Falar de pesca 1

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Falar de Jornal Pesca Nº1 Agosto 2015 Feeder Surf Casting Pesca à boia Pesca na pista de Coruche Pesca alternativa de Verão Montagem com boia de pião (1) Boias à inglesa Materiais e soluções

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Publicação da BARROS sobre técnicas de pesca. Edição nº1

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Falar deJo

rnal

PescaNº1

Agosto 2015

Feeder

Surf Casting

Pesca à boia

Pesca na pista de Coruche

Pesca alternativa de Verão

Montagem com boia de pião (1)

Boias à inglesa

Materiais e soluções

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Pesca na pista de CorucheFeeder

Carlos Trigo “abre o livro” e fala sobre as suas técnicas preferiras para pescar com feeder no rio Sorraia, pista pela qual nãoesconde uma grande paixão.

ão tenho duvidas que é, por certo, a melhor pista de pesca portuguesa, já N

reconhecida nacional e internacio-nalmente. Os pescadores nacio-nais e estrangeiros nutrem um grande carinho por ela, também, com grandes potencialidades para a prática do feeder.Pessoalmente, gosto bastante desta pista onde me desloco com frequência pois dá bastante gozo capturar os seus barbos, pese embora as ultimas alterações feitas não serem do meu agrado (construção de um muro alto que impossibilita ver o rio, a difi cul-dade de acessos e as constantes alterações do nivel de água).Actualmente, as espécies que mais têm dado a cara têm sido, como é obvio, os barbos (alguns de bom porte), as abletes, os pimpões, as carpas e as tainhas. Tenho repa-rado que ao feeder, a pesca quer com engodo quer com asticot tem dado boas capturas e em ritmo mas, com asticot o tamanho dos peixes é bem maior.Em termos de material, ten-

ho usado canas de 3,60 mt semi-parabólicas. Não sou adepto de canas muito macias para a pes-ca de barbos, tendo em atenção a sua força e o ritmo de capturas.Os carretos, prefi ro-os com ro-bustez e força, bobine larga e que enrolem bem a linha, linha essa que não deve ter elasticidade e deve ser afundante.

Anzóis fi nos e resistentes para que aguentem os arranques dos barbos e de alguma taínha que apareça.Quanto aos feeders, como geral-mente pesco com asticot colado, uso os abertos da Trabucco “Aero Cage”em rede de plástico com

dentes interiores que ajudam a fi xar o asticot e os “Aero Distance Cage” em rede metálica, estes funcionam muito bem, uma vez que tendo o chumbo concentrado no bordo, permitem lançamentos mais longos e precisos.Com o uso de engodo utilizo também os “Cage Feeder Rettan-golare” de malha metálica.

AERO CAGE

DISTANCE CAGE

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Para uma melhor e correcta condução/apresentação da mon-tagem e um melhor detectar dos toques, o suporte da cana deve ser colocado à esquerda, contrário ao sentido da corrente, que é habit-ualmente muito ligeira.

Geralmente a pesca nesta pista não é muito difícil. No entanto, temos de ter sempre em conta certos factores, como as condições meteorológicas e até o humor do peixe nesse dia. Quando a pesca fica mais difícil podemos sempre baixar a espessu-ra da linha e o tamanho do anzol, pois, os barbos, como se costuma dizer “não gostam muito de fer-ro”, assim como se deve ou não ir fazendo umas negaças. Muito importante é sempre o lançamento/engodagem que tem de ser feito com precisão, isto é, o feeder deve cair sempre no mesmo local (distância), para este efeito costumo utilizar um marca-dor para marcar a linha.Outra dificuldade pode surgir se as abletes invadirem o pesqueiro, sendo possível contornar esta situ-ação com a troca do isco passando de asticot para milho ou ervilhaca, se bem que em competição as sementes não funcionem tão bem.Como ainda se tem feito mui-to pouca pesca de feeder nesta pista, penso que em treinos e na pesca ludica, é uma pista que dá muitas capturas. Em provas de competição, de certeza que irá ser bom, mas mais dificil e com menos capturas, uma vez que o

peixe irá ficar mais desconfiado com o barulho e distribuido pela totalidade da pista, devido ao maior numero de engodagens.Para terminar na minha opinião, a pesca de feeder, embora seja uma pesca simples e apaixonante, pois proporciona muitas e boas capturas requer, como em outras vertentes da pesca, alguma técni-ca. A sua correcta execução, irá

certamente fazer a diferença e condicionar os resultados.Sobre truques e segredos, pouco tenho para dizer uma vez que as minhas montagens são muito sim-ples. Sou adepto de quanto mais simples melhor. O meu conselho é que pesquem muito pois só junto da água, com algum esforço e empenho, conseguiremos evoluir nesta pesca eficaz e aliciante.

