 28 anos na área de construção civil.Corretor de Imóveis, registrado no CRECI 11ª Região-SC.

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construção civil.

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14 > êxito abril/maio 2013

Para realizar um bom planeja-mento tributário é necessário que sejam diariamente analisados al-guns aspectos, quais sejam: a le-gislação tributária; a possibilidade de compensação de tributos; se os produtos produzidos ou comercia-lizados pela empresa têm ou não substituição tributária (ICMS, IPI, PIS e COFINS); o ramo de atuação da empresa; o perfil dos clientes; as operações financeiras realizadas; o melhor enquadramento tributá-rio para a empresa e atentar para o possível aproveitamento de crédi-tos tributários sobre as compras da empresa e os créditos de PIS e CO-FINS não cumulativos. O momento de planejar deve ocorrer dia a dia ou, no máximo, mês a mês.

O principal método de planeja-mento é aquele feito personaliza-damente para a empresa ou grupo empresarial. Esta é uma ótima opção para a redução dos custos de produção e, consequentemen-te, o aumento da margem de lu-cro empresarial.

Considerando-se que há uma pressão cada vez maior e ágil do Governo na cobrança das dívidas fiscais, cresce a preocupação dos empresários sérios em evitar as consequências danosas oriun-das da dívida com impostos, tais como penhora e execução de bens da empresa, penhora de fa-turamento, indisponibilidade dos bens dos dirigentes, dificuldades em obter parcelamentos e finan-ciamentos, e até mesmo ameaça de prisão por apropriação indébita ou depositário infiel.

O planejamento tributário possibilita boa economia fiscal ou mesmo a redução de tributos, utilizando métodos e procedi-mentos técnicos que permitem o estudo personalizado minucioso

dos diversos setores e atividades empresariais.

É por isso que a Advocacia Viece-li, conhecida pelo trabalho atuante no cenário jurídico empresarial, e, visando aprimorar ainda mais a qualidade na prestação de seus ser-viços, auxilia seus clientes também quanto a esta área do Direito, com o objetivo de minimizar os custos e buscar a restituição de eventuais impostos pagos a mais ou mesmo pagos de forma indevida.

Para o diretor da Advocacia Vie-celi, Dr. Cassio Vieceli, “o respeito e a idoneidade adquiridos pelo es-critório serão o fator preponderante ao sucesso deste novo trabalho, que está sendo desenvolvido”.

O planejamento tributário possibilita boa economia fiscal ou mesmo a

redução de tributos

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O planejamento tributário é um ato preventivo que busca encontrar mecanismos que permitam diminuir o desembol-so financeiro com pagamento de tributos. Sua finalidade baseia-se em evitar a incidência tributária, com o intuito de evitar a ocorrência do fato gerador do tributo.

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A PEQUENA grANDE EmPrESA

No dia 4 de abril, foi realizada a etapa nacional do MPE Brasil, em Brasília. Foram mais de 38 mil empresários que preencheram um questionário de autoavaliação com perguntas baseadas no Modelo de Excelência da Gestão. Desses ins-critos, apenas 127 empresas foram finalistas, e dentre elas o Labora-tório Vida, única empresa catari-nense ganhadora, que venceu com a categoria Serviços de Saúde.

Através desse prêmio a empre-sa teve mais uma vez o reconhe-cimento do seu trabalho, voltado a um atendimento diferenciado, humanizado e com alta qualida-

Vencedora nacional na categoria de Serviços de Saúde, Ma-ribel Gaio, do Laboratório Vida, de Videira (SC), trouxe do evento em Brasília, além do troféu, novamente a alegria pelo reconhecimento da sua forma de gestão.

para conhecer os seus modelos de gestão. No ano passado os ganhadores tiveram a chance de conhecer empresas como a Coca--Cola, Natura e Gerdau.

Para esse ano a empresa já pro-gramou o desenvolvimento de um projeto arquitetônico, com o intuito de oferecer ainda mais conforto para os seus clientes, fazer mais investimentos na sede e nos postos de coleta, para colo-cação de etiquetadoras automáti-cas e identificação de biometria, e também pretende disponibilizar online os laudos dos clientes. Na parte de responsabilidade social a

ganhar esse prêmio nos proporciona mais confiança para

seguir em frente

de na prestação de serviços de análises clínicas para os clientes de Videira e região. “Vencer essa etapa nacional é ganhar reconhe-cimento de um trabalho realiza-do com responsabilidade, coo-peração e amor. Ter uma equipe dedicada e comprometida com a cultura da empresa é o aval para acreditarmos que estamos no ca-minho certo para um sistema de gestão sólido e de qualidade”, diz Maribel Gaio.

Com essa vitória o Laborató-rio Vida terá a oportunidade de participar de um Seminário In-ternacional, em São Paulo, para micro e pequenas empresas. Além disso, a empresária irá vi-sitar grandes empresas do país

empresa irá trocar seus envelopes plásticos por capas de papel. Se-gundo a empresária, “seguir com a melhoria contínua e as audito-rias de manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade pela NBR ISO 9001:2008 e da acreditação pelo DICQ/SBAC também faz par-te dos planos do laboratório”.

Mesmo com o prêmio con-quistado a empresária sabe que a jornada não terminou e continua no caminho rumo a excelência. “Sabemos que há muito para me-lhorar, e este prêmio nos propor-ciona mais confiança para seguir em frente, pois apesar das dificul-dades e dos sacrifícios, temos a certeza de que somos capazes de fazer ainda melhor”, finaliza.

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como surgiu a ideia de trazer uma franquia cDi para Videira?Participei de uma palestra de Admi-nistração, em que as pessoas foram estimuladas a refletir sobre sua real vocação e perguntei pra minha es-posa: “O que você ela faria de gra-ça?”. Ela respondeu prontamente: “Eu daria aula!”. Aliando isso à mi-nha atuação com informática desde 1986, optamos por abrir uma escola no ramo. Escolhemos a CDI por já conhecer a metodologia da Franquia no Estado do Paraná.

quais são os diferenciais da cDi?Os proprietários fazem parte do corpo docente, como bons solda-dos, também estamos no campo de batalha, conhecendo os desafios de ensinar e trabalhamos com uma equipe de professores multidisci-plinar, na maioria dos cursos temos mais que um professor, assim o aprendizado fica mais diversificado e rico. Utilizamos a Linha da Educação

por Competência com uma meto-dologia interativa, ligando a teoria com a vivência prática, tornando o processo mais dinâmico e interati-vo. Dispomos de ampla estrutura de Laboratórios, monitores LCD e LED, ambientes climatizados, laboratório de manutenção e redes, eletrônica e robótica. Ampla sala teórica, espaço de convívio, socialização e espaço para coffee break.

como está a educação profissionalizante no Brasil?O país tem deficiência de mão de obra preparada para todas as áreas produtivas, desde um bom assisten-te administrativo até um eficiente programador de games para celular. A sorte é apenas uma oportunidade que pode ser usufruída por quem está preparado.

quais são os cursos mais procurados? quais os lançamentos?Assistente administrativo, manu-

tenção de computadores com ele-trônica, Auto CAD, Excel Avançado e informática profissionalizante. Dentre os lançamentos destaco o curso de Robótica, de Manuten-ção de Impressora a laser, Redes de computadores e Servidores nível II e a ampliação do curso de Fotografia com Photoshop.

qual o perfil do aluno cDi?Temos um perfil heterogêneo, fai-xas etária variadas, alguns buscando empregabilidade, outros atualização profissional. Atendemos também cursos corporativos, focado para grupos da mesma empresa, sobre demandas específicas.

CDI - Videira - SC

Rua Saul Brandalise, 520 Fone: (49) 3566-0982

[email protected]

O QUE vOCê fArIA DE grAÇA?

Responder a esta pergunta pode ser a semente de uma gran-de oportunidade de negócios. Em entrevista à Êxito, Diocir Loof, proprietário da CDI Videira, conta como esta resposta o inspirou a abrir a Franquia da CDI em Videira, que completa 10 anos em 2013.

Equipe CDI Videira

Turma Inglês Comercial

Formatura Turma Assistente Administrativo 23/03/13 - Country Clube

Turma Assistente Administrativo 2013

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QUAlIDADE NO AmbIENTE DE TrAbAlHO

A qualidade de vida no trabalho é uma busca do ser humano des-de que começou a trabalhar. Das alavancas ao botão da máquina, o homem buscou maneiras de tornar seu ofício mais fácil e aumentar a produção. Por isso, pode parecer espantoso que depois de tantos séculos de trabalho, o olhar dos lí-deres das organizações passe para a única peça realmente fundamental das empresas: as pessoas.

Embora o objetivo seja o mes-mo, o lucro, os meios para obtê--lo voltaram-se cada vez mais para

Pensar em qualidade de vida não se restringe somente a posse de bens materiais, alimentação adequada e saúde em dia. Também é preciso somar nessa equação a qualidade de vida no trabalho, ou seja, ambiente adequado, integração entre colaboradores e políticas de reconhecimento bem estabelecidas. Quem faz essa conta se surpreende e alcança resultados cada vez mais positivos.

cia na produção de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s), a Prevemax. Criada em 1996, a or-ganização se reinventou para dar mais qualidade de vida aos seus colaboradores a partir do programa “Você, nosso maior bem”, iniciado em 2011. Segundo Carine Barbo-sa Pereti, do setor de marketing, o setor industrial é, por essência, impessoal. “Ele precisa de mudan-ças e nós mudamos. Atualmente, somos uma empresa humanizada tanto na diretoria quanto na pro-dução, na qual caminha lado a lado

As melhorias da empresa devem acompanhar a exigência de

pessoal qualificado

os colaboradores proporcionando a eles boas condições de trabalho, físicas e psicológicas, remunerações condizentes com suas funções, am-bientes seguros, confortáveis, en-tre outros itens, para aumentar a motivação e a produtividade. Isso significa que as empresas capazes de liderar a sua área de abrangên-cia e até mesmo o mundo entraram em uma nova era em que impera a valorização humana.

Engana-se, porém, quem acre-dita que essa tendência se resume aos escritórios dos gigantes como a Google ou a Apple. Ela está em Videira, na empresa que é referên-

a produtividade e o respeito ao co-laborador”, destaca.

A nova postura da Prevemax lan-ça sobre a organização um grande diferencial estratégico já que seus colaboradores prezam pelo relacio-namento amigável e veem a empresa como uma extensão da sua própria casa. “As melhorias da empresa de-vem acompanhar a exigência de pes-soal qualificado. O capital intelectual é uma base do nosso crescimento, por isso investimos na renovação do pátio com a colocação de uma fonte e várias árvores, do refeitório e dos escritórios, além da integração entre os colaboradores e em políticas de

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reconhecimento”, diz Carine.As reformas foram orientadas pela Brandali-

se, de Florianópolis, através do arquiteto Artur Brandalise, que transformou a Prevemax em um lugar melhor para trabalhar, com ambiente hu-manizado e sintonizado com as necessidades dos colaboradores em questão de conforto e privaci-dade. “O primeiro passo foi organizar o fluxo para o trânsito interno e criar ambientes adaptados para a fábrica com conforto térmico e acústico”, diz o arquiteto. O reflexo na produtividade ob-servado pelos gestores foi imediato e está ligado à política já em curso que alia ginástica laboral à massagem nos intervalos.

A seguir, foi a vez de elaborar um plano global da empresa para inserir áreas de convivência. “Criamos áreas de descompressão para promo-ver a comunicação informal entre os colabora-dores. O refeitório foi humanizado, montamos áreas de descanso externa e interna, sendo que a última dispõe de televisão, sala de cinema e de treinamento, além de ambientes de inclusão digital com acesso à internet e revistas diversas, biblioteca”, explica Brandalise. Algumas delas estão em fase de conclusão.

A hora dos escritórios chegou apenas depois do encaminhamento das demais áreas. Neles, o espaço foi reorganizado para integrar setores ou dar privacidade, de acordo com as neces-sidades da empresa. Os ambientes receberam tratamento acústico e o barulho do local, que chegava a 80 decibéis, foi reduzido para 60, o que favoreceu a concentração e o bem-estar dos colaboradores. “Além da copa e das áreas exclu-sivas para reunião, treinamentos e atendimen-to, decoramos cada setor de acordo com a sua necessidade, tornando aqueles que precisam de criatividade ou que lidam com situações difíceis mais coloridos e alegres, enquanto os ambientes formais ganharam ares sólidos e sérios”, conta Brandalise. O projeto dos interiores é assinado pela AT Arquitetura.

O programa “Você, nosso maior bem” está em vias de conclusão e já mostra resultados no nível de satisfação dos colaboradores e nos gráficos de produtividade da empresa. “Ele tem duração vitalícia e está integrado à nossa Gestão de Pes-soas. Proporcionar melhores condições de tra-balho e de vida para o colaborador está na nossa gênese. É isso que nós somos e continuaremos sendo: uma grande família”, finaliza Carine.

PrevemaxFone: 49 3531.3300 - Videira - [email protected]

www.prevemax.com.br

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20 > êxito abril/maio 2013

PrEPArADOSPArA CrESCEr

Quem conheceu Fraiburgo há oito anos pode já não reconhecê--la. A cidade sentiu fortemente a queda da arrecadação de impostos e o setor da maçã, que ainda res-ponde por 60% do seu movimento econômico, enfrentou muitas difi-culdades. Entretanto, o município tomou uma decisão inédita: agir em conjunto para melhorar a ci-dade, a economia e dar melhores condições de saúde e educação para a população. Isso fez e conti-nua fazendo a diferença.

A união entre o poder público, as entidades civis e empresários focados no projeto sustentável de desenvolvimento possibilitou a reestruturação da cidade e a aqui-sição de força em outros ramos agrícolas como o milho, a soja, a cebola e o alho, além da recuperação do setor leiteiro a médio prazo. Se-gundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Fraibur-go (ACIAF), Jorge Pederiva, ainda é necessário recuperar o IDH do município, o que será possível mais adiante já que “estão concluídos os projetos de instalação da granja de matrizes de suínos Agroceres em Fraiburgo, que será a mais nova e moderna unidade da empresa. Também já negociamos diversos investimentos no setor metal-mecânico, uma nova planta para a construção de tratores na cidade e estamos em vias de fechar acordos para trazer novas empresas na área de agropecuária”.

Aliado a esse cenário tão favo-rável está a recuperação dos pre-ços da maçã, que deve dar o últi-mo empurrão na migração para a

Se uma empresa precisa ter foco para se desenvolver, com uma cidade não é diferente. Quem entendeu e aplicou essa máxima de forma sistêmica e coerente foi a ACIAF, que em parceria com o poder público, privado e outras entidades, tem transformado Fraiburgo em uma cidade chave para o progresso regional.

nova realidade, e a forte atuação da ACIAF na criação de condições para o desenvolvimento do município. “Os encontros semanais, a discus-são com os empresários sobre as nossas necessidades e a proposta, principalmente, de reinvestir seus ganhos no município têm ganha-do corpo e adesão de forma muito ampla. Nunca se discutiu de forma tão franca e aberta os problemas de Fraiburgo, juntamente com todas as entidades civis e o Governo Mu-nicipal”, afirma Pederiva. Por isso e pela participação efetiva de seus 300 associados, a ACIAF é reco-nhecida como a entidade de maior força no município.

E se você está se perguntando

O grande foco de atuação dos envolvidos no projeto é o aumento

do emprego e da renda

juntamente com o conselho foram implantadas câmaras temáticas (provisórias ou permanentes) que discutem problemas como os no-vos investimentos, condomínios empresariais, marketing, turismo, capacitação de mão de obra, des-burocratização dos serviços públi-cos e a agricultura. “Participam das câmaras as pessoas indicadas pelas entidades que buscam soluções e novos projetos. Cada um desses núcleos discute e elabora opções para os assuntos referentes à sua pauta, apresenta para o Conselho que, por sua vez, analisa e fornece

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qual foi a estratégia usada para garantir a participação e alavancar esforços em benefício da coleti-vidade, o próprio presidente tem a resposta na ponta da língua: a criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento (DESENFRAI). O órgão criado em 2012 é composto por 15 conselheiros efetivos e 15 suplentes representando o Go-verno Municipal, Entidades Civis e Associações de Moradores, que constituem uma entidade tripar-tite capaz de discutir e elaborar soluções para todos os problemas da cidade. De acordo com Pederiva,

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dados para o Governo tomar suas decisões”, explica.

