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Re vista Di gital de Podologia Gratuita - Em idioma português N° 11 - Dezembro 2006

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  • Revista Digital de PodologiaG r a t u i t a - E m i d i o m a p o r t u g u ê s

    N° 11 - Dezembro 2006

  • ThimonThimonInstrumentais podológicos finos e produtos inovadores para o ramo da saúde dos pes, para fazer intervenções mais simples e eficazes.

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    Diretora científicaPodologa Márcia Nogueira

    Diretor comercial: Sr. Alberto Grillo

    Colaboradores desta edição:

    Paulo Silva. MSSF. Portugal.

    Humor Gabriel Ferrari - Fechu - pag. 24.

    Capa: capa da Revista PodologiaArgentina nº 3 - Setembro de 1996.

    Mercobeauty Imp e Exp de Produtos de Beleza Ltda.Novo tel: #55 19 3365-1586 - Campinas - San Pablo - Brasil.

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    La Editorial no asume ninguna responsabilidad por el contenido de los avisos publicitarios que integran la presente edición, no solamente por eltexto o expresiones de los mismos, sino también por los resultados que se obtengan en el uso de los productos o servicios publicitados. Lasideas y/u opiniones vertidas en las colaboraciones firmadas no reflejan necesariamente la opinión de la dirección, que son exclusiva responsabi-lidad de los autores y que se extiende a cualquier imagen (fotos, gráficos, esquemas, tablas, radiografías, etc.) que de cualquier tipo ilustre lasmismas, aún cuando se indique la fuente de origen. Se prohíbe la reproducción total o parcial del material con tenido en esta revista, salvomediante autorización escrita de la Editorial. Todos los derechos reservados.

    ÍNDICEPag.

    5 - A Hipermobilidade do membro inferior em corrida e a limitação da sua amplitude com calçado desportivo.

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    A Hipermobilidade do membro inferior em corrida e a limi-tação da sua amplitude com calçado desportivo.

    Paulo Silva. MSSF. Portugal.

    Introdução:

    A hipermobilidade do membro inferior tem sidorelacionada por vários autores como uma dasprincipais causas de uma série de lesões deesforço.

    O Jogging/Corrida é hoje em dia o desportoaeróbico de eleição para milhares de praticantesde atividades desportivas regulares.

    Diversos estudos sugerem que os corredoresparecem lesionar-se com maior freqüência queos praticantes de outros desportos, comonatação, ginástica aeróbica, caminhadas, etc (6)

    O podologista pode e deve desempenhar umpapel importante de prevenção, através dos con-selhos acerca do calçado desportivo mais ade-quado.

    Observa-se freqüentemente que alguns profis-sionais de saúde dão conselhos sobre o calçadoadequado para a prática desportiva, baseadosem modelos ou tecnologias há muito desatual-izadas, este fator explica-se simplesmente pelofato de na sua formação o calçado desportivonão ser aprofundado. Os profissionais são muitasvezes confrontados com pedidos de ajuda para aseleção do calçado para correr mais adequado,não tendo um domínio absoluto sobre o assunto,a maior parte desses profissionais acaba por nãoconseguir satisfazer corretamente o pedido dosseus clientes/pacientes. Muitos tambémmenosprezam a eficácia do calçado de corridano papel da prevenção das lesões. Finalmente osmateriais e tecnologias da fabricação do calçadopara correr tem evoluído a um ritmo alucinante,que mesmo os vendedores especializados porvezes sentem dificuldades em obter informaçãosobre as características destes novos materiais etecnologias.

    O calçado desportivo é hoje em dia uma indús-tria de Milhões de dólares, sendo o mercadoinundado com centenas de modelos diferentescada ano, se somarmos a esta oferta a força doMarketing, constatamos que muitas vezes ainformação que chega aos praticantes e profis-sionais de saúde pode ser, pouco clara oumesmo confusa.

    Neste texto pretendo reunir dados sobre de queforma a hipermobilidade afeta o membro inferior

    em corrida, identificar quais são as principaislesões por esta provocadas, perceber a evoluçãoe composição do calçado desportivo moderno equais são as características e tecnologias aprocurar no calçado desportivo deCorrida/Jogging de forma a poder utilizá-lo comoum dos intervenientes na limitação do raio deação da hipermobilidade.

    O pé e a sua função

    "O pé humano é uma peça de engenharia e umaobra de arte", esta afirmação de Leonardo DaVinci (1452-1519), não podia ser mais ver-dadeira.

  • O pé é um órgão com um duplo propósito,sendo que ambos os propósitos são opostos.

    Em primeiro lugar o pé é um órgão de amortec-imento de choques ou impactos, adaptando-seao solo irregular, em segundo também precisaser uma alavanca rígida para permitir a deambu-lação, e, para que o mesmo órgão consiga fazerestes dois trabalhos, o seu comportamento devesofrer alterações dramáticas durante as difer-entes fazes do seu ciclo mecânico. (1)

    O ciclo mecânico em corrida

    Durante a corrida, o contacto com o solo nor-malmente ocorre com o lado lateral do calcanhar,com o pé em ligeira supinação (abdução, inver-são e flexão plantar), segue-se então um períodorápido de pronação (adução, eversão e dorsi-flexão), permitindo a dissipação da energia deimpacto, associada a esta pronação acontece arotação interna da tíbia, que por seu lado criarotação no plano transvérsico do joelho. (2)

    A cerca de 35% da fase de contacto no solo(apoio monopodal), este movimento de pronaçãotermina, começando então o pé a resupinar, acerca de 50% da fase de apoio, a articulaçãosubastragalina, já voltou à sua posição neutra e aarticulação mediometatársica está na sua pron-

    ação máxima, permitindo ao pé passar de umaplataforma de amortecimento de impactos parauma alavanca de propulsão (3).