Canas – Barros Feeder Competition CT-12 360 e Maestro Feeder 360

Carretos – Trabucco Explore Match 5000 e Castforce Feeder

Linha – Trabucco WPS Feeder Plus 0,22

Empates – Trabucco XPS Fluorocarbon Saltwater 0,12/0,14 e 0,16

Anzóis – Trabucco Pro Sword 2610 nº 18/16 e 14 e TFK 10 nº 18 a 14

Cola – Trabucco Team Master Colla Magica

Engodos – Trabucco XP 3000 Cavedani /Barbi e XP 3000 Carp Feeder

O meu material para Coruche:

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Pesca alternativa de VerãoSurf Casting

Messias Oliveira fala-nos da pesca de “surf-casting” na su-perfície, uma boa alternativapara para pescar no Verão.

ormalmente o surfcasting está associado à pesca de peixes nobres tais como:

robalos, bailas, sargos, doura-das, entre outros. No entanto, o mar nem sempre apresenta as condições ideais.Vamos, com este artigo, explorar uma pesca simples e divertida para os típicos dias de verão.Vamos falar da pesca de super-fície às cavalas,carapaus, entre outros. É uma pesca simples e divertida, depois de ferrarem a primeira cavala vão perceber ainda melhor do que falo.Vamos então às dicas mais im-portantes:

AS CONDIÇÕES IDEAIS

As condições ideais são de mar com fraca ondulação, águas claras e quentes.O pesqueiro típico para este tipo de pesca são os fundões,de preferência nas últimas horas de enchente e início de vazante. Embora se possam efetuar cap-turas fora deste período e/ou em pesqueiros menos fundos.

AS CANAS E OS CARRETOS

As canas devem ser de ação de

N

ponteira preferen-

cialmente híbridas para mel-

hor deteção dos toques. Deverão ter capacidade de lançar uns

bons met-ros. Pois, na maioria

das vezes, temos de

pescar bem além da cen-

tena de metros. No meu caso,

utilizo habit-ualmente as

Barros Surf Team k41, K2w e Xk dependendo da distância de pesca.Quanto aos carretos devem ser de bobine larga e com boa saída de

fi o para facilitar os lançamentos, sendo dois bons exemplos o Tra-bucco X-Ride Surf e o Trabucco Lancer Surf.

OS FIOS

Os fi os para carreto devem variar entre 0,16 e 0,20, sendo que, a minha escolha recai sobre o Tra-bucco XPS Longcast, XPS Velvet e XPS Surf Distance, Fios com pouca memória, boa resistência ao nó e à abrasão e macios, propor-cionando bons lançamentos.Nos chicotes recomendo os Tra-bucco Taper Leader nas medidas 0,20-0,50 e 0,18-0,40. Sendo este último uma medida bastante in-teressante para quando pescamos com chumbadas mais leves e/ou canas mais macias e em que não há necessidade de utilizar chicotes mais grossos.Para as madres recomendo o Tra-bucco Tornament Tought em 0,45.

Iscada de sardinha Iscada de sardinhacom minhoca

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Para os estralhos, a minha escol-ha recai no Trabucco XPS Power Plus 0,20, um fio macio e muito resistente. No caso de problemas com enleios recorro ao “super poderoso” Xps Flurocarbon Salt Water em 0,20 ou 0,22.

AS CHUMBADAS Normalmente utilizo chumbadas com haste entre as 100g e as 160g de formato alongado, típicas de longos lançamentos. A gramagem varia de acordo com a distância de pesca, as condições e a cana a utilizar.

OS ANZÓIS Nos anzóis recomendo os Barros Titanus Mebaru-N nº4 e 6, um anzol fino, afiado e com uma boa ferragem, indicado para as frágeis bocas dos peixes em questão.

FLUTUADORES Podemos usar como flutuador-es, as tradicionais bolinhas de esferovite ou os Trabucco Surf Pop-Up Stick em 4 e 6mm.

AS MONTAGENS

As montagens são de dois anzóis de acordo com o esquema da imagem.

ISCOS E ISCADAS Os melhores iscos são a sardinha e a minhoca da lama ou a coreana iscados de acordo com as ima-gens.

