Fascinação 46 - O deus pagão - Elizabeth Hunter

8/14/2019 Fascinao 46 - O deus pago - Elizabeth Hunter

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O Deus Pago

"Written in the Stars"

Elizabeth Hunter

Em Sri Lanka, paraso oriental, extico e misterioso, MirandaWade foi buscar inspirao para suas fotos de moda. L encontroutambm um !omem fascinante e dominador, a prpria ima"em de umdeus pa"o# $dam %er"uson. &ico e poderoso plantador de c!, $damno l!e deu c!ances de escapar# em meio a uma procisso budista,arrancou'a do c!o, direto para a sela bordada de ouro e prata de seuelefante, e le(ou'a para seu palcio, onde a mante(e prisioneira.Miranda )uis rea"ir, fu"ir da)ueles braos, ne"ar o poder m"ico dosastros mas lo"o descobriu )ue isto era imposs(el. *o era mais dona deseu destino... nem de seu corpo+


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Fascinao 46 - O Deus Pago - Elizabeth Hunter

CAPITULO I

s tambores ressoa(am como tro(-es, ecoando pelas abbadas dotemplo. ali a(ista(am'se os montes, )ue circunda(am o lu"ar iluminado.Sil!uetas escuras destaca(am'se contra o cu ne"ro e estrelado. Eraum momento de ma"ia e mistrio.

/a(ia os tambores de "uerra, )ue recorda(am batal!as anti"as, e

os tambores festi(os, da dana. $l"uns eram tocados com as mos,outros com ba)uetas ou paus. 0ada percussionista esta(a atento aoprprio ritmo e o con1unto todo forma(a um estran!o rufar, primiti(o etribal. 2m som )ue eletri3a(a o corpo e anestesia(a a mente.

Miranda Wade esta(a estrate"icamente encostada 4 parede doalada Mali"a5a, o templo )ue abri"a uma das rel)uias mais sa"radasdo budismo# o dente sa"rado de 6uda, res"atado seiscentos anos antes

do nascimento de 0risto.%ora uma sorte incr(el ter (indo a 7and8, em Sri Lanka, na)uelapoca do ano. *unca tin!a ou(ido falar das prociss-es )ue ocorrem nom9s lunar de Esala, em 1ul!o ou a"osto, durante de3 noites e um dia :uma festa de dana, desfiles luxuosos e muito esplendor. a)uelese(entos )ue s se acredita (endo...

Miranda, fot"rafa de moda, tin!a uma c!ance boa demais para

desperdiar; portanto, carre"a(a a c


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conta de )ue esta(am num mundo completamente diferente. =ara elas,tanto fa3ia se esti(essem no $lasca como em Sri Lanka, desde )ueti(essem um bom e confort(el )uarto de !otel+ 2ma das "arotas ficaraat com medo de sair na rua.

: >oc9 cora1osa, Miranda : tin!a dito, com ol!os arre"alados.: E se l!e acontecer al"uma coisa?

: @uem sabe ter os dedos esma"ados por uma pata de elefante...: completara a outra modelo, ironicamente. : Eu 1amais correria esterisco... $final, ten!o )ue estar do outro lado da c


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2m "rupo de danarinos (estidos de dourado e (ermel!oacompan!a(a os elefantes. s )ue se se"uiram, carre"ando (elas,flores e frutas, corriam o risco de ser esma"ados pelo fluxo deespectadores curiosos. Miranda te(e )ue lutar para conse"uir manter

seu lu"ar 1unto 4 parede.*o !otel, tin!am l!e informado sobre a festa. Seriam (rias

prociss-es distintas, cada uma procedente de um templo onde anti"asdi(indades protetoras da il!a e da fertilidade da terra eram adoradas.

/a(ia a procisso de *at!a, um dos budas (indouros; de >ilsnu, umdos tr9s "randes deuses !indus; de Skanda, o deus da "uerra e da(itria, e a de =attini, deusa da castidade. $ )uinta procisso, a maior e

mais rica, carre"a(a o dente sa"rado em triunfo pelas ruas da cidade.Era a Bnica (e3 no ano em )ue a rel)uia sa"rada saa do templo )ue aprote"ia.

Miranda esta(a totalmente fascinada pelo )ue (ia e comeou ase"uir a procisso. e(ia !a(er mais de mil danarinos. Seus adornosdourados bril!a(am sob as lu3es das toc!as e (elas. Eram !omens emul!eres )ue, com (olteios "raciosos e insinuantes, ofereciam sua

dana em adorao.$trs (in!am os c!efes "uardi-es do dente sa"rado. Suas (estes

eram anti)Cssimas, bordadas com pedrarias e fios de ouro, e metros emetros de tecido finssimo en(ol(endo suas cinturas. e (e3 em )uando,para(am para receber as !omena"ens dos danarinos e percussionistas,)uando se podia notar o colorido das plumas com )ue eram abanados.

s elefantes : tal(e3 mais de uma centena : eram ornamentadoscom mantos (ermel!os bordados a ouro e prata. Sur"iram em se"uida,com sinin!os e "ui3os dourados. s ma!outs, seus domadores emestres, (in!am montados no pescoo dos animais, atentos aoselefantes beb9s, )ue esta(am na procisso para aprender como a"ir)uando fossem crescidos.

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mais re(erenciado dos elefantes, o Mali"a5a Dusker, era o fococentral da procisso. *en!um ma!out o "uia(a. Ele camin!a(a s,imponente, com toda a delicade3a. sua frente, ia sendo desenroladoum tecido branco, para )ue suas patas no se su1assem com a poeira

das ruas. $nda(a de modo to cuidadoso, )ue a urna de (idro contendoo dente sa"rado mal se mo(ia sobre seu dorso.

Miranda forou camin!o at a frente da multido. Din!a andadomuito e esta(a perdida. =ela primeira (e3, percebeu o )uanto a)uelaspessoas l!e eram estran!as. Esta(am todos (enerando al"uma coisa )ueela mal compreendia ou em )ue se)uer acredita(a. $lm disso, nofala(a absolutamente nada da ln"ua local. E se eles se ressentissem da

presena da)uela estran"eira?s portadores de c!icote, )ue abriam espao para a procisso,

na)uele momento, a alcanaram. 2m deles, com um sorriso malicioso noslbios, (ibrou o c!icote a poucos centmetros das pernas dela.

Miranda deu um pulo. Era mel!or ir embora. >irou'se para correr,arrepiada de medo. Mas no tin!a por onde escapar. =or todo lado )ueol!asse, s enxer"a(a um mar de cabeas morenas, (elas e ol!os

escuros e ameaadores.F c!icote (ibrou mais uma (e3. Em p


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Ela ol!ou para baixo, aterrori3ada. Era alto mesmo. *unca tin!apercebido o )uanto um elefante podia ser alto+ $"arrou o brao do!omem )ue a se"ura(a por trs.

: Le(e'me de (olta para o !otel+

: Dal(e3. @uando c!e"ar a !ora. &elaxe, moa bonita. >ai ter uma(iso muito mel!or da procisso se continuar a)ui.

$os poucos, Miranda admitiu )ue ele esta(a certo. &ealmenteconse"uia enxer"ar tudo da)uela no(a posio, menos o !omem )ue aesta(a se"urando... 0uriosa, ol!ou para o brao forte e musculoso )ue aampara(a. %icou surpresa ao (er )ue seus p9los eram loiros.

: 0omo )ue (oc9 loiro? : per"untou.: 0omo )ue (oc9 no ?

: Moro na Hn"laterra. >oc9 de(e (i(er a)ui, seno no estarianeste elefante.

: $ populao da)ui bem misturada.

: Sim, eu sei : respondeu Miranda, or"ul!osa por poder

demonstrar seus con!ecimentos da il!a, atualmente Sri Lanka, antesc!amada de 0eilo. : / cin"aleses, dr(idas, "ente )ue (em do "olfo=rsico e at !olandeses. G isso? >oc9 !oland9s?

: *o.

Miranda (irou a cabea para (9'lo. $"ora se sentia mais se"ura,no se importando por estar to mais no alto )ue a multido. >iu )ue oscabelos dele, loirssimos, bril!a(am como prata sob o luar. @uando uma

toc!a passou, conse"uiu (er o a3ul (i(ido de seus ol!os e o dourado deseu rosto. @uase no parecia !umano, pois a)uele rosto era como )uetal!ado em "ranito, o )ueixo proeminente e a boca sensual. Se oscabelos fossem ne"ros, ele se pareceria muito com um dos deuses!indus )ue ela tin!a (isto nos murais do templo.

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brao dele apertou'a como uma "arra de ao. Miranda ficoureceosa, pois s na)uele instante percebeu a maneira como ele ase"ura(a, tendo o peito nu colado 4s suas costas.

: @uem (oc9?

: Meu nome $dam %er"uson.

: 2m nome in"l9s. )ue est fa3endo como ma!out nessaprocisso budista?

: >im por causa do elefante. $lis, uma elefanta. >eio dafbrica de c! )ue eu administro fora de 7and8. ma!out dela est decama, com febre, desde ontem 4 noite. Sou o Bnico )ue ela permite

montar; ento concordei em "ui'la durante a procisso. *ossosempre"ados ficariam muito desapontados se ela no fi3esse suaapario em !onra ao dente sa"rado.

: =or )ue no (eio al"um !indu?

: $ elefanta meio sel(a"em ainda. Este o Bnico trabal!o )uefa3, alm de ser foto"rafada por turistas )ue (o at a fbrica paracon!ecer de perto nosso c!. Se al"um )ue ela no recon!ecesse

subisse em seu pescoo, sairia correndo de medo. G muito sens(el.Miranda no tin!a certe3a se esta(a contente por ter sido

IpescadaI da multido pela tromba da elefanta. Era uma tentaorecostar'se no peito dourado e nos ombros lar"os )ue esta(am atrsdela e relaxar.

2m obo "emeu ao lon"e e Miranda percebeu )ue tin!am sedistanciado dos outros elefantes, ficando bem mais prximos da)uele)ue carre"a(a a rel)uia sa"rada.

: =or )ue me pescou da multido, sr. %er"uson?

: Eu )uis.

Miranda (oltou'se para ol!'lo de no(o.

: Sempre fa3 o )ue )uer?7


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: 0om mul!eres, sim.

: Dambm consi"o o, )ue )uero, )uase sempre.

: Ento estamos no mesmo preo. =ode me c!amar de $dam.

Ela en"oliu em seco.: Meu nome Miranda Wade.

: )ue a trouxe a 7and8?

: Estamos foto"rafando uma coleo de roupas a)ui. Este lu"ar fantstico e combina exatamente com o estilo romoc9 est com a min!a c


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: &elaxe ou deixar o elefante ner(oso com essa ima"inaofrtil : murmurou $dam ao ou(ido dela.

: 0omo sabe o )ue estou pensando?

: =ela tenso dos seus ombros.

: =ois est se superestimando 4 toa : replicou ela. : Estou umpouco ner(osa por causa do elefante, no por (oc9. *unca andei numantes+

: 0laro.

Miranda no sabia o )ue si"nifica(a a)uilo. =ensou )ue $damesti(esse caoando dela. Hmediatamente, endireitou o corpo e disse#

: $c!o )ue a procisso est acabando. Ser )ue poderia me le(arpara o !otel, por fa(or?

brao dele apertou'a ainda mais.

: nde fica o !otel? o outro lado do la"o? *o (ai (oltar para l!o1e. G imposs(el. G mel!or (ir para casa comi"o.

Miranda respirou fundo. som dos tambores a esta(a deixando

tonta. *a (erdade, tin!a se sentido um pouco embria"ada pelasfesti(idades. E a"ora a excitao da noite esta(a se acabando. @ueria(oltar para o !otel, encontrar'se com as outras "arotas, deitar'se eter uma bela noite de sono. Mas, ao mesmo tempo, )ueria con!ecer maisa)uele estran!o !omem loiro, )ue parecia um deus, com o brao emtorno da sua cintura.

