fasceíte e ozônio

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III SEMIC – Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS 18, 19 e 20 de outubro de 2004 Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS Gestão de Pesquisa e Pós-graduação – www.unifenas.br/pesquisa FASCEÍTE NECROTIZANTE TRATADA COM ÁGUA OZONIZADA - RELATO DE CASO Guidoux, Gustavo Nader 1 ; Oliveira, Jackeline Ribeiro 2 ; Tomita, Wilson Koitti 3 ; Velano, Carlos Eduardo Engel 4 ; Botrel, Tobias Engel Ayer 4 ; Fiorini, João Evangelista 5 A fasceíte necrotizante, originalmente denominada gangrena estreptocócica, é uma infecção profunda do tecido subcutâneo, que resulta na destruição progressiva da fáscia e da gordura, podendo poupar a pele. Estudos recentes demonstraram excelentes resultados no tratamento desta patologia com a utilização de terapia tópica com ozônio, acelerando o processo cicatricial e reduzindo a população bacteriana. Relato de Caso: SCB, 54 anos, sexo masculino, leucoderma, solteiro, aposentado, deu entrada no nosso serviço no dia 28/08/03 com hipótese diagnóstica de mal perfurante plantar, apresentando lesões ulceradas em calcâneo e panturrilha esquerda, drenando secreção serosa em grande quantidade e de odor fétido. Tem antecedentes de Hanseníase wirchoviana tratada há 30 anos. Foi submetido à desbridamento dos tecidos inviáveis no mesmo dia e prescrito amicacina + penicilina cristalina. Foi submetido à novo desbridamento no dia 29/08/03 e desbridamento + fasciotomia no dia 31/08/03. No dia 01/09 foi realizada amputação suprapatelar de MIE e no dia 04/09 desarticulação coxofemoral; durante o ato cirúrgico evoluiu com choque séptico, sendo infundido grande quantidade de volume, concentrado de glóbulos, noradrenalina e a amicacina foi substituída por ceftriaxona, uma vez que a cultura da secreção mostrou crescimento de Proteus mirabilis ; dois dias após o procedimento cirúrgico, evoluiu com edema, hiperemia, deiscência e secreção purulenta no coto, sendo iniciado curativo com soro fisiológico ozonizado duas vezes ao dia; 2 dias após este procedimento apresentou regressão dos sinais flogísticos do coto e após uma semana remissão total dos sinais flogísticos, recebendo alta hospitalar em 15 dias. 1 Acadêmico do 10º período de Medicina 2 Acadêmica do 12º período de Medicina 3 Orientador – Faculdade de Ciências Médicas 4 Residentes de Clínica Médica do HUAV 5 Professor da Faculdade de Ciências Médicas Fonte Financiadora: UNIFENAS

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III SEMIC – Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS18, 19 e 20 de outubro de 2004

Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENASGestão de Pesquisa e Pós-graduação – www.unifenas.br/pesquisa

FASCEÍTE NECROTIZANTE TRATADA COM ÁGUA OZONIZADA - RELATO DE CASO

Guidoux, Gustavo Nader1; Oliveira, Jackeline Ribeiro2; Tomita, Wilson Koitti3 ; Velano, CarlosEduardo Engel4; Botrel, Tobias Engel Ayer4; Fiorini, João Evangelista5

A fasceíte necrotizante, originalmente denominada gangrena estreptocócica, é uma infecçãoprofunda do tecido subcutâneo, que resulta na destruição progressiva da fáscia e da gordura,podendo poupar a pele. Estudos recentes demonstraram excelentes resultados no tratamento destapatologia com a utilização de terapia tópica com ozônio, acelerando o processo cicatricial ereduzindo a população bacteriana. Relato de Caso: SCB, 54 anos, sexo masculino, leucoderma,solteiro, aposentado, deu entrada no nosso serviço no dia 28/08/03 com hipótese diagnóstica de malperfurante plantar, apresentando lesões ulceradas em calcâneo e panturrilha esquerda, drenandosecreção serosa em grande quantidade e de odor fétido. Tem antecedentes de Hanseníasewirchoviana tratada há 30 anos. Foi submetido à desbridamento dos tecidos inviáveis no mesmo diae prescrito amicacina + penicilina cristalina. Foi submetido à novo desbridamento no dia 29/08/03 edesbridamento + fasciotomia no dia 31/08/03. No dia 01/09 foi realizada amputação suprapatelarde MIE e no dia 04/09 desarticulação coxofemoral; durante o ato cirúrgico evoluiu com choqueséptico, sendo infundido grande quantidade de volume, concentrado de glóbulos, noradrenalina e aamicacina foi substituída por ceftriaxona, uma vez que a cultura da secreção mostrou crescimentode Proteus mirabilis; dois dias após o procedimento cirúrgico, evoluiu com edema, hiperemia,deiscência e secreção purulenta no coto, sendo iniciado curativo com soro fisiológico ozonizadoduas vezes ao dia; 2 dias após este procedimento apresentou regressão dos sinais flogísticos do cotoe após uma semana remissão total dos sinais flogísticos, recebendo alta hospitalar em 15 dias.

1 Acadêmico do 10º período de Medicina2 Acadêmica do 12º período de Medicina3 Orientador – Faculdade de Ciências Médicas4 Residentes de Clínica Médica do HUAV5 Professor da Faculdade de Ciências Médicas

Fonte Financiadora: UNIFENAS