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    FACULDADE DE ECONOMIA – UNIVERSIDADE DE COIMBRA 

     

     

     

    A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

      

     

     

    Trabalho realizado na unidade curricular de Fonte de Informação Sociológica  Docente: Paulo Peixoto Ano lectivo: 2012‐213 

     

    Imagem da capa: Fotopedia, 2007 

    http://images.cdn.fotopedia.com/anboto‐qxk8jf55hlQ‐original.jpg 

      

     

     

     

     

    Tânia Ramos 

     

    Coimbra, 2012

  • ÍNDICE 

     

    1. Introdução ...........................................................................................................   1 

    2. Migrações ............................................................................................................   2 

      2.1.  Fatores Migratórios  .............................................................................   4 

      2.2.   Consequências das Migrações  .............................................................   5 

    3. Feminização da imigração  ..................................................................................   7 

        3.1. Comunidade feminina Ucraniana em Portugal  ............................   9 

        3.1.1 Caracterização da População  ............................................   11 

    3.1.2 Situação Laboral .................................................................   12 

    4. Descrição detalhada da pesquisa  .......................................................................   13 

    5. Avaliação da página da internet ..........................................................................   15 

    6. Ficha de leitura ....................................................................................................   17 

    7. Conclusão .............................................................................................................   23 

    8. Referências bibliográficas ....................................................................................    24 

     

    Anexo I 

    Página da Internet avaliada  

    Anexo II 

    Texto de suporte de ficha de leitura  

     Santos, Clara de Almeida (2007), Imagens de mulheres imigrantes na imprensa portuguesa – análise do ano 2003. Lisboa: ACIDI, pp. 17‐47

  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     1  

     1. Introdução 

     As migrações (populacionais) são deslocamentos das populações quer entre vários países, quer dentro do próprio país. Estes movimentos têm vindo a tornarem‐se cada vez mais colossais, e de forma universal.  

    Os motivos que levam as pessoas a migrar são muito vastos, desde causas politicas‐ideológicas a naturais, passando pelas religiosas, psicológicas, bélicas e económicas, que afetam metade da população que decide se deslocar.  

    É claro que se pensarmos, perguntarmo‐nos íamos como as pessoas selecionam os países de receção. A resposta é simples. A resposta baseia‐se numa questão fulcral: um país onde exista expansão e desenvolvimento económico, onde exista a liberdade e respeito/tolerância religiosa e claro os incentivos por parte do Estado.  

    As migrações podem ser classificadas em três maneiras: espontâneas, forçadas e controladas.  Quando assistimos a movimentações espontâneas, assistimos também a uma tentativa de melhorar as condições de vida, uma vez que é uma decisão tomada pelo próprio sujeito. 

    Ao invés destas, assistimos aos movimentos migratórios forçados, que são exatamente o oposto do que anteriormente foi referido. O sujeito é obrigado a submeter‐se a esta mudança e a movimentar‐se. Exemplo disso, são os escravos.  

    Por último, encontramos as controladas. As migrações controladas subdividem‐se em duas vertentes: restringidas e estimuladas. É quando as migrações são medidas do próprio estado e, desta maneira, restringidas. O estado coloca as suas restrições, dificultando a imigração, ou seja, a entrada de novas pessoas. Podemos verificar estas medidas nos Estados Unidos da América.   

    Em relação às migrações estimuladas, é quando o Estado incentiva e possibilita a entrada e saída de pessoas.  

    Uma vez que estes movimentos se têm vindo a alastrar, têm‐se vindo a assistindo cada vez mais às migrações continentais, mais propriamente desde a segunda metade do século XIX.  

      

  • Tânia Marisa Ferreira Ramos 

     2 

     

     

    2. Migrações 

     

    A história da Humanidade sempre foi esboçada por movimentos migratórios. Uma vez 

    que as pessoas sentem a necessidade de procurar outros horizontes, de partir em 

    busca de melhores condições de vida, mudando de local para outro. 

    Se olharmos para as migrações em números, reparamos que existem cerca de 214 

    milhões de migrantes no Mundo e cerca de 15 milhões de refugiados. (Alves, 

    Alexandre – 2011). Assim sendo, podemos afirmar que existem vários tipos, causas e 

    consequências destes movimentos.   

