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Julho | Agosto | Setembro _ www.produtorsouzacruz.com.br 2018_Nº 178 PROPRIEDADE SUSTENTáVEL Planejamento, gestão e sucessão no agronegócio familiar Pág. 4 ESPECIAL Ervas daninhas na lavoura? Confira as dicas dos especialistas para o correto manejo Pág. 8 QUALIDADE Produção sustentável e de acordo com o mercado Pág. 14 FAMÍLIA PODEWILS UNIDA PELO AMOR E PELO TABACO Pág. 12

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Julho | Agosto | Setembro _ www.produtorsouzacruz.com.br 2018_Nº 178

propriedade sustentávelplanejamento, gestão e sucessão no agronegócio familiar pág. 4

especialervas daninhas na lavoura? confira as dicas dos especialistas para o correto manejopág. 8

qualidadeprodução sustentável e de acordo com o mercadopág. 14

FAMÍLIA PODEWILS UNIDA PELO AMOR

E PELO TABACOpág. 12

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AMIgOSPRODUTORES

dimar FrozzaDiretor de Tabaco da Souza Cruz

Queremos evidenciar nessa edição o agrone-gócio familiar e reforçar a atuação dos 100 anos do Sistema Integrado de Produção de Tabaco. Um modelo focado no conhecimen-to, na informação e no planejamento, onde milhares de produtores, como vocês, têm se transformado em verdadeiros empreende-dores rurais, donos do seu próprio negócio e construtores de uma sociedade mais prós-pera. Desta forma, ao longo das páginas, eviden-ciamos esta realidade tão próxima. O planeja-mento e gerenciamento de uma propriedade é objetivo principal do Programa Proprieda-de Sustentável, que atua há 11 anos neste ideal, comprovando que o planejamento, a organização, o acompanhamento de cada fase, a eficiência e a rentabilidade combinam com o desenvolvimento, a prosperidade e a sustentabilidade de uma propriedade.  Profissionalização, sucessão familiar e in-vestimentos em  novas tecnologias fazem parte deste movimento. Os resultados ob-tidos no programa nos animam a difundir estes princípios para toda a cadeia integrada, sejam eles produtores,  transportadores ou todos aqueles que, diariamente, dedicam-se a gerar riquezas em suas propriedades. Tenham a certeza que a Souza Cruz vai con-tinuar a investir neste modelo de relaciona-mento, contribuindo para que as atuais e as futuras gerações possam, cada vez mais, ter acesso a novas técnicas e ferramentas de ad-ministração, permitindo que cresçam como verdadeiros administradores de seu futuro. Abraços!

O PRODUTOR INTEGRADO DE TABACO é uma publicação da Souza Cruz lTDA, destinada aos produtores integrados de tabaco da empresa.As opiniões manifestadas por terceiros não refletem necessariamente o posicionamento da empresa.

Comitê editorial: Dimar Frozza, Alex Genehr, Claudimir Rodrigues, Sandra Müller Becker, Sabrine Wagner e Gabriela Souza.Jornalista Responsável: Aline Almeida (MTB 27706 RJ) [email protected] Gráfico e Produção Editorial: SlM Comunicação e Marketing | www.slm.com.br.Foto Capa: Gelson Pereira.

ÍNDICE

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CAMPEõES DE PRODUTIvIDADE A INTEgRAçãO qUE vIABILIzA RESULTADOS

PROPRIEDADE SUSTENTávELPLANEJAMENTO, gESTãO E SUCESSãO NO AgRONEgÓCIO FAMILIAR

PROTAgONISMOA vIDA EM COMUNIDADE vALORIzADA PELO TRABALHO

JOvEM EMPREENDEDOREM BUSCA DA EXCELÊNCIA

ESPECIALERvAS DANINHAS NA LAvOURA? CONFIRA AS DICAS DOS ESPECIALISTAS PARA O CORRETO MANEJO

HISTÓRIA DE SUCESSO CONFIANçA qUE gARANTE O FUTURO

DIvERSIFICAçãODIvERSIFICAçãO E CRESCIMENTO ANDAM JUNTOS

CAPAFAMÍLIA PODEWILS UNIDA PELO AMOR E PELO TABACO

qUALIDADEPRODUçãO SUSTENTávEL E DE ACORDO COM O MERCADO

DICAS DE SAúDEDOENçAS RESPIRATÓRIAS NO INvERNO

RECEITAUMA SURPRESA DE LANCHE

ESPAçO DA MULHERCRIATIvIDADE E INSPIRAçãO

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Produzir com qualidade e produ-tividade é o que todo produtor de tabaco almeja. José Valeriano Fe-nali, 50 anos, produtor integrado à Souza Cruz há 26 anos, e a es-posa, Maria Iraci Fenali, 40 anos, vêm, ao longo das safras, reali-zando este feito. Em sua proprie-dade de 28 hectares, localizada em Santa Luzia, no município de Morro Grande (SC), onde plantam 3,9 hectares de tabaco, obtiveram uma produtividade média nas 5 últimas safras de 3.312 kg/ha. Em 2018 eles alcançaram a ex-pressiva marca de 4.481 kg/ha, 74% a mais do que a média da região.José, que está preparando sua propriedade para receber os dias de campo de Difusão de Tecnolo-

gias, diz que não há segredo: “Há anos alcançamos bons resultados por conta do solo bem preparado, da rotação de área e culturas e por seguir cuidadosamente as re-comendações da Souza Cruz. Na safra 2018 conquistamos nosso recorde de produtividade”.Edenilson Mezari, Orientador Agrícola que sempre atendeu a família Fenali, conta que eles aceitam muito bem as novas tec-nologias, implementando-as na propriedade sempre que possí-vel. “Temos uma relação de con-fiança, pois as novidades que eu apresento, eles colocam em prá-tica da forma como deve ser feito. E isso é comprovado nos resul-tados que eles atingem”, conclui Mezari.

