Faculdade de Economia Universidade de Coimbra · Trabalho realizado por João Rafael ... atingindo...
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Faculdade de Economia
Universidade de Coimbra
Trabalho realizado por João Rafael Correia Carvalheiro,
aluno nº 20031979 ([email protected]) no
âmbito da Cadeira de Fontes de Informação Sociológica
Coimbra, Janeiro de 2004
ÍNDICE
Introdução…………………………………………………………………………….1
Conteúdos…………………………………………………………………………….3
O Futebol numa perspectiva Antropo-Sociológica…………………………..7
Ficha de Leitura…………………………………………………………………….12
Avaliação de uma página Web…………………………………………………..16
Conclusões….………………………………………………………………………21
Referências Bibliográficas………………………………………………………..22
• Anexo I
• Anexo II
• Anexo III
• Anexo IV
INTRODUÇÃO
O Euro teve as suas origens remotas em Paris em 1953, ao serem formadas as
confederações de futebol num congresso extraordinário. A França em 1960 deu o
“pontapé de saída”.
A candidatura de Portugal, à realização do Euro 2004 foi manifestada pela
Federação Portuguesa de Futebol e apoiada pelo Governo Português e por 70% da
população (http://www.fpf.pt/euro2004/). No universo do desporto em geral e do
lazer, o futebol ocupa um lugar central, quer como “desporto nacional”, quer
“Europeu”, atingindo todos os grupos na sua prática e na paixão que desencadeia.
Na apresentação deste estudo, objectivam-se características comuns do futebol
e das sociedades modernas, evidenciando a importância da sorte e o seu não controle,
a competição, a divisão de tarefas, a felicidade de uns e a infelicidade de outros. A
arbitrariedade da justiça, os paradigmas da actividade colectiva.
Demonstrando que é um fenómeno social universal e particular, mobilizando a
totalidade da sociedade e das suas instituições, globalizantes ou local.
A importância da pesquisa documental exaustiva, sistemática e linear, tendo
em conta a diversidade das fontes. Sendo um fenómeno contemporâneo, estando
ainda numa fase exploratória e aberta em múltiplas direcções a uma pesquisa para a
procura da construção dos discursos nacionais e da relação com o Futebol.
A história pregressa é curta e não relevante, sendo a estatística actual
desprezível.
Os assuntos e conteúdos presentes na página da Internet (www.euro2004.com),
mostram o empenhamento dos mais altos signatários da nação, até ao envolvimento
da maioria da população e dos media.
Também alguns índices económicos, nomeadamente desenvolvimento local,
regional e nacional, com a construção de dez novos estádios, a valorização e mais-
valia que representam para as referidas populações.
1
A conquista de estruturas globais (vias de comunicação, espaços de congresso,
de lazer, de investimento, de suporte político, de reflexão, mais notoriedade e mais
valor social, melhoria da política cultural e urbana).
Estas informações visam penetrar nos múltiplos grupos profissionais,
sobretudo classe média e estudante a envolverem-se neste projecto. À população a
demonstrar a reconhecida hospitalidade portuguesa.
A realização de um trabalho desta índole não aparece ainda abordado
objectivamente, nas múltiplas publicações do desporto. Começam no entanto a ler-se
nos jornais e revistas o aparecimento de esperanças ou inquietudes que suscitam
reflexão e análise num País que apesar de “à beira mar plantado” mostra múltiplas
carências a nível social, núcleos de pobreza e assimetrias sociais, incompreensíveis
para uns, enquanto que para outros “o sonho comanda a vida”.
2
CONTEÚDOS
O processo de organização deste capítulo do trabalho procura seguir os
critérios de pesquisa, consulta e referenciação das fontes , ministrados pelo professor
Paulo Peixoto (2002).
Sendo este, um tema actual, não conseguimos identificar fontes primárias que
nos pudessem fornecer elementos para análise.
Recorremos, em primeiro lugar, a uma pesquisa na Internet, utilizando vários
motores de busca, sendo o “Google” aquele que nos forneceu um maior número de
páginas, das quais destacamos:
- http://www.euro2004.com (UEFA, 1998/2004)
Este é o site oficial da UEFA, apresenta-se em oito línguas diferentes, entre as
quais, naturalmente a portuguesa. Contém informações diversas sobre o torneio e a
organização, notícias actualizadas com frequência, venda de bilhetes, e vasta
publicidade dos patrocinadores. Não apresenta links.
- http://www.pt04.net (pt04.net, 2003)
Este site oferece-nos uma sondagem sobre qual a equipa favorita à vitória final
no Euro 2004, em que os visitantes votam. Apresenta um lote elevado de notícias, com
145 registos, aliás, é a única que faz uma amostragem estatística onde são igualmente
referidos o número de jogadores possíveis para o torneio, idades, número de
fotografias, datas diversas, numa perspectiva de mera curiosidade futebolística.
Faz ainda uma apresentação de assuntos designados por “TOP”, que nos levam
a jogadores nacionais de destaque, às notícias mais lidas e aos assuntos mais
importantes.
