Êxodo 25:8 E me farão um santuário e habitarei no meio deles. Jeremias 31:3 declara que o amor de...

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Êxodo 25:8 “E me farão um santuário e habitarei no meio deles.” queria estar ao nosso lado. Quando o pecado entrou no mundo estragou o propósito da criação, mas não frustrou o plano de Deus, pois Deus já possuía o plano da salvação. O amor de Deus é tão grande que nos criou sabendo que pagaria um alto preço para ter-nos novamente ao Seu lado.O custo é revelado em João 3:16. Assim que Adão e Eva pecaram Deus veio lhes e explicou o plano da salvação (Gênesis 3:15). Essa informação passou-se de geração em geração através do momento de sacrifício em família. Isso aconteceu até a escravidão no Egito. Durante 400 anos sem a possibilidade de uma verdadeira adoração, o povo de Israel não tinha clareza do plano da salvação e como responder a Deus. Por isso, Deus os conduziu ao Sinai, onde entregou os 10 mandamentos e revelou o plano da salvação através do Santuário. Com o Santuário, Deus tinha dois propósitos: estar no meio do povo (já que com o pecado o homem é incapaz de sobreviver diante da glória de Deus) e explicar o plano da Salvação. O próprio Deus projetou o santuário e entregou a Moisés as instruções de como edificá-lo (Ex 25:40, Ex 26:30 e Hb 8:2). O que

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Page 1: Êxodo 25:8 E me farão um santuário e habitarei no meio deles. Jeremias 31:3 declara que o amor de Deus é eterno, Ele nos criou, pois já nos amava e queria.

Êxodo 25:8

“E me farão um santuário e habitarei no meio

deles.”

Jeremias 31:3 declara que o amor de Deus é eterno, Ele

nos criou, pois já nos amava e queria estar ao nosso lado.

Quando o pecado entrou no mundo estragou o propósito da

criação, mas não frustrou o plano de Deus, pois Deus já

possuía o plano da salvação.

O amor de Deus é tão grande que nos criou sabendo que

pagaria um alto preço para ter-nos novamente ao Seu lado.O

custo é revelado em João 3:16. Assim que Adão e Eva

pecaram Deus veio lhes e explicou o plano da salvação

(Gênesis 3:15). Essa informação passou-se de geração em

geração através do momento de sacrifício em família.

Isso aconteceu até a escravidão no Egito. Durante 400

anos sem a possibilidade de uma verdadeira adoração, o povo

de Israel não tinha clareza do plano da salvação e como

responder a Deus. Por isso, Deus os conduziu ao Sinai, onde

entregou os 10 mandamentos e revelou o plano da salvação

através do Santuário. Com o Santuário, Deus tinha dois

propósitos: estar no meio do povo (já que com o pecado o

homem é incapaz de sobreviver diante da glória de Deus) e

explicar o plano da Salvação.

O próprio Deus projetou o santuário e entregou a Moisés

as instruções de como edificá-lo (Ex 25:40, Ex 26:30 e Hb 8:2).

O que ocorria no santuário simbolizava o que ocorre no Grande

Conflito.

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Foram três Santuários que existiram:

-O primeiro foi o do deserto. Deveria ser móvel uma vez

que eles estavam a caminho da Terra prometida. Foi usado

até o inicio do reinado de Salomão.

-O segundo santuário foi desejado por Davi, mas Deus

não autorizou a construção (2 Samuel 7:1-13). Salomão foi

quem o construiu (em 960 a.C. no Monte Moriá). Seguiu ao

modelo do tabernáculo do deserto, mas o construiu de forma

muito maior. Este foi o templo destruído e saqueado por

Nabucodonosor (Daniel 1:1e 2) em 586 a.C. Somente a Arca

foi preservada. Antes da invasão de Nabucodonosor ela foi

escondida e não foi mais encontrada.

-O terceiro foi feito quando os judeus receberam anistia

política dos persas, estes financiaram a reconstrução do

templo que foi dirigida por Zorobabel. Sua construção

começou em 538 a.C. e terminou em 515 a.C. Este era bem

mais simples perto do templo construído por Salomão.