CAMPEõES DE PRODUTIvIDADE

A INTEgRAçãO qUE vIABILIzA RESULTADOS

“Há anos alcançamos bons resultados por conta do solo bem preparado, da rotação de área e culturas e por seguir cuidadosamente as recomendações da Souza Cruz”.José Valeriano Fenali

José e Maria com a filha Vitória e o Orientador Agrícola Edenilson Mezari

Produção de mudas para uma safra campeã

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PROPRIEDADE SUSTENTávEL

PLANEJAMENTO, gESTãO E SUCESSãO NOAgRONEgÓCIOFAMILIAR

Percebendo a importância da contabilidade para a atividade rural, a Souza Cruz, em 2007, de-senvolveu o Programa Proprie-

dade Sustentável, em parceria com a Epagri e a Fetaesc e, mais tarde, com a Fetag, a Fetaep e a Secretaria de Estado da Agricul-tura e Pesca de Santa Catarina. O programa, que abrange 240 pro-priedades em 12 polos nos três estados do Sul do Brasil, objetiva transformar seus produtores em verdadeiros gestores, oportu-nizando o planejamento do seu negócio e a gestão de forma sus-tentável dos seus recursos.Para o Orientador Agrícola de Sustentabilidade, Edson Baesso,

Uma propriedade bem admi-nistrada e organizada é a cha-ve para alcançar os objetivos e se tornar bem-sucedido na atividade.

a prática da gestão no agronegó-cio familiar só traz benefícios: “O produtor passa a conhecer me-lhor a sua propriedade e, num cenário de constantes mudanças econômicas, consegue tomar as melhores decisões a fim de aten-der com qualidade as demandas do mercado”. Além disso, ele ex-plica que a gestão financeira per-mite ao produtor familiarizar-se com os custos e a rentabilidade das atividades produtivas, para que possa estimar o lucro, ob-servar onde estão os gastos mais expressivos e alocar os recur-sos em atividades que lhe darão maior rentabilidade. “E o progra-ma dá aos produtores ferramen-tas para isso”, completa Edson.Segundo o Analista de Merca-do do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da Empresa de Pesquisa Agro-pecuária e Extensão Rural de

Santa Catarina (Epagri), Reney Dorow, o planejamento é um momento crucial da administra-ção, pois se projeta o futuro, se avaliam os riscos, tendências, possibilidades e recursos para determinada atividade agro-pecuária, considerando-a de forma isolada ou no conjunto da propriedade rural. “É a partir do planejamento que decorrem to-das as demais etapas de gestão, sendo este um dos pontos fortes do Propriedade Sustentável. Este é o momento em que se planeja não somente a nova safra, mas o rumo sustentável da propriedade rural e o futuro da família nela inserida”, analisa Reney.Em Vidal Ramos (SC), Hilário Kuneski, 55 anos, produtor inte-grado à Souza Cruz há 26 anos e casado com Edvirges Rubick Kuneski, 48 anos, planta 13 hec-tares de tabaco e cultiva milho,

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soja, trigo e possui uma área de reflorestamento. O produtor percebeu a necessidade de apli-car o modelo de planejamento e gestão em sua propriedade de 53 hectares. “Com o crescimento da propriedade e com a participação dos filhos, sinto a necessidade de ter uma ferramenta de gestão mais focada no planejamento, a fim de garantir a rentabilidade do nosso negócio e a sustentabilida-de da minha família”, diz.O Engenheiro Agrônomo e dou-torando, Hugo Kuneski, 26 anos, é um dos filhos do casal. Produ-tor integrado à Souza Cruz, ele já está inovando na propriedade da família. Fez uma plantação de mirtilo e quer, no futuro, montar uma agroindústria para o bene-ficiamento da fruta. A filha Ana Carla, 25 anos, ainda está cur-sando a faculdade de agronomia na Universidade Federal de Santa Catarina. “Estou na fase final do curso e já me preparando para

fazer uma especialização em pro-dução de lúpulo. Toda a proprieda-de rural deve ser vista como uma empresa. Precisamos ter essa consciência e administrá-la plena e constantemente”, enfatiza Ana que, sempre que possível, acom-panha o trabalho da família junto com o marido, João Venâncio dos Santos. Ele, que é formado em História, está também se especia-lizando em gestão do agronegócio.Hilário, que também é Presiden-te do Sindicato dos Trabalhadores de Agricultura Familiar de Vidal Ramos e integrante do Conselho Deliberativo da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), concorda com a filha: “Nós sabe-mos que o modelo de gestão pro-posto pelo Programa Propriedade Sustentável deu certo nas pro-priedades onde foi aplicado. Esta-mos prontos para, com a ajuda do nosso Orientador Agrícola, Elvis de Farias, aplicá-lo em nossa pro-priedade”, finaliza o produtor.

“Toda a propriedade rural deve ser vista como uma empresa. Precisamos ter essa consciência e administrá-la plena e constantemente”, enfatiza Ana Carla Kuneski.

