Fabio Venni Compartilhando Ideias Frente a um Futuro Climático Incerto: Modelos Computacionais e...
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Compartilhando Ideias Frente a um Compartilhando Ideias Frente a um Futuro Climático Incerto: Futuro Climático Incerto:
Modelos Computacionais Modelos Computacionais e Estratégias Mediadorase Estratégias Mediadoras
Antônio Miguel V. MonteiroAntônio Miguel V. MonteiroFlávia F. FeitosaFlávia F. Feitosa
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST)Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST)
Programa Espaço e SociedadePrograma Espaço e Sociedade
Sessão 13 - Urbanização e Mudanças Climáticas: perspectivas de pesquisa e cenários para o planejamento urbano e regional . XVI ANPUR - RJ, 2011
Como Chegamos Aqui…
Daniel Joseph Hogan (New York, EUA, 1942 - Campinas, 27 de abril de 2010)
Promotor e Coordenador da Mesa MR 6 – Indicadores de Sustentabilidade
XII ABEP, Caxambu, XII ABEP, Caxambu, Outubro de Outubro de
2000…2000…
Região Serrana do Rio (Jan/2011)Eventos climáticos extremos que tendem a ocorrer com maior frequência e intensidade
Foto: AE
Respostas Urbanas às Mudanças Climáticas
Estratégias complementares de adaptação e mitigação
Mobilizam para Ações de IntervençãoAções de Intervenção
Medir
Uma conversa em uma cidade do país...(22/02/2011)
PREFEITO: As pessoas da comunidade ajudariam a prefeitura “não fazendo casas ondem não devem”
MORADORA DE ÁREA DE RISCO:
“Mas a gente está aqui porque não tem condição de ter uma moradia digna.”
PREFEITO: “Minha filha, então morra, morra!”
Fonte:Transcrição de Matéria Jornalítica GloboNews postada em YouTube: http://youtu.be/tjGMRb83MPk
Fonte: Blog A Identidade Bentes:,Publicado em 22/2/2011:http://www.idbentes.com.br/?tag=amazonino-mendes
Respostas Urbanas às Mudanças Climáticas ??????
Respostas Urbanas (TambémTambém) às Mudanças Climáticas
Mobilizar para alémpara além das Ações de Intervenção ...
Resignificar o Urbano e a Urbanização
Promover Novos Modelos de Desenvolvimento Urbano
Mudanças Climáticas e Ambientais podem ser Novos e Importantes Catalizadores para o necessário Debate
Necessidade ... PensarPensar para então MedirMedir para então (rere)PensarPensar
Nossa Pequena Contribuição
Como ???
Instrumentalizar parteparte deste Debate
Devolvendo aos Estudos Urbanos uma Capacidade Empírica Sistematizada de Testar suas Hipóteses.
Como ???
Tomar as Cidades comoSistemas Socioecológicos - SSE¹
Traz o Potencial para Análise do Problema com estratégias que possam lidar empricamente com Dinâmicas ComplexasDinâmicas Complexas,
onde Componentes Sociais e Biofisicos estão Interligados
UrbanizaçãoUrbanização reposicionada em um Contexto Socioecológico observado a partir de Escalas Locais, Regionais e Globais
[¹] Elinor OstromElinor Ostrom, A General Framework for Analyzing Sustainability of Social-Ecological Systems,
Science 24 July 2009: Vol. 325 no. 5939 pp. 419-422
Porque uma leitura da Dinâmica das CidadesDinâmica das Cidades a partir do Arcabouço Conceitual de Ostrom para
Sistemas Socioecológicos – SSE ?
[1] M. Janssen and E..Ostrom, GOVERNING SOCIAL-ECOLOGICAL SYSTEMS Handbook of Computational Economics, Volume 2. Edited by Leigh Tesfatsion and Kenneth L. Judd, 2006
Porque ele permite e aposta em uma Porque ele permite e aposta em uma possibilidade de exploração empírica, possibilidade de exploração empírica, computacional, ( de abordagem computacional, ( de abordagem metodológica mista) para estudar as metodológica mista) para estudar as possibilidades (probabilidades) de possibilidades (probabilidades) de soluções cooperativas, soluções cooperativas, sem deixar de sem deixar de observar as observar as assimetriasassimetrias dos atores dos atores envolvidos, para os diversos dilemas envolvidos, para os diversos dilemas sociais que confrontam estes sistemas.sociais que confrontam estes sistemas.
Governo (mun/est./fed)Sociedade Civil
Organizada, outras formas
agentes imobiliários/ construtoresinvestidores/ empresáriosResidentes
(permanentes/ temporários), grupos e
familias.
Interações ( I ): Disputa pelo recurso, regulações sobre esta disputaResultantes (O): Organização espacial dos grupos populacionais e atividades. Acesso desigual às oportunidades (assimetriasassimetrias)
Cidade(s)
Solo Urbanocom seus atributos
naturais/ sociais/construídos/legai
s/formais/informais/
FonteFonte: Elinor Ostrom, A diagnostic approach for going beyond panaceas. PNAS, September 25, vol. 104, no. 39, 2007.
