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Faculdade de Educação São Luís Curso de Administração
6º Semestre A
ANÁLISE DE CONJUNTURA SETOR SUCROALCOOLEIRO
Alana Izilda Pereira Marques Aline Almeida Garcias Bruna Duarte Grego Fernanda Caroline Caetano Jéssica Duarte Minino Rafael Fernandes Modesto Homem Tatiana Morello da Silva
Prof. Leonardo Augusto Amaral Terra
Jaboticabal 2013
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1. Economia mundial
De acordo com o site de notícias G1 Economia, 2013, segundo informações do G-‐20
grupo dos vinte países que representa as principais economias do mundo, 90% da economia
mundial é representada pelos países do G-‐20, a crise que os mercados emergentes
enfrentam esta afetando a economia mundial. Os mercados dos países emergentes passam
por grande volatilidade.
Segundo UOL ECONOMIA, em notícia publicada em maio de 2013, desde os anos 30,
a economia mundial não passava por uma enorme crise, vem se recuperando, mas segundo
analistas da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos), as
grandes potências reduziram suas projeções de crescimento, o Produto Interno Bruto (PIB)
mundial, deverá crescer 3,1%, abaixo da estimativa que foi de 3,4%.
Segundo Angel Gurría analista da OCDE, a Europa está em uma situação frágil, as
taxas de desempregos estão enormes, com taxas de 12,1% em 2013 e para 2014 uma taxa
de 12,3%. Foi pedido apoio ao Banco Central Europeu pela OCDE para que a Europa consiga
recuperar-‐se da crise, recomenda medias para estimular os bancos a emprestar dinheiro
para as empresas, com o intuito de alavancar a economia.
Já nos Estados Unidos, o crescimento da economia será de 1,9%, contrário à previsão
de 2,0% no final de 2012 e para 2014 estima-‐se um aumento de 2,8%. Tudo isso deve-‐se aos
cortes orçamentários automáticos realizados pelo presidente dos Estados Unidos, pois não
conseguiu reduzir o déficit público.
Na China, estima-‐se um crescimento no PIB de 8,4% para 2014, já em 2013 o
crescimento será abaixo das estimativas.
2. Economia brasileira
Segundo o PORTAL DE NOTÍCIAS TERRA em notícia publicada pela Agência Brasil, com
muitos fatores que atrapalharam, como, dificuldade de atrair investimentos, reformar
setores da estrutura da economia e a necessidade de realizar uma reforma tributária, a
economia do Brasil não vai crescer mais que 2% em 2013. Segundo economistas, há uma
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grande dificuldade de pagamento de impostos, é imprescindível facilitar para que seja
possível fazer os negócios operar. Economistas da Fundação Getúlio Vargas apontam que
houve um encolhimento da economia, causado pela diminuição da produção industrial e das
vendas do comércio, concordando com as projeções de crescimento de 2%. Já para o
período de 2014 a 2018, estima-‐se que o crescimento seja de 3,2% para o Brasil, e para o
mundo 3,1%.
De acordo com o Ministro da Fazenda do Brasil em notícia publicada no UOL
ECONOMIA publicada em agosto de 2013, Guido Mantega, a economia brasileira vai crescer
2,5%. Segundo ele, a economia tem condições de crescer, 3%, 4%, mas com a crise
internacional que prejudicou as exportações não foi possível alcançar esses índices de
crescimento. A previsão de crescimento para o início de 2013 era de 4,5% e em abril foi
reduzida para 3,5% devido à corte de tributos da folha de pagamento e de incentivos ao
consumo, com uma crise de desconfiança, em julho, a estimativa foi reduzida para 3%, nesta
época o Ministro da Fazenda, afirmou que essa estimativa poderia cair para 2,5%. Em
comparação com o trimestre anterior, houve um aumento de 0,6%, já com trimestre de
2012 o crescimento da economia brasileira foi de 1,9%, e o PIB alcançou um valor de R$ 1,11
trilhão. Mesmo assim, o Brasil possui a 7° economia do mundo.
Segundo Alana Gandra do site AGÊNCIA BRASIL, as exportações brasileiras vão cair
5% de acordo com a projeção realizada pela Associação Brasileira de Comércio Exterior
(AEB), deve atingir US$ 230,511 bilhões comparada a 2012 foi de US$ 242,580 bilhões.
Estima-‐se que as importações deverão somar US$ 232,519 ocasionando um déficit
comercial. Segundo o presidente da AEB, o principal produto que ocasionou alterações nas
estimativas foi o petróleo, a quantidade exportada caiu devido à queda da produção interna.
Além disso, houve queda na exportação de algodão, devido à redução da área plantada, já o
milho sofreu queda, pois os Estados Unidos recuperou sua produção.
