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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PES I CONGRESSO NACION Realização: EXPERIÊNCIA DE VIDA D Resumo: Velar pela busca e pe marginalizados ou discriminados le política. Minorias linguísticas, de ra de afirmação e direitos sociais nun principal investigar a experiência d buscar uma reflexão sobre os dados percepção por parte dos professores Vida marcada por obstáculos, mas políticas. Os dados apontam como a escolar. Destaca a história de cidadã que hoje usam seu conhecimento e os surdos. As constatações apontam Estado e as associações nacionais d núcleos de tomadas de decisão. Palavras–chave: Docentes Surdo. E Introdução A busca pelo reconhecim ou discriminados marcou a ne influência na arena política. Vár mulheres, os negros e os homo direitos na busca de cada vez mai as políticas públicas passassem participação era quase inexistent não proporcionava o mínimo d impedindo-o de reivindicar seus partir dos anos 2000, com os ava 1 Mestre em Educação. Professor do Ins RSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU SQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPE NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂN I CONALIBRAS-UFU ISSN 2447-4 DOS DOCENTES SURDOS NA INSTITUI SUPERIOR Eixo: Processos de Esc Autor: Falk Soares Ra pelo reconhecimento de direitos por parte d evou a uma mudança de paradigma social com g aça e gênero iniciaram um movimento de reivind nca antes vistos na sociedade brasileira. Esta p de vida dos docentes surdos na instituição do e foi utilizada a metodologia de História de Vida n surdos. Os resultados indicaram que os docentes também por luta, organização coletiva e supera as políticas agiram de forma positiva e negativa n ãos surdos que superaram preconceitos e desafios sua posição como docentes para influenciar as p m para a necessidade de tanto a academia como as de pesquisa incluírem os docentes surdos em suas Ensino Superior. Experiência de Vida. mento de direitos por parte de grupos conside ecessidade de uma mudança de paradigm rios grupos minoritários como os deficientes ossexuais, dentre outros, reivindicaram espa is se firmarem e ampliarem seus direitos polí a abarcá-los (BRASIL, 2010). Em relaçã te, pois a ausência de meios de comunicaçã da acessibilidade no processo de uma ve direitos e de se fazer presente. Talvez por es anços tecnológicos e o reconhecimento da L stituto Federal de Brasília-IFB. ECIAL – CEPAE NDIA 4959 IÇÃO DO ENSINO colarização dos Surdos amos MOREIRA, IFB 1 de grupos considerados grande influência na área dicação por uma política pesquisa tem como foco ensino superior. Para se no intuito de analisar esta s trazem uma História de ação como resultada das no processo de formação s educacionais e sociais e políticas de inclusão para s agências de fomento do s agendas de discussão e erados marginalizados ma social com grande s, os trabalhadores, as aços de participação e íticos no intuito de que ão ao sujeito surdo, a ão feita em sua língua, erdadeira participação, sse motivo, somente a Língua de Sinais como

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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

EXPERIÊNCIA DE VIDA D

Resumo: Velar pela busca e pelmarginalizados ou discriminados levopolítica. Minorias linguísticas, de raçde afirmação e direitos sociais nuncprincipal investigar a experiência debuscar uma reflexão sobre os dados fopercepção por parte dos professores sVida marcada por obstáculos, mas tapolíticas. Os dados apontam como asescolar. Destaca a história de cidadãoque hoje usam seu conhecimento e suos surdos. As constatações apontam pEstado e as associações nacionais de núcleos de tomadas de decisão.

Palavras–chave: Docentes Surdo. En

Introdução

A busca pelo reconhecime

ou discriminados marcou a nec

influência na arena política. Vário

mulheres, os negros e os homoss

direitos na busca de cada vez mais

as políticas públicas passassem a

participação era quase inexistente

não proporcionava o mínimo da

impedindo-o de reivindicar seus d

partir dos anos 2000, com os avan

1 Mestre em Educação. Professor do Insti

IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU

ISSN 2447-49

A DOS DOCENTES SURDOS NA INSTITUIÇSUPERIOR

Eixo: Processos de Esco

Autor: Falk Soares Ram

e pelo reconhecimento de direitos por parte de os levou a uma mudança de paradigma social com grade raça e gênero iniciaram um movimento de reivindis nunca antes vistos na sociedade brasileira. Esta pecia de vida dos docentes surdos na instituição do enados foi utilizada a metodologia de História de Vida noores surdos. Os resultados indicaram que os docentes tmas também por luta, organização coletiva e superaçmo as políticas agiram de forma positiva e negativa nodadãos surdos que superaram preconceitos e desafios eto e sua posição como docentes para influenciar as polntam para a necessidade de tanto a academia como as aais de pesquisa incluírem os docentes surdos em suas a

do. Ensino Superior. Experiência de Vida.

ecimento de direitos por parte de grupos consider

a necessidade de uma mudança de paradigma

. Vários grupos minoritários como os deficientes,

omossexuais, dentre outros, reivindicaram espaço

z mais se firmarem e ampliarem seus direitos políti

sem a abarcá-los (BRASIL, 2010). Em relação

stente, pois a ausência de meios de comunicação

mo da acessibilidade no processo de uma verd

seus direitos e de se fazer presente. Talvez por ess

s avanços tecnológicos e o reconhecimento da Lín

o Instituto Federal de Brasília-IFB.