O Orientador Agrícola Elvis de Farias, o produtor Hilário Kuneski com a esposa Edvirges, a filha Ana Carla e o genro João Venâncio dos Santos

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Na localidade de Vitorinópolis, em São João do Triunfo (PR), vive o produtor integrado Julia-no Zakrzewski Maier, 32 anos, integrado à Souza Cruz há 14 anos. Dedicado, ele alcança em sua produção, nos 7,2 hectares de tabaco tipo Virgínia uma pro-dutividade média de 3.700 kg/ha. Juliano, que desde muito jovem participa da comissão que traba-lha em prol da comunidade, há 2 anos é secretário da Igreja local. Entre as atividades desempe-nhadas, está a campanha para arrecadar fundos para a Igreja da comunidade, além de traba-lhar na manutenção de toda a estrutura que comporta a cape-la, o salão de festas e as salas para as aulas de catequese. Mas sua contribuição não para por aí. Ele e sua família apoiam diversas ações, entre elas, o auxílio ao hospital da cidade. “Me sinto bem em ajudar a co-

PROTAgONISMO

A vIDA EM COMUNIDADEvALORIzADA PELO TRABALHO

munidade. Cuido da estrutu-ra que temos como se fosse a minha casa, pois é um local onde as 90 famílias da localidade tem a oportunidade de compartilhar e ensinar as próximas gerações a viver em comunidade. Quero que meus filhos também possam usufruir dela no futuro”, afirma Juliano.Conforme explica o Orientador Agrícola, Anderson Cordeiro, a economia na região gira em torno da produção do tabaco: “O Juliano é um exemplo, além de auxiliar nas tarefas da comuni-dade, também contribui forte-mente na realização dos cursos e treinamentos do Senar, em par-ceria com a Souza Cruz. Ele tem influência entre os produtores e consegue cativar interessados para participar dos cursos, forta-lecendo, assim, esses eventos”, destaca Anderson.

“Me sinto bem em ajudar a comunidade. Cuido da estrutura que temos na comunidade como se fosse a minha casa”.Juliano Zakrzewski Maier

O Orientador Agrícola Anderson Cordeiro e o produtor Juliano Z. Maier

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Alex Orlando Weber, 34 anos, produtor integrado à Souza Cruz, é filho e neto de produto-res de tabaco. Há 6 anos, quan-do casou com Joice Henckel Weber, 29 anos, também filha de produtores, ele pensou em deixar a agricultura e mudar-se para a cidade. “Foi uma ideia passageira. Mesmo tendo uma casa lá, nós dois percebemos que teríamos mais futuro se-guindo no campo, pois as vanta-gens eram maiores”, relembra o produtor. Desde então, aumen-taram os investimentos na pro-priedade, localizada em Chapa-dão Três Barras, no município de Ituporanga (SC).Na área de 33 hectares, dos quais 3 são dele e 30 do pai Or-lando Weber, Alex planta 5 hec-tares de tabaco, 8 hectares de cebola e 8 hectares de soja. “O tabaco é nossa principal cultura. A produtividade média é de 3.500 kg/ha, razão pela qual, na próxima safra aumentaremos a área para 6 hectares”, afirma Alex. Com uma área diversifica-da e com planos de crescimen-to, ele quer continuar investindo na propriedade.

Há 3 anos construíram uma bela casa, têm 2 estufas LL, 2 tratores com os implementos adequados para cada cultura e sistema de ir-rigação por aspersão para a produção de cebola. A construção de 6 canteiros padrão já está programada para esse ano. Além disso, há planos de construir mais uma estufa LL e instalar o sistema de irriga-ção por gotejamento na lavoura de tabaco.O Orientador Agrícola, Eduardo Sidooski, destaca que Alex é um pro-dutor que procura se atualizar constantemente para implementar na propriedade as melhores práticas e tecnologias. “Ele é um empreen-dedor. Identifica as oportunidades na propriedade e, com os investi-mentos disponíveis, está tornando-a mais lucrativa. O Alex pensa no futuro”, atesta Eduardo.

JOvEM EMPREENDEDOREM BUSCADA EXCELÊNCIA

“Ele é um empreendedor. Identifica as oportunidades na propriedade e, com os investimentos disponíveis, está tornando-a mais lucrativa. O Alex pensa no futuro.”Eduardo Sidooski – Orientador Agrícola

Investimentos para progredir

A partir da esq: Alex com a esposa Joice e a filha Helena, a irmã Caroline, a mãe Daulira, o pai Orlando e o Orientador Agrícola Eduardo

O Orientador Agrícola Eduardo Sidooski e o produtor Alex Orlando Weber

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ESPECIAL

ERvAS DANINHAS NA LAvOURA? CONFIRA AS DICAS DOS ESPECIALISTAS PARA O CORRETO MANEJO

Em outros momentos já falamos sobre planejamento da lavoura, manejo correto do solo, rotação de culturas e áreas, escolha da cultivar adequada para a região e adubação equilibrada. Agora é o momento de falarmos sobre os cuidados e o controle das plantas daninhas.As plantas daninhas provocam a redução da qualidade e produti-vidade da lavoura. Seu manejo e controle dependerá da utilização de ferramentas capazes de con-tribuir para redução de sua ger-minação e desenvolvimento.O Especialista de Pesquisa da Souza Cruz, Claudio Vidal de Me-deiros, explica que erva daninha

