Faculdade Do Médio Parnaíba

download Faculdade Do Médio Parnaíba

of 5

description

Faculdade Do Médio Parnaíba

Transcript of Faculdade Do Médio Parnaíba

FACULDADE DO MDIO PARNABA - FAMEPDISCIPLINA: TEORIA DO CONHECIMENTO E FILOSOFIA DA CINCIAPROF: AMANDA MENDES DE ANDRADECURSO: BACHARELADO EM SERVIO SOCIALPOLO: COROAT-MAALUNAS: VALDETE AUSTRACO PEREIRA

FUNDAMENTOS DA FILOSOFIA, HISTORIA E GRANDES TEMAS.TEMA: EXISTENCIALISMO

VALDETE AUSTRACO PEREIRASILVIA GORETH MELOALINE

COROAT 29 DE AGOSTO DE 2015Para Kierkegaard o existencialismo representa uma corrente filosfica cujas doutrinas focam a condio de existncia humanaO existencialismo o nome dado corrente filosfica iniciada no sc. XIX pelo filsofo dinamarqus Sren Kierkegaard (1813-1855). Como o prprio nome diz, o conjunto de doutrinas existencialistas tem foco na existncia, isto , na condio de existncia humana.O termo existencialismo foi cunhado somente no sculo XX por Gabriel Marcel, filsofo francs, em meados de 1940. O existencialismo francs do ps-guerra ficou popularizado em razo da obra de Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Albert Camus.O tema da existncia humana foi trabalhado por diversos pensadores, mas Kierkegaard que faz das perguntas existenciais o foco de sua pesquisa filosfica. Escreveu sobre a aparente falta de sentido da vida, da busca de sair desse tdio existencial e sobre a realizao de escolhas livres. Assim, o homem, em sua liberdade, escolhe para definir sua natureza.Influenciado por Kierkegaard, o filsofo alemo Martin Heidegger (1889-1976) desenvolveu sua ideia deDasein. Para ele, o homem no um ser abstrato ou uma substncia, mas uma existncia presente, umDasein(do alemo: Ser-a).O auge do pensamento existencialista ocorre na Frana, com Jean-Paul Sartre (1905-1980), filsofo francs, e Albert Camus (1913-1960), filsofo argelino, que popularizaram o termo e as ideias escrevendo, alm de textos tericos, romances e peas de teatro. Essa fora nos anos ps-guerra tem muito a ver com a recuperao de conceitos como liberdade e individualidade.O pensamento existencialista defende, em primeiro lugar, que a existncia vem antes da essncia. Significa que no existe uma essncia humana que determine o homem, mas que ele constitui a sua essncia na sua existncia. Esta construo da essncia se d a partir das escolhas feitas, visto que o homem livre. Nessa condio na qual o homem existe e sua vida um projeto, ele ter de escolher o que quer ser e efetivar sua vontade agindo, isto , escolhendo.Se a condio humana esta, ento o homem vive numa angstia existencial. Ter de escolher a todo instante angustiante, pois cada escolha ir refletir diretamente no que se . A angstia o reflexo da liberdade humana, dessa ampla possibilidade de escolher e ser responsvel por cada escolha.Outra caracterstica da condio humana o desespero. Aquilo que nos torna quem somos pode ser perdido e nos deixar em desespero. Um atleta que sofre um acidente e fica incapacitado de competir certamente entraria em desespero. Porm, toda existncia humana est em desespero, pois o homem precisa de coisas externas, que ele no controla, para se sentir quem ele . Assim, mesmo vivendo sem o desespero, o homem est vivendo num constante desespero.Um tema abordado por Sartre bem interessante, o desamparo. Somos livres, escolhemos, temos a angstia de escolher e o desespero de perder tudo. Mas, tambm estamos desamparados, isto , no temos muletas, desculpas ou a quem culpar por nossas escolhas.Com isto, o existencialismo o conjunto de ideias que coloca no ser humano a responsabilidade por se construir e por seus atos. No h desculpas e justificativas para nossas aes. O que somos ou o que fazemos no produto de nossa infncia, de nossa criao, do destino ou da divindade. Estamos sozinhos, lanados no mundo, para nos inventar, pois no h nada anterior nossa existncia para definir o que somos.