: *o creio )ue (oc9 possa me a1udar : murmurou. : Eu mesma

encontro o camin!o de (olta, se me deixar perto da ponte.: Min!a )uerida, de(ia ter pensando nisso antes+ *o pode sair

assim so3in!a pela noite. $"ora (ai ter de a"Centar as conse)C9ncias+

: @ue conse)C9ncias?

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: =assar a noite em min!a compan!ia : respondeu ele, comousadia. : =ense em como esta(a se sentindo )uando a pes)uei damultido. @uer ser de(ol(ida a ela? 0om toda a fran)ue3a...

Miranda preferiu no lembrar'se dos momentos de p


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: Estou : ele respondeu, com firme3a. : E pretendo le('lacomi"o. =ortanto, se1a boa3in!a e fi)ue )uieta. $s mul!eres falamdemais+

: %alam demais sobre o )u9?

Miranda sentiu a respirao )uente em seu rosto. Mais uma (e3perturbou'se com o contato dele. Esta(am muito prximos um do outro.

: Espero )ue descubra lo"o, lo"o. $o menos antes de en(el!ecer+

Ela se (irou para ol!'lo. $ ima"em de um deus descon!ecido epa"o persistia.

: Dal(e3 eu 1 saiba : respondeu, i"norando o ol!ar irKnico de

$dam %er"uson.Esta(am (oltando para o templo da sa"rada rel)uia. perfume de

incenso e mirra se mescla(a com o aroma doce do 1asmim. $ multido1o"a(a suas oferendas no templo. Muitas "uirlandas de floresenfeita(am as escadarias por onde a urna de (idro passaria.

/ou(e um minuto de profundo respeito e sil9ncio, en)uanto odente era transportado. Lo"o depois, o burburin!o recomeou.

: @ue pena )ue acabou : lamentou Miranda. : Deria tirado fotosmuito mel!ores se soubesse o )ue ia acontecer.

: =oder (oltar aman!. Miranda se encol!eu.

: 0om (oc9?

: Mel!or do )ue (ir so3in!a.

: !, mas no (ai dar : ela se apressou em responder. : Demosum pro"rama a cumprir. J escol!emos a maioria dos lu"ares e ! muitotrabal!o a fa3er na preparao das fotos. Derei )ue estar de (olta no!otel antes do caf da man!.

: >eremos.

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: *o (eremos nada+ Estou di3endo )ue de(o estar l aman!cedin!o+

$dam apertou os ps descalos no pescoo do elefante, sorrindo.

: Ser uma bela camin!ada se eu no a le(ar. Der de comear aandar ainda !o1e...

: Mas claro )ue (ai me le(ar+ : sil9ncio a desnorteou. : *o(ai?

: Dal(e3.

$ elefanta se (oltou de(a"arin!o e Miranda pKde obser(ar oslon"os clios do animal.

: 0omo, tal(e3+ : per"untou, recobrando a ra3o. : 0laro )ue (aime le(ar+ =or )ue no o faria?

: Eu a trarei de (olta para a procisso 4 noite, certo? 2m dia amais ou a menos... )ue importa?

: Meus dias pertencem a meus patr-es+

: =or en)uanto. Sabe )ue no ser sempre assim, no ? =or )ue

no d o dia de aman! para mim?Miranda sentiu'se tentada. =oderia ser o dia mais lindo de sua

(ida... mas no seria prudente. Din!am pouco tempo para completar otrabal!o na il!a.

: *o posso.

: @uero con!ec9'la mel!or, Miranda Wade+

=or )u9? =or )ue $dam %er"uson tin!a se sentido atrado por elato rapidamente? Seria por)ue ele sempre alcana(a o )ue )ueria?

: Den!o de trabal!ar : repetiu.

Eles des(iaram'se do camin!o )ue se"uiam, entrando numatra(essa menor. $ elefanta comeou a trotar, contente por se (er li(redo passo lento da procisso.

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: eixe'me descer : pediu Miranda, ao a(istar uma rua )uepensou recon!ecer.

Mas $dam limitou'se a apressar o passo da elefanta, forandoMiranda a se a"arrar nele para no cair.

Somente nos subBrbios da cidade foi )ue o animal parou. $dam%er"uson saltou !abilmente, a1udando Miranda a descer. %oi at acamin!onete )ue !a(ia estacionado ali mais cedo e tocou a bu3ina comimpaci9ncia. Se"undos depois, al"umas pessoas sur"iram correndo. $maioria dos !omens pareciam ser dr(idas po(o )ue tin!a sido tra3idodo sul da ndia para trabal!ar nas planta-es de c! durante acoloni3ao britamos ter de nos apertar um pouco, mas isso fa3parte da a(entura, no ?

Miranda ol!ou para o sorriso c!armoso com suspeita.

: =referia (oltar para meus ami"os.

: >oltar )uando c!e"ar a !ora. Entre, Miranda, se1a boa3in!a,seno essas pessoas (o pensar muito mal de, (oc9. Hma"ine, discutircom um !omem, ao in(s de obedecer direitin!o, como toda mul!er+

Miranda abriu a boca para responder, indi"nada, mas ele a a"arroupelo coto(elo. e repente, ela se (iu sentada no banco do carro.

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: Sente'se ao meu lado : ordenou $dam.

s trabal!adores subiram no (eculo com "rande bom !umor.Empurraram as mul!eres e as crianas para a carroceria e depoisdisputaram um espao no banco da frente, 1unto de Miranda. $l"uns se

a(enturaram no teto, outros nos estribos. e(ia !a(er mais de)uarenta pessoas penduradas na camin!onete.

: =or )ue no me deixa (oltar para o !otel? : per"untou Miranda,impaciente.

: J falamos sobre isso, min!a )uerida. *unca atra(essaramos aponte. *o )uer (ir comi"o?

: *o+ Ele sorriu.: *o (ou deixar )ue nada l!e acontea. *in"um (ai l!e fa3er

mal al"um+

: $c!o )ue temos idias diferentes )uanto 4 expresso Ifa3ermalI : comentou ela secamente.

Esta(a escuro demais para (er a expresso de $dam, mas Mirandasentiu a tenso )ue dele se desprendia e, para sua surpresa, uma ondade calor correu por seu prprio corpo. Seu corao acelerou'se. =ormais )ue tentasse no conse"uia afastar a ima"em do deus )ue seformara em sua mente, da)uele corpo dourado sob a lu3 das toc!as.$inda sentia o brao dele se"urando'a pela cintura. Escutou'o rir.

: @ual a "raa?

: >oc9 : respondeu $dam prontamente. : @ue bela profissional

de(e ser... nem per"untou pela c


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CAPITULO II

Miranda nunca tin!a (isto nada parecido com a casa para a )ual$dam %er"uson a le(ou, embora l!e soasse ridculo o nome com )ue era

c!amada# ban"alK.: 2m palcio seria a descrio correta+

: $c!ei )ue "ostaria : falou $dam, sorrindo.

Ele a obser(ou en)uanto explora(a a sala de estar. i(ertiu'secom sua falsa indiferena. *a (erdade, Miranda esta(a mara(il!adacom as sedas indianas )ue forra(am os sofs e as poltronas : todos demadeira ental!ada, com um perfume prprio )ue inunda(a o ambiente.

*um lado da sala, !a(ia uma coleo de elefantes. $l"uns demarfim, outros de madeira, pesadamente a1ae3ados. Miranda seaproximou para examin'los mel!or. *otou os mais di(ersos tipos#sofisticados, luxuosos ou mesmo "rosseiros, mal pintados, encontradosem )ual)uer lo1a turstica de Sri Lanka. Dal(e3 $dam os ti(esse desdecriana.

>irou'se para per"untar'l!e e (iu )ue ele a encara(a.

Seus ol!os claros a obser(a(am atentamente. @uando o c!amou,ele deu um passo 4 frente, entrando exatamente no crculo de lu3 )ueilumina(a os elefantes. %oi a primeira (e3 )ue Miranda o (iu sob lu3forte.

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$s lin!as da)uele rosto demonstra(am uma personalidade forte,marcante. $ boca era "rande e sensual. Ela sentiu'se constran"ida. *ode(ia ser a primeira mul!er )ue $dam %er"uson con(ida(a para passar anoite em seu ban"alK.

*ele pe"ou um dos elefantes menores, incrustado com pedraspreciosas, e colocou'o na palma da mo dela.

: 2ma lembrana de *ellie, a elefanta. =ara no es)uecer opasseio )ue fe3 em seu lombo. *o, no o de(ol(a 4 prateleira. @uero)ue o le(e+ =on!a na bolsa.

: Mas muito (alioso+ : exclamou Miranda, atKnita. : *o )ueroreceber esse presente... mal o con!eo.

Miranda recolocou o elefante no lu"ar. $dam fran3iu a testa.

: Deremos muito tempo para nos con!ecer... Mas, 1 )ue assim,)ue tal escol!er um outro, por en)uanto? @ual deles (oc9 aceitaria?

Miranda pe"ou um minBsculo, pintado de (erde, com a ponta datromba )uebrada.

: Este a)ui.

: 2m dos meus fa(oritos. Embaraada, ela )uis de(ol(9'lo.

: !, ento pe"o um dos seus irmos.

: 2m brin)uedo pintado?

: Sim, por fa(or.

: *o muito exi"ente, ?

Miranda (iu'o dar um passo em sua direo. %icou perturbada.: *a (erdade, no )uero )ue me d9 nada : admitiu, um pouconer(osa. : %oi muito bondoso por ter me tra3ido para sua casa e...

: 6ondoso? : interrompeu $dam.

: *o foi?

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s ol!os dele a mediram de cima a baixo apreciati(amente.

: / uma absurda falta de pessoas como (oc9 em Sri Lanka :disse ele, sorrindo maliciosamente. : =or )ue eu no de(eria meapro(eitar de um presente )uando me oferecido do cu?

Miranda cerrou os pun!os.

: $c!o )ue cometeu um en"ano+ Sou uma mul!er liberada, )ue"an!a seu sustento e dona do prprio nari3. Eu tomo min!as decis-es+

Ele continuou impass(el. Miranda mexeu nos elefantin!osner(osamente, pois no sabia onde pKr as mos. Seus cabelos carampara a frente, escondendo o rosto. @uando $dam esticou o brao para

afast'los, ela se es)ui(ou num pulo, como se ti(esse le(ado um c!o)ue.: )ue foi?

: Sabe muito bem : murmurou ela, com (o3 abafada. : Eu node(eria estar a)ui. *o de(ia ter (indo. e(ia ter insistido at )ue (oc9me le(asse para o !otel+ Den!o trabal!o a fa3er de man!+

: Dirar al"umas fotos?

: Se )uiser, isso a# tirar al"umas fotos : respondeu Mirandasecamente.

: G boa nisso?

: Sou. $inda ten!o muito )ue aprender, mas no teria sidocontratada para esse trabal!o se no ti(esse um currculo ra3o(el.

s ol!os dele bril!aram.

: E o )ue fa3 para se di(ertir?

: di(ertimento (em depois. 6em depois.

: *o pode ter tanta certe3a disso.

Miranda endireitou os ombros. %itou'o diretamente nos ol!os.

: Estou certa do )ue di"o.

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$s mos dele a a"arraram pelos ombros impiedosamente.

: Dal(e3 a"ora mude de idia : disse em (o3 baixa, a respirao)uente no rosto dela.

Miranda no pKde e(itar um estremecimento. Seu rosto pareciaarder. &e3ou para )ue ele no ti(esse notado. $dam puxou a cabeadela contra o peito e Miranda sentiu o contato spero dos p9los loirosem sua pele. Era !ora de protestar, sabia, mas de al"uma forma noconse"uia encontrar pala(ras. sil9ncio )ue caiu sobre eles foi total eela no te(e cora"em de )uebr'lo.

Ele se"urou'a pelo )ueixo, er"uendo'l!e a cabea. Miranda soltouuma exclamao contida )uando a boca de $dam desceu sobre a sua,)ue se entreabriu imediatamente.

J tin!a sido bei1ada antes, mas no da)uela maneira. Sentiu'sedominada pelas emo-es. 0olocou as mos contra o peito de $dam, coma inteno de empurr'lo para lon"e, mas a sensao dos fortesmBsculos a deixou excitada. Sem perceber o )ue esta(a fa3endo,er"ueu os braos 4 (olta do pescoo dele e o abraou com fora.