Há também uma referência ao alojamento que nos transporta ao portal da clix,
sobre este tema para o Euro 2004. Faz alusão histórica a todos os Campeonatos da
Europa de Futebol, desde 1960, e finalmente possui um denominador comum à
maioria das páginas consultadas, as informações sobre jogadores, treinadores,
selecções, constituição dos grupos e estádios;
3
- http://www.tugas.do.sapo.pt
Esta página tem a particularidade de apresentar números e dados estatísticos
sobre o Euro 2004, que apresentamos como Anexo I.
Para a pesquisa de livros em suporte tradicional, recorremos inicialmente ao
site www.fe.uc.pt, seleccionámos “pesquisa bibliográfica” que nos levou a um vasto
conjunto de ligações nacionais de Catálogos, Centros de Documentação e Bibliotecas.
Consultámos o Catálogo da Biblioteca da FEUC, o Catálogo Colectivo das Bibliotecas da
Universidade de Coimbra (base geral), e ainda as Bibliotecas do Instituto de Ciências
Sociais da Universidade de Coimbra e da Universidade Nova de Lisboa, onde não
encontrámos nada relacionado com “Euro 2004”.
Nas Bibliotecas e Centro de Documentação do motor de busca “Sapo”, foram
encontrados 6 sub-directórios, contendo 71 Bibliotecas e Arquivos, não tendo sido
encontrada em nenhum deles qualquer referência a “Euro 2004”.
Na base de dados da FEUC (a Porbase), e através da associação
“futebol+sociologia”, encontrámos as seguintes referências bibliográficas:
- Bufford, Bill (1994), Entre os vândalos o futebol e a violência – Lisboa Edições
ASA;
- Coelho, João Nuno (2001), “Portugal, a equipa de todos nós – Nacionalismo,
futebol e media.” Porto: Edições Afrontamento;
- Defrance, Jacques (2000), “Sociologie du Sport” – Paris: Edicion La
decouverte;
- Machado, Igor José de Reno (2000), Futebol, clãs e nação – Rio de Janeiro:
Edição Dados;
- Sousa, M. (1997), História do Futebol, origens, nomes, números e factos –
Mem Martins: Sporpress.
Do livro de João Nuno Coelho, retirámos um capítulo para a colaboração da
ficha de leitura.
Interessando a temática de modo indirecto, encontrámos, numa revista
especializada de sociologia e em outras de âmbito informativo, artigos que interessam
ao tema:
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- Ferreira, Claudino (1998), Revista Crítica de Ciências Sociais – Nº 51 –
Organização de grandes eventos;
- Cadernos de “A Bola” – Edição do jornal “A Bola”
Através de aconselhamento pessoal especializado no ramo da Educação Física e
Desporto, foi-nos disponibilizada alguma bibliografia de onde pudemos concluir que
existe um desinteresse quase generalizado dos sociólogos pelo fenómeno desportivo,
que “mostra à evidência a falta de perspectiva social que ao desporto se atribui”
(Esteves, 1970).
Em “O desporto e as estruturas sociais”, da autoria de José Esteves, a análise do
fenómeno desportivo é feita com base na “competição-hostilidade”, como reflexo
expressivo de agressividade e das estruturas sociais, onde a exaltação pessoal se
realiza à custa da humilhação do vencido e dos seus simpatizantes.
Já o livro “Para uma nova dimensão do desporto” de Manuel Sérgio, data de
1974 e foi terminado antes da revolução de Abril. Trata-se de uma compilação de
artigos da sua autoria, que fazem uma análise das suas características individualistas e
racionalistas, sendo o sistema educativo de então dualista e mecanicista, repressivo,
repetitivo e elitista, tal como o desporto em Portugal, procurando de seguida,
estabelecer normas e princípios para que este se torne um veículo cultural e de
entendimento entre os homens “vivido por actores e espectadores, com senso estético
e sentimentos de festa; arquitectura, engenharia e urbanização, capazes de satisfazer
as exigências da formação, da recreação e da especialização”.
Em “A busca da excitação” de Norbert Ellias (1972), a análise da prática
desportiva com tendência para a violência, em particular o futebol, “integra-se no
vasto campo de análise da sociedade global, fugindo às compartimentações dos
especialistas do desporto e convidando-os a reflectir com maior profundidade sobre
um dos fenómenos essenciais da nossa civilização.
Na obra mundialmente famosa de Desmond Morris (1967), “O macaco nu”, o
autor estabelece permanentes comparações entre os primatas e o Homo Sapiens,
evidenciando a herança genética deste em relação àqueles, em todas as actividades
5
humanas, organização social e emoções, colocando-o como a 193ª espécie de
macacos e símios.
Em “O futebol no banco dos réus”, a equipa de autores de Leicester, Patrick
Murphy, John Williams e Eric Dunning (1994), fazem uma reflexão sobre ”as questões
da violência e indisciplina dentro e fora das quatro linhas”, deixando em aberto uma
saída promissora, com base no exemplo do desenvolvimento do futebol nos Estados
Unidos, onde estes problemas não se levantam.