    Apesar da necessidade deste movimento de

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  • pronação como forma de adaptação ao solo eamortecimento de impactos, em certas ocasiõesocorre um excesso de mobilidade, o pé acaba porrodar mais do que deve, inibindo a sua função deamortecimento de impactos e dificultando a pas-sagem para a propulsão, esta hipermobilidadetem sido relacionada com um número significati-vo de lesões, incluindo as mais citadas em estu-dos e inquéritos a corredores (4).

    A Relação pé Joelho:

    Entre 70-80% de todas as lesões relacionadascom a corrida localizam-se entre os joelhos e ospés (7), sendo as mais comuns:

    Fraturas de esforçoEntorse tibiotársico (tornozelo)Fasceíte plantarBolhas, hematomasSíndrome iliotibialCondromalacia PatelarOutras (não específicas, dor no arco plantar, no pé ou tornozelo). (8)

    A tíbia roda internamente mais rapidamenteque o fêmur, este movimento contribui para odesbloqueamento da articulação do joelho.

    Rotação interna em excesso, no entanto podeestar relacionada com excesso de pronação dopé.

    A razão pela qual os problemas no pé podemafetar o resto do membro inferior é explicávelpelo princípio da cadeia cinética fechada.

    A cadeia cinética fechada implica que o péesteja em contacto com o chão, quando o pé seencontra em contacto com o solo, qualquer movi-mento numa parte do membro afeta as restantespartes.

    A rotação interna da tíbia provoca pronação nopé na articulação subastragalina. De igual modoo movimento de pronação do pé provoca umarotação interna da tíbia e do fêmur, seguido pelarotação de toda a perna, através de movimentosde supinação a tíbia e todo o membro inferiorrotarão externamente. (5)

    Uma das articulações chave nesta capacidadedo pé em adaptar-se e agüentar estas cargasextremas conseguindo ao mesmo tempo impul-sionar o corpo é sem dúvida a articulação subas-tragalina, o ciclo biomecânico, durante a fase deapoio do pé ou apoio monopodal (começa quan-to o pé está em contacto total com a superfíciedo solo) o pé está a pronar pela articulação sub-astragalina, estando simultaneamente a perna a

    rodar internamente e o pé a absorver as forçasde impacto, adaptando-se à superfície do solo,na fase seguinte a impulsão ou período depropulsão (que inicia com o calcanhar a despe-gar do solo e finaliza com o despegue dos dedos)a articulação subastragalina deve supinar paraque o pé consiga agir como uma plataforma rígi-da de impulsão (5).

    A hipermobilidade e as lesões

    Quando ocorrem anormalidades nos tempos eações do ciclo biomecânico do pé em apoio, atransferência de forças não é normal, acabandopor criar movimentos compensatórios que sãoextremos, como a pronação/hiperpronação (odesvio à normalidade mais comum) e asupinação (mais rara).

    Os pronadores (hiperpronadores) sofrem muitofreqüentemente de uma série de lesões taiscomo:

    Dor não específica no tornozelo, dor lateral nojoelho, canelite (dor não específica nas canelas),fraturas de esforço, joanetes fasceíte plantar etendinite aquilina (9).

    Apesar da verdadeira supinação ser relativa-mente rara, os atletas que possuem o ciclomecânico com estas características sofrem igual-mente de lesões consideradas severas, o pésupinador é rígido, não distribuindo as forças

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  • convenientemente, assim as forças de impactocom o solo são mal dissipadas podendo resultarem fraturas de esforço.

    A fasceíte plantar e entorses no tornozelo sãotambém muito freqüentes entre os supinadores(9).

    O calçado desportivo

    A corrida/jogging, tal como outras modali-dades desportivas, requer calçado desportivoespecífico, já que um modelo de calçado bemadequado, pode ser a melhor ortótese preventivaque um desportista possa usar. (15)

    A evolução do calçado desportivo:

    No início da década de 1900 a Spalding pro-duziu o primeiro calçado designado especifica-mente para a prática desportiva. Os atletas uti-lizavam-no para a competição e era constituídopor uma sola e uma estrutura superior, ambasem couro macio, com atacadores.

    Alguns desportos exigiam "bicos", "travas" ou

    "Pitons" de metal, no entanto o calçado, qualquerque fosse o desporto, apenas era constituído poruma estrutura superior simples e uma sola,mesmo no início da década de 1960 o calçadodesportivo mais popular como Converse ou Kedsapenas possuía uma sola rasa e uma estruturasuperior em lona. As escolhas de um atleta vari-avam entre uma bota para Basquetebol ou umsapato para Ténis.

    Na década de 1970 o calçado desportivocomeçou a modificar-se, com a vitória do Norte-americano Frank Shorter na maratona deMunique nos jogos olímpicos de 1972, o boomcomeçou, forçando ao desenvolvimento de novastecnologias.

    Quanto mais pessoas começavam a correr, aprocura de calçado mais protetor e confortávelaumentava, ao mesmo tempo outros desportoscomeçavam cada vez a ser mais populares,houve necessidade do desenvolvimento de sap-atos cada vez mais específicos.

    Estas mudanças forçaram a aplicação de novosmateriais e tecnologias.

    O desenvolvimento tecnológico mais impor-tante foi o aparecimento da sola intermédia.

