Família OeirasOeirasOeiras EcológicaEcológica · Este relatório foi elaborado com um Tipo de...

ProjetoProjetoProjetoProjeto

FamíliaFamíliaFamíliaFamília OeirasOeirasOeirasOeiras EcológicaEcológicaEcológicaEcológica

Relatório Final de Avaliação

2ª Edição

Junho 2012

Projeto Família Oeiras Ecológica – 2ª Edição - Relatório Final de Avaliação 2

Nome doNome doNome doNome do ProjetoProjetoProjetoProjeto:::: FamíliaFamíliaFamíliaFamília OeirasOeirasOeirasOeiras EcológicaEcológicaEcológicaEcológica

Equipa Técnica:Equipa Técnica:Equipa Técnica:Equipa Técnica:

OEINERGE OEINERGE OEINERGE OEINERGE –––– Agência Municipal de Energia Agência Municipal de Energia Agência Municipal de Energia Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeirase Ambiente de Oeirase Ambiente de Oeirase Ambiente de Oeiras � Paula Alberto � Paula Santos

Câmara Municipal de OeirasCâmara Municipal de OeirasCâmara Municipal de OeirasCâmara Municipal de Oeiras Departamento de Ambiente e Equipamento � Ângela Maurício � Sofia Gomes

QUERCUS QUERCUS QUERCUS QUERCUS –––– Associação Nacional de Associação Nacional de Associação Nacional de Associação Nacional de Conservação da NaturezaConservação da NaturezaConservação da NaturezaConservação da Natureza � Ana Rita Antunes � Filipa Alves � Sara Ramos

Parceiros / Apoios:Parceiros / Apoios:Parceiros / Apoios:Parceiros / Apoios:

� ADENE – Agência para a Energia � ALL AQUA � ECOLOGICALKIDS � ECOVER � EDP DISTRIBUIÇÃO – ENERGIA � ENCENA – Agência de Actores � FLIMA – L’ARBRE VERT � FONTE LUSA � JORNAL DA REGIÃO DE OEIRAS � SMAS DE OEIRAS E AMADORA

Relatório elaborado Relatório elaborado Relatório elaborado Relatório elaborado por:por:por:por:

� Paula Alberto � Sara Ramos

Este relatório foi elaborado com um Tipo de Letra Ecológica, que reduz a quantidade de tinta utilizada, caso seja impresso.


ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE

1. ENQUADRAMENTO / OBJETIVOS ............................................................................... 6

2. METODOLOGIA DE TRABALHO ................................................................................. 7

2.1. Divulgação/Inscrições ....................................................................................... 9

2.2. Realização de Diagnóstico Ambiental ............................................................. 11

2.3. Entrega das Fichas de Recomendação ........................................................... 14

2.4. Apoio a estudantes universitárias ................................................................... 16

2.5. Realização de um encontro geral entre famílias ............................................ 17

3. CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS .......................................................................... 18

4. ANÁLISE DE RESULTADOS ..................................................................................... 20

4.1 Gestão da Energia ............................................................................................ 21

5.1.1 Energia elétrica ..................................................................................... 21

4.1.1.1. Potencial de redução de consumo de energia elétrica ................. 22

4.1.2. Gás .................................................................................................... 26

4.1.3. Painéis Solar Térmico ........................................................................ 28

4.2. Gestão da Água ............................................................................................... 29

4.2.1. Potencial de redução de consumo de água ...................................... 30

4.3. Gestão de Resíduos ........................................................................................ 34

4.3.1. Separação de resíduos das três fileiras ............................................ 35

4.3.2. Separação de outros resíduos ........................................................... 36

4.3.3. Redução da produção de resíduos .................................................... 37

4.3.4. Realização de compostagem ............................................................ 38

4.4. Mobilidade Sustentável ................................................................................... 38

4.4.1. Situação Atual ................................................................................... 39

4.4.2. Alternativas propostas ...................................................................... 41

4.5. Gestão Sustentável do Jardim ......................................................................... 42

4.5.1. Análise das espécies que existem no espaço verde ......................... 43

4.5.2. Métodos de rega ................................................................................ 45

4.5.3. Compostagem dos resíduos verdes .................................................. 46

4.5.4. Tipo de fertilizantes utilizados .......................................................... 47

4.6. Consumo Sustentável ..................................................................................... 48

5. MONITORIZAÇÃO DO PROJETO .............................................................................. 50

6. PROPOSTAS DE MELHORIA DO PROJETO ............................................................... 56

7. CUSTOS IMPUTADOS AO PROJECTO ....................................................................... 57

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 57


ÍNDICE DE FIGURASÍNDICE DE FIGURASÍNDICE DE FIGURASÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Apoio da atriz Carmen Santos ...................................................................... 8

Figura 2: Campanha de divulgação do projeto ............................................................ 9

Figura 3: Divulgação do projeto em diversos meios de comunicação ...................... 10

Figura 4: Materiais de divulgação. ............................................................................. 11

Figura 5: Energy data logger– Medidor de consumos de energia elétrica ................ 12

Figura 6: Visitas de diagnóstico às FamíliasOeirasEcológica .................................... 14

Figura 7: Kit Oferta do Projeto “Família Oeiras Ecológica” ........................................ 15

Figura 8: Workshop “ENGAGE DAY” .......................................................................... 18

ÍNDICE DE TABELASÍNDICE DE TABELASÍNDICE DE TABELASÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Total de visitas de diagnóstico ambiental ................................................... 9

Tabela 2: Desagregação das 50 famílias ................................................................... 18

Tabela 3: Potencial de poupança no consumo de eletricidade ................................. 23

Tabela 4: Resultados da análise a viabilidade de instalação de painéis solar térmicos

................................................................................................................................... 29

Tabela 5: Consumo de água (m3/ano) por família ..................................................... 30

Tabela 6: Potencial de redução de consumos de água ............................................. 31

Tabela 7: Reciclagem já efetuada e potencial de reciclagem ................................... 36

Tabela 8: Comparação entre a situação atual e as alternativas propostas .............. 42

Tabela 9: Média do número de Planetas e emissões de CO2 das 50 famílias ............ 49


ÍNDICE DE GRÁFICOSÍNDICE DE GRÁFICOSÍNDICE DE GRÁFICOSÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Famílias aderentes, por freguesia ............................................................. 19

Gráfico 2: Dimensão do agregado familiar ................................................................ 20

Gráfico 3: Consumo de energia elétrica (kWh/ano) por família ................................ 22

Gráfico 4: Distribuição do potencial de redução de consumo nas diferentes

categorias .................................................................................................................. 23

Gráfico 5: Potencial de poupança existente pela anulação dos consumos de standby

e off-mode por família (kWh/ano) .............................................................................. 25

Gráfico 6: Potencial de poupança existente com a substituição de lâmpadas

incandescentes e de halogéneo por lâmpadas mais eficientes, por família (kWh/ano)

................................................................................................................................... 26

Gráfico 7: Distribuição do tipo de gás utilizado pelas Famílias Oeiras Ecológica...... 27

Gráfico 8: Consumo de gás por família (m3/ano) ....................................................... 27

Gráfico 9: Potencial de poupança de água nas torneiras por família (m3/ano). ....... 32

Gráfico 10: Potencial de poupança de água no banho (m3/ano) ............................... 33

Gráfico 11: Tipo de sistemas de descarga de autoclismos ....................................... 34

Gráfico 12: Gestão dos resíduos pelas famílias para as fileiras papel/cartão, vidro,

plástico e metal .......................................................................................................... 35

Gráfico 13: Gestão dos resíduos de pilhas, óleos usados e rolhas de cortiça pelas

famílias ....................................................................................................................... 37

Gráfico 14: Atividades realizadas pelas famílias para reduzir a produção de resíduos

................................................................................................................................... 37

Gráfico 15: Realização de compostagem pelas famílias ........................................... 38

Gráfico 16: Tipo de transporte utilizado nas deslocações pendulares ...................... 39

Gráfico 17: Emissões de CO2 associadas às deslocações pendulares ....................... 40

Gráfico 18: Tipo de combustível utilizado .................................................................. 40

Gráfico 19: Emissões de CO2 associadas às deslocações pendulares, actuais e

alternativas ................................................................................................................ 41

Gráfico 20: Tipo de espaço verde existente .............................................................. 43

Gráfico 21: Tipo de plantas existentes no espaço verde ........................................... 44

Gráfico 22: Realização de compostagem por parte das famílias .............................. 46

Gráfico 23: Utilização de adubos químicos na fertilização do jardim. ....................... 47

Gráfico 24: Média percentual das categorias analisadas para a Pegada Ecológica .. 49

Gráfico 25: Expectativas relativamente ao projeto ................................................... 51

Gráfico 26: Redução dos consumos energéticos faturados ...................................... 53

Gráfico 27: Avaliação da equipa técnica e visitas realizadas .................................... 54

Gráfico 28: Temáticas ambientais de interesse das famílias .................................... 55


1. E1. E1. E1. ENQUADRAMENTO / OBJENQUADRAMENTO / OBJENQUADRAMENTO / OBJENQUADRAMENTO / OBJETIVOSTIVOSTIVOSTIVOS

Dado o sucesso alcançado na 1ª edição do projeto “Família Oeiras

Ecológica”, o desafio de avaliar os comportamentos ambientais das famílias

residentes no Concelho de Oeiras foi novamente lançado em setembro de

2011, com a 2ª edição do projeto.

Esta 2ª edição, promovida pelo Departamento de Ambiente e Equipamento

da Câmara Municipal de Oeiras (CMO), foi coordenada pela OEINERGE –

Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras em parceria com a

QUERCUS – Associação Nacional da Conservação da Natureza.

A realização da 2ª edição do presente estudo teve como principal objetivo

fomentar a alteração de comportamentos e sensibilizar mais 50 famílias do

concelho de Oeiras para as temáticas da energia, da água, dos resíduos, da

mobilidade, do jardim e do consumo sustentável, através do conceito de

pegada ecológica.

O projeto assentou em pressupostos que tiveram por base os seguintes

fatores:

• Caracterizar, identificar e analisar os hábitos ambientais das 50

famílias participantes;

• Desenvolver um plano de recomendações de gestão sustentável nas

várias vertentes ambientais estudadas;

• Promover a eficiência sustentável dos recursos naturais;

• Identificar os potenciais de poupança na habitação e obter uma

redução efetiva de consumo dos recursos.

