Exp Bomba Centrifuga

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Laboratório de Termodinâmica e Mecânica dos Fluidos Aplicada Bomba Centrífuga 1. Objetivos do Experimento Levantar as curvas de carga manométrica (altura manométrica) da bomba H B = f(Q), do coeficiente manométrico adimensional Ψ = f(φ) e a da potência hidráulica N = f(Q), onde: H B = carga ou altura manométrica da bomba Q = vazão recalcada (ou bombeada) ψ = coeficiente manométrico (adimensional) φ = coeficiente de vazão (adimensional) N = potência hidráulica da bomba 1.2 Introdução Das curvas apresentadas nos catálogos dos fabricantes, a curva de carga manométrica é a mais importante. Além dessa curva, o fabrincante também fornce a curva de NPSH requerido e a curva de potência, também em função da vazão volumétrica. Para recalcar um fluido de um reservatório para outro, com uma determinada vazão, o fluido precisará receber uma certa energia. Esta curva, também conhecida como Curva Caractéristica da Bomba (CCB), mostra a energia que pode ser fornecida por uma bomba desde que se conheça a vazão. As bombas centrífugas possuem rotações diferentes e para cada rotação, pode possuir diâmetros de rotor diferente. Com o projeto da instalação hidráulica em mãos, ou seja, com a Curva Caractéristica da Instalação (CCI) e a curva fornecida pelo fabricante, pode-se determinar o ponto de operação do sistema. Dessa forma, pode-se determinar também qual a potência necessária para sua operação. A curva de coeficiente manométrico adimenional, Ψ = f(φ), não servirá apenas para a mesma, e sim para todads as bombas geometricamente semelhantes à bomba do laboratório, mesmo que tenham tamanhos diferentes. As leis de semelhança ajudam muito as aplicações práticas, pois se os coeficientes Ψ e φ são adimensionais, quando calculados para uma bomba pequena podem servir a uma bomba de maior tamanho, desde que seja completamente semelhante à outra. Assim, se conhecermos tudo a respeito de uma determinada bomba, e quisermos alterar algo em seu funcionamento, por exemplo a rotação, podemos, utilizando os adimensionais, determinar as novas caractéristicas, não havendo necessidade de um novo ensaio. A curva de potência, N = f(Q), mostra a variação da potência hidráulica do conjunto motor/bomba, com a variação da vazão. Em geral, o fabricante da bomba apresenta em seu catálogo as curvas da potência (N) e o rendimento da bomba (η), em função da vazão

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  • Laboratrio de Termodinmica e Mecnica dos Fluidos Aplicada

    Bomba Centrfuga

    1. Objetivos do Experimento

    Levantar as curvas de carga manomtrica (altura manomtrica) da bomba HB = f(Q), do coeficiente manomtrico adimensional = f() e a da potncia hidrulica N = f(Q), onde: HB = carga ou altura manomtrica da bomba Q = vazo recalcada (ou bombeada) = coeficiente manomtrico (adimensional) = coeficiente de vazo (adimensional) N = potncia hidrulica da bomba 1.2 Introduo

    Das curvas apresentadas nos catlogos dos fabricantes, a curva de carga manomtrica a mais importante. Alm dessa curva, o fabrincante tambm fornce a curva de NPSH requerido e a curva de potncia, tambm em funo da vazo volumtrica. Para recalcar um fluido de um reservatrio para outro, com uma determinada vazo, o fluido precisar receber uma certa energia. Esta curva, tambm conhecida como Curva Caractristica da Bomba (CCB), mostra a energia que pode ser fornecida por uma bomba desde que se conhea a vazo. As bombas centrfugas possuem rotaes diferentes e para cada rotao, pode possuir dimetros de rotor diferente. Com o projeto da instalao hidrulica em mos, ou seja, com a Curva Caractristica da Instalao (CCI) e a curva fornecida pelo fabricante, pode-se determinar o ponto de operao do sistema. Dessa forma, pode-se determinar tambm qual a potncia necessria para sua operao.

    A curva de coeficiente manomtrico adimenional, = f(), no servir apenas para a mesma, e sim para todads as bombas geometricamente semelhantes bomba do laboratrio, mesmo que tenham tamanhos diferentes. As leis de semelhana ajudam muito as aplicaes prticas, pois se os coeficientes e so adimensionais, quando calculados para uma bomba pequena podem servir a uma bomba de maior tamanho, desde que seja completamente semelhante outra. Assim, se conhecermos tudo a respeito de uma determinada bomba, e quisermos alterar algo em seu funcionamento, por exemplo a rotao, podemos, utilizando os adimensionais, determinar as novas caractristicas, no havendo necessidade de um novo ensaio.

    A curva de potncia, N = f(Q), mostra a variao da potncia hidrulica do conjunto motor/bomba, com a variao da vazo. Em geral, o fabricante da bomba apresenta em seu catlogo as curvas da potncia (N) e o rendimento da bomba (), em funo da vazo

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    volumtrica (Q), excluindo o motor, pois a mesma bomba pode trabalhar com diferentes motores, seja eltrico, de combusto interna e outros. A determinao do rendimento da bomba exigiria a medida da potncia no eixo da mesma, excluindo as perdas de energia no motor, o que exige um equipamento para medir a potncia mecnica. A incluso do motor na medida das perdas facilita, pos pode-se medir a potncia eltrica introduzida, por meio de um wattmetro.