Durante o governo Romano, para ganhar um pouco da

simpatia dos judeus, Herodes, o grande, restaurou o templo,

começando em 20 a. C. A reforma durou 86 anos ficando

totalmente pronto somente em 66 d.C. Ficou belíssimo, o

orgulho dos judeus; este templo, o mais belo dos três durou

4 anos. No ano 70, contrariando as ordens do general Tito,

um soldado romano incendiou o Templo na destruição de

Jerusalém.

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O pátio

Segundo Ex 27:18, o pátio era de 45 metros de

comprimento e a largura de 22,5 metros (considerando que o

côvado é cerca de 45 cm). Era demarcado por um tecido de

linho, como uma cerca; de dois metros e vinte cinco de

altura.

A entrada voltava-se para o lado do oriente. Neste

espaço só havia dois móveis: o altar de sacrifícios e a pia.

O altar de sacrifício

Segundo Ex 27: 1 e 2, o altar de sacrifício era feito de

madeira, coberto de cobre. Tinha 2,25m de comprimento, a

mesma medida de largura; e de altura 1,35m.

Era nele que o sacerdote oferecia os sacrifícios,

derramava na base o sangue do animal que representava

Jesus (João 1:29) que seria sacrificado por nós..

Segundo Êxodo 30:17 e 18, a pia

era feita de cobre. Êxodo 38:8.

Nela os sacerdotes lavavam as

mãos e os pés antes de entrar na

tenda (Êxodo 30: 20 e 21)

A pia

Ela representava o batismo, simbolismo da aceitação

o sacrifício de Jesus. (Hebreus 10:22)

O povo de Israel poderia permanecer somente no

pátio. Na tenda só o sacerdote entrava.

Tenda

Segundo Ex 26: 15, 16, 18, 19 e 25 as

paredes eram feitas de madeira revestida de

ouro, encaixadas em bases de prata. Sua

altura 4,5 m , comprimento 13,5 m e largura

5,4m.

Segundo Ex 26: 1, 7 e 14, havia

quatro jogos de tecidos que cobriam o

santuário, de dentro para fora: linho, pelos de

cabra, pele de carneiro tingida de vermelho e

pele de texugo.

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De fora para dentro percebe-se o significado simbólico

da cobertura: pele de texugo, escura como o pecado; então

vem a pele de carneiro tingida de vermelho, o sangue do

Cordeiro de Deus que me perdoa; pele de cabra branca,

porque agora o homem é purificado; linho fino, riqueza do

herdeiro de Deus.

Segundo Ex 26:33 a tenda se dividia em dois

compartimentos, o santo e o santíssimo.

Segundo Ex 25: 23, 24 e 30, a mesa era feita de

madeira coberta de ouro. Tinha 90cm de comprimento, 45

cm de largura e 67,5 cm de altura.

Segundo Ex 25: 31, o

candelabro era feito de ouro puro.

Simbolizava Jesus que é a luz do

mundo (João 12:46) e a cada um

nós que também representamos

uma luz para o mundo (Mateus 5:14;

Apocalipse 1:20)

O candelabro

A mesa

No lugar santo encontravam-se três móveis: a mesa

com os pães da proposição, o candelabro e o altar de

incenso.

Sobre ela se colocavam 12

pães. Representavam Jesus, o

pão da vida, eram 12 pois

representavam o numero total de

tribos, pois Jesus quer dar vida a

todos. (João 6:35)

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O altar de incenso

Segundo Ex 30:1e 3, o altar de

incenso era feito de madeira coberto de

ouro. Tinha 45 cm de comprimento a

mesma medida de largura e de altura

possuía 90 cm.

Nele o sacerdote deveria queimar

incenso. Representava a oração (Salmos

141:2)

Serviço Contínuo

O serviço diário era feito duas vezes ao dia, uma pela

manhã e outra no fim da tarde. O povo se reunia ao redor do

santuário para acompanhar o serviço e gravar seu

significado.

O sacerdote pegava um cordeiro e o sacrificava no altar

de sacrifício, pegava seu sangue derramava na base deste

altar e levava um com ele. Se dirigia para a pia, lavava as

mãos e os pés antes de entrar na tenda. Quando entrava na

tenda se dirigia a mesa e comia o pão que havia sobre ela,

então ia para o candelabro para repor o azeite afim de que a

luz não se apagasse. Por fim queimava o incenso após

passar o sangue do cordeiro nas pontas deste altar.