: $"ora di"a'me )ue )uer (oltar para o !otel+ : exclamou $dam,triunfante.

Miranda abriu os ol!os, assustada por a)uelas pala(ras. Ser )ueele esta(a certo? *o+ *o de(ia estar+ Ela no poderia permitir )uea)uilo fosse (erdade+

: >oc9 no compreende : disse, afastando'se dele. $dama"arrou'a pela cintura e puxou'a de no(o para o crculo de ao de seus

braos.: )ue espera(a )ue acontecesse )uando (eio para c?

: *o sei. *o ti(e muita escol!a, ti(e? =edi para )ue me le(assede (olta ao !otel, mas (oc9 nem tomou con!ecimento+ $lis, me fe3 (ir+

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: %i3 mesmo. Mas no ac!ei )ue se importasse, Miranda Wade.@uer estar comi"o da mesma maneira )ue )uero estar com (oc9.

Era (erdade? Ser )ue realmente dese1a(a ter (indo para oban"alK?

: Ento? : per"untou ele.

: %oi a procisso, o barul!o, as cores e... e tudo+ e(o ter perdidoa cabea. Mas estou bem sbria a"ora e sei )ue )uero (oltar para o!otel nesse minuto+

$dam apontou para um telefone.

: Delefone para seus ami"os, se )uiser, mas a)ui )ue (ai passar

a noite, srta. Wade. : i3endo isto, saiu.Miranda li"ou o aba1ur ao lado do telefone com as mos tr9mulas.

$ lista telefKnica era (el!a e "asta, com (rias p"inas faltando. =orfim, encontrou o nBmero do !otel. iscou cuidadosamente. $ recepolo"o atendeu e ela se identificou.

: $ madame dese1a falar com o sr. FArad8? : per"untou orecepcionista polidamente.

: Sim, por fa(or : confirmou Miranda.

: 2m momento.

momento demorou minutos intermin(eis.

: $lK+ $inda est na lin!a, madame?

: Sim.

: sr. FArad8 1 se recol!eu. e(o c!amar outra pessoa de suaexcurso?

: *o. : Ela suspirou. : Estou no ban"alK do sr. $dam %er"uson.Ser )ue o sen!or poderia mandar al"um (ir me buscar?

recepcionista emitiu um som impaciente e depois disse#

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: *o sabe o )ue est pedindo, madame. Eu poderia mandar umtxi em )ual)uer outra noite, mas !o1e no poss(el. G a poca da"rande =era!ara de 7and8 e as ruas estaro blo)ueadas at de man!. sr. %er"uson com certe3a compreender a sua situao e a receber

como !spede esta noite. irei ao sr. FArad8 onde est, lo"o cedo.6oa noite, madame.

telefone foi desli"ado.

: Esse sr. FArad8 est preparando a armadura para (ir res"at'la? : caoou $dam, (oltando para a sala.

: *o, no est+

Miranda sentiu (ontade de atirar'se sobre a)uele !omem sereno.0errou os pun!os instinti(amente. Esta(a furiosa.

: Encare a (erdade, Miranda, no (ai (oltar para o !otel estanoite.

: >ou : respondeu ela, irritada. : *em )ue ten!a de ir a p+

Ele pKs o brao em torno de sua cintura e puxou'a para si.

: $c!o )ue no, min!a )uerida. >ai ficar a)ui comi"o, )uer )ueira,)uer no. $c!o )ue )uer, na (erdade. >oc9 1antou antes de sair para a=era!ara?

: *o estou com fome.

: >ou pedir 1antar assim mesmo : comentou ele, rindo. : Dal(e3adoce o seu temperamento.

: *o conte muito com isso+

s ol!os dele esta(am 3ombeteiros e bril!antes.': o )ue est com medo, Miranda Wade? *unca este(e so3in!a

com um !omem antes?

Miranda mol!ou os lbios. *o sabia como responder.

: *o a noite inteira.20


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Ele er"ueu a sobrancel!a, mas no disse nada.

: *o (ou ficar : repetiu Miranda, 3an"ada. =assou por elecorrendo, procurando a porta da frente, mas $dam se"urou'a comfirme3a, forando'a mais uma (e3 a ficar im(el entre seus braos.

: *o to depressa, Miranda. =rimeiro 1antaremos, depois )uero)ue con!ea al"um.

: Sua mul!er?

: *o, no min!a mul!er, mas uma sen!ora# sra. %orster. Hsso afa3 sentir'se mel!or para ficar a)ui?

Miranda ol!ou'o de lado, desconfiada.

: Essa sra. %orster no (ai comer conosco?: *o. =refere ficar em seus aposentos.

corao de Miranda batia fortemente. a)ui a pouco ele (aiou(i'lo, pensou ela, alarmada com a onda de excitao )ue percorriasuas (eias. Sentiu o dese1o crescer e se expandir dentro do sil9ncio)ue se alon"a(a.

$dam condu3iu'a com o brao at uma cadeira, onde a acomodou.Em se"uida, correu os dedos pelos cabelos dela.

: *e"ros como a noite : obser(ou. : muito bonita, Miranda.Sabia disso?

: *unca pensei no assunto : respondeu ela desa1eitadamente,baixando os ol!os cin3entos.

: E nunca l!e disseram? *unca se apaixonou por al"um?

Miranda (oltou os ol!os para o rosto dele.

: *o, ainda no me apaixonei : respondeu, com simplicidade. :*o ti(e tempo para pensar nisto. 2m dia, )uando fi3er todas as coisas)ue ten!o em mente...

: Eu poderia mudar sua opinio, Miranda. )ue ac!a?21


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: *o sabe nada sobre mim : protestou ela, de imediato.

: suficiente.

Ela sacudiu a cabea ne"ati(amente.

: *o, no sabe. Esta a primeira "rande c!ance )ue ten!o depro(ar a mim e ao mundo )ue posso fa3er um belo trabal!o. =or )ue1o"aria tudo pela 1anela? Aostaria de fa3er um li(ro de foto"rafia. 2mli(ro sobre Sri Lanka. Mas a "ente tem )ue sobre(i(er, no mesmo?=or isso me tornei fot"rafa de moda. Den!o um 1eito de fa3er com )uetodas as roupas foto"rafadas fi)uem bonitas.

$dam %er"uson fitou'a, pensati(o.

: 2m li(ro sobre Sri Lanka? e onde tirou essa idia?: G o lu"ar mais lindo )ue 1 (i : afirmou ela, entusiasmada. :

$doraria poder dar meu testemun!o de tudo o )ue (i a)ui.

: Ento, por )ue no o fa3?

: $inda no estou pronta.

: @uem disse isso?

: Eu.$dam sentou'se no brao da poltrona.

: *o ac!a )ue est pronta a partir do momento em )ueconsidera a possibilidade de fa3er o li(ro?

Ela sacudiu a cabea.

: Den!o de terminar meus contratos primeiro. Estou aprendendo

o tempo todo. @uando ti(er experi9ncia para fa39'lo, ten!o certe3a de)ue sair um trabal!o mel!or e mais maduro.

Ele correu o dedo pelo rosto de Miranda, delineando'o comsensualidade e fa3endo'a estremecer.

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: =osso falar com o sr. FArad8 aman! cedo para )ue a dispensepor um dia?

: *o+ : ela explodiu. : Ele l!e dir exatamente o )ue estoudi3endo a"ora# ten!o de trabal!ar aman!, depois e i"ualmente no dia

se"uinte+ epois de(o (oltar para a Hn"laterra e cumprir outroscompromissos+

: $c!o )ue poderia persuadi'lo a deix'la a)ui comi"o.

: 0laro )ue no+

$dam desabotoou o primeiro boto da blusa dela, num "esto tonatural )ue Miranda )uase no notou. S depois )ue sentiu o calor de

seus dedos na pele.: =or )ue no? : per"untou ele. : *o )uer ficar?

Ela en"oliu em seco. dese1o ameaa(a tomar conta de seu bomsenso. 0om um puxo, abotoou a blusa.

: *o sei nada sobre (oc9+ Ele sorriu com cinismo.

: Sabe ao menos uma coisa. $ssim como sei uma a seu respeito...

Miranda er"ueu os ol!os para ele, numa interro"ao muda. )ueesta(a )uerendo di3er?

: Eu a )uero. E (oc9 tambm me )uer. Soube disso desde oprimeiro instante, )uando *ellie a tirou da multido. Dambm sentiu omesmo, no foi, Miranda?

Ela )uis e(itar a resposta, mas no podia ficar al!eia ao to)ue)uente da)ueles dedos em seu pescoo, ao contato macio brincando com

o lbulo de sua orel!a. dese1o c!e"a(a a se transformar em dor peloseu corpo. @ueria (irar o rosto e pousar a cabea na)ueles braos,como se seu Bnico lu"ar no mundo fosse l.

: Miranda : murmurou $dam, com os lbios sobre os dela.

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Se admitisse a (erdade, ela estaria perdida. %ec!ou os ol!os e aboca bem apertados e soltou'se dele.

: eixe'me, por fa(or : implorou, num sussurro.

Ele a i"norou. Sua boca foi "entil e sensual contra a dela.

Miranda abriu os lbios naturalmente, como se no ti(esse outracoisa a fa3er. @ueria a)uele bei1o e poder sentir a respirao dele seconfundindo com a sua.

: !, $dam.

Ele soltou'a com relut


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$ mul!er no disse mais nada, mas o modo pelo )ual ol!ou paraMiranda deixou'a curiosa. @uem seria a sra. %orster? @ue tipo derelacionamento teria com $dam %er"uson?

: Se a sra. %orster preferir comer conosco : comeou Miranda

timidamente :, ac!o...: Eu disse no : cortou $dam, indi"nado. : Esta N ainda a

min!a casa+ : E se (oltou para a mul!er cin"alesa. : $ srta. Wade (aificar esta noite. : $ procisso impediu'a de (oltar para o !otel.

: Entendo. e(o preparar um )uarto? $dam fe3 )ue sim com um"esto de cabea.

: E encontre al"uma coisa para ela usar de noite tambm.: Sim, sr. %er"uson.

$dam esperou at )ue ela se retirasse. Seus lbios esta(amcerrados.

: Ento? Est se sentindo mais se"ura, sabendo )ue ! mesmomais "ente na casa?

: @uem a sra. %orster?: $ patroa dessa mul!er : respondeu ele, com mau !umor.

Miranda ficou atKnita.

: Mas se essa casa pertence a (oc9...

: Ela tem um certo direito de estar a)ui : disse $dam,encol!endo os ombros. : Mas no deixe )ue a presena dela aaborrea. J incomoda a mim o suficiente.

: 0ompreendo : disse Miranda, mentindo. *o compreendiaabsolutamente nada.

Era mel!or no fa3er mais per"untas, por mais curiosa )ueesti(esse.

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$dam parecia no ter a menor inteno de falar sobre a sra.%orster com ela. %oi at um pe)ueno armrio de madeira, num canto dasala, e pe"ou uma "arrafa de arrack. $rrack era uma bebida feita docaldo da flor de coco.

: J tomou a bebida tpica da)ui?: S )uando est bem disfarada com suco de frutas :

respondeu Miranda, sorrindo.

$dam preparou'l!e um drin)ue. Enc!eu o copo at a metade comsuco de laran1a, depois colocou arrack e entre"ou'l!e. *a borda docopo, !a(ia posto aBcar. =reparou outro i"ual para si e fe3 um brindesilencioso.

Miranda tomou um "ole. $c!ou a bebida bem mais forte do )ueespera(a e )uase en"as"ou.

*um se"undo $dam esta(a ao lado dela, sorrindocomplacentemente.

*er(osa, Miranda tomou outro "olin!o, e mais outro. Ele pareciaperi"osamente alto e poderoso ali, de p, a seu lado, com todo o

comando da situao.: Sr. %er"uson, ainda no l!e a"radeci...

: Mas, na (erdade, no est muito "rata, est?