é uma planta, que nasce espon-taneamente e que interfere ne-gativamente na cultura alvo. Em uma definição mais ampla, plan-ta daninha é uma espécie vegetal que cresce onde não é desejada. “O manejo das plantas daninhas é indispensável, pois elas dis-putam luz, nutrientes e espaço, causando prejuízo à cultura. O ideal é evitar essa interferên-cia, por isso é fundamental ter conhecimento sobre a dinâmica das plantas invasoras, sua cor-reta identificação e os diferentes mecanismos para seu controle”, afirma o especialista.Segundo Medeiros, seguir as boas práticas de manejo, como o preparo de solo antecipado, ca-malhão alto e de base larga, uti-lização de adubação verde para formação da palhada e destrui-ção da soqueira após cultivo, são ações que mitigam o banco de sementes de ervas daninhas, fa-cilitando o seu controle. A aplica-ção de herbicidas também é uma

das formas de controle no ma-nejo integrado, a qual deve ser realizada segundo as recomen-dações técnicas para otimizar a eficiência agronômica dos produ-tos. “Importante ressaltar que a cultura do tabaco é o produto co-mercial agrícola que menos utili-za agrotóxico, de acordo com pes- quisa realizada pela ESALQ/USP, em 2012, e a utilização de agro-tóxicos para o controle de pragas e doenças deve ser a última al-ternativa adotada pelo produtor”.Após a aplicação de agrotóxi-cos, sempre deve ser instalada a placa de sinalização de “CUIDA-DO – ÁREA TRATADA COM AGRO-TÓXICOS (Proibida entrada de pessoas neste local sem uso de EPI),” respeitando o período de reentrada na área, conforme bula de cada produto.Em Vera Cruz (RS), na localidade de Linha Capão, o produtor inte-grado à Souza Cruz há 29 anos, Carlos Alberto Hoff, 47 anos, está

Para obter uma produção com a qualidade e produtivi-dade desejada é preciso to-mar certas medidas, que con-tribuirão para a obtenção de uma maior rentabilidade.

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ERvAS DANINHAS NA LAvOURA? CONFIRA AS DICAS DOS ESPECIALISTAS PARA O CORRETO MANEJO

O Orientador Agrícola Flávio Dall Agnol, o casal de produtores Janete e Carlos Alberto Hoff e o Especialista de Pesquisa Claudio Medeiros

PROdUTOR, FIqUE ATEnTO!

Cada tipo de solo tem uma necessidade específica. Converse com seu Orientador Agrícola sobre o correto manejo do sistema de cultivo que deve ser aplicado em sua lavoura de tabaco.

atento às recomendações que recebe da Souza Cruz por meio do Orientador Agrícola, Flávio Dall Agnol. Na sua propriedade de 8,9 hectares, ele planta, junto com a esposa Janete da Silva, 46 anos, 4,5 hecta-res de tabaco tipo Virgínia e 1,8 do tipo Amarelinho. Ele conta que recebe as recomendações do Orien-tador Agrícola para o manejo eficiente das plantas daninhas em suas lavouras. Caico, como Carlos é conhecido, segue todas as recomendações técni-cas das boas práticas agrícolas. “Sem competição, o tabaco se desenvolve muito melhor, mais nutrido e mais equilibrado. Assim ganho em qualidade e pro-dutividade”.

Lavoura para a produção de tabaco em fase de preparo com o camalhão alto de base larga e a adubação verde

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Há 43 anos, Rudi Pfeifer, 55 anos, viu seu pai, Elson Pfeifer, já fa-lecido, dar início às primeiras la-vouras de tabaco na propriedade da família localizada em Linha São João, no município de Missal (PR). Aos 18 anos, Rudi começou a trabalhar com o pai e aos 20 casou com Marli Pfeifer, 56 anos. “Depois de casados, moramos por mais um ano com meus pais. Depois, trabalhamos numa pro-priedade vizinha até que, passa-dos 18 meses, arrendamos uma pequena área e plantamos nossa primeira lavoura com 30 mil pés de tabaco”, relembra. Com o pas-sar dos anos - e cada vez mais seguro na produção - o casal, que herdou uma pequena área dos pais de Rudi, comprou mais terras até chegar aos atuais 13 hectares.Hoje, a cultura do tabaco já está na terceira geração da família Pfeifer. O filho do casal, Ederson Pfeifer, 31 anos, também é inte-grado à Souza Cruz desde os 18 anos. “Decidi seguir os passos do meu pai, porque gosto muito das atividades realizadas no campo

HISTÓRIA DE SUCESSO

CONFIANçA qUE gARANTE O FUTUROe, também, porque vi o quanto a cultura é rentável”, justifica Ederson. Na propriedade da família são plantados 11,15 hectares de tabaco tipo Galpão, com produtividade média de 2.700 kg/ha. Eles também plantam 10 hectares de milho e 6 de soja. Por conta disso, além da área própria, arrendam mais 18 hectares de terra. Segundo o Orientador Agrícola Rudi Santin, o tabaco representa 80% da renda de sua família e que, graças à cultura, eles adquiriram suas casas, carro, moto, 2 tratores, implementos agrícolas, 4 Galpões Padrão para a cura do tabaco e 1 co-lhedora de tabaco mecanizada. “Mas isso só se tornou possível porque temos a Souza Cruz como parceira, uma empresa que nos dá toda a assistência técnica necessária e mantém a estabilidade do mercado”, atesta Rudi.