Com a implementação do Projeto “Família Oeiras Ecológica” pretendeu-se

incutir um espírito de boas práticas ambientais nos hábitos quotidianos dos

munícipes, contribuir para o desempenho ecológico individual e para o

desenvolvimento sustentável local, atingindo metas como:

• Aumentar a eficiência energética em casa das famílias com a

consequente redução dos consumos de eletricidade;


• Aumentar a utilização de fontes de energias renováveis (solar

térmico);

• Aumentar a eficiência hídrica e redução do consumo de água;

• Aumentar a separação de resíduos e reduzir a sua produção;

• Aumentar a participação na compostagem doméstica;

• Aumentar a utilização dos transportes coletivos e/ou incutir uma

condução ecológica;

• Fomentar para o consumo sustentável.

A implementação/promoção deste tipo de iniciativas é importante no

sentido de alertar a população para a urgência de alterar/melhorar os

comportamentos ambientais e hábitos de consumo contribuindo para um

planeta mais sustentável.

2222. . . . METODOLOGIAMETODOLOGIAMETODOLOGIAMETODOLOGIA DE TRABALHODE TRABALHODE TRABALHODE TRABALHO

O Projeto “Família Oeiras Ecológica” foi desenvolvido num período de 10

meses, tendo iniciado em setembro de 2011 e finalizado em junho de 2012,

sendo que a metodologia de trabalho implementado assentou em quatro

fases distintas:

1. Divulgação/Inscrições;

2. Realização de Diagnóstico Ambiental;

3. Entrega das Fichas de Recomendação;

4. Monitorização e avaliação do projeto;

5. Realização de um encontro geral entre famílias e parceiros para

divulgação dos resultados, troca e partilha de experiências.

A QUERCUS foi um parceiro fundamental na prossecução do projeto, tendo

participado nas diferentes fases do mesmo, desde a divulgação à realização

das visitas e tratamento de dados.


O projeto contou igualmente com o prestigiado apoio das seguintes

empresas: Ecologicalkids, EDP Distribuição, ECOVER, ADENE – Agência para

a Energia, Fonte Lusa, L’Arbre Vert (FLIMA), All Aqua, SMAS de Oeiras e

Amadora, Jornal da Região de Oeiras e Encena – Agência de Actores.

A 2ª edição do projeto “Família Oeiras Ecológica” contou igualmente com a

participação da atriz Carmen Santos, residente no Concelho de Oeiras, que

se preocupa com estas questões de cariz ambiental, tendo aceitado

participar neste desafio e apoiar/apadrinhar esta iniciativa.

Figura 1: Apoio da atriz Carmen Santos

Para a monitorização dos consumos energéticos e comportamentos

ambientais das famílias foram atualizados os 6 questionários de avaliação,

nomeadamente:

1. Gestão de Energia (eletricidade e gás);

2. Gestão da Água;

3. Gestão de Resíduos;

4. Gestão Sustentável do Jardim (para moradias);

5. Mobilidade Sustentável;

6. Consumo Sustentável.

O número de visitas realizadas mensalmente pelos técnicos da

OEINERGE/CMO e QUERCUS às famílias inscritas no projeto apresentam uma

variação que pode ser observada na tabela seguinte.


Tabela 1: Total de visitas de diagnóstico ambiental

MesesMesesMesesMeses N.º de VisitasN.º de VisitasN.º de VisitasN.º de Visitas

Outubro 2011 24

Novembro 2011 13

Dezembro 2011 7

Janeiro 2012 6

TOTALTOTALTOTALTOTAL 50505050

O universo das 50 famílias inscritas deve-se, essencialmente, aos meios

financeiros e técnicos disponíveis, bem como aos parceiros, para a

execução do projeto.

2.1. Divulgação/Inscrições

O arranque da Campanha de divulgação do projeto realizou-se no evento

“Marginal sem Carros”, que decorreu no dia 18 de setembro de 2011, entre

Caxias e a praia da Torre, organizado pela Câmara Municipal de Oeiras.

Figura 2: Campanha de divulgação do projeto

A divulgação foi efetuada complementarmente em diversos meios de

comunicação, nomeadamente:

� Imprensa regional;

� Newsletter n.º 29 da OEINERGE;

� Newsletter n.º 13 – Oeiras 21+ / CMO;

� http://www.cm-oeiras.pt;


� http://consultorio.oeinerge.pt;

� http://www.facebook.com/oeinerge;

� http://www.quercus.pt;

� http://www.ecocasa.pt.

Fonte: http://www.cm-oeiras.pt Fonte: http://www.quercus.pt

Fonte: Newsletter n.º 29 da OEINERGE Fonte: Newsletter n.º 13 – Oeiras 21+

Figura 3: Divulgação do projeto em diversos meios de comunicação

Posteriormente, para apoio na divulgação e promoção do projeto foram

produzidos cerca de 2 posters A2 e 100 flyers A5.


Figura 4: Materiais de divulgação.

2.2. Realização de Diagnóstico Ambiental

Na fase de diagnóstico foi efetuada uma visita de monitorização ambiental,

com a oferta do Kit Ecológico, a cada família, por técnicos da

OEINERGE/CMO e QUERCUS, para avaliação dos comportamentos

ambientais e consumos energéticos das famílias. Estas visitas de

diagnóstico decorreram de outubro de 2011 a janeiro de 2012.

Nesta fase, para a monitorização das diversas vertentes ambientais e

consumos energéticos foram realizados os 6 questionários de avaliação e

efetuadas as seguintes ações:

Caracterização Geral da Família e da Habitação

� Identificação do número de elementos que constituíam o agregado

familiar, tipo e área da habitação, número de divisões existentes e

tempo de ocupação da família na habitação.


Gestão de Energia (eletricidade e gás)

� Levantamento do número de lâmpadas e equipamentos

consumidores de energia elétrica;

� Medição dos consumos de energia elétrica dos equipamentos em

funcionamento, standby e off-mode (consumo fantasma), através do

medidor energy data logger;

Figura 5: Energy data logger– Medidor de consumos de energia elétrica

� Registo dos consumos globais de energia elétrica e gás através das

leituras dos contadores e da análise de faturas;

� Levantamento dos hábitos de consumo das famílias através da

identificação dos tempos de utilização das lâmpadas e equipamentos,

dos períodos de funcionamento dos equipamentos em standby e

consumo fantasma e das respetivas potências;

� Identificação de equipamentos de energias renováveis e tipo de

aquecimento / arrefecimento que são utilizados na habitação.

Gestão da Água

� Registo dos consumos globais de água através da leitura do contador

e da análise de faturas;

� Caracterização das utilizações de consumo de água nos banhos,

lavagem de roupa e louça, descargas de autoclismo por dia, rega do

jardim, piscina, entre outros;

Gestão de Resíduos

� Caracterização da gestão dos resíduos através da identificação de

hábitos de separação seletiva, número de sacos de lixo produzidos

semanalmente, hábitos de redução da produção de resíduos

domésticos pela família e realização da compostagem de resíduos

orgânicos.


Gestão Sustentável do Jardim (para moradias)

� Identificação do tipo e área de ocupação do espaço verde;

� Identificação das plantas existentes no jardim (árvores, arbustos,

aromáticas, para consumo);

� Identificação do sistema e horário de rega;

� Verificação da compostagem dos resíduos verdes;

� Identificação do tipo de adubos utilizados na fertilização do jardim.

Mobilidade Sustentável

� Caracterização das viaturas/motociclos;

� Caracterização dos movimentos pendulares efetuados diariamente,

tendo em conta a distância percorrida, duração e consumo de

combustível;

� Identificação dos hábitos de utilização de transportes coletivos.

Consumo Sustentável

� Hábitos de alimentação;

� Hábitos de transportes e deslocações;

� Hábitos de consumo energético;

� Hábitos de compras e resíduos.

Apresentam-se, de seguida, algumas fotografias das visitas efetuadas nesta

fase de diagnóstico.


Figura 6: Visitas de diagnóstico às FamíliasOeirasEcológica

À semelhança da 1ª edição do projeto, as dificuldades sentidas nesta fase

de recolha de dados nas habitações prenderam-se, essencialmente, com a

incapacidade de medição dos consumos de energia elétrica de certos

aparelhos/equipamentos por não se conseguir ter acesso às fichas de

eletricidade ou os mesmos estarem ligados diretamente à rede elétrica da

casa, como os eletrodomésticos encastrados, aparelhos de ar condicionado

e aquecedores de casa de banho, por exemplo.

No que diz respeito aos equipamentos de entretenimento (televisão, DVD,

aparelhagem, powerbox, jogos de consola, entre outros) e de informática

(computador, impressora, fax, colunas de som), em algumas situações

encontravam-se todos ligados à mesma tomada, situada por trás de móveis,

dificultando a medição dos consumos de energia elétrica dos mesmos. Nos

casos das powerbox, o consumo energético deste aparelho não foi medido,

na sua maioria, e por indicação das famílias, por motivos de possibilidade de

descodificação dos canais do televisor.

2.3. Entrega das Fichas de Recomendação

Nesta terceira fase, foi avaliado o potencial de redução de consumos e de

melhoria do desempenho ambiental das famílias em cada uma das áreas

analisadas, mediante o tratamento dos dados recolhidos na fase anterior, e

elaboradas Fichas de Recomendação específicas e personalizadas.

No sentido de tornar o projeto mais sustentável foram introduzidas algumas

medidas de melhoramento nesta 2ª edição, nomeadamente a redução das

visitas às famílias inscritas, de duas para uma, permitindo reduzir o tempo


dedicado pelos colaboradores do projeto e o consumo de combustível

associado às deslocações, otimizando os custos.

Neste sentido, a 15 de maio de 2012, foram entregues a 45 famílias as

fichas de recomendações bem como o inquérito de Avaliação do Consumo

Sustentável, via e-mail, e as restantes 5 via correio, permitindo otimizar

recursos e custos, pela redução da pegada ecológica associada ao gasto de

papel, tinteiros e deslocações.

Estas Fichas de Recomendação integram medidas práticas que contribuem

para o aumento efetivo da poupança de energia e água nas habitações,

para a redução da emissão de Gases de Efeito de Estufa (GEE) para a

atmosfera, para o aumento da deposição seletiva e de redução da produção

de resíduos e para a utilização sustentável dos recursos, nomeadamente ao

nível de métodos de rega e espécies autóctones.