    Com o advento do calçado desportivo modernociências como a biomecânica e a podologia, pas-saram a fazer parte da indústria e terminologiascomo: ciclo biomecânico, pronação, supinação,estabilidade, amortecimento de impactos, pas-sou a fazer parte das palavras utilizadas paradescrever as características do calçado desporti-vo.

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  • O desenvolvimento de uma série de tecnologiase formatos de calçado que são muito comunshoje em dia, o resultado da influência da podolo-gia e outras disciplinas médicas no desenvolvi-mento do calçado desportivo, assim como daconstatação que a biomecânica do membro infe-rior desempenha um papel importante na per-formance, quer se trate de um atleta de elite, oude um praticante recreativo.

    Desde os anos 70 que várias conceituadas mar-cas de calçado desportivo, em conjunto comdiversos podologistas, desenvolveram diferentestecnologias. Um dos mais notáveis exemplos étalvez a colaboração de Joe Ellis, DPM de LaHoya, Califórnia, que juntamente com a marcaAsics, desenvolveu a primeira sola intermédiaque incorporava espuma mais firme no ladomedial. (5)

    Tecnologias do calçado desportivo

    Para poder recomendar qual é o calçado maisadequado, devemos primeiro conhecer quais sãoos seus componentes, as suas características eos benefícios que oferecem:

    Os componentes do calçado desportivo

    Todos os sapatos desportivos possuem quatrocomponentes básicos, cada um individualmentecontribui com uma série de características queajudam a criar a melhor interação possível entreo pé e o solo.

    1- Estrutura superior/ Corte

    A função da estrutura superior é abraçar e aco-modar o pé e oferecer apoio. As estruturas supe-riores podem ser constituídas por diferentesmateriais tais como: couro, rede de "nylon" ououtros materiais sintéticos, o tipo de materiaisusado depende da natureza do desporto. Porexemplo: os sapatos de tênis geralmente pos-suem estruturas superiores em couro paraaumentar a durabilidade e o apoio, enquanto ossapatos de corrida possuem estruturas em"nylon" e couro para respiração e flexibilidade.

    Alguns fabricantes reforçam a estrutura superi-or com componentes de apoio como contrafortesexternos ou barras estabilizadoras que con-tribuem para o aumento da estabilidade, apoio eaumento do tempo de vida útil da mesma.

    O contraforte é outro componente importanteda estrutura superior, minimiza os movimentosmediais/laterais do calcanhar.

    Alguns fabricantes utilizam material refletor na

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    caixa dos dedos, contraforte ou língua dos sap-atos de corrida e cross-training por motivos desegurança (visibilidade).

    Em resumo estes componentes possuem bene-fícios que oferecem uma estrutura superior comapoio, estabilidade e alguma proteção dos ele-mentos, além claro está contribuírem para oaspecto final do calçado.

    2- A sola interior ou palmilha

    O componente seguinte é a sola interior (maisconhecido por palmilha)

    Normalmente as palmilhas são removíveis efeitas em poliuretano ou em E.V.A. com uma faceem tecido, algumas possuem um apoio para aarcada longitudinal medial que se adapta ao pédepois de alguns dias de utilização. A vantagemdas palmilhas removíveis é o fato de poderem serlavadas ou substituídas, como veremos mais adi-ante.

    Os utilizadores devem ser avisados que aspalmilhas perdem a sua eficácia a cerca de ¼ dotempo de vida útil do sapato, e que deverão sub-stituí-las quando perderem a sua eficácia. (provo-cada pela compressão).

    As palmilhas removíveis hoje em dia são prati-camente standard na indústria, permitindo a sua

  • substituição por outras de melhor desempenhoou ortoteses.

    3- A sola intermédia

    A sola intermédia como é o maior avanço tec-nológico da evolução do calçado desportivo.

    A principal função da sola intermédia é disper-sar as forças geradas pelo ciclo mecânico.

    A sola intermédia é vital em todas ou quasetodas as categorias de sapatos desportivos.

    As solas intermédias variam em materiais e em"design".

    Os materiais mais comuns são: etil vinil aceta-to (E.V.A.) ou poliuretano (P.U.).

    O E.V.A. é o material mais comum das solasintermédias, trata-se de um material esponjoso eelástico com a aparência de borracha, a elastici-dade do E.V.A. significa que possui algumacapacidade de voltar a sua forma original, o queé muito importante, quanto maior for a sua elas-ticidade (memória) maior será o seu tempo devida útil.

    Com os avanços técnicos foram aparecendonovos materiais para a fabricação das solas inter-médias, em regra mais leves e mais elásticos.

    O E.V.A. moldado (também conhecido comoE.V.A. de compressão moldado) é um dessesmateriais, durante o processo de fabrico o E.V.A.

    é aquecido, comprimido e introduzido nummolde, este processo produz um material maisleve, no entanto mais denso e mais elástico.

    O poliuretano é um material com propriedadessemelhantes, no entanto torna-se relativamentepesado e inflexível, existem, no entanto novostipos de poliuretano que são mais leves eflexíveis.

    Tecnologias da sola intermédia

    Alguns fabricantes desenvolveram tecnologiasque funcionam na sola intermédia. A Nike porexemplo desenvolveu o Nike Air que consiste numgás encapsulado numa membrana de uretano. Oresultado é uma sola intermédia que amortecemais e que possui um tempo de vida útil maislongo porque não comprime tão rapidamente(pois o Nike Air mantém a memória do conjuntopor mais tempo). O Reebok Dmx, Asics gel,Brooks Hidroflow, Sauconi Grid, e ConverseReact, Adidas Adiprene são outros exemplos detecnologias colocadas na sola intermédia.