“Mas isso só se tornou possível porque temos a Souza Cruzcomo parceira, uma empresa que nos dá toda a assistênciatécnica necessária e mantém a estabilidade do mercado”.Rudi Pfeifer

A partir da dir: o Orientador Agrícola Santin com o produtor Rudi e a esposa Marli e o produtor Ederson e a esposa Angela

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DIvERSIFICAçãO

DIvERSIFICAçãO E CRESCIMENTO ANDAM JUNTOSDaniel Martin Ribeiro, 37 anos, produtor integrado à Souza Cruz há 5 anos, aprendeu o valor da diversificação com o pai, Davi Ribeiro, que, antes da aposen-tadoria, era produtor de leite e cultivava, além do tabaco, feijão e milho. “Da mesma forma que meu pai, acredito que devemos aproveitar o potencial da nossa terra investindo em mais de uma atividade agrícola. Assim, fica-mos mais seguros financeira-mente”. Daniel ainda acrescenta: “Proporcionalmente o tabaco é

a cultura mais rentável, e a di-versificação nos auxilia a garan-tir mais saúde para nossa terra, além de nos oportunizar mais qualidade, produtividade e renda extra”.Casado com Viviane Bobeck Ri-beiro, 35 anos, sua parceira de trabalho na propriedade de 12 hectares, localizada em Torres Canavial, no município de Ivaí (PR), Daniel também arrenda uma área de 11 hectares para dar conta de toda a produção. Cons-

ciente, ele destina 2 hectares para o reflorestamento: “Assim, respeitamos o meio ambiente, pois temos lenha para abastecer a estufa e, de quebra, mais uma fonte de renda”, orgulha-se. Para o Orientador Agrícola, Ales-sandro Koss, a diversificação é um incremento na propriedade. “Ele usa melhor a terra, tem me-lhores resultados, e, além disso, dilui o investimento nos equipa-mentos agrícolas, já que estes podem ser usados em todas as culturas”, atesta Alessandro.

“Proporcionalmente o tabaco é a cultura mais rentável, e a diversificação nos auxilia a garantir mais saúde para nossa terra”.Daniel Martin Ribeiro

O produtor Daniel Ribeiro com a esposa Viviane e o Orientador Agrícola Alessandro Koss

36%

32%

13%

9%

Terra própria: 12ha - Terra arrendada: 11ha.

Apesar de ocupar 13% da área de terra, o tabaco representa 56% da renda do produtor.

dISTRIBUIÇÃO dA ÁREA dE CULTIVO nA PROPRIEdAdE

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CAPA

FAMÍLIA PODEWILS UNIDAPELO AMOR E PELO TABACOEm São Lourenço do Sul (RS), na localidade de Socorro, os ir-mãos Renato e André Podewils, de 50 e 36 anos, respectivamen-te, são produtores integrados à Souza Cruz desde os 18 anos. A produção de tabaco é parte da vida deles, pois o pai, Wilson Podewils, 70 anos, começou na cultura há 40 anos, sempre em parceria com a empresa. Wilson conta que, antes de ser integrado à Souza Cruz, já havia trabalhado na cultura com o pai, mas que anos mais tarde rece-beu do sogro uma área de 12 hectares, onde começou a sua própria produção. Ele construiu uma estufa convencional e fez a primeira lavoura com 23 mil pés

de tabaco. “Foi um tempo difícil, mas a cada ano mudava para me-lhor. Criamos nossos filhos com a renda do tabaco e hoje temos uma aposentadoria tranquila”, afirma o produtor que conseguiu aumentar para 22 hectares a propriedade.Wilson, que agora está aposen-tado, é casado com Elmira Po-dewils, 67 anos. O casal teve 8 filhos, dentre eles André, que ficou com eles na propriedade. Casado com Lisandra Podewils, 38 anos, André assumiu a produ-ção de 5 hectares de tabaco tipo Virgínia e afirma que está satis-feito com a escolha que fez. “O tabaco é a cultura mais viável e

rentável para os produtores com áreas menores de terra. Temos uma vida tranquila e de muita qualidade”, analisa André.Hoje, Wilson e Elmira, ainda aju-dam na separação do tabaco. Ao lado do filho aumentaram consi-deravelmente o patrimônio, com uma boa casa de alvenaria, 2 es-tufas LL, 2 tratores e implemen-tos agrícolas e 2 carros. “Sei que chegamos bem até aqui, porque sempre contamos com a assis-tência técnica da Souza Cruz, uma empresa séria, que valoriza seus produtores e que tem um sistema integrado de produção que é referência no país”, con-clui André.

Wilson Podewils com a esposa Elmira, o filho André, a nora Lisandra e os netos Taís e Tássio

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SOMAndO ExPERIênCIASO outro filho, Renato, aos 22 anos, casou-se com Janisa Lutz Podewils, hoje com 46 anos, e levou a sua experiência para a propriedade do sogro, Erni Lutz, 77 anos. Erni conta que a esposa, Lorinha Lutz, foi a maior incenti-vadora para o ingresso do casal na cultura do tabaco. “Plantáva-mos outras culturas e tínhamos um alambique. Eu percebia que nossos vizinhos estavam progre-dindo com o tabaco e, por isso, insisti para começarmos na cul-tura”, relembra Lorinha. Foi em 1977 que eles plantaram a pri-meira lavoura em parceria com a Souza Cruz. “Escolhemos a em-presa, pois sabíamos que tería-mos o melhor acompanhamento e a assistência que precisáva-mos”, complementa Erni.Erni e Lorinha haviam herdado áreas de terra dos pais. Mas, a medida que evoluíam na produ-ção de tabaco, melhoravam ainda