Soren Aabye Kierkegaard, antecessor do Existencialismo, encontra seu caminho dentro da Filosofia ao rebater os conceitos de Aristteles ainda presentes nas teorias da poca, combatendo assim os ideais hegelianos, principalmente sua crena na submisso de todos os fenmenos s leis naturais, o que lhes confere um determinismo providencial e retira das mos do homem sua liberdade individual.

Temticas

Os temas existencialistas so frteis no terreno da criao literria, nomeadamente na literatura francesa, e continuam a exibir vitalidade no mundo filosfico e literrio contemporneo. As principais temticas abordadas sugerem o contexto da sua apario (final da Segunda Guerra Mundial), reflectindo o absurdo do mundo e da barbrie injustificada, das situaes e das relaes quotidianas ("L'enfer, c'est les autres", ["O inferno so os outros"],Jean-Paul Sartre). Paralelamente, surgem temticas como o silncio e a solido, corolrios bvios de vidas largadas ao abandono, depois da "morte de Deus" (Friedrich Nietzsche). A existncia humana, em toda a sua natureza, questionada: quem somos? O que fazemos? Para onde vamos? Quem nos move? esta conscincia aguda de abandono e de solido (voluntria ou no), de impotncia e de injustificabilidade das aces, que se manifesta nas principais obras desta corrente em que o filosfico e o literrio se conjugam.