“O Desporto e a sociedade”, obra de P. C. McIntosh (1967), analisa de forma
retrospectiva e transversal, a evolução do desporto, numa perspectiva sócio-política,
desde os Jogos Olímpicos da Antiguidade, até aos nossos dias.
O livro “A tribo do futebol” de Desmond Morris (1981), serviu de base, de linha
orientadora e de consulta, ao desenvolvimento do tema que a seguir se apresenta.
Descreve o futebol como contrapartida moderna do padrão primitivo da caça, com
todos os seus ritos e cerimoniais, superstições e crenças.
6
O FUTEBOL NUMA PERSPECTIVA ANTROPO-SOCIOLÓGICA
Abordar um tema que ainda não é, mas será um acontecimento futuro, é uma
tarefa com um grau de dificuldade elevado, atendendo a que as fontes existentes se
dedicam à promoção do evento e de Portugal como destino turístico, dos novos palcos
“do espectáculo” e dos agentes que nele irão estar envolvidos.
Estando todavia este tema dentro de um outro muito mais abrangente, que é
ofutebol, decidimos efectuar uma abordagem antropo-sociológica sobre este
fenómeno, mais congregador que qualquer outro, mesmo se incluirmos os credos
religiosos e as ideologias políticas.
O fascínio que um conjunto de 22 homens (e mulheres desde há poucos anos)
chutando uma bola num espaço limitado, exerce sobre as multidões, os especialistas,
os espectadores em locais públicos e privados, é de tal grandeza, que merece
certamente estudos muito mais aprofundados, do que aqueles elaborados até ao
momento.
O futebol é a actividade que actualmente, consegue atrair a maior audiência de
entre todos os acontecimentos da história da humanidade. Segundo a FIFA mais de 1.3
mil milhões de pessoas assistiram à final do Campeonato do Mundo de Futebol
em1998 (quase 1/4 da população mundial) e estima-se em mais de 37 mil milhões, a
audiência acumulada durante este torneio (mais de 6 jogos por habitante do planeta),
enquanto os 64 jogos disputados tiveram mais de 2.7 milhões espectadores (FIFA).
Estes números, mais do que esclarecedores do macro interesse pelo “desporto
rei”, como é conhecido na gíria popular, podem tornar-se assustadores numa
perspectiva sociológica, pois o desporto, de acordo com a maioria dos autores, é de
alguma forma, o reflexo de uma sociedade em que vivemos, pelo que “no tipo actual
de relações humanas, o desporto é, naturalmente, um fenómeno de alienação”
(Esteves, 1970). A forma como o homem tem vindo a organizar-se socialmente ao
longo da sua história levou-o à “competição desportiva do «homem-contra-o-
homem», em que uns ganham o que os outros perdem, é, exactamente, a mesma
forma que sabemos do processo económico e da estratificação social” (Esteves, 1970).
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As origens, segundo Desmond Morris, remontam a raízes tribais, quando os
nossos primitivos antepassados eram caçadores de animais selvagens, e do sucesso
das caçadas dependia a sobrevivência da espécie. A evolução genética foi espantosa, já
que tivemos que deixar as árvores, transformando os nossos corpos em máquinas de
correr, tornando-nos ágeis e rápidos (velozes), resistentes (corredores de fundo),
fortes e com destreza para lutar e arremessar engenhos que matassem a presa (luta e
lançamentos). A diferenciação sexual foi-se também acentuando de forma natural,
uma vez que as tarefas maternais impediam muitas vezes a participação das fêmeas.
Começa aqui a divisão do trabalho.
As atitudes mentais tiveram igualmente uma evolução fabulosa. Passar da
recolha de frutos para as caçadas de carnívoros robustos e especializados, requeria o
desenvolvimento da inteligência, da habilidade, da persistência, da concentração numa
tarefa, do trabalho de grupo (comunicação, cooperação e estratégia), na concepção de
tácticas, correndo riscos, montando armadilhas e finalmente, visar a morte da presa.
Teremos que concordar que todos estes factores são evidenciados nos
desportos, mais nos colectivos e, em particular, no futebol.
À medida que o homem descobria a agricultura e a domesticação dos animais,
verificava quão mais fácil e eficaz esse sistema era, permitindo uma maior abundância
e a até o armazenamento dos excedentes, criando reservas para períodos difíceis. Este
período trouxe consigo um modo de vida mais tranquilo, mas contrário ao espírito do
caçador. Faltava o desafio da presa, a excitação dos riscos inerentes à caçada, e,
principalmente, o clímax da morte.
Como existiam muitos terrenos propícios e animais em abundância, a solução
encontrada foi perpetuar a caça, não como forma de subsistência, mas como lazer.
Nasceram assim os desportos sangrentos.
Com a rápida e crescente concentração demográfica em zonas que viriam a
tornar-se grandes centros urbanos, tornava-se necessário preencher o vazio deixado
pela falta de condições para continuar a praticar a caça e desportos em campo aberto.