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

TUIÇÃO DO ENSINO

e Escolarização dos Surdos

s Ramos MOREIRA, IFB1

te de grupos considerados m grande influência na área ivindicação por uma política sta pesquisa tem como foco do ensino superior. Para se ida no intuito de analisar esta entes trazem uma História de peração como resultada das

tiva no processo de formação afios educacionais e sociais e as políticas de inclusão para o as agências de fomento do

suas agendas de discussão e

nsiderados marginalizados

igma social com grande

entes, os trabalhadores, as

espaços de participação e

políticos no intuito de que

lação ao sujeito surdo, a

cação feita em sua língua,

a verdadeira participação,

or esse motivo, somente a

da Língua de Sinais como

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Realização:

uma língua de uso e de direito do s

novo mundo se abre; a Língua d

surdos (STROBEL, 2008). Nas ú

reconhecimento, a educação de sur

de compreender as diferenças hu

historicamente construídos, sendo

minoritária caracterizada por com

modos de socialização próprios” (

momento de transição significat

passando a representar os surdos

socioantropológico (STROBEL, 2

concebida não mais como uma lim

pela diferença, que, além de i

consequências nos âmbitos social,

faz-se de suma importância averig

propiciadas aos sujeitos surdos, op

próprios pontos de vista, de mod

vivências em educação de surdos.

percepções de docentes surdos que

inclusiva voltadas para os surdos

atuais pertencentes. O objetivo

influência do neoliberalismo e a in

educacional formal.

Política Linguística: um aspecto

Várias foram às mudança

acessibilidade do surdos. Conform

Sinais passa a ser reconhecida por

por um deficiente. Porém apesar

processo educacional do sujeito s

educacional nas histórias de vida

superior em relação às políticas d

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to do sujeito surdo, as lutas tenham se intensificado

gua de Sinais é reconhecida e permite uma maio

Nas últimas décadas, por meio da luta dos surd

de surdos vem sendo demarcada, paulatinamente,

ças humanas e passa a reconhecer os sujeitos su

sendo considerados pertencentes a “[...] uma com

r compartilhar de uma língua de sinais e valores

ios” (SKLIAR, 2004, p.102). Em face disso, obser

nificativa, deixando-se para trás o paradigma c

surdos e a surdez num outro campo paradigmáti

EL, 2008). Sob esse olhar emergente, portanto,

ma limitação e/ou um defeito, mas como um traço

de implicações nos campos linguístico e cu

ocial, político e educacional. Portanto, tendo em v

averiguar as experiências escolares que foram e q

os, oportunizando lhes narrar suas trajetórias escol

e modo a ser possível explorar suas representaç

urdos. Dessa forma, se fez necessário investigar a

os que atuam na educação superior em relação às p

urdos no Brasil desde a Lei 10.436/2002 (BRAS

tivo foi de compreender o caminho percorrido pe

e a inclusão das pessoas com deficiência em todos

pecto em construção

anças que ocorreram na sociedade como um todo n

nforme o Decreto 5.626/2005 (BRASIL, 2005), a

da por uma sociedade como língua e não apenas

pesar de as leis terem um impacto profundo e

jeito surdo, tem se a seguinte questão: qual a inf

e vida e as percepções de docentes surdos qu

ticas de educação inclusiva? Tal questionamento

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

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ificado tanto no Brasil. Um

a maior interação entre os

s surdos em busca do seu

ente, por uma nova forma

itos surdos como social e

a comunidade linguística

alores culturais, hábitos e

, observa-se atualmente um

gma clínico-terapêutico e

igmático, conhecido como

anto, a surdez passa a ser

traço cultural demarcado

e cultural, passa a ter

em vista essa perspectiva,

am e que continuam sendo

escolares a partir dos seus

esentações acerca de suas

igar a história de vida e as

ão às políticas de educação

RASIL 2002) até os dias

rido pelos docentes ante a

todos os níveis do sistema

todo no que diz respeito a

05), a Língua Brasileira de

penas um gestual utilizado

do e modificador sobre o

l a influência do processo

s que atuam na educação

ento pode ser feito, pois,

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Realização:

apesar de a legislação reconhecer

lacunas foram deixadas na área de

Brasil, há um grande movimento

onde a Língua de Sinais seja a líng

modalidade escrita ser a segunda

importância para o surdo, a Escol

FEDERAL, 2012) que autoriza o g

Brasileira de Sinais como primeira

segunda língua, ainda está em proc

além do sistema escolar inclusivo

(BRASIL, 2005), que todos os cu

Língua Brasileira de Sinais (LIB

profissionais que ministram a m

prioridade de ensino deve ser dada

Apesar da Lei garantir e pr

ainda uma série de lacunas no pr

passaram. Essas lacunas ainda exi

início o conceito do procedimen

surdos sobre as políticas educac

conquista em um mundo ouvinte.

Procedimento metodológico

Um dos tipos de estudo qu

Vida. Segundo Paulilo (1999), pela

individual com o social, ou seja,

evocados no presente, “[…] podem

uma visão total de seu conjunto, e

aprofundada do momento passado

origem do termo História de Vid

historie, original do francês, reme

que a vivenciou. No caso de story

um indivíduo ou grupos de indiví

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nhecer a Língua Brasileira de Sinais como a líng

rea de atendimento educacional e de acessibilidade

mento a favor da criação da Escola Bilíngue, um

a língua de instrução educacional e a língua oral m

egunda língua a ser ensinada. Apesar de ser um

Escola Bilíngue, instituída pelo Projeto de Lei 72

iza o governo distrital à criação de tal escola para

rimeira língua, e a Língua Portuguesa em sua mod

m processo de conquista para ser reconhecida e ace

clusivo. Atualmente, é obrigatório, com base no

s os cursos de Licenciatura e Fonoaudiologia ten

s (LIBRAS) no seu conteúdo programático. Po

a matéria são surdos, apesar de estar explícito

r dada ao profissional surdo.

tir e priorizar o ensino da Língua de Sinais em alg

no processo político de ensino, que muitos surd

da existem e se faz necessário uma mudança desse

dimento metodológico e posteriormente apresent

ducacionais e como as mesmas alteraram ou n

inte.