Mas o grande foco de atuação dos envolvidos no projeto é o aumen-to do emprego e da renda, já que a cidade passa por uma grande mi-gração de mão de obra, inclusive internamente, pois as demandas acontecem, as funções aumentam, são mais remuneradas e há gran-de dificuldade de buscar pessoal qualificado. “Precisamos muito da atuação da Câmara de Capacitação, que juntamente com a implanta-ção da Escola Técnica do Senai, IFC e Universidades, devem ajudar as empresas a manter o foco na qua-lificação dos profissionais exigidos pelo mercado”, conta Pederiva. Para tanto, o município investe acima do valor estabelecido pela Constitui-ção em áreas como educação e saú-de. O retorno obtido com os novos

investimentos terá aplicação direta nesses itens e ainda na melhoria das estradas da cidade e do interior.

Apesar disso, nem tudo é flor na terra da maçã. Como o restante da região, o município precisa de me-lhores condições em infraestrutura para conseguir escoar a produção de forma ágil e rápida. Pederiva mostra que a dificuldade em concluir in-vestimentos por parte do Governo do Estado na área de energia elétrica pode ser um limitante para a atração de novos interesses em Fraiburgo, pois “os empresários se movem ra-pidamente e os investimentos tam-bém, por isso o Meio-Oeste precisa se unir para que não tenhamos uma ferradura envolta em parcos inves-timentos entre as BR-116 e BR-153”.

Entretanto, o desenvolvimento de Fraiburgo perante os municípios da região é inegável. “Ainda temos di-

ficuldades de mensurar o impacto que os projetos desenvolvidos terão na cidade, mas temos certeza de que o crescimento só foi possível de-vido ao pensamento conjunto que considerou, antes de tudo, a cole-tividade. Qualquer comunidade, município ou região pode progre-dir sem precisar reinventar a roda. Não existe segredo e nem mistério. O que precisa é que as lideranças econômicas e políticas unam forças para se tornarem economicamente fortes e pujantes a médio prazo”, finaliza Pederiva.

ACIAF - Associação Comercial e Industrial de Fraiburgo

Rua Padre Biaggio Simonetti, 515Sala 11 - Fraiburgo - SC

49 3246 3576 / 3246 [email protected]

www.desenfrai.sc.gov.br

diretoriada ACiAF:ação conjunta pelo crescimento de Fraiburgo

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22 > êxito abril/maio 2013

Há quem fale que um apagão profissional está próximo. O certo é que diversos setores da economia brasileira, como a indústria, cons-trução civil e o comércio reclamam da carência de profissionais mais bem preparados.

O que tem acontecido para que a oferta seja maior do que a procura e mesmo assim as vagas não con-seguem ser preenchidas? Segundo especialistas, o trabalhador está es-colhendo aonde quer trabalhar, e a opção não tem sido só pelo cargo, mas sim pelo salário e benefícios oferecidos pelas empresas. Outro motivo para o candidato não ser escolhido é o baixo nível de esco-laridade, carência de cursos pro-fissionalizantes e técnicos e pouca experiência no mercado.

Veja o que três profissionais, de diferentes ramos no município de Videira (SC) têm feito para enfren-tar as dificuldades e suprir a carên-cia de mão de obra qualificada den-tro das empresas em que trabalham.

flÁvIO mIOZZORecursos HumanosFETZ

RaMOConstrução Civil

DESaFIOSAs vagas na empresa têm sido difí-ceis de serem preenchidas porque o mercado não tem mão de obra qualificada, e muitas vezes o de-partamento de Recursos Humanos acaba tendo que contratar profis-sionais que não estão inteiramen-

HÁ vAgAS, fAlTAm PrOfISSIONAIS

Cartazes com a frase “contrata-se” já fazem parte do cenário urbano, e-mails sobre vagas de emprego lotam as caixas de entrada. As empresas já não sabem o que fazer para suprir a falta de mão de obra qualificada no país, que cresce cada dia mais.

te condizentes com o perfil da vaga aberta, necessitando de qualifica-ção profissional. Outro problema frequente é a alta rotatividade dos funcionários, e isso acontece mui-tas vezes pelo próprio funcionário perceber que não tinha o perfil certo para o cargo.

O QUE TEM FEITOAlém de investir em treinamentos internos para qualificação dos seus funcionários, a Fetz tem investido pesado também em equipamentos e tecnologia para tentar mecanizar ao máximo os seus processos. Essa atitude ajuda a amenizar a carência de funcionários qualificados, mi-nimizando a dependência exclusi-va da contratação de profissionais.

DIFERENCIaLA dificuldade de encontrar pessoas qualificadas na região foi tão grande que a empresa acabou contratando estrangeiros, em sua maioria hai-tianos - que estavam a procura de emprego no país - para tentar su-prir a falta de mão de obra. Mesmo tendo um convívio agradável com os funcionários estrangeiros e con-seguindo amenizar as dificuldades iniciais com relação à diferença de cultura e de idioma, a empresa não conseguiu baixar os índices de ro-tatividade.

CrISTIANE ZONTA ANDrEOlA Recursos Humanos MASTER

RaMOAgroindústria

DESaFIOSTanto as vagas primárias como as secundárias têm sido difíceis de serem preenchidas, pois está complicado encontrar profissio-nais que atendam os requisitos solicitados. Além disso, quando a vaga é preenchida, dando ên-fase para as vagas operacionais, os funcionários não têm perma-necido por muito tempo na em-presa. Isso ocorre porque grande parte das empresas locais têm oferecido praticamente os mes-mos benefícios e valores de sa-lário para esse cargo, dessa for-ma é o profissional quem acaba escolhendo a empresa que quer trabalhar, e não o contrário.

O QUE TEM FEITOPara resolver o problema da falta de capacitação, a empresa inves-te constantemente em treina-mentos de qualificação profis-sional. Com essa estratégia fica muito mais fácil conseguir di-minuir a rotatividade dos fun-cionários. Além de se sentirem mais valorizados, suas chances de crescerem dentro da Master são muito maiores.

Outro ponto chave para a re-tenção é a preocupação com o relacionamento entre os líde-res e seus liderados, por isso a empresa procura fortalecer esse laço de forma contínua, para que o ambiente de trabalho seja sempre agradável.

DIFERENCIaLA Master tem feito palestras de orientação de carreira para es-tudantes do ensino médio, nos colégios de Videira (SC), com o intuito de abordar de forma cla-ra e objetiva sobre a carreira pre-tendida pelos alunos. Essa visão mais didática da empresa, além do cunho social, procura cons-cientizar os futuros profissio-nais sobre o que o mercado de trabalho espera deles, e também para explicar as consequências de ficar mudando de emprego a todo momento, prática muito

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frequente, principalmente entre os mais jovens.

lUCIANO COlISSIProprietário STUDIO C

RaMOFotografia

DESaFIOSComo é um ramo onde o traba-lho se concentra praticamente nos finais de semana e feriados, a empresa encontra dificuldade em conseguir profissionais dis-postos a sacrificarem essas datas pelo trabalho. Conseguir uma mulher capacitada para essa área é ainda mais difícil, pois geral-mente esse público tem outras funções e responsabilidades – casamento, filhos, casa –, que

a impedem de se doarem por completo para esse horário dife-renciado.

Outro fator, que não se encaixa exatamente como uma dificulda-de, é quando o profissional, que a empresa investiu, sai do empre-go para abrir o seu próprio ne-gócio. Apesar de ser parte natu-ral da carreira, o fato de ter que preparar desde o início um novo profissional, tanto tecnicamente como ensinar todos os valores da empresa, se torna desgastante.

O QUE TEM FEITOO Studio C procura sempre in-vestir nos seus funcionários por meio de capacitação profissional interna e até mesmo paga par-te dos custos para cursos que sejam fora da empresa. Bancar apenas parte do valor é também uma forma de saber qual o ní-

vel de interesse do profissional, pois tem funcionários que se qualificam apenas se a empresa pagar todos os gastos.

DIFERENCIaLAo contrário de muitas empre-sas, o Studio C não vê proble-ma em preencher as suas vagas com pessoas que não tenham muita experiência na área, na verdade até prefere. A empresa tem maior preocupação com os valores morais e comportamen-tais dos seus funcionários do que com o nível técnico deles. O porquê dessa preferência está ligado com o ramo de fotografia, que exige contato com pessoas o tempo inteiro, e por isso mesmo é necessário ter funcionários que saibam se portar nos eventos, te-nham tato e estejam prontos para qualquer eventualidade.

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DIÁrIO DEbOrDO

Com a Lei 12.619 de 30 de abril de 2012, os profissionais do trans-porte passam a se enquadrar nas normas trabalhistas. Isto signifi-ca que eles deverão trabalhar no máximo 10 horas/dia havendo um controle de horas noturnas, diur-nas e extras definindo a jornada de trabalho diária para evitar o trabalho excessivo. O profissional passa a ter direito ao descanso de 11 horas/dia contínuas e paradas de 30 minutos a cada quatro horas de trabalho consecutivas.

A Ômega GR desenvolveu um sis-

Com a nova lei do tranporte, profissionais e empresas pre-cisam encontrar soluções para o controle da jornada de trabalho e o novo modelo de remuneração. Isto já é possível através de um sistema auxiliar desenvolvido pela Ômega Ge-renciamento de Risco, de Videira (SC).

tema que possibilita o controle do cartão ponto com relatórios detalha-dos e eficientes, baixo custo de co-municação e controle de informação dos tempos de descanso, trabalho e espera detalhando dados como re-feição, carregamento, pernoite, horas diurnas, noturnas, extras, feriados, finais de semana, entre outros, para auxiliar a empresa de transporte a otimizar os lançamentos dos dados para os setores contábil e financeiro e ajudar a prevenir possíveis proble-mas de ordem jurídica/trabalhista.

Para operar o sistema é necessário

um celular inteligente (smartphone) ou um tablet com sistema operacio-nal Android, iOS ou Windows Phone, o aparelho deve possuir um pacote de dados para comunicação pela in-ternet. Um usuário e senha são libe-rados pela central para cada número de CPF específico assim como suas opções de marcações (macros).

O aplicativo funciona indepen-dente dos rastreadores e possui uma base de dados desconectada, instalada no dispositivo móvel, que trata os dados independentemente do sinal de operadora e os transmite a qualquer momento que a rede de dados esteja disponível, atualizan-do as informações das atividades do profissional e gerando, então, a própria folha de cartão ponto.

Ômega Gerenciamento de RiscoRod. SC 453, Km 55 - Videira - SC

Fone: (49) 3566 6056www.omegagr.com.br

[email protected]

12 > êxito agosto/setembro 2012

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Para dar continuidade ao seu crescimento, a Ziemann, Hartwig e Advogados Associados mudou o endereço de seu escritório em Chapecó. A cidade recebeu a equipe em 2012, depois de 16 anos de atuação no mercado de Videira e região.

A filial mantém a linha de atuação da banca de advocacia que atua especificamente na esfera trabalhista em defesa da classe patronal, em especial nos segmentos empresariais de alimentação, transporte e mecânica, a partir da prestação de consultoria preventiva e assessoria jurídica.

ChapecóRua Jorge Lacerda, 80-EEdifício San Sebastian, sala 0149 3331 2217 / 49 3329 5047

Novo Endereço

Videira Rua Fiorindo Pires, 15, sala 10149 3533 [email protected]

INFORMATIVO

Equipe ZH: Dr. Marcelo Luiz Torcatto, Dra. Denize Mugnol,Dr. Roberto Vinicius Ziemann, Dr. Kelwin Junior Wickert,Dra. Laís Camila de Medeiros, Dr. Claudio Roberto Hartwig, Dr. Rafael Deon

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26 > êxito abril/maio 2013

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SEjA Um lÍDEr DE SUCESSO

O primeiro encontro de vivên-cia para líderes promovido pela Actus Palestras e Treinamentos terá início no dia 26 de abril com o tema: perspectivas de uma lide-rança altruísta. Para evidenciar a postura de um líder de sucesso, os organizadores Edinei Mene-gon e Geancarlos F. F. de Matias propõem uma imersão completa na Casa de Formação Salvatoriana (antigo Seminário), em Videira.

Os participantes terão a oportu-nidade de assistir palestras, trocar experiências e ainda fazer sua ava-liação psicológica de personalidade. Segundo Edinei, a avaliação é um procedimento que visa avaliar os diversos processos psicológicos que compõe o individuo, dando-lhe a chance de identificar seus pontos fortes e fracos para adaptá-los de acordo com o que pede a sua função social e no mercado de trabalho.

O evento destinado a gerentes, vendedores, diretores, profissio-nais de RH, professores, pedago-gos e lideranças públicas e reli-giosas, tem vagas limitadas e vem como a oportunidade de preparar pessoas para assumir cargos de liderança nas diversas empresas da região, além de ampliar con-tatos e desenvolver laços entre os participantes. Para Gean, esta é a chance de fazer um investi-mento de baixo custo e alcançar melhores resultados para si e, principalmente, para a empresa. “Os palestrantes possuem muito conteúdo e didática para explaná--lo. Temos palestrantes de fora da região e outros daqui para criar um mix de ideias capaz de abrir a mente dos participantes para no-vas perspectivas”, finaliza.

Workshop inédito de preparação de líderes acontece em Vi-deira (SC) nos dias 26 e 27 de abril. O evento contará com a presença de palestrantes de diversas cidades do Meio-Oeste catarinense e de outras regiões do Sul.

PROGRaMaÇÃO26/04 (sexta-feira)18h30 - Inscrições e check-in19h15 - Jantar20h15 - Abertura20h30 - Palestra: A influência da personalidade na liderança, com Luciana Bodanese21h45 - Palestra: Liderança com Espiritualidade, com Edinei Me-negon e Geancarlos F. F. de Matias 22h30 - Repouso

27/04 (sábado)07h30 - Despertar08h00 - Café da manhã08h30 - Palestra: Empatia na lide-rança, com Pe. Jair Carlesso09h30 - Palestra: Motivação, tra-balho e família, com Edinei A. Me-negon10h00 - Coffee Break10h30 - Palestra: O cérebro do lí-der: perspectivas das neurociên-cias para a liderança, com Rodrigo Sartorio12h30 - Almoço13h30 - Palestra: Pilares da inteli-gência na liderança, com Geancar-los F. F. de Matias14h00 - Palestra: O conceito de lí-der-oxigênio à luz do pensamento do filósofo Espinosa, com Ivo José Trinches16h00 - Palestra: Liderança com criatividade, com Geancarlos F. F. de Matias16h30 - Coffee Break17h00 - Mesa redonda para debate e troca de experiências18h00 - Encerramento

Para mais informações acesse o site www.actuspalestras.com.br ou entre em contato pelos fones: 49 9128.2714 e 9917.0020

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abril/maio 2013 êxito > 27

Facebook: Valentini

Foto: Fabiano Martins Modelo: Bianca Cabelo e Maquiagem: Nete e Vá Local: Verde Vale Palace Hotel

E-mail: [email protected]

Blog: valentinisocial.blogspot.com

Site: www.valentininoivas.com.br

Valentini

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Videira - SC - Fone: 49 3533-2565

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28 > êxito abril/maio 2013

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mArCA: AmOr À PrImEIrA vISTA

Vivemos em uma sociedade onde a informação é de característica predominantemente visual. Boa parte do que vemos nos comunica algo, como as cores, formas e mo-vimentos que estão sempre sendo processados pelos nossos cérebros, sendo associados positiva ou ne-gativamente em relação a algo.

Independente do sentindo do termo “amor à primeira vista”, basta olhar para alguém uma úni-ca vez, para que seus valores sejam julgados através da sua postura e

A identidade visual de uma marca expressa a imagem e o tipo de trabalho de uma empresa, além de seus valores sociais e mercadológicos, e é por meio desses valores que o consumi-dor pode ou não se identificar com ela. Sem uma marca sólida e consistente, a empresa pode estar fadada ao fracasso.

rexposição das marcas, produtos e serviços. Com esse cenário é importante que a empresa se per-gunte qual é a percepção visual que o cliente tem da sua empresa. Com tanta informação visual, será possível conseguir absorver todas essas marcas? A resposta é negati-va. Isso acontece porque a maioria delas não tem uma alta pregnância, ou seja, é composta por um logoti-po e/ou um símbolo que dificulta o entendimento.

É importante que as corpora-

mento algum do assunto, que ape-nas executam desenhos no compu-tador e, por isso, não conseguem transmitir um conceito condizente com a cultura da organização. Pa-gar por uma pessoa que não tem o conhecimento necessário para de-senvolver um projeto assim pode trazer uma economia inicial, mas a longo prazo é provável que também traga danos profundos à marca.

Para se construir uma identida-de visual que esteja adequada ao perfil da empresa, e consequen-temente da marca, é necessário conhecer a essência da mesma e quais são os objetivos que a em-presa pretende alcançar. Através disso, é possível saber quais cores e traços serão mais interessantes utilizar na sua construção. Um exemplo é a utilização de linhas retas, que transmitem rigidez e seriedade, ao passo que linhas curvas passam ideia de flexibili-dade e descontração.

