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Ter um lóbi é o segredo   Hélder Antunes, director na Cisco, no Silicon Valley, explica o que os governantes ainda não perceberam

“Ter empresas portuguesas cotadas no NASDAQ é um «plus», mas isso não é uma panaceia”, afirma Hélder Antunes, a propósito da recente aquisição da Chipideia pela MIPS, que assim, (“às cavalitas”, no dizer de Epifânio da Franca, fundador da empresa portuguesa) consegue chegar a este mercado financeiro de Nova Iorque.

Para o responsável pela área de segurança da Cisco Systems, que vive e trabalha há décadas na Califórnia, esta aquisição é um sinal de vitalidade das tecnológicas portuguesas, mas considera que, antes de chegarem ao NASDAQ, é mais importante que “tenham acesso a quem decide e influencia”. A questão é, por isso, política.

Para que tal aconteça, Hélder Antunes, diz ser fundamental haver um lóbi português no Silicon Valley. “Mesmo países como a Roménia já perceberam isso: ainda há pouco tempo fui contactado por um representante do lóbi romeno perguntando se eu estava interessado em fazer o «outsourcing» de engenharia para este país”, exemplifica o quadro superior da Cisco. E acrescenta: “Portugal deveria fazer o mesmo: ter uma entidade com os pés bem assentes no Silicon Valley” que funcionasse em articulação com as autoridades que captam o investimento estrangeiro.

As pessoas certas “Quando alguém tem uma boa ideia, até pode ter dinheiro para financiar o arranque de uma pequena companhia, mas há-de chegar ao ponto em que tem que ter contactos com capitais de risco e com os directores e os CEO das grandes empresas do Silicon Valley”, explica Hélder Antunes, referindo que países como a Índia, Israel, Irlanda e Taiwan têm escritórios de lóbi na região de S.Francisco. O seu trabalho é muito claro: “Estabelecer contactos com as pessoas certas” e prestar apoio às empresas do seu país.

Na opinião de Hélder Antunes, para que Portugal tenha uma presença efectiva nesta importante região da Califórnia, é urgente que entidades como o AICEP recrutem consultores locais que proporcionem ‘casamentos’ entre empresários portugueses e as capitais de risco e executivos locais. “Dificilmente uma empresa portuguesa, talvez com excepção da Sonae ou da PT Inovação, terá capacidade para singrar neste mercado sem quaisquer apoios”, defende. “Para serem globais, e terem autonomia estratégica a longo prazo, as tecnológicas portuguesas precisam de ter economia de escala, o que só é alcançado através de fundos e estratégias que geralmente são proporcionadas pelos capitais de risco de nível mundial”, acrescenta.

O responsável da Cisco lamenta que os governantes e os políticos portugueses ainda não tenham entendido uma regra fundamental: “Todos os negócios acontecem, aqui, por via dos mecanismos formais de lóbi. A visitinha a uma pessoa, até é possível, por cortesia, mas não é o caminho eficaz”.

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Vale

Hélder Fragueiro Antunes, 44 anos, açoriano de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, saiu para os Estados Unidos com 10 anos de idade. Formado em Ciências da Computação nos EUA, fez a sua carreira na engenharia informática, até que entrou na Cisco, onde subiu até director sénior da área de tecnologias de segurança. É considerado um especialista internacional neste campo. Mantém uma forte ligação ao país de origem, com casa em Sintra, e faz questão de sublinhar duas “manias” bem portuguesas: a comida (o seu prato preferido é peixe ao sal) e a doença clubista pelo Benfica. Tornou-se na Califórnia uma das ‘vozes’ portuguesas mais prestigiadas. Foi um dos entusiastas do Programa ‘Contacto’ do ICEP e envolveu fortemente a Cisco na recepção de jovens talentos portugueses no «campus» da empresa em São José, a capital do Vale. Tira, actualmente, um MBA. Não tem papas na língua. Critica frontalmente, quando é preciso.

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