Em Roma antiga é construído o Coliseu, palco com dimensões um pouco mais
reduzidas que um estádio de futebol, e portanto de grande impacto visual, para onde
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são trazidos milhares de animais selvagens de todo o mundo, na qualidade de
condenados à morte, actores involuntários de espectáculos onde eram brutalmente
chacinados perante o gáudio de 45.000 a 50.000 espectadores, durante cerca de cinco
séculos.
Também a tourada teve as suas origens remotas nos jogos romanos,
subsistindo ainda hoje em alguns países, entre os quais, o nosso. Parece ser a única
actividade importante que sobreviveu de entre os desportos sangrentos antigos,
estando contudo ameaçada, tais são os ataques que actualmente sofre, sejam directos,
por atentarem contra os direitos dos animais, ou indirectos, através da implantação
cada vez mais forte do futebol, nas culturas onde ainda sobrevive.
Dentro dos já muito raros exemplos de “caçada urbana”, encontra-se a corrida
de touros de Pamplona, que apaixonou Hemingway, por trazer consigo toda essa carga
genética, carregada de excitação, causada pelo gosto do risco. Não são raras as mortes
provocadas pelos touros em fuga das hordas de perseguidores.
Com o surgimento de atitudes humanas no início do século passado, passou a
registar-se uma atitude mais humana perante os animais e, em pouco tempo, a maior
parte dos abusos sobre eles cometidos, foram decrescendo.
Este foi também o período da Revolução Industrial, que provocou migrações em
massa do campo para as fábricas, deixando um vazio no que diz respeito ao
entretenimento das massas. Estavam criadas as condições para o nascimento de um
desporto substituto da caça, sem armas nem animais e, fundamentalmente, sem
sangue.
Desconhece-se a origem segura do futebol, mas existem referências a diversos
jogos utilizando desde bexigas de animais a bolas de penas, que remontam à
antiguidade clássica, atravessando todas as épocas, embora sem consistência, mas
igualmente sem nunca terem desaparecido.
Em Inglaterra, pioneira da Revolução Industrial, durante a primeira metade do
século XIX, desenvolveu-se nos colégios apenas acessíveis à classe média, que
emanava da novel burguesia, um jogo de pontapear a bola, que veio a gerar o futebol
(e também o rugby). Crescendo tão rapidamente quanto a nova ordem social, depressa
9
a classe dominante percebeu que os “seus” trabalhadores necessitavam de ocupar os
tempos livres entretanto conquistados, de uma forma saudável, que contribuísse para
a manutenção de uma boa forma física e mental, sinónimo de maior capacidade de
trabalho. Ao mesmo tempo, contribuía para o nascimento de ídolos, símbolos
triunfantes da classe operária que conseguiam libertar-se da vida árdua e difícil, mas
que em simultâneo eram inofensivas para a classe dominante.
Rapidamente os industriais perceberam o potencial do futebol e assim
promoveram a sua profissionalização, construíram estádios cada vez maiores, e foram
gerando organizações e estruturas que até hoje têm contribuído para o futebol-
espectáculo dentro do futebol-indústria.
“O fenómeno desportivo é, naturalmente mais intenso nos países onde os
ressentimentos resultantes das desigualdades sócio-económicas são mais frequentes
e gritantes” (Esteves, 1970). Em Portugal e nos países latino-americanos, o futebol é
um exemplo paradigmático do referido, existindo também, por parte dos governos e
empresários de sucesso, um forte apoio, principalmente aos clubes e à construção de
estádios.
Numa consulta aleatória que efectuámos aos três jornais desportivos diários (A
Bola, Record e O Jogo), durante um período de três dias consultadas as edições da
manhã e utilizando a mesma média para os três jornais, verificámos que se ocupam do
futebol em 75% a 80% das suas páginas, e os generalistas dispensam-lhe uma
referência tão importante como a qualquer outro assunto actual da vida nacional.
Mesmo em período de “defeso”, isto é, quando não há actividade futebolística.
Uma sociedade onde se exige uma “disciplina emocional global e
circunspecção, a série de sentimentos agradáveis fortes manifestamente expressos, é
severamente vedada.” (Elias, 1992), em que os dias se arrastam penosamente iguais,
sem motivos de interesse particular, incluindo a ritual peregrinação das férias, provoca
a procura da excitação que compense o baixo nível de tensão e vitalidade. O futebol
consegue de uma forma inequívoca este objectivo, estimulando “a erupção de
sentimentos agradáveis fortes que, com frequência estão ausentes nas suas rotinas
habituais da vida. A sua função não é simplesmente, como muitas vezes se pensa, uma
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libertação de tensões, mas a renovação dessa medida de tensão, que é um ingrediente
essencial da saúde mental” (Elias, 1992).
A linguagem agressiva e obscena para com os adversários ou os seus adeptos
(o inimigo simbólico das nossas vidas profissionais e particulares), o delírio do êxtase,
fenómeno similar ao religioso (comemorar um golo na «catedral da Luz», ou comungar
da aniquilação dos «mouros» no «inferno das Antas»), a condenação da autoridade (o
árbitro), são momentos únicos, socialmente proibidos noutras circunstâncias.