    Quanto ao tipo verificamos que existem cerca de sete tipos, dependentes das suas 

    causas. 

    Quando nos referimos a causas económicas, encontramos três tipos de migrações: as 

    emigrações (saída de pessoas do país por um período de tempo considerado elevado), 

    as imigrações (é quando entra população estrangeira num país) e, por fim, temos os 

    êxodos rurais/urbanos, que são as deslocalizações da população para um determinado 

    local: ora se deslocam de uma aldeia para uma cidade ou de uma cidade para uma 

    aldeia.  

    As migrações podem ter na sua origem questões laborais. Deste modo, temos as 

    migrações laborais sazonais (como a apanha do morango – em França‐ é uma migração 

    temporária e, por outro lado, meramente sazonal, ou seja, por épocas. As pendulares é 

    quando existem deslocações laborais, isto é, o trajeto de casa para o local trabalho 

    (noutra localidade) e do local de trabalho para casa. Em relação à duração, são sempre 

    ambas temporárias. 

    As migrações turísticas, são, como o nome sugere, realizadas para fins de turismo e 

    lazer. É por esta razão que podem ser ou externas ou internas com um caráter 

    temporário.  

  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     3  

    E, por último, os deslocados e os refugiados. No primeiro caso procuram refúgio 

    noutro país. No segundo, os refugiados procuram proteção no estrangeiro. 

    Apresentando assim um caráter interno ou externo. 

  • Tânia Marisa Ferreira Ramos 

     4 

     

     

    2.1 Fatores migratórios 

     

    Na base das decisões das populações em relação aos movimentos migratórios existem 

    vários pontos a considerar.  

    Esses mesmos pontos, tornam os países atrativos ou repulsivos. Assim, fatores como a 

    falta  de  mão‐de‐obra,  as  boas  condições  de  vida,  a  abundância  de  empregos  e 

    habitações mais baratas e até mesmo a proximidade de familiares.  

    No outro extremo, existem fatores que faz com que os destinos se tornem repulsivos, 

    fatores  como  as  guerras,  os  custos  de  vida  elevados,  as más  condições  de  vida,  o 

    desemprego,  os  desastres  naturais  e  as  perseguições  politica  e  religiosas. 

  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     5  

     2.2 Consequências das migrações 

     

    Embora estes movimentos possam trazer benefícios, também acarretam problemas e 

    não deixam de ter consequências.  

    Existem duas áreas afetadas: a de chegada e a de partida. 

    Na  área  de  partida  a  população  tende  a  abandonar  o  seu  país  levando  a  uma 

    diminuição da população, o que conduz a uma redução significativa da população ativa 

    com  isso  a  população  envelhece.  Se  questionarmos  a  razão  deste  envelhecer,  a 

    resposta  reside no  facto da população mais propensa a migrar  serem os  jovens, ou 

    seja, pessoas em  idade  fértil, e por  isso, constatamos que  isto  leva uma  redução na 

    taxa de natalidade.  

     Na  parte  agrícola,  os  campos  são  também  afetados,  uma  vez  que  estes  são 

    abandonados e criam um declínio na agricultura e das atividades económicas.  

    Porém,  apesar  das  consequências  negativas,  apercebemo‐nos  que  existem  pontos 

    positivos. Apesar de, a  saída da população  ser negativa, esta  faz diminuir  a  taxa de 

    desemprego  existente, o que  leva  a um  ligeiro  aumento de  salários  e  à  entrada de 

    dinheiro, através das poupanças efetuadas no decorrer dos anos.  

    Por sua vez, nas áreas de chegada, e  tendo em conta que é uma área acolhedora, a 

    população  aumenta,  bem  como  a  população  ativa.  Existe  um  rejuvenescimento  da 

    população, o que possivelmente se traduz num aumento da taxa de natalidade.  

    À  semelhança  das  áreas  de  partida,  nas  áreas  de  chegada  existem  também  pontos 

    negativos. A população que se desloca nem sempre consegue ter possibilidades para 

    ter um nível de vida elevado e, por isso, a “alternativa” é, frequentemente, a habitação 

    dos bairros de  lata e da clandestina. Embora  isto seja a solução prévia, conseguimos 

    ver que  existem  conflitos  étnicos  e  racismos  envolvendo  estes migrantes, quer  seja 

    pela  população  acolhedora,  quer  seja  por  aqueles  que  partilham  estes  bairros 

    clandestinos.  