Os potenciais de poupança foram apresentados na forma de:

• Emissões de CO2 evitadas;

• Consumo de energia elétrica e combustível reduzido;

• Volume de água reduzido;

• Percentagem de resíduos reciclados;

• Valor monetário poupado.

Relativamente ao Kit oferta do projeto, este é constituído por vários

produtos biodegradáveis, equipamentos de poupança de consumos, bem

como diversos folhetos e publicações de sensibilização e informação.

Figura 7: Kit Oferta do Projeto “Família Oeiras Ecológica”


Os produtos e consumíveis ecológicos que fazem parte do Kit ecológico

foram cedidos pelos parceiros que apoiaram o projeto. A descrição destes

produtos encontra-se no Anexo I.

O potencial de redução do consumo de eletricidade foi estimado com base

na medição dos consumos reais dos equipamentos e na identificação da

iluminação existente, avaliando a substituição da iluminação por

equivalente mais eficiente ou pela redução dos consumos standby e

fantasma, através da alteração de comportamentos.

Na determinação do potencial de redução do consumo de água, para além

da identificação dos hábitos de utilização dos dispositivos, foram medidos os

caudais de forma a avaliar a possibilidade de instalação de dispositivos

redutores de caudal, para além da adoção de comportamentos mais

eficientes na utilização deste recurso.

Para as restantes vertentes ambientais foram analisados os

comportamentos e ações realizadas pelas famílias nas diversas temáticas

estudadas.

2.4. Apoio a estudantes universitárias

No âmbito deste projeto a OEINERGE foi contactada por três estudantes

universitárias a solicitar informações sobre o mesmo. A OEINERGE

disponibilizou toda a documentação, nomeadamente artigos, publicações e

relatório do projeto.

Segue-se os dados das alunas:

Nome Universidade Curso

Ana Silva Faculdade de Ciências e

Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL)

Dissertação de Mestrado (projetos/iniciativas inovadoras que contribuem para a

sustentabilidade local)

Tatiana Silva Engenharia Civil da FCT-UNL Dissertação de Mestrado em Construção, no

âmbito do aproveitamento de águas pluviais/reutilização de águas cinzentas

Susana Neves Escola Superior de

Tecnologia de Setúbal (ESTS/IPS)

Projeto final de curso - Estudo da integração dos diferentes instrumentos da gestão

ambiental


Foi articulado com a aluna da ESTS/IPS o acompanhamento das visitas de

diagnóstico energético às famílias e o apoio prestado à aluna de Engenharia

do Ambiente da FCT-UNL foi através da resposta às seguintes questões.

• Qual a génese do projeto, como surgiu a ideia?

• Porque é que acha que o projeto tem/teve sucesso?

• De onde veio o financiamento?

• Quando é que começaram a aparecer os primeiros resultados (em que fase)?

• Qual a duração do projeto?

• Quais os principais resultados obtidos?

• Quais são as entidades/atores envolvidos no projeto e como colaboram?

• Quais os atores que são mais dinâmicos?

• Esteve envolvido algum Engenheiro do Ambiente neste projeto? Se sim, de que forma contribuiu para o projeto?

• Acha importante a colaboração do Engenheiro do Ambiente neste projeto?

• Que qualidades/capacidades pensa serem necessárias num gestor deste tipo de projetos?

2.5. Realização de um encontro geral entre famílias

Na sequência deste projeto e no âmbito da participação do Município de

Oeiras ao Projeto ENGAGE, um projeto cofinanciado pela Comissão Europeia,

e que consiste num plano de comunicação, com vista ao cumprimento das

metas acordadas no âmbito do Pacto de Autarcas: aumento da eficiência

energética em 20%; aumento da produção de energias renováveis em 20%

e a redução das emissões de Gases com Efeito de Estufa em 20%, a

OEINERGE em parceria com a Câmara Municipal de Oeiras organizaram o

Workshop “ENGAGE DAY”.


Este Workshop ocorreu dia 16 de junho de 2012, no Lagar do Azeite, em

Oeiras, onde foram abordados temas como a adesão de Oeiras ao Pacto de

Autarcas, a Campanha de Comunicação ENGAGE, o Projeto Família Oeiras

Ecológica (incluindo troca e partilha de experiencias entre as famílias) e o

Orçamento Participativo 2012/2013. Esta iniciativa contou com a presença

de cerca de 40 participantes.

Figura 8: Workshop “ENGAGE DAY”

3333. . . . CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIASCARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIASCARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIASCARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS

Este projeto contemplou um universo de 50 famílias, todas residentes no

Concelho de Oeiras, sendo que se tentou diversificar a amostra o mais

possível, com a distribuição das famílias pelas 10 freguesias, por tipologia

de habitação (apartamento e moradia) e dimensão do agregado familiar.

Na tabela abaixo, apresenta-se a desagregação das 50 famílias, por

freguesia e tipologia de habitação.

Tabela 2: Desagregação das 50 famílias

FreguesiaFreguesiaFreguesiaFreguesia N.º de N.º de N.º de N.º de

FamíliasFamíliasFamíliasFamílias Total de Total de Total de Total de

MunícipesMunícipesMunícipesMunícipes MoradiasMoradiasMoradiasMoradias ApartamentosApartamentosApartamentosApartamentos

Algés 3 8 0 3 Barcarena 4 13 1 3 Carnaxide 7 24 0 7 Caxias 6 26 4 2 Linda-a-Velha 6 16 1 5 Oeiras 13 37 1 12 Paço de Arcos 9 26 0 9 Porto Salvo 1 2 0 1 Queijas 1 3 0 1

TOTALTOTALTOTALTOTAL 50505050 155155155155 7777 43434343


Gráfico 1: Famílias aderentes, por freguesia

Pela análise do gráfico anterior, verifica-se que não houve qualquer família

proveniente da Freguesia de Cruz Quebrada/Dafundo.

A freguesia de Oeiras foi aquela que registou mais famílias aderentes, com

13, seguida da freguesia de Paço de Arcos, com 9 famílias residentes. As

freguesias de Porto Salvo e Queijas foram as que registaram menos famílias

aderentes, com 1.

No que respeita à distribuição das famílias aderentes por tipologia de

habitação (apartamento e moradia), verifica-se que mais de metade das

famílias inscritas, 43, residem em apartamento, e as restantes 7 habitam

em moradia.

Considerou-se, igualmente, importante analisar o universo das 50 famílias

aderentes, por dimensão do agregado familiar. O gráfico respetivo encontra-

se abaixo.


Gráfico 2: Dimensão do agregado familiar

Verifica-se, pela análise do gráfico anterior, que 15 famílias têm um

agregado familiar composto por 4 pessoas, geralmente um casal e dois

filhos, 13 famílias com duas pessoas, um casal, e 6 famílias vivem sozinhas,

realidade que espelha a maioria das famílias portuguesas.

Outro dado interessante que se realça é o facto de haver uma família com 8

pessoas, e cinco famílias com 5 pessoas, situação que se pode considerar

rara hoje em dia.

4444. . . . ANÁLISE DE ANÁLISE DE ANÁLISE DE ANÁLISE DE RESULTADOSRESULTADOSRESULTADOSRESULTADOS

Neste capítulo será feita a análise dos resultados alcançados em termos das

várias componentes em estudo:

• Gestão de Energia;

• Gestão da Água;

• Gestão de Resíduos;

• Mobilidade Sustentável;

• Gestão Sustentável do Jardim;

• Consumo Sustentável.


4.1 Gestão da Energia

Nesta temática pretendeu-se analisar os hábitos das famílias,

essencialmente, ao nível do:

• Consumo de eletricidade;

• Potencial de redução de consumo de energia elétrica (standby, off-

mode);

• Iluminação;

• Gás;

• Painéis Solares Térmicos.

5.1.1 Energia elétrica

No que diz respeito ao consumo de eletricidade, foram analisados os

consumos que poderiam ter um potencial de poupança energético

associado, pela alteração de comportamentos dos utilizadores. Nestes

incluem-se os consumos de standby e off-mode, bem como a substituição

de iluminação menos eficiente (incandescentes e halogéneo) por lâmpadas

fluorescentes compactas mais eficientes.

Como ilustrado no gráfico seguinte o consumo de energia elétrica das

famílias analisadas neste estudo é muito variável, oscilando entre 439 e

12.580 kWh/ano, sendo o valor médio de 3.163 kWh/ano. Para o cálculo da

média não foram considerados os dados de consumo da família FOE14, por

a família ainda não habitar permanentemente a habitação. No caso das

famílias FOE26 e FOE33 não foi possível obter os seus dados de consumo.


0

1.500

3.000

4.500

6.000

7.500

9.000

10.500

12.000

13.500

FO

E 0

1

FO

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2

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3

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E 0

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5

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E 0

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8

FO

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9

FO

E 1

0

FO

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1

FO

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E 1

9

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E 2

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E 4

9

FO

E 5

0

Co

nsu

mo

(kW

h/a

no)

Família

Gráfico 3: Consumo de energia elétrica (kWh/ano) por família

4.1.1.1. Potencial de redução de consumo de energia elétrica

Neste subcapítulo apresentam-se os resultados da análise do potencial de

redução de consumo em diferentes categorias de equipamentos elétricos e

eletrónicos pela alteração de comportamentos de utilização dos mesmos e

pela substituição de lâmpadas existentes na habitação por outras mais

eficientes.

A avaliação do potencial de poupança efetuou-se cruzando os dados de

medição de consumos nos modos de standby e off-mode dos equipamentos,

obtidos com o auxílio de um energy data logger (figura 5), com a

informação de tempo de utilização dos mesmos indicada pela família, na

resposta ao questionário da eletricidade.

O levantamento efetuado permitiu verificar que os consumos de standby e

off-mode estão presentes nos equipamentos de entretenimento e

informática, mas também noutro tipo de equipamentos como máquinas de

café, micro-ondas e máquinas de fazer pão.

A maioria das famílias participantes demonstrou ter já adquirido hábitos na

anulação de alguns consumos deste tipo. No entanto, existe ainda um

potencial de poupança significativo a realizar, que representa 5,5% do

consumo total das famílias. Esta redução equivale a 8.669 kWh/ano,


correspondendo à redução da emissão de 2.947 kg CO2/ano. Em média por

família este potencial representa 173 kWh/ano, que se traduz em 28€/ano e

59 kg/CO2/ano.