Por tudo o que referimos anteriormente, parece-nos compreensível a opção
estratégica do governo, que teve o apoio de todos os partidos políticos e de 70% da
população (www.euro2004.com), de acordo com um inquérito realizado em 1999, ano
em que igualmente se juntaram 34. 310 pessoas no relvado do Estádio Nacional
unidos por uma causa, a realização do Euro 2004 em Portugal, formando um logotipo
humano, passando a figurar do Guiness Book of Records.
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FICHA DE LEITURA
- Titulo da publicação: “Portugal a Equipa de todos nós – Nacionalismo, Futebol e
Media”
- Autor: João Nuno Coelho
- Local onde se encontra: casa
- Data da publicação: 2001
- Edição: 1ª edição
- Local de Edição: Porto
- Editora: Afrontamento
- Titulo do capítulo: O recentramento de Portugal no mundo, também no Futebol
(1980-1995)
- Número de páginas: 20 páginas
- Assunto: Futebol Nacional de 1980 a 1994 – os media e a nação
- Palavras – chave: recentramento, imaginações do centro, medos de periferia, cultura
de fronteira
- Data de Leitura: 10 a 15 de Janeiro
- Área Cientifica: Ciências Sociais
- Sub – Área Científica: Sociologia
- Notas sobre o Autor: O Autor vestiu desde sempre a sua camisola de adepto
indefectível de futebol, observou, leu, releu, adoptou fragmentos, fixou dados, sofreu
ao lado dos outros adeptos, chorou, enfim fez história, foi Sociólogo.
- Resumo / Argumento: os objectos de estudo deste artigo foram os anos oitenta e
primeira década de 90, mostrando as fragilidades e o essencial do comportamento das
nossas selecções. Mostrar o reposicionamento de Portugal no pós colonialismo. As
debilidades do nosso futebol, a sua falta de competitividade e a sua comparação com
o futebol Europeu. As suas características de Samba e Merengue.
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-Estrutura:
• Introdução / Apresentação: O artigo encontra-se inserido numa obra
organizada em capítulos. Vão desde a construção de investigação através
de leitura de jornais desportivos até à noção de Nação e de Identidade
Nacional.
• Desenvolvimento:
Síntese: Procurou também entender-se o posicionamento de
Portugal saído de uma guerra colonial, com perda da sua
paisagem africana, lembremo-nos que durante décadas o
Benfica só tinha jogadores portugueses. Lembremo-nos da
decadentização sofrida por este clube na sua adaptação à
Europa e ao estilo Europeu. Desgraça!
Pontos fracos e fortes do documento: Da leitura deste
documento sobressaem noções fundamentais, como o
“recentramento” ou seja a necessidade de arranjar novo
espaço de Portugal entre os pares Europeus. E uma frase
“Imaginações do centro”, que em boa hora Boaventura Sousa
Santos (1994) introduziu para explicar os olhares e a
comparação entre nós e os países da Europa Central. Como
“Parente pobre” entre estes Países, tentamos construir a
nossa identidade. Mencionar a nossa Cultura de Fronteira.
- Autores / Personagens / Escolas de Pensamento:
• Principais Autores Citados ou eventuais Protagonistas identificados no texto:
Neste texto são citados jornalistas desportivos – Carlos Pinhão, Alfredo Farinha,
Vítor Santos, Aurélio Márcio, Joaquim Rita (Homero Serpa), todos do jornal “A
Bola”. Boaventura Sousa Santos – sociólogo. Fernando Pessoa – escritor. Stuart
Hall (in O’Domel 1994).
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- Referências Histórico – Culturais: Inicia-se este capítulo com a referência do falhanço
da Qualificação de Portugal para o “Mundial de 1982” em Espanha; ao soçobrar
“escandalosamente” perante os Estados Unidos da América. Vem no entanto o
apuramento para o “Europeu de 84” a disputa em França e novamente o recentramento
e o carácter Português no futebol com repetição para o Mundial de 86 no México,
ainda que o comportamento da nossa representação em Saltilho trouxesse de novo “os
medos de periferia”, com “imaginações do centro”, para a possível consideração de
visão do País como “terceiro mundista”, frágil e pouco civilizado.
Os insucessos continuaram com a eliminação do Mundial de 1990 (Itália), do
campeonato da Europa de 1992, do “Mundial dos EUA” em 1994.
Estas referências históricas do futebol representam cultura, com as componentes
aleatórias, que promove a união dos adeptos, jovens ou idosos numa espécie de
socialização.
Portugal é “Talhado para os Impossíveis” (Vítor Serpa, 1991).