No santuário celestial não há pátio, pois o altar de

sacrifício é a cruz que esteve na Terra, bem como a pia por

representar o compromisso do homem com Deus. Lá

encontramos a tenda, pois quando Jesus acendeu ao céu

intercede no lugar santo.

Quanto a roupa do sacerdote, conhecemos pouco do

seu simbolismo. As pedras no ombro com os nomes das

tribos representa Jesus carregando meus pecados sobre

seus ombros (Êxodo 28:12). O peitoral com os nomes

gravados nas pedras representa que apesar de sermos

pecadores, Cristo carrega nosso nome em seu coração.

(Êxodo 28:29)

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Segundo Ex 26:33 no lugar santíssimo só havia um

móvel, a arca da aliança. A arca era de madeira coberta de

ouro por dentro e por fora (Ex 25:10 e 11). Tinha

aproximadamente 1,2m de comprimento, o mesmo de

largura e de altura 67,5 cm

Dentro dela havia as tábuas dos 10 mandamentos

(Êxodo 25:16), a vara de Arão que floresceu e o maná

(Hebreus 9:4). O maná representava o cuidado de Deus e a

vara de Arão a guia de Deus a seus filhos.

A arca da aliança

O serviço diário representa a minha comunhão diária

com Cristo. O altar de sacrifício simboliza o perdão de Cristo,

pois preciso pedir perdão diariamente.

A pia, onde se lava as mãos e os pés, representa o

compromisso continuo com Cristo, é através das minhas

boas atitudes e boas escolhas que lava as mãos e os pés.

A mesa representa o alimento diário que preciso, ao

estudara Palavra me alimento de Cristo. O candelabro era

alimentado com azeite, este simboliza o Espírito Santo que

ilumina minha vida e me capacitar a testemunhar.

A queima de incenso é a oração, o meio de

comunicação com Deus.

Segundo Ex 25: 17, 18 e 21 o propiciatório tampava a

arca. Tinha 1,2m de comprimento e de largura 67,5cm.

Serviço Anual

No décimo dia do sétimo mês O povo se reunia para o

dia da Expiação. Eram trazidos dois bodes para o sumo

sacerdote, ele os sorteava. Um representaria Jesus e o outro

Satanás.

O que representava Jesus era morto, o sumo sacerdote

pegava seu sangue e se dirigia para o lugar santíssimo,

derramava o sangue do bode morto no propiciatório, sobre a

Lei. Saia, pegava o outro bode e o levava ao deserto onde

este morreria depois de um tempo. (Lv 16: 5, 7, 8, 15, 20 e

21).

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Isto representava o processo de salvação. Cristo

morreu e derramou seu sangue para perdão dos meus

pecados que quebrantam a Lei de Deus. Quando me

arrependo, o pecado é colocado sobre o originador do mal,

Satanás (o bode levado ao deserto).

O dia da expiação representa o início deste processo.

Em 22 de outubro de 1.844 (Daniel 8:14) Iniciou-se o

julgamento de Deus, ou seja, Jesus o sumo sacerdote entrou

no lugar santíssimo. Quando o julgamento se encerrar Jesus

sairá do santuário (voltará) e levará o bode para o deserto,

representando Satanás preso na Terra desolada. Após os mil

anos acabará o mal, pois Satanás será destruído.

Em Levítico 23:5 encontramos a primeira festa do ano,

a Páscoa. Embora em nosso calendário esta festa ocorra,

em geral, no quarto mês sem uma data fixa; no calendário

judaico não era assim. Ela ocorria no primeiro mês do ano,

que seria o mês de Abril para nós.

O calendário bíblico diferenciava-se do atual, sem

relógios ou mecanismo mais técnicos, se datava pela

natureza. Eles iniciavam o ano na Primavera, renascimento

da natureza.

As sete festas

Para as regiões que estão acima da linha do Equador

(caso da Mesopotâmia) a Primavera se inicia ao final de

março.

O sentido desta festa era muito claro, a libertação da

escravidão do Egito simboliza a libertação da escravidão do

pecado. Paulo é claro ao explicar o sentido da Páscoa em I

Coríntios 5:7 onde declara que o cordeiro pascal que fora

morto simbolizava Jesus.