Com a redução das exportações de petróleo que chegou a uma queda de 50% em
relação a 2012 e com a transferência do registro das exportações de 2012 para 2013, a
balança comercial do Brasil irá encerrar o ano com um déficit de US$ 2 bilhões. Segundo o
presidente da AEB Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB) José Augusto de Castro,
a desativação para manutenção de plataformas da Petrobrás e a grande utilização de
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petróleo brasileiro para processamento de derivados, foram os principais causadores da
queda das exportações (JORNAL DO BRASIL).
Registrou-‐se um superávit de US$ 83,91 bilhões nas exportações do agronegócio
brasileiro da safra 2012/2013, só as exportações foram de US$ 100,61 bilhões. Os principais
produtos que mais contribuíram para o superávit foram à soja, carnes e o setor
sucroalcooleiro, só a soja respondeu por 45,6% das exportações com um total de US$ 4,18
bilhões, já as carnes US$ 1,27 bilhão e o setor sucroalcooleiro US$ 1,15 bilhão (Mariana
Branco, site AGÊNCIA BRASIL).
3. Cultura da cana-‐de-‐açúcar
A cultura da cana-‐de-‐açúcar é de grande versatilidade, sendo utilizada para diversos
fins. Do caldo obtêm-‐se o açúcar, a cachaça, o etanol e a rapadura; do bagaço, a energia
sendo obtida por meio da cogeração, o papel, a ração, o adubo e o etanol através da
hidrólise ácida e enzimática; das folhas a cobertura morta ou ração animal e energia; do
melaço e da torta de filtro, que são resíduos da produção de açúcar, pode-‐se fazer etanol e
utilizar como fertilizante e a vinhaça (resíduo da fabricação do etanol) pode ser utilizada
como fertilizante por ser rica em potássio.
O complexo sucroalcooleiro ocupa lugar de destaque no agronegócio brasileiro
produzindo açúcar e etanol combustível entre outros produtos de relevância para a
economia nacional. O Brasil é o maior produtor de cana-‐de-‐açúcar do mundo. De acordo
com o segundo levantamento de campo feito da safra 2013/2014, realizado em agosto de
2013 pela CONAB (COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO), foi constatado que no
Brasil a produção de cana-‐de-‐açúcar, para todos os usos, foi de 652,02 milhões de toneladas
com um incremento de 10,70% em relação à safra 2012/2013, e a área colhida foi de
8.799.150 milhões de hectares. O Estado de São Paulo é o maior produtor de cana-‐de-‐açúcar
com 51,31%, ou seja, 4.515.360 milhões de hectares (CONAB, 2013). Nas TABELAS 1 e 2
pode-‐se observar o comparativo da área, produtividade e produção das safras 2012/2013 e
2013/2014 e a estimativa de produção e a destinação.
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Tabela 1 – Comparativo da área, produtividade e produção das safras 2012/2013 e
2013/2014.
Fonte: CONAB, 2013.
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Tabela 2 – Estimativa de produção e destinação.
Fonte: CONAB, 2013.
4. Etanol
Segundo a CONAB, 2013, a produção de etanol da safra 2012/2013 foi de 23,64
bilhões de litros, já para a safra 2013/2014 está estimado em 27,17 bilhões de litros, um
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aumento de 14,94%. Deste total, 12,02 bilhões de litros deverão ser de etanol anidro e 15,16
bilhões de litros serão de etanol hidratado.
Um fator que impulsionou a produção de etanol no Brasil foi o Pró-‐Álcool (Programa
Nacional do Álcool), lançado em 1975 pelo então presidente do Brasil Ernesto Geisel, este
programa tinha o intuito de substituir o uso de combustíveis derivados do petróleo por uma
fonte renovável, como o etanol. Na época do lançamento do programa o mundo passava por
uma grande crise no petróleo. Os altos preços dos barris de petróleo fizeram com que o
governo criasse medidas diminuir o consumo. E desde então o Brasil incentivou a produção
de etanol fazendo com que viesse mais tarde a tornar-‐se um dos maiores produtores do
mundo (PORTAL BRASIL).
Segundo Vivian Faria do site NOVACANA.COM, de acordo dados do Ministério do
Desenvolvimento, só em 2012 as exportações de etanol chegaram a 46,5% maior em relação
a 2011. As receitas foram de US$ 2,18 bilhões. Tendo como principal mercado os Estados
Unidos, Jamaica, Coréia do Sul e Japão. Nas FIGURAS 1 e 2 nota-‐se o volume de etanol
exportado e o preço do etanol.
Figura 1 – Volume de etanol exportado.
Fonte: NOVACANA.COM.
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Figura 2 – Total exportado e preço médio do etanol.
Fonte: NOVACANA.COM.