- Recursos de Estilo e Linguagem: Trata-se de um capítulo com uma descrição variada,
pictural, modernidade de linguagem, enriquecida sobretudo por metáforas e imagens,
criação de algumas dessas imagens lapidares: “”Portugal espantou todo o Mundo” Vítor
Serpa 5 de Junho de 1986, “O Portugalzinho do milagre” perante uma Alemanha “Uber
Alles” – Vítor Serpa 198; autênticos aforismos.
A validade cientifica deste capitulo ao “colar” o futebol português a realidades
profundas doutros problemas do País, revela seriedade, sagacidade, espírito cientifico,
ao formular hipóteses de caminhos, observação de atitudes jornalísticas, formulando
outras alternativas que pudessem conduzir à clarificação da realidade portuguesa –
futebolística, económica, social e politica, na sua interrelação.
- Conceitos: O futebol por si só é capaz de “imaginações do centro”, que perduram
como memória exemplificativa recuperada, como o Mundial de 66 com 3º lugar para
Portugal em Inglaterra. A imprensa desportiva deve valorizar e enfatizar o valor relativo
de Portugal no mundo, contextualizando o campo desportivo – competitivo e a nossa
dimensão política – económica.
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Avalizar as noções de “cultura de fronteira” (Santos 1994). Portugal sentiu-se
centro porque tinha periferias (Coloniais) e hoje sente-se periferia porque tem um
centro a Europa.
As retóricas descritas (Bambolear, “jeito crioulo”) – que denominou
complexidade e ambiguidade de carácter e estilo, “as imaginações do centro”, os
“medos da periferia”, levantam a hipótese do conceito de “semiperiferia” (João Nuno
Coelho, 2001).
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AVALIAÇÃO DE UMA PÁGINA WEB
A primeira tarefa a desenvolver no âmbito deste capítulo, foi a de seleccionar
uma página web.
Para o efeito, procedemos a uma análise inicial, tendo como linha orientadora,
a identificação das páginas mais significativas, isto é, com informação mais vasta e
variada, e que se enquadrasse dentro dos parâmetros de qualidade definidos pelo
professor Paulo Peixoto.
Desta primeira recolha, bastante vasta, fornecida por diversos motores de
busca directórios e indexantes, sendo o Google, aquele que permitiu o acesso a um
maior número de páginas sobre o tema em questão, apresentando a desvantagem de,
a maioria delas, não ter um interesse suficientemente relevante para a finalidade deste
trabalho, qualificamos cinco como candidatas à escolha final.
A página seleccionada, resultou essencialmente, para além da aplicação dos
critérios referidos no 2º §, de fornecer uma leitura limpa de informações co-laterais,
muito clara para os objectivos a que, na minha perspectiva, se propõe: a de promover
Portugal, o Futebol e o Euro 2004.
A nossa preferência recaiu sobre a página:
http://www.fpf.pt/euro2004/ (FPP,2004)
Esta página é da responsabilidade da Federação Portuguesa de Futebol, uma
das entidades organizadoras do Evento em análise, estando por tal facto identificada e
contactável, merecendo pois, a maior credibilidade e garantia de fiabilidade das
informações nela produzidas.
Tendo apenas um link, que à partida é uma desvantagem, ele mostra-se
suficiente, pois leva-nos à página oficial do Euro2004, onde passamos a ter acesso a
outros.
Já no sentido inverso, nos parecem escassos os dois links que nos surgem
associados a esta página, quando pesquisado em modo de “pesquisa avançada” no
Google, no item “localizar páginas com link(s) para a página”.
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A informação encontrada nesta página, não se compara a nenhuma de outras
sobre o mesmo tema, já que, não pretende efectuar uma divulgação mais ou menos
exaustiva, com tudo o que lhe possa estar associado do ponto de vista comercial,
desportivo, social e cultural, mas tão somente, efectuar uma apresentação formal
deste Evento.
Neste pressuposto, a sua apresentação é:
• Pouco elaborada e extremamente acessível a qualquer visitante pouco
familiarizado com a Internet;
• Abrangente no âmbito geográfico, pois os temas são tratados de forma
generalista e promocional, podendo ser lida em quatro idiomas de
grande expressão mundial: português, inglês, francês e alemão;
• Forte do ponto de vista do impacto visual, pois os lay out são
apelativos, bem cuidados esteticamente, dominam o monitor quanto
baste, sem causar ruído estético, não existindo mais informação
complementar do que o menu. Não tem igualmente qualquer
publicidade;
• Não datada e desactualizada. No entanto, se analisada como primeiro
instrumento promocional, julgamos que é adequada ao seu tempo e que
teve o impacto de acordo com as expectativas dos seus promotores. Se
atendermos a que o Primeiro-ministro em exercício era o anterior ao
actual, e que em 12 de Outubro de 1999, Portugal é nomeado anfitrião
do Campeonato da Europa de 2004, vencendo a candidatura de Espanha
e a candidatura conjunta da Áustria e Hungria, pode-se inferir com
alguma margem de segurança, que terá sido construída no decorrer do
primeiro semestre de 2000.