: *o : concordou ela. : @uer di3er... estou, de certa forma.Estaria mais contente se ti(esse ido para o !otel.

: Mentirosa+

: Sr. %er"uson+: 0!ame'me $dam : disse ele, cur(ando'se sobre ela at suas

testas se encontrarem. : 0!amou'me de $dam muito bem !momentos atrs.

Ela re3ou para no ficar (ermel!a.

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: >ai demorar muito para o 1antar? Ele se er"ueu de no(o,sorrindo.

: =oucos minutos. $ntes disso, Sita (ai l!e mostrar o toalete. !,a est ela.

Sita "uiou Miranda por um corredor comprido. Subiram al"unsde"raus 4 direita e entraram no )uarto.

: >ai saber (oltar? : per"untou a mul!er, colocando uma toal!aseca no ban!eiro ao lado.

: $c!o )ue sim : respondeu Miranda.

Era estran!o como a presena de $dam se fa3ia sentir por toda a

casa. e(ia ser o perfume, a ele"


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c!eiro da comida trouxe a fome de (olta. Ela inspecionou aenorme terrina de arro3 e apro(ou# branco, soltin!o, bem ao seu "osto./a(ia ainda outra tra(essa de prata com carne e curr8, pes feitos emcasa e um c!utne8 de man"a. $ comida do !otel era europia,

industriali3ada, sem "osto, e foi com pra3er )ue se ser(iu da)uelessuculentos pratos.

: Estou contente por (er )ue tantas a(enturas no tiraram seuapetite : obser(ou $dam, en)uanto se ser(ia.

: $doro curr8+ : exclamou Miranda. : $lm disso, descobri )ue(oc9 late mas no morde. *o tem a menor inteno de... de...

: >iolar (oc9? : su"eriu ele secamente.

: G. : Ela colocou uma "arfada de arro3 na boca. Esta(a mel!orainda )ue a apar9ncia. Suspirou, contente, e continuou# : $final, toin"l9s )uanto eu. E tem a sra. %orster+

: *o de(e confiar no meu san"ue in"l9s : a(isou $dam. : Sesti(e duas (e3es na Hn"laterra. Sempre (i(i a)ui, entre outroscostumes e influ9ncias. >oc9 pode estar mais em peri"o do )ue ima"ina.

Miranda estremeceu, mas no se deixou impressionar.: $c!o )ue confio em (oc9 assim mesmo. $dam relaxou no

encosto da cadeira. Seus ol!os tin!am ad)uirido um bril!o ameaador.

: Est apelando para o meu lado bom? G perda de tempo, min!a)uerida. $prendi a aceitar os presentes )ue o destino me d fa3 muitotempo. E )uanto mais cedo aprender esta re"ra, mais feli3 ser pora)ui.

: *o acredito em destino.

: Hsso pode ser muito comum na Hn"laterra, mas em Sri Lankano. Demos nossos mapas astrol"icos traados desde o nascimento.*ossas (idas so or"ani3adas pelas estrelas# )uando e com )uem nos

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casamos, inclusi(e o dia propcio. @uando estamos em peri"o, )uandopodemos (ia1ar, )uando de(emos ficar em casa. Est tudo marcado.

: =ois eu acredito )ue ns fa3emos nosso prprio destino :replicou Miranda. : E assim )ue de(ia pensar+

: =or )u9? %oram as estrelas )ue a trouxeram at mim. =er"untea Sita, se no acredita+

Miranda no sabia se ele esta(a caoando dela ou no.

: Elas podem me le(ar embora de no(o : a(isou.

: =oder escol!er camin!os pouco propcios... Dodas as pessoast9m este direito. Mas a"ora )ue est a)ui, Miranda Wade, no a

deixarei escapar to facilmente.: >ai ter )ue deixar e a primeira coisa )ue (ai fa3er aman!+

Den!o trabal!o+ : exclamou ela, furiosa. J esta(a perdendo apaci9ncia. : *o sei se (oc9 tem )ue trabal!ar ou no, 1 )ue o donoou administrador da fbrica, mas eu sou apenas uma empre"adaassalariada. Den!o coisas a fa3er e )uero fa39'las.

$dam ol!ou'a em sil9ncio por lon"os momentos.

epois, mo(eu a cabea para o lado e seus ol!os a3uis seiluminaram. Miranda te(e a impresso de )ue ele tin!a caoado dela otempo todo. : Dal(e3... : disse ele.

CAPITULO III

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Miranda pKs o "arfo e a faca sobre o prato. Sentia'se maiscora1osa a"ora )ue esta(a bem alimentada.

: Sei o )ue )uero do futuro. Serei uma "rande fot"rafa, desucesso internacional.

: Dal(e3... : disse $dam.

: *o ! nen!um tal(e3 nisso+ Hnsisto e (ou lutar para conse"uir o)ue dese1o.

s ol!os dele, irKnicos, passea(am pelo corpo dela, minando suaautoconfiana.

Ele no tem o direito de me ol!ar assim, pensou Miranda,

indi"nada. $final, ela no l!e tin!a dado moti(o al"um para )ue eleficasse interessado desta maneira. Dal(e3 ol!asse assim para todas as"arotas )ue encontrasse.

: Se souber a !ora exata em )ue nasceu, e o lu"ar e a data, Sitapoder fa3er sua carta. Ser interessante (er o )ue (ai acontecer nofuturo. Se )uiser saber mais, ter )ue consultar o templo. Mas Sitasaber di3er as coisas essenciais.

: *o acredito em nada disso : protestou Miranda.: E nem (oc9+

: *o acredito, nem desacredito. Mas no posso i"norar osmistrios dos astros. *o se de(e (i(er no riente sem estar atento aeles.

Sita foi c!amada. $dam pediu )ue fi3esse uma carta astrol"ica

simples de Miranda, ao )ue a empre"ada concordou imediatamente. Elase sentou 4 mesa e comeou a desen!ar os smbolos, conforme asinforma-es )ue Miranda ia l!e dando.

: $ sen!orita nasceu em maio? 2m m9s muito afortunado, aindamais na lua c!eia. %oi na lua c!eia )ue 6uda nasceu, e depois foiiluminado. Dambm foi a poca em )ue morreu. G um perodo em )ue

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nascem mais beb9s do )ue o normal. G como as mars# a lua puxa'os dasmes. Dem "rande influ9ncia sobre ns.

%ala(a com tanta con(ico )ue Miranda ficou interessada pelacarta )ue esta(a fa3endo.

: *asci minutos depois da meia'noite.

$ mul!er assentiu, com um "esto de cabea.

: >ai ser difcil fa3er essa carta por)ue a sen!orita nasceu naHn"laterra. $s estrelas esto em posio diferente das da)ui.

: Hsso importa?

Sita ol!ou'a como se ela a esti(esse desrespeitando.

: 0laro )ue importa+ : respondeu, com impaci9ncia.

Saiu depressa e minutos mais tarde reapareceu, carre"ando umli(ro usado. epois de consult'lo di(ersas (e3es, desen!ou um mapasatisfatrio.

: S posso l!e contar os acontecimentos principais : murmurou.: s mon"es sero capa3es de completar a interpretao. : $notou

al"uns desen!os rapidamente.: Maio um m9s afortunado para se nascer, e a sen!orita ser

feli3 se souber escol!er o camin!o.

: Serei uma fot"rafa famosa? : )uis saber Miranda.

Sita fun"ou.

: *o importante. Dal(e3 sim, tal(e3 no. epender de outra

pessoa, tanto )uanto da sen!orita. *o camin!ar so3in!a, a menos )uedese1e en(el!ecer e tornar'se amar"a antes do tempo. e(er sesu1eitar a al"um, e nisso reside sua felicidade. Mas a escol!a ser sua.

$dam riu.

: 0omo E(a, ser subordinada a $do. Miranda sentiu'seultra1ada, 1 )ue $do coincidentemente era traduo do nome $dam.

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: )ue )uer di3er?

: 0omo os animais : explicou ele inocentemente.

: *o se lembra de )uando desfilaram em frente a $do e ele foidando os nomes de cada um? epois disso, subordinaram'se a ele.

: >oc9 no me deu nome al"um+ : Ela explodiu.

: $inda no.

Miranda per"untou'se o )ue ele estaria insinuando, mas c!e"ou 4concluso de )ue era mel!or no pensar muito.

: *o ac!o nada en"raado.

Danto $dam )uanto Sita sorriram, imperturb(eis, diante da suaexpresso indi"nada.

: Est escrito nas estrelas : murmurou $dam.

: 6oba"em+

Sita empurrou a carta para Miranda.

: >e1a+ )ue eu disse (erdade. bser(e onde os planetas estocolocados+

: *o )uero+

Sita ficou atKnita. $dam fe3 sinal para ela se retirar. $ mul!erfran3iu a testa e saiu com toda a di"nidade.

: *o ti(e inteno de ofend9'la : explicou Miranda depois )ueela tin!a sado :, mas isso tudo boba"em.

: >oc9 no )uer acreditar?

: *o+

$dam ol!ou'a, di(ertido.

: =arece )ue )uem ficou mais ofendida foi (oc9, e no Sita. =or)u9?

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Mas os dois sabiam por )u9. Ela podia ler a resposta na)uele parde ol!os a3uis 3ombeteiros. Esta(a aborrecida por)ue temia )ue Sitati(esse realmente ra3o. @ue, de al"uma maneira, totalmente fora deseu controle, $dam exercesse sobre ela a atrao de um m

irresist(el, puxando'a para si.: *unca de(eria ter (indo+ Sabia )ue era um erro.

: Mas assim mesmo (eio : lembrou $dam, le(antando'se. :$le"re'se, Miranda, estar de (olta ao trabal!o aman!.

: Estarei? : Ela suspirou. : Espero )ue sim. Esse empre"o acoisa mais importante )ue 1 aconteceu em toda a min!a (ida e no)uero perd9'lo+ =or fa(or, no estra"ue tudo+

$dam se"urou'a pela mo e puxou'a para se le(antar. s doisficaram bem prximos.

: $c!o )ue est na !ora de (oc9 ir para a cama.

: So3in!a+

Ele er"ueu uma sobrancel!a, deixando'a perturbada pelo arcaosta.

: Min!a )uerida, no mel!or esperar at ser con(idada?

Miranda corou. =uxou a mo com um safano, escondendo'a atrsdas costas num "esto infantil. Hrritada, disse#

: >oc9 e Sita disseram )ue eu no teria escol!a...

: E tem?

: 0laro )ue ten!o+ >olto para o !otel aman! e nunca mais o (erei.

Ele sacudiu a cabea ne"ati(amente.

: Eu )uero (oc9, Miranda Wade.

: Dem a sra. %orster+

: Mas (oc9 )ue eu )uero+

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Miranda tin!a (ontade de sair correndo para o )uarto, mas nosabia )ual deles era o seu. Era mel!or no se arriscar a passar ridculo.e repente poderia entrar nos aposentos da sra. %orster... *o sabiadireito )uem era essa mul!er, nem o )ue ela representa(a na)uela casa.

: Estou cansada. >ou me deitar.: 0omo )uiser. $ceita uma bebida )uente antes de deitar?

: *o, obri"ada.

s ol!os de $dam se apertaram.

: @uer al"uma outra coisa?

Ela )ueria )ue ele a tomasse nos braos e a bei1asse de no(o, )ue anoite nunca terminasse, )ue ficassem 1untos para sempre.

=rendeu a respirao.

: Estou cansada. @uero ir para a cama... so3in!a.

: ra, Miranda+ : caoou ele. : @uanto tempo (ai ficar seen"anando?

: tempo )ue for necessrio.

rosto dele esta(a to prximo )ue ela sentia a respiraoacariciando sua pele outra (e3.

: *o )uer dormir em meus braos e ser amada por mim? :murmurou $dam roucamente.

: *o seria amor. Mal o con!eo.

: 0aretin!a... : ele a repro(ou, passando o dedo no rosto dela. :

o )ue est com medo?: e nada+ *o ten!o medo de (oc9+

: *o? G de (oc9 ento?

$)uilo esta(a perto da (erdade. Miranda no ousou protestar.