O etanol pode ser produzido através de celulose (biomassa), é o chamado etanol de
segunda geração. Segundo o diretor de comunicação da UNICA (União da Indústria de Cana-‐
de-‐Açúcar) o etanol de segunda geração deixou de ser uma promessa, usinas já estão
fazendo testes.
O consumo de etanol é de aproximadamente 22 bilhões de litros, e esse número
deve atingir em 2020 cerca de 68 bilhões de litros, e com toda a biomassa disponível no
Brasil pode-‐se aumentar a produção de etanol. Usinas já estão se movimentando para
começar a produzir, a Petrobras pretende começar a produzir em 2015.
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5. Açúcar
Segundo a CONAB 2013, na safra passada, a produção de açúcar chegou a 38,34
milhões de toneladas, já para a safra 2013/2014 a previsão é que a produção chegue a 40,97
milhões de toneladas, gerando um aumento de 6,88%.
Na safra de 2012/2013 as exportações de açúcar bruto tiveram queda de 13,2% em
relação à safra anterior. China, Argélia, Egito, Rússia, Indonésia e Marrocos são os principais
destinos do açúcar brasileiro. No final de 2012, a exportação de açúcar bruto foi de US$ 982
milhões, sendo exportados 2,06 milhões de toneladas. Na FIGURA 3 observa-‐se o volume de
açúcar exportado.
Segundo o site EXAME, em meio à alta do dólar, as exportações de açúcar
aumentaram em julho de 2013, cerca de 70% do que o Brasil espera exportar na temporada
já foram exportados, atingindo assim 18,6 milhões de toneladas.
Figura 3 – Volume de açúcar exportado.
Fonte: NOVACANA.COM.
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6. Cachaça
Segundo o site BLOG DA CACHAÇA, a cachaça é produzida da fermentação da cana-‐
de-‐açúcar. O Brasil se destaca na produção, sendo o maior produtor de cachaça do mundo.
Só o setor emprega cerca de 600 mil pessoas. A capacidade de produção é de
aproximadamente 1,2 bilhão de litros de cachaça por ano, possuindo mais de 4 mil marcas.
Os principais estados que produzem são: São Paulo, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro,
Minas Gerais.
De acordo com Wellington Nemeth do JORNAL TRIBUNA REGIONAL, a conhecida
“caninha” hoje passa a ganhar o mercado exterior após aumento na produção, a diminuição
do preconceito e a ser reconhecida pela elite. De acordo com a FIGURA 4 divulgada pelo site
Jornal Tribuna Regional pode-‐se observar os números relacionados ao mercado e o consumo
da bebida:
Figura 4 – Números da produção de cachaça.
Fonte: JORNAL TRIBUNA REGIONAL.
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Para o presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça, Vicente Bastos Ribeiro o Brasil
possui 40 mil produtores e ainda há espaço para crescimento. Segundo ele, o preconceito
diminuiu e a aceitação do mercado externo tem aumentado.
Hoje a cachaça deixou de ser bebida apenas de bares e passa a ser consumida em
restaurantes. Os preços variam de acordo com o produtor, devido ao tempo de produção,
envelhecimento, e podem ser encontradas com preços em torno de R$1.000,00. Em São
Paulo aconteceu o maior evento relacionado ao setor do mundo, a 23ª Expocachaça, que
possui por finalidade consolidação da marca e troca de experiências.
As exportações de cachaça em 2012 chegaram a 8,06 milhões de litros gerando uma
receita de US$ 14,99 milhões, mesmo assim menos de 1% da cachaça produzida é
exportada. Os principais países que compram a cachaça brasileira são: Paraguai, Estados
Unidos, Alemanha, Portugal e França.
Já para 2014, os produtores de cachaça esperam aumentar as vendas devido a Copa
do Mundo de futebol que será realizada no Brasil, é esperado com grandes expectativas que
as vendas sejam alavancadas (Aiana Freitas, site UOL ECONOMIA).
7. Energia
Segundo Adriano Oliveira do site G1, o bagaço e a palha da cana-‐de-‐açúcar podem
ser utilizados para a geração de energia elétrica, tornando-‐se uma alternativa para combater
o risco de racionamento. Atualmente, segundo a UNICA, aproximadamente 440 usinas
produzem 1.350 MW suficientes para economizar 5% dos reservatórios da região Sudeste e
Centro Oeste. A região de Ribeirão Preto é muito rica, pois em seus arredores existem várias
usinas de açúcar e etanol, duas usinas da região são capazes de produzir energia elétrica
suficiente para uma cidade 500 mil habitantes por 18 horas sem interrupção.