    4- A sola

    Finalmente a sola, a sola é a superfície deataque ao solo e é construída de modo a ofere-cer: tração, durabilidade e flexibilidade.

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  • Os materiais utilizados na sua composiçãoinfluenciam estas propriedades.

    MateriaisA borracha é utilizada principalmente em sap-

    atos de tênis e basquetebol, é utilizada para ofer-ecer durabilidade e tração.

    A borracha com carbono é utilizada principal-mente em sapatos de corrida devido as suas car-acterísticas de durabilidade.

    A borracha expandida é utilizada principal-mente em corrida devido à sua leveza, flexibili-dade e capacidade de amortecimento deimpactos.

    A borracha natural é utilizada em sapatos deindoor (Voleibol, Squash, Futebol de salão etc.)pois este tipo de material oferece boa tração emsuperfícies de madeira.

    DesigOs sapatos de "court" (basquetebol, tênis, volei-

    bol, etc.) possuem uma zona chamada de "cup-sole" na caixa dos dedos normalmente muitobem cimentada com a estrutura superior estetipo de design promove a durabilidade e algumapoio lateral

    Os sapatos de corrida devido ao fato dodesporto não possuir movimentos laterais nãopossuem este tipo de sola.

    Pequenos pitons no rasto da sola dos sapatos(principalmente corrida) oferecem tração. Muitosfabricantes possuem solas de várias densidadespara oferecer durabilidade (no calcanhar) e lev-eza e flexibilidade no ante pé.

    Os sapatos de pitons ou travas são construídosprimariamente com o objetivo de oferecer tração,uma vez que as atividades a que se destinam sãopraticadas em relvados. Estes pitons são nor-malmente em poliuretano e dispostos empadrões de acordo com as necessidades detração do desporto a que se destinam.

    A Forma

    Um dos aspectos mais importantes do calçadodesportivo é a forma em que este é construído.

    A forma é a peça de metal ou madeira à voltada qual é construído o sapato.

    A forma afeta dois aspectos do sapato:O formato do sapato que resulta do formato da

    própria forma.A construção do sapato que resulta da forma

    como o sapato é construído (a forma como aestrutura é fechada conta a forma).

    Formatos

    O formato afeta as características de apoio eacomodação do sapato, existem três tipos bási-cos de formato:

    1- Direito: é o mais direito, é o que oferecemaior apoio e menor flexibilidade de todos sendorecomendado para o pé plano/pronador.

    2- Semicurvo: é o formato mais comum nocalçado desportivo é o formato mais universaldando para quase todos os tipos de pés, devidoao equilíbrio entre estabilidade e flexibilidade.

    3- Curvo: é o formato mais cavado e curvo,sendo o que oferece menor apoio e maior flexi-bilidade, podendo ser usado por pécavo/supinador, são mais usuais em sapatos decompetição.

    Construções:

    Embora existam três tipos básicos de con-

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  • struções, hoje em dia a maioria do calçadodesportivo utilizam a construção cosido, poroferecer maior leveza, flexibilidade e capacidadede resposta ao calçado.

    Classificação do calçado para corrida

    As categorias do calçado para corrida

    Hoje em dia com toda a oferta de calçado paracorrer existente no mercado é natural que o con-sumidor se sinta confundido no ato da compra,afinal perguntando-se: "qualquer sapato de corri-da é adequado para qualquer corredor?

    Não, os sapatos de corrida são fabricados paraoferecer características e benefícios diferentes deacordo com as necessidades de cada corredor,para ser mais fácil identificá-los podemosagrupá-los por características comuns catego-rizando-os de acordo com o público-alvo a que sedestinam:

    Classificação simples

    Classificação pelos formatos dos sapatos

    Esta classificação é uma tentativa de supersimplificar um assunto muito complexo, noentanto mais adiante vamos ver a classificaçãotradicional:

    Os formatos podem ser usados para classificaros sapatos, assim existem:

    Formato direito - Controle biomecânicoFormato semicurvo - Estabilidade AmortecimentoFormato curvo - Competição

    Este é o método mais simples de classificação,pois além da redução de todas as categorias aapenas três também coincide com a classifi-cação dos três tipos de pés facilitando o "casa-mento" entre os pés e os sapatos mais adequa-dos para os mesmos.

    Pé plano/pronador Formato Direito; Pé normal Formato semicurvo; Pé cavo/supinador Formato curvo.

    Claro que todas as regras têm a sua exceção,mas de um modo geral estas classificações aju-dam a encontrar os sapatos mais adequados deuma forma muito simples.

    Como ver o formato do sapato? O formato do sapato pode ser verificado viran-

    do o sapato de sola para cima e colocando umatacador desde o centro da biqueira até ao cen-tro do calcanhar, confirmando em qual dos doislados do atacador aparece mais material, seaparecer do lado lateral (fora) do sapato trata-sede um sapato de formato curvo, se observar dolado medial (dentro junto à arcada do pé) trata-se de um sapato direito, finalmente o formatosemicurvo apresentará um maior equilíbrio dosdois lados.

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  • Classificação Tradicional

    O guia que se segue pretende orientar aescolha do calçado para correr mais ade-quado às características individuais decada praticante, primeiro através da cate-gorização do calçado, dividindo-o porfamílias, descrevendo um pouco quais sãoas características a procurar nos sapatosde cada categoria e em seguida exemplifi-cando o público-alvo a que se destinam ossapatos da mesma.