Tabela 3: Potencial de poupança no consumo de eletricidade

Entretenimento Entretenimento Entretenimento Entretenimento InformáticaInformáticaInformáticaInformáticaOutros Outros Outros Outros

equipamentosequipamentosequipamentosequipamentos

kWh/anokWh/anokWh/anokWh/ano 106 27 6 34 173

€/ano€/ano€/ano€/ano 17 4 1 6 28kg COkg COkg COkg CO2222/ano/ano/ano/ano 36 9 2 12 59

kWh/anokWh/anokWh/anokWh/ano 5.312 1.351 303 1.703 8.669

€/ano€/ano€/ano€/ano 866 220 49 278 1.414kg COkg COkg COkg CO2222/ano/ano/ano/ano 1.806 459 103 579 2.947

3,4% 0,8% 0,2% 1,1% 5,5%

Por famíliaPor famíliaPor famíliaPor família

TotalTotalTotalTotal

% relativamente ao % relativamente ao % relativamente ao % relativamente ao consumo totalconsumo totalconsumo totalconsumo total

Potencial de redução Potencial de redução Potencial de redução Potencial de redução

Anulação do consumo de Anulação do consumo de Anulação do consumo de Anulação do consumo de standbystandbystandbystandby e e e e off-modeoff-modeoff-modeoff-modeIluminaçãoIluminaçãoIluminaçãoIluminação TotalTotalTotalTotal

Como ilustrado no gráfico seguinte, o entretenimento é a categoria que

apresenta o maior potencial de redução de consumo (61%), seguida da

iluminação (20%) e informática (15%). As categorias de cozinha e outros

têm uma percentagem baixa, pois os consumos de standby e off-mode

estão presentes num número reduzido de equipamentos.

61%15%

3%

1%

20%

Entretenimento

Informática

Cozinha

Outro

Iluminação

Gráfico 4: Distribuição do potencial de redução de consumo nas diferentes

categorias


Nos subcapítulos seguintes apresenta-se os dados de redução de

consumo por alteração de comportamentos na anulação dos

consumos associados aos modos de standby e off-mode, e pela troca

de lâmpadas incandescentes e/ou halogéneo por lâmpadas mais

eficientes.

4.1.1.1.1 Consumos standby e off-mode

Nas visitas às Famílias Oeiras Ecológica verificou-se já existirem

alguns bons casos de comportamento, principalmente na anulação

dos consumos de standby dos equipamentos, sendo que em 3

famílias não existe potencial de poupança. Neste tipo de consumo, o

potencial de poupança das famílias é muito variável, oscilando entre

11 kWh/ano e 600 kWh/ano, numa média de 139 kWh/ano.

O potencial de redução de consumo associado aos modos de standby e off-

mode está mais presente nos equipamentos de entretenimento do que nos

equipamentos de Informática: apenas em 5 famílias não existe potencial de

poupança nos equipamentos de entretenimento, enquanto em 28 famílias

não se verificou potencial de poupança nos equipamentos de informática.

Esta situação pode explicar-se pela existência de mais equipamentos de

entretenimento do que de informática. A cada vez maior presença de

portáteis em substituição dos computadores de secretária contribui também

para a redução do consumo nestes modos de funcionamento, pois os

portáteis são, regra geral, desligados da corrente, enquanto o computador

de secretária ficando ligado à corrente, apresenta consumos de off-mode

associados ao monitor e/ou à torre.

No que diz respeito às outras categorias, a presença de consumos de

standby e off-mode foi identificada em vários equipamentos, tais como

máquinas de café, micro-ondas, máquinas de fazer pão, entre outras. A

presença destes consumos verificou-se em 21 famílias.


0

50

100

150

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250

300

350

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kW

h/a

no)

FamíliaFamíliaFamíliaFamíliaEntretenimento Informática Cozinha Outro Média

Gráfico 5: Potencial de poupança existente pela anulação dos consumos de standby

e off-mode por família (kWh/ano)

Este potencial de poupança representa 4,5% do consumo total das famílias.

Esta redução equivale a 6.966 kWh/ano, correspondendo à redução da

emissão de 1.135 kg CO2/ano. Em média por família este potencial

representa 139 kWh/ano, que se traduz em 22 €/ano e 47 kg/CO2/ano.

4.1.1.1.2. Iluminação

Nesta componente foi analisado o potencial de substituição de lâmpadas

incandescentes e de halogéneo por lâmpadas mais eficientes (lâmpadas

fluorescentes compactas (LFC) ou lâmpadas de halogéneo energy saver),

para um período máximo de 5 anos de retorno do investimento.

Na categoria de iluminação verificou-se já existir uma presença significativa

de lâmpadas mais eficientes nos locais com elevado tempo de utilização,

não existindo potencial de redução de consumo com a substituição de

lâmpadas em 30 famílias.

Também neste setor o potencial de poupança das famílias é muito variável,

oscilando entre 9 kWh/ano e 569 kWh/ano, numa média de 85 kWh/ano.


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100

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300

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FO

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Pot

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e re

duçã

o (k

Wh/

ano)

Família

Gráfico 6: Potencial de poupança existente com a substituição de lâmpadas

incandescentes e de halogéneo por lâmpadas mais eficientes, por família (kWh/ano)

O potencial de redução de consumo por substituição da iluminação

representa 1,1% do consumo total das famílias. Esta redução equivale a

1.703 kWh/ano, correspondendo à redução da emissão de 579 kg CO2/ano.

Em média por família este potencial representa 34 kWh/ano, que se traduz

em 6€/ano e 12 kg/CO2/ano.

4.1.2. Gás

A maioria das famílias (88%) utiliza gás natural nas suas habitações, duas

famílias não possuem qualquer tipo de gás, cinco famílias utilizam gás

propano canalizado e quatro famílias usam gás butano em botija (Gráfico 7).


78%

8%

10%

4%

Gás Natural

Butano

Propano canalizado

Não Usa

Gráfico 7: Distribuição do tipo de gás utilizado pelas Famílias Oeiras Ecológica

O consumo de gás nas Famílias Oeiras Ecológica varia bastante, oscilando

entre 28 e 1.889 m3/ano, sendo o valor médio de 227 m3/ano (Gráfico 8). As

famílias FOE03 e FOE11 não utilizam gás. A família FOE14 não apresenta

consumo de gás dado que ainda não vive permanentemente na habitação.

No caso das famílias FOE26, FOE33 e FOE24 não foi possível obter os seus

dados de consumo.

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200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

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E 2

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E 3

1FO

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mC

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m33 33/a

no)

/an

o)

/an

o)

/an

o)

FamíliaFamíliaFamíliaFamília

Gráfico 8: Consumo de gás por família (m3/ano)


4.1.3. Painéis Solar Térmico

Para as famílias que vivem numa moradia ou num apartamento, nos dois

últimos andares do prédio, foi realizada a análise da viabilidade da

instalação de painéis solar térmicos para aquecimento de águas quentes

sanitárias.

Esta análise foi realizada com o auxílio do simulador “solar térmico”

disponível no sítio do projeto EcoCasa1, tendo como base os tarifários de

2011.

De acordo com os resultados obtidos é possível verificar que apenas se

consegue o retorno de investimento em menos de 10 anos numa família.

Para as restantes famílias foi também recomendada a instalação destes

equipamentos, no entanto foi referido os tempos de retorno de investimento

superiores a 10 anos.

Esta situação de apenas uma família ter um tempo de retorno inferior a 10

anos verifica-se devido ao facto de atualmente a fonte de energia utilizada

para aquecimento das águas ser o gás natural, que é a fonte mais acessível

em termos de custos, associado a uma ausência de benefícios pelo

investimento nestes sistemas. Outro fator que pode contribuir para um

maior tempo de retorno do investimento é a reduzida dimensão do

agregado familiar.

Se todas as famílias instalassem os painéis solar térmicos seria possível

evitar anualmente as emissões em cerca de 5.332 kgCO2 (Tabela 4).

1 http://ecocasa.pt/simuladores/SolarTermico/solarTermico.php


Tabela 4: Resultados da análise a viabilidade de instalação de painéis solar térmicos

FamíliaFamíliaFamíliaFamíliaEnergia anual Energia anual Energia anual Energia anual

produzida produzida produzida produzida (kWh)(kWh)(kWh)(kWh)

Emissões Emissões Emissões Emissões anuais ev itadas anuais ev itadas anuais ev itadas anuais ev itadas

(kgCO(kgCO(kgCO(kgCO 2222/ano)/ano)/ano)/ano)

Retorno de Retorno de Retorno de Retorno de investimento investimento investimento investimento

(anos)(anos)(anos)(anos)

FOE 01 1.062 226 11

FOE 02 2.574 513 13

FOE 06 613 125 20

FOE 07 2.196 438 16

FOE 10 1.381 275 18

FOE 11 2.196 747 9

FOE 13 613 122 20

FOE 24 1.381 275 18

FOE 27 1.062 212 20

FOE 33 2.196 438 16

FOE 34 1.062 212 20

FOE 35 1.381 275 18

FOE 36 1.062 247 11

FOE 38 1.381 275 18

FOE 46 2.196 438 16

FOE 50 2.574 513 13

TotalTotalTotalTotal 24.93024.93024.93024.930 5.3325.3325.3325.332 ----

4.2. Gestão da Água

No âmbito desta temática foi analisado o potencial de eficiência hídrica do

consumo da água através de colocação de dispositivos de redução de

caudal e alteração de comportamentos.

Com ilustrado na tabela seguinte os valores de consumo das famílias são

variáveis, sendo o consumo mais baixo de 9 m3 e o maior de 507 m3/ano,

sendo a média de 127 m3/ano. Para o valor da média não foram

considerados os valores de consumo da família FOE02 por ser muito

superior às restantes, o valor da família FOE 14 por esta ainda não residir

permanentemente na habitação. No caso das famílias FOE03, FOE 26 e FOE

33 não foi possível obter os seus dados de consumo.


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OE

50

Con

sum

o (m

3 /an

o)

Família

Tabela 5: Consumo de água (m3/ano) por família

4.2.1. Potencial de redução de consumo de água

O cálculo do valor de potencial de eficiência hídrica teve em conta os

seguintes componentes:

• Colocação de economizadores de água nas torneiras da cozinha;

• Colocação de economizadores de água nas torneiras da casa de

banho;

• Colocação de um chuveiro economizador de água;

• Redução do tempo do tempo de duche (com torneira aberta) para 5

minutos.