SSE – Múltiplas Escalas e Múltiplas Relações Aninhadas. SSE – Múltiplas Escalas e Múltiplas Relações Aninhadas.
Ostrom SSE – Esquema Básico
Necessidade de uma visão integrada: Interdisciplinar
ESTRATÉGIAS MEDIADORASPromover “transposição de fronteiras” (Klein 1996) entre disciplinas/tradições/ciência&política/ciência&sociedade
Um ponto de partida...
CONCEITOS MEDIADORES(boundary concepts)
Palavras que operam como conceitos em diferentes disciplinas e perspectivas. Entidades negociáveis, permitem que distintas partes discutam conceitualmente sobre a multidimensionalidade de questões de interesse comum
KLEIN, J. T. (1996). Crossing boundaries: knowledge, disciplinarities, and interdisciplinarities. Charlottesville/London: University Press of Virginia.MOLLINGA, P. (2008) The Rational Organization of Dissent. Working Paper, ZEF, Bonn. LÖWY, I. (1992). The Strength of Loose Concepts . History of Science, Vol. 30, p.371-396
VULNERABILIDADEUm Conceito Mediador
FORTE APELO: ideia de perda, insegurança, suscetibilidade
Adotado por profissionais de distintas áreas
Diversidade de significados: frequentemente problemática, PORÉM é também o que revela sua riqueza e potencializa seu uso como um conceito mediador
Löwy, Ilana. 1992. The Strength of Loose Concepts - Boundary Concepts, Federative Experimental Strategies and Disciplinary Growth: The Case of Immunology. History of Science, Vol. 30, p.371-396
VULNERABILIDADEUm Conceito Mediador
Löwy (1992). The Strength of Loose Concepts - Boundary Concepts
Löwy, Ilana. 1992. The Strength of Loose Concepts - Boundary Concepts, Federative Experimental Strategies and Disciplinary Growth: The Case of Immunology. History of Science, Vol. 30, p.371-396
Problemas interdisciplinares
Melhor servidos por conceitos relativamente vagos
Espaço para exploração criativa & transposição de fronteiras
Forte poder de coesão entre grupos
VULNERABILIDADEUm Conceito Mediador
Riqueza do ConceitoPluralidade que a diversidade das disciplinas que o adotam tendem a produzir
Significados diferentes, porém relacionados:
POSSIBILITA O DESPERTAR DA CURIOSIDADE SOBRE AS
DIMENSÕES “ALÉM FRONTEIRA”
Janssen et al. (2007)Adaptado de Adger (2006)
VULNERABILIDADEUm Conceito Mediador
Ampliação da Abrangência do Conceito: Mudança de Paradigma
Vulnerabilidade como produto residual: impacto das mudanças climáticas
menos adaptação
Vulnerabilidade como processo: uma propriedade ou estado
dinâmico de um sistema socioecológico
Progressiva troca/interrelação entre tradições
Conceitos mediadores tomam “corpo”Passam a ser explorados de forma cada vez mais ativa.
Operacionalizações começam a ser geradas:
OBJETOS MEDIADORESFacilitam a apreensão do conceito e respondem à demanda por elementos que
subsidiem processos de tomada de decisão, mesmo em condições de incerteza e conhecimento incompleto
Indicadores & Cartografias da Vulnerabilidade
(conjunto de representações gráficas)
Escolher Slides com Resultados Tathi
Mapa de espalhamento do Moran do IVSE
PERFIS DE
ATIVOS
Mapa de espalhamento do Moran do IVSE
PERFIS DE
ATIVOS
Mapa de espalhamento do Moran do IVSE
PERFIS DE
ATIVOS
Para além de mapas...
Mapas representam um ESTADO do sistema, são ESTÁTICOS.
E os processos dinâmicos?
E as interações entre componentes?
E as retroalimentações do sistema?
Novos Desafios
Como acomodar as dinâmicas para além das medidas relacionais?
Como observar ‘comportamentos‘comportamentos’ dos atores em diferentes escalas dos processos em observação ?
Governo (mun/est./fed)Sociedade Civil
Organizada, outras formas
agentes imobiliários/ construtoresinvestidores/ empresáriosResidentes
(permanentes/ temporários), grupos e
familias.
Resultantes (O): Organização espacial dos grupos populacionais e atividades. Acesso desigual às oportunidades
(assimetriasassimetrias)
Mudanças no Estado do SistemaEstado do Sistema, no qual Populações/LugaresPopulações/Lugares apresentam Vulnerabilidades
Diferenciadas
Cidade(s)
Solo Urbanocom seus atributos
naturais/ sociais/construídos/legai
s/formais/informais/
FonteFonte: Elinor Ostrom, A diagnostic approach for going beyond panaceas. PNAS, September 25, vol. 104, no. 39, 2007.
SSE – Múltiplas Escalas e Múltiplas Relações Aninhadas. SSE – Múltiplas Escalas e Múltiplas Relações Aninhadas.
Recuperando o Esquema Básico para SSE…
Supressão do modelo como ‘produto’
Foco no PROCESSO DE CONSTRUÇÃO do modelo
Uma opção de ferramenta...