mais a infraestrutura da pro-priedade. “A chegada do Renato à família também foi importante para o nosso crescimento. A sua experiência e vontade de traba-lhar impulsionaram a nossa pro-dução”, diz Erni.E hoje, mais uma geração já está na ativa. Rigan Lutz Podewils, 27 anos, o filho mais velho de Rena-to, também é produtor integrado à Souza Cruz. Ele, que é casado com Josieli Podewils, 28 anos, ingressou na cultura aos 18 e hoje, já tem casa própria, carro e uma área de terra. “Sempre gos-tei da vida no campo e aprendi muito sobre o tabaco vendo meus avós, meu pai e meu tio traba-lhando com a cultura. Foi natural ter o interesse de seguir por esse caminho”. Atualmente, somadas as áreas do Erni, do Renato e do Rigan, a família tem 60 hectares de terra. A produção, em sociedade, é de 130 mil pés de tabaco e a produ-

tividade gira em torno dos 3.000 Kg/ha. Para Renato, estas con-quistas foram possíveis graças ao trabalho em família e a par-ceria com a Souza Cruz: “Temos muito a agradecer, principal-mente ao Vilmar Brose, nosso Orientador Agrícola. Ele sempre está ao nosso lado nos dando o apoio e orientações que precisa-mos, além de apresentar novas tecnologias para implementar na nossa produção”.

Renato Podewils com a esposa Janisa, a sogra Lorinha Lutz, o sogro Erni Lutz, o filho Rigan, a nora Josiele e a neta Paola

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qUALIDADE

PRODUçãO SUSTENTávEL E DE ACORDO COM O MERCADOO STP, Programa de Sustentabi-lidade da Produção de Tabaco, é bem conhecido pelos produto-res integrados à Souza Cruz. Por meio dele que a empresa, atra-vés de seus Orientadores Agrí-colas, realiza o monitoramento de inúmeras ações referentes à sustentabilidade que envolvem a produção de tabaco. Os resul-tados ajudam a desenvolver pla-nos e procedimentos que, quando aplicados, resultarão em avanços nos padrões sustentáveis, afe-tando toda cadeia produtiva. O Especialista em Sustentabilidade da Souza Cruz, Damir Nierotka, atesta que o objetivo do progra-ma é assegurar a produção sus-tentável do tabaco para possibi-litar uma oferta consistente do produto, visando atender às ex-pectativas dos usuários adultos, assim como os requisitos de qua-lidade e regulamentação.

ATEndEndO AO MERCAdOO tabaco brasileiro é reconhecido, tanto no Brasil, como no exterior, por sua alta qualidade e pureza. Por isso, a Souza Cruz exige um tabaco livre de qualquer material estranho (NTRM) e sem odores in-desejáveis causados por combus-tíveis, tintas, defensivos químicos,

entre outros. Tudo que não é ta-baco é considerado material es-tranho, como partículas de solo, papel, barbantes, fragmentos de metal, caules de tabaco, plásti-cos, espuma, madeira, insetos, capim e ervas daninhas.De acordo com Damir, a fim de atender a um dos requisitos do STP, o Orientador Agrícola, em conjunto com o produtor faz uma análise através de um check-list para averiguar se há risco de con-taminação por material estranho nas instalações destinadas à produção de tabaco. “Baseado na preparação de cada propriedade se atribuem pesos diferentes a cada possível risco de contami-nação, e posteriormente, com a soma final da pontuação, é pos-sível projetar o nível de risco da propriedade”, explica.O casal de produtores integrados à Souza Cruz há 28 anos, Gerson Von Ahn Correa, 47 anos, e Naíra Krumreich Correa, 42 anos, e o filho, Ueslei Correa, 21 anos (há 3 produtor integrado à Souza Cruz), sabem bem da importância de entregarem um tabaco limpo e livre de qualquer material estra-nho. Por isso, as instalações da

propriedade de 10,7 hectares, localizada em Colônia Palma, no município de Canguçu, são bem organizadas e limpas. Eles, que já participaram de diversos cursos promovidos pelo Senar, em parceria com a Souza Cruz, contam que o treinamento SOL Rural e o NR31 foram decisivos para uma produção de qualida-de. “São cuidados que vão garan-tir a qualidade do nosso tabaco e, em consequência, a garantia de que o produto será bem mais va-lorizado”, afirma Gerson.O Orientador Agrícola, Tiago da Silva Vergara, que há 6 anos acompanha a família, conta que eles usam a mesa de classifica-ção com iluminação e que o paiol está sempre limpo em qualquer época do ano. Durante a colheita usam a cinta de colheita forne-cida pela Souza Cruz, e também mantêm os animais longe das instalações. “A família é muito cuidadosa, prova disso, é que o tabaco deles sempre se mantém com o mais alto padrão, confor-me exigência do mercado, sem qualquer registro de contamina-ção por NTRM”, atesta o Orien-tador.

Tiago e Gerson em meio ao tabaco curado e armazenado em local limpo

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Cercamento para manter os animais afastados dos locais de armazenamento e separação do tabaco

Separação bem feita para evitar a presença de material estranho

“Ter um produto com qualidade é um aspecto crítico para a sustentabilidade da cadeia de produção de tabaco. Por isso, é muito importante a limpeza e separação do produto desde a propriedade. A nor-mativa 10 do Ministério da Agricultura regulamenta que não deve haver contaminação por produtos estranhos de qualquer origem, por isso ao chegar na Souza Cruz, todos os produtores tem o seu tabaco amostrado e inspecionado. Após a compra, o sistema automaticamente pede uma análise e o fardo é redirecionado para a célula de qualidade, onde é aberto para inspeção minuciosa. Caso seja encontrado material estranho de qualquer natureza, há um registro da severidade da contaminação e o Orientador Agrícola irá contatar o produtor”.