A instalação de economizadores de água representa um ganho significativo

na melhoria da eficiência hídrica de uma habitação pois a sua aplicação

pode permitir alcançar reduções de consumo de água em cerca de 40%, por

utilização. No caso do duche a instalação do economizador de água

associada à redução do tempo de torneira aberta para 5 minutos, pode

permitir mesmo uma poupança de água em cerca de 60%.


A aplicação destas medidas nas Famílias Oeiras Ecológicas traduz-se numa

redução do consumo de água de 36% no total das famílias abrangidas, para

um total de 2.281 m3 de água por ano (Tabela 6). Por família estes valores

traduzem-se em 45,6 m3/ano, o equivalente a 63,2 €/ano.

Tabela 6: Potencial de redução de consumos de água

TorneirasTorneirasTorneirasTorneiras BanhoBanhoBanhoBanho TotalTotalTotalTotal

mmmm 3333 /ano/ano/ano/ano 20,1 25,5 45,6

€/ano€/ano€/ano€/ano 27,8 35,4 63,2

mmmm 3333 /ano/ano/ano/ano 1.007 1.274 2.281

€/ano€/ano€/ano€/ano 1.388 1.772 3.160

16%16%16%16% 20%20%20%20% 36%36%36%36%

Por Por Por Por famíliafamíliafamíliafamília


Poupança potencialPoupança potencialPoupança potencialPoupança potencial

% do consumo total% do consumo total% do consumo total% do consumo total

4.2.1.1. Torneiras

Nas torneiras foram analisados os consumos associados às lavagens de

mãos, lavagem de dentes e lavagem de loiça à mão.

A introdução dos equipamentos redutores nas torneiras das casas de banho

e da cozinha permite uma poupança significativa no consumo de água das

famílias. Essa poupança varia entre 2,52 e 70,2 m3 de água por ano, numa

poupança média de 20 m3/ano (Gráfico 9).

Verificou-se também que 3 famílias já tinham redutores de caudal na

totalidade ou em parte das torneiras. No entanto, numa das famílias os

valores de caudal continuavam superiores ao caudal do economizador de

água que era oferecido no kit. Neste caso calculou-se o valor de redução de

consumo considerando que a família iria passar a utilizar o economizador

oferecido.

A família FOE20 tinha reduzido o caudal da torneira da casa de banho. No

entanto, o caudal manteve-se um pouco acima do caudal do economizador

de água que era oferecido no kit. Assim, fez-se a análise da redução de

consumo considerando que a família iria passar a utilizar o economizador

oferecido.


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m33 33/a

no)

/ano)

/ano)

/ano)


Potencial de redução consumo Média

Gráfico 9: Potencial de poupança de água nas torneiras por família (m3/ano).

A instalação de economizadores de água nas torneiras traduz-se numa

redução do consumo de água de 16%, correspondendo a um total de 1.007

m3 de água por ano e consequentemente a 1.388 €/ano (Tabela 6). Por

família é possível reduzir cerca de 20,1 m3/ano, o equivalente a 27,8 €/ano.

4.2.1.2 Banhos

O potencial de redução de consumo de água no banho foi obtido

considerando a instalação de economizador de água no chuveiro e a

diminuição do tempo de água corrente para cinco minutos.

Esta análise permitiu verificar que em cinco famílias já não havia

recomendações a indicar e que nas restantes existia um potencial de

poupança entre 1,548 e 101 m3/ano por família, numa poupança média de

25 m3/ano (Gráfico 10).

O valor nulo de potencial de redução de consumo é justificado pela

existência de um economizador de caudal no chuveiro de uma famílias (FOE

8) e pelo baixo caudal de chuveiros das restantes famílias.


Em todas as famílias foi recomendado um tempo de água corrente igual ou

inferior a cinco minutos.

Os baixos valores de potencial são justificados por as famílias indicarem um

tempo de torneira aberta no duche igual ou inferior a 5 minutos ou um

caudal baixo do chuveiro.

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E 2

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E 3

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E 3

3FO

E 3

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m33 33/a

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/ano)

/ano)

/ano)


Potencial de redução de consumo Média

Gráfico 10: Potencial de poupança de água no banho (m3/ano)

A instalação de economizadores de água no chuveiro e/ou redução do

tempo de água corrente traduz-se numa redução do consumo de água de

20%, correspondendo a um total de 1.274 m3 de água por ano e

consequentemente a 1.772 €/ano (Tabela 6). Por família é possível reduzir

cerca de 25,5 m3/ano, o equivalente a 35,4 €/ano.

4.2.1.3. Autoclismos

No decorrer das visitas verificou-se que 60% das famílias ainda possuem

autoclismos de descarga simples, sendo que 34% não tem mecanismos de

redução de consumo ou tem autoclismo de parede. As restantes 26% já

introduziram sistemas de redução do consumo de água dos autoclismos,

pela colocação de garrafas no autoclismo (16%) ou regulação da boia (10%)

para diminuir o volume de descarga. Também em 34% das famílias já

possuem sistemas de dupla descarga e 6% têm autoclismos que permitem a

interrupção de descarga (Gráfico 11).


34%

32%

10%

16%

2%6%

Descarga dupla

Descarga simples

Descarga simples com bóia regulada

Descarga simples com garrafa

Descarga simples de parede

Interrupação de descarga

Gráfico 11: Tipo de sistemas de descarga de autoclismos

No caso das famílias que não têm sistema de dupla descarga no autoclismo,

recomendou-se a consulta de uma loja de mobiliário de casa de banho para

averiguar se o modelo dos autoclismos que possuem tem a alternativa de

botão de dupla descarga ou de interrupção de descarga. Esta alteração

pode permitir uma poupança de pelo menos 26% no consumo de água

nesta tarefa.

4.3. Gestão de Resíduos

Na componente da gestão de resíduos foram analisados os seguintes

aspetos:

• Prática de separação das três fileiras - Papel e Cartão; Vidro e

Embalagens;

• Prática de separação de outros fluxos de resíduos, nomeadamente

óleos alimentares usados, pilhas e rolhas de cortiça;

• Prática de redução da produção de resíduos;

• Prática de realização de compostagem.


4.3.1. Separação de resíduos das três fileiras

No que diz respeito aos hábitos de separação de resíduos das três fileiras

(cartão e papel; vidro e metais e plásticos) verificou-se que 43 famílias

(86%) já separavam os resíduos de todas as componentes e apenas 6

famílias (12%) não separavam qualquer fileira de resíduos (Gráfico 12).

86%

2%

12%

Separam as 3 fileiras

Separam papel e cartão

Não fazem separação

Gráfico 12: Gestão dos resíduos pelas famílias para as fileiras papel/cartão, vidro,

plástico e metal

As razões apresentadas pelas famílias para não realizar separação de

resíduos são muito variáveis:

• Preguiça (indicado por duas famílias);

• Ecopontos domésticos são caros;

• Falta de espaço;

• Tem conduta de disposição de lixo na habitação;

• Ecoponto está longe;

• Ao fazer separação está a contribuir para o aumento do desemprego.

Apesar da maioria das famílias fazer a separação de resíduos, existe ainda

um potencial de separação significativo de 3.791 kg de resíduos por ano, o

que representa uma redução na emissão de 5.524 kg CO2/ano, para o total

das famílias abrangidas (Tabela 7).


Tabela 7: Reciclagem já efetuada e potencial de reciclagem

Reciclagem Reciclagem Reciclagem Reciclagem já efectuadajá efectuadajá efectuadajá efectuada

Potencial de Potencial de Potencial de Potencial de reciclagemreciclagemreciclagemreciclagem

kg/anokg/anokg/anokg/ano 446 76

kg COkg COkg COkg CO 2222/ano/ano/ano/ano 650 110

kg/anokg/anokg/anokg/ano 22.293 3.791

kg COkg COkg COkg CO 2222/ano/ano/ano/ano 32.482 5.524

85% 15%

Por Por Por Por FamíliaFamíliaFamíliaFamília


% do total reciclável% do total reciclável% do total reciclável% do total reciclável

4.3.2. Separação de outros resíduos

As famílias foram também questionadas sobre a separação de outros

resíduos, nomeadamente óleos usados, pilhas e rolhas de cortiça.

No caso das pilhas verificou-se que a maioria das famílias (78%) faz esta

separação. Relativamente aos óleos alimentares usados, pouco mais de

metade das famílias (52%) faz a sua separação e 8% das famílias não

produzem este tipo de resíduo (Gráfico 13). As restantes não fazem a sua

separação. Duas destas famílias justificaram esta opção por não saber onde

colocar este resíduo ou por não haver oleão próximo.

As rolhas de cortiça são o resíduo com menor percentagem de separação

(40%), talvez devido ao facto desta recolha ser recente e dos recipientes

estarem localizados apenas em alguns supermercados, que poderão não ser

os locais de compra habituais das famílias. Três famílias indicaram que não

fazem separação deste resíduo por o reutilizarem.


0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Óleo alimentar usado Pilhas Rolhas de cortiça

Reutilizam

Não usam

Não separam

Separam

Gráfico 13: Gestão dos resíduos de pilhas, óleos usados e rolhas de cortiça pelas

famílias

4.3.3. Redução da produção de resíduos

As famílias foram também questionadas sobre a redução de resíduos

produzidos. Verificou-se que a totalidade das famílias reutiliza os sacos de

plástico ou usa sacos de pano nas compras. A quase totalidade das famílias

evitam comprar produtos com muita embalagem ou em dose individual. A

reutilização dos resíduos das restantes fileiras tem uma menor expressão

(Gráfico 14).

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Evita a compra de produtos com muita embalagem ou em

dose individual

Reutiliza sacos de plástico do

supermercado ou utiliza sacos de pano

Reutiliza o papel/cartão

Reutiliza o plástico Reutiliza o vidro

Nº

de

fam

ílias

Nº

de

fam

ílias

Nº

de

fam

ílias

Nº

de

fam

ílias

Gráfico 14: Atividades realizadas pelas famílias para reduzir a produção de resíduos


Foi ainda analisada a redução da produção do resíduo de fraldas

descartáveis de bebé. Verificou-se que em 20 das 50 famílias visitadas

havia um elemento do agregado familiar que ainda usava fraldas, sendo que

em apenas um caso eram utilizadas fraldas reutilizáveis. No decorrer das

visitas foi oferecida uma fralda reutilizável a cada uma destas famílias, de

forma a incentivar a sua utilização em detrimento das descartáveis, de

forma a reduzir a produção deste resíduo.