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: *o sou desse tipo de pessoa. Den!o min!a carreira, meutrabal!o. epois, mais tarde, )uando )uiser me casar...

: >oc9 no se con!ece, min!a )uerida : interrompeu $dam,se"urando'a pelo )ueixo. : $ sua carreira 1 a trouxe at a)ui, para me

encontrar.Miranda )uis fu"ir, mas seu corpo se recusa(a a obedecer 4 ra3o.

Sentiu'se a"arrada pela cintura e puxada contra a)uele peito (iril.

: *o (ai me dar um bei1in!o de boa'noite? Embria"ada pelaproximidade dele, ela sentiu o san"ue correr com fora pelas (eias. Haresponder, mas nen!uma pala(ra saiu. $o in(s disso, a boca de $damdesceu sobre a sua num bei1o lon"o, (iolento, )ue a deixou sem fKle"o.>iu seu prprio corpo se moldando ao dele, como se fosse para isso )ueexistisse. Sua resist9ncia se desmanc!ou )uando ele a apertou aindamais. Estremeceu de pra3er e se entre"ou totalmente ao abrao.

$s mos de $dam exploraram suas costas, as cur(as macias dosseios, a cintura fina. Miranda cra(ou os dedos na nuca dele,acariciando'o com fer(or. 2m lon"o tempo se passou at )ue ele asoltasse.

: 6ei1a muito bem : disse ele, com um sorriso. : 2m pouco deprtica e !omem al"um pedir mais+

Ela mordeu o lbio inferior.

: $inda bem, por)ue no l!e daria mais mesmo.

: Dal(e3 no ten!a escol!a : a(isou $dam. Miranda piscou, tontapela (ontade de (oltar para a)ueles braos.

: *unca tin!a bei1ado nin"um assim antes...

: Sempre ! uma primeira (e3. Ela sentiu )ue ia c!orar.

: >oc9 no compreende? *o posso enfrentar uma situao comoessa+

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: Miranda, meu amor, tal(e3 no ten!a escol!a. >oc9 linda+ Gestran!o )ue no ten!a experi9ncia nessas coisas, 1 )ue o mesmo nopode ser dito de mim+

$ sra. %orster+ Dudo se torna(a claro# ela no di(idia somente a

casa com ele, mas tambm a cama.Miranda soltou'se dos braos dele com esforo.

: Den!o min!a prpria (ida, sr. %er"uson, e esses 1o"uin!osle(ianos e srdidos no fa3em parte dela+

: Srdidos?

: )ue estou )uerendo di3er )ue no sou do tipo de me

en(ol(er em casos de amor ou coisa parecida.: =rincipalmente coisa parecida? : 3ombou ele.

: Sim. Estou imune aos !omens no momento. =refiro ficar com afoto"rafia.

Ele riu alto, deixando'a desconcertada.

: Se est imune : per"untou secamente :, por )ue fica to

ner(osa comi"o, srta. Wade? $ceite os fatos, min!a cara. G bonitademais para ser deixada em pa3 pelos !omens. mel!or seria procurarum )ue a prote"esse dos demais...

: =osso cuidar de mim mesma+

: Se dese1a ir para a cama so3in!a, no me tente a pro(ar )ueest errada, Miranda. @uer dormir so3in!a, no )uer?

: @uero+

s ol!os dele se acenderam peri"osamente. Miranda sentiu aspernas balanarem. Seu corao batia apressado.

: >amos (er como (ai se sentir de man! : disse ele calmamente.: *o )uero )ue (en!a a 1o"ar na min!a cara )ue me apro(eitei de um

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momento de fra)ue3a. *o (ou permitir isso, mesmo com a (ontade )uesinto de tom'la nos braos.de no(o. >en!a, eu l!e mostro o )uarto.

Miranda no soube como conse"uiu se recompor e se"ui'lo peloslon"os corredores )ue saam da sala de estar.

@uando c!e"aram ao )uarto, no tin!a a menor idia do camin!o)ue tin!a percorrido, pois esta(a muito absor(ida pelos prpriospensamentos. Ser )ue $dam poderia mesmo persuadi'la a re(elar seus(erdadeiros sentimentos, fa3endo com )ue ela se deixasse sedu3ir?Era pro((el )ue sim. Dal(e3 ele esti(esse certo sobre tudo o )ue tin!afalado a seu respeito, mas o mel!or era no se preocupar e es)uecera)uilo tudo.

)uarto c!eira(a a madeira polida. $ cabeceira da cama era alta,toda ental!ada. Linda+ c!o tin!a sido encerado at bril!ar. $scortinas e a colc!a eram de batik, em tons )uentes e tropicais.

: @ue tal? : per"untou $dam.

: G perfeito. Dem uma casa mara(il!osa, sr. %er"uson, e sabemuito bem disso.

Ele sorriu.: Dal(e3 se1a por isso )ue eu sinta falta de uma mul!er

mara(il!osa# para combinar.

: E a sra. %orster?

$dam foi at as 1anelas e as abriu. som dos "rilos e dospssaros enc!eu o ambiente.

: $ sra. %orster no me pertence : respondeu ele, mo(endo'seem direo 4 porta.

: Hsso fa3 diferena?

$dam parou e se (oltou. Miranda (iu o rosto forte, bonito, eestremeceu.

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: 6oa noite, Miranda.

: 6oa noite, sr. %er"uson.

: $dam : corri"iu ele sua(emente, fec!ando a porta atrs de si.

$ssim )ue deitou a cabea no tra(esseiro, Miranda pe"ou no sono.$inda dormia )uando Sita trouxe um copo de suco de laran1a de

man! cedo e anunciou )ue o caf seria ser(ido na (aranda, dali a meia!ora.

: @ue !oras so? : per"untou Miranda, boce1ando.

: @uase sete. sr. %er"uson disse )ue precisa(a sair cedo.

: Sim, preciso. Ser )ue (erei a sra. %orster antes de sair?$ expresso de Sita no mudou.

: $ sra. %orster no se interessa pelos con(idados do sr.%er"uson. Ela est a)ui a ne"cios, para (er o plantio.

Miranda apoiou'se num coto(elo.

: *o o sr. %er"uson )ue super(isiona? $ sra. %orster aproprietria da fbrica?

: marido dela ...

: Ele est a)ui tambm? : per"untou Miranda, recriminando'sepor no ter pensado )ue de(ia existir um sr. %orster tambm.

Sita sacudiu a cabea ne"ati(amente.

: Ele nunca mais (eio para c : falou, des"ostosa. : Hsso deixa asra. %orster muito infeli3. Ele di3 )ue no tem nada a (er com o c! )ue plantado a)ui.

: Ela cresceu em Sri Lanka?

: Sim, com o sr. %er"uson.

: Juntos?

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: Sempre foram ami"os : falou Sita, surpresa por Miranda nocon!ecer seus patr-es. : >ai saber encontrar o camin!o at a(aranda?

Miranda fe3 )ue sim com um "esto de cabea. Sentia'se bem mais

confiante, a"ora )ue a noite rom


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: $doraria (9'lo... para tirar fotos : completou rapidamente.

: Se me der um bei1in!o de bom'dia, eu a le(o.

: *o, obri"ada.

s ol!os dele se iluminaram, di(ertidos.: 0o(arde+ : ele acusou'a.

: e modo al"um+ : ne"ou ela, com toda a di"nidade. : $penasuma "arota empre"ada, ocupada com um trabal!o.

: !, sim : caoou $dam :, sabia )ue (oltaramos a bater namesma tecla+

Miranda sentou'se numa das cadeiras de pal!a para obser(ar apaisa"em.

: %oi o )ue me fe3 (ir at o Sri Lanka. Aosto do meu trabal!o.

: Hsso o )ue di3. u(ido )ue o considere suficiente por muitotempo : ar"umentou $dam, sentando'se ao lado dela.

: =or )ue no o consideraria?

: >oc9 foi feita para outras coisas...

: @ue coisas?

: *o precisa de uma profisso : declarou $dam, seco. :=recisa de um !omem. 2m !omem )ue exi1a de (oc9 tudo o )ue tempara dar, )ue a faa inteiramente sua em todos os sentidos.

Miranda des(iou o rosto rubori3ado. =Ks a mo no 1oel!o,procurando se distrair. %icou mais consternada ainda )uando

subitamente a mo dele cobriu a sua. Seus dedos se entrelaaram e elano pKde conter o embarao.

: *o de(ia di3er essas coisas : confessou, tensa. : *o estouaberta a este tipo de proposta. Mesmo se no esti(esse a)ui apenas atrabal!o, no "ostaria de me en(ol(er num caso temporrio.

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: %i3 uma afirmao, no uma proposta. Miranda ficou maisconfusa ainda. $final, ele tin!a dito )ue )ueria fa3er amor com ela nanoite anterior, no tin!a?

: *o preciso de um !omem.

$dam pousou os lbios to rapidamente sobre os seus, )ue elapraticamente no se deu conta da proximidade dele.

: G mel!or tomar seu caf, se )uiser )ue a le(e para o !otelantes de comear seu trabal!o.

Miranda (iu Sita entrar na (aranda com uma bande1a "rande.$pressou'se em a1ud'la a pKr tudo na mesa, contente em se (er lon"e

de $dam. /a(ia salada de frutas, papaia, croissants )uentes, mantei"ae "elia. 2m bule de caf fume"a(a, perfumando o lu"ar.

: $ceita um o(o )uente, ou ser )ue os prefere fritos com bacon?: per"untou Sita.

Miranda sacudiu a cabea.

: =refiro comer frutas no caf. *unca tin!a comido papaia antes.G delicioso+

Sita sorriu.

: =on!a al"umas "otas de limo. G o 1eito mais "ostoso de com9'la: ensinou.

Miranda fe3 o )ue ela disse, comendo o papaia com "osto.

0ertamente, existem muitas coisas )ue (ou lamentar )uandodeixar Sri Lanka, pensou. Mas no era das frutas )ue sentiria mais

falta. *em se importou em er"uer os ol!os )uando ou(iu as portas seabrindo de no(o, ac!ando )ue fosse Sita tra3endo os o(os para $dam.*o entanto, era outra pessoa. $l"um )ue se sentou numa cadeira 1unto4 sua.

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Era uma das mul!eres mais lindas )ue Miranda 1 tin!a (isto. Mas,lo"o em se"uida, notou as ru"as )ue marca(am a)uele rosto, dando'l!eum ar triste.

: Sou $nne %orster : ela se apresentou. : @uem (oc9?

$dam mal a ol!ou.

: Esta Miranda Wade. *ellie e eu a ac!amos no meio damultido ontem, durante a procisso.

: E (oc9 a trouxe para c?

: !otel onde est !ospedada fica do outro lado. Sabe )ue imposs(el atra(essar a ponte.

$nne %orster comprimiu a boca.: @ual)uer desculpa (ale... @uanto tempo ela (ai ficar?

Miranda no "ostou da)uilo e respondeu por $dam#

: >ou embora da)ui a poucos minutos. Den!o trabal!o a fa3er.

$nne %orster ol!ou'a com cinismo.

: Estou certa de )ue sim, )uerida, mas $dam sempre acabaconse"uindo o )ue )uer... mesmo com a mais ocupada das abel!in!as. Seimuito bem disso+ *o estaria a)ui a"ora, no fosse por ele+

CAPITULO IV

: *o mora a)ui o ano inteiro, ento, sra. %orster? : per"untouMiranda.

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: $"ora moro. $dam assim o dese1a.

: =ois no )uer morar com Jo!n... : comeou

$dam.

: *o (amos (oltar a isso de no(o : interrompeu a sra. %orster,des"astada. : Sabe muito bem por )ue no posso.

: Sei? : per"untou $dam, com (o3 fria. : Est pronta, Miranda?

: Estou.

: Ento (amos.

Ele a condu3iu rapidamente pela casa, mal l!e permitindo parar

para buscar a bolsa.Miranda per"unta(a'se se !a(eria al"uma coisa entre ele e a belasra. %orster. )ue exatamente os li"a(a? )ue fa3ia com )ue eleficasse to afetado?