udo que podem ser feitos na abordagem qualitativ

), pela História de Vida, é possível captar como oc

u seja, permite que elementos do passado possa

podemos assim, dizer, que a vida olhada de forma

nto, e que o tempo presente que torna possível um

assado” (PAULILO, 1999, p. 3). Segundo Spíndol

de Vida tem dois significados distintos. Se anal

, remete-se àquela que designa a história de vida

story e history do inglês, compreende o estudo apr

indivíduos. A História de Vida trabalha com a “e

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a língua do surdo, muitas

lidade linguística. Hoje, no

e, um espaço educacional

oral majoritária do país na

ser um espaço de grande

Lei 725/2012 (DISTRITO

para surdos, com a Língua

a modalidade escrita como

a e aceita como uma opção

se no Decreto 5.626/2005

ia tenham a disciplina de

o. Porém, poucos desses

plícito no Decreto que a

m alguns segmentos. Tem

s surdos, hoje professores

sse panorama. Abaixo

resento alguns relatos de

ou não seu processo de

litativa é o da História de

mo ocorre a intersecção do

possam ser restaurados e

forma retrospectiva faculta

vel uma compreensão mais

píndola e Santos (2003), a

e analisado pela tradução

e vida contada pela pessoa

do aprofundado da vida de

a “estória ou o relato de

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Realização:

vida”, ou seja, a história contada

analisar a autenticidade dos fatos

Segundo os autores “[...] o objetiv

vida conforme ela é relatada e int

nos relatos de práticas sociais, re

momento da sua história. Nessa ab

do seu discurso. Na verdade, seg

modificam um ao outro, no momen

das pessoas é retratado por meio

marcante e significativo, um forma

Através das

organizar de

esta reflexão

cotidiana, do

mas que den

(SPÍNDOLA

Para Queiroz (1988), a His

permite pesquisar o momento em

social, e como um elemento afeta

que tem como principal caracterí

sujeito. A História de Vida, para

determinada pessoa ou grupo, que,

“História de Vida”, para os auto

vivência, a experiência de indivíd

determinado evento ou questão, ap

História de Vida não se apoia unic

também sob a perspectiva da soc

análise de relatos representa uma r

O pesquisador percebe o informan

está inserido, revelando, assim, os

história. De acordo c

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ontada por quem a vivenciou; nesse caso, o pes

fatos, pois o importante é o ponto de vista de

objetivo desse tipo de estudo é justamente apreen

e interpretada pelo próprio ator” (SPÍNDOLA; S

A História de Vida busca apreender eleme

iais, respeitando as formas como o indivíduo pe

essa abordagem, o pesquisador respeita a opinião d

e, segundo Glat (2004), o pesquisador e o suje

momento do discurso, em uma relação dinâmica e d

meio de suas histórias de vida e percebido co

formador de direção do aprendizado e das experiên

s das narrativas de sua vida, o indivíduo se preenche de s

zar de modo coerente as lembranças desorganizadas e s

flexão do si faz emergir em sua narração todos os microeve

na, do mesmo modo que as durações, provavelmente com

e dentro da experiência individual contribuem para a const

OLA; SANTOS, 2003, p.6).

, a História de Vida é uma ferramenta muito impo

to em que ocorreu a intersecção entre a vida ind

afeta o outro. Em Silva et all (2007), a História d

racterística sua preocupação com o vínculo ent

, para Closs e Antonelo (2012), é um registro esc

o, que, por meio de conversas e entrevistas, pode s

s autores, pode ser utilizado para denominar rela

indivíduos ou de uma coletividade, possibilitando

ão, apontando o tempo ou local. No entanto, é pr

ia unicamente numa visão do indivíduo com suas

da sociedade na qual está inserido. Como afirm

uma rede elaborada a partir da vida individual e s

ormante como o representante de um grupo, da com

im, os traços e aspectos mais significativos que c

ordo com Silva et all (2007), a História de Vida

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o pesquisador não busca

ta de quem está narrando.

preender e compreender a

LA; SANTOS, 2003, p.3).

elementos gerais contidos

uo percebeu determinado

inião do sujeito e participa

o sujeito se completam e

ica e dialética. O cotidiano

o como o momento mais

periências.

e de si mesmo, se obrigando a

s e suas percepções imediatas:

croeventos que pontuam a vida

te comuns aos grupos sociais,

construção social da realidade

o importante e valiosa que

da individual e o contexto

tória de Vida é um método

tre o pesquisador e o

tro escrito da vida de uma

pode ser montada. O termo

ar relatos que registram a

litando, assim, reconstruir

o, é preciso destacar que a

suas especificidades, mas

afirma Queiroz (1988), a

ual e seu reflexo no social.

da comunidade na qual ele

que constituíram toda uma

e Vida foi utilizada como

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Realização:

método pela primeira vez na obra

Polish Peasant in Europ in Am

reorganização dos poloneses ao

desenvolvido foi feito por meio d

como análise de documentos. A u

introduzida no meio acadêmico em

na Polônia. A partir da década de 1

de análise do vivido, constituind

relações sociais (BARROS, 2002).

entendida com a arte de contar e

credibilidade à pesquisa educacion

vida desses dois elementos.