    Antes de mais os sapatos de corrida divi-dem-se em dois grandes grupos

    Sapatos de treinoSapatos de competição

    Sapatos que pesem menos que 250gserão considerados de competição (denotar que o peso é aferido de um sapatotamanho 9 na escala Americana masculinae um tamanho 6 na escala feminina).

    Nos sapatos de treino por seu ladoencontramos as seguintes categorias:

    - Controle biomecânico (Motion Control), também traduzido como controle de movimentos.

    - Estabilidade.- Amortecimento.- Performance (ligtweigth trainers),

    também traduzido como: treino-competição

    O principal fator deste tipo de classifi-cação é o grau de estabilidade que o sap-ato oferece:

    Sapatos de classe controle biomecânico

    Os sapatos de controle biomecânico sãoassim chamados porque oferecem umgrande controle sobre o eixo de transiçãodos pés no solo evitando os movimentoslaterais e mediais, graças essencialmenteà utilização de espuma de dupla densi-dade na sola intermédia (normalmenteidentifica-se pela sua cor cinzenta), con-trafortes extra fortes e dispositivos emplástico TPU.

    Devem utilizar estes sapatos:Corredores pesados (Homens > 80Kg,

    Mulheres > 70Kg), corredores que pos-suam o pé plano, sejam pronadoresseveros e procurem estabilizar a hipermo-

    bilidade o máximo possível.

    Sapato da classe estabilidade

    Os sapatos da classe estabilidade são todos aquelesque ofereçam suporte, mas sem conseguir chegar areorientar o ciclo mecânico do utilizador, essencial-mente graças à utilização de espumas de dupla densi-dade na sola intermédia.

    Devem utilizar estes sapatos:Corredores leves, que possuam o pé normal, pron-

    adores ligeiros a moderados, que procurem algumaestabilização da hipermobilidade, corredores pesadosque procurem um sapato mais leve para a competiçãoou para os treinos mais rápidos.

    Sapato da classe amortecimento

    Amortecimento, nesta classe são colocados todos ossapatos que não ofereçam qualquer tipo de apoio medi-al ou lateral, pelo que o seu principal benefício é acapacidade de amortecimento de impactos.

    Devem utilizar estes sapatos:Corredores que procurem o maior amortecimento,

    sem precisarem de estabilidade, corredores com o pénormal ou cavo, corredores supinadores, corredorespesados neutros/pé normal, que procurem um sapatopara competição ou treinos rápidos.

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    Sapatos de classe controle biomecânico

    Sapato da classe estabilidade

  • Sapato da classe perfomance

    Finalmente os sapatos de performance, desti-nam-se àqueles corredores que querem um sap-ato de treino extremamente leve (Menos de300g) para treinos diários.

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  • Os sapatos de competição para distâncias atémeia maratona são extremamente leves, pos-suindo por isso menos materiais na sua constitu-ição, e oferecendo desta forma um peso extrema-mente reduzido, à custa do apoio, estabilidade eamortecimento de impactos.

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    cientes, para provas curtas (até meia maratona)a um nível competitivo.

    Sapatos da classe competição até Maratona

    Os sapatos de competição para distâncias atémaratona são extremamente leves, possuindopor isso menos materiais na sua constituição, eoferecendo desta forma um peso extremamentereduzido, à custa do apoio, estabilidade eamortecimento de impactos, alguns sapatosdesta família possuem características muitosemelhantes ao calçado da família performance.

    Devem utilizar estes sapatos:Corredores leves e biomecanicamente efi-

    cientes, para provas de todas as distâncias atémaratona a um nível competitivo

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    As tecnologias utilizadas no calçado desportivopara estabilizar a hipermobilidade:

    Desde o início dos tempos que o homem secalça para se proteger dos elementos com ocalçado, a partir do momento que alguém sequeixou a um artesão de dores nos pés,começaram a surgir formas de melhorar odesempenho e conforto do calçado.

    Primeiro terão aparecido as palmilhas comapoios para os arcos plantares nos finais doséculo XIX, e nos anos 70 do século XX, duranteo primeiro boom do exercício físico apareceramas primeiras tentativas para compensar ou alin-har o movimento anormal do membro inferioratravés de tecnologias incorporadas no calçadodesportivo.

    Nos nossos dias existem diversas e variadastecnologias desenvolvidas e patenteadas com oobjetivo de estabilizar a Hipermobilidade domembro inferior, no entanto todas elas atuamsob os mesmos 3 princípios:

    - Influenciar a velocidade do movimento.- Modificar o tempo de passagem do pé em

    cada fase, do ciclo mecânico em apoio.- Influenciar o comportamento mecânico do

    membro inferior.

    Exemplos

    Influenciando a velocidade do movimento

    Uma das primeiras formas de influenciar amobilidade é o "design" do calçado para que avelocidade do membro inferior seja alterada,modificando desta forma a amplitude do gesto,um exemplo muito claro deste tipo de tecnologiaé a colocação de materiais mais macios na zonaposterior lateral dos sapatos, que por seremmuito macios deformam, atrasando assim avelocidade de rotação medial do pé no contactodo calcanhar, abrandando-o ligeiramente.

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    Sapato de clase competição até Maratona.

  • Modificando o tempo de passagem do pé emcada fase, do ciclo mecânico em apoio.

    Outro fator que se pode influenciar muito efi-cazmente é o tempo que o pé tarda a completaras fazes do ciclo em apoio, um exemplo destatecnologia é a utilização de diferentes densi-dades na espuma da sola intermédia, é muitocomum a colocação de espuma mais densa nazona medial da sola intermédia dos sapatos deforma a atrasar a pronação extrema do pé eapoio, alinhando-o e ajudando-o a passar para afase de impulsão.