Luiza Casali Santos | Gerente de qualidade do Tabaco da Souza Cruz

dICAS PARA GARAnTIR UM TABACO LIMPO

• Mantenha a lavoura livre de ervas daninhas;

• Assegure que as instalações destinadas à produção de tabaco estejam organizadas e limpas, livres de plásticos, bandejas, ou qualquer outro material estranho;

• Evite manter próximo das instalações materiais que possam gerar odores indesejados no tabaco;

• Forre as instalações, manuseie e armazene o tabaco em local adequado e exclusivo;

• Faça a separação do tabaco utilizando a mesa vazada com luminária adequada, evitando que o tabaco entre em contato com o chão;

• Utilize a caixa de tabaco limpo para guardar os materiais estranhos;

• Cubra as pilhas de armazenamento de tabaco;

• Evite a entrada de animais nas instalações destinadas ao armazenamento e manuseio do tabaco.

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DICAS DE SAúDE

DOENçAS RESPIRATÓRIAS NO INvERNOO inverno é o período de maior expo-sição a diversas doenças respirató-rias, as quais são intensificadas pelas baixas temperaturas e mudanças na amplitude térmica durante os dias. O médico pneumologista Dr. Carlos Eurico da Luz Pereira, alerta que as doenças infecciosas mais comuns são o resfriado comum e a gripe. O resfriado é uma doença autolimitada

(melhora sem necessidade de trata-mento), com raras complicações e que geralmente causa sintomas nas vias aéreas superiores, tendo como sintomas o corrimento nasal, espir-ros, febre baixa e tosse seca. Já a gripe pode ser caracterizada como uma infecção normalmente causada por um vírus, tendo sinto-mas de curta duração (entre 5 a 7

dias), ou também, por bactérias que podem levar à  sinusite e pneumonia. Ela tem sintomas mais sistêmicos, como febre alta, dor no corpo, mal-estar geral, tosse encatarrada, entre outros. O não tratamento adequa-do pode culminar em complicações sérias, principalmente em crianças e idosos, quando ocorre sinusite, pneumonia, exacerbação da asma, bronquite e enfisema.

MedidaS PreventivaS:• Tomar a vacina contra a gripe a partir de 1 ano de idade, preferencialmente nos meses que antecedem o inverno (março a maio), desde que não tenha alergia à proteína do ovo;• Fazer tratamento preventivo para doenças respiratórias pré-existentes, como asma, bronquite, enfisema e rinite;• Usar agasalhos apropriados à temperatura;• Manter os ambientes arejados e com luminosidade;• Evitar o uso de cobertores e casacos de lã crua;• Expor as roupas de inverno ao sol e lavá-las antes de usá-las;• Evitar o excesso de fumaça dentro de casa, ocasionado por lareiras ou fogões à lenha;• Evitar contato físico (como abraços, apertos de mão, etc.) e permanecer em locais fechados com pessoas resfriadas ou gripadas;• Lavar as mãos ou passar álcool gel com frequência.

dICA dO dOUTOR:

“Sempre que sintomas intensos aparecerem, como febre alta, acompanhada de dores musculares, falta de ar e tosse produtiva, o atendimento médico deve ser procurado imediatamente, pois o uso de medicação específica para a gripe evita suas complicações. Em caso de resfriado, medicamentos caseiros e sintomáticos auxiliam na recuperação sem a necessidade de ir ao médico. Entretanto, se a tosse se prolongar por mais de 7 dias (principalmente com produ-ção de catarro colorido), deve ser procurado o atendimento médico também”.

Dr. Carlos Eurico da Luz Pereira

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UMA SURPRESA DE LANCHE

dICA IMPORTAnTE:• nÃO coloque água, sal ou açúcar no preparo da massa.• Utilize somente os ingredientes citados acima.

Lisete Aparecida Mattjie Tormes, 51 anos, e o ma-rido, Vilson Tormes, 52 anos, são produtores inte-grados à Souza Cruz há 7 anos. Na propriedade de 26 hectares, localizada em Lajeado Jacaré, no mu-nicípio de Crissiumal (RS), além do cultivo do taba-co tipo Burley, eles plantam milho e criam gado de leite. Os filhos Natael Tormes, 26 anos, casado com Ca-roline da Silva, 21 anos, e Gabriel Tormes, 21 anos, Técnico Agrícola e atualmente cursando Agrono-mia, auxiliam nas atividades da propriedade. Já Natani Tormes, 24 anos, Engenheira Mecânica, tra-balha em outro município. Lisete conta que aprendeu com a mãe, Nelda Mattjie, a receita da pipoca de massa, um salgadinho delicio-so que se assemelha a uma pipoca e faz muito su-cesso nas reuniões da comunidade. “Costumo fazer essa receita para levar em lanches e piqueniques. Para mim é motivo de orgulho ensinar essa pipoca naRevista OPIT”, vibra a produtora.

PIPOCA DE MASSAVOCê VAI PRECISAR dE:- 6 ovos;- 650g de farinha de trigo;- 6 colheres de sopa de cachaça.