Outro fator importante para que essa identidade seja eficaz, é a sua pregnância, ou seja, a capacidade de perceber e reconhecer formas. Se a forma é muito complicada, cheia de detalhes, e ainda estiver no meio de uma composição com diversos elementos gráficos, será muito difícil de percebê-la e iden-tificá-la. A marca sempre deve ter alta pregnância em suas formas, pois tem dois objetivos importan-tes: ser percebida e lembrada, não importa em qual contexto estiver.

Quando bem elaborada e prati-cada – prática da cultura de pa-dronização –, a identidade visual torna-se responsável pela ima-gem corporativa da mesma, o que agrega valor e reforça a imagem da marca, tendo como resultado a sua permanência na lembrança do consumidor.

Michel Beal é publicitário, especialista em design gráfico e estratégia corpo-

rativa e design gráfico e tecnologias contemporâneas.

Diretor da Beal [email protected]

www.beal.ag

Assim como julgamos as pessoas pela aparência, igualmente estabelecemos

valores para as empresas

o modo com que se veste. Assim como fazemos com as pessoas, com base em poucos dados visuais, igualmente estabelecemos valores para as empresas e seus produ-tos. Muitas vezes, nem é preciso ter com estes uma relação direta de compra para já rotularmos de acordo com o que nos é apresen-tado aos olhos. É por isso que as primeiras imagens de uma empre-sa precisam ser adequadamente processadas pelo cérebro, para que comuniquem algo consistente e se fixem de maneira positiva na men-te do consumidor.

Com a globalização e o aumen-to da concorrência, a preferência do consumidor está cada vez mais disputada, sendo alvo da supe-

ções compreendam que uma boa identidade visual não é composta apenas por um logotipo ou sím-bolo bonito, e sim de um conjunto de aplicações que têm o intuito de transmitir, para os consumidores e para o mercado, a personalida-de da empresa. Folders, anúncios televisivos e impressos, papelaria, etc., são exemplos de peças essen-ciais na criação de uma identida-de visual sólida. É por isso que o desenvolvimento da identidade visual precisa ser feita por quem entende do assunto, profissionais competentes como os designers estão aptos para a realização des-sa tarefa. Porém, o mais comum é vermos marcas mal feitas, criadas por pessoas que não têm conheci-

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abril/maio 2013 êxito > 29

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30 > êxito abril/maio 2013

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Cada vez mais conscientes da importância de dominar uma nova língua, os brasileiros têm procurado cada vez mais as escolas de idiomas como forma de alavancar a sua vida social, e principalmente, a profissional.

De acordo com uma pesquisa recente, realizada pelo EF Edu-cation First, o Brasil ocupa a 46ª posição, com proficiência muito baixa em um ranking que mede o domínio da língua inglesa em 54 países. Esse número alarmante, onde aproximadamente 5% da população brasileira domina o idioma, resulta em grandes per-das de oportunidades para todos os setores do país.

Apesar de o Brasil ocupar uma baixa posição no ranking, a ex-pansão das escolas de inglês tem crescido com o passar dos anos, o que mostra maior preocupação

prestes a viajar, seja por lazer, es-tudos ou negócios também pro-curam a escola, pois sabem que para a viagem ser bem sucedida e até para lidar com possíveis im-previstos, é preciso ter um míni-mo de conhecimento do idioma”.

A revolução tecnológica tam-bém deu um grande impulso na busca pela língua inglesa, pois adolescentes, que antes iam obri-gados para as aulas, agora vão por motivação própria. “Isso acontece porque essa geração está inserida em um mundo tecnológico que exige o conhecimento de uma língua universal como o inglês, seja para se relacionar nas redes sociais, conseguir usar smart-phones e tablets ou até mesmo jogar videogame, que na maio-ria das vezes possui jogos nes-se idioma. Outros fatores que também ajudam a despertar o interesse dos alunos é o método voltado à conversação e à melho-ria dos recursos de aprendizado utilizados dentro da sala de aula, como músicas, seriados e jogos que deixam a aula mais divertida e dinâmica”, explica Gioconda.

Dentro do setor empresarial o idioma também ganhou um reco-nhecimento muito maior do que no passado. Para a proprietária não foram apenas as empresas que se conscientizaram da im-portância do inglês para se in-serirem no mercado, os próprios funcionários também têm mos-trado um interesse muito maior em se qualificar. “Hoje em dia o funcionário faz questão de pagar por um curso de inglês, indepen-dente do reembolso do emprega-dor, coisa que não acontecia há alguns anos, pois ele percebeu como é importante investir nele próprio. Ele sabe que o mercado está em constante movimento e se expandindo cada vez mais, e que para alavancar sua vida pro-fissional a língua inglesa tem se tornado uma obrigação, e não apenas um diferencial como era antigamente”, finaliza.

DOMíNIO DO INGLêS

A língua inglesa tem se tornado uma obrigação, e não apenas

um diferencial como era antigamente

meçaram a ter mais consciência de que precisam investir nos es-tudos. “Como exemplo, tem os pais que não tiveram oportuni-dade de aprender a língua e agora investem nos seus filhos adoles-centes para que tenham um ní-vel avançado do idioma na vida adulta. Outro fator que tem con-tribuído para o crescimento das matrículas é o aumento do po-der aquisitivo da população, que conseguiu ter um acesso muito maior às escolas de idiomas que antigamente”, relata.

Segundo a profissional o per-fil do público que tem procura-

das novas gerações em aprender uma nova língua. Para Gioconda de Oliveira Kawamura, proprie-tária de uma escola de inglês em Videira (SC), desde 1991, o nú-mero de matrículas tem cresci-do bastante nos últimos anos, independente da faixa etária ou classe social, pois as pessoas co-

do aprender inglês ainda é bem variado. “Temos crianças que estão iniciando seus conheci-mentos no idioma, adolescentes se preparando para o vestibular e profissionais em preparação para mestrados, concursos e melhores oportunidades de emprego. Além desse público, pessoas que estão

Ranking NacionalRanking Mundial

NEgócIOS

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Hemograma completo;Contagem de reticulócitos;Análises veterinárias de 6 espécies diferentes;Velocidade de 90 testes/hora;Metodologia de laser, citometria de fluxo e impedância.

O hemograma é um exame indicado para avaliação de anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias, acompanhamento de terapias medicamentosas e avaliação de distúrbios plaquetários. Ele fornece dados para classificação das anemias de acordo com alterações na forma, tamanho, cor e estrutura das hemácias e consequente direcionamento diagnóstico e terapêutico. Através dele é possível fazer uma avaliação quantitativa e morfológica das plaquetas, o que sugere o diagnóstico de patologias congênitas e adquiridas. Além disso, o exame orienta na diferenciação entre infecções viróticas e bacterianas, parasitoses, inflamações, intoxicações e neoplasias através das contagens global e diferencial dos leucócitos e sua avaliação morfológica.

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32 > êxito abril/maio 2013

NEgócIOS

INvESTImENTO Em PrOgrAmA rUrAl

Nesta entrevista, o diretor técni-co do Sebrae/SC, Anacleto Ângelo Ortigara, faz uma avaliação das ati-vidades realizadas até o ano pas-sado e fala sobre as perspectivas para este ano.

Qual é o foco do Projeto de Empreende-dores Rurais Cooperativistas? Nosso foco é gerar condições para que os empreendimentos rurais sejam capazes de atender deman-das do mercado por meio do ge-renciamento da propriedade, uti-lizando ferramentas universais de análise e solução de problemas. A iniciativa também permite apoiar as famílias cooperativistas na ele-vação do grau de competitividade do negócio rural, especialmente os produtores de suínos, aves, grãos e leite filiadas às cooperativas agro-pecuárias do sistema Aurora.

Quantas famílias serão beneficiadas em cada programa que integra o projeto? Depois do sucesso do projeto em 2012, o Sebrae/SC, Sescoope e Senar investirão, juntamente com os demais parceiros, em 50 no-vas turmas do Programa D’ Olho na Qualidade, 15 turmas do QT Rural e 20 turmas do Times de Excelência, o que totaliza cerca de 1.500 famílias.

Qual é a sua avaliação sobre o projeto nos últimos anos? Somente no ano passado, o pro-jeto absorveu investimentos da ordem de 1 milhão 173 mil reais. Sua expressão, entretanto, está nas mudanças e transformações oportunizadas ao público aten-dido que, em 2012, foi de aproxi-madamente 1.500 proprietários

Consolidado como maior programa para produtores rurais do país, o Projeto de Desenvolvimento de Empreendedores Ru-rais Cooperativistas formará, neste ano, cerca de 1.500 famí-lias de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

de estabelecimentos rurais. Em 15 anos, foram formados represen-tantes de cerca de 23 mil proprie-dades rurais por meio do projeto no grande Oeste do Estado. Per-cebemos que o programa tem sido fundamental para elevar a compe-titividade das propriedades ru-rais, afinal, após participarem dos programas, os produtores passam a ter visão da propriedade, per-cebendo outros aspectos que vão além da produção e, com isso, têm condições de consolidar as áreas administrativa e financeira. Hoje, a nossa região é um dos maiores exemplos do país quando o as-sunto é qualidade rural.

Qual o objetivo do Prêmio aury Luiz Bo-danese?O objetivo é reconhecer o desem-penho das famílias que adotaram práticas diferenciadas, melhoran-do a qualidade de vida e a renda da empresa rural sem agredir o meio ambiente.

Quais são os critérios para participar desse prêmio?O reconhecimento é destinado aos produtores rurais que concluíram o programa Qualidade Total Rural – um dos treinamentos que in-tegram o Projeto de Desenvolvi-mento de Empreendedores Rurais Cooperativistas. Para participar é necessário ter ingressado na atividade antes de dezembro de 2005, ter domicílio fiscal na área de abrangência da cooperativa, comprovar regularidade fiscal e fazer parte de cooperativa filiada à Coopercentral.

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34 > êxito abril/maio 2013

SAÚDE

ANSIEDADE: NOrmAl OU PATOlÓgICA?

O transtorno de ansiedade caracte-riza-se por um conjunto de sintomas físicos e psicológicos que causam in-terferência na rotina do indivíduo. A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade pa-tológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estí-mulo do momento ou não. Os trans-tornos ansiosos são quadros clínicos em que esses sintomas são primá-rios, ou seja, não são derivados de outras condições psiquiátricas como as depressões, psicoses, entre outras.

Elementos comuns nas definições do conceito “ansiedade” apontam para um estado que envolve um sentimento vago e desagradável de medo, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo referente ao desconhecido, podendo ser acompanhada de sin-tomas físicos como manifestações musculares, taquicardia, hiperven-tilação, sensações de afogamento ou sufocamento, sudorese, dores e tremores, redução na eficiência comportamental, decréscimo em habilidades sociais, dificuldade de concentração, respostas de esquiva e/ou fuga (o que sugere expectati-va e controle por eventos futuros), relatos verbais de estados internos desagradáveis, como angústia, apre-ensão, medo, insegurança, mal-estar indefinido, etc.

É importante salientar, conforme bem destaca Caballo (2003, p. 212),

A ansiedade deve ser considerada como uma reação natural e necessária ao corpo, no entanto, quando em excesso, traz consequências comprometedoras para a vida do indivíduo. Neste caso, ela passa de reação natural a transtorno.

que a preocupação tem que ser “de difícil controle e produzir uma dete-rioração ou mal-estar significativos em áreas importantes do funciona-mento como exemplo a social e do trabalho”. O autor chama a atenção para o Transtorno de Ansiedade Ge-neralizada como um diagnóstico clí-nico adicional muito frequente nos casos de ansiedade.

Os pacientes com TAG normal-mente preocupam-se desproporcio-nadamente com o futuro e cometem vários erros de pensamento, como a catastrofização, criando imagens fortes o suficiente para induzir sin-tomas fisiológicos de ansiedade. Es-ses sintomas propiciam a inibição ou a interferência de suas estratégias de enfrentamento, levando o sujeito a subestimar seus recursos pessoais para lidar com as situações, consi-derando-as perigosas. Na distorção de acontecimentos inofensivos, o sujeito ansioso exagera no potencial de dano e tem pensamentos ou ima-gens recorrentes de prejuízo físico ou psicológico.

A Terapia Cognitivo-Compor-tamental vem sendo considerada a psicoterapia mais popular e eficiente para tratar a ansiedade. Ela consis-te basicamente em provocar uma mudança na maneira de perceber e raciocinar sobre o ambiente e es-pecificamente sobre o que causa a ansiedade e mudanças no compor-tamento ansioso. O método pode ter eficácia duradoura sobre os transtor-

nos ansiosos em geral. O seu princí-pio fundamental consiste em como os indivíduos percebem e proces-sam a realidade e como influenciará a maneira como eles se sentem e se comportam. Dessa forma, tem como objetivo reestruturar e corrigir pen-samentos distorcidos e colaborati-vamente desenvolver soluções prag-máticas para produzir mudança e melhorar os transtornos emocionais. Em alguns casos se torna necessário o tratamento com medicação, porém o uso deve ser cuidadosamente mo-nitorado por um médico, de prefe-rência um psiquiatra.

O sujeito ansioso exagera no potencial de dano e tem pensamentos

recorrentes de prejuízo

Regina Pinho GomigPsicóloga CRP-12/04579

Especialista em Terapia Cognitiva e Comportamento (TCC),

Mestre em Saúde ColetivaAv. Santa Terezinha, 243 - Sala 103,

Ed. Centro Profissional | Joaçaba-SC(49) 3522- 4406 | (49) 9104-0714

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Referências:Manual para o tratamento cognitivo-com-portamental dos transtornos psicológi-cos, de V.E. Caballo.Transtornos de ansiedade, de A.R. GL Cas-tillo, R. Recondo, F.R. Asbahr e G. G. Manfro.Classificação de transtornos mentais e de comportamento.Diretrizes diagnósticas e de tratamento para transtornos mentais em cuidados primários.Fundamentos, modelos conceituais, apli-cações e pesquisa da terapia cognitiva, de P. Knapp e A. T. Beck.Intervenção cognitivo-comportamental de ansiedade.

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abril/maio 2013 êxito > 35

SAÚDE

CérEbrO ADOlESCENTE

Lembro também que até pouco tempo não se tinha o conhecimen-to do que acontecia dentro do cére-bro humano. Atualmente, por meio de MRI (Ressonância Magnética do Cérebro) podemos ver e acompa-nhar o que neste ainda misterioso órgão humano, acontece.

Há pesquisas e descobertas das neurociências que evidenciam e explicam seu funcionamento e desenvolvimento. Um jovem de 13 anos, por exemplo, não tem apenas muito sono porque é “folgado”ou preguiçoso. Ele é sim mais preguiçoso porque muitas transformações estão ocorrendo em seu cérebro fazendo com que se produza hormônios e neu-rotransmissores que o levam a determinados comportamentos, pensamentos e sentimentos.

Entender o que se passa no cé-rebro adolescente é fundamental para orientá-lo e educá-lo.

Não é porque seu cérebro apre-senta uma estrutura chamada amígdala, que está aumentada e mais ativa nesta fase, e é respon-sável pelas reações mais emocio-nais em detrimento das reações mais racionais, que devemos permitir que o jovem não acorde para a primeira aula porque ficou na internet até altas madrugadas.

É possível explicar esse com-portamento por meio de pelo menos duas regiões cerebrais, que estão mais em evidência nesta fase etária. Uma delas, que faz parte do sistema límbico - re-gião responsável pelas emoções dentre outros. A outra região é chamada de região Pré-frontal.

A primeira área é onde se pro-

Há controvérsias sobre a fase da adolescência. É um fenôme-no moderno ou faz parte da ontologia neurobiológica?Para os que concordam com a primeira afirmação, lembro uma pas-sagem da peça de Shakespeare, onde há mais de 400 anos já se especificava uma fase especial entre 10 e 23 anos.

cessam as emoções, onde se dá o sentimento da recompensa. Por isso a busca desenfreada pelo prazer é sempre prioritária para eles. Esta região sub cor-tical está bem mais aumentada nesta fase etária, e é a região que ajuda a consolidar a memória e os impactos sociais. Processa as emoções fortes, tais como alte-rações de humor, agressividade e comportamentos sociais mais gregários.

Já o Pré-frontal, região que só termina de amadurecer por volta dos 30 anos, é onde se processa o controle mais racional de im-pulsos, a flexibilidade mental, motivação, tomadas de decisões e as adições. Como esta área ainda não está pronta ela fica mais ávida por buscar excitação e novidades em detrimento de se controlar diante de algo que foi ponderado. Isto quem faz é o cérebro de um adulto.