Relao com a religioApesar de muitos, seno a maioria, dos existencialistas terem sidoatestas, os autoresSren Kierkegaard,Karl JasperseGabriel Marcelpropuseram uma verso mais teolgica do existencialismo. O ex-marxistaNikolai Berdyaevdesenvolveu uma filosofia do Cristianismo existencialista na sua terra natal,Rssia, e mais tarde naFrana, na vspera daSegunda Guerra Mundial.F crist e existencialismoO existencialismo no uma simples escola de pensamento, livre de qualquer e toda forma de f. Ajuda a entender que muitos dos existencialistas eram, de fato, religiosos. Pascal e Kierkegaard eram cristos dedicados. Pascal era catlico, Kierkegaard, umprotestanteradical marcado pelo rspido antagonismo com a igreja luterana. Dostoivski eragreco-ortodoxo, a ponto de ser fantico. Kafka era judeu.[25]Sartre realmente no acreditava em fora divina. Sartre no foi criado sem religio, mas a Segunda Guerra Mundial e o constante sofrimento no mundo levou-o para longe da f, de acordo com vrias biografias, incluindo a de sua companheira, Simone de Beauvoir.Para os existencialistas cristos, a f defende o indivduo e guia as decises com um conjunto rigoroso de regras em algumas vertentes crists e em outras como oespiritismo, as decises so guiadas pelo pensamento, pela alma. Para os ateus, a "ironia" a de que no importa o quanto voc faa para melhorar a si ou aos outros, voc sempre vai se deteriorar e morrer. Muitos existencialistas acreditam que a grande vitria do indivduo perceber o absurdo da vida e aceit-la. Resumindo, voc vive uma vida miservel, pela qual voc pode ou no ser recompensado por uma fora maior. Se essa fora existe, por que os homens sofrem? Se no existe e a vida absurda em si mesma, por que no cometer suicdio e encurtar seu sofrimento? Essas questes apenasinsinuama complexidade do pensamento existencialista.LiberdadeCom essa afirmao vemos o peso da responsabilidade por sermos totalmente livres. E, frente a essa liberdade de eleio, o ser humano se angustia, pois a liberdade implica fazer escolhas, as quais s o prprio indivduo pode fazer. Muitos de ns ficamos paralisados e, dessa forma, nos abstemos de fazer as escolhas necessrias. Porm, a "no ao", o "nada fazer", por si s, j uma escolha; a escolha de no agir. A escolha de adiar a existncia, evitando os riscos, a fim de no errar e gerar culpa, uma tnica na sociedade contempornea. Arriscar-se, procurar a autenticidade, uma tarefa rdua, uma jornada pessoal que o ser deve empreender em busca de si mesmo. Os existencialistas perguntaram-se se havia um Criador. Se sim, qual a relao entre a espcie humana e esse criador? As leis da natureza j foram pr-definidas e os homens tm que se adaptar a elas?Kierkegaard, Nietzsche e Heidegger so alguns dos filsofos que mais influenciaram o existencialismo. Os dois primeiros se preocupavam com a mesma questo: o que limita aaode um indivduo? Kierkegaard chegou possibilidade de que o cristianismo e a f em geral so irracionais, argumentando que provar a existncia de uma nica e suprema entidade uma atividade intil.Nietzsche foi sobretudo um crtico da religio organizada e das doutrinas de seu tempo. Ele acreditou que a religio organizada, especialmente aIgreja Catlica, era contra qualquer poder de ganho ou autoconfiana sem consentimento. Nietzsche usou o termo rebanho para descrever a populao que segue aIgrejade boa vontade. Ele argumentou que provar a existncia de um criador no era possvel nem importante.Nietzsche se referia vida como nica entidade que carecia de louvor. Prova disso o eterno retorno em que ele afirmava que o homem deveria viver a vida como se tivesse que viv-la novamente e eternamente. E quanto Igreja, Nietzsche a condenava; para ele, dentre os inteligentes o pior era o padre, pois conseguia incutir nos pensamentos do rebanho, fundamentos que s contribuam para o afastamento da vida. Encontramos essas crticas em O Anticristo.O indivduo versus a sociedadeO existencialismo representa a vida como uma srie de lutas. O indivduo forado a tomar decises que reforam suas caractersticas de ser racional: pensar, questionar. Nas obras de alguns pensadores, parece que a liberdade e a escolha pessoal so as sementes da misria. A maldio dolivre arbtriofoi de particular interesse dos existencialistas teolgicos e cristos. As regras sociais so o resultado da tentativa dos homens de planejar um projeto funcional. Ou seja, quanto mais estruturada a sociedade, mais funcional ela deveria ser. Os existencialistas explicam por que algumas pessoas se sentem atradas passividade moral baseando-se no desafio de tomar decises. Seguir ordens fcil; requer pouco esforo emocional e intelectual fazer o que lhe mandam. Se a ordem no lgica, no o soldado que deve questionar. Deste modo, as guerras podem ser explicadas, genocdios em massa podem ser entendidos. As pessoas estavam apenas fazendo o que lhe foi dito.O absurdoA noo do absurdo contm a ideia de que no h sentido a ser encontrado no mundo alm do significado que damos a ele. Esta falta de significado tambm engloba a amoralidade ou "injustia" do mundo. Isto contrasta com as formas "crmicas" de pensar em que "as coisas ruins no acontecem para pessoas boas"; para o mundo,falando-se metaforicamente, no h tais coisas como: "pessoa boa" e/ou "uma coisa m", o que acontece, acontece, e pode muito bem acontecer a uma pessoa "boa" como a uma pessoa "ruim". Por conta do absurdo do mundo, em qualquer ponto do tempo, qualquer coisa pode acontecer a qualquer um, e um acontecimento trgico poderia cair sobre algum em confronto direto com o Absurdo. A noo do absurdo tem se destacado na literatura ao longo da histria.Sren Kierkegaard,Franz Kafka,Fidor Dostoivskie muitas das obras literrias deJean-Paul SartreeAlbert Camuscontm descries de pessoas que encontraram o absurdo do mundo. Albert Camus estudou a questo do "absurdo" em seu ensaioO Mito de Ssifo.