Tendo como base a concep

apresentados investiguei a históri

educação superior acerca das polí

Vida, valendo-se da entrevista sem

Participantes

A pesquisa contou com a pa

de Educação Superior (IES) e mini

No intuito de preservar a

ordem alfabética, nomeando o prim

V”. As entrevistas foram gravadas

de três Tradutores Intérpretes de L

Termo de Integridade e Sigilo. Fo

masculino. Estão na faixa etária

doutorando, um mestre, dois mestr

que atuam em IES e ministram

participação de docente do sexo

grávida e afastada do trabalho, por

Os docentes foram s

ou seja, são usuários da Língua de

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obra pioneira de W.I Thomas e F. Znanineck, em

n América” tem com tema central o projeto d

es ao se integrarem à cultura americana. Na o

eio de trabalhos de campos e recolhimentos dos

A utilização da História de Vida como abordag

ico em 1920, pela Escola de Chicago, e desenvol

da de 1960, esse método de pesquisa procurou estab

tituindo um método de coleta de dados do hom

2002). Para Sousa (2006), a Histó

ntar e trocar experiências entre sujeito e pesquis

cacional. Para o autor, a riqueza dessa troca se dá n

concepção do que é História de Vida e com base

história de vida e as percepções de docentes su

as políticas públicas existentes, utilizou a metodo

ta semiestruturada como instrumento para coleta do

m a participação de cinco professores surdos que a

e ministram a disciplina de Língua Brasileira de Si

rvar a identidade dos entrevistados, utilizarei um

o primeiro de “Docente I”, o segundo de “Docent

avadas em vídeo por mim, o pesquisador e degrava

s de Língua Brasileira de Sinais – Português que ta

Foram entrevistados cinco professores surdos p

etária de 29 a 39 anos. No tocante à titulação ac

mestrandos e um especialista. Ressaltando que sã

stram a disciplina de LIBRAS. Cumpre destacar

sexo feminino, pois a docente que participaria

o, por ser uma gravidez de alto risco.

oram selecionados com base no uso da LIBRAS co

gua de Sinais como língua de comunicação e apren

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4959

ck, em 1918. A obra “The

jeto de organização e de

Na obra, todo o estudo

s dos relatos da vida, bem

ordagem metodológica foi

senvolvida por Znaniescki,

u estabelecer as estratégias

homem no contexto das

História de Vida deve ser

esquisador, que dá vida e

se dá nos laços que unem a

base nos conceitos acima

tes surdos que atuam na

etodologia de História de

leta dos dados.

que atuam em Instituições

de Sinais (LIBRAS).

rei uma identificação por

ocente II” até o “Docente

egravados por uma equipe

que também assinaram um

rdos participantes do sexo

ção acadêmica, temos um

que são professores surdos

stacar, ainda, que não há

iparia da pesquisa estava

AS como primeira língua,

aprendizado. Esta seleção

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Realização:

tomou por base o conceito de Stro

tem a possibilidade de melhor re

identidade surdas inseridas em

contém os dados sobre a formação

estão ligados, anos de ensino de LI

Tabela: car

PARTICIPANTE

Docente I Universidad

Docente II Universidad

Docente III Instituto Fed

Docente IV Universidad

Docente V Faculdade P

Fonte: o autor, com base nos dados da pe

Após análise das Histórias

entrevistas. Os resultados foram

história de vida; b) as políticas de

trabalho dos docentes surdos na

docentes surdos na educação super

a) Os docentes surdos e sua histó

Esta categoria tem por fina

antes de ter acesso e contato com

social que este mesmo sujeito pas

consequência, o aprendizado efetiv

Ser surdo em uma sociedade ouvin

[...] eu ainda

fazia sentido

achava que e

inferior. Eu c

entendido ou

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e Strobel, (2010) ao afirmar que o usuário materno

hor representar os conceitos acerca da comunida

um mundo ouvinte. Para melhor compreens

mação e trabalho dos participantes da pesquisa, tipo

de LIBRAS e nível acadêmico.

la: caracterização dos participantes da pesquisa

IES TEMPO DE DOCÊNCIA

NACAD

rsidade Pública 7 anos Mestre

rsidade Pública 3 anos Doutoran

to Federal 2 anos Mestrand

rsidade Particular 3 anos Mestrand

dade Particular 2 anos Especialis

da pesquisa.

istórias de Vida, criamos categorias construídas a

oram organizados em quatro categorias: a) os do

cas de inclusão na percepção dos docentes surdos

os na educação superior; d) cidadania e engaja

superior.

história de vida

r finalidade apresentar a concepção do sujeito surd

o com a Língua de Sinais. Aborda também a mu

ito passa a ter, após interagir junto a uma Comuni

efetivo da LIBRAS.

ouvinte.

ainda não percebia como era o mundo, eu não me via surdo

entido algum até então. À medida que fui crescendo, eu

que era igual a elas, mas, como se eu tivesse uma mentalid

r. Eu conversava com as pessoas e pra mim era normal, m

ido ou não entendia o que as pessoas falavam por fazer l

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aterno da Língua de Sinais

unidade, da cultura e da

preensão, a Tabela abaixo

sa, tipo de instituição a que

NÍVEL ACADÊMICO

utorando

strando

strando

ecialista

ídas após as análises das

os docentes surdos e sua

urdos; c) as condições de

engajamento político dos

to surdo acerca da sua vida

a mudança de paradigma

omunidade Surda e, como

a surdo ou ouvinte, isso não me

do, eu via as outras pessoas e

ntalidade inferior, eu me sentia

mal, mas muitas vezes não era

azer leitura labial e sentia que

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Realização:

havia até ce

(DOCENTE

No trecho acima, é possível

de ser surdo no mundo ouvinte,

despreparo dos pais, dos médicos

Sinais. Não há uma explicação de

relato, fica evidente a falta de inf

como forma de comunicação com

quando essa diferença é percebida

reduzida valorização do ser surdo

cobrança de vida e, quando não a

aspecto intelectual. Não são pouco

como os demais colegas por um lo

passa a seguir um padrão social

inferioridade. De acordo com Alm

que permite ao surdo desenvolve

surda assim como a língua oral est

Para Kelman (2009), os

princípio, de forma similar aos d

vivenciadas nas dinâmicas culturai

esses processos ocorram, é necessá

seus pares o mais precocemente p

linguístico. Segundo Góes (2000

comunidade de surdos que permit

numa língua efetiva a qual tem ca

Assim sendo, o núcleo familiar é o

constituídos de significados e sent

possibilitando o desenvolvimento d

b) As políticas de inclusão na per

Esta categoria tem por fin

participantes da pesquisa. Todos

norteiam a educação de surdos: a

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certo preconceito comigo, mas mesmo assim, eu seg