4.3.4. Realização de compostagem

No que diz respeito à compostagem, a maioria das famílias não tem

condições ideais para a realizar pois residem em apartamentos. Das 8 que

vivem em moradias, apenas 3 fazem compostagem (Gráfico 15).

6%

10%

84%

Faz compostagem

Não faz compostagem

Não aplicável (apartamento)

Gráfico 15: Realização de compostagem pelas famílias

4.4. Mobilidade Sustentável

A forma como os elementos adultos do agregado familiar, das 50 famílias

participantes no projeto, realizam a suas deslocações pendulares foi

analisada por forma a poder avaliar a possibilidade de substituição do uso

de transporte individual (TI) para transporte coletivo (TC).


De acordo com os dados recolhidos verificou-se que há 13 famílias com dois

ou mais elementos adultos cuja mobilidade pendular se analisou,

abrangendo-se um total de 65 pessoas nas 50 famílias.

4.4.1. Situação Atual

Das 65 pessoas analisadas verificou-se que apenas 9 utilizavam

exclusivamente transportes coletivos e 7 conjugam o uso do transporte

individual com o coletivo (Gráfico 16).

Fazendo uma análise por família, verificou-se que das 13 famílias com dois

ou mais elementos adultos, em 8 todos os elementos se deslocam apenas

de TI. Das restantes, em 4 famílias há um elemento que se desloca de TI e

TC e na outra família um elemento desloca-se apenas de TC.

Das famílias com apenas um elemento, 26 deslocam-se apenas de TI, 8 de

TC e 3 de TI e TC.

0

1

2

3

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01

FOE

02

FOE

03

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04

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50

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ult

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do

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reg

ad

o

fam

ilia

r

Família

TI TC TI e TC

Gráfico 16: Tipo de transporte utilizado nas deslocações pendulares

Os valores de emissões diárias associadas às deslocações pendulares dos

elementos das famílias abrangidas são bastante variáveis, oscilando entre

de 0,3 e 11 kgCO2/passageiro.dia (Gráfico 17). O valor médio é de

3 kgCO2/passageiro.dia. Não foi possível avaliar as emissões associadas às

deslocações pendulares de 11 pessoas por estas terem deslocações muito

variáveis ou não ter sido disponibilizada informação do percurso que é

realizado.


0

2

4

6

8

10

12

FOE

01FO

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FOE

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15(a

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OE

16FO

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(a) F

OE

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) FO

E 18

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OE

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FOE

28FO

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OE

31FO

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(a) F

OE

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) FO

E 35

FOE

36(a

) FO

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(b) F

OE

37(a

) FO

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(b) F

OE

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) FO

E 38

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39FO

E 40

FOE

41FO

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45FO

E 46

(a) F

OE

47(b

) FO

E 47

FOE

49FO

E 50

Em

issõ

es

(kg

CO

2/p

ass

ag

eir

o.d

ia)

Transportes Colectivos Transporte Individual Média

Gráfico 17: Emissões de CO2 associadas às deslocações pendulares

Pela análise dos dados recolhidos, o tipo de combustível utilizado tem uma

expressão equilibrada entre a gasolina e o gasóleo nos automóveis

utilizados pelos elementos do agregado familiar.

51%

49% Gasolina

Gasóleo

Gráfico 18: Tipo de combustível utilizado


4.4.2. Alternativas propostas

Após o estudo da possibilidade de substituição do TI para TC (ou conjugação

dos dois) nas deslocações pendulares, verificou-se que havia pelo menos

uma alternativa viável para 18 elementos dos agregados familiares

analisados. No caso em que havia mais do que uma alternativa apresentam-

se os valores da que permite maior redução das emissões de CO2.

De acordo com estes dados é exequível passar de uma média de emissões

de 3,97 kgCO2/passageiro.dia para 1,46 kgCO2/passageiro.dia (Gráfico 19),

o que representa uma redução de 63%.

0

2

4

6

8

10

12

FOE

03

FOE

05

FOE

09

FOE

10

FOE

11

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)

FOE

18

(a)

FOE

18

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)

FOE

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FOE

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31

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FOE

31

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FOE

38

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FOE

38

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FOE

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44

FOE

45

FOE

49

Em

issõ

es

(kg

CO

2/

pa

ssa

ge

iro

.dia

)

Situação Actual Alternativa Média da Situação Actual Média da Alternativa

Gráfico 19: Emissões de CO2 associadas às deslocações pendulares, actuais e

alternativas

Na tabela seguinte estão apresentados os dados de comparação entre a

situação atual e alternativas propostas para as deslocações pendulares,

para o global das famílias.

Se todos os elementos do agregado familiar implementassem a alternativa

sugerida seria possível reduzir as emissões em cerca de


11 t CO2/passageiro.ano útil, numa média, por elemento, de 628

kg CO2/passageiro.ano útil.

Com as alterações sugeridas cada elemento do agregado familiar diminuiria

o custo anual associado à sua deslocação pendular em cerca de 158 Euros.

No entanto, aumentaria em média o tempo de viagem em 25 minutos

diários. Este facto pode ser justificado por os transportes coletivos

demorarem mais tempo a fazer os percursos, mas também porque por

vezes os tempos indicados pelas famílias nem sempre correspondem ao

tempo real de uma viagem em hora de ponta.

Tabela 8: Comparação entre a situação atual e as alternativas propostas

Tempo de Tempo de Tempo de Tempo de viagem viagem viagem viagem

(min/dia)

Custo anual Custo anual Custo anual Custo anual (€/ano)

EmissõesEmissõesEmissõesEmissões AtualAtualAtualAtual (kgCO2/passageiro.ano)


SituaçãoSituaçãoSituaçãoSituação AtualAtualAtualAtual 3.458 39.316 42.953

AlternativaAlternativaAlternativaAlternativa 3.902 36.474 31.656

SaldoSaldoSaldoSaldo (Alternativa –

Situação Atual)

444 2.842 11.297

Por elemento Por elemento Por elemento Por elemento do agregado do agregado do agregado do agregado

familiarfamiliarfamiliarfamiliar

SituaçãoSituaçãoSituaçãoSituação AtualAtualAtualAtual 192 2.184 2.386

AlternativaAlternativaAlternativaAlternativa 217 2.026 1.759

SaldoSaldoSaldoSaldo (Alternativa –

Situação Atual)

25 158 628

4.5. Gestão Sustentável do Jardim

A implementação de um jardim sustentável contribui beneficamente para o

equilíbrio da natureza, promovendo a redução dos recursos naturais e um

menor impacte ambiental.

Para conceber um jardim sustentável é necessário a introdução de espécies

locais, espécies autóctones (alecrim, alfazema, folhado, aroeira, loureiro,

medronheiro, vinca, sobreiro, carvalho, entre outras), adaptadas às

condições climatéricas e que, geralmente, não requerem rega intensiva e

são resistentes a pragas. A utilização destas plantas no jardim contribui

beneficamente para a qualidade do meio ambiente.


Na gestão sustentável do jardim averiguou-se os comportamentos das

famílias relativamente à gestão e manutenção dos seus jardins,

nomeadamente:

• Averiguando as espécies existentes no seu espaço verde;

• Método de rega;

• Compostagem dos resíduos verdes;

• Tipo de fertilizantes utilizados.

Para esta vertente de gestão sustentável do jardim foram apenas analisadas

as 7 famílias que residem em moradias com espaços verdes e 4 famílias que

residirem em apartamento, no R/C com terreno, contabilizando um total de

11 famílias.

4.5.1. Análise das espécies que existem no espaço verde

Para uma gestão sustentável da água utilizada para a rega, o jardim deve

estar divididos em zonas de rega separadas, ou seja, o espaço relvado deve

estar separado da zona arborizada, pois requerem necessidades de rega

diferentes, sendo que o espaço relvado, embora bastante resistente às

amplitudes térmicas, necessita de muita água e manutenção.

As situações analisadas encontram-se no gráfico abaixo.

Gráfico 20: : : : Tipo de espaço verde existente


Observando o gráfico, constata-se que 5 famílias têm um jardim constituído

por espaço relvado e espaço arborizado junto, com revestimentos herbáceo-

arbustivos, e 2 famílias possuem uma pequena horta.

Outra vertente analisada foi a existência de espécies autóctones nos

espaços verdes existentes. A situação encontrada está retratada no gráfico

abaixo.

Gráfico 21: Tipo de plantas existentes no espaço verde

Verifica-se no gráfico anterior que dos 11 espaços verdes analisados, 8

deles possuem espécies autóctones no seu jardim, nomeadamente alecrim,

loureiro, rosmaninho, cedros, entre outras. Todas as famílias analisadas

possuem, igualmente, no seu jardim plantas para consumo (aromáticas ou

de fruto).

Esta situação é bastante benéfica para a família, pois permite gerir as regas

de forma racional, uma vez que as espécies autóctones requerem menor

necessidade de água, tornando o espaço verde mais sustentável.


4.5.2. Métodos de rega

O método de rega utilizado é um fator bastante importante a analisar, pois

está intimamente relacionado com o consumo de água.

A rega manual é o método mais simples, mas o menos eficiente em termos

do consumo de água.

Para uma maior eficiência no consumo de água, recomendou-se a instalação

de um sistema de rega por aspersão automática programável e com

sensores de humidade para zonas relvadas e a rega automática localizada,

gota-a-gota, para zonas arborizadas. O sistema gota-a-gota permite manter

a humidade no solo, reduzindo as perdas por evaporação e o escoamento

superficial.

O período do dia em que se realiza a rega não se deve desprezar, se se

pretende uma gestão sustentável do espaço verde. Assim, os períodos da

manhã e do final da tarde são os que devem ser mais privilegiados, dado

que se asseguram menos perdas de água por evaporação, rentabilizando o

consumo de água com esta tarefa.

Foi, igualmente, recomendada a utilização de equipamentos de

aproveitamento de águas pluviais para usos de rega do jardim, lavagem dos

automóveis, pátios ou passeios. Esta medida apresenta um potencial de

redução do consumo de água de 100%, se a água da rede pública for

totalmente substituída por água da chuva, para os fins referidos

anteriormente.