8. O etanol e os carros flex
Segundo Fernando Calmon do site UOL CARROS, o primeiro automóvel fabricado no
Brasil cujo motor utilizava etanol ou gasolina surgiu no ano de 2003. E desde então a
produção e as vendas dos automóveis chamados flex não parou, e só em 2013 estima-‐se que
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20 milhões de veículos flex terão sido fabricados. Os veículos comerciais com motores de
ciclo Otto vendidos em 2013 chegaram a 92% dos automóveis.
De acordo com Tatiana Freitas da FOLHA DE SÃO PAULO, atualmente com o preço do
etanol próximo da gasolina, o apelo pelos veículos flex diminuiu, só a questão ambiental que
irá atrair compradores, já que os carros movidos a etanol emitem menos poluentes.
Segundo o presidente da UNICA, se continuar mantendo ou vier a cair o preço da gasolina
provavelmente aumentará a demanda pelo combustível e cairá ainda mais o consumo de
carros flex. Neste caso só terá saída o álcool anidro que seria o misturado à gasolina, não o
etanol que abastece os carros flex. O planejamento poderia ser um forte aliado, há um
grande gargalo nessa parte principalmente depois da crise de 2008, pois o custo tem se
tornado alto e consequentemente menos competitivo, há controvérsia de que praticamente
sumiu a fabricação de carros a álcool, sendo substituídos pelos bicombustível.
9. Empregos
Com o avançado processo de mecanização na produção de cana-‐de-‐açúcar e com a
proibição de queima, as usinas têm gerado grandes taxas de desemprego. De acordo com
um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA), o setor
desemprega cerca de 2700 pessoas por safra. Uma colhedeira de cana substitui em média 80
cortadores de cana. Só a cultura de cana-‐de-‐açúcar é responsável por 20% do trabalho
formal na agricultura paulista. Com todo esse cenário, as usinas estão se organizando para
não deixar que as taxas de desemprego aumentem, tem criado medidas como cursos de
colheitadeira para que seu funcionário continue a trabalhando (INSTITUTO DE ECONOMIA
AGRÍCOLA).
10. Meio ambiente
O Brasil é o país que possui a maior devastação de área verde do mundo, segundo
indicador das Nações Unidas, no período de 1999 e 2010, foi desmatado 55,3 milhões de
hectares. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil possui 7% da Mata Atlântica
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original e o Cerrado perdeu 49,1% de seu tamanho original (PORTAL DE NOTÍCIAS TERRA,
publicado em maio de 2013).
Segundo Simone Franco e Iara Guimarães Altafin do SENADO FEDERAL, com toda esta
situação, ainda foi aprovado um projeto de lei pelo Senado que autoriza o plantio de cana-‐
de-‐açúcar em áreas de Cerrado, projeto segue para Câmara dos Deputados para aprovação.
Outro fator que pode aumentar o desmatamento foi aprovado o projeto de lei PLS 626/2011
que autoriza o plantio da cana-‐de-‐açúcar nas áreas desmatadas da Amazônia Legal.
De acordo com pesquisadora da FAPESP Maria Victoria Ramos Ballester, o cultivo de
cana-‐de-‐açúcar gera grandes impactos ambientais. A vinhaça, subproduto do álcool, que é
utilizado como biofertilizante rica em nitrogênio que em excesso na água favorece o
crescimento de algas. Outro grande impacto é o consumo de água, pois para produzir um
litro de álcool necessita-‐se de 1,4 mil litros de água, além disso, a cana-‐de-‐açúcar retira
muita água do solo. A queima da palha gera a fuligem, que possui um tipo de carbono que
assimilado por organismos presentes em um rio causará impactos no ecossistema (PORTAL
DA CANA: ETANOL, AÇÚCAR E COGERAÇÃO, publicada em março de 2013).
Outro importante fator foi à proibição da queima da cana-‐de-‐açúcar, pois causava
grandes impactos ambientais com a excessiva emissão de CO2 na atmosfera, além de causar
problemas respiratórios nas pessoas. Com esta nova medida, fica proibida a queima da cana-‐
de-‐açúcar.
11. Aspectos políticos e legais
Segundo o site Notícias Agrícolas, a Justiça do Estado de São Paulo decide proibir as
queimadas de cana-‐de-‐açúcar, acarretando problemas para os produtores que sofrerão
elevação nos custos. Através desta atitude os produtores terão pouco tempo para suspender
a prática, caindo sua produção, já que a queima da palha auxilia o corte manual. Os grandes
prejudicados são os pequenos produtores que deverão recorrer a financiamentos de
máquinas ou partir para o plantio de outras culturas, uma vez que as usinas e grandes
produtores utilizam a prática mecanizada e possuem grandes extensões de plantio.