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  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     7  

    3. Feminização da Imigração 

       

    As migrações  são  um  tema  de  dimensão  colossal  no Mundo  contemporâneo. Num 

    Mundo cada vez mais globalizado, deveria existir mais aceitação por parte dos países 

    acolhedores, mas na verdade nem sempre isso acontece.  

    Durante imenso tempo as migrações eram vista como algo para o ser masculino e por 

    isso até há bem pouco tempo a migração feminina era muito pouco alvo de estudo. A 

    razão pela qual isso acontecia era porque o modelo que prevalecia nessa altura era o 

    patriarcal, onde  as mulheres eram dependentes dos homens, o homem  era o pai  e 

    chefe  de  família  e  por  isso  era  ele  quem  tinha  de  arranjar  o  sustento. 

     

    Dado  isto, Portugal,  até  aos  anos 60,  era um país  essencialmente de  emigrantes. A 

    mulher  até  esta  época  não  estava  inserida  no  mercado,  era  dependente 

    economicamente e estava‐lhes reservado o papel mãe de família.  

    Com  o  passar  dos  anos,  em  1973‐74,  com  as  novas  politicas  e  com  o  fecho  das 

    fronteiras  a  novos  imigrantes,  as mulheres,  embora  fossem minoritárias  nos  fluxos 

    migratórios  tiveram um  grande  aumento. Embora o papel da mulher  se mantivesse 

    igual ao da década de 60, ou seja, papel de reunificação familiar, começou a aceitar‐se 

    a ideia de uma mulher imigrante.  

    Seis  anos  depois,  em  1980,  a  mulher  detinha  um  papel  relevante.  Este  papel  foi 

    importante na medida em que as migrações deixaram de ser vistas como uma decisão 

    pessoal, mas sim como estratégias  familiares. Assim, no decorrer destas mudanças e 

    das medidas  a mulher deixa de  ser dependente,  e  por  essa  razão  começou  a  ser  a 

    chave para as migrações.  

     

     

     

     

     

  • Tânia Marisa Ferreira Ramos 

     8 

     

     

     

     

    As  funções das mulheres  foram progressivamente alterando‐se,  fazendo com que os 

    movimentos migratórios aumentassem também.  

    A  Europa  foi  se  tornando  um  ponto  de  migração,  ou  seja,  um  ponto  recetivo.  

     

    E  por  isso,  Portugal  foi  sempre  recebendo  imigrantes  da  Ucrânia,  do  Brasil,  Cabo‐

    verde,  Angola,  entre  tantos  outros.  No  entanto,  faço  um  especial  destaque  para  a 

    Ucrânia, pois irei abordá‐la. 

     

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  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     11  

     3.1.1 Caracterização da população 

     

     

    A  população  feminina  que  tende  a  imigrar  é  sobretudo  jovem‐adulta,  com  idades 

    compreendidas entre os 19 e os 45 anos, ou seja, em idade fértil.  

    As mulheres provenientes da Ucrânia, vêm em busca de melhores condições de vida, 

    onde os  salários  sejam um pouco mais elevados e que  lhes permita  ter um nível de 

    vida melhor que no seu país de origem.  

     Em relação à educação, existe uma discrepância. Por um  lado, existem pessoas com 

    alta  qualificação,  com  o  ensino  superior.  Por  outro  lado,  pessoas  com menos  nível 

    escolar (tendo apenas o 9º ano).  

     

  • Tânia Marisa Ferreira Ramos 

     12 

     

     

    3.1.2 Situação Laboral 

     

    Embora os Ucranianos tenham mais qualificações que os Portugueses, estes ocupam 

    profissões com menos qualificações e exigências. A  integração destes Ucranianos  foi 

    sempre bem‐sucedida e aos poucos as condições destas comunidades ficam cada vez 

    melhor.  

    Uma  vez  com  grandes  qualificações,  as  expectativas  são  também  elas  elevadas.  As razões  pelas  quais  estas  mulheres  se  mudavam  era  essencialmente  pelos  salários precários.  