TRUQUES E DICAS

Nem sempre os peixes estão no limite do nosso lançamento, por vezes estão bem mais próximos do que aquilo que imaginamos. Não devemos exagerar no taman-ho das iscadas sob pena dos peixes pegarem no isco sem cravarem o anzol. Por vezes, um pequeno arrastar da chumbada é o suficiente para provocar o ataque dos peixes. Desfrutem e bons lançamentos!

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A pesca à bóia com bóias tipo pião tem vindo nos últimos anos a ganhar muitos adeptos e pratican-tes que veem nesta técnica uma excelente opção para realizar boas capturas mesmo quando as con-dições meteorológicas e de mar não parecem de todo ser as mais indicadas para pescar à bóia. A sua versatilidade e adaptação aos mais diversos tipos de pesqueiro e as provas dadas fazem com que haja hoje um número de pratican-tes muito considerável por todo o país.

Por ser esta uma técnica em fran-ca expansão e com cada vez mais amantes decidimos elaborar uma série de artigos relaciona dos que vai desde a montagem básica (assunto deste primeiro artigo) a outras abordagens com bóias de correr, fi xas, calibrações especí-fi cas, pescas alvoradas e relação condições de mar/montagem mais indicada. Pretendemos assim pro-porcionar aos praticantes que ini-

ciam este

tipo de pes-ca as bases para

poderem começar a praticar e também para aqueles que já a pra-ticam possam também experimen-tar novas abordagens e também partilhar connosco outras formas de montar e utilizar este tipo de montagens.

A pesca com bóias tipo pião já é utilizada no nosso pais à muito tempo principalmente na costa vi-centina onde ganhou notoriedade com os excelentes resultados que os pescadores locais conseguiam principalmente na pesca do sargo mas também de robalos e doura-das. Sendo uma técnica utilizada principalmente em falésias era (e continua a ser) muito frequente ver em zonas como Sagres, Cabo de São Vicente, Carrapateira entre tantas outras muitos pescadores a utilizarem esta técnica mas hoje em dia já vemos de norte a sul do nosso pais muitos praticantes (não só falésias mas também a pescar junto à água, em pontões, etc., etc.) a “Pescar ao Pião”, A Galiza e Zona costeira a norte de Espa-nha tem também grande tradição num tipo de pesca parecido mas com algumas nuances diferentes,

Montagem com boia tipo pião (parte 1)Pesca à boia

Sérgio Tente desvendaos segredos para pescaaos sargos com a suatécnica preferida.

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a famosa pesca “A corcho” tam-bém muito própria e tradicional da zona.

Mas comecemos pelo início e pela montagem básica:

1 – Linha madre: Há quem pesque com a montagem directa na linha madre (no caso de utilizar monofi lamentos) utilizando direc-tamente o fi o que vem do carreto. No caso de pretendermos utilizar outro diâmetro de fi o ou um fi o diferente da madre aí utiliza-se o estralho do destorcedor até ao anzol. No caso de utilizarmos na madre um multifi lamento (muito adequado neste tipo de pesca) o procedimento será igual ao ante-rior já que o multifi lamento só irá até ao destorcedor.

2 – Travão, “stopper” ou nó de correr: Serve para travar a bóia e não a deixar correr.

3 – Missanga: Serve não deixar o travão prender no tubo de entrada do fi o e também ajuda a preservar a integridade do travão quando lançamos não o deixando rasgar ou folgar tão facilmente.

4 – Bóia tipo pião: Existem vá-rios modelos ao dispor do pesca-dor feitas de cortiça, de aglomera-do, de EVA são as mais comuns. Estes piões podem ou não ser cali-brados de origem (com um chum-bo embutido ou serem calibradas com um chumbo à parte que é normalmente redondo.

5 – Chumbo de Calibragem: chumbo de correr.

6 – Missanga: Serve para prote-ger o travão abaixo, o nó no des-torcedor e o próprio destorcedor das pancadas do chumbo de cali-bragem principalmente a quando do lançamento.

7 – Travão ou stopper: Serve para proteger o nó da linha madre

no destorcedor.

8 – Destorcedor: Rolling de pre-ferência bastante resistente para aguentar o desgaste deste tipo de pesca.

9 – Estralho: Diametro e tipolo-gia a defi nir pelo pescador.

10 – Chumbo de correr, oliva ou olivete: O peso deverá ser ade-quado às condições de mar e ao tipo de abordagem que se preten-de. A sua gramagem pode ir por exemplo de 0,5g a 15g.