“A educação molda o cérebro adolescente”, diz a neurocientista Sarah- Jayme B. Ao adulto cabe, então, a orientação, os limites. Cabe o “pensar junto”, cabem explicações, a busca pela infor-mação competente e os “nãos”. Cabe a compreensão e a tolerân-cia, mas não a permissividade ou a intransigência e intolerância.

Adolescência é uma fase rica de possibilidades que pode preceder um adulto saudável e feliz.

Adriana FózEducadora, Psicopedagoga

e Neuropsicóloga.Consultora e autora de livros.

Cirurgião-Dentista CRO - SC 6830

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36 > êxito abril/maio 2013

SAÚDE

Mães e pais que mentem e tra-mam com o intuito de afastar o filho do ex-parceiro sempre exis-tiram. A diferença é que a Sín-drome de Alienação Parental tem aparecido cada vez mais nos pro-cessos de disputa pela guarda dos filhos nos tribunais do país, fato que não acontecia antigamente, ganhando notoriedade da popu-lação e até mesmo sendo abordado em novelas.

A Síndrome de Alienação Parental (SAP) foi um termo cria-do por Richard Gardner, em 1985, para designar a circuns-tância em que o pai ou a mãe de uma criança a incita a rom-per os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de temor e ansiedade em relação ao mesmo.

dizer que deixou de trabalhar para ficar o dia com ele, sendo que o outro genitor não faz esse tipo de coisa. Em casos extremos, mas não tão raros, o alienador es-timula a criança a acreditar que sofreu abuso sexual ou maus tra-tos quando menor, sendo uma das formas mais eficazes para afastar os filhos dos antigos parceiros. O pai ou a mãe que usa desse artifí-cio sabe que o juiz irá, ao menos

dos filhos ficam com a mãe quan-do há divórcio, por isso a prática da alienação é mais comum entre as mulheres. Porém, é importante deixar claro que a alienação pa-rental pode vir de outros mem-bros da família, não apenas dos pais, por isso da palavra parental estar presente no termo. “Ás vezes o casal é bem resolvido e procura ter uma relação amigável para não prejudicar emocionalmente o fi-lho. O problema é quando outros membros da família não sabem li-dar com essa situação e começam a falar mal de um dos genitores. Os avós geralmente estão em se-gundo lugar no uso da alienação parental”, relata.

Os indícios de que está haven-do esse tipo de conduta são facil-mente identificáveis, pois os pais não fazem questão de esconder. A psicóloga fala que “geralmente os alienadores falam abertamente so-bre o assunto, sempre se colocan-do como vítima da situação e pon-do o ex-cônjuge como o vilão da história. O fato do alienador não conseguir lidar com a rejeição faz com que ele apele para essa prática como forma de punir o outro”.

A criança que está exposta à alienação parental tem um baixo desenvolvimento cognitivo, mui-ta dificuldade em se socializar e, além disso, a agressividade tam-bém passa a fazer parte da vida dela. “Como dentro de casa ela tem uma pessoa que a pune emo-cionalmente, ela entende que o vínculo afetivo não é algo bom, e isso pode vir interferir em relacio-namentos futuros”, conta Luciana.

Para pais e familiares que prati-cam alienação parental, foi criada uma lei federal em 2010, que visa proteger as crianças e adolescen-tes desse tipo de trauma. Se a alienação for comprovada, o juiz, primeiramente, adverte o pai ou a mãe que está alienando. Depois ele pode indicar um acompanhamen-to terapêutico, e por último, pode aplicar a penalidade mais grave, que é inverter a guarda da criança.

A criança, muitas vezes, abre mão do seu direito de viver uma relação

saudável com os pais

As ocorrências mais frequen-tes da SAP estão ligadas a situa-ções onde o casal se divorcia, e um dos genitores utiliza o filho como instrumento de vingança direcionado ao ex-cônjuge. Para a psicóloga Luciana Bodanese, de Videira (SC), ”a alienação é toda forma que os alienadores encon-tram para deturpar o modo como o filho vê o outro genitor, onde tentam colocar um contra o outro. O problema é que a criança, ou o adolescente, não sabe como lidar com a situação e fica sem um jul-gamento correto”.

Os artifícios mais utilizados pelos alienadores são dificultar o contato com o ex-parceiro, inven-tar mentiras, tentando comprar os filhos financeiramente e emo-cionalmente, como por exemplo

por tempo limitado, interromper o contato da criança com o acu-sado até a investigação - que é complexa - ser concluída. Tempo suficiente para que os laços afe-tivos, entre genitor e filho, sejam dilacerados. “O sentimento de di-visão em que a criança é colocada, o fato de não saber qual dos pais ela deve agradar, acaba a deixando perdida, e na maioria dos casos ela acaba escolhendo um lado, abrindo mão do seu direito de viver uma relação saudável com os dois pais”, explica a psicóloga.

O que faz alguém ter esse tipo de atitude com o próprio filho? Na maioria das vezes a pessoa não se conforma com o fim do casamento ou não aceita que o outro tenha um novo companheiro. No Brasil, de acordo com pesquisas, 90%

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abril/maio 2013 êxito > 37

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38 > êxito abril/maio 2013

SAÚDE

vIDEOgAmE:CUlPADO OU INOCENTE?

Ano após ano, os videogames têm surpreendido e conquistado cada vez mais fãs com seus con-soles altamente desenvolvidos, gráficos super realistas e jogos para todos os gostos. Porém, ainda há quem duvide dos seus benefícios à saúde. A psicopedagoga Marle-ne Gonzatto, de Videira (SC), fala que “os benefícios do videogame estão ligados diretamente com o tempo que a criança joga e com o tipo do jogo escolhido. Existem diversos tipos de jogos e cada um deles melhora determinadas áreas do cérebro, por isso o ideal é diver-

sificar os games, e não ficar somen-te em um”. Os jogos de ação, por exemplo, melhoram a capacidade de rastrear objetos em um curto espaço de tempo, já os jogos que exigem combinações entre objetos semelhantes melhoram a atuação em testes de memória. Já não há dúvidas que jogar estimula a capa-cidade de resolver problemas, lidar com perdas e erros, e, se jogados com mais pessoas, também ajuda a desenvolver a capacidade de so-cialização. “Hoje em dia, a criança tem o hábito de jogar videogame sozinha, o que pode se tornar um problema, pois isso faz com que ela perca a capacidade de se relacionar

O videogame sempre foi julgado culpado por vários proble-mas de saúde, desde a obesidade e isolamento, até a agres-sividade, mas atualmente, pesquisas recentes o inocentam dessa culpa e mostram que certos jogos podem ser muito benéficos para a saúde.

com outros seres humanos, não sa-ber lidar com derrotas e vitórias, e essas atitudes irão se refletir dire-tamente na vida social e profissio-nal dela”, alerta a psicopedagoga.

Outro fator que contribuiu para que o videogame fosse visto com bons olhos, foi o novo modo de in-teração entre jogador e máquina, que aconteceu devido ao avanço da tecnologia, onde sensores de mo-vimento possibilitam ser um joga-dor mais ativo, deixando para trás a imagem de um jogador sedentário. Jogos assim estimulam a coorde-nação motora, o equilíbrio e até

mesmo ajudam na boa forma. “Em cidades maiores é comum encon-trar nos shoppings, e até mesmo em academias, pessoas utilizando esse tipo de videogame como uma nova forma de se exercitar sem dei-xar de lado a diversão. Mesmo com todos esses benefícios, é impor-tante que os pais não deixem que essa seja a única forma de diversão do seu filho, e muito menos que seja a principal forma de atividade física”, explica Marlene Gonzatto.

Como tudo que é demais faz mal, não seria diferente com o videogame, que se jogado acima de duas horas por dia já pode se tornar maléfico para a saúde. Por

isso os pais precisam impor limi-tes quanto ao horário. “O mau uso das novas tecnologias tem deixado os profissionais da saúde cada vez mais preocupados, pois as crianças têm dormido muito menos do que o recomendado, que seriam de 10 a 12 horas de sono noturno. Muitas vezes os pais chegam cansados da jornada de trabalho e acabam não sabendo o que seus filhos têm feito para ocuparem o tempo, resultando em crianças indo para as escolas cansadas, com olheiras acentua-das por ficarem até tarde jogando ou conversando na internet”, diz Marlene.

Um ponto importante que a psi-copedagoga ressalta é que os pais acompanhem seus filhos durante esse tipo de atividade, pois des-sa forma é possível medir quais sentimentos são aflorados em de-corrência do jogo, se as crianças ficam mais calmas, mais agitadas ou nervosas. “É preciso estar em vigília constante quando se trata de crianças, pois como elas ainda não têm uma percepção formada podem trazer referências dos jo-gos para as suas vidas. Isso pode se tornar um problema quando o jogo é violento, podendo afetar negati-vamente as suas futuras relações pessoais e profissionais”, finaliza.

é preciso estar em vigília constante, pois crianças podem trazer referências

dos jogos para dentro de suas vidas.

ViDEOGAmE nA tErcEirA iDADEQuando se fala em jogos para

idosos, é comum as pessoas lem-brarem do baralho, xadrez, damas e outras atividades mais pacatas. Porém, os jogos eletrônicos têm conquistado o interesse de uma terceira idade mais moderna, que decidiu se entregar aos benefí-cios do videogame. “Quanto mais você estimular as áreas do cére-bro que você quase não utiliza, mais irá melhorar a sua saúde cognitiva e emocional. Além dis-so, o uso do videogame interativo na terceira idade pode ser uma boa alternativa para os tradicio-nais exercícios aeróbicos e dimi-nuir os sintomas da depressão”, explica a psicopedagoga.

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abril/maio 2013 êxito > 39

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE ÁGUA

Informações sobre a qualidade da água auxiliam preventivamente no controle microbiológico dos sistemas de armazenamento e permitem a verificação da conformidade aos padrões físico-químicos e microbiológicos requeridos pela Legislação vigente. O Laboratório Bio Saúde, utilizando métodos oficiais reconhecidos internacionalmente, verifica a qualidade da água para fins de controle de armazenamento e padrão de potabilidade, fundamental para a prevenção de doenças e promoção da saúde.Através de tecnologia avançada, e seguindo normas do Ministério da Saúde, o laboratório monitora a qualidade da água de poços, fontes, rios, lagos e água de abastecimento público; bem como de locais que armazenam água potável para fins de abastecimento, utilizando reservatórios, bebedouros, caixas e cisternas.

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40 > êxito abril/maio 2013

SAÚDE

CrIANÇAS COm DOENÇAS DE ADUlTOS

O exagero na alimentação virou regra. É só pararmos para pensar e perceber que o saquinho de pipocas virou um balde, garrafas de refrige-rantes aumentam de tamanho a cada dia, e até mesmo os lanches ganham andares e mais andares. O resultado dessa perigosa engenharia gastronô-mica tem se refletido na saúde das crianças que frequentemente têm adquirido doenças de adultos como hipertensão e diabetes.

A nutricionista Mariana Otto, de Videira (SC), explica que como atualmente as crianças têm mui-to mais acesso às comidas tipo fast food e que a maioria dos pais,

Antigamente, as reclamações vindas das crianças eram sobre arranhões no joelho, dor de barriga ou de dente. Hoje em dia, de acordo com especialistas na área da saúde, elas foram substituídas por doenças bem mais sérias como diabetes e hipertensão.

nhem a alimentação dos seus filhos e os levem regularmente ao médi-co para que se possa fazer a pre-venção. “Os sintomas do diabetes mais comum são a sede frequente e a vontade de ir ao banheiro vá-rias vezes. Já os sintomas da hi-pertensão são ainda mais difíceis de detectar. Geralmente a doença é descoberta ao acaso, em exames de rotina. Entretanto, dor de cabeça e cansaço podem estar associados à hipertensão”, explica Mariana.

Um engano recorrente é acredi-tar que crianças magras estão li-vres de apresentar um quadro de hipertensão. A nutricionista alerta

A maioria dos pais, devido a rotina corrida, não tem o hábito de preparar

uma refeição saudável

que além dos fatores hereditários, crianças magras ou com o peso adequado podem comer pouco, mas comer de forma errada. “Ali-mentos como enlatados, embuti-dos, temperos e sopas prontas, e até mesmo o refrigerante, possuem grande quantidade de sódio, mine-ral que está envolvido na elevação da pressão arterial.”

Uma das grandes dificuldades que os pais enfrentam na preven-ção dessas doenças, durante a fase da infância e da adolescência, é fazer com que os filhos entendam os riscos que correm devido a uma vida sedentária e com maus hábitos alimentares. “A criança não conse-gue fazer essa mudança alimentar D’pil Videira | 49 3566-0236

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devido a rotina corrida, não tem o hábito de preparar alimentos inte-grais nem uma variedade de vege-tais e legumes nas refeições, isso acaba gerando uma alimentação desequilibrada em macro e mi-cronutrientes, sendo um convite para o diabetes tipo 2. “É preciso que os pais fiquem não só atentos aos alimentos que contêm açúca-res – refrigerantes e doces –, mas que também cuidem da quantidade ingerida de carboidratos simples, que possuem uma rápida absorção, como arroz branco, batata e massas brancas”, aconselha.

Doenças como a hipertensão e o diabetes são silenciosas, por isso é fundamental que os pais acompa-

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Videira . SC . 49 3566.0576

sozinha, por isso é essencial que os pais, junto dos profissionais da saúde, expliquem a importância de uma alimentação saudável e quais são os problemas que a criança po-derá ter caso não se cuide. Porém, é necessário que a família leve a sério essa reeducação alimentar e se adapte às novas condições ali-mentares junto com os filhos, caso contrário à adesão a nova dieta por parte da criança será muito mais difícil”, ressalta a nutricionista.

Para a profissional, um dos maio-res erros que os pais cometem é forçar os seus filhos a comerem contra vontade. Esse tipo de atitu-de só faz com que a refeição seja traumática para a criança e faz com que ela crie uma maior aversão aos alimentos mais saudáveis. Segundo Mariana, “o ideal é sempre oferecer primeiramente, depois estimular a alimentação com pratos lúdicos e divertidos e lembrar sempre que quanto mais colorido, mais saudá-vel é o prato, pois possui uma maior variedade de minerais, vitaminas e princípios bioativos que dão a pig-mentação diferente ao alimento. Dessa maneira fica mais fácil des-pertar a atenção da criança e tornar a refeição prazerosa”. Outra maneira de criar interesse é levá-los ao mer-cado, mostrar cada verdura, legume e fruta, e explicar porque cada uma delas faz bem para a saúde. Para quem quiser ousar, a dica é convi-dar a criança para ajudar na hora de preparar a refeição, isso faz com que ela tenha contato com os alimentos e queira prová-los mais facilmente. Porém, sempre lembrando que, com crianças na cozinha a atenção deve ser redobrada.

Com a vida em um ritmo cada vez mais acelerado, muitos pais fazem da sua cozinha um verdadeiro fast food. “A falta de tempo para prepa-rar uma refeição saudável é sempre uma questão muito discutida no dia a dia com os pacientes no consultó-rio. Muitas vezes a família não pos-sui uma alimentação adequada, por isso fica complicado cobrar dos fi-lhos bons hábitos alimentares”, diz

a nutricionista. O resultado disso é exatamente o que tem mostrado os atuais dados do país, números alar-mantes de crianças com doenças de adultos. Junto da má alimentação vem o sedentarismo. As crianças já não brincam como antigamente, preferem passar horas sentadas na frente da TV ou de um videogame. “Seria interessante uma parceria entre pais e escolas, na qual esta última estimulasse as crianças com atividades físicas e até mesmo in-serisse na sua grade curricular uma matéria sobre educação alimentar. Isso facilitaria muito o processo de conscientização desses hábitos saudáveis”, finaliza.

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Recentemente as duas empresas anunciaram uma parceria para o desenvolvimento de um novo navegador, chamado Servo. A intenção das empresas é criar um programa capaz de oferecer um melhor uso dos processadores atuais e mais potentes para facilitar a execução de aplicativos complexos.O projeto usará a linguagem de programação Rust, a qual deverá preencher vários nichos ocupados hoje pela C++, mas de forma mais eficiente e com maior controle sobre o hardware. Para alcançar o sucesso, as empresas decidiram investir na integração total do Servo com o hardware de dispositivos como smartphones e computadores pessoais.