No primeiro semestre de 2013 o governo federal revelou um conjunto de medidas
que visam elevar a competitividade e investimento no setor sucroalcooleiro e indústria
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química. Em ambos os setores, o governo prevê incentivos fiscais como crédito ao produtor
rural, além de reduzir taxa de juros de financiamentos do BNDES e de linha de crédito para
financiamento. Já as indústrias químicas terão créditos tributários maiores na compra de
matérias-‐primas. Com a redução dos tributos haverá aumento da competitividade e
minimização dos custos aos consumidores.
De acordo com Bruno Calixto do site Mundo Sustentável, o projeto de lei que
autoriza plantação de cana-‐de açúcar na Amazônia é aprovado no mês de maio pela
Comissão do Meio Ambiente. O projeto libera o cultivo de cana-‐de-‐açúcar em áreas
consideradas “áreas alteradas” e “campos gerais”, não explicando os termos que podem ser
considerados respectivamente como áreas já desmatadas que não serão reflorestadas e
áreas de bioma Amazônia. Dois estados pertencentes à Amazônia Legal podem ser
prejudicados economicamente, pois seriam altamente competentes na produção da cultura
o que gera um desacordo levando em consideração aspectos climáticos. Mais
desmatamento poderá ocorrer caso a monocultura impulsione a pecuária, por exemplo.
12. Aspectos científicos
De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência
(SBPC), durante a 65ª reunião anual da sociedade no Recife, o Brasil é responsável por 2,7%
da produção científica mundial, ficando em 58° entre os países que mais inovam no mundo.
Ainda segundo ela, o país deve superar grandes desafios para ser considerado realmente
parte da economia pelo conhecimento, mesmo já estando em sétimo lugar perante a
economia mundial. Um forte investimento seria na educação para que as barreiras sejam
ultrapassadas no âmbito de crescimento científico.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, ressalva que empresas que investem
em pesquisa e desenvolvimento possibilitarão um aumento em sua produtividade.
Segundo Wllyssys Wolfgang do site Rural BR Agricultura, atualmente pesquisadores
brasileiros têm realizado testes e pesquisas em espécies de cana-‐de-‐açúcar no
desenvolvimento da variedade transgênica, buscando superar o grande desafio do setor
como variações nas condições climáticas e pragas, com intuito de manter o teor de açúcar
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elevado e consequentemente sua produtividade. Países além do Brasil, como Argentina e
China correm contra o tempo para ver quem será o pioneiro neste desenvolvimento.
Condições climáticas como períodos extensos de seca, excesso de chuva preocupa o
mercado e o mesmo pressiona os pesquisadores. Todos os estudos são regulados pela
CTNBI, Comissão Técnica Nacional de Biossegurança que exige ao menos oito anos de
pesquisas para que se chegue até a variedade transgênica. Segundo a coordenadora de
biotecnologia do órgão nacional, há uma grande chance de a primeira variedade ser
comercializada nos próximos seis anos.
Segundo matérias publicadas nos sites Globo e Uol, no primeiro semestre de 2014 o
novo etanol conhecido como “etanol de segunda geração” entrará no mercado e carros já
poderão ser movidos a bagaço e palha residual da cana-‐de-‐açúcar.
Uma multinacional com sede no Paraná já produz este etanol, e, de acordo com os
pesquisadores contribuem não somente para o meio ambiente, mas também possui menor
custo e é de eficiência semelhante ao etanol convencional, o que não interferirá do
desempenho dos automóveis. Resíduos como bagaço da cultura que é utilizado apenas por
algumas usinas para geração de energia elétrica e a palha que volta ao solo como
fertilizante, hoje terá um novo destino.
Há pelo menos 10 anos pesquisadores trabalham para que estes resíduos gerassem
este novo biocombustível, que difere na produção ao etanol de primeira geração, pois utiliza
enzimas como reagente. O diretor do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Robson Freitas
enfatiza que será possível uma elevação na produção do etanol em até 30% sem a
necessidade do aumento da área de plantio da cana-‐de-‐açúcar. Estima-‐se um menor preço
de produção e que consequentemente refletirá ao mercado. Ainda como vantagem, o
gerente da multinacional aponta a não competição com o setor alimentício, pois plantando a
cultura para a produção de etanol, há menor quantidade para a produção açúcar, e com a
utilização total da cultura a tendência é minimizar os desperdícios.
O envelhecimento da cachaça em barris de madeira é considerado a etapa mais
demorada neste processo de fabricação, em torno de 03 anos. Porém pesquisadores
brasileiros descobriram uma forma de acelerar esta etapa. Cientistas da Universidade
Paulista (USP) desenvolveram, ainda somente em escala laboratorial, uma metodologia que
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funciona como uma espécie de envelhecimento através da radiação gama que leva apenas
alguns minutos.