    O mximo rendimento corresponde ao ponto nominal da bomba, isto , quele ponto para o qual a mesma foi projetada. Para vazes maiores ou menores daquela de projeto, o rendimento cai, em consequncia de movimentaes inadequadas no percurso do fluido no interior do rotos e do estator da bomba, que causam perdas na energia fornecida pelo motor.

    A figura abaixo apresenta, como exemplo, as curvas caractristicas fornecida por um

    fabricante.

    Figura 1: Bomba centrfuga INBIL (INI 65-160), rotao de 3500rpm

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    1.3 Aparato Experimental Para levantar as curvas desejadas, utiliza-se uma instalao de recalque simples, figura 2. De um reservatrio, a gua ser recalcada para um tanque superior. Para controlar a vazo, pode-se utilizar uma vlvula.

    Figura 2: Esquema bsico necessrio para obter as curvas caractristica de uma bomba centrfuga (motor acoplado).

    1.4 Fundamentao Terica

    Para obter a Curva Caracterstica da Bomba (CCB) necessrio conhecer a presso jusante e montante da bomba. Deve-se tambm, utilizar o menor comprimento de tubo possvel na anlise para evitar as perdas por atrito que pode impor erros significativos nas curvas obtidas. Considere o esquema mostrado na figura 3 e aplicando a equao da energia para escoamento interno, tem-se:

    Figura 3: Esquema da seo de teste.

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    bombaperdas HhzgV

    gPz

    gV

    gP +++=++ 2

    22

    22

    1

    21

    11

    22 (1)

    onde

    gmWH bombabomba &= (2)

    Nos catlagos, Wbomba = N

    Localizadaatritoperdas hhh += (3)

    As perdas so relativas a queda de presso devido ao atrito e as singularidas que a seo de teste possa possuir. A perda de carga na bomba analisada de forma diferente e contabilizada no rendimento da bomba. Desprezando as perdas por atrito e por singularidades, tem-se:

    BHzgV

    gPz

    gP ++=+ 2

    22

    22

    11

    2 (4)

    Que manipulando fica,

    12

    22

    212

    2zz

    gV

    gPPH B ++= (5)

    Na escala manomtrica, tem-se que P1 = 0. Assim, a equao (5) fica da seguinte forma,

    12

    22

    22

    2zz

    gV

    gPH MB ++= (6)

    Assim, para cada valor de vazo, possvel obter qual a carga manomtrica (HB) da bomba testada. A equao (6) em funo da vazo fica,

    222

    2122

    21 QgA

    zzg

    PH MB ++= (7)

    1.4.1 Coeficiente Adimensionais ( e ) A partir das variveis envolvidas em um fenmeno qualquer, pode-se determinar relaes

    adimensionais construdas com as variveis, e que tambm podem representar o fenmeno. O fenmeno bomba pode ser representado pelas seguintes variveis:

    0),,,,,( = QDrngpf (8)

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    onde,

    n a rotao da bomba e Dr o dimtro do rotor da bomba. p o diferencial de presso entre a entrada e a sada da bomba.

    Utilizando a teoria, pode-se contruir a funo dos adimensionais envolvidos, que tambm poder respresentar o fenmeno, = f(), onde, Coeficiente Manomtrico

    22r

    B

    DngH= (9)

    Coeficiente de Vazo

    3rnD

    Q= (10)

    1.4.2 Potncia e Rendimento da Bomba

    Figura 4: Esquema das potencias envolvidas na anliso da moto-bomba.

    onde,

    Nr = Nm = potncia do motor, ou potncia eltrica retirada da rede pelo motor NNom = potncia nominal do motor (gravada na placa do motor) NB = potncia da bomba (potncia no eixo da bomba) N = potncia hidrulica, recebida pelo fluido B = rendimento da bomba m = rendimento do motor G = rendimento global

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    A potncia absorvida pelo motor pode ser medida atravs de um wattmetro instalado entre o motor e a rede. Ressalta-se que a potncia que pode ser lida na placa do motor apenas a potncia nominal do mesmo (NNom) e significa que no mximo possvel solicitar at este valor de potncia do motor eltrico. O rendimento da bomba obtido usando,

    BB N

    N= (11)

    Analogamente, pode-se determinar o rendimento do motor eltrico,

    m

    Bm N

    N= (12)

    O rendimento global leva em conta os dois rendimentos parciais:

    mBG = (13) Substituindo,

    mG

    m

    B

    BG N

    NNNx

    NN == (14)

    1.5 Procedimento Experiemental

    (a) Verificar se a vlvula de controle de fluxo est fechada; (b) Ligar a Bomba; (c) Iniciar o teste com a vlvula totalmente aberta; (d) Medir as gradezas necessrias (e) Fechar a vlvula de controle de fluxo gradativamente e repetir as medies. Quanto mais pontos forem levantados melhor ficar a curva caractristica Dados complementares: D2 = 25 mm (Dimetro da seo de sada) n = 3515 rpm Dr = 10 cm ATanque = 0,0973 m2

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    Tabela de Rascunho

    Ensaio

    Grandeza 1 2 3 4 5 6

    h (cm) t (s)

    Pms (kgf/cm2)

    Tabela de Desenvolvimento

    Grandezas Ensaio h

    (cm) t

    (s) Q

    (m3/s) Vs

    (m/s) Pms

    (kgf/cm2) HB (m)

    N CV

    1

    2

    3

    4

    5

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