Fonte: www.veja.abril.com.br/noticia

TEcNOLOgIA

APARELHo CELULAR CoMPLETA 40 ANoS dE VidA

No dia 4 de abril o telefone celular completou quatro décadas. A primeira ligação foi através de um aparelho de comunicação por ondas eletromagnéticas, que foi realizada pelo engenheiro Martin Cooper, em 1973, na cidade de Nova York. Na ocasião, Cooper ligou para seu principal rival, o também engenheiro Joel Engel, líder da equipe de pesquisas da empresa Bell Labs. Esse aparelho era um protótipo do que viria a ser o Motorola DynaTAC. Hoje esse celular custaria entorno de 8.000 dólares, uma fortuna se comparado ao preço do iPhone 5, encontrado no mercado americano por cerca de 600 dólares.

Fonte: www.veja.abril.com.br/noticia

MERCAdo diGiTAL CRESCEU 32% EM 2012A IAB, principal órgão representativo do segmento digital interativo brasileiro, aponta que o mercado publicitário na internet se consolidou como o segundo maior meio em participação no bolo publicitário, ficando atrás da TV. A estimativa é que o investimento em publicidade online cresça os mesmos 32% em 2013, o que representará R$ 6 bilhões em compra de mídia projetada para este ano. A publicidade digital oferece aos anunciantes alta efetividade, aliada a ferramentas de mensuração muito poderosas, isso faz com que os investimentos do offline migrem para o online.

Fonte: www.exame.abril.com.br/marketing

VÍRUS No FACEBook SE ESPALHA

As publicações divulgadas contêm promoções, marcações ou escândalos falsos, alguns já utilizados em golpes anteriores. Quem clicar nos links pode ser solicitado a informar dados pessoais, como nome, e-mail e CPF, ou a instalar pragas digitais.A fraude tenta convencer o usuário a baixar um software, alegando que é necessário instalá-lo para ver o conteúdo prometido. A informação é falsa, pois o programa é um vírus que, se instalado, pode vir a roubar senhas de banco e instalar extensões em navegadores web, que ficarão sob o comando dos criminosos para divulgar novas fraudes futuramente.O Facebook já está bloqueando as páginas com fraudes e removendo as publicações.

Fonte: www.g1.globo.com/tecnologia

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O Método Kumon teve sua origem no Japão no ano de 1954 e desde então vem se expandindo em todos os continentes, estando presente em mais de 47 países. São mais de 4,5 milhões de alunos se desenvolvendo e capacitando por meio de um método de ensino individualizado que oferece os cursos de Matemática, Português e Inglês. O grande objetivo da metodologia Kumon é, por meio de um material auto- instrutivo, formar alunos autodidatas, que aprendam por si só. Desenvolvendo uma capacidade analítica, concentração e respeitando a aptidão de estudo e o ritmo de aprendizagem de cada aluno, pode-se avançar além do currículo escolar. Buscar conhecimento de forma autônoma e independente são habili-dades trabalhadas ao longo do curso que propiciarão aos alunos um desen-volvimento cada vez maior, não só nos estudos mas em todos os âmbitos. Para que tudo isto aconteça é necessário uma orientação individualizada além de um material exclusivo disponível nas unidades da rede de franquias Kumon.Desenvolver hábitos saudáveis como hábito de estudos, concentração, disci-plina, organização, agilidade, gosto pela leitura, determinação e capacida-de de superar obstáculos, são características trabalhadas por meio de uma rotina de aula que levará o aluno ao máximo desenvolvimento acreditando que o potencial do ser humano é ilimitado.

Formar pessoas que sejam capazes de realizar sonhos, fazer a diferença na sociedade e transformar vidas é nosso compromisso!

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46 > êxito abril/maio 2013

ImPOSTOS QUE vAlEm A PENA

A Escola de Música de Videira está prestes a erguer seus pri-meiros pilares. O projeto da Associação Videira Música Viva, que educa crianças e jovens incentivando a expressão cultural do município, visa a construção da escola como sede para as aulas de mais de 20 tipos de instrumentos, teoria musical e canto coral, além de abrigar os instrumentos.

Pouco se ouvia falar sobre a produ-ção musical videirense antes de 1995, ano da criação da Associação Videira Música Viva. Os rumores correram no ano anterior. Eles falavam sobre a diretora de cultura Wladmar Gold-bach, que havia pedido ajuda ao mú-sico videirense Walter Luiz Alves da Silva, radicado na Suíça há 30 anos, cantor e maestro, para incentivar a expressão cultural musical em Vi-deira. O projeto “Semeando Arte”, a reativação da banda municipal Sol--Lá-Si, única expressão musical do município na época, e a contratação de um maestro alimentaram o solo em que se enraizaram diversos proje-tos como a Camerata e as Orquestras Sinfônicas de Cordas, de Flautas e de Violão, e os corais.

Wladmar lembra que o início foi repleto de dificuldades, pois “as con-

ESPEcIAL

foi só a partir de 2001 que passamos a selecionar alunos para estudar

música na Suíça

dições de aprendizagem eram restri-tas e os instrumentos que tínhamos eram de má qualidade”. Mas aquele cenário mudaria mais cedo do que ela poderia imaginar, já que Luiz con-vidou um grupo de amigos músicos e iniciou uma campanha na Suíça para arrecadação de instrumentos usados que seriam emprestados aos alunos de Videira. A partir da parceria foi possível descentralizar as oficinas de artes disponíveis na cidade e levá-las para os bairros. “Em 1995 surgiram

ral e a análise do terreno, mas ainda temos um grande caminho pela fren-te”, diz o maestro.

O ambiente será totalmente ade-quado ao ensino da música. Com-posta por salas de ensaio, salas de aula e fonoteca, o local construído com a acústica, iluminação e aces-sibilidade necessárias para tal fim, abrigará os mais de 500 instrumen-tos doados pela Associação Suíça e será a casa da Orquestra Sinfônica, Camerata, Corais e Bandas já exis-

outras instituições fundamentais para tornar nosso sonho viável, como a Associação Videirense para a Educação do Talento (AVET), criada pelos pais dos alunos, e a Associação Suíça em prol do conservatório de música de Videira. Mas foi só a partir de 2001 que passamos a selecionar alunos para estudar música na Suí-ça”, diz Wladmar.

Embora a música videirense te-nha dado um grande salto, ainda são necessários investimentos para a construção da Escola, que coroará o trabalho de quase 20 anos promovi-do em parceria entre a AVMV, Asso-ciação Suíça e Prefeitura Municipal. Segundo Luiz, uma parte importante do projeto já foi desenvolvido com verbas provenientes da Associação Suíça. “Já conseguimos pagar o pro-jeto arquitetônico, o projeto estrutu-

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tentes na cidade. Tudo isso somado à gratuidade das aulas e uso de ins-trumentos. “A Escola será construí-da no terreno doado pela Prefeitura Municipal em frente à Igreja Matriz, numa área de mais de 550m². A área superior externa da construção ser-virá como mirante para a população e palco para apresentações ao ar livre. Isso prova que, além de ser um local apropriado para o estudo da música, ele será também um ponto turístico para a cidade”, explica Wladmar.

Uma etapa importante do projeto de construção teve início em 2011 com a elaboração de uma proposta de patrocínio enviada ao Ministério da Cultura através da Lei de Incentivo à Cultura. De acordo com Francini Lira de Oliveira, da DonnaVarel Pro-duções, empresa que desenvolveu a proposta de patrocínio em nome da Associação e será o contato para efetivar a captação de recursos em Videira e região, a proposta aprovada pelo Governo Federal e publicada no Diário Oficial da União, de 19 de ou-tubro de 2012, permitiu que a AVMV iniciasse a captação de recursos jun-to ao empresariado e comunidade. “A Associação precisa arrecadar o montante de R$ 2,3 milhões em um prazo de dois anos. Para tanto, ela conta com três polos de captação de recursos sendo um em Videira, um em São Paulo e o último no Rio de Janeiro”, explica Francini.

Os valores captados serão desti-nados exclusivamente à construção da Escola, depositados em conta corrente aberta e monitorada pelo Ministério da Cultura com absoluta transparência e controle. Toda pes-soa ou empresa que declare Imposto de Renda pode se tornar um doador ou patrocinador da construção da Escola mediante o enquadramento em uma das modalidades de parti-cipação. Francini esclarece que para cada doação e patrocínio, a AVMV gera um documento chamado Me-cenato que é entregue ao doador/patrocinador. Este, por sua vez, deve agregar o recibo à documentação ao efetuar sua declaração de IR e obter os abatimentos relacionados.

DOAÇÃOA empresa faz uma doação do valor desejado, não tem seu nome divulgado no projeto e poderá deduzir do imposto de renda 40% sobre o limite de 4% do total de impostos devido.

PATROCÍNIOA empresa patrocinadora tem seu nome divulgado nas ações de comunicação do projeto e pode deduzir 30% do valor doado sobre o limite de 4% do total de impostos devido.

1 - Pessoa Jurídica:

2 - Pessoa física:

DOAÇÃOA pessoa faz uma doação do valor desejado, não tem seu nome divulgado no projeto e poderá deduzir do imposto de renda 80% sobre o limite de 4% do total de impostos devido.

PATROCÍNIOA pessoa patrocinadora tem seu nome divulgado nas ações de comunicação do projeto e pode deduzir 60% do valor doado sobre o limite de 4% do total de impostos devido.

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OPINIÃO

Adgar Bittencourt

AH... Um fIODE ESPErANÇA!

Faz mais de 60 dias que o meu filho Alencar, médico e DJ, sofreu uma parada respiratória, sem tempo conhecido. Foi arrancado da morte iminente pelo empenho e compe-tência dos seus colegas médicos do Hospital Universitário Santa Terezi-nha. Quando o seu coração voltou a bater, em consequência dos procedi-mentos de ressuscitação - na minha presença - tive a certeza de que, pelas mãos dos anjos comandados pelo Dr. Gabriel, o próprio Deus o estava de-volvendo para mim com uma missão desconhecida, porém evidente.

Desde então, o tempo passa rapi-damente. Cruzamos juntos os des-filadeiros da morte cerebral. Respi-ramos por aparelhos sofisticados da UTI, por mais de mês; enfrentamos a neurocirurgia de alto risco para a

A cada tomografia, novas avalia-ções e sombrios prognósticos. Re-cebíamos, com resignação, as opi-niões abalizadas dos neurologistas, cirurgiões, intensivistas. Demos carta branca aos médicos para que conduzissem o retorno do Alencar, segundo a ciência e seus conceitos. Com a cirurgia craniana, ainda em andamento, os pulmões acabaram tomados por pneumonia, coloniza-dos por bactéria multirresistente, a pseudomona. Por pouco, todo o es-forço dos campeões da nova clínica médica do “Santa” não se perdeu. Mas..., o Alencar resistiu; a febre baixou a um grau tolerável. Veio a primeira vitória, ainda, na UTI: o Ale respira sem aparelhos. Outras mui-tas foram se sucedendo. Era preciso protegê-lo das infecções. O consen-

magem; mil telefonemas; sugestões variadas. Nova cirurgia para a repo-sição das calotas ósseas. Sucesso: “o doutor fantástico passou a ser o Ale novamente”! Atrás de sua cabeceira formava-se, pouco a pouco, um altar com múltiplas manifestações das crenças de seus amigos. De minha parte permanecia um agnóstico, quando muito, um cristão relaxado. Observo, no entanto, que a solida-riedade das pessoas é, sem dúvida, o melhor linimento para as feridas do coração do Ale, de seu pai, de sua mãe e de todos os familiares que vivem o dia a dia de sua tragédia. Recebi uma relíquia do Frei Bruno. Acompanhei a procissão a pé. Vou todo ano. Ofereci ao santo frei as dores e o sacrifício do Ale e da fa-mília no ofertório da missa. Rezei o “Pai Nosso” de mãos dadas com a comunidade. Lembrei-me da sabe-doria popular: “a espiritualidade nos busca por amor ou pela dor”. Porém, não precisava doer tanto. Não con-sigo aceitar um Deus cruel!

Faz 62 dias que o Alencar apagou. Viaja em outro patamar. Talvez o da purificação e do resgate. Estou só no meu escritório no HUST. Passam das 18 horas. Entra o Dr. Gabriel. “Fiz questão de vir lhe trazer a boa no-tícia: mudei a “tráqueo” do Alencar por artefato metálico. Chamei-o pelo nome em voz bem alta e, por duas vezes, ele respondeu: ah, ah... Fica-mos os dois em silêncio por alguns instantes. Eram dois agnósticos com um só pensamento: “graças a Deus” e nada mais dissemos!

Adgar BittencourtEscritor e membro da ACO -

Academia Catarinense de [email protected]

Eram dois agnósticos com um só pensamento: graças a

Deus

so da medicina dizia: vamos isolá-lo em outro ambiente e cuidar dele 24 horas por dia. Mais um acerto.

Começou a rotina mais cruel: a vez da família. Os dias foram se alongando. Uma sucessão de pro-cedimentos intensivos de fisiotera-pia, aspiração, análises laboratoriais; mobilização das pessoas que amam o Ale acima das relações familiares; abnegação dos técnicos em enfer-

retirada bilateral da calota craniana e descompressão do cérebro incha-do, comprometido pelos efeitos da inflamação dos tecidos nobres de comando de suas ações voluntárias e involuntárias. Os ossos retirados do Alencar, com a maestria dos ci-rurgiões do HUST, acabaram aco-modados no abdômen para, após a desinflamação cerebral, retornarem aos seus lugares.

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52 > êxito abril/maio 2013

DORIVALBORGA

ASSISTêNCIA gErA DEPENDêNCIA

Quando ouvimos falar em as-sistencialismo, num primeiro momento (como é natural no ser humano) pensamos no lado po-sitivo, pois fazemos uma relação ao bem que isso proporciona a quem é assistido. Porém, não podemos nos iludir e achar que o assistencialismo é inteiramen-te benéfico para a sociedade, já que ele convenciona as pessoas assistidas a terem uma depen-dência e ficarem cada vez mais

vemos é o contrário disso tudo. A sociedade se tornou cada vez mais alienada na facilidade e dei-xou de lado o verdadeiro sentido da vida. Tudo isso motivado pela substituição (errônea) dos valo-res humanos. Em consequência, construímos uma nova socie-dade. Estamos incorrendo em custos absurdos e nos transfor-mando mais pobres de iniciativa e de vontade de vencer. Motiva-dos pelo assistencialismo, vemos

falhas nos sistemas de Saúde e da Previdência Social, retirando grande número de trabalhadores da ativa para torná-los inativos por longos e duradouros perío-dos, sem nenhum sistema de acompanhamento de assistência social e ações de recuperação da saúde capazes de devolvê-los ao mercado de trabalho, num perío-do menor.

De certa forma, somos todos culpados por tudo isso. Nós tam-bém alimentamos esse modelo ao aceitar conviver com ações ab-surdas como tratar pessoas como carentes quando não são ou dan-do oportunidade para que pes-soas capazes se tornem incapazes atribuindo-lhes condições para que se beneficiem dos atrativos do assistencialismo. Precisamos condenar essas ações. Os efeitos dessas práticas tornam a socie-dade cada vez mais dependente.

Sobre estas verdadeiras aber-rações, vemos poucas ações. Será que ninguém percebe? Será que esse é o modelo que queremos para nosso país? Até quando va-mos aceitar essas práticas? Até quando podemos absorver es-ses custos? Cabe a cada um de nós praticar um verdadeiro ge-renciamento dos custos sociais, basta nos posicionarmos como verdadeiros agentes de mudanças frente a estas práticas abusivas e desvirtuadas de seus objetivos.

Dorival Carlos Borga

Proprietário da 3 Marias Agronegócios. Empresário, administrador de empresas. Especialização em

Administração e Gestão, modalidade MBA pela USP

muito profissionais abrirem mão da construção e do desenvolvi-mento de uma carreira profis-sional pelas sobras oferecidas através de uma bolsa, benefícios previdenciários ou mesmo seguro desemprego.

Constantemente nos posicio-namos como críticos do atual sistema tributário, reclamamos dos altos custos com encargos sociais incidentes sobre as folhas de pagamento, mas somos inca-pazes de perceber que os maio-res custos são gerados justamen-te pelo modelo assistencialista. Raramente paramos para analisar e quantificar o quanto represen-tam os custos provocados pelas

vinculadas ao auxílio concedido, desencorajando-se a buscar a so-lução de suas necessidades por suas próprias forças. Em decor-rência desse modelo, a sociedade parece estar cada vez mais de-pendente, acomodada, sem ação, sem pró-atividade e fica refém de uma política que subestima a ca-pacidade do ser humano crescer e vencer os desafios que a vida proporciona.

Convido você a fazer uma aná-lise crítica. Os princípios e va-lores dos nossos antepassados, baseados nas conquistas pela luta e muito trabalho, se perderam. A vida tinha um sentido diferen-te: um sentido de vitória. O que

Até quando vamos aceitar essas práticas? Até quando podemos

absorver esses custos?