MOdO dE PREPARO: Bata os ovos com a cachaça e depois acrescente a farinha aos poucos (300g + 350g). Amasse bem com as mãos. Quando ela estiver bem uniforme, separe em três pedaços iguais. Passe cada um desses pedaços por aproximadamente 50 vezes pelo cilin-dro. A massa fica bem clarinha e lisinha. Deixe na espessura de 0,5cm. Corte em tiras de 1cm de largura e depois em pedacinhos de aproximadamente 0,5cm. Frite em gordura bem quente colo-cando uma porção desses pedacinhos com o auxilio de uma es-pumadeira. Mexa durante toda a fritura. As massinhas irão “ex-plodir” parecendo pipocas. Depois de douradas retire da panela, coloque na bacia sobre papel toalha e tempere com sal.

RECEITA

Pipoca de Massa: Lisete conserva a receita que aprendeu com a mãe

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ESPAçO DA MULHER

CRIATIvIDADE E INSPIRAçãO

Ivete Dematé, 40 anos, casada com o produtor integrado à Souza Cruz, Vanderlei Dematé, 42 anos, e mãe de Iasmym Letícia,12 anos, e Pedro Henrique, 6 anos, tem como uma das suas paixões, a pintura em te-cido. Iniciou os cursos ainda ado-lescente e hoje, as horas vagas são preenchidas pelas lindas pinturas em panos de prato. “Pintar é o meu momento de lazer, a minha terapia. Faço peças para presentear e tam-bém para atender encomendas”, conta a artesã que tem a ajuda da irmã, Luciane Massaniro, para fina-lizar seus trabalhos.A família mora na propriedade de 19,7 hectares, localizada em Ribei-rão Encanto, no município de Rio do Campo (SC). Eles cultivam 115 mil pés de tabaco tipo Virgínia, milho, criam gado, suínos e galinhas, sendo parte destinada para a co-mercialização e parte para o consu-mo da família.

dESEnHO PARA PAnO dE PRATO: URSInHA dOCEIRAMATERIAIS nECESSÁRIOS:• 1 pano de prato;• Papel carbono;• Lápis;• Molde do desenho;• Tinta para tecido a partir de sugestões da Ivete: marfim, siena, marrom, berinjela,

vermelho escarlate, vinho, branco, sépia, rosa bebê, rosa escuro, verde oliva, rústico, erva doce, verde pistache, cinza lunar e preto;

• Pincéis nº 6, 4 e 0 (zero);• 1 pinta bolinhas;• 1 pote com água e um pano para limpar os pincéis.

• Transfira o desenho para o tecido com a ajuda do papel car-bono;

• Pinteumpezinhocomacormarfim.Emseguida,commo-vimentos circulares, faça um sombreado com a cor siena. Finalize com um contorno, também sombreado, com a cor marrom. Repita os mesmos passos no outro pezinho, nas orelhas, na cabeça, no focinho e nos bracinhos;

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PASSO A PASSO dA PInTURA dA URSInHA:

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• PinteafaixadacabeçacomacorBerinjelaeinteriordolaçocom a cor vermelho escarlate. Em seguida, faça um sombre-ado com a cor vinho. Faça o mesmo procedimento na parte de cima do laço. Depois de seco, dê leves pinceladas com a tinta branca para dar o efeito de luz e finalize fazendo bolinhas na cor berinjela com o pinta bolinhas;

• Pinteofocinhonacorsépiacomolevetoqueembrancoparaefeito de luz. Faça um leve contorno em branco para distinguir o focinho do rosto e faça as bochechas com um leve toque do rosa bebê;

• Pinteapartedebaixodasaiacomberinjelaeadecimaemvermelho,sombreandocomovinho.Façaumleveefeito de luz com o branco e defina os babados com um fino contorno, também em branco. Pode fazer bolinhas na saia de cima em berinjela;

• Paraocupcake,pinteocopoemverdeolivaefaçalevesfiletes,navertical,embranco.Aprimeiracamadaemrús-tico, posteriormente iluminada com o branco. A segunda camada em erva doce. Faça um contorno sombreado com o verde pistache. A terceira camada, pinte em rosa bebê sombreado com o rosa escuro. Faça um leve contorno em branco na parte de baixo. A quarta camada, pinte em branco com um sombreado em cinza lunar. A cobertura, em marrom iluminado com o branco. Pinte a cereja com o vermelho. Faça o sombreado com o vinho e finalize com um ponto de luz em branco;

• Pinteapartedebaixodoolhoembranco.Asegundacama-da em rústico, esfumando para ficar integrado ao branco e a terceira camada em preto. Contorne o olho com o preto e, com a mesma cor, faça os cílios e as sobrancelhas (use o pin-cel nº 0);

• Pintealínguaemvermelhoecontorneempreto.Aboca,empreto;

• Façaoefeitodeluzcomatintabrancaaoredordasorelhase finalize o trabalho fazendo o chão com leves pinceladas na cor Sépia.dI

dICAS dA IVETE • Sempre finalize uma pintura antes de iniciar a outra (ex: pinte um pé completo e depois o outro);• Cuide para cobrir bem a trama (os furinhos) do tecido com a tinta;• Faça o sombreado (esfumado) em movimentos circulares para ficar bem misturado à tinta da base;• Para ter a sensação de profundidade, pinte primeiro a parte que deve ter o efeito de estar por trás

(ex: o cupcake deve ser pintado antes dos bracinhos);• As partes que vão receber o efeito de luz e as bolinhas, devem estar secas.

Caso queira reproduzir este desenho, você pode acessar o Portal do Produtor e encontrar o molde na sessão “Publicações”.

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