Relativamente ao método de rega utilizado pelas famílias, constatou-se que

7 famílias já utilizavam os métodos mais sustentáveis, respetivamente a

rega automática por aspersão e rega automática gota-a-gota.

As restantes 4 famílias recorriam ao método de rega manual, com apoio de

mangueira, o mais insustentável do ponto de vista do consumo racional de

água.


O período do dia em que as 11 famílias efetuam a rega do seu jardim, é,

essencialmente, nas horas em que se minimizam as perdas de água por

evaporação, pela manhã ou ao final da tarde.

4.5.3. Compostagem dos resíduos verdes

A compostagem é um processo que contribui de modo bastante significativo

para a gestão sustentável dos espaços verdes, dado que os resíduos

provenientes da manutenção destes espaços (folhas, aparas de relva) são

valorizados, produzindo-se um fertilizante natural para os solos – o

composto.

O composto produzido contém nutrientes essenciais para as plantas,

ajudando a melhorar a estrutura e a capacidade de retenção de água do

solo.

A implementação desta prática contribuiu também para a redução

substancial da quantidade de resíduos orgânicos a depositar no contentor

de resíduos sólidos, fomentando a sua valorização e minimizando o impacte

ambiental da sua deposição.

A análise relativa à realização de compostagem por parte das famílias

encontra-se esquematizada no gráfico abaixo.

Gráfico 22: Realização de compostagem por parte das famílias


No gráfico anterior verifica-se que 4 famílias já fazem compostagem dos

resíduos verdes provenientes do seu jardim de modo a proceder à

incorporação no solo para fertilização. Para as restantes 7 famílias foi

recomendado a solicitação gratuita do compostor à Câmara Municipal de

Oeiras.

4.5.4. Tipo de fertilizantes utilizados

A utilização recorrente de adubos químicos para a fertilização do jardim,

provoca a poluição dos solos, desequilíbrios nutritivos que diminuem a

fertilidade dos solos e a contaminação dos recursos hídricos.

A situação encontrada relativamente à utilização recorrente de adubos

químicos encontra-se retratada no gráfico abaixo.

Gráfico 23: Utilização de adubos químicos na fertilização do jardim.

Constata-se que, das 11 famílias analisadas, 7 delas não usavam adubos

químicos na fertilização do seu jardim, sendo que esta prática é utilizada

pelas restantes 4 famílias.


Na generalidade, as 11 famílias analisadas fazem uma gestão sustentável e

de manutenção do seu jardim, à exceção do desperdício no consumo de

água pela utilização de rega manual e pelas 4 famílias que não fazem a

compostagem dos seus resíduos verdes.

4.6. Consumo Sustentável

As consequências do efeito de estufa, o fenómeno das alterações climáticas

e o aquecimento do planeta, o desaparecimento dos glaciares, a perca de

biodiversidade, o aumento da produção de resíduos são alguns dos

impactes ambientais sentidos a nível Global.

Um dos desafios que se coloca aos cidadãos para contribuírem para o

desenvolvimento sustentável é a adoção de comportamentos que

promovam a proteção do ambiente e, designadamente, que combatam e

evitem o consumismo da sociedade moderna.

Antes de comprar um produto é necessário pensar nos fatores ambientais,

desde a origem, modo de produção e distribuição. Adotar um consumo

responsável é optar por consumir menos e melhor.

Com a temática do consumo sustentável pretendeu-se analisar a Pegada

Ecológica das famílias, tendo por base os hábitos diários da pessoa que

efetuou a inscrição no projeto, embora se possa considerar uma

aproximação para toda a família, nas categorias da alimentação,

transportes e deslocações, consumo energético, compras e resíduos.

Este cálculo foi efetuado utilizando a ferramenta informática da WWF (World

Wildlife Fund), a maior organização mundial de proteção do Ambiente,

através do site http://www.independent.footprint.wwf.org.uk.

A Pegada Ecológica é um indicador que procura avaliar a sustentabilidade

que o nosso estilo de vida diário tem sobre o Planeta, permitindo avaliar a

quantidade de recursos naturais que necessitamos para suportar os nossos

consumos, e a capacidade que a Natureza tem para efetuar a sua reposição.


A Pegada Ecológica é apresentada em termos de número de Planetas,

traduzindo em hectares (ha) a área, em média, que um cidadão necessita

para suportar as suas exigências diárias.

A média do número de Planetas obtido, bem como a média percentual das

categorias analisadas e emissões de CO2 que advêm dos hábitos diários das

50 famílias em estudo, encontram-se na tabela e gráfico seguinte.

Tabela 9: Média do número de Planetas e emissões de CO2 das 50 famílias

N.º PlanetasN.º PlanetasN.º PlanetasN.º Planetas AlimentaçãoAlimentaçãoAlimentaçãoAlimentação Transportes / Transportes / Transportes / Transportes / DeslocaçõesDeslocaçõesDeslocaçõesDeslocações

Consumo Consumo Consumo Consumo EnergéticoEnergéticoEnergéticoEnergético

Compras e Compras e Compras e Compras e ResíduosResíduosResíduosResíduos

CO CO CO CO 2222 (ton/ano)(ton/ano)(ton/ano)(ton/ano)

2,95 17,22% 25,30% 27,26% 29,74% 12,73

Gráfico 24: Média percentual das categorias analisadas para a Pegada Ecológica

A determinação da Pegada Ecológica revelou que os hábitos diários e

consumos adotados pelas famílias aderentes ao projeto são suportados, em

média, por 2,952,952,952,95 PlanetasPlanetasPlanetasPlanetas.


Pela análise da tabela e do gráfico anteriores, verifica-se que as categorias

com mais peso são o Consumo Energético e as Compras/Resíduos.

As recomendações apresentadas às famílias na sequência dos inquéritos

realizados, principalmente, ao nível dos consumos energéticos, gestão de

resíduos e opção por consumos mais sustentáveis, podem contribuir para

reduzir estas percentagens e, consequentemente, a Pegada Ecológica de

cada família.

5555. M. M. M. MONITORIZAÇÃO DO PROJEONITORIZAÇÃO DO PROJEONITORIZAÇÃO DO PROJEONITORIZAÇÃO DO PROJETOTOTOTO

No sentido da monitorização e avaliação do sucesso do projeto junto das

famílias, elaborou-se o “Questionário de avaliação e de aplicação das

medidas propostas”, o qual foi enviado por correio eletrónico e preenchido

pelas famílias aderentes ao projeto, no sentido de colher as suas

expectativas e verificar a aplicação das medidas de melhoria propostas.

Das 50 famílias em estudo, 41 (82%) responderam ao questionário no

sentido de partilharem a sua perceção e envolvimento e contribuírem para o

sucesso e melhoramento do projeto, podendo considerar-se esta amostra

como razoável.

A monitorização efetuada teve por base o universo destas 41 respostas.

Na primeira questão colocada “O que motivou a família a inscrever no

projeto?” as respostas foram variadas: curiosidade; procura de melhores

práticas para uma maior sustentabilidade ambiental; melhorar os hábitos

energéticos/ambientais e pegada ecológica; conhecer os consumos

energéticos da habitação; obter uma poupança nas faturas da água,

eletricidade e combustível; aprender a correta utilização dos recursos

naturais e contribuir para o desenvolvimento de um Concelho mais

sustentável.


Na questão “O projeto correspondeu às suas expectativas?”, verifica-se,

através do gráfico seguinte que 93% das famílias afirma positivamente que

o projeto correspondeu às expectativas, sendo que os 7%, correspondendo

a 3 famílias, mencionam que não tinha expectativas definidas.

Gráfico 25: Expectativas relativamente ao projeto

Nas respostas à questão “Existe alguma área de consumo que considera

não ter sido devidamente avaliada na sua habitação?” concluiu-se que 5

famílias consideraram haver áreas de consumo que deveriam ser avaliadas,

nomeadamente o uso de energias renováveis, eco-condução, utilização de

detergentes, aparelhos de aquecimento/refrigeração.

Na questão “Que recomendações foram feitas na sua habitação?”,

verificaram-se as seguintes respostas:

� Colocação de redutores de caudal nas torneiras e chuveiros;

� Substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas

economizadoras;

� Aproveitamento das águas pluviais para rega e lavagem do pátio;

� Otimização do consumo da água de rega;

� Realização de compostagem doméstica;

� Utilização dos transportes coletivos face à utilização da viatura

própria ou partilhar a viatura com colegas/familiares;

� Utilização eficiente da água (nos autoclismos, banho, lavar roupa e

loiça, etc.);


� Utilização de equipamentos mais eficientes, de classe A ou A++;

� Utilização de tomadas corte de corrente para anular os consumos

standby e fantasma dos equipamentos;

� Utilização de tarifário bi-horário;

� Separação correta dos resíduos (vidro, papel, embalagens de plástico,

metais, óleos alimentares usados);

� Maior aproveitamento da iluminação natural;

� Substituir/isolar caixilharias das portas e janelas;

� Comprar produtos alimentares locais ou nacionais.

Das 41 famílias que responderam ao questionário, 34 referiram que a

implementação das recomendações foram fáceis e que implementaram ou

tentaram implementar as seguintes:

� Colocação de redutores de caudal nas torneiras e chuveiros;

� Substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas

economizadoras;

� Anulação dos consumos em standby e fantasma dos equipamentos;

� Colocação de fichas de corte de corrente nos equipamentos;

� Introdução de janelas com vidro duplo;

� Instalação de sistema de rega automático;

� Colocação de depósito para aproveitamento de águas pluviais;

� Redução na produção de resíduos;

� Separação correta dos resíduos;

� Maior aproveitamento da luz natural;

� Redução no tempo dos banhos.

A recomendação difícil de colocar em prática pelas famílias foi a utilização

dos transportes coletivos face à utilização da viatura própria devido,

essencialmente, ao tempo de duração do percurso, ao conforto e segurança

que o transporte individual proporciona.

Na questão “Apercebeu-se de alguma redução nas suas faturas

energéticas/água/poupança de combustível?”, verifica-se que apenas 9

famílias já obtiveram redução nos consumos energéticos e ambientais.


Gráfico 26: Redução dos consumos energéticos faturados

Relativamente às recomendações que as famílias estavam à espera de

obter e não obtiveram foram essencialmente as seguintes:

• Recomendações mais de carater prático e vocacionadas para cada

caso;

• Referencia a modos de vida mais saudáveis e sustentáveis;

• Utilização das energias renováveis;

• Meios de aproveitamento de águas pluviais;

• Recomendações sobre a produção de resíduos.