No dia seguinte da festa de Páscoa celebrava-se a

festa de Pães Asmos, que era o pão sem fermento (Levítico

23:6). Esta festa durava sete dias, nestes a família deveria

retirar o fermento de sua casa durante sete dias.

Compreendia-se o fermento como símbolo do pecado

como Paulo cita em I Coríntios 5:8 referindo-se aos

fariseus.

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Para compreender o sentido desta festa é preciso

manter em mente as duas festas, já que ocorriam seguidas.

A Páscoa simbolizava a morte de Jesus, que morreu para

salvar o homem e a festa dos pães asmos se retirava o

fermento, símbolo do pecado

Assim o que se tem é: Páscoa-

Jesus morreu no lugar do homem; Pães

asmos – Jesus purificou o homem de

seus pecados (João 1:29)

Então chegava a terceira festa, a das Primícias

descritas em Levítico 23:9-12. Para entender quando ocorria

a festa é preciso lembrar um detalhe da segunda festa. O

primeiro dia da festa de Pães Asmos era dia de descanso,

como o sábado (Levítico 23:7);assim a festa de Pães Asmos

que ocorria no dia 15 do primeiro mês era considerado

sábado. Quando Levítico 23:12 diz que esta festa das

primícias era imediata ao sábado, então era celebrada no dia

seguinte, dia 16.

As Primícias eram os primeiros frutos que nasciam, o

que representavam é explicada por Paulo em I Coríntios

15:20. A festa das Primícias representavam a ressurreição de

Jesus, Ele não foi o primeiro a ressuscitar cronologicamente

(houve Moisés e algumas outras ressurreições antes), mas é

o primeiro em importância, da qual depende todas as

demais.

É interessante notar o cumprimento das festas. Jesus

foi morto na Páscoa (que naquele ano caiu na sexta-feira).

No sábado descansou e purificou o homem de seus

pecados, que era representado pela festa de Pães asmos.

No domingo (que era a festa das Primícias) ressuscitou. Uma

festa era seguida da outra e foi assim que ocorreu.

A quarta festa ocorria cinquenta dias após a Festa das

primícias, isto se encontra descrito em Levítico 23:15 e 16.

Para saber o nome da festa é simples, cinquenta dias após a

outra festa, cinquenta dias depois no grego é: Pentecostes.

Após ressuscitar Jesus permaneceu quarenta dias na

Terra (Atos 1:3) e pediu aos discípulos que ficassem em

Jerusalém até que fossem revestidos pelo Espírito Santo

(Lucas 24:49).

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Nesta festa os pães usados eram levedados, ou seja,

com fermento. Como fermento era símbolo do pecado, aqui

se faz referências a pessoas pecadores (o único que não

pecou é Cristo).

Então esta festa indicava que pessoas seriam

capacitadas pelo Espírito Santo para fazer um grande

colheita (como também era chamada a festa de Pentecostes

– Êxodo 23:16 e 34:22). Bem no dia da festa de pentecostes

houve uma grande colheita, o cumprimento desta festa

encontra-se em Atos 2.

A quinta festa, descrita em Levítico 23:23 e 24, era a

festa das trombetas. Possuía apenas um objetivo, anunciar

que estava chegando o dia da expiação, o dia do juízo.

O cumprimento desta festa se deu ao longo dos anos,

profetizada em Apocalipse capítulos 8, 9 e no final do

capítulo 11. Os eventos profetizados nestes textos serviam

para relembrar a humanidade que Deus julga e que o

momento de

seu julgamento está chegando, como anuncia a última

trombeta no verso 18 do capítulo 11 de Apocalipse.

A sexta festa era o dia da Expiação, Levítico 23:26 e

27. Esta festa foi descrita no item do serviço anual.

A última festa, descrita em Levítico 23:33,34, 42 e 43

ainda não se cumpriu. Nesta, o povo habitaria em cabanas

para lembrar-lhes que habitaram em tendas por muito tempo,

eram nômades; mas que chegaram ao seu destino, a terra

prometida por Deus.

Representa o que ocorrerá ao fim do juízo, o homem

chegará na Terra prometido por Deus (Apocalipse 21:1-7).