OPINIÃO

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54 > êxito abril/maio 2013

MARCOSBeDIn

POSTUlADOSDA ImPrENSA

O Estado democrático de direi-to, a defesa da dignidade da pessoa humana, o pluralismo político e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são postulados da impren-sa livre. Consolida-se em todo o país o crescimento da mídia regional. Para surpresa geral, as pesquisas compro-varam que a globalização não mata as regionalidades, ao contrário, con-tribui para sua revalorização. Trata--se de um fenômeno empresarial e comunicacional que se consolida em todo o país através do fortalecimento dos meios de comunicação de massa (MCM) de atuação, cobertura e cir-culação regional, em áreas territo-riais definidas por critério geopolíti-cos, características culturais ou pela natureza da ocupação econômica.

Uma série de fatores, entre eles a dimensão continental do Brasil e os graves desafios logísticos decor-rentes, produziram a diminuição da importância relativa dos veículos nacionais, especialmente os editados no eixo Rio - São Paulo. Hodierna-mente, com exceção das redes na-cionais de TV que operam em canais abertos e das revistas semanais de informação, o status de veículo na-cional ficou restrito a algumas pou-cas publicações especializadas.

Provavelmente, os meios que ope-

ram em nível local obtêm sucesso porque trabalham as dimensões de pertencimento e proximidade, de singularidade da história, costu-mes e valores locais. Para atender a essas demandas locorregionas, há cerca de duas décadas começaram a surgir empresas jornalísticas de pequeno, médio e grande portes em todas as regiões do hinterland bra-sileiro. Emissoras de rádio e de TV, jornais e revistas com foco em mer-cados territorialmente definidos e marcados por estratégias empre-sariais bem orientadas passaram a oferecer um produto ausente na mídia nacional: notícias da multi-facetada atualidade regional.

Sem necessitar de outorga do Estado, como ocorre com a radio-difusão, e abrigados na liberdade de empreendimento, as empresas edi-toras de jornais foram as que maior inovação e contribuição deram a esse fenômeno. Chapecó é um exemplo emblemático desse fenômeno ao conquistar a condição de segundo maior polo de comunicação social de Santa Catarina, status corrobo-rado pelo número de profissionais dedicados às profissões do amplo espectro da comunicação e, final-mente, pelo movimento econômico que essas empresas registram.

O Oeste catarinense é, hoje, um paradigma nacional porque aqui se faz a melhor imprensa regional do país. Temos os dois elementos es-senciais que alicerçam este suces-so: talento e equipamento. Talento, em forma de editores, redatores, repórteres, fotógrafos e cinegra-fistas, empresários e empreende-dores que colocam sua inteligência e criatividade a serviço da comu-nicação de qualidade. Equipamento em forma de máquinas, estrutura de suporte técnico, processos e sistemas de dados, de impressão, de transmissão que materializam o produto grafojornalístico.

A privilegiada posição de polo que o Oeste desfruta na esfera nacional deve-se em muito ao papel de seus meios de comunicação. Quando o Poder Executivo fracassa, o Judi-ciário claudica e o Legislativo não compreende a extensão e comple-xidade dos fenômenos sociais, resta ao cidadão recorrer à imprensa que faz ecoar reivindicações e denúncias, clamores e apelos sempre orientada pelo senso de equidade.

A história mostrou até aqui que o surgimento de uma nova mídia não solapou as existentes. O jornalismo impresso sobreviverá, reciclar-se-á e conviverá com as novas mídias, em-bora o advento das mídias digitais – em especial os produtos midiáticos ancorados na internet – esteja na proa das revoluções comunicacio-nais contemporâneas.

Marcos A. BedinJornalista, diretor regional Oeste

da Associação Catarinense de Imprensa (ACI).

Diretor da MB Comunicação.

O Oeste catarinense é, hoje, um paradigma nacional porque aqui se faz a

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OPINIÃO

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1 a 10 11 a 90 91 a 180 1 a 10 11 a 90 91 a 180

1 a 10 11 a 60 61 a 120 1 a 10 11 a 60 61 a 120

0,3017% 0,5327% 0,6041% 0,4900% 0,1531% 0,0817%

0,6667% 0,8667% 0,8333% 0,4500% 0,2500% 0,0000%

24,500% 0,0281%

1 a 60 1 a 60

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56 > êxito abril/maio 2013

OPINIÃO

FÁBIO JOSé DALLAnORA

fElICIDADEINTErNA brUTA

No final de semana que passou tive oportunidade de participar de uma oficina de extensão onde ouvi a seguinte frase: “A dificul-dade não está nas ideias novas e sim, em escapar das antigas”. Esta frase foi dita pelo economis-ta inglês John M Keines, e isto me levou a pensar a quantas anda minha felicidade interna bruta. Este conceito de felicidade inter-na bruta, ou simplesmente FIB foi criado no Butão e adotado pelas Nações Unidas como parâmetro para comparar o desempenho econômico entre países medindo

vergência nestes conceitos, trago esta pergunta para a individuali-dade: como anda a sua FIB?

A felicidade pode ser definida como uma combinação de três fa-tores (para ser mais resumido), sendo o primeiro a frequência de pensamentos positivos; o segun-do, a intensidade desses pensa-mentos e o terceiro, a ausência de sentimentos negativos. Mas até que ponto é possível medir algo tão subjetivo como a felici-dade? Ela pode ser medida esta-tisticamente? Precisamos de um indicador para medir a felicidade

mos de lado a questão ambiental, um trabalhador feliz é mais pro-dutivo, porém, esta felicidade não se resume apenas na questão “salário”, pois entre as pessoas mais felizes do mundo (segundo a ONU), estão aquelas com bai-xo poder aquisitivo. Isso se deve ao fato de que, apesar da renda individual baixa, a coletividade (composta pela sociedade e go-verno) gera confiança e transmite segurança e tranquilidade, razão pela qual não criam necessidades de consumo.

Creio que esse assunto faz com que todos reflitam a respeito da fonte que gera nossa verdadeira felicidade, uma vez que esta re-flexão deve ser o antídoto para a atual angústia.

Durante a breve pesquisa que fiz para escrever este artigo me deparei com mais uma frase a qual julgo muito importante e que pode fazer a diferença: “Fe-licidade é um subproduto do es-forço para se fazer alguém feliz”. Resta-nos, então, o pensamento de que o fato de nos aliarmos a outras pessoas que estão ativa-mente aumentando o bem-estar coletivo é uma das melhores ma-neiras de aumentarmos o nosso próprio bem-estar.

Lembre que, a longo prazo, (e espero e desejo que bem a longo prazo) todos estaremos mortos.

Para saber mais visite o site www.felicidadeinternabruta.org.br

Fábio José Dallanora Farmacêutico Bioquímico

Professor da ACBS – UnoescGovernador Lions

Distrito LD-8 2012/2013

das pessoas? Em julho de 2012 aconteceu

no Rio de Janeiro a Conferência FIB Rio 2012, que tratou exata-mente deste assunto. Parece que este pequeno país chamado Bu-tão nos colocou uma premissa de que o principal objetivo de uma sociedade não deve ser somente o crescimento econômico e sim, a integração do desenvolvimento material com o psicológico, espi-ritual e cultural, sempre em har-monia com o planeta. Se deixar-

o progresso social. Entre críticas e defesas, vários indicadores são usados para esta medida. Econo-mistas o colocam em escala com-parativa ao PIB uma vez que esse não computa custos de danos li-gados aos recursos ambientais, nem fatores outros ligados que afetam o bem-estar das pessoas e a sustentabilidade. O indicador FIB, sim. Bem, isto é o que di-zem os economistas. Como não sou economista e nem pretendo traçar um paralelo ou uma con-

Apesar da renda individual, a coletividade gera confiança e

transmite segurança

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abril/maio 2013 êxito > 57

30ANOS

A tecnologia futura parece chegar cada vez mais rápida a nossa realidade. Hoje, procura-se inovar os produtos já existentes a fim de melhorar a qualidade de vida dos usuários e sua aplicabilidade tende a estar resumida a um simples toque, o que facilita o acesso às funções do produto e dá ao usuário a chance de usufruir de outras funções agregadas ao seu eletrodoméstico.

Refrigeradores, lavadoras de roupas, micro-ondas e outros produtos já possuem tela touch screen. Mas sistemas mais complexos já começam a ser usados, como o sistema Android (encontrado em smartphones, tablets e televisores), que possibilita um comportamento diferenciado ao produto. O sistema dos refrigeradores, por exemplo, armazena as compras com suas respectivas datas de validade, procura na Web receitas conforme os alimentos registrados e as envia a outros aparelhos da cozinha através da rede WiFi, além de notificar o proprietário, através da internet, quando algum alimento precisa ser reposto. O sistema permite controlar em tempo real todos os hábitos alimentares da família, pois uma boa alimentação é sinônimo de qualidade de vida e pode ser favorecida através do uso inteligente da tecnologia disponível.

Com tanta tecnologia envolvida, esses produtos precisam de atenção especial em sua manutenção ou reparos, para manter seu perfeito funcionamento. Por isso, podem contar com assistência técnica especializada na Refrigatti, que conta com todo suporte técnico direto de fábrica, peças originais, laboratório e equipamentos de alta precisão para diagnóstico de defeitos. Isso garante aos serviços prestados pela Refrigatti, alto padrão de qualidade, confiabilidade e reconhecimento dos fabricantes de eletrodomésticos, aos quais presta assistência técnica autorizada.

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58 > êxito abril/maio 2013

GoVERNo dEVE CoNCLUiR PRiVATizAção do iRBDepois de criar quatro estatais em pouco mais de dois anos de mandato, a presidente Dilma Rousseff deve autorizar, no mês de abril, a privatização de uma das mais antigas empresas públicas brasileiras: o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Com um capital de 2,5 bilhões de reais, o Instituto será descentralizado, concluindo um processo iniciado há 15 anos. No desenho fechado pela equipe econômica, o IRB será uma empresa privada, tendo o Banco do Brasil e o Tesouro como sócios, com 49% de participação das ações ordinárias. O BNDES vai ser o responsável pela engenharia financeira para trocar o IRB de mãos.

Fonte: www.veja.abril.com/noticia/economia

TiM PREVÊ iNVESTiMENTo dE R$ 50 MiLHõES EM SCO investimento previsto será em infraestrutura no estado ainda esse ano. A empresa irá instalar mais 41 novos transmissores e receptores 2G e 3G, nos municípios como Brusque, Caçador, Chapecó e Içara. No DDD 48, especificamente, a TIM deve dar continuidade à modernização dos equipamentos na região Sul do Estado, atividade que também será estendida para os DDDs 47 e 49. Essa modernização implicará em um aumento de capacidade na ordem de 68% nessas regiões. A empresa também prevê ampliar sua rede de lojas próprias no Estado com mais uma inauguração em Joinville.Somente no ano passado, foram ampliadas as capacidades de 296 sites e instaladas mais de 171 ERBs com as tecnologias 2G e/ou 3G.

Fonte: www.economiasc.com.br

PRodUção iNdUSTRiAL dECLiNA EM ALGUMAS REGiõES do PAÍSEm fevereiro a produção industrial caiu em 11 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. Tendo um recuo de 2,5%, maior recuo mensal desde 2008 quando, no auge da crise financeira internacional, a indústria do país recuou 12,2%. O número praticamente anula o avanço de 2,6% registrado em janeiro ante dezembro. Na comparação com fevereiro do ano passado, a queda é ainda maior, de 3,2%. Apenas o Rio Grande do Sul, Goiás e Santa Catarina conseguiram aumentar a sua produção na indústria, em um momento em que o Brasil sofre com a queda de demanda internacional, diminuição das exportações e consumo interno fraco.

Fonte: www.veja.abril.com/noticia/economia

CAEM PEdidoS dE FALÊNCiANo PRiMEiRo TRiMESTRESerasa aponta que os pedidos de falência diminuíram no primeiro trimestre de 2013. Foram registrados 424 requerimentos de janeiro a março, contra 449 no mesmo período de 2012.Na avaliação dos economistas da Serasa, a recuperação gradual da economia e o recuo na inadimplência do consumidor estão facilitando a melhoria da situação financeira das empresas, contribuindo assim para a queda nos requerimentos de falências na comparação entre os três primeiros meses de 2013 e 2012.Quanto às falências decretadas, o aumento de 148 para 154 é resultante da permanência das dificuldades financeiras em empresas de setores mais sensíveis à crise externa e ao baixo crescimento doméstico.

Fonte: www.g1.globo.com/economia

EcONOMIA

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abril/maio 2013 êxito > 59

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cAPA

Cassio Vieceli:“O período é de

desaceleração, em que o empresário

inibe investimentos no setor que atua”

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abril/maio 2013 êxito > 61

Em um país onde há uma lista de impostos, taxas e contribuições composta por aproximadamente 90 itens, entender tudo o que se paga pode ser um grande proble-ma. ICMS, IPI, PIS, COFINS, INSS, IPVA, CIDE, ISS, IR, FGTS são ape-nas algumas das siglas com as quais convivemos e que pagamos pelo menos uma vez ao ano. Para sobre-viver nesse cenário de cobranças em grandes proporções é preciso vestir a armadura, munir-se com o má-ximo de informação possível e ir à guerra pronto para vencer ou perder.

Engana-se, porém, quem acre-dita que a tributação brasileira é a maior do mundo. Segundo o ad-vogado Cassio Vieceli, de Videira (SC), a carga tributária brasileira é bem maior do que a encontrada em países cujo desenvolvimento é semelhante, mas se aproxima da praticada em países desenvolvidos. “Impostos tão altos são prejudi-ciais porque afetam o desempenho das empresas de pequeno e médio porte, que constituem o maior nú-mero de empreendimentos do país e são de suma importância para a economia. Boa parte delas não

COmO SObreviver AOS imPOSTOS?

completa dois anos de atividade em decorrência da tributação excessiva e da falta de capital de giro. Isso contribui para a proliferação do trabalho informal”, aponta Vieceli.

Para amenizar essa situação, os empresários precisam ter a men-te aberta, visão clara de mercado e manter sempre à mão um rigoroso planejamento tributário. “A asses-soria tributária deve ser perma-nente e de qualidade para diminuir o efeito desastroso causado pelos tributos. Afinal, é o planejamento que possibilita o monitoramento da área e faz com que o montante recolhido, ora para mais, ora para menos, provenha do efetivo desem-penho do negócio”, explica o advo-gado. Mas não existe assessoria à distância. Ela deve acontecer dentro da empresa a partir de uma análise criteriosa e profissional, com in-formações sempre transparentes.

E nas áreas em que a assessoria não consegue atingir sozinha, fica a tão desejada reforma tributária que, em sonho, beneficiaria a to-das as empresas e contribuiria para a criação de mais empregos. Para Vieceli, a questão é política. “Tra-

ta-se sempre do fator arrecadação e ninguém quer perder. O Governo se esforça para reduzir o IPI, agora desonerou a folha de pagamento, mas permanece a certeza: o que foi dado com uma mão pode ser retirado (com acréscimos) com a outra. Para que a redução aconteça é preciso que haja melhor gestão de recursos aliado ao combate repres-sivo e exemplar contra a corrupção e o empreguismo”, diz.

Enquanto a reforma total não acontece, abrem-se espaços para mudanças nas leis tributárias sob a faceta de Medidas Provisórias, que trazem muita apreensão para o setor empresarial. Medidas como a desoneração da folha em alguns setores da economia, já foram al-teradas para abranger áreas até então ignoradas, como é o caso dos transportes. De acordo com o advogado, embora fale-se cons-tantemente em desenvolvimento, vivemos em um período de desa-celeração em que o empresário ini-be seus investimentos no próprio setor em que atua. “Um exemplo flagrante dessa situação acontece com o transporte rodoviário de cargas já que o alto valor de im-postos somado ao baixo e inerte valor do frete e multiplicado pelas consequências trazidas pela Lei 12.619/12, resulta no baixo estímu-lo para que o empresário adquira novos veículos para expandir ou renovar a sua frota”, esclarece.

Enquanto permanecem as dúvi-das sobre a viabilidade da reforma e sobre os planos do Governo para o setor, cabe aos empresários man-ter o seu planejamento e assessoria tributária em dia para se prevenir contra as surpresas que podem aparecer nos próximos anos.