    Sola intermédia de dupla densidade

    Com sola de dupla densidade e sem sola dedupla densidade

    Dispositivos anti-pronação

    Para pés com um excesso de mobilidade, asimples sola intermédia de dupla densidade nãoé suficiente para ajuda a realinhar o eixo de tran-sição do pé em movimento, simplesmenteporque a espuma da sola intermédia, por maisdensa que seja é uma espuma expandida, peloque vai compactando sob o efeito dos impactosrepetidos, assim os fabricantes encontraramuma forma de reforçar a firmezas destas com-pensações: Uretano Termo Plástico (em inglês

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    TPU), este plástico por ser bastante leve eresistente, reforça de uma forma significativa oapoio oferecido pelas solas intermédias de dupladensidade.

    Influenciando o comportamento mecânico domembro inferior.

    Uma das mais recentes tendências nas tec-nologias de compensação ou alinhamento domembro inferior na corrida com o calçadodesportivo é a construção do calçado de forma ainfluenciar o comportamento mecânico dopróprio membro inferior evitando a utilização de

    O Windlass Mechanism

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  • métodos muito correctores tipo barreiras, umexemplo muito claro é a construção de calçadocom design incorporado para influenciar oWindlass Mechanism.

    O Windlass Mechanism pode ser explicadocomo a ação coordenada dos músculos, tendões,ligamentos e estrutura óssea, para manter asarcadas e a rigidez do pé, necessárias para queeste possa atuar como uma alavanca de impul-são no período de impulsão (10).

    O windlass Mechanism

    Alguns modelos de calçado possuem materiaisincorporados no seu design de forma a otimizaro funcionamento do Windlass Mechanism, aopromoverem a dorsiflexão da 1ª articulaçãometatarso-falângica modificam o comportamen-to do pé promovendo a passagem da fase doapoio para a fase impulsão, diminuindo destaforma a hipermobilidade.

    A espuma de baixa densidade colocada sob o1º metatarso promove a dorsiflexão

    Solas intermédias em varus

    Um tipo de design também utilizado para influ-enciar o comportamento mecânico do membroinferior é a sola em varus.

    A sola em varus condiciona o comportamentodo pé na fase do contacto do calcanhar, obrigan-do-o a entrar em contacto com o solo numaposição ligeiramente mais em varus, mas facili-tando a passagem para o apoio de uma forma

    mais gradual que o movimento dos sapatos como design tradicional.

    Esta tecnologia é utilizada freqüentemente commateriais mais macios na sola intermédia.

    O papel das Palmilhas/Ortóteses

    Muitos corredores julgam que por terem com-prado um par de sapatos de 150 ou mais todosos seus componentes são de primeira qualidade.

    A verdade é outra; salvo raras exceções, amaior parte das palmilhas que vêm com os sap-atos de desporto que compramos não possuiqualidades adequadas para a prática intensivade desporto, perdendo as suas qualidadesdemasiado rapidamente.

    A maior parte das palmilhas de série dos prin-cipais fabricantes de calçado desportivo é feitade E.V.A. (Etil Vinil Acetato), uma espécie de bor-racha expandida com o toque de uma espumadensa.

    Acontece que com os impactos repetidos essaespuma vai-se compactando lentamente perden-do praticamente todas as propriedades deamortecimento passados poucos quilômetros(estima-se que quando o sapato alcança cerca de200 quilômetros ou 50 horas de utilização jáperderam as suas qualidades essenciais).

    É por isso recomendável substituir as palmil-has originais dos sapatos de corrida por outrascom maior capacidade de amortecimento deimpactos e maior tempo de vida útil.

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  • Temos a satisfação de colocar em suas mãos o primeiro livrotraduzido para o português deste importante e reconhecidoprofissional espanhol, e colaborar desta forma com o avançoda podologia que é a arte de cuidar da saúde e da estéticados pés exercida pelo podólogo.

    - Podólogo Diplomado em Podologia pela Universidade Complutense de Madri.

    - Doutor em Medicina Podiátrica (U.S.A.)- Podólogo Esportivo da Real Federação Espanhola de

    Futebol e de mais nove federações nacionais, vinte clubes, associações e escolas esportivas.

    - Podólogo colaborador da NBA (liga nacional de basquete de USA).

    Autor dos livros:- Podologia Esportiva - Historia clínica, exploração e caracte-rísticas do calçado esportivo - Podologia Esportiva no Futebol - Exostoses gerais e calcâneo patológico - PodologiaEsportiva no Futebol.

    Professor de Cursos de Doutorado para Licenciados em Medicina e Cirurgia, Cursos de aperfeiçoamentoem Podologia, Aulas de prática do sexto curso dos Alunos de Medicina da Universidade Complutense deMadrid e da Aula Educativa da Unidade de Educação para a Saúde do Serviço de Medicina Preventiva doHospital Clínico San Carlos de Madri.

    Assistente, participante e palestrante em cursos, seminários, simpósios, jornadas, congressos e conferên-cias sobre temas de Podologia.

    Introdução - Lesões do pé - Biomecânica do pé e do tornozelo.- Natureza das lesões.- Causa que ocasionam as lesões.- Calçado esportivo.- Fatores biomecânicos.

    Capitulo 1 Explorações específicas.- Dessimetrias. - Formação digital.- Formação metatarsal.

    Capitulo 2 Exploração dermatológica.Lesões dermatológicas.- Feridas. - Infecção por fungos.- Infecção por vírus (papilomas).- Bolhas e flictenas. - Queimaduras.- Calos e calosidades.