MODELOS DE SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL
Em Busca de uma Cartografia de Processos
MODELOMODELO
Um objeto mediadorUm objeto mediador
TeoriasTeorias
Dados Dados EmpíricosEmpíricos
Conceitos Conceitos MatemáticosMatemáticos
Técnicas Técnicas MatemáticasMatemáticas
Fatos Fatos estilizadosestilizados
MetáforasMetáforas
AnalogiasAnalogias
Visões Visões Disciplinares/ Disciplinares/
PolíticasPolíticas
Adaptado de Morrison & Morgan (1999). Model as Mediators
Um objeto mediadorUm objeto mediadorModelos de Simulação Computacional Modelos de Simulação Computacional Laboratório Laboratório
1.1.Processo de construção deste laboratório (contínuo)Processo de construção deste laboratório (contínuo)
2.2.Desenho, uso, interpretação e avaliação dos experimentosDesenho, uso, interpretação e avaliação dos experimentos
Ambos, 1 e 2, interpretados de maneira distinta pelas diferentes tradições, mas é o reconhecimento/negociação/discussãoreconhecimento/negociação/discussão sobre estas diferenças que permite a construção compartilhada do objeto.
Nossos Primeiros Passos... (largos!)
MASUS: Multi-Agent Simulator for MASUS: Multi-Agent Simulator for Urban SegregationUrban Segregation
Obstáculos que contribuem para a perpetuação da pobreza e Obstáculos que contribuem para a perpetuação da pobreza e aumento da vulnerabilidade de populaçõesaumento da vulnerabilidade de populações
MASUS: Modelo ConceitualMASUS: Modelo Conceitual
Sub-Modelo de Tomada Sub-Modelo de Tomada de Decisãode Decisão
Modelo Logístico Modelo Logístico AninhadoAninhado
ExperimentosExperimentosQue reproduzem dinâmicas já conhecidas…Que reproduzem dinâmicas já conhecidas…
Isolamento de famílias de baixa renda
Estado Inicial (1991)
Dados Reais (2000)
0.54 0.51
Dados Simulados (1991-2000)
0.51
ExperimentosExperimentosQue exploram o impacto de políticas públicas…Que exploram o impacto de políticas públicas…
Programa de distribuição de vouchers para famílias de baixa renda
Experimento Comparação 3 cenários
Cenário 1 nenhum voucher (base)
Cenário 2 200 – 1700 vouchers
Cenário 3 400 – 4200 vouchers
ExperimentosExperimentosQue exploram o impacto de políticas públicas…Que exploram o impacto de políticas públicas…
Cenário 1 Nenhum voucher
(base)
Cenário 2 200 - 1700 vouchers
(2.3%)
Cenário 3 400 - 4200 vouchers
(5.8%)
Dissimilaridade Isolamento de famílias de baixa renda
Isolamento de famílias de alta renda
2.3 - 3.5 %5.8 - 10.7%
2.3 - 1.7 %5.8 - 3.4%
2.3 - 5.7 %5.8 - 8.3 %
Um cUm contador de históriasontador de históriasModelos de simulação contam uma história
A história pode ser boa ou não…
Pode ser sobre o presente, passado ou futuro…
FERRAMENTA PARA COMPARTILHAR VISÕES, CRÍTICAS, LEVANTAR DÚVIDAS, ESTRUTURAR DISCUSSÕES E DEBATES
Mas oferece uma outra maneira de examinar a situação!
Considerando sempre (SEMPRE!) suas limitações
Uma Reflexão …Uma Reflexão …
Zygmunt Bauman (1925, 84 anos,
Produzindo...)
Sociólogo, Intelectual, Ativista, Polonês/Inglês, Varsóvia/Londres
Como disse muito bem Hans Como disse muito bem Hans Gadamer – em Gadamer – em Verdade e Verdade e MétodoMétodo -, a compreensão -, a compreensão recíproca é obtida com uma recíproca é obtida com uma ““fusão de horizontesfusão de horizontes”; ”; horizontes cognitivos que são horizontes cognitivos que são traçados e ampliados traçados e ampliados acumulando-se experiências acumulando-se experiências de vida.de vida.
\\
Confiança e Medo nas Cidades,Confiança e Medo nas Cidades, p.50-51, 2005p.50-51, 2005
A Fusão que uma A Fusão que uma compreensão recíproca exige compreensão recíproca exige só poderá resultar de uma só poderá resultar de uma experiência compartilhada, e experiência compartilhada, e certamente certamente não se pode não se pode pensar em compartilhar uma pensar em compartilhar uma experiência semexperiência sem partilhar um partilhar um espaçoespaço. . \\
Confiança e Medo nas Cidades (cont.)Confiança e Medo nas Cidades (cont.)
Um Convite …Um Convite …
Fab
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Laboratório TerraME-GalileuLaboratório TerraME-GalileuINPE, São José dos CamposINPE, São José dos Campos
645 m645 m2 2 dede Área ConstruídaÁrea Construída
Muito Obrigado !!
Obrigado !!