NTE I- IES A).

ossível perceber como se sente o entrevistado com

vinte, evidenciando a ausência de informações

dicos e dos familiares como um todo sobre a orali

ão de que, apesar da imitação auditiva, existem ou

de informação dos pais quanto a uma iniciação

o com o filho. Por muito tempo, os surdos não se

cebida, a mesma se torna uma marca interior de in

surdo, da Língua de Sinais. A oralização do sur

não atingida, gera um rótulo preconceituoso, incl

poucos os relatos de surdos que acreditavam que

r um longo tempo e, geralmente após a descoberta

social no qual, se a fala não é alcançada, carre

m Almeida (2009), a Língua de Sinais é o elemen

volver todas as suas capacidades cognitivas. Ela

ral está para a criança ouvinte: mediadora de proce

os processos de internalização nos sujeitos s

aos das pessoas ouvintes, por meio da apropria

ulturais, levando a um desenvolvimento integrado.

ecessário que o surdo tenha a possibilidade de esta

ente possível, na medida em que eles compartilh

(2000, p. 48), “[...] torna-se fundamental o con

ermite a criança significar-se como surdo e como

tem características próprias e configura-se como f

liar é o local no qual emergem os vínculos comun

e sentidos absorvidos por meio da internalização d

ento do pensamento.

na percepção dos docentes surdos: a educação b

por finalidade apresentar como ocorreu o proce

Todos eles participaram das três grandes corrent

os: a Corrente Oralista, a Comunicação Total, a B

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4959

u segui convivendo com elas

com a primeira impressão

ações e, muitas vezes, do

a oralização e a Língua de

tem outros caminhos. Pelo

iação da Língua de Sinais

não se percebem surdos. E

r de inferioridade. Há uma

do surdo passa a ser uma

o, inclusive em relação ao

que eles fossem ouvintes

oberta da surdez, o sujeito

, carrega-se um rótulo de

elemento simbólico central

s. Ela está para a criança

processos de significação.

eitos surdos ocorrem, em

ropriação de significações

rado. No entanto, para que

e estabelecer relações com

partilham do mesmo canal

o contraponto dado pela

como sujeito que enuncia

omo fonte de identidade”.

omunicacionais primários,

ação das trocas dialógicas,

ção básica

processo educacional dos

orrentes educacionais que

tal, a Bilíngue e o impacto

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Realização:

delas no processo de socialização

formação acadêmica.

Eu sempre fu

nem aos sei

existência da

meu aprendi

nessa fase p

Língua de Si

educacional

português. Eu

II- IES A).

O relato acima é uma evidê

apresenta o isolamento nas salas de

com o aluno surdo. A postura de

mostra o não conhecimento da imp

de ensino/aprendizagem, que ocor

intérpretes educacionais mediando

aluno tenha a oportunidade de me

por diversas vezes, o participante

“deixavam” passar, sem ter nenhum

toda a matéria do quadro, mesmo

oralização do aluno e na Língua Po

Quadros (1997), em sua ob

maior parte das escolas em todo o

o principal objetivo da educação d

parte do seu tempo nas escolas re

deixado para segundo plano, lev

alunos com surdez. A essa filosofi

(1997), o Oralismo ou Filosofia O

ouvintes, dando-lhe condições de

alguns defensores desta filosofia,

única forma de comunicação dos

necessário que ela saiba oralizar.

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ISSN 2447-49

zação e aprendizado vivido durante a educação bá

pre fui obrigado a oralizar. Não tive nenhum tipo de contat

os seis, nem aos sete anos, nenhum tipo de contato. N

cia da comunidade surda, sempre oralizando e na escola

prendizado era limitado, ler lábios era difícil, mas o tempo

fase porque não havia estímulos visuais que me fizessem

de Sinais e isso seria muito melhor, mas só usava a líng

ional começou com o português. Meu ensino fundamenta

uês. Eu estudava numa sala do ensino regular onde eu era o

a evidência de como o surdo passa pelo sistema es

alas de aula e o despreparo por parte dos professore

ra de tornar a Língua Portuguesa como a única d

da importância da Língua de Sinais. A escola não v

corre pelo aspecto visual, pelo uso de imagens

iando as duas línguas presentes em sala e uma sal

de melhor entender o conteúdo. Durante este mo

ipante apresentou, por meio dos sinais, como os p

nenhuma preocupação se havia aprendido; o princi

esmo que não houvesse aprendizado. Novamente

gua Portuguesa.

sua obra “Educação de Surdos”, aponta que, no in

odo o mundo deixa de usar a Língua de Sinais. A o

ação das crianças surdas e, para aprenderem a fala

las recebendo treinamento oral. O ensino das disc

o, levando a uma queda significativa no nível d

ilosofia educacional denominaram Oralismo. De a

ofia Oralista visa à integração da criança com surde

es de desenvolver a língua oral (no caso do Brasi

sofia, a linguagem restringe-se à língua oral send

ão dos surdos. Acreditam que para a criança su

izar.

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

ão básica, que é a base da

contato com a Língua de Sinais

ato. Nem ao menos sabia da

escola tinha muita dificuldade,

tempo foi passando. Foi ruim

izessem desenvolver como na

a língua oral. O meu processo

mental foi apenas com uso de

era o único surdo. (DOCENTE

ma escolar. O entrevistado

fessores em como trabalhar

nica de instrução do surdo

não valorizava o processo

agens. Há necessidade de

ma sala de recursos onde o

te momento da entrevista,

o os professores apenas o

principal era ter “copiado”

ente o foco era apenas na

no início do século XX, a

is. A oralização passa a ser

a falar, passavam a maior

as disciplinas escolares foi

ível de escolarização dos

De acordo com Goldfield

surdez na comunidade de

Brasil, o português). Para

l sendo por isso mesmo a

nça surda se comunicar é

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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

c. As políticas de inclusão na per

Esta categoria tem como o

surdos no sistema de educação su

concluíram alguma graduação em

participaram do curso de graduaç

Federal de Santa Catarina – UFSC

entre as formas de ensino em uma

como a língua utilizada como f

entrevistas frequentaram também e

a totalidade dos colegas de sala e

existentes e se elas auxiliam e gar

de Educação Superior.