“o que foi dado com uma mão pode ser retirado (com acréscimos) com a outra”

Texto: Angela zatta Fotos: Fabiano Martins

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Luiz Vicente Suzin: “O Brasil ainda tem muito

para caminhar no sistema cooperativista de crédito”

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A instabilidade monetária e o fantasma da inflação ainda arrepiam os cidadãos que vive-ram no final da década de 80. As grandes empresas sofreram mui-to e o produtor rural era quem enfrentava os maiores desafios. Para oferecer proteção e cresci-mentos conjuntos, 23 produtores se reuniram e fundaram a coope-rativa de crédito Sicoob Videira, que hoje soma aproximadamen-te 14 mil associados em sua área de abrangência, que cobre nove municípios da região. Segundo o presidente da cooperativa, Luiz Vicente Suzin, o grande diferen-cial do modelo é a participação ativa dos associados, que tam-bém são o seu principal objetivo.

Mesmo com um cenário am-plamente mais favorável, ainda existem dificuldades a serem su-peradas. “Como o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, temos nosso crescimen-to prejudicado já que os inves-timentos são menores”, explica Suzin. Aliado à alta arrecadação está a má distribuição dos recur-sos que não contemplam como

UNiDOS PelO CreSCimeNTO

deviam a educação, qualificação de mão de obra, saúde e a agri-cultura como deveria para que o empreendedor da pequena e média empresa ou o produtor rural atingissem ganhos maio-res. “O governo não teria custos caso isentasse impostos para as pequenas e médias empresas ou os juros para as propriedades ru-rais. Com juro zero, ele poderia investir o que lhe garantiria con-dições de permanecer no campo e fazer essa grande área do Bra-sil crescer e se modernizar. Isso não implica perda de arrecadação para a máquina, pelo contrário, já que a longo prazo isso reduziria o inchaço da cidade e o êxodo rural, que é muito comum na nossa re-gião”, defende o presidente.

Para reduzir o impacto desse cenário para o agronegócio no Meio-Oeste, a cooperativa de crédito investe naquilo que está ao seu alcance: as pessoas. In-vestir nelas significa olhar para o produtor rural e estimulá-lo a qualificar a si mesmo e a sua propriedade para obter melhores resultados e maior competitivi-

dade. “Temos representativida-de limitada em âmbito nacional para lutar pela redução da carga de impostos, mas podemos apli-car o dinheiro que arrecadamos na região e investir aqui mesmo. Temos certeza de que o Sicoob já contribuiu e contribuirá muito para o desenvolvimento da nos-sa cidade e dos municípios vizi-nhos”, pensa Suzin. Atualmen-te a cooperativa possui R$ 170 milhões em ativos e atingiu um resultado de R$ 6,3 milhões em 2012, cujas sobras foram reverti-das em benefício dos associados em conta capital, cursos, capaci-tações e programas de qualidade.

Embora o sistema cooperati-vista de crédito esteja difundido em todo o mundo e em alguns países da Europa correspondam a aproximadamente 50%, o Brasil ainda tem muito para caminhar. “Apesar da juventude do nos-so cooperativismo, ele cresceu muito na região. Em Videira, es-pecificamente, foi acima da mé-dia das cooperativas do Estado”, conta Suzin, que vê tal evolução como consequência direta do trabalho realizado e da cultura da população.

Tendo como base os princípios cooperativistas e um profundo interesse no desenvolvimen-to da área onde atua, podemos esperar um futuro recheado de instituições desse tipo já que o individualismo e o lucro a qual-quer preço, pregados pelo capi-talismo selvagem em vigor até alguns anos, ficaram para trás. Eles abriram espaço para um novo modelo. Resta ao Brasil es-tar atento a ele e se surpreender com seus resultados.

“o governo não teria custos caso isentasse juros para as propriedades rurais”

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Tadeu Oneda: “A tributação elevada nos leva

a buscar métodos eficientes capazes de minimizar custos”

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Depois de atuar em um cenário de superinflação e sem critérios de-finidos nos anos 80, Tadeu Oneda presencia uma nova era financeira no Brasil. “Vivemos em um perío-do de estabilidade que nos permi-te programar nossa aposentadoria, investimentos a longo prazo, temos disponibilidade financeira de inves-timentos com juros acessíveis para empresas e pessoas físicas, podemos abrir uma empresa em 15 dias e os estudos apontam para novos siste-mas capazes de reduzir esse tempo para 48 horas. Enfim, muitos bene-fícios e obrigações vêm pela frente”, destaca o contador que é vice-pre-sidente da Federação dos Contabi-listas do Estado de Santa Catarina e presidente da Associação Comercial e Industrial de Tangará.

Apesar de o momento parecer calmo, o setor contábil das empre-sas pode facilmente deslizar para o fracasso caso não conte com o acompanhamento adequado. “Um dos grandes desafios das empresas é identificar os custos. Falta mão de obra qualificada, sistemas de infor-mática para empresas de pequeno e médio porte e, igualmente, a profis-

A NOvA erADOS imPOSTOS

sionalização ou atualização dos ad-ministradores. O gestor precisa vol-tar à sala de aula, participar de cursos quantas vezes forem necessárias para conhecer melhor a tributação e as obrigações do seu negócio, para ter bases na hora de planejar seus investimentos”, aponta Oneda.

Aliado a essa realidade estão as mais de 4,6 milhões de normas edi-tadas após a Constituição de 1988 e a alta carga tributária com alterações frequentes, o que coloca o Brasil no conjunto dos 30 países com a maior, mais complexa e injusta tributação do mundo. “O sistema brasileiro possibilita várias formas de tribu-tação em âmbito federal e estadual. Sobre o ICMS, por exemplo, cada Estado tem sua própria regulamen-tação. Nos últimos meses, porém, esse imposto sobre a importação foi alterado com a unificação nacio-nal da alíquota, o que causou uma grande perda para Santa Catarina e fez o governo estudar a criação de novas formas de arrecadação como o Diferencial de Alíquota (DIFA), o qual após a pressão das entidades empresariais foi suspenso por 90 dias”, conta o contador que parti-

cipou ativamente das negociações referentes ao imposto na capital.

Outras mudanças importantes apontam no cenário contábil com a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que terá todas as informações pertinentes para a Previdência Social, sistema do Fundo de Garantia, Ministério do Trabalho, entre outros, e com a desoneração da folha de pagamento. Segundo Oneda, a desoneração da folha é um sistema em que a em-presa paga a contribuição do INSS, quota patronal, pelo seu faturamen-to e não mais pelo valor da folha de pagamento. “Os interesses do Go-verno são múltiplos, destacando--se a ampliação da competitividade da indústria nacional, o estímulo à exportação ao isentá-la da contri-buição previdenciária, o incentivo à formalização do mercado e a busca por reduzir as assimetrias na tri-butação entre produtos nacionais e importados. Mas é preciso cautela, pois algumas classes enfrentarão desafios com a medida, que ainda carece de um olhar mais atento do Governo”, explica.

Se há quem diga que é preciso respeitar o dinheiro para não ser domado por ele, também é preciso estar atento às mudanças para não ter surpresas fiscais. “A tributação elevada nos leva a buscar métodos eficientes capazes de minimizar custos. As empresas precisam ver a contabilidade tributária com outros olhos, pois ela é capaz de apurar com exatidão o resultado econômico e social da empresa, além de formalizar um bom pla-nejamento tributário com urgência para ter chances de sobreviver nes-te cenário de grande mortalidade das empresas”, finaliza Oneda.

“um dos grandes desafios das empresas é identificar os custos”

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66 > êxito abril/maio 2013

Vitor Bazeggio: “Se investirmos em infraestrutura

e educação, não haverá país algum capaz de nos deter”

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Era uma vez um Brasil em que pi-pocavam campanhas pelo aumento do salário mínimo esperando que ele chegasse a U$ 100. Era uma vez um Brasil em que o salário míni-mo equivale a U$ 300, que peca em educação e infraestrutura e cuja in-dústria não é competitiva interna ou externamente. Nessa história, o nosso “felizes para sempre” parece demorar a chegar.

Depois de acompanhar o parco desenvolvimento da indústria na-cional no ano passado e de avaliar o mercado ao longo dos seus anos de profissão, Vitor Hugo Bazeggio, Gerente Administrativo da Eletrocal, de Caçador (SC), mantém uma pos-tura sólida perante a relação entre a carga tributária e a lucratividade das empresas. “A carga tributária brasi-leira é maior que 30% do valor ge-rado pelas empresas, logo qualquer redução nesse custo pode impactar muito na lucratividade e até mes-mo na sobrevivência de qualquer organização. Quando se tem uma legislação tão complexa quanto a nossa, é preciso cautela e o plane-jamento tributário está aí pra isso: interpretar as nossas leis e usá-las

COmPeTiTiviDADe em CHeQUe

para gerar menos impostos de forma legítima. O que barra o crescimento da indústria é o pouco investimento feito pelo governo com o valor arre-cadado”, explica Bazeggio.

Com as frequentes mudanças nas normas que regulamentam os tri-butos atuais, a tão sonhada reforma tributária parece longe de aconte-cer. “É quase uma utopia achar que teremos um imposto único de 3% como nos Estados Unidos. Estamos muito longe disso, pois o governo não tem como reduzir a receita, afi-nal tudo aquilo que é arrecadado também é gasto e o investimento é muito pequeno. Uma reforma tribu-tária não acontece sem declinar da receita, resta saber qual será o gasto reduzido”, diz. Mas os sindicatos pa-tronais estão fazendo a sua parte ao defender os interesses da categoria, afinal, as mudanças constantes na legislação afetam os negócios de for-ma abrupta, o que gera insegurança e afeta a livre concorrência.

Segundo Bazeggio, a situação mais preocupante no Brasil é com rela-ção à infraestrutura, já que o custo logístico é o grande vilão da nossa competitividade. Um exemplo disso

é que trazer um contêiner da China até o porto em Santa Catarina custa menos do que mandar uma carreta daqui para o Rio de Janeiro. “Esse custo é alto no Meio-Oeste, mesmo para a agroindústria. Eu não vejo ne-nhuma atividade econômica que seja melhor fazer aqui na região do que em qualquer outro lugar do Brasil, pois o crescimento continua acon-tecendo na faixa das grandes metró-poles e a interiorização que existe se concentra no Nordeste”, conta.

Mas a mudança não pode se res-tringir apenas à porção estrutural da indústria. É preciso investir em educação tendo em vista o apagão de mão de obra qualificada em que vive o setor produtivo. A condição obriga as empresas a melhorar a re-muneração dos colaboradores e es-vazia a ação dos sindicatos. Para o administrador, os profissionais che-gam ao mercado de trabalho pouco preparados, pois têm teoria de sobra e falta experiência. “Se as empresas se aliassem às escolas e cursos técni-cos como as instituições do sistema S (Sesc, Senac, Senai, etc), teríamos mão de obra mais qualificada e di-recionada à real necessidade de cada empresa”, defende.

Enquanto a carruagem brasilei-ra ainda enferruja em seus passos lentos em direção ao investimento no setor produtivo e sua compe-titividade permanece afetada pe-rante o cenário mundial, crescem os países capazes de direcionar o montante arrecadado para as áreas mais carentes como a estrutural. “Se investirmos em infraestrutura e educação, teremos todos os di-ferenciais de recursos naturais e energéticos a nosso dispor e não haverá país algum no mundo capaz de nos deter”, finaliza Bazeggio.

“É quase uma utopia achar que teremos um imposto único de 3% como nos estados unidos”

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68 > êxito abril/maio 2013

VARIEDADES

DICAS DE DECOrAÇÃO

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abril/maio 2013 êxito > 69

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70 > êxito abril/maio 2013

VARIEDADES

AnTOnIO CARLOS “BOLInHA” PeReIRA

AmNéSIA Em ONDAS

Bem que diziam, mas ele não lembrava mais quem teria dito... Mas diziam, sim, que o excesso de café ainda iria afetar sua memória. O que não podia era ter acontecido justo agora, ao som daquela grava-ção feita em 1958 e hoje reconhe-cida como lançadora da bossa nova, “Chega de Saudade”, num arranjo primoroso do maestro Tom Jobim, com a “Divina” Elizeth Cardoso.

A poesia do Vinícius, emoldurada pela melodia do Tom, ironicamen-te parecia suplicar à memória que o abandonara: “... diz-lhe numa pre-ce que ela regresse, porque eu não posso mais sofrer...”. E quando o chiado da agulha no vinil do Milton Nascimento antecedeu a parceria do Poetinha com Carlos Lyra, a letra de “Sabe Você” parecia brincar com seu lapso de memória: “sabe você o que é o amor? não sabe? eu sei ... você sabe o que é uma flor? não sabe, eu sei ... você já chorou de dor? pois eu chorei. Quanto a você, qual o que, sabe não!”

Aquilo o incomodava, mas já nem sabia mesmo o que estaria fazendo nessa hora, ali, no estúdio. E os pou-cos ouvintes ainda ligados nas ondas médias do rádio não mais ouviam a sua voz, nem seu comentário mu-sical ou a hora certa que ele costu-mava anunciar após cada gravação apresentada. Sim, tinham “parado de vê-lo”, como materializando a letra do Jobim em “Vou te contar”: “... os olhos já não podem ver coisas que só o coração pode entender...”.

Um ou outro ouvinte mais atento poderia lembrar que, no início do

programa, “... fundamental é mes-mo o amor, é impossível ser feliz sozinho...”, ao anunciar as atrações musicais da noite, ele dissera que iria encerrar ao som de “Wave”, e até lera uma informação, retirada do livro “A Era dos Festivais”, do Zuza Homem de Mello. E detalhara a explicação: no tempo dos festivais de Música Popular Brasileira acontecera a Bie-nal do Samba, onde Jobim inscrevera sua composição “Wave” com o título “Onda”. “... o resto é mar, é tudo que não sei contar: são coisas lindas que eu tenho pra te dar ...”

A música havia sido composta em Los Angeles e gravada nos Es-tados Unidos, apenas numa versão instrumental. “... vem de mansinho a brisa e me diz: é impossível ser feliz sozinho...”

para o português, mudou o título para “Vou Te Contar” e depois man-dou para a Bienal. Roberto Carlos fora escalado para defendê-la, mas no dia da primeira eliminatória, 12 de maio de 1968, o cantor desembarcava em Nova York com Nice, sua primei-ra esposa, em viagem de lua-de-mel, de onde seguiram para Las Vegas, e não teria tempo de se preparar para defender a música, que ficou fora da primeira e única Bienal.

“... Agora eu já sei da onda que se ergueu no mar e das estrelas que esquecemos de contar ...” e agora se ouviam seus últimos versos na voz de João Gilberto, “... o amor se deixa surpreender enquanto a noite vem nos envolver”.

E ainda gostaria de apresentar “Como uma onda”, a parceria de Lulu Santos e Nelson Motta, pois sua letra citava Vinícius de Mora-es em “O Dia da Criação”. “Hoje é sábado, amanhã é domingo. A vida vem em ondas, como o mar...”

Antonio Carlos “Bolinha” PereiraVice-presidente da SCAJHO

Comunicador, apresenta desde 1966 “Os Discos do Bolinha”

[email protected]

vou te contar... tinham avisado para reduzir o café, mas de que adiantaria?

Ora bolas, chega de saudade!

O próprio Tom decidira escrever em inglês uma letra para “Onda”, in-titulando-a “Wave”, e também pedira ao Chico Buarque que fizesse uma letra em português. “...a primeira vez era a cidade, da segunda o cais e a eternidade...” Chico quebrara a ca-beça, tentara várias vezes, mas não conseguia ultrapassar o primeiro verso, “Vou te contar”.

Assim, o próprio Jobim a traduziu

Vou te contar... tinham avisado para reduzir o café – quem avi-sara, ele gostaria de lembrar ... mas de que adiantaria? Ora bolas, chega de saudade!

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VARIEDADES

GeRSOn WITTe

gUlOSEImAS INDISCrETAS

As pessoas que têm filhos pe-quenos estão sempre sujeitos a um ataque de teimosia de uma criança, que acontece na pior hora e no pior lugar possível, ge-ralmente no supermercado, onde todos vão olhar, reparar e fre-quentemente chegar à conclusão que você é um péssimo educador daquele “pestinha insuportável”.

Mas nada chega aos pés do que vi acontecer, há pouco tempo: Uma mulher passava seus pro-dutos no caixa do supermerca-do, que possuía ao redor diversas gôndolas com produtos os mais variados, como revistas, choco-lates, pilhas, barbeadores, refrige-rantes, etc. Sua filha fica olhando aquelas formas coloridas e como aparentemente estava se alfabe-

tizando na sua escola, começou a ler as embalagens.

- M-E-N-T-A... Menta. - M-O-R-A-N-G-O... Morango! - C-H-O-C-O-L-A-T-E... Cho-

colate!- E-X-T-R-A-G-R-A-N-D-E...- Vem pra cá, menina, que isso

não é pra criança!- Mas mããããeeeee! Eu quero es-

tas balinhas. Olha, tem todos estes sabores, e parecem bem macias... Olha só este aqui ... E-R-E-Ç-Ã -O – P-R-O-L-O-N...