Quanto à equipa técnica do projeto e às visitas realizadas nas habitações,

as famílias avaliaram a pontualidade dos técnicos, duração das visitas,

informação transmitida, os questionários de monitorização, kit de ofertas e

fichas de recomendações, de insatisfeito a muito bom, conforme se pode

observar no gráfico abaixo.


Gráfico 27: Avaliação da equipa técnica e visitas realizadas

Da apreciação global dos resultados verifica-se que a avaliação foi muito

positiva tendo em conta o destaque da atribuição de Muito Bom em todos

os itens avaliados, à exceção da duração das visitas realizadas com

atribuição de Bom.

Relativamente ao Kit Ecológico de oferta, foi questionado quais os produtos

que tiveram maior utilidade e a opinião das famílias sobre os mesmos.

Tendo em conta as respostas das famílias os produtos com maior utilidade

foram as lâmpadas económicas, redutores de caudal, detergentes

ecológicos e fichas corte de corrente. No que respeita às fraldas, que foram

entregues às famílias com bebés, foi indicado serem de extrema utilidade e

bastante práticas. Apenas uma família citou que deixam escapar o xixi

muito facilmente.

Quanto aos detergentes ecológicos, a maioria afirma que são produtos que

respeitam o ambiente, muito bons, agradáveis, de boa qualidade, eficazes,

com um bom aroma, mas dispendiosos.


Na perspetiva de esclarecer outras temáticas ambientais de interesse foi

questionado se as famílias gostariam de obter informações relativamente a

energias renováveis, tarifa bi-horária, eco-condução, iluminação e outras.

Gráfico 28: Temáticas ambientais de interesse das famílias

Da análise do gráfico anterior verifica-se que 17 famílias (34%) gostariam de

obter mais informações sobre energias renováveis, 12 famílias (24%) sobre

a tarifa bi-horária, 11 famílias (22%) sobre eco-condução, 7 famílias (14%)

sobre iluminação e as restantes 3 famílias (6%) gostariam de receber

informações nomeadamente sobre o consumo de Gás,

autossustentabilidade em termos alimentares e meios económicos de

aproveitamento de águas pluviais.

No sentido de dar continuidade ao projeto e avaliar o interesse das famílias

no mesmo foi igualmente questionado se sugeririam este projeto a amigos,

familiares e/ou a colegas de trabalho.

Das 41 famílias que contribuíram no questionário de avaliação, 40 famílias

responderam afirmativamente a esta questão, pelo que se conclui que o

projeto colheu bastante interesse junto das famílias e tem elevado potencial

de replicação.


6666. . . . PROPOSTAS DE MELHORIAPROPOSTAS DE MELHORIAPROPOSTAS DE MELHORIAPROPOSTAS DE MELHORIA DO PROJEDO PROJEDO PROJEDO PROJETOTOTOTO

O Projeto “Família Oeiras Ecológica” teve uma grande aceitação por parte

das famílias aderentes.

Tendo em conta a metodologia utilizada, reconhece-se que existem

melhorias que podem ser introduzidas, nomeadamente para a fase de

planeamento e implementação do projeto, elencando-se as seguintes:

1. Procurar angariar novos parceiros e apoios que permitam

diversificar/ampliar e introduzir novas temáticas ambientais, e

otimizar os custos;

2. Realização de uma campanha de divulgação do projeto mais ampla e

reforçada, pelas 10 freguesias do Concelho, empresas, serviços e

comércio e nos meios de comunicação social regionais;

3. Oferta de novos equipamentos: lâmpadas LED, temporizadores para

aplicação nos equipamentos de aquecimento, recipientes para a

separação de resíduos, compostor de vermicompostagem, ofertas de

vales de desconto para produtos ecológicos.

Em relação à análise das viagens pendulares, será necessário uma reflexão

conjunta inicial sobre os critérios, bem como a sua definição, para

considerar a alternativa encontrada como viável.


7777. . . . CUSTOS ICUSTOS ICUSTOS ICUSTOS IMPUTADOS AO PROJECTOMPUTADOS AO PROJECTOMPUTADOS AO PROJECTOMPUTADOS AO PROJECTO

O projeto “Família Oeiras Ecológica” tem uma verba de acordo com o Plano

de Ação de Energia e Ambiente 2012 da OEINERGE, em Contrato –

Programa celebrado entre a Câmara Municipal de Oeiras e Agência

Portuguesa do Ambiente, no valor de 12.000€, direcionada para a

implementação desta iniciativa junto das 50 famílias, coordenação, apoio

técnico e produção do material de informação e sensibilização.

O apoio de parceria no projeto por parte de um técnico da Quercus envolveu

custos de deslocação e acompanhamento no valor de 7.700€.

A imagem gráfica do material de informação foi concebida e produzida no

Núcleo Criativo do Gabinete de Comunicação da CMO, pelo que não

envolveu custos.

Os materiais e produtos que integraram o Kit de oferta foram gentilmente

cedidos pelos parceiros que apoiaram o projeto, daí que não advieram

custos acrescidos nesta matéria.

8888. . . . CONCONCONCONSIDERAÇÕES FINAISSIDERAÇÕES FINAISSIDERAÇÕES FINAISSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto “Família Oeiras Ecológica” pretendeu fomentar nas 50 famílias

aderentes a alteração de comportamentos e o despertar de uma

sensibilização para as temáticas da gestão de resíduos, gestão e consumo

de energia e água, mobilidade sustentável, gestão de espaços verdes e

consumo sustentável.

O trabalho de proximidade que se realizou com todas as famílias aderentes

permitiu incutir-lhes um espírito de boas práticas ambientais nos seus

hábitos quotidianos, que se traduziu em recomendações de implementação

prática e, consequentemente, em novas abordagens e desempenhos

individuais.


No sentido de se efetuar a monitorização do projeto e de se avaliar a

perceção das famílias acerca do impacte do mesmo nos seus hábitos de

consumo, enviou-se um inquérito de avaliação e obtiveram-se 41 respostas

(em 50 possíveis), sendo que para a maioria (apenas três família não tinham

expectativas definidas) o projeto correspondeu às suas expectativas, e que

por essa razão, o recomendariam a outros familiares e amigos, o que

evidencia o seu elevado potencial de replicação.

As principais motivações que estiveram na opção de participação no projeto

“Família Oeiras Ecológica” foram, essencialmente, a aquisição de novos

conhecimentos, melhorar os hábitos energéticos/ambientais, conhecendo os

consumos energéticos da habitação e saber como obter uma poupança nas

faturas da água, eletricidade e combustível.

A análise feita aos diferentes inquéritos temáticos de avaliação do

desempenho ambiental das famílias revelou que a grande maioria já possui

boas práticas ambientais no seu quotidiano, nomeadamente separação

seletiva de resíduos, aquisição de lâmpadas economizadoras e redução dos

consumos de água e energia.

Na generalidade, as práticas que foram detetadas como não tendo um bom

desempenho ambiental, prendem-se, essencialmente, com o recurso ao

transporte individual para os movimentos pendulares casa/trabalho pela

grande maioria das famílias.

Para além da informação e sensibilização ambiental que o projeto “Família

Oeiras Ecológica” levou às famílias aderentes através das Fichas de

Recomendação, este contribuiu, igualmente, para a disseminação e

implementação de outras ações, nomeadamente:

• Oferta e colocação de redutores de caudal nas torneiras e chuveiros;

• Informação relacionada com a anulação dos consumos em standby e

off-mode dos equipamentos;

• Oferta de fichas de corte de corrente;

• Informação relacionada com os sistemas de rega automático.


Todas as recomendações e boas práticas sustentáveis que foram

transmitidas consideram-se benéficas e proveitosas, quer para a família,

quer para o próprio Concelho, enquanto comunidade urbana com

interligações, dado que os recursos passam a ser utilizados de forma

racional.

As ações que fomentam o desenvolvimento de uma Educação para a

Sustentabilidade, como o projeto “Família Oeiras Ecológica”, contribuem

para um desempenho ecológico individual de excelência e para o

desenvolvimento sustentável da comunidade, em particular, e do Município,

em geral.


ANEXO IANEXO IANEXO IANEXO I –––– Descrição dos produtos do Kit OfertaDescrição dos produtos do Kit OfertaDescrição dos produtos do Kit OfertaDescrição dos produtos do Kit Oferta

Material FornecidoMaterial FornecidoMaterial FornecidoMaterial Fornecido

• Fraldas reutilizáveis, Sacos Reutilizáveis e Manuais Ecologicalkids

• Lâmpadas económicas e Guias da Eficiência Energética - EDP

• Lâmpadas económicas, Publicações “Coberturas Eficientes”,

Publicações “A Luz Certa”, Sacos de papel reutilizável “A Luz Certa” e

Guias da Eficiência Energética - ADENE

• Detergentes ecológicos (Lava Loiça e Lava Tudo de 100 ml) – Ecover

• Redutores de caudal e folheto informativo – Fonte Lusa

• Kit L’Arbre Vert, contendo: detergente Máquina Roupa 3 Lt,

detergente Desengordurante Alecrim 1,25 Lt, Limpa-Vidros Spray 500

ml, detergente Loiça Amêndoa 500 ml e folheto informativo – FLIMA

• Kit redutor de caudal contendo: Redutor para cozinha, lavatório, bidé

e chuveiro - ALL AQUA

• Cantil e saco reutilizável – SMAS de Oeiras e Amadora

• Folheto “A minha casa tem mais energia”

• Folheto “Eficiência Energética nos Transportes”

• Folheto “Respeite a Pegada Ecológica”

• Folheto "Deposite o Óleo no Oleão"

• Folheto “Use os transportes públicos”

• Folheto “Use lâmpadas Economizadoras”

• Folheto – Apresentação e objetivos da OEINERGE

• Folheto “O projeto ENGAGE”

• Folheto “Eco-Condução”

• Folheto campanha distribuição gratuita de árvores

• Folheto do homem do lixo

• Folheto “Plano de ação para Gestão de REEE”

• Íman “Ideias com Energia” e Íman Ecoponto

• CD’s Batalha da Energia

• Fichas corte de corrente

• Guias / Testes “Boas Práticas de Utilização Racional de Energia”

• Porta-chaves Homem do lixo

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