     

    “Em 90% dos casos, vieram para Portugal por razões económicas, segundo o estudo, que usa inquéritos a populações de Leste em 2002 e 2004, devido aos baixos salários. Para 55% dos 735 inquiridos (89,4% ucranianos) na primeira pesquisa, os rendimentos na origem eram inferiores a 50 euros mensais e em 83%  a  100  euros,  quando  o  valor médio  considerado  suficiente  para  uma família  de  quatro  pessoas  naquele  país  era  de  309.”  (in  Jornal  Notícias‐ 2011).   

    Existem vários  tipos de postos de  trabalhos ocupados por Ucranianos,  como a construção civil, indústria, entre tantos outros.  

      

    “Na entrada em Portugal, ocuparam‐se maioritariamente na construção civil (44,1%),  nos  serviços  (19,2%)  e  na  indústria  transformadora  (12,8%).  Por outro  lado, 65,2% passaram a ser  trabalhadores não qualificados e apenas 1,9%  ocuparam  profissões  intelectuais  e  científicas  e  2,2%  de  nível intermédio.” (in Jornal de Notícias ‐ 2011). 

       

  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     13  

    Descrição detalhada da pesquisa 

    Ao  iniciar  a  minha  pesquisa  sobre  o  tema  migrações,  percebi  que  existia  muita 

    “matéria” sobre este assunto, o que acabou por me dificultar a escolha. Embora, em 

    muitos  casos,  ter  muita  informação  é  positivo  seja  necessário  salientar  que  nem 

    sempre tudo o que encontramos é credível ao ponto de permitir elaborar um trabalho 

    com rigor.  

    Assim,  tendo  em  conta  o mundo  de  informação  que  dispunha,  foquei‐me  em  duas 

    dimensões migrantes femininas e as comunidades femininas ucranianas em Portugal. 

    Esta escolha deve‐se ao facto de na minha ficha de  leitura estarem apresentadas três 

    comunidades  de migrantes  em  Portugal:  comunidade  brasileira,  ucraniana  e  cabo‐

    verdiana.  

     

    Numa primeira  fase, pesquisei notícias, dados estatísticos e  livros que me pudessem 

    dar  informação  relevante  para  execução  do  trabalho.  Utilizei  então  a  B‐ON  e  a 

    biblioteca  da  Faculdade  da  Economia  da  Universidade  de  Coimbra. 

    A verdade é que não encontrei livros relevantes, mas o que me ajudou mais foi o que 

    utilizei  para  a  ficha  de  leitura  –  Imagens  de  mulheres  imigrantes  na  imprensa 

    portuguesa  ‐  análise  do  ano  2003,  de  Clara  de  Almeida  Santos.  

    No  campo  das  notícias,  posso  salientar  as  que  revelaram mais  credibilidade  e mais 

    pertinentes como as do Jornal de Noticias e Sol. 

    Numa segunda fase, utilizei o CES – Centro de Estudos Sociais – de forma a encontrar 

    artigos de revistas de ciências sociais. Pesquisei nas oficinas dos ces, de forma a obter 

    mais informação mais concisa. Porém, não acrescentou mais nada àquilo que já tinha 

    recolhido,  apenas  utilizei  como  forma  de  complemento  em  algumas  partes.  

     

     

     

  • Tânia Marisa Ferreira Ramos 

     14 

     

     

    Posteriormente,  recolhi  informação  diretamente  da  internet  de  sites  e  de  blogs. 

    Através  do motor  de  busca  – Google  ‐  e  com  os  operadores  booleanos  comecei  a 

    esboçar o meu percurso no mundo da internet. Assim sendo, utilizei as aspas, o mais a 

    fim de encontrar algo com pertinência para o trabalho.  

    O  site  que  me  ajudou  mais  na  elaboração  do  trabalho  foi  o  da  AMI, 

    http://www.ami.org.pt/,  onde  pude  retirar  informação  de  há  umas  décadas  atrás  e 

    completá‐la com a informação atual.  

    Existiram as fontes, como o relatório do Parlamento Europeu sobre o papel da mulher 

    migrante na europa.  

     

     

  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     15  

    Avaliação da página da internet 

     

    A  página  da  Web  que  eu  elegi  para  ser  avaliada  é  o  da  Assistência  Médica 

    Internacional,  também  designada  pela  sigla  AMI,  disponível  em 

    http://www.ami.org.pt/ 

    Esta página é bilingue encontrando‐se disponível em  língua portuguesa  e  em  língua 

    inglesa. A nível funcional encontramos do lado esquerdo uma secção de menus: Tudo 

    sobre a AMI, AMI no Mundo, AMI em Portugal, AMI e o Ambiente, NATAL 2012, SOS 

    POBREZA, Ajudar a AMI, Divulgação AMI e ainda uma caixa de pesquisa.   