Percebendo que a menina come-çava a chamar a atenção das pes-soas em volta, tenta contornar a situação.

- São apenas balinhas para adul-tos, minha filha. Criança não pode levar estes!

- Não é justo, mãe. Eu queria saber como é este sabor Extra Grande...

- Extra grande não é sabor, filha. É tamanho. E só para adultos... Al-guns... – e suspira.

- Não é justo fazerem estas bali-nhas só para os adultos! Não é jus-to! Eu quero levar o extra grande!!!

A mulher suspira.- Não é justo mesmo minha filha.

Também queria levar um assim, mas papai... aham...- a mulher sai de seus devaneios - FILHA! Isto não é coisa de criança, deixa disso, senão vai ficar de castigo.

- Mas mãããããeee, nunca vi este sabor ereção prolongada... Será melhor que de morango? Eu que-ria, eu queria e queria!

- Acredite, filha, não vai ser pos-sível. Jamais! Mulher não tem es-tas coisas...

- E papai?A mulher suspira e fala baixi-

nho... – Quem me dera...Mas se recompondo:- AHAM! Vamos filha, vamos

pra casa, agora!!!- Mãe. Eu quero estas! Eu quero!

Por que não posso, só porque sou criança? Não é justo!

- Filha, não pode agora e se de-pender de mim, só vai provar daqui uns 20 anos e olha lá!

- Não é justo!!! Não é justo!!! E a mulher sai pela porta do

supermercado cheia de sacolas, puxando uma menina aos berros, que exigia uma ereção prolongada extra grande, sabor morango.

Gerson Witte Artista Gráfico

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VARIEDADES

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Envie até três fotos pelo e-mail [email protected] com uma breve descrição e local do registro. Se ela for selecionada e publicada, você ganha uma assi-natura anual da Revista Êxito. Não esqueça de enviar junto seu nome completo e endereço.

fOTOgrAfECOm êXITO

Foto 1: Praia Mole Como uma onda no mar. Local: Florianópolis - SC Fotógrafo: Anderson Mondadori Souza Fraiburgo - SC

Foto 2: detalhes Momentos de oração. Local: Videira - SC Fotógrafa: Marcia Garbin Videira - SC

Foto 3: Soninho Mãos que afagam um sono gostoso e profundo. Local: Caçador - SC Fotógrafo: Lauro Boff Pirolli Caçador - SC

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Foto 4: Cogumelos O tronco da árvore embeleza o jardim. Local: Videira - SC Fotógrafo: Sidney Bordignon Jr. Videira - SC

Foto 5: Gaivotas Imagem encantadora no Mercado de pescados. Local: Valparaíso - Chile Fotógrafa: Márcia Reis Bittencourt Canelinha - SC

Foto 6: zelo Pombinha cuidando do seu ninho. Local: Blumenau - SC Fotógrafo: Vanderlei Cordeiro Gonçalves Campos Novos - SC

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ESTANTE ÊXITO

CrIAr, SISTEmATIZAr E APlICAr

Como nasceu o livro?Os empresários e alunos pre-cisavam muito ter um material prático de uso comum na área de marketing, especialmente na graduação, pois a literatura que seguimos é basicamente ameri-cana, que não se adapta em todo à nossa realidade. Além disso, re-cebi muita provocação de alunos e empresários que tinham uma ideia e queriam transformá-la em negócio. Foi a partir disso que co-mecei a criar um mecanismo para canalizar essa energia criativa das pessoas de forma simples e com linguagem apropriada. Meu dese-

Se você é daqueles que tem arrepios só de ouvir a palavra marketing, é hora de rever seus conceitos. A ferramenta essencial na gestão e crescimento de qualquer empresa foi simplificada e chegou ao alcance do leitor no livro Marke-ting para Empreendedores. Em entrevista à Êxito, o autor Marcelo Zenaro conta como usar o tema em seu favor.

jo era de que o leitor não tivesse dificuldade em entender concei-tos mesmo sem fazer um curso de marketing. Acredito que con-segui reunir um mix de conteúdos que visam desde a construção da ideia, mapeamento do cenário, classificação da empresa em torno dos seus propósitos, objetivos do negócio e escolha das oportuni-dades até o desenvolvimento do produto, campanha de marketing, preço, estratégia de colocação no mercado e os pontos de encon-tro. Não posso dizer que é à prova de erros, mas é um mapa modelo

Antes de abrir um negócio deveria-se investir em um estudo

de marketing

para quem quer abrir uma empre-sa ou quem precisa dar um rumo para o crescimento e a permanên-cia do seu negócio no mercado

Qual é a visão dos empresários da região sobre o tema?Ainda faz-se muita confusão en-tre o marketing e a propaganda. É muito comum ouvir empresá-rios dizerem que não investem em marketing, entretanto suas em-presas têm produtos de alta qua-lidade, bem expostos, com pre-ços atrativos, bom visual de loja, e seus funcionários prestam um bom atendimento. Ora, isso tam-

bém compõe o marketing em sua essência. Essa confusão é bastan-te prejudicial aos empreendedores porque não se constrói uma marca investindo apenas em publicidade e propaganda. A publicidade por si não pode mudar uma imagem ou construir um conceito, então, todas as ações devem somar, in-cluindo a propaganda e a publi-cidade, mas sem esquecer dos aspectos mais importantes. Não prometa o que você não vai cum-prir perante seu público. Não diga ao público aquilo que sua empresa não é e não faz, isso é falsidade

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ideológica e você será punido severamente pelo mercado, já que o poder de escolha e decisão é totalmente do consumidor.

E como é possível mudar essa interpretação?O verdadeiro marketing eu traduzi como: interesse pelas pes-soas. Era comum nas décadas de 60, 70, 80 e até nos anos 90, que os comerciantes e diretores de empresas conhecessem seus funcionários e fornecedores e até seus clientes pelo nome. Eles sabiam das demandas dos clientes, o que desejavam, quando e como. Hoje, quem consegue fazer isso abrange uma fatia de mercado significativa e desenvolve o conceito de longevidade no relacionamento, ou seja, a tão falada fidelidade que ao longo do tempo torna a marca uma referência. A publicidade não muda uma promessa não cumprida, o mau atendimento e o produto de baixa qualidade. Os empresários precisam entender a estra-tégia de marketing como um conjunto dos cinco Ps: Pessoas (suas paixões e desejos), Pontos de encontro (praça), Produtos (marcas), Propaganda e Preços. As pessoas têm paixões pelas marcas e desejam reconhecer pontos de encontro que desper-tem e proporcionem a oportunidade de compra. Eles podem ser seu estabelecimento ou o shopping da cidade. Identifique seu público-alvo e posicione-se a ele, converse com ele, crie uma identidade através da propaganda. Por último, o preço, depen-dendo do seu público-alvo, torna-se irrelevante, já que os outros fatores oferecem maior estímulo ao desejo de posse.

Por que é preciso investir em marketing?A primeira coisa que se faz antes de ter o próprio negócio é in-vestir num estudo de marketing. Isso não significa que você vai sair por ai fazendo pesquisa para ver se as pessoas comprariam o seu produto, porque é algo muito empírico. Antes de qualquer coisa é preciso estudar o cliente e qual é o seu comportamento, analisar o setor do mercado, como ele se comporta e qual é o seu potencial. Trata-se de um estudo de marketing e sem isso eu digo: não se meta no mercado, porque você será engolido!

Qual é a dificuldade de trabalhar o tema no Meio-Oeste catarinense?Conseguir colocar o passo a passo. Os investidores, com rarís-simas exceções, não possuem conceitos de gestão e marketing. Pensar o produto pra quem, em que lugar, a que preço, o que fazer no mercado, qual a visão de futuro, muito antes de investir e mo-bilizar pessoas, dinheiro e outros recursos. A cultura do “Velho Oeste” aqui segue a linha de que tendo dinheiro tudo é possível. Esse é o pensamento de 1950: “basta construir um barracão com máquinas, comprar materiais e contratar gente, e abre-se uma empresa”. O mercado só vai ser analisado depois e muitas vezes de forma equivocada.

Podemos esperar outros lançamentos seus?Sim. Tenho uma publicação em andamento em parceria com um colega da Universidade Federal de Santa Catarina. Além disso, tenho outras publicações como um capítulo de um livro sobre gestão ambiental no qual falo sobre a importância do marketing verde e outros livros: Técnicas de Negociação, Estratégias de Marketing, Marketing Empreendedor, além das três edições da coleção Marketing para Empreendedores.

Marcelo Zenaro: “O verdadeiro marketing

eu traduzi como: interesse pelas pessoas”

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VIAgEM DE NEgócIOS

CONTATOS PrA QUE TE QUErO

Por que você foi à Expo Revestir?Eu frequento a feira há mais de 10 anos, desde quando era represen-tante comercial. Nessa época, vi-sitava na qualidade de fornecedor. Há dois anos, com a abertura da loja, passei a visitá-la como clien-te. Essa é a feira mais importan-te do ramo de revestimentos de toda América Latina, chegando a ser chamada de “A Fashion Week da Arquitetura e Construção”. Em 2013, ela encerrou com recorde de visitação e volume de negócios gerados, contou com a presença de representantes de 54 países e teve 240 expositores. Logo, quem trabalha no ramo de arquitetura, construção, design, é revendedor ou tem interesse em comércio ex-terior precisa conhecer.

É possível ver muita coisa diferente do que temos na região?Há uma penetração muito forte de materiais importados. Em 2013 a feira bateu o recorde de partici-pação das indústrias estrangeiras. Os produtos demoram a chegar ao Meio-Oeste catarinense pelos entraves da importação, pelo pre-ço e pela questão logística. Mas no quesito indústria, o Brasil está muito equivalente aos produtores internacionais. Somos o tercei-

Fábio Reis foi um dos 48 mil profissionais envolvidos na Expo Revestir 2013, feira do ramo de revestimentos que aconteceu em São Paulo. Mais uma vez, a viagem que durou dois dias teve o poder de influenciar positivamente sua loja, Horus Reves-timentos, em Videira (SC), e torná-la ainda mais competitiva. Em entrevista à Êxito, Fábio conta como foi a experiência.

ro do mundo, perdendo apenas para Espanha e Itália, que estão sofrendo com a crise europeia. Em termos de qualidade, não fi-camos com débito algum perante os produtores estrangeiros. O que estamos sentindo é a forte amea-ça chinesa, que está com produ-ção maciça. Essa preocupação não existia anos atrás porque os produtos vindos de lá eram muito inferiores, mas com o custo Brasil de produção comparado ao custo China, muitas fábricas nacionais levaram suas unidades para o país e, com elas, todo seu know how. Essas indústrias produzem lá e im-portam novamente, já que há uma competitividade impressionante no preço e eles conseguem atender toda demanda. O que pesa mui-to para os brasileiros nesse caso ainda é a questão tributária, que é muito mais atrativa no exterior. Ela e a logística são cruciais para a nossa economia, pois a indús-tria nacional está cada vez mais ágil e os estoques das lojas cada vez menores. O peso do transpor-te rodoviário é muito grande, fato que torna inviável a manutenção do estoque na loja tendo em vista que o poder de armazenamento das indústrias é capaz de atender as nossas necessidades. Por isso

Fábio Reis:“O principal ponto

positivo das feiras é a troca de experiências”

No quesito indústria, o brasil está muito equivalente aos produtores

internacionais

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oferecer produtos importados aca-ba sendo muito vantajoso, já que o custo de importação é baixo e fica mais competitivo mesmo quando somado ao custo do transporte. Nós tentamos adequar e oferecer essas novidades ao cliente com vantagens comerciais e sem pre-judicar a qualidade.

O que é possível esperar de um evento como esse?Quem vai para a Expo Revestir pode esperar muitas novidades e tendências, mas acima de tudo é uma oportunidade de estreitar la-ços comerciais com os fornecedo-res. Lá, os visitantes têm contato direto com os diretores comerciais, representantes de vendas, com o pessoal da produção, enfim, com muitas pessoas ligadas diretamen-te ao produto que vendem. É na feira que você pode tirar dúvidas que o fornecedor não consegue esclarecer no dia a dia porque ele está lá disponível para isso. Você pode trocar experiências com outros profissionais e descobrir porque determinado produto dá certo numa região e não em outra. Essas coisas enriquecem o conhe-cimento e te dão mais conteúdo para explicar e convencer o cliente a optar pelo produto mais adequa-do na hora da compra. Isso tudo, além dos fóruns e palestras com especialistas de cada setor.

O que te surpreendeu na feira?A utilização de materiais sustentá-veis. Essa é uma alternativa muito procurada, mesmo que a utilização dela se dê numa tentativa de copiar aquilo que já existe em porcelanato ou outro acabamento cimentício, por exemplo, com um material ecologicamente correto que não representa uma cópia fiel e cuja durabilidade fica comprometida. É possível ver que esse é um cam-po em expansão e que os produtos ainda não atingiram o ideal, o que acredito que seja difícil de alcançar em decorrência do material utili-zado. Em contrapartida, também

é surpreendente a migração para revestimentos que simulam aca-bamentos naturais como madeira e pedra natural. Isso não deixa de ser um apelo sustentável, já que não desgasta o solo e evita a der-rubada de mata. Materiais como esses já estão muito similares aos orgânicos e têm conquistado um público cada vez maior.

Como a feira influenciou o seu negócio?A intenção da loja é fornecer aten-dimento personalizado, ou seja, orientar o cliente para que ele opte pelo revestimento mais indicado para cada caso. A feira nos permite conhecer o produto que vendemos a fundo, o que nos possibilita a transmissão segura de informações para o cliente. Eu entendo que esse tipo de investimento não deve ser feito com dúvidas, já que implica em uma quantia de volume consi-derável e cuja durabilidade é alta.

Quais foram os pontos positivos e nega-tivos da viagem?É difícil encontrar pontos negati-vos, afinal, tudo o que você captar numa experiência como essa já é um grande lucro. O principal ponto positivo é a troca de experiências que a feira proporciona por reunir profissionais de diversas áreas do ramo de revestimentos em um só lugar. Aliado a isso, você consegue fechar negócios, trazer novas par-cerias e agregar novos produtos ao seu leque de soluções para o cliente.

Que dicas você daria para quem vai à feira?A dica mais valiosa que posso dar é: não economize esforços na visi-ta aos stands, vá com uma roupa e tênis confortáveis e com paciência para poder aproveitar tudo o que é possível. Vejo muita gente correndo contra o relógio e vendo tudo com pressa. Isso é um desperdício, afi-nal, trata-se da maior feira de seu segmento e tem que ser vista como um grande investimento. Tem que ir com a cabeça aberta e antenas ligadas para entender mais daquilo que você vende e captar novos negócios.

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vENDEDOrA DE SONHOS

jOVEM EMPREENDEDORA

Oportunidade: Eu tinha 22 anos quan-do recebi o convite da Racco para liderar a equipe regional, que abrange Videira, Tangará, Pinheiro Preto, Salto Veloso, Arroio Trinta e Rio das Antas, e con-ta atualmente com 330 consultoras. Na época, eu já era consultora e precisei me impor com as vendedoras tanto por ser jovem quanto para fazê-las com-preender a minha forma de trabalho.

Fidelização: O ramo apresenta muita rotatividade, até porque as consulto-ras não vendem apenas uma linha. O primeiro passo é fidelizar as consul-toras e o se-gredo pra isso é investir nelas. Aqui elas recebem treinamento para fazer análise de pele e cabelo nas clientes, cursos de limpeza de pele, maquiagem, entre outros, para poder indicar os produtos adequados para os clientes. Assim, o cliente também se fideliza porque a consultora fala com propriedade e o produto é de qualidade.

Motivação: A consultora que indica vendedoras recebe uma porcentagem sobre a venda daquelas que cadas-trou, então elas não são concorrentes. Isso traz muitas pessoas, mas para dar continuidade eu preciso motivá-las e trazer inovações além dos benefícios que a franquia pode dar. As melhores consultoras ganham incentivos todos os meses são premiadas, porque eu sei que o trabalho delas não é nada fácil.

Desafio: O maior desafio é fazer com que todas as consultoras atuem da for-ma que você espera. São mais de 300 pessoas diferentes, que compreen-dem as coisas de forma diferente, por mais cuidado e clareza que se tenha. Só é possível vencer isto com o acom-panhamento diário da companhia.

Franciele AmudeRacco Cosméticos - Videira - SC

28 anosPromotora de vendas

“Meu ramo é 100% motivação”

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Rua XV de Novembro, 328 . CentroVideira . SC . 49 3533.0101