Quando term

havia um pro

de contrataçõ

intérpretes qu

mesmo agon

eram mais s

Aprendi de

doutorando!

conseguir! (D

O trecho acima mostra o va

Tradutor Intérprete de Língua de S

o surdo nos mais diferentes meios

ainda um grande obstáculo, há d

fluente na língua e não alguém co

acima relata que continuou a prim

ou seja, estava sempre se sentind

característica péssima. Mas ao ingr

LIBRAS e seus colegas de sal

conhecimento acadêmico, a gradua

doutorando e mostra como a univ

desenvolvimento pleno. Em um es

educação superior devem fazer fre

IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU

ISSN 2447-49

a percepção dos docentes surdos: a educação su

omo objetivo apontar como ocorre o processo de

ção superior e o processo identitário. Dentre os e

ão em Instituições de Educação Superior inclusi

aduação Letras LIBRAS - Licenciatura promovid

UFSC. Sendo assim, foi possível estabelecer um

m uma instituição junto a alunos ouvintes, tendo

omo forma de comunicação na sala de aula. O

bém espaços onde a língua de instrução era a Líng

sala eram surdos. Neste tópico também são abor

e garantem o processo de acessibilidade para o s

o terminei o magistério, eu entrei para a faculdade de Peda

m profissional intérprete e era ótimo. Mas depois ele saiu

tratações de intérpretes foi sucedendo e a cada novo intér

etes que iam sendo contratados tinham um nível sempre ma

agoniado com a situação, eu continuei meus estudos co

ais simples. Depois fiz outra faculdade Letras LIBRAS

i de verdade os conceitos da Linguística. Terminei, fiz

ando! Sempre tive muitos obstáculos na minha vida, m

uir! (DOCENTE I – IES A).

ra o valor do profissional intérprete no meio educac

a de Sinais – TILS é uma importante ferramenta d

meios da nossa sociedade. Porém, como a acessibi

, há de se levar em conta a importância de esse

ém com um curso básico, e ainda muito precário

a primeira graduação e descreve que seu sentiment

sentindo mal, e que para o processo de ensino a

ao ingressar no curso de Letras/LIBRAS, onde a lín

de sala surdos, todo esse sofrimento é esque

graduação o estimulou a uma vida acadêmica; atua

a universidade passou de um espaço de agonia e

um estudo desenvolvido por Bisol et all (2010), su

zer frente a expectativas, normas e modos de funci

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

ção superior

sso de inclusão de alunos

e os entrevistados todos já

nclusivo como também já

movida pela Universidade

er uma comparação nítida

tendo a Língua Portuguesa

ula. Os participantes das

a Língua de Sinais e quase

o abordadas as legislações

ra o surdo nas Instituições

Pedagogia, isso em 2007, e lá

e saiu da faculdade e uma série

intérprete eu percebia que os

re mais baixo que o outro. Mas

dos com esses intérpretes, que

IBRAS. Me estimulou muito!

i, fiz mestrado e hoje já sou

da, mas sei que posso e vou

educacional. Na verdade, o

enta de acessibilidade para

essibilidade para o surdo é

e esse profissional ser um

recário. O professor surdo

timento era de “agoniado”,

sino aprendizagem é uma

de a língua de instrução é a

esquecido. Além de um

a; atualmente é acadêmico

onia educacional para um

0), surdos que entraram na

e funcionamento diferentes

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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

daqueles de sua experiência escola

características pessoais, de suas ha

desenvolvimento próprio da faixa

da autonomia, de ideais e de relaçõ

Faculdade nã

Os professor

ou eu escrevi

o melhor era

Muitos nem

nível univers

tínhamos tem

Assim no fin

Espero que u

fazer Letras (

Para muitos, o ingressar do

O trecho acima mostra que para o

respeitem a sua diferença linguísti

caderno? Se o professor dita um co

refém da estrutura escolar, um esp

pedido contínuo para os ouvintes d

bem analisado é o olhar que o su

evidente a falta de interesse ou

Felizmente, ao frequentar o curso

comenta como era respeitado e est

Quando um sujeito surdo é levado

com outros surdos, sua surdez tend

a cada dificuldade que essa pesso

surdo se mantenha integrado em s

identidade surda, de se aceitar com

haja uma segregação com a comun

sucesso alcançado pela abordagem

comunicativas, mediante a aquisi

identidade como pessoa surda par

2008). Outro ponto de análise

IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU

ISSN 2447-49

escolar anterior. A adaptação a essa nova realidad

uas habilidades, de sua história e da forma como en

faixa etária do jovem adulto, marcado pela const

relações interpessoais.

ade não foi nada fácil. Eu pensava se na verdade era difíci

fessores falavam muito e os colegas copiavam. No meu ca

escrevia. No final tinha que tirar xerox dos cadernos de cole

or era quando apresentava os trabalhos. Os professores s

nem olhavam a fundo o que eu fazia. Acho que pensavam

niversitário é uma conquista. No curso de Letras LIBR

os tempo de copiar e sempre que vinha um conceito era apre

no final tudo era enviado por e-mail. Muito melhor e a

que um dia as outras faculdades façam isso. Não são tod

etras (DOCENTE V – IES D). (grifo nosso).