    Capitulo 3 Exploração articular.Lesões articulares.- Artropatias. - Cistos sinoviais.- Sinovite. - Gota.- Entorses do tornozelo.

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    Autor: Podologo Dr. Miguel Luis Guillén Álvarez

    Capitulo 4 Exploração muscular, ligamentosa etendinosa.Breve recordação dos músculos do pé.Lesões dos músculos, ligamentos e tendões.- Tendinite do Aquiles. - Tendinite do Tibial. - Fasceite plantar.- Lesões musculares mais comuns.- Câimbra. - Contratura. - Alongamento.- Ruptura fibrilar. - Ruptura muscular.- Contusões e rupturas.- Ruptura parcial do tendão de Aquiles.- Ruptura total do tendão de Aquiles.

    Capitulo 5 Exploração vascular, arterial e venosa.Exploração. Métodos de laboratório.Lesões vasculares.- Insuficiência arterial periférica.- Obstruções. - Insuficiência venosa.- Síndrome pós-flebítico.- Trombo embolismo pulmonar.- Úlceras das extremidades inferiores.- Úlceras arteriais. - Úlceras venosas.- Varizes. - Tromboflebite.

    Capitulo 6Exploração neurológica.Lesões neurológicas.- Neuroma de Morton. - Ciática.

    Capitulo 7Exploração dos dedos e das unhas.Lesões dos dedos.Lesões das unhas.

    Capitulo 8 Exploração da dor.Lesões dolorosas do pé.- Metatarsalgia. - Talalgia. - Bursite.

    Capitulo 9Exploração óssea.Lesões ósseas.- Fraturas em geral.- Fratura dos dedos do pé.- Fratura dos metatarsianos.

    Capitulo 10 Explorações complementares- Podoscópio. - Fotopodograma.- Pé plano. - Pé cavo.

    Vendas: [email protected] - w w w. r e v i s t a p o d o l o g i a . c o m

    Indice

    Libro

    en po

    rtugu

    és

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    Existem muitas palmilhas no mercado, noentanto qualquer palmilha que seja fabricadanum material que não perca as características deimpactos como o E.V.A. (como por exemplo, oPU), irá aumentar significativamente a capaci-dade de amortecimento de impactos dos sap-atos.

    Tipos de palmilhas de substituição:

    Palmilhas simples em EVA: são as maisacessíveis, normalmente encontram-se emsuper/hipermercados.

    Palmilhas em espumas de melhor qualidade:encontram-se normalmente numa boa loja deartigos desportivos.

    Palmilhas "ortopédicas" semi-prontas: apenasrecomendáveis para que não tem necessidadesmecânicas sérias, à venda em farmácias, ortope-dias e algumas lojas de material desportivo.

    Palmilhas Termo Moldáveis: encontram-se emboas lojas de desporto ou ortopedias, sãomoldadas ao formato exato dos nossos pés, alémdos benefícios de melhora de amortecimento deimpactos e estabilidade, conseguimos melhorara distribuição da pressão nos pés.

    Palmilhas com apoios compensatórios: ortóte-ses (conhecidas como ortopédicas ou suportesplantares).

    Normalmente feitas à medida por um podolo-gista ou técnico Ortoprotésico qualificado (sobprescrição de um medico ortopedista).

    As ortóteses (palmilhas ortopédicas)

    As ortótoses, são utilizadas para muitascondições e lesões diferentes, pois trata-se deum dispositivo de apoio biomecânico projetadospara controlar a movimentação das estruturas dopé.

    As ortóteses são especialmente eficazes nocontrole de pés hipermóveis (pronadores), evi-tando, por exemplo, a eversão do calcâneo man-tendo a articulação subastragalina numa posiçãocorreta, existem ortótoses de variados materiaisdependendo das atividades e do grau de contro-lo que se pretenda.

    São usadas ortóteses rígidas, de plástico, decarbono ou outros materiais compósitos quandose pretende muito apoio, quando a necessidadeé de maior amortecimento e mobilidade uti-lizam-se espumas na maioria dos casos, noentanto, acabam por se utilizar os dois tipos demateriais na mesma ortótese.

    Um ponto interessante é que cerca de 40% porcento da população norte americana sofre de dis-crepâncias entre o comprimento das suas pernasusando por vezes palmilhas para compensarestas discrepâncias (12). Para que as palmilhas

    ou ortóteses se encaixem dentro dos sapatos énecessário retirar as palmilhas originais, o quepoderá gerar relutância por parte dos usuários,por pensarem que assim o sapato não terá asmesmas propriedades, nestes casos é impor-tante lembramo-nos que as propriedades deamortecimento de impactos se encontram nasola intermédia e não na palmilha.

    Pé esquerdo com ortótese

    O protocolo de acomodação

    Utilizar um par de sapatos com as tecnologiasmais indicadas, ou as palmilhas/ortóteses maispreparadas para combater a hipermobilidade porsi só não é uma forma eficaz de prevenir oaparecimento de lesões, os diferentes fatores ater em consideração são:

    Calçado, Palmilhas e Meias

    Sem contar com os fatores externos, tais como;terreno, erros de treino, excesso de treino, etc.

    Estes intervenientes devem trabalhar em con-junto para melhorar a eficácia de cada um delesindividualmente.