A produção é a mesma, mas ao invés da cachaça ser transferida aos tonéis após a
destilação, é diretamente engarrafada e irradiada pelo raio gama através de um aparelho.
Esta radiação gera reações químicas de forma muito mais rápida do que o método trivial,
podendo gerar mudanças em alguns aspectos como teor alcoólico e de acidez, coloração que
permanece transparente, mas pode ser mantida como a tradicional através de corantes.
Alunos passaram por um teste na universidade e não sentiram diferenças quanto ao aspecto
sabor.
A radiação é considerada baixa por físicos, porém equivale à exposição de um
indivíduo há 10 mil tomografias computadorizadas. Apesar desta questão, Valter Arthur do
Centro de Energia Nuclear na Agricultura da universidade diz que não há perigo algum, pois
as pessoas confundem irradiação com contaminação.
13. Aspectos Tecnológicos
Nos últimos anos, tem se percebido uma mudança tecnológica considerável no setor
canavieiro, uma vez que as máquinas estão tornando-‐se cada vez mais uma aliada na
colheita e na plantação. Segundo Vivian Faria do site Nova Cana.com, hoje usa-‐se programas
de monitoramento de alta tecnologia para coletar dados que dão informações exatas sobre
a colheita e até mesmo do comportamento de quem as opera para saber, a partir desses
dados, se há uma necessidade ou não de realizar um treinamento melhor neste operador,
para que o desperdício da colheita seja o menor possível. Os monitoramentos eletrônicos
podem chegar até o transporte da cana, a fim de maximizar o lucro com a produtividade e
minimizar o desperdício.
No Brasil são realizadas feiras voltadas ao agronegócio e especializadas em tecnologia
agrícola, de acordo com a publicação do site G1, onde mostram as mais novas tecnologias no
setor a fim de melhorar a produtividade, a redução de tempo de custo. Deixando assim
evidente a mecanização do campo. Esses eventos movimentam milhões de reais entre
aquisição de máquinas altamente tecnológicas e outros negócios neste setor.
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Além da mecanização no campo com a utilização da tecnologia para melhorar a
produção, a colheita a sua distribuição, pesquisas são realizadas na área da cana de açúcar
para derivar outros produtos, além do etanol, açúcar e a cachaça. Com a onda de
sustentabilidade, vem surgindo com ela produtos menos agressivos ao meio ambiente,
como o polietileno verde de baixa densidade (PEBD), que é derivado do etanol, ganhador de
um concurso nacional de sustentabilidade. Segundo o site ÚNICA, o país é um dos maiores
difusores dessa tecnologia, uma vez que é o principal produtor da matéria prima desse
plástico. Por originar-‐se de fontes renováveis este produto contribui pra uma menor emissão
de gases poluidores, pois na produção de sua matéria prima há uma redução de gás
carbônico, que é utilizado na fotossíntese da cana de açúcar. Por este motivo há diversas
empresas nacionais especializadas em desenvolver esse tipo de tecnologia a fim de o país
transformar-‐se no maior fabricante dessa tecnologia.
Além disso, as usinas estão investindo em etanol de 2ª geração, produzido a partir da
biomassa da cana-‐de-‐açúcar. De acordo com Alessandra Saraiva do site Revista Ideia News,
projeto de empresas privadas financiadas pelo governo nacional visa possibilitar o aumento
de produtividade sem a necessidade de expandir a área plantada. O projeto apoiado pelo
banco tem um alto índice tecnológico e produtivo no setor e de alto conhecimento em
engenharia que façam com que os ganhos na produtividade e qualidade sejam
consideráveis. O desenvolvimento dessa tecnologia mostra a alta competitividade deste
setor no país, destacando-‐se em aspecto mundial.
Outra tecnologia considerável neste setor é o etanolduto, é um duto de transporte
de etanol. Segundo o site G1, neste ano foi inaugurado o primeiro trecho do duto em
Ribeirão Preto, que possuí 206 quilômetros de extensão e interliga a cidade de Ribeirão
Preto a Paulínia. Assim que for inaugurado o etanolduto interligará 45 cidades, passando por
cinco estados brasileiros. O duto terá 1,3 mil quilômetro e transportará até de 21 milhões de
litros por ano. O Brasil produziu na safra de 2011/2012 cerca de 560 milhões de toneladas de
cana, que gerou a produção de 23 bilhões de litros de álcool. Assim o país torna-‐se o
segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Segundo Rogério Broges Guimarães do site GEMEA, Devido ao grande volume de
produção é necessária uma boa logística para seu transporte, por isso a criação do
etanolduto é importante, uma vez que não será gasto valores absurdo com transporte do
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produto pelas rodovias brasileiras, e ainda não haverá mais a emissão de gases tóxicos
causados pela queima de combustível dos caminhões no transporte de etanol. Os
investimentos com esse duto é consideravelmente alto, porém a longo prazo os benefícios
colhidos por esse projeto será muito maior que seu custo, como os ambientais por exemplo.