sar do surdo como estudante na educação superi

para o aluno surdo o grande obstáculo é a ausênc

guística. Olhar para o intérprete ou anotar o que e

um conceito, como fazer para copiar? Assim o su

m espaço que não pensa em como se tornar acess

intes dos materiais que eles escrevem. Porém, o qu

e o surdo percebe do professor para os trabalho

o olhar de “não vou cobrar porque você já

curso de Letras/LIBRAS, o participante muda s

o e estimulado para se tornar realmente um estudan

levado a conviver apenas com uma comunidade o

ez tende a ser ocultada e depreciada. O estigma do

pessoa passa, ao tentar se igualar com o ouvinte.

o em sua comunidade. O objetivo dessa interação

tar como uma pessoa normal, se enxergar com pot

comunidade ouvinte (SKLIAR, 2004). Em todos o

rdagem bilíngue no desenvolvimento de compet

aquisição espontânea da linguagem. Ressalte-se q

da parece não se repetir na aprendizagem da esc

álise é o espaço da educação superior proporc

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

alidade dependerá de suas

mo encara esse período de

construção da identidade,

difícil para todos os ouvintes.

eu caso, ou eu via a intérprete

de colegas. Vivia pedindo. Mas

sores sempre diziam parabéns.

nsavam: ele é surdo já estar no

LIBRAS não, lá era cobrado,

ra apresentado em power point.

or e acessível para todos nós.

ão todos os surdos que querem

uperior é o ponto máximo.

usência de estratégias que

que está no quadro para o

o surdo se vê novamente

acessível! O resultado é o

, o que nessa fala deve ser

abalhos apresentados. Fica

cê já fez o seu máximo”!

uda seu relato de vida e

studante do nível superior.

dade ouvinte, sem contato

ma do deficiente agrava-se

vinte. É importante que o

ração é construção de sua

m potencial, isso sem que

dos os relatos, fica claro o

ompetências linguísticas e

se que a construção da

da escrita (FERNANDES,

roporcionar aos surdos a

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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

capacidade de elaborar e construi

Para muitos alunos, as dificulda

frustrando-os quanto à capacidade

possa reconhecer sua identidade su

surda para que realize sua identifi

diferença da sua condição. Por i

acepção e representação de si

comportamento diante dessas vivên

d. Cidadania e engajamento polí

Esta última categoria tem

das políticas públicas existentes

professores surdos e até que ponto

também a “fala” dos professore

movimentos surdos têm atuado ju

surdo. Como tópico final, o pesq

relação à política da escola bil

abrangência ainda muito limitada n

Como eu per

muitos os p

mensalão, ex

recordo o sin

presidente D

tudo é muito

projeto é lin

acessibilidad

pelo Govern

antigamente

sinalizo e el

entrevistado)

O relato acima represent

esclarecimento por parte do surdo

IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU

ISSN 2447-49

nstruir o conhecimento em patamares semelhant

ficuldades de leitura e escrita acabam interferin

cidade individual de estarem nesse nível de ensin

ade surda, é importante que ele estabeleça o contat

dentificação com a cultura, os costumes, a língua

Por intermédio das relações sociais, o sujeito t

de si próprio e do mundo, definindo suas c

s vivências sociais.

o político dos docentes: reivindicações, mudança

tem como objetivo apresentar a perspectiva dos

tentes e como elas influenciaram seu processo

ponto auxiliam sua atuação como docente na edu

essores surdos sobre a elaboração dessas polít

ado junto ao Estado nas elaborações das polític

o pesquisador aproveita para apresentar as angú

la bilíngue, Projeto esse tão desejado pela co

itada no corpo das políticas de inclusão apoiadas pe

eu percebo a política hoje? A política atual não é 100% ef

os problemas. Algo que me incomoda profundamente

lão, existe uma série de problemas. Focando na questão

o o sinal, mas o Viver sem Limites, por exemplo, é um

e Dilma, em que percebemos várias leis excelentes, mas

muito demorado. Os surdos aguardam e não percebem o

é lindo, mas na prática, restam somente as falhas. Para

ilidade às leis já é demorado. Não tem quase nada em Lín

overno. Nós que fazemos mesmo! Mas hoje eu já

ente eu precisava falar para reclamar, hoje eles olham

e eles. TEM QUE ACEITAR! (DOCENTE III – IES

stado).

resenta o verdadeiro teor desta pesquisa. É p

surdo acerca do que é direito, da legislação como

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

elhantes aos dos ouvintes.

terferindo nesse processo,

ensino. Para que o surdo

contato com a comunidade

língua e, principalmente, a

jeito tem possibilidade de

uas características e seu

danças e desafios

a dos entrevistados acerca

cesso de formação como

na educação superior. Traz

políticas e de como os

políticas existentes para o

angústias dos surdos em

ela comunidade, mas de

das pelo MEC.

0% eficaz. Eu percebo que são

ente é a corrupção, existe o

uestão da deficiência, não me

é um projeto, já assinado pela

s, mas na prática, nada resolve,

bem os direitos respeitados. O

Para os surdos, o processo de

m Língua de Sinais produzidas

u já posso reclamar, porque

lham desconfiados, mas eu já

IES B) (risos por parte do

. É possível perceber o

como um todo, dos papéis

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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

do Estado e a sua cidadania. Mas t

“[...] um grupo junta aqui e outro

entender o que a Lei está dizendo

ofereça as leis de forma acessív

Portuguesa e que por isso o escrito

observação de que, antes, para re

pois ele já pode sinalizar. Send

utilizar a LIBRAS como meio de

permita ou que exija o uso da li

aprender a língua oral, será melhor

quanto em Língua Portuguesa. M

questiona o motivo de os surdos b

tal questionamento não deveria

movimentos sociais dos surdos, é

surdo no meio escolar.