    Ao centro, encontramos as notícias e os destaques, dando uma principal  importância 

    às  campanhas,  nomeadamente,  à  do  Natal.  Todas  estas  informações,  toda  esta 

    estrutura  transformam esta página da Web mais atrativa e com maior  facilidade em 

    termos de acessos. 

    A escolha desta página deve‐se ao facto de esta estar inteiramente conectada ao meu 

    tema, as migrações, achei bastante pertinente a informação que pude recolher através 

    da  leitura de  três excertos disponibilizados no próprio  site, mais concretamente em: 

    http://www.ami.org.pt/default.asp?id=p1p211p215p341&l=1, disponíveis para fazer o 

    download para uso próprio.  

    Recorrendo aos operadores booleanos, utilizando o Google como motor de busca para 

    o link: http://www.ami.org.pt/, deparei‐me com cerca de 395 000 000 resultados, em 

    menos de 28 segundos, o que revela que o site tem extenso reconhecimento.  

    Fazendo  uma  avaliação  mais  concisa  e  partindo  para  a  qualidade  desta  página, 

    podemos verificar que a qualidade de texto apresentada é agradável. O seu conteúdo 

    é de  fácil  leitura, abordando  temas de cultura geral e com bastante  interesse,  tendo 

    apenas um especial  tratamento na  forma como é elaborado. Assim sendo, podemos 

    verificar  que  em  termos  de  acessibilidade,  é  bastante  favorável  uma  vez  que  as 

    pessoas  não  necessitam  de  grande  formação  para  a  compreensão  dos  textos  e  da 

    informação exposta no site. Devemos assim referir, que o grau de amplitude deste site 

    é vasto, isto é visível logo nos menus, onde temos os vários assuntos abordados.  

  • Tânia Marisa Ferreira Ramos 

     16 

     

    Embora  o  fundo  da  página  seja  uma  cor  que  geralmente  é  considerada  berrante  e 

    pouco  “amigável”,  acho  que  o  vermelho  exposto  como  cor  de  fundo,  não  seja 

    prejudicial, na medida em que a leitura do texto e do conteúdo da página é efetuado 

    de uma forma pacífica, onde o contato visual é estabelecido sem quaisquer danos.  

    No meu ponto de vista, este site é uma fonte profunda, uma vez que quando elaborei 

    a minha leitura pela informação que era pertinente encontrei inúmeras datas ligadas a 

    factos históricos  importantes. Podemos até mesmo fazer um recuo, por exemplo, até 

    aos anos 60 e ter a explicação das ocorrências dessa época.  

    Quanto  ao  formato  da  página,  ela  revela  uma  estrutura  bem  elaborada,  onde  os 

    conteúdos  estão  em  suporte  escrito  e  grande  parte  dá  para  aceder  através  de  um 

    download gratuito. Uma das qualidades desta página, na minha opinião, é o custo, isto 

    é, o custo da publicidade que nem chega a existir. É assim, uma página limpa onde não 

    é necessário dar algo a fim de se ter informação, é portanto, um site gratuito.  

    É  importante  salientar  que  este  site  se  encontra  atualizado,  dados  da  última 

    atualização – 20‐12‐2012, às 11:38. A informação é totalmente neutra e por isso torna‐

    se credível.  

    Em  suma, embora o  site  contenha alguns erros, estes não afetam a página da web, 

    nem o seu conteúdo. Considero então um site fidedigno, completo, bem organizado, 

    com bastante informação, que evidencia a sua autenticidade e o bom funcionamento.  

  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     17  

    6. Ficha de Leitura  

     

    Título: Imagem de mulheres imigrantes na imprensa Portuguesa – Análise do ano 2003 

     

    Autor da obra: Carla Almeida Santos  

     

    Local onde se encontra: http://www.oi.acidi.gov.pt/docs/Col_Teses/14_CAS.pdf 

     

    Data de publicação: Novembro 2007 

     

    Editora: Alto‐comissariado para a imigração e diálogo intercultural (ACIDI, I.P.)  