Quanto ao conteúdo, podemos caracterizá-la da seguinte forma:
• Incompleta, pois o texto de cada tema é muito curto, contendo
informação insuficiente para quem pretende mais do que receber a
promoção deste acontecimento;
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• Não possui assuntos inéditos, embora este seja um denominador
comum a todas as páginas pré-seleccionadas;
• Sendo o tema, uma grande competição internacional futura, não podem
ainda estar divulgados estudos e análises dela advindos, pelo que o seu
conteúdo se desenvolve em aspectos colaterais, mas de grande
importância para o país, e que vão ao encontro de alguns dos nossos
interesses particulares, quando optamos por este tema, tais como:
A memória de grandes feitos passados do futebol português;
O retrato positivo do desenvolvimento sócio-económico recente
do país;
Os apoios incondicionais e permanentes da imprensa e dos
“media”;
Os dez novos estádios, em toda a sua magnitude, para além da
polémica opção governamental por este investimento;
As acessibilidades;
A promoção de Portugal como palco de lazer e prática
desportiva, todo o ano, evocando uma estratégia clara de
promoção e marketing na área do turismo.
Corresponde às nossas expectativas, pois contém a informação necessária à
promoção inicial de um grande evento internacional, conforme atrás descrito,
terminando com uma explicação exaustiva sobre as motivações que levaram à
apresentação da candidatura de Portugal, que podemos dividir em 2 grandes vectores:
• O futebol como factor educativo para novas gerações, e como
espectáculo, incluindo os palcos e os seus agentes promocionais (UEFA,
FPF);
• O empenhamento político, o apoio dos “media” e o investimento
estratégico na promoção do país para o turismo;
A acessibilidade e leitura do documento são fáceis e bem estruturadas. Os
objectivos não estando descritos, tornam-se facilmente dedutíveis. As fontes, apesar
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de não estarem referenciadas, são fidedignas, uma vez que emanam da maior
autoridade representativa do futebol em Portugal, tendo ainda o alto patrocínio de Sua
Excelência o Presidente da República e do Governo Português, através do Primeiro
Ministro.
A navegação é extremamente fácil, as páginas carregam de imediato e o acesso
à informação é gratuito.
É um síte generalista, procurando atravessar o mundo inteiro, em particular a
Europa Ocidental que, segundo o INE, fornece mais de 90% dos 27,2 milhões de
turistas que em 2002 visitaram o nosso país. A saber: Reino Unido (31,2%), Alemanha
(19,6%), Espanha (7,8%), Países Baixos (7,3%), França (4,3)%, Irlanda (3,3%), Itália (3,2%),
Suécia (3,1%), EUA (2,9%), Bélgica (2,3%) e outros (15%).
Procura captar a atenção e atrair uma classe média essencialmente europeia
abrangente, com um nível sócio-cultural e poder de compra médio a bom, tornando o
nosso país como um dos destinos turísticos mais apetecidos.
Como mera curiosidade, verificamos com orgulho, na página oficial da empresa
criada especificamente para organizar o Euro 2004, a Sociedade Portugal 2004 S. A.,
em http://www.portugal2004 que, ao visitar cada um dos 10 novos estádios, apenas
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ao de Coimbra está associada uma página promocional da cidade, em
http://www.gocoimbra.com
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CONCLUSÕES
A escolha do tema surgiu motivada pela sua actualidade, pelo envolvimento da
cidade de Coimbra e das suas gentes, pela sua ligação a um fenómeno desportivo sem
par, o futebol.
No entanto, o entusiasmo inicial com que partimos para a realização do
trabalho, depressa foi refreado, por algumas dificuldades, que passamos a enumerar:
• A inexistência de bibliografia em qualquer tipo de suporte, sobre este
tema específico;
• A proliferação de referências a “Euro 2004” na Internet, que nos
fornecem centenas de opções, vazias de conteúdo, apenas títulos
associados aos mais variados temas;
• O facto de este evento ainda não se ter realizado, limita a existência de
referências, ao ponto da sua quase inexistência;
• A organização do trabalho, nomeadamente no capítulo dos conteúdos;
No entanto, apesar das dificuldades sentidas, julgamos, por um lado, ter
contribuído para o enriquecimento pessoal do autor, quer na perícia desenvolvida na
pesquisa das fontes, quer através dos conteúdos consultados, bem como acrescentar
algo mais à comunidade estudantil na qual está integrado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- LIVROS
• Bufford, Bill (1994), Ent e os vândalos o futebol e a violência – Lisboa, Edições
ASA;
r
• Cadernos de “A Bola” Edição do jornal “A Bola”
• Coelho, João Nuno (2001), Portugal, a equipa de todos nós – Nacionalismo,
futebol e media. Porto: Edições Afrontamento;
• Defrance, Jacques (2000), Sociologie du Sport – Paris: Edicion La decouverte;
• Elias, Norbert (1992), A busca da excitação. Lisboa: Difusão Editorial.
• Esteves, José (1970), O desporto e as estruturas sociais. Lisboa: Prelo Editora.
• Feio, Noronha (1978), Desporto e política. Lisboa: Compendium.