: nde est o marido da sra. %orster? : per"untou ela, )uandoentrou no 1ipe.

: *a Hn"laterra. Miranda arre"alou os ol!os.

: Mas ela mora a)ui?: Sim, mora a)ui. Satisfeita?

*o esta(a, mas tambm no tin!a cora"em de per"untar mais. $infelicidade, b(ia no rosto de $nne %orster, s aumenta(a sua bele3a.Era ma"ra, o )ue pro(a(elmente fa3ia com )ue seus ol!os parecessemto "randes e tr"icos. $s fei-es eram bem desen!adas, os cabelos

cor de fo"o, a pele clara e delicada. Mas a palide3 doentia do rostodenuncia(a pouca saBde.

Ela de(ia sair mais, pensou Miranda. Sair para o sol, encontrarpessoas.

$ paisa"em por onde esta(am passando era incri(elmente bonita,com seus montes e campos cobertos por planta-es de c!. e (e3 em

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)uando, (iam'se mul!eres com saris coloridos carre"ando "randescestos nas costas, fa3endo a col!eita. Mo(iam'se lenta emetodicamente, col!endo as fol!as tenras.

/a(ia "ua em muitos dos (ales, pe)uenos riac!os )ue caam pelas

pedras em cascatas, cristalinas e frescas sob o sol forte. $ bruma daman! 1 tin!a se dissipado ! tempo, o cu esta(a muito a3ul. Seria umdia fabuloso para as foto"rafias.

: Est apaixonado por ela?

$ per"unta saiu sem )ue Miranda percebesse, e imediatamente elase recriminou por t9'la feito. 0omo podia per"untar a)uilo+ Ele 1 no!a(ia deixado bem claro )ue no tin!a nada a (er com a sra. %orster?

: =or )u9? Hsto a incomodaria?

: e(ia me incomodar? : replicou ela, 3an"ada. $dam %er"usonno si"nifica(a nada para ela+ Mas a (erdade )ue no "osta(a da idiade os dois (i(erem 1untos...

: >oc9 )uem de(e me di3er, Miranda Wade. Ela silenciou.epois de uma cur(a, a(istou uma fbrica de c!, bril!ando ao sol.

: G ali )ue (endem o c!? : )uis saber.: *o, temos uma fbrica prpria. *osso c! especialssimo e

custa bem mais caro. G bem mel!or )ue a)uelas misturas )ue (oc9encontra na Hn"laterra. Este da)ui tambm muito bom.

: Mas no to bom )uanto o seu?

: *o. problema )ue a maioria das pessoas no pode pa"ar

nosso c!. Meio )uilo custa mais de (inte e cinco dlares.: e(ia ter desconfiado. : Miranda suspirou. : =refiro c!

comum.

: Hsso por)ue nunca experimentou o meu. *a prxima (e3 em )ue(ier, farei um bule )ue (ai mudar a sua opinio. @uando (ai (oltar?

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Miranda se remexeu no assento.

: *o (ou. *o ficarei em Sri Lanka por muito tempo.

: Eu a pe"o de noite e mostro a procisso desde o comecin!o.Aostaria de 1antar comi"o antes?

Ela sacudiu a cabea.

: Sabe )ue no posso. $lm disso, (i tudo o )ue )ueria daprocisso ontem 4 noite. *o posso brincar de budista todas as noites.

: =ode 1antar comi"o.

: =refiro ficar no !otel.

Miranda esta(a )uase c!orando e fun"ou, re3ando para )ue ele nopercebesse. $dam estacionou o 1ipe no acostamento e se (irou para ela.

: >en!o pe"'la 4s seis e meia. *o precisa c!orar, Miranda.

: *o estou c!orando+

Ele limpou uma l"rima com o indicador e sorriu.

: *o?

: G... a poeira+s dedos dele le(antaram'l!e o )ueixo, forando'a a encar'lo.

: Dem certe3a de )ue no por pensar )ue nunca mais nos(eremos se no 1antar comi"o !o1e?

: Den!o+

2m sorriso se desen!ou no canto da boca de $dam. Ele esta(a se

di(ertindo.: Seus ol!os mudam de cor )uando mente. =or )ue tem medo dese apaixonar? *o acredito )ue sua carreira se1a to importante)uanto di3.

Miranda suspirou, receosa pelo )ue ele poderia ler em seus ol!os.

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: *o ! futuro para ns : disse ela. : E no pretendo meapaixonar por (oc9+ >ou (oltar para a Hn"laterra to li(re edesimpedida )uanto (im+

$dam sorriu. Seus ol!os tin!am um bril!o de triunfo.

: Darde demais. Existe al"o entre ns, )uer )ueira, )uer no. *oescapar facilmente, Miranda.

Ela o empurrou para lon"e. $"arrou'se com tanta fora no trinco)ue mac!ucou a mo.

: >eremos+ : %orou um sorrisin!o, como se no se importasse.: G um !omem muito con(encido, $dam %er"uson+

Ele sacudiu a cabea.: Estar pronta 4s seis e meia?

: *o+

: ra, (amos, Miranda...

Ela de(ia di3er no, sabia disto. Din!a todos os moti(os, mas no ofe3. 0om a cabea baixa, escondia um ar de satisfao atrs dos

cabelos, cados sobre o rosto.: =or )ue no le(a a sra. %orster para 1antar?

: =or)ue )uero le(ar (oc9. : Ele puxou os cabelos dela para trs.: *o se1a difcil, Miranda. Den!o de montar *ellie na procisso mas,fora isso, pretendo passar a noite inteira com (oc9. i"a )ue (em.

: Miranda piscou en)uanto procura(a pela resposta certa. Sabia)ue iria com ele. =ro(a(elmente estaria ansiosa, prontin!a para sair uma!ora antes do combinado, mas no )ueria dar o brao a torcer.

: >ou le(ar min!a m)uina : falou por fim. rosto dele seiluminou.

: Hsso+ Le(e a c


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Ela se esforou para sorrir.

: Dirarei al"umas de (oc9 e *ellie, como lembrana. s dedosdele roaram seu rosto sua(emente.

: $c!o )ue no me es)uecer, Miranda... : Ele a fitou lon"amenteantes de se (irar, li"ar o 1ipe de no(o e partir.

carro foi se aproximando de 7and8.

Miranda inclinou'se para a frente, ansiosa para a primeira (iso dacidade. *o se decepcionou. L esta(a o Demplo do ente refletido nola"o e a ponte )ue 1unta(a os dois lados da cidade. >iu sobre ela,na)uele momento, uma fila de mon"es budistas passando. Dodos

(estidos com as mantas tpicas, alaran1adas. 0arre"a(am nas mos suascaarolas c!eias de comida. Dodas as man!s passa(am pelas casas,bem cedo, pedindo alimentos, o )ue fa3ia os !abitantes ficarem muito!onrados.

Miranda saltou do carro ale"remente )uando c!e"aram em frenteao !otel.

: Seis e meia?

Ela fe3 )ue sim com um "esto de cabea.: Dra"a uma esco(a de dentes se )uiser. =ara passar a noite. $s

ruas estaro blo)ueadas de no(o.

p


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=obre Liam+ Sempre )uisera manter suas e)uipes de trabal!ounidas, como se fossem uma famlia, mas nunca conse"uira. $s modelosda(am problemas : ele 1 esta(a pre(enido :, mas (indos de Miranda,consideraria uma traio.

Liam "osta(a dela. *a (erdade, Miranda suspeita(a )ue "osta(ademais at. Mas ela no sentia nada alm de pura ami3ade.

Miranda obser(ou o 1ipe de $dam distanciar'se com um frio noestKma"o. Era como se no ti(esse controle sobre si mesma... Mas,afinal, o )ue sabia sobre $dam %er"uson? Hma"ine se lar"aria umacarreira promissora por causa dele+ *unca+

Esta(a muito confusa. *o entendia o )ue $dam )ueria dela, ou o)ue ela prpria )ueria para si. !, sabia )ue ele )ueria fa3er amor,di(idir sua cama com ela por uma noite ou duas. Mas ser )ue pretendiater uma relao mais duradoura alm disso? E $nne %orster? *oconse"uia tir'la da cabea. %icou assustada ao perceber )ue na(erdade esta(a morrendo de ciBmes da bela e infeli3 $nne, umsentimento )ue nunca ti(era antes na (ida.

dia passou c!eio de ati(idades. $s "arotas esta(amcuriosssimas para saber onde Miranda tin!a passado a noite, mas, paraseu al(io, )ual)uer tentati(a de con(ersa foi imediatamente cortadapor Liam FArad8.

: Estamos a)ui para trabal!ar : di3ia ele a todo minuto. :>amos em frente, por fa(or.

E elas trabal!aram. Miranda perdeu a conta do nBmero de poses

diferentes )ue fe3 as duas "arotas assumirem. 0orrer, pular, ol!arpara um lado ou para outro, at )ue conse"uissem os mo(imentosade)uados com as roupas, exatamente como tin!a ima"inado. Mirandaat mesmo fe3 com )ue elas se sentassem em roc!as duras e speras,com sorrisos nos lbios, esperando o sol descer at atin"ir um pontocerto no !ori3onte.

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Esta(am todas exaustas ao c!e"arem ao !otel, aps a)uelecansati(o dia de trabal!o.

: >o (er a procisso esta noite? : per"untou Miranda para asduas modelos.

: Est brincando? >ou tomar um ban!o )uente e me deitar. *o)uero fa3er absolutamente nada depois do dia )ue (oc9 nos deu.

: Demos muito pouco tempo : Miranda comeou a explicar, parase 1ustificar, mas nen!uma das "arotas esta(a a fim de ou(i'la.

: Mil (e3es um fot"rafo : disseram, concordando entre si. :s !omens pelo menos escutam )uando se reclama do calor e de dor nas

pernas+: Dudo fa3 parte do trabal!o : exclamou Miranda ale"remente.

: *o de(iam fa39'lo se no "ostam de parecer belas e refrescantessob um sol )uente de (ero.

: E o )ue sabe sobre isso? : 3ombou uma delas. : Dudo o )uetem a fa3er apertar o boto+

J esta(a escuro. Miranda ol!ou para o rel"io. Din!a menos detrinta minutos para tomar um ban!o e se (estir. Escutou o barul!o daspessoas se 1untando para a procisso e sentiu um arrepio de excitao.@ue roupa usaria?

$ indeciso deixou'a ner(osa no )uarto. Dambm esta(a cansadapelo lon"o dia ao sol, mas isso no era ra3o para ficar indecisa entreuma cala 1eans ou um (estido de noite+

Oan"ada consi"o mesma, foi para o ban!eiro e tomou uma duc!afria. eixou a "ua descer lentamente pelo corpo, abrandando oner(osismo. =ensou em $nne %orster e sentiu a rai(a (oltar.

@uando saiu do c!u(eiro, enrolou uma toal!a no corpo e abriu aporta )ue da(a para o )uarto. Hmediatamente percebeu )ue no esta(as.

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: @uem est a? : per"untou.

: J passa das seis e meia : respondeu $dam. Ela ficou paradana porta. 2m repentino tremor passou por seu corpo.

: *o de(ia estar esperando l embaixo?

: isse )ue (iria procur'la.

Ele esta(a descalo, usando a)uele tecido amarrado 4 cintura,como todos os ma!outs fa3iam. Din!a a camisa aberta, deixando 4mostra os p9los dourados. Esta(a muito bonito e msculo. 0om esforo,Miranda conse"uiu des(iar os ol!os dele.

Er"ueu um pouco a toal!a e passou a ln"ua nos lbios secos, sem

saber o )ue di3er.0omo sempre, $dam parecia ter lido sua mente.

: G isso )ue (ai usar? : per"untou, brincando. Ela deu um passoatrs para o ban!eiro, o rosto em c!amas.

: =ode me passar a roupa? >ou me (estir a)ui.

: @ual dessas (oc9 )uer? : 2m sorriso brinca(a em seus lbios.

Ela prendeu a toal!a firmemente sob o brao e foi at a cama,onde tin!a estendido as roupas, para escol!9'las depois. =e"ou oprimeiro monte )ue l!e (eio 4s mos# cala comprida preta, uma blusabranca rendada e um cinto de couro.