     

    Palavras‐chaves: Migrações: imigrações e emigrações, mulheres imigrantes, mercado 

    laboral, valores e atitudes 

     

    Nº de capítulos: 2 capítulos (2º e 3º capitulo) 

     

    Nº de páginas: 17 – 47 

     

    Data de leitura: Outubro 2012 

     

     

  • Tânia Marisa Ferreira Ramos 

     18 

     

     

    Resumo: 

     

    No mundo atual, vivemos na “idade das migrações”, devido à necessidade de 

    obter melhores condições de vida e de trabalho. Existem inúmeros fatores explicativos 

    para estes movimentos migratórios a que assistimos. O fim do Bloco Soviético levou à 

    criação de novos países e fronteiras que deixam de estar sob comando da Rússia. 

    Observamos que as mulheres nunca foram o motor destes movimentos, porém 

    têm‐se vindo a afirmar. Isto deve‐se ao facto do marido ser o primeiro a partir, 

    reunificando‐se posteriormente a família. Portugal é caraterizado por cinco períodos 

    migratórios e é considerado como destino pelos americanos, PALOPs e europeus de 

    leste, transformando‐o num país multicultural. Existem dois tipos de migração: laboral 

    e educacional. Geralmente, estes movimentos desenvolvem‐se em prol de melhores 

    condições, porém a população do país de acolhimento não aceita estes novos 

    imigrantes. 

      

       

  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     19  

     Estrutura:  

    A “era das migrações” vivida atualmente tem vindo a mostrar um aumento dos 

    fluxos migratórios. Segundo os vários autores, isto tornar‐se‐á uma tendência cada vez 

    mais elevada.  

    Estes  movimentos  começaram  a  ser  mais  sentidos  e  a  tornarem‐se  mais 

    significativos após a  rutura do bloco  soviético e onde se veio a verificar, mais  tarde, 

    com a queda do muro de Berlim, um aumento vertiginoso. Para além destes  factos 

    históricos  que  contribuíram,  sem  dúvida,  para  a  movimentação  da  população, 

    encontramos ainda a formação da UE (União Europeia) que face à entrada em vigor do 

    acordo de Schengen (1993) facilitou a livre circulação das pessoas.  

    No  que  toca  a  tirar  conclusões  sobre  o  número  de migrantes,  torna‐se  um 

    pouco  impossível, uma vez que os que os números dos  imigrantes  ilegais são apenas 

    colocados  sob  forma  de  suposição.  Porém,  segundo  a ONU, estima‐se que  cerca  de 

    três  por  cento  da  população  mundial  é  constituída  de  migrantes 

    internacionais. Existem alguns países que  se destacam pela quantidade de população 

    migrante que albergam, caso disso é a América do Norte e a Europa.  

    Quanto  à  sua  composição,  poder‐se‐á  afirmar  que  é  maioritariamente 

    masculina, visto que é o homem o primeiro a migrar e só posteriormente a mulher.  

    Na  análise das mulheres  imigrantes na  interação  com mercado  laboral, observamos 

    que a motivação  laboral é o que mais pesa no momento de emigrar. Embora  sejam 

    poucas  face  ao  homem,  se  analisarmos os  dados  existem  cerca  6,4  milhões  de 

    mulheres na Europa que não são  cidadãs completas do país em que habitam,  sendo 

    que existe mais de um milhão de  trabalhadoras. Trabalham  sobretudo em  limpezas, 

    como limpezas industriais, em casas particular e entre outras.  

    Embora os imigrantes tenham um papel positivo, aumentam a natalidade, aumentam 

    as contribuições para o estado – contribuindo assim para uma balança positiva‐ e por 

    fim, podem rejuvenescer a população dos países de acolhimento, são olhados com um 

    certo repúdio e desconfiança.  

  • Tânia Marisa Ferreira Ramos 

     20 

     

    Achando que os imigrantes serão vistos como os responsáveis pela diminuição 

    do emprego. Porém, estes  imigrantes ocupam apenas os  cargos que exigem poucas 

    qualificações  e  que  por  norma  não  são  desejados  pelos  cidadãos  do  país.  Logo,  de 

    forma resumida, embora a  imigração tenha aspetos positivos também contém alguns 

    negativos,  como: aumentar o grau de desconfiança e  criar um maior  sentimento de 

    ameaça.  