CONCLUSÃO

Nas últimas décadas, as

demarcadas por um novo olhar d

surdos se reconhecem como suje

própria, e a Língua de Sinais se

identidade própria, determinando u

Este estudo permitiu ana

comunidade linguística, que atuam

voltadas para os surdos e criadas

utilizou a abordagem qualitativa,

onde os grupos são afetados pelas p

Como procedimento metod

elementos gerais do cotidiano da

significativos contidos nos relat

possibilitou um momento de “es

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ISSN 2447-49

Mas todos esses conceitos foram criados como? N

outro ali e fazem, ou pedem a tradução para a L

izendo!” É importante ressaltar que não há um s

cessível. É sempre o discurso sobre o surdo ter

escrito deve ser o acessível. O ponto mais claro do

ara reclamar, o indivíduo surdo precisava falar, m

Sendo assim, a Comunidade Surda tem seu d

eio de comunicação em massa, diante de qualqu

da linguagem. E se acaso, a criança surda tive

elhor ainda, porque daí ela será realmente bilíngu

Mas o que a maior parte dos depoimentos ap

rdos buscarem uma escola bilíngue. Mas se a Lei

everia existir. Nos depoimentos, e até mesmo

dos, é possível perceber que há uma imposição d

s, as políticas educacionais, voltadas para os

lhar de percepção das diferenças humanas. Nes

o sujeitos social e historicamente constituídos d

ais se institui como uma marca linguística env

ando uma comunidade.

u analisar as percepções dos docentes surdos,

atuam na educação superior acerca das políticas de

riadas no Brasil desde a Lei 10.436/2002 (BRAS

ativa, buscando entender os processos e trocas fei

pelas políticas atuais inclusivas.

metodológico, utilizou-se a História de Vida, que

no das pessoas retratado por meio dos momento

relatos de práticas de suas histórias de vida

e “escuta” ou, melhor ainda, de permitir dar-se

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

mo? No trecho ele explica:

ra a Língua de Sinais para

um site do Governo que

do ter de saber a Língua

aro do discurso consiste na

alar, mas hoje é diferente,

seu direito garantido de

qualquer situação que lhe

a tiver a possibilidade de

ilíngue, tanto em LIBRAS

tos aponta é que ainda se

a Lei garante esse direito,

esmo na tendência nos

sição de “inclusão” para o

ra os surdos vêm sendo

s. Nesse novo cenário, os

ídos de uma característica

a envolvida de valores e

urdos, participantes desta

icas de educação inclusivas

BRASIL, 2002). O estudo

cas feitas no espaço social

, que ajuda a compreender

mentos mais marcantes e

vida. Essa metodologia

se “voz” a um grupo

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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

linguisticamente minoritário, para

e, principalmente, as relacionadas

profunda reflexão, apreensão e

pesquisador. É possível afirmar q

constituiu-se num processo inves

Singular e particular, uma vez qu

própria, única e exclusivamente d

que enquanto trajetos seguidos, c

demais vidas, sobretudo quando r

relatos das práticas sociais, valore

análises dos relatos, foi possível t

educação superior voltada para os

do Estado. As contratações de pro

todas as IES possibilitam condiçõ

vagas abertas, quer sejam em IE

mostram que não se deixam faci

neoliberal, que têm como bases a

de desrespeitos às diversidades cul

culturas diversas, isto é, formatand

Conclui-se que pensar e di

diferenças ainda é difícil; trabalha

especificidades trazidas com a Lín

pensado nas condições de proporc

termos saído da visão clínica para

esquecido; ao contrário, também n

Por fim, este estudo possib

dar voz aos docentes surdos, u

educacional vivenciado por eles. D

há muito que percorrer na investig

estudos dirigidos no que tange à

seja, é um campo fértil de trabalho

IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU

ISSN 2447-49

, para que relatasse seu modo de ver, suas próprias

onadas à sua trajetória educacional, o que foi fun

ão e aprendizagem, pois em muito reflete a

mar que o método de História de Vida, para este

investigativo singular e particular, além de com

ez que é notável que cada vida pesquisada tenha

ente de uma pessoa e não de outra; complexo e a

idos, cada história de vida tem notoriamente tra

ando representa uma expressão de identidade e,

valores e atitudes do grupo ao qual o indivíduo p

sível também perceber a falta de políticas de incl

ara os surdos, tanto nas instituições da qual fazem

de professores surdos elucidam novos desafios, pe

ondições equitativas para que os sujeitos surdos p

em IES pública, quer sejam em IES privada. A

m facilmente apreender conceitos que fazem rup

ses a competição e a produção. Isso implica nas p

es culturais que colorem e caracterizam o Brasil n

atando o multiculturalismo.

r e dialogar em um ambiente ainda despreparado

abalhar e fazer com que os demais respeitem a mi

Língua de Sinais ainda é um longo caminho. C

roporcionar igualdade de condições entre os cidadã

a para uma visão socioantropológica não pode ser d

bém não deve ser pensado como algo acabado.

possibilitou conhecer um pouco as histórias de vid

os, uma contribuição para o conhecimento e

eles. Dada a importância da temática abordada, co

nvestigação dessa área de conhecimento, tendo em

nge à docência na educação superior do surdo e s

balho para futuras pesquisas e continuidade do pre

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

óprias experiências de vida

foi fundamental para uma

te a história do próprio

a este estudo em especial,

e complexo e abrangente.

tenha uma história, que é

xo e abrangente, haja vista

te traços comuns com as

de e, como tal, representa

íduo pertence. Durante as

e inclusão próprias para a

fazem parte como também

ios, pelo fato de que, nem

rdos possam concorrer às

ada. As realidades sociais

m rupturas no paradigma

a nas perpetuadas questões

rasil na sua composição de

arado para a aceitação das

a minoria linguística e as

ho. Caminho que deve ser

cidadãos surdos. O fato de

e ser diminuído, tampouco

de vida dos entrevistados e

to e estudo do processo

da, considera-se que ainda

do em vista a escassez de

do e sua emancipação, ou

do presente estudo.

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