: >ou usar esta.

F =e"ou a roupa de baixo no armrio e se refu"iou no ban!eiro.

@uando (oltou para o )uarto, minutos depois, encontrou'o deitadona cama, as lon"as pernas cru3adas, examinando o elefantin!o )ue l!etin!a dado na noite anterior.

: Aostaria )ue descesse+ : exclamou Miranda 3an"ada.

$dam apertou os ol!os. Ela notou um bril!o peri"oso atra(s doslon"os clios.

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: Aostaria )ue a bei1asse em pBblico?

: =refiro )ue no me bei1e em lu"ar al"um+ Ele esticou o brao.

: >en!a c, Miranda : ordenou.

: *o+$ (o3 dela tremeu, mas o rosto no demonstrou a menor emoo.

=e"ou o pente e comeou a se pentear em frente ao espel!o, como seesti(esse despreocupada.

e sBbito, $dam a"arrou'a pela cintura e, deitando'se, puxou'apara cima dele.

: Mel!or desistir a"ora, Miranda : a(isou ele. : *o sou um!omem paciente e (oc9 1 me deixou esperando o dia inteiro.

: Esperando o )u9?

Miranda imediatamente condenou'se por sua in"enuidade. s doispareciam respirar e se dese1ar no mesmo ritmo. calor msculo docorpo de $dam emana(a sensualidade. Sentiu (ontade de abra'lo,passar a mo pelos cabelos loiros, bei1'lo sel(a"emente.

: Eu )uero (oc9, Miranda.s ol!os dele )ueima(am de dese1o.

: Mas no pode me possuir.

: *o?

corao de Miranda disparou. Sentiu'se tentada a abrir a palmada mo sobre a)uele peito nu, sentir os p9los speros. E foi o )ue fe3.

u(iu'o "emer docemente, en)uanto a aperta(a com mais fora. sdois rolaram sua(emente sobre a cama.

$dam, a"ora deitado sobre ela, mordisca(a'l!e a boca en)uantopuxa(a a blusa para acariciar'l!e a cur(a dos seios, explorando'os eexcitando'a.

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Miranda sentiu'se totalmente entre"ue. $briu os lbios, sedentade amor. Ele a acariciou com mais intimidade e per"untou#

: $inda InoI?

Miranda respirou fundo, procurando (oltar 4 realidade. Empurr'loseria di(idir a si mesma em dois. Esta(a en(er"on!ada pela prpriafra)ue3a, mas a (erdade era )ue )ueria satisfa3er $dam, dar'l!e todoo pra3er )ue dese1asse.

Seu sil9ncio fe3 com )ue ele a obser(asse de mais perto, notandoas l"rimas em seus ol!os escuros. Soltou'a, (irando'se de costas.

: =or )ue no, se me )uer tambm?

: *o sei. : Miranda esta(a se sentindo (a3ia, triste. : *oestou pronta.

: @uanto tempo (ai le(ar at ficar pronta para o amor?

: Mas no amor : protestou ela. : amor no acontece numinstante, como um tro(o. Se ti(esse certe3a de )ue (oc9 me ama...

Ele se (irou, encarando'a de frente.

: *o pode fu"ir para sempre, Miranda. Seus prpriossentimentos no a deixaro ir. >oc9 tambm me )uer, sabemos disso.Se eu a soltar a"ora, !a(er outras (e3es, tal(e3 !o1e mesmo. G seudestino# ser amada por mim, mais cedo ou mais tarde+

$inda deitada, ela cobriu os ol!os com o brao para no (9'lo.

: %ala em IamorI, mas est )uerendo di3er outra coisa.

: E o )ue sabe sobre isso? G apenas um dese1o carnal )ue sentepor mim?

)ue mais seria, ento? 0omo explicar'l!e o )ue sentia? Elamesma no sabia.

: )ue mais pode ser?

Ele a bei1ou (iolentamente na boca e depois disse#52


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: =obre Miranda+ *o sabe? mel!or encontrar uma respostapara o problema depressa, antes )ue eu o resol(a por (oc9. 0onsidere'se com sorte por termos a =era!ara pela frente, ou no teria escapadoto facilmente+

$dam se le(antou. Hmediatamente Miranda sentiu falta do calorda)uele corpo contra o seu. /a(ia uma necessidade interior )ue clama(apor ser preenc!ida.

$inda bem )ue estamos indo para a procisso, pensou. *o possoficar so3in!a com ele at (oltar ao normal.

Esco(ou os cabelos at estalarem de eletricidade, deixando'ossoltos e macios. *otou, diante do espel!o, )ue sua boca esta(a umpouco (ermel!a. &e3ou para no encontrar nen!uma das "arotas nosa"uo do !otel. Era o tipo de coisa )ue elas notariam lo"o e depois noa deixariam sosse"ada at descobrirem, com todos os detal!es, )uem atin!a bei1ado.

: Estou pronta : anunciou.

Ele a ol!ou apro(adoramente, com um bril!o nos ol!os.

: Est deliciosa+ 6onita, (iosa e muito, muito doce. Mirandabaixou os ol!os.

: =referiria ser sex8 e misteriosa. : 0omo $nne %orster,completou para si mesma.

: G exatamente assim )ue (oc9 .

Miranda saiu sem er"uer os ol!os, deixando )ue $dam trancasse a

porta. Se ti(esse ol!ado para ele... seria capa3 de pedir para... para eleo )u9? Seu rosto ardia de embarao. )ue diria? =or fa(or, faa amorcomi"o? >amos ficar, no li"ue para a procisso? E depois, comocon(i(eria com a)uilo?

*ellie esta(a 4 espera deles l fora, na fila de carros 4 entrada do!otel. Miranda recon!eceu o !omem )ue esta(a com a elefanta. Era um

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dos trabal!adores )ue pe"ara carona com eles na noite anterior.Miranda ficou feli3 )uando ele a cumprimentou calorosamente,cur(ando'se com as mos postas, um sorriso lar"o e simptico no rosto.

Metade do !otel saiu para (er a elefanta. s flas!es espoca(am,

en)uanto $dam ordena(a ao animal )ue o a1udasse a subir em seulombo. Esta(a muito 4 (ontade, como se ti(esse passado a (ida todamontando elefantes. epois, mandou *ellie er"uer a pata e estendeu osbraos para Miranda.

Miranda no !esitou. =Ks um p na elefanta e, num impulso, saltoupara os braos fortes de $dam, colocando'se 4 frente dele, como nanoite anterior. brao msculo passou por sua cintura, e a elefanta

comeou a andar lentamente, balanando de um lado para o outro.%oi na)uele instante )ue Liam FArad8 sur"iu correndo de dentro

do !otel.

: Miranda+ : "ritou, incrdulo.

Ela deu um tc!au3in!o com a mo, aborrecida por ele t9'la (isto.=odia adi(in!ar as per"untas intermin(eis a )ue seria submetida no dia

se"uinte. Liam "osta(a de tomar conta de todas as mul!eres com )uemtrabal!a(a. Era certo )ue no apro(a(a a sua sada 4 noite pelas ruas de7and8. Miranda de(eria estar repousando ou re(elando as foto"rafias)ue tin!a tirado. Ele odia(a )uando al"um saa sem a(isar nada.

: $ )ue !oras (ai (oltar? : per"untou Liam, com (o3 de comando.

: Estarei a)ui )uando )uiser comear o trabal!o, de man! :prometeu ela, cru3ando os dedos.

: Mas a )ue !oras (ai (oltar? : repetiu ele, aborrecido.$dam (irou a cabea do animal na direo dele, de modo )ue Liam

te(e de se conformar a (oltar para a fila de pessoas )ue os obser(a(amcom curiosidade.

: Dal(e3 ela no (olte. Estar comi"o+

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: E )uem (oc9? : Liam "ritou atrs deles. $dam er"ueu a moem despedida.

: $dam %er"uson, da fbrica de c! Ma!a5ell. @ual)uer pessoapode l!e indicar onde moro.

$s duas modelos tambm tin!am aparecido, de boca aberta,completamente pasmas. Miranda fe3 meno de falar com elas, mas$dam apertou'a com mais fora.

: $dam, eles (o pensar...

: S (o pensar a (erdade : "arantiu ele. : >oc9 min!a,Miranda, no adianta discutir.

E com a)uele brao forte )ue a ampara(a, a sensao )uente dascoxas dele contra as suas, como poderia discutir? $)uilo era o )uedese1a(a, mais do )ue tudo no mundo# pertencer a $dam.

CAPITULO V

$nne %orster esta(a usando um cft de al"odo estampado.bser(ando o 1ardim ban!ado de luar, da (aranda, informou#

: *unca interfiro em nada do )ue $dam fa3. Ele sempre foi donodo prprio nari3. *unca se pKde di3er uma pala(ra sobre seucomportamento. *unca+

: =osso ima"inar : concordou Miranda, rindo. : Dodos nsobedecemos ao rei $dam.

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: Mas (oc9 no tem )ue obedecer : cortou $nne imediatamente.: =ode sair da)ui )uando )uiser. Est cometendo um "rande erro,confiando ce"amente em $dam.

esolada, Miranda lembrou'se da arro", sim, )uerida : encora1ou'a $nne. : *o deixe )ue $dam adeten!a.

Miranda suspirou.

: $c!o )ue ele nem (ai tentar. $nne sorriu com certacumplicidade.

: Ele tentar. Dodas as mul!eres so brin)uedos para ele. *o asconsidera auto'suficientes para (i(erem suas prprias (idas. $inda maisse as dese1a. E claro )ue tudo muda )uando se cansa da brincadeira. asimplesmente as deixa, para )ue recol!am so3in!as seus prpriosdestroos. Sei muita coisa sobre $dam, por experi9ncia prpria...

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Seria ele o moti(o da separao entre $nne %orster e seu marido?Miranda ac!a(a )ue sim. Hma"inou'a nos braos de $dam. 0om certe3aal"um dia 1 tin!am sido amantes e o sr. %orster, ao descobrir a(erdade, tin!a (oltado para a Hn"laterra.

: =or )ue continua a (i(er a)ui?: G o meu lar : respondeu $nne. : =or )ue de(eria partir?

Miranda examinou a)uele rosto infeli3 em sil9ncio. =odiacompreender muito bem a relut


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inteira foi replantada. $dam administra o lu"ar, mas no oproprietrio. *o mais+

Miranda no "ostou do tom de (o3 da outra mul!er.

: Ele possui a casa.

: ban"alK? Lionel ofereceu'se para compr'lo, mas $dam no)uis (ender. Sempre foi um tolo nesses ne"cios de propriedade+

: Dal(e3 por)ue o ban"alK fosse de seu pai.

: E antes disso de seu a(K+ Hsso ra3o suficiente para no)uerer di(idi'lo comi"o e com Lionel?

: )ue meu, permanece meu+ : disse $dam secamente atrsdelas. : E isso no se aplica s 4 casa.

: Mas Lionel no pensa da mesma maneira : atal!ou $nnemelancolicamente. : Esti(e pre(enindo Miranda contra suas maniaspossessi(as+

: G? E o )ue Miranda pensa disso?

: *o o con!eo o suficiente para ter uma opinio formada :

respondeu Miranda. bril!o )ue sur"iu nos ol!os dele foi fulminante. Miranda corou e

se (irou de costas, recriminando'se por no se"urar a ln"ua.

$dam er"ueu a mo e acariciou sua(emente o lbulo da orel!adela. Era uma carcia estran!a, ertica. Miranda sentiu seus 1oel!osfra)ue1arem. =rendeu a respirao.

: Dem )ue me con!ecer bem para formar uma opinio? :per"untou ele.

Ela se afastou.

: 6em, cur(o'me ante o con!ecimento de $nne. Ela o con!ece !muito mais tempo e bem mel!or do )ue eu.

: $c!a )ue ela sabe mais sobre mim do )ue (oc9?58


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: 0laro+ e(e saber+ $dam riu.

: %alta profundidade nos con!ecimentos de $nne. =enso )ueacontece o mesmo com relao a Lionel. Ele me parece muito contentepor estar lon"e.