• Machado, Igor José de Reno (2000), Futebol, clãs e nação – Rio de Janeiro:
Edição Dados.
• McIntosh, P. C. (1967), O desporto na sociedade. Lisboa: Prelo Editora.
• Morris, Desmond (1967), O macaco nu. Lisboa: Publicações Europa – América.
• Morris, Desmond (1981), A tribo do Futebol. Lisboa: Publicações Europa –
América.
• Murphy, Patrick; Williams, John e Dunning, Eric (1994), O Futebol no banco dos
réus – violência dos espectadores num desporto em mudança. Oeiras: Celta
Editora.
• Sérgio, Manuel (1974), Para uma nova dimensão do desporto. Lisboa: Direcção
Geral de Educação Física e Desportos.
• Sousa, M. (1997), História do Futebol, origens, nomes, números e factos Mem
Martins: Sporpress.
- REVISTAS
• Ferreira, Claudino (1998), Revista Crítica de Ciências Sociais – nº 51 –
Organização de grandes eventos;
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- SITES
• pt04.net (2003), página consultada a 5 de Janeiro de 2004, disponível em
http://www.pt04.net
• Sapo (s.d.), página consultada a 7 de Janeiro de 2004, disponível em
http://www.tugas.do.sapo.pt
• UEFA (1998-2004), “Euro2004 em Portugal”. Página consultada a 5 de
Janeiro de 2004, disponível em http//www.euro2004.com
• Peixoto, Paulo (2002-2003), “Fontes de Informação Sociológica”, página
consultada em 20 de Dezembro de 2003, disponível em
http://www.fe.uc.pt/fontes
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ANEXOS
- Euro2004 – Apresentação (fonte: http//www.portugal2004.pt)
Cronologia:
• Junho de 1998 - Apresentação da candidatura portuguesa
• 05 de Setembro de 1998 - Apresentação dos dez estádios incluídos nos
dossier de candidatura.
• 01 de Outubro de 1998 - É entregue na sede da UEFA a candidatura
portuguesa à organização do Euro 2004 .
• 24 de Julho de 1999 - 34. 310 pessoas juntam-se no relvado do Estádio
Nacional unidos por uma causa, a realização do Euro 2004 em Portugal,
formando um logotipo humano, passando a figurar do Guiness Book of
Records.
• 12 de Outubro de 1999 - Portugal é nomeado anfitrião do Campeonato da
Europa de 2004, vencendo a candidatura de Espanha e a candidatura conjunta
da Áustria e Hungria.
Números e Dados estatísticos
Benefícios da organização do Euro 2004:
• Recuperação do espectáculo do futebol
• Melhoria do conforto e segurança nos estádios portugueses
• Acréscimo no número de espectadores nos jogos de futebol
• Acréscimo do fluxo turístico
• Aumento de competitividade nos campeonatos nacionais
• Aumento de receitas fiscais
• Aumento da construção civil
• Criação de novos empregos
• Divulgação da imagem de Portugal na estrangeiro
Dados estatísticos:
• 10 estádios irão receber o Euro 2004
• 5 novos estádios
• 31 jogos a serem disputados durante a fase final
• São esperados 1 milhão de espectadores para os jogos da fase final
• 35000 espectadores, como número médio por jogo
• 350 000 estrangeiros que virão a Portugal assistir aos jogos
• 4 dias de estadia média, previstos para cada visitante estrangeiro
• 1400 postos de trabalho criados directamente pela organização
• 30 milhões de contos de receitas referente a direitos comerciais (Portugal ficará
com 10%)
Quanto vai custar:
• 61 milhões de contos na construção e remodelação de estádios
• 600 000 contos em campanhas de promoção a nível nacional e internacional
• 1,3 milhões de contos em despesas de organização
• 700 000 contos em gastos com pessoal
Quanto vai render:
• 1,5 milhões de contos em patrocínios nacionais
• 2 milhões de contos em receitas de bilheteira (percentagem de Portugal)
• 3 milhões de contos em direitos comerciais (percentagem de Portugal)
• 28 milhões de contos em consumo dos visitantes estrangeiros
TERMINOLOGIA COMUM ÀS CAÇADAS E AO FUTEBOL
- Atacar: a presa / a baliza;
- Concentração, Velocidade, Força, Resistência: para aguentar a perseguição e
o ataque final à presa / para aguentar todo o jogo, superiorizando-se ao adversário
nos momentos chave de ataque à baliza;
- Atirar / Disparar: à presa / à baliza;
- Convicção e Bravura: quando a presa / o adversário constitui uma ameaça;
- Cooperação: tornar a presa / o adversário mais frágil;
- Criatividade/ Imaginação: para enganar a presa / o adversário;
- Defeso: Período em que não se pode caçar / jogar
- Estratégia: da caçada/ do jogo;
- Perigo: associado ao risco de ser ferido ou ao acto eminente de sofrer golo;
- Perseguição: da presa / da bola;
- Pontaria: para visar a presa / a baliza;
- Recarga: Segunda tentativa de atirar/ disparar