11 – Anzol: Modelo e tamanho consoante a espécie que preten-demos capturar e o isco que pre-tendemos utilizar (tema que será abordado numa próxima edição da revista acerca dos tipos de anzol mais adequados para cada tipo de pesca)mais adequados para cada tipo de mais adequados para cada tipo de

PIÃO ALSPIÃO XP

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Boias: Materiais e soluçõesPesca à inglesa

Mário Baptista partilha osseus conhecimentos.

Existem hoje em dia no mercado uma grande diver-sidade e oferta de boias de

pesca à inglesa, o que pode muitas vezes difi cultar a nossa escolha. Vamos portanto tentar distin-gui-las principalmente em termos de materiais, de forma a tentar também adequá-las o melhor pos-sível á pesca que pretendemos fazer.

Boias Straight: Este tipo de boias são as tipo palito, completamente direitas ou sem barriga. São boias destinadas a pescar a distâncias relativamente curtas e normalmente para a pesca de asticot solto e sementes. Este tipo de boias per-

mitem-nos também uma maior rapi-dez na pes-ca, uma vez que entram rapidamente em ação de pesca e facili-tam muito o afundar da linha, dado o seu compri-mento. Nor-malmente dis-poníveis em gram-agens de 4 a 8 gr.

A diferenciar apenas os materiais e o tipo de antenas. O material mais uti-lizado é a

pena de pavão mas existem hoje em dia também algumas em plástico que têm um bom desem-penho, a ter somente em atenção que alguns plásticos são de alta qualidade não permitindo que as boias entortem com o calor e out-

ras nem por isso. Por último, existe ainda o “ sarkanda “ que é um material vegetal mui-to semelhante á balsa

e que é de extrema sensibilidade dada a sua

densidade. Tem no entanto o inconveniente de ser muito

frágil e de se poder partir com

alguma facili-dade.

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Boias Bodied:

De barriga, as mais utilizadas dada a versatilidade na utilização e grande disponibilidade de gram-agens que nos permitem pescar a qualquer distância. Dentro deste tipo de boias existem também muitas possibilidades e diversi-dade de materiais utilizados. Os corpos sempre em balsa ou espu-ma de poliuretano. As hastes são principalmente em pena de pavão . Hoje em dia existem também boais de grande qualidade com hastes em carbono e também em plástico. Na TRABUCCO por exemplo temos disponíveis as ULTIMATE XD OSTELLATO e as XD ULTIMATE (fi g 1), ambas com hastes plásticas, de grande qualidade e com dois formatos distintos ; antena insert fi na ou com antena mais grossa, para o caso de se pretender maior fl utua-bilidade.

Boias Slider ou de correr:

São boias para pescar onde as profundidades são superiores ao tamanho das canas ou onde se pretende uma grande estabilidade do isco por exemplo em situações de forte derivação da água cau-sada pelo vento. Podem ser usadas gramagens em baixo entre as 4 gramas e as 20 ou mais gramas.

ANTENAS INSERT

ANTENAS OCAS

Breve glossário de materiais e utilizações:

Pena de pavão: Material com-pletamente impermeável não absor-vendo água nem mesmo se fraturado. O compor-

tamento man-têm-se sempre igual. Existem apenas qualidades diferentes; penas envelhecidas de grande qualidade não entortam com o calor , penas mais verdes poderão fazer curvas acentuadas quando expostas ao calor. Pode-se contrariar isto quebrando ligei-ramente a pena e aquecendo do lado oposto com um seca-dor de cabelo.

Hastes de carbono:

Recentemente muito utilizado nas boias, é um

material excelente porque sendo maciço é

de extrema resistência ao impacto e calor. A sensibilidade é também fantástica dada a elevada rigidez e densidade sendo a capacidade de voo também excelente devido a ser muito fi na. Grande estabil-idade em ação de pesca também pelo fato de ser também muito fi na e portanto menos afetada pelo vento de superfície.

Plástico: Normalmente muito mais baratas e sendo o material de qualidade como as TRABUCCO XD ULTI-MATE, e XD OSTELLATO são também perfeitas no lançamento e muito estáveis na água, não defor-mando com o calor.

gramas e as 20 ou mais gramas.

pletamente impermeável não absor-vendo água nem mesmo

tamento man-têm-se sempre igual. Existem apenas qualidades diferentes; penas envelhecidas de grande qualidade não entortam com o calor , penas mais verdes poderão fazer curvas acentuadas quando expostas ao calor. Pode-se contrariar isto quebrando ligei-ramente a pena e aquecendo do lado oposto com um seca-dor de cabelo.

Hastes de carbono:

Recentemente muito utilizado nas boias, é um

BASE DA BOIA XD SLIDER

ANTENA OCAFECHADA NOTOPO

Figura 1