    O Instituto para a prevenção da saúde dos péswww.ipfh.org , além de outras instituições, e enti-dades relacionadas com a saúde e bem-estar dospés recomendam o seguinte protocolo para acorreta acomodação dos pés:

    1. Medição correta dos pés descalços, utilizan-do um Brannock device (www.brannock.com),seguida da escolha das meias adequadas à ativi-dade a realizar e nova medição dos pés com asmeias calçadas (um estudo efetuado por DouglasH. Richie, Jr demonstrou que a utilização demeias especificas de desporto com felpa densaaumenta o tamanho medido em 77% dos casos)(11).

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    2. Escolher as palmilhas ou ortóteses ade-quadas (se necessário).

    3. Escolher o calçado adequado, ás necessi-dades específicas da modalidade e ás necessi-dades individuais do praticante, (tipo de pé, mor-fologia, biomecânica, etc.)

    Conclusão:

    O papel do calçado de corrida na prevenção delesões no membro inferior (nomeadamente asderivadas da hipermobilidade) é de um modogeral subestimado, (incluindo por muitos profis-sionais de saúde).

    O pé é um órgão com um duplo propósito,sendo que ambos os propósitos são opostos.

    Em primeiro lugar o pé é um órgão de amortec-imento de choques ou impactos, adaptando-seao solo irregular, em segundo também precisa deser uma alavanca rígida para permitir a deambu-lação, em certas ocasiões ocorre um excesso demobilidade, o pé acaba por rodar mais do quedeve, inibindo a sua função de amortecimento deimpactos e dificultando a passagem para apropulsão.

    Quando ocorrem anormalidades nos tempos eações do ciclo biomecânico do pé em apoio atransferência de forças não é normal, acabandopor criar movimentos compensatórios que sãoextremos (hipermobilidade), facilitando o aparec-imento de uma série de lesões, nomeadamentede esforço.

    O calçado para correr moderno incorpora umasérie de tecnologias e formatos, como resultadoda influência da podologia e outras disciplinasmédicas no seu desenvolvimento com o objetivode estabilizar a hipermobilidade do membro infe-rior.

    As ortótoses são utilizadas para muitascondições e lesões diferentes, pois se trata deum dispositivo de apoio biomecânico projetadopara controlar a movimentação das estruturas dopé.

    Com este texto, podemos entender melhorquais são essas tecnologias e como utilizá-laspara melhor ajudar os nossos clientes/pacientesa escolherem o calçado mais adequado ás suasnecessidades.

    Embora não existam estudos que demonstreminequivocamente que o calçado e as ortótesesdesempenham um papel crucial na prevenção delesões no membro inferior, a maioria dos espe-cialistas concorda que o movimento mecânicoafastado do normal é indesejável e coloca esforçoextra no sistema músculo-esquelético, podendolevar ao aparecimento de lesões (14), assim aodiagnosticar o tipo de pé e acomodá-lo com ocalçado e as ortóteses que ofereçam a relação deAmortecimento/Estabilidade adequados à sua

    1- Inspeccionar o pé.

    2- Escolher as meias adequadas.

    3- Medir os pés (com meias calçadas).

    4- Escolher palmilhas ou ortóteses (se necessário).

    4- Escolher o calçado adequado).

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    morfologia, conseguimos uma redução dos movi-mentos indesejáveis (pronação/supinação),reduzindo desta forma as possibilidades doaparecimento de lesões (descontando os fatoresexternos tais como; excesso ou treinos inadequa-do) (13).

    Utilizar um par de sapatos com as tecnologiasmais indicadas, ou as palmilhas/ortóteses maispreparadas para combater a hipermobilidade porsi só não é uma forma eficaz de prevenir oaparecimento de lesões, os diferentes fatores ater em consideração são:

    Acomodação, Calçado, Palmilhas e Meias.

    Bibliografia1-Michael L. Pryce, MD- Orthoses: Forefoot focus

    offers alternative for pronation control-Biomechanics Mag, June 1998

    2-Peter H. Edwards Jr MD- Custom Ortoses:Hyperpronation an ACL injury: How strong is thelink? Biomechanics Mag, October 1997

    3-Howard Marshal, DPM- Gait evaluation and ort-thotic choice- KLM Newsletter October 1996

    4-Joe Hamil, PHD, and Timothy R. Derrick-Orthoses: Foot/custom: The Mechanics of FootOrthoses for Runners- Biomechanics Mag February1996

    5-Stephen M Pribut, DPM- Gait Biomechanics- DrPribut's sport pages January 2004

    6- Stephen M Pribut, DPM- A Quick Look atRunning Injuries-Podiatry Management January2004

    7- Van Mechelen, 1992, p.322

    8- Parfitt -Injuries sustained by middle distanceand marathon runners, 1994, p.134

    9- Kathleen M. Naughton, D.C., CCSP-DynamicChiropractic July 31, 1992, Volume 10, Issue 16

    10-Asics América, em linha:http://www.asicsamerica.com/asicstech/gait_cycle.htm

    11- Douglas H. Richie, Jr., D.P.M. Socks & yourFeet, article for American academy of podiatricsports medicine.

    12- Thomas F. Roinestad, em linha:http://www.telosnet.com/eaglesgate/painfree.html

    13- CPT Donald Lee Goss, MPT, OCS, ATC, JohnR. Tortorelli, MPT, and Michelle H. Saylor, RT,RDMS- Fitting Efficacy- Biomechanics Mag August2005

    14- Ogon M, Aleksiev AR, Spratt KF, et al.Footwear affects the behaviour of low back muscleswhen jogging. Int J Sports med 2001; 22(6): 414-419

    15- José Luis Moreno de la Fuente- PodologíaDeportiva- Masson, SA 2005, 54

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