    Após esta breve análise de alguns aspetos migratórios e composição estrutural 

    dos mesmos, passamos a analisar a história migratória portuguesa, caraterizada em 5 

    períodos.  

    No primeiro (assim como nos outros dois para além deste), a emigração é mais 

    significativa  que  a  imigração.  Esta  primeira  fase  corresponde  à  década  de  60. 

     Nesta  época,  a  imigração  surgia  de modo  a  colmatar  a  emigração  (ou  seja,  existia 

    muitos portugueses a partir para a América e Europa do Norte). 

    Os anos 70 dão início ao segundo período de imigração em Portugal, o deflagrar 

    das guerras coloniais, faz registar um grande fluxo de pessoas oriundas dessas regiões. 

    Com o 25 de Abril de 1974 e a descolonização, este fluxo faz‐se de um modo intenso. 

    No ano de 1980 existiam cerca de 58.000 residentes estrangeiros sendo 48 por centro 

    de origem africana, 31 por centro europeus, e 11 por centro oriundos da América do 

    Sul. 

    Estas mudanças em relação ao número global da população foram, sem dúvida, 

    extremamente  positivas  para  Portugal,  uma  vez  que  existiam  grandes  alterações  a 

    nível  de  nascimentos,  casamentos,  e  até  no  rejuvenescimento  da  população  global 

    portuguesa. 

    Neste  seguimento,  os  anos  70  ficaram  também marcados  pela  evolução  do 

    processo de industrialização. O facto de Portugal ter entrado para a EFTA, abriu o País 

    a novos investimentos, tornando‐o num destino mais apetecível. 

    O terceiro período é marcado pela estabilização destas mudanças, situa‐se nas 

    décadas  de  80  e  90.  Os  fluxos  são  marcados  pela  continuidade  da  população 

    proveniente  dos  Países  Lusófonos,  especialmente  de  Cabo‐Verde  e  Brasil.  

  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     21  

    É marcado  também  pelo  crescimento  económico  o  que  favorece  o  país  como  um 

    destino ainda mais apetecível. 

    A entrada na CEE, em 1986,  com os  fundos  comunitários estruturais,  reforça 

    ainda mais a ideia de um país com oportunidades.  

     

    Os últimos anos do século XX marcaram o quarto período, que se caracteriza por uma 

    nova baixa média de crescimento da população estrangeira que passa para os 6,4 % 

    com um influxo do Brasil.  

    Conseguimos constatar a partir das várias fases que os imigrantes que Portugal 

    “recebe” são países onde estabeleceu relações. Além destas relações estabelecidas, a 

    língua é um facto importante na hora de escolher o destino.  

    Portugal passa  então  a  ser  capaz de  absorver mão‐de‐obra  estrangeira. Para 

    além disto,  a década de  90  corresponde  a uma  explosão de obras públicas  como  a 

    Ponte Vasco da Gama, Expo 98 e Porto 2001.  

    Em termos laborais, por um lado os indivíduos instruídos vindos da Europa. Por 

    outro, os  imigrantes dos PALOP sem qualificação. Isto traduz uma evolução positiva a 

    nível de qualificação da mão‐de‐obra e de melhoria de condição de vida.  

    Em relação ao período anterior, sentia‐se um certo otimismo, razão que levava 

    a  estabelecer  um  novo  período  de  imigração.  O  SEF  (Serviços  de  Estrangeiros  e 

    Fronteiras) registou cerca de 68% de estrangeiros legais em Portugal. Deste modo, foi 

    iniciado um período extraordinário de legalização.  

    Com  os  movimentos  migratórios  surgem  os  processos  extraordinários  de 

    legalização e  legislação. A explicação para o aumento de percentagem de população 

    estrangeira reside na abertura de vários períodos extraordinários de legalização. Em 10 

    anos (entre 1992‐ 2002) foram levados a cabo 3 processos de legalização.  

    Em  Portugal, o primeiro processo  extraordinários de  legalização  foi  em  1992 

    onde foram legalizados cerca de 39.166 estrangeiros. 

