Exposição temática Abril 2012

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O Museu, instituição pública, acessível a todos os tipos de público, é um fenómeno recente; no entanto, as suas origens remontam à civilização grega. É a partir da 2ª Guerra Mundial que esta instituição passa a considerar-se ao serviço da comunidade, deixando, progressivamente, a sua tradição elitista e minoritária. (…) O aumento da procura por parte das escolas e outras instituições sociais, responsáveis pela melhoria das condições formativas das populações, foi também um factor determinante na sua nova vocação e, consequentemente, numa relação mais estreita com os públicos. Estas mudanças redefinem o seu papel na acção educativa. (…) Passa-se de uma política museística, centrada no objecto, na sua aquisição e conservação, para uma política centrada nos sujeitos que dele podem usufruir. (…) As concepções educativas têm vindo a ser alteradas no sentido de enfatizar o papel do sujeito nos diferentes tipos de fruição e contemplação. O acesso ao saber, realizado em diferentes espaços de educação — formais, não formais, informais — já não se faz no seu consumo, mas na sua produção e, deste modo, o papel activo dos sujeitos na construção do conhecimento é visto como uma maneira de apreender os objectos como instauradores de sentido. A aprendizagem, em contexto de museu, não deve, portanto alhear-se desta preocupação educativa. A aprendizagem significativa leva os sujeitos a trabalharem sobre si próprios, ao mesmo tempo que se relacionam com os objectos, e essa interacção desenvolve e transfigura a maneira de percepcionar e aceder a formas de conhecimento que lhe possibilitem perceber outras realidades. Não se trata apenas de modificar olhares, mas sim (trans)formar os modos de ser e de estar. As sessões nos museus (…) são essencialmente caracterizadas por processos dinâmicos de descoberta, e de atitudes que desenvolvam a familiaridade com as obras, formalizadas através de acções de natureza lúdico- pedagógica. Estas actividades são um meio de proporcionar situações em que os sujeitos sejam protagonistas, e não apenas receptores de informações para interpretar e reconhecer obras de arte. A grande finalidade é incentivar atitudes investigativas e de contemplação activa, desenvolvendo o prazer de olhar, ao mesmo tempo que promovem o desenvolvimento das capacidades de atenção, de análise, de síntese e de reflexão. Rui Mário Gonçalves, e outros, na obra Primeiro olhar : programa integrado de artes visuais : caderno do professor (2002.) Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Serviço de Educação e Bolsas, pp. 120-121 A Função Educativa dos Museus mostra bibliográfica Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 E-mail: [email protected] Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA Concepção gráfica GAIPE Imagem Microsoft Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 E-mail: [email protected] Mostra bibliográfica sobre A Função Educativa dos Museus Uma iniciativa da Divisão de Documentação Abril de 2012

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Exposição temática Abril 2012

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O Museu, instituição pública, acessível a todos os tipos de

público, é um fenómeno recente; no entanto, as suas origens

remontam à civilização grega. É a partir da 2ª Guerra

Mundial que esta instituição passa a considerar-se ao serviço

da comunidade, deixando, progressivamente, a sua tradição

elitista e minoritária. (…) O aumento da procura por parte das

escolas e outras instituições sociais, responsáveis pela

melhoria das condições formativas das populações, foi

também um factor determinante na sua nova vocação e,

consequentemente, numa relação mais estreita com os

públicos. Estas mudanças redefinem o seu papel na acção

educativa. (…) Passa-se de uma política museística, centrada

no objecto, na sua aquisição e conservação, para uma política

centrada nos sujeitos que dele podem usufruir. (…)

As concepções educativas têm vindo a ser alteradas no

sentido de enfatizar o papel do sujeito nos diferentes tipos de

fruição e contemplação. O acesso ao saber, realizado em

diferentes espaços de educação — formais, não formais,

informais — já não se faz no seu consumo, mas na sua

produção e, deste modo, o papel activo dos sujeitos na

construção do conhecimento é visto como uma maneira de

apreender os objectos como instauradores de sentido. A

aprendizagem, em contexto de museu, não deve, portanto

alhear-se desta preocupação educativa. A aprendizagem

significativa leva os sujeitos a trabalharem sobre si próprios,

ao mesmo tempo que se relacionam com os objectos, e essa

interacção desenvolve e transfigura a maneira de

percepcionar e aceder a formas de conhecimento que lhe

possibilitem perceber outras realidades. Não se trata apenas

de modificar olhares, mas sim (trans)formar os modos de ser

e de estar. As sessões nos museus (…) são essencialmente

caracterizadas por processos dinâmicos de descoberta, e de

atitudes que desenvolvam a familiaridade com as obras,

formalizadas através de acções de natureza lúdico-

pedagógica. Estas actividades são um meio de proporcionar

situações em que os sujeitos sejam protagonistas, e não

apenas receptores de informações para interpretar e

reconhecer obras de arte. A grande finalidade é incentivar

atitudes investigativas e de contemplação activa,

desenvolvendo o prazer de olhar, ao mesmo tempo que

promovem o desenvolvimento das capacidades de atenção, de

análise, de síntese e de reflexão.

Rui Mário Gonçalves, e outros, na obra

Primeiro olhar : programa integrado de artes visuais : caderno do professor (2002.) Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Serviço de Educação e Bolsas, pp. 120-121

A Função Educativa dos Museus

mostra bibliográfica

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Tel.: 21 794 36 00

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A Função Educativa dos Museus

Uma iniciativa da

Divisão de Documentação

Abril de 2012

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APOM, Lisboa A escola vai ao museu: actas do colóquio APOM 87 / Associação Portuguesa de Museologia.— Lisboa: APOM, 1987 DID COL*ESC APOM, Lisboa Museus universitários: sua inserção activa na cultura portuguesa / Associação Portuguesa de Museologia. - Coimbra : APOM, 1982. DID APM*MUS APOM, Lisboa Panorama museológico português: carências e potencialidades / Associação Portuguesa de Museologia. -Porto : APOM, 1979. DID APM*PAN APOM, Lisboa Museus e educação / Associação Portuguesa de Museologia. - Lisboa : APOM, 1971 DID APM*MUS Bárcia, Paula Manual de história ao vivo / Paula Bárcia. - [Lisboa] : Terramar : Ministério da Educação, 1990. DID BRC*MAN Barriga, Sara, coord. Serviços educativos na cultura / coord. Sara Barriga, Susana Gomes da Silva. - Porto: Setepés, 2007. POL/ED BRR*SER Bennett, Tony The birth of the museum : history, theory, politics / Tony Bennett. - London : Routledge, reimp. 2003. HIST/ED BNN*BIR Bennett, Tony Pasts beyond memory : evolution, museums, colonialism / Tony Bennett. -London : Routledge, 2004. HIST/ED BNN*PAS Chadwick, Alan, e outro, ed. Museums and adults learning : perspectives from Europe / ed. Alan Chadwick, Annette Stannett. Leicester: Niace, 2000 FOR/ADU CHD*MUS Ex. 1

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A Função Educativa dos Museus