Outra alternativa de transporte, agora para o açúcar e que já é utilizada desde 2012,
é a ferrovia, utilizada pelo grupo São Martinho e está localizada em Petrópolis – SP. Todas
essas tecnologias em transporte vem para ajudar o setor a desenvolver-‐se mais e a criar
alternativas a principio mais caras, mas que a longo prazo traz muitos benefícios para os
produtores e até mesmo consumidores, pois se ficará a longo prazo o transporte ficará mais
barato, esse custo mais baixo deverá refletir nos preços repassados para quem os consome.
14. Aspectos sociais
Segundo Anderson Portela do site B.I. Internacional, no Brasil foi muito bem
difundida a ideia do etanol combustível, como sendo mais limpo que os outros, por isso o
país foi o pioneiro em uso dessa tecnologia. Por causa, do solo propício para esse tipo de
vegetação, tornou-‐se uma das principais atividades econômicas. É importante olhar para
dois aspectos, o social e o ambiental. No social, temos a exploração do trabalho em diversos
aspectos, condições precárias de ambiente de trabalho, para melhorar estes aspectos é
necessária uma política severa de fiscalização. No aspecto ambiental temos o vinhoto da
cana de açúcar, que é altamente poluente, e ao etanol, que é menos poluente que a
gasolina, mas ainda assim polui o meio ambiente.
A importância econômica da atividade canavieira no Brasil desvia o impacto social
que esta atividade causa, visto que a dinâmica demográfica que este setor causa por conta
do corte de cana em algumas regiões. Esse impacto não está na mídia devido à exaltação
que é feita sobre o potencial brasileiro como exportador de derivados dessa matéria prima.
A partir de 2014 começa a vigorar a lei que proíbe a queima da palha de cana-‐de-‐
açúcar, de acordo com a publicação do site Rede Bom Dia, e este fato acaba com o corte
manual, isso faz com que as empresas gastem mais com a especialização dos “ex-‐
cortadores” de cana, agora como operadores de máquinas e com cursos garantidos por
essas instituições. A colheita mecanizada melhora a vida dos produtores e do meio
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ambiente, uma vez que a colheita fica mais “barata” e não há a emissão de gazes tóxicos
para o ambiente, assim não prejudica a qualidade do ar, já que a palha da cana não será
mais queimada. Porém nos aspectos sociais isso pode gerar uma onda de desemprego, já
que o volume de trabalhadores diminui por conta da mecanização, e não há como aproveitar
toda a mão de obra, pois não são todos que são alfabetizados para manusear as máquinas e
por isso esses trabalhadores são os mais prejudicados.
O impacto da extinção do corte de cana para esses trabalhadores podem ser bem
penosos, uma vez que é somente esse tipo de serviço que os emprega, por cauda do baixo
nível de alfabetização. Segundo Da Reuters publicado por G1, vários desses trabalhadores
saem de muito longe para trabalhar no corte da cana, e quando voltam com o dinheiro que
conseguiram gastam em suas cidades, ativando a economia local. A queda desse tipo de
trabalho fará com que as pessoas se voltem para a produção local e não mais voltem a
deslocar-‐se para trabalhar em outras localidades.
16. CENÁRIOS
16.1. Pessimista
De acordo com a análise realizada no ambiente externo, a crise que vem assolando a
economia mundial fez com que as grandes potências mundiais reduziram seus crescimentos
econômicos, o PIB mundial irá crescer, mas abaixo do estimado. Diante disso, as exportações
brasileiras poderão cair em até 5% afetando o mercado sucroalcooleiro que representa mais
de US$ 1 bilhão.
Outro fator é o aumento dos preços do etanol no mercado brasileiro, com o preço da
gasolina equiparado ao etanol, o consumo do mesmo caiu, pois abastecer com gasolina tem
sido mais viável e rentável para o consumidor. Além deste fato, a estimativa da safra
2013/2014 prevê um aumento de 15% na produção, somando a mais um aspecto pessimista
o que gerará a falta de demanda do etanol no mercado interno.
Como aspecto importante também temos o avanço da mecanização, que de acordo
com o Instituto de Economia Agrícola (IEA) nos últimos anos a cada safra desemprega 2.700
pessoas, gerando assim, grandes taxas de desemprego. E com a Lei que proíbe as queimadas
da cana-‐de-‐açúcar até 2017, aumentando ainda mais as taxas de desemprego no país.