: E (oc9 sabe por )u9 : murmurou $nne, com (o3 a(eludada. :%oi muito mais sua culpa do )ue min!a.

$dam encol!eu os ombros.

: Se l!e a"rada pensar assim... >en!a, Miranda. eixe'memostrar'l!e o 1ardim ao luar.

Miranda foi com ele. l!ou para trs e (iu $nne cur(ada sobre o

alpendre.Dal(e3 ela )ueira (ir tambm, pensou.

: *o, Miranda.

Era incr(el como $dam podia ler seus pensamentos+ Miranda abriua boca para falar, mas no disse nada. *o era de sua conta se $dam e$nne tin!am escol!ido (i(er 4 sombra de (el!as discuss-es. Mas no se

conforma(a pelo fato de eles mal con(ersarem e ao mesmo tempoconse"uirem (i(er sob o mesmo teto. Ser )ue eles ainda sentiamal"uma coisa um pelo outro?

Din!am perdido a casa de (ista )uando ela resol(eu falar#

: =arece'me )ue nem tudo por a)ui acontece conforme sua(ontade, afinal.

: )ue importa acontece, sim : respondeu ele.

: $nne tem sua independ9ncia+: $nne pertence a Lionel, no a mim.

: E (oc9 se ressente por isso?

Ele se mante(e em sil9ncio por lon"os momentos. Miranda ol!ou 4sua (olta. $ lu3 prateada da(a uma luminosidade m"ica ao luar.

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: %ico ressentido com a fra)ue3a de Lionel, e no com o )ue elepossui : disse $dam por fim. : Se ele fosse mais !omem, pe"aria$nne de (olta.

: Dal(e3 (oc9 ten!a dificultado as coisas para ele.

: %oi isso )ue ela l!e disse? : per"untou $dam, ol!ando paraMiranda.

: $di(in!ei.

: =ode estar en"anada...

: Sim, posso. Mas no estou, no mesmo? >oc9 e $nne seama(am...

: $nne nunca amou nin"um, min!a )uerida, nem mesmo Lionel.Miranda esperou )ue ele tambm dissesse )ue nunca tin!a amado

$nne, mas ele permaneceu calado.

: !, $dam+

: *o me relaciono com mul!eres casadas. *o pode acreditarnem em metade das coisas )ue $nne di3. Gramos namorados bem antes

de ela se casar com Lionel, e nunca depois.: Mas (oc9 no a es)ueceu...

Miranda sentiu a rai(a de $dam crescer. Ele a a"arrou pelosombros e a encarou.

: $nne no a Bnica mul!er no mundo+ Di(e outrosrelacionamentos desde )ue ela se casou com Lionel, e no lamento nada.*o dese1o nen!uma mul!er casada em min!a cama. Satisfeita?

Miranda no )ueria encar'lo. l!ou por sobre o ombro dele,procurando se controlar. Mas tin!a (ontade de passar os braos emtorno da)uele pescoo, abra'lo forte. @uase no resistiu 4 tentaode acarici'lo na nuca, embaraar'l!e os cabelos.

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: *o de(ia ter (indo : murmurou, mais para si mesma )ue paraele. : *o )ueremos a mesma coisa...

: $c!o )ue sim : atal!ou $dam.

$ expresso dele era afetuosa, mas a)uilo podia ser apenas suaima"inao. >ia tudo conforme sua (ontade, e no o )ue esta(aacontecendo na realidade.

Entretanto, $dam no perdia tempo. Din!a nas mos o )ue )ueria emanda(a o resto para o inferno. Miranda suspeitara disto desde aprimeira (e3 em )ue o (ira, e $nne s !a(ia confirmado esta impresso.

Oan"ada, Miranda sacudiu a cabea (iolentamente.

: >oc9 s di3 isso por)ue no (ai ser o mac!ucado da !istria+$dam ol!ou'a, intri"ado.

: Ser )ue (oc9 se mac!ucaria, Miranda? Ela mandou o or"ul!o 4sfa(as e desabafou#

: Sim+

Ele a tomou nos braos calorosamente e Miranda no resistiu.

: Dentarei no mac!uc'la : disse, carin!oso :, mas no possodeix'la escapar.

: =or )ue no?

*a (erdade, no importa(a. *a)uele instante, o )ue (alia era estarali, abraada a ele, to fortemente )ue )uase no conse"uia respirar.

: @uero uma mul!er. @uero fil!os, meus fil!os, al"um )ue (en!a

depois de mim...: @uer fundar uma dinastia?

: =or )ue no? Lo"o, tudo isso (ai ser meu de no(o. e )ueadianta se no !ou(er nin"um para trabal!ar na terra em meu lu"ar,)uando eu morrer?

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: @ue import


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Ela espic!ou o pescoo e empinou o nari3.

: Sim, eu o manterei lon"e de mim o )uanto for necessrio. Gmuito con(encido, $dam %er"uson.

: Sou? : 0aoou ele. : Sou mesmo?

: *o me casarei com (oc9+

$ (o3 de Miranda tremeu, incon(incente, e ela ficou c!ocada aoperceber )ue o medo )ue esta(a sentindo tambm l!e causa(a pra3er#Sua pele se arrepiou, 4 espera de al"uma atitude dele.

: Ento eu a possuirei sem casamento+

: *ada disso.

: *o mel!or concordar em se casar comi"o lo"o? $ escol!a sua.

: $c!o )ue (ou (oltar para a casa : respondeu ela, sria. : %a3muito tempo )ue deixamos $nne so3in!a na (aranda.

: 6oa idia, s )ue no (ai encontr'la. $nne est dormindo no)uarto dela. G mais tarde do )ue pensa.

Miranda sentiu o corao bater (iolentamente.: $dam, encontre outra pessoa...

: Encontrei (oc9+

: *o, no+ *o (ou deixar.

$dam a"arrou'a pelos pulsos, tirando'l!e o e)uilbrio e puxando'apara si. =assou as mos pela cintura dela e a er"ueu com facilidade

espantosa, 1o"ando'a sobre o ombro como um saco de farin!a.Miranda fec!ou os pun!os e comeou a dar socos nas costas dele.

Suas pernas se debatiam furiosamente, mas ele a se"ura(a comfirme3a, en)uanto camin!a(a em direo 4 casa.

: =ara onde est me le(ando?

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: =ara a cama. nde mais?

Miranda sempre !a(ia se considerado uma "arota forte, masna)uele instante (iu o )uanto tin!a se en"anado. =or mais )ue sedebatesse e esperneasse, 1 sabia )ue no sairia (encedora. Esforou'

se para se a)uietar, e, naturalmente, ele relaxou um pouco. eu uma1oel!ada no peito de $dam e pulou, caindo pesadamente no c!o Bmido.*um instante tin!a se posto de p.

: *o c!e"ue perto+ : "ritou. $dam riu.

: =retendo c!e"ar muito mais perto )ue isso, min!a cara Miranda.Mac!ucou'se?

: *o : respondeu ela, ofe"ante.Ele se cur(ou, pe"ou'a nos braos e a carre"ou como a um beb9.

: Seria bem'feito se ti(esse se mac!ucado+ esista, Miranda.$ceite o seu destino.

: *o acredito em destino+

Era in1usto )ue ele ti(esse tanta fora para carre"'la por tanto

tempo, pois Miranda no conse"uia mais lutar. E no era miBda, pesa(a osuficiente para deix'lo sem fKle"o+ =assou os braos em torno dopescoo dele para diminuir o prprio peso, recon!ecendo )ue "osta(ada)uilo.

@uando $dam c!e"ou perto, abriu a boca para mord9'lo. Deriafeito isso, tin!a certe3a, mas ele, adi(in!ando sua pretenso, bei1ou'acom doura, sem l!e dar c!ance al"uma de rea"ir. Ela )uis lutar, mas

seu corpo a traiu de (e3. Din!am c!e"ado ao )uarto dele.$dam colocou'a na cama "entilmente. J excitada pelos bei1osdele, ela se deixou acariciar e explorar, en)uanto tambm o fa3ia comfer(or.

%oi ele )uem parou. Er"ueu'se e passou um dedo pelo rosto dela.

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: 0ase'se comi"o, Miranda, e transforme meus son!os emrealidade.

Ela no )ueria falar. Dampouco )ueria )ue ele a deixasse na)ueleinstante.

: $dam : murmurou. : $dam, onde est indo?

: $ lu"ar nen!um.

Ele apa"ou a lu3 e (oltou para a cama. =assou a mo na testa deMiranda e falou baixin!o#

: $onde pensou )ue eu ia? Miranda fec!ou os ol!os.

: =ensei )ue ti(esse mudado de idia.

: S se disser )ue se casar comi"o.

: E se no ti(ermos fil!os !omens? Somos todas mul!eres emmin!a famlia.

Ele tocou seu ombro e o seio.

: Dem irms?

: *o, sou fil!a Bnica. Mas s ten!o primas mul!eres.

Miranda estendeu o brao, afundando os dedos nos p9los do peitodele. Sentiu o corao batendo lento, ritmado, e ficou um poucodecepcionada. @ueria excit'lo tanto )uanto ele a esta(a excitando.

: G o !omem )uem determina o sexo da criana : ele respondeu.

: *o. *o me casarei com (oc9. *o casamento precisa !a(eramor e carin!o.

: e(o fa39'la me amar, Miranda?: *o pode me fa3er am'lo.

: *o?

: *o.

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: @uero uma mul!er para a)uecer min!a cama e me dar fil!os.>oc9 nunca dese1ar mais nada.

: *em mesmo seu amor?

: @uero (oc9, mais do )ue 1amais )uis outra mul!er no mundo.@uero fa3er amor com (oc9 a"ora. E (oc9 tambm )uer, no ,Miranda?

Ela apertou os ol!os, sentido as l"rimas descerem pelo rostocorado.

: Sim. : Soltou a pala(ra como se ti(esse sofrido "rande a"onia.: Sim, eu o )uis desde o primeiro instante. esde )ue me tirou da

multido+0om al(io, admitiu uma (erdade )ue a esta(a atormentando

inconscientemente ! tempo. S a"ora a tin!a descoberto e sentia'sebem por t9'la re(elado.

: E (ai se casar comi"o? Miranda se anin!ou nos braos dele.

: Sim, (ou me casar com (oc9 : respondeu, com um suspiro. :=ro(a(elmente lamentarei depois, mas me casarei na !ora )ue (oc9)uiser. S l!e peo uma coisa, $dam# se1a bom para mim. Se1a bom,por)ue no !a(er nin"um mais. S (oc9 e essa terra estran!a... e$nne %orster.

Ele a bei1ou com dese1o e calor. : 2ma mul!er no precisa denin"um mais, alm de seu marido. %a3 parte dele. G a costela de $do+

E )uanto tempo isso durar?, per"untou'se Miranda.

CAPITULO VI

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Miranda no )ueria ficar so3in!a. Lembrou'se, constran"ida, decomo !a(ia implorado para $dam ficar a seu lado, mas ele tin!a idoembora. Soubera muito bem excit'la, mas conse"uira manter'se calmo.

@ue casamento seria a)uele? =ro(a(elmente esta(a fadado a setornar um desastre, pois ela )ueria muito mais )ue ser apenas a medesditosa de um pun!ado de fil!os. @ueria amor, o amor de $dam+$paixonara'se por ele, apesar de ter lutado contra. Sentira o c!eiro doperi"o desde o comeo, mas no pudera escapar# ama(a'o e dese1a(a'oat a loucura.

)uarto dele era delicioso. $mplo, espaoso, com 1anelas dandopara o 1ardim. $ moblia se limita(a ao mnimo necessrio# a cama, umarmrio embutido "rande, onde !a(ia uma porta )ue se comunica(a como ban!eiro pri(ado, e mais duas mesin!as. luxo e o re)uinte esta(ampresentes at na sobriedade dos m(eis. Eram todos feitos de madeirapesada, ental!ada de arabescos e smbolos reli"iosos. c!o tambmera forrado com a m

Fascinação 46 - O deus pagão - Elizabeth Hunter

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