  • Tânia Marisa Ferreira Ramos 

     22 

     

     Em  1996,  o  Governo,  abriu  um  período  na  qual  foram  legalizados  35.082 

    cidadãos. Mais  tarde em 2001, o mesmo governo abre mais um período permitindo 

    que 174.558 pessoas fossem legalizadas. Por fim, o 2003 que teve um caráter especial, 

    foi  um  período  para  Brasileiros  em  situações  irregulares  foram  legalizadas  15  mil 

    pessoas. 

    Nestes casos e embora o Mundo seja feito de vários migrantes a população dos 

    países  que  os  acolhem  nem  sempre  estão  predispostos  a  contribuir  e  ajudar,  bem 

    como a aceitá‐los o que leva a que o processo de integração e adaptação se torne mais 

    difícil. Por outro  lado, esta não‐aceitação pode  levar à  criação de preconceitos e de 

    atitudes racistas.  

  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

     23  

     

    7. Conclusão 

     

    Com  este  trabalho,  procurei  desenvolver  uma  análise  sobre  os  movimentos 

    migratórios  femininos,  a  sua  evolução,  bem  como  uma  abordagem  mais  restrita, 

    nomeadamente, sobre a comunidade Ucraniana em Portugal.  

     

    Assim, achei oportuno começar por  referir o que eram as migrações, a história e as 

    evoluções. Posteriormente, abordei os fatores que leva a população sair do seu país e 

    as suas consequências.  

    O que nos permite analisar que as pessoas estabelecem estes movimentos porque o 

    seu  país  deixou  de  origem  deixou  de  lhes  oferecer  condições  de  vida  para  as 

    expetativas  que  estas  tinham.  É  importante  referir  que  isto  também  traz 

    consequências, uma  vez que quando  as pessoas deixam os  seus países  acabam por 

    fazer  com que a população envelheça,  tudo porque quem parte é maioritariamente 

    jovem. No outro  “polo”, encontramos o país que acolhe e que vai por  isso  ser mais 

    jovem  e  mais  atrativo.  

     

    Assim,  percebemos  que  as  mulheres  começaram  a  migrar  devido  à  mudança  da 

    própria sociedade e dos modelos familiares. Inicialmente, a mulher tinha uma função 

    de dona de casa e mãe de  família, onde o seu  lugar era unicamente a casa e as suas 

    tarefas  eram  limpar  e  cuidar  dos  seus  filhos.  Dado  a  evolução  familiar,  a  mulher 

    começou a deixar de ser dependente do homem e a procurar melhores condições para 

    ela mesma e se no início a mulher era a última a partir, agora era a primeira. 

    A  Europa e Portugal  têm  sido  espaços  acolhedores. Portugal  tem  acolhido  cada  vez 

    mais comunidades Brasileiras, Angolanas e Ucranianas. 

    Podemos analisar, ao longo deste trabalho, que embora sejam espaços acolhedores, as 

    populações nem sempre estão recetíveis a estas entradas populacionais. 

  • Tânia Marisa Ferreira Ramos 

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  • A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal  

     

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    8. Referências Bibliográficas 

      

    • Alves, Alexandra (2011), “ Semana de Geografia discute as migrações no mundo atual”, 12 de Dezembro. Página consultada a 17 de Novembro de 2012    

    • AMI – Assistência Médica Internacional. (2012), “Migrações”. Página consultada a 18 de Novembro de 2012. Disponível em   

    • INE (2008), “População estrangeira com estatuto legal de residente (Nº) por local de residência (NUTS ‐ 2002) e Nacionalidade; Anual”. Página consultada a 18 de Novembro de 2012. Disponível em   

    • INE (2010). “Imigrantes (Nº) por Sexo, Idade, e Naturalidade; Anual”. Página consultada a 18 de Novembro de 2012. Disponível em   

    • Jornal de Notícias (2009), “Comunidade Ucraniana é a segunda maior em Portugal”, 14 de Julho. Página consultada a 16 de Novembro de 2012. Disponível em   

    • Jornal de Notícias (2011), “Profissões de ucranianos em Portugal não ligam com qualificações”, 16 de Janeiro. Página consultada a 17 de Novembro de 2012. Disponível em    

    • Santos, Clara de Almeida (2007), Imagens de mulheres imigrantes na imprensa portuguesa – análise do ano 2003. Lisboa: ACIDI, pp. 17‐47  

  • Anexo I 

    Página da Internet Avaliada 

     

      

        

               

  • Anexo II 

    Texto de suporte de ficha de leitura