20
Com a aprovação de um Projeto de Lei, que autoriza o plantio da cana-‐de-‐açúcar em
áreas desmatadas da Amazônia Legal, poderá acarretar em aumentos dos níveis
desmatamento, já que o Brasil é o país que possui a maior devastação de área verde do
mundo, segundo indicador das Nações Unidas. Ainda em questões ambientais, a produção
de cana-‐de-‐açúcar consome grandes quantidades de água.
Um grande paradigma é a variedade de cana-‐de-‐açúcar transgênica, que visa um
aumento no teor sacarose, controle de pragas e aumento de produtividade, porém por trás
disso tudo ainda a questão comportamental do consumo de produtos provenientes de
transgênicos.
Atualmente, a produção de etanol de segunda geração vem sendo realizadas por
algumas usinas, porém é uma alternativa muito onerosa, entretanto no futuro poderá ser
um meio muito inviável.
9.2. Otimista
Em contrapartida houve um aumento considerável nas exportações referentes ao
agronegócio, registrando um superávit de US$ 83,91 bilhões. Com o Brasil sendo o maior
produtor de cana-‐de-‐açúcar, há condições de exportar seus derivados, ocupando um lugar
de destaque e relevância na economia mundial. O que impulsionou o crescimento do etanol
no país foi o Pró Álcool, que expandiu a produção de carros a álcool e consequentemente os
carros flex em 2003, uma vez que o preço do etanol ainda é mais vantajoso que a gasolina,
fator favorável ao aumento de aquisições por carros com essa tecnologia.
Com o advento do álcool de segunda geração, que é produzido através do bagaço da
cana-‐de-‐açúcar, diminui-‐se a expansão de território agrícola para o cultivo dessa matéria
prima. Este fator aumenta a competitividade do etanol brasileiro em relação ao comércio
mundial, uma vez que o bagaço que seria utilizado apenas na geração de energia elétrica,
agora produza mais etanol.
O Brasil não se destaca somente pela produção de etanol, mas também pela
fabricação e comercialização da cachaça, sendo considerado o maior do mundo. Hoje a
cachaça ganha o mercado mundial, devido à quebra de paradigmas em relação ao consumo.
Em 2014 o Brasil sediará a Copa do Mundo, evento esse que aumentará o consumo da
21
cachaça, que hoje já ocupa o lugar de 3° destilado mais consumido no mundo, devido a
utilização desse produto em bebidas tradicionais do país.
O setor sucroalcooleiro é de fundamental importância na geração de empregos
diretos e indiretos movimentando assim a economia nacional, já que só a cultura de cana-‐
de-‐açúcar é responsável por 20% do trabalho formal no Estado de São Paulo.
São investidos cada vez mais em tecnologia e pesquisas científicas, como máquinas
que estão cada vez mais aliadas a colheita e a plantação a fim de melhorias no setor, que
mantenham o Brasil em uma posição sempre vantajosa e competitiva em relação aos seus
concorrentes.
Devido a sua importância em relação aos vários setores, econômicos, sociais e
tecnológicos, este mercado é um dos mais promissores no país e tende a melhorar ainda
mais, com o mercado de combustíveis sustentáveis em alta e levando em consideração que
a gasolina é um combustível não renovável, e o etanol é um combustível já consolidado no
mercado, pode-‐se considerar este setor como muito vantajoso para investimento para os
próximos anos.
Em relação à cachaça, pode-‐se dizer que também é um mercado promissor, visto que
no Brasil há uma “exportação” da cultura nacional, e a cachaça é um patrimônio da cultura
nacional. E devido a grandes eventos esportivos que o país vai sediar, os produtores de
cachaça poderão aumentar as suas vendas com a oportunidade de exportar seus produtos já
que o mundo estará de olho no Brasil.
9.3. Mais Provável
Verificamos como mais provável que a produção da cana-‐de-‐açúcar tende a
aumentar, de acordo com a recuperação do mercado mundial e do aumento das áreas de
cultivo. Outro aspecto importante é a criação do etanolduto, que gerará uma diminuição de
impostos e custos com o transporte, e consequentemente a redução na emissão dos gases
poluentes liberados no trajeto gerando assim benefícios ambientais, já que atualmente há
um grande apelo com as questões ambientais.
A tecnologia da produção de etanol de segunda geração iniciará a fabricação em
larga escala nos próximos anos, pois a grande demanda não conseguirá ser suprida somente
22
com a produção convencional. Com isso o Brasil poderia tornar-‐se o maio produtor de
etanol de cana-‐de-‐açúcar do mundo.
Outro fator provável é o encerramento do corte manual da cana de açúcar até 2017,
que foi proibido devido a questões ambientais. Sabendo que haverá a extinção da função
cortador de cana, as usinas estão remanejando funcionários para outros cargos,
capacitando-‐os para diversas funções dentro da organização.
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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