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Fatores estressores que colaboram na drogadição Cláudio Meneghello Martins Secretário Região Sul da ABP Coordenador saúde mental CELPCYRO Chefe do Serviço de Psiquiatria do HMIPV

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Fatores estressores que colaboram na drogadição

Cláudio Meneghello MartinsSecretário Região Sul da ABP

Coordenador saúde mental CELPCYRO

Chefe do Serviço de Psiquiatria do HMIPV

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A palavra "Estresse" vem do inglês "Stress".

Este termo foi usado inicialmente na física para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou tensão.

Hans Selye (médico húngaro 1926-1982) transpôs este termo para a medicina e biologia.

significando esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações que considere ameaçadoras a sua vida e a seu equilíbrio interno.

•The Stress of Life (1956),

•From dream to discovery; on being a scientist (1964)

• Stress without Distress (1974).

• Em 1968, foi feito membro da Ordem do Canadá.

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Fatores de risco:

1) cultural e social: permissividade social, disponibilidade de droga, extrema

privação econômica e morar em favela

2) interpessoal: - na infância – família com conduta álcool e droga

relacionadas, pobre e inconsistente manejo familiar, personalidade dos pais e abuso físico

- na adolescência – conflitos familiares e ou sexual, eventos estressantes (como mudança de casa e escola), rejeição dos seus pares na escola ou outros contextos, associação com amigos usuários.

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3) Psicocomportamental: precoce e persistente problema de conduta, fracasso escolar, vínculo frágil com a escola, comprometimento ocupacional, personalidade anti-social, psicopatologia (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, depressão e transtorno de conduta, ou ansiedade nas mulheres), atitudes favoráveis para drogas, inabilidade de esperar

4) Biogenético: genealogia positiva para dependência química e vulnerabilidade psicofisiológica ao efeito de drogas.

Simkin DR. Adolescent substance use disorders and comorbidity. Pediatr Clin N Am 49 2002; (49): 463-77.          

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Regina MargisI; Patrícia PiconII; Annelise Formel CosnerIII; Ricardo de Oliveira Silveira Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul vol.25  suppl.1 Porto Alegre Apr. 2003

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EVENTOS ESTRESSORES

Morte Doença grave Separações conjugais Desemprego (desocupação)

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Evento de vida Valor médio

Morte do cônjuge 100

Divórcio 73

Separação conjugal 65

Prisão 63

Morte de um membro querido da família 63

Ferimento ou doença em si mesmo 53

Casamento 50

Demissão do emprego 47

Reconciliação conjugal 45

Aposentadoria 45

Mudança na saúde de membro da família 44

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Hipoteca ou empréstimo para compra importante (ex: casa) 31

Cobrança de hipoteca ou empréstimo 30

Mudança de responsabilidade no trabalho 29

Filho ou filha saindo de casa 29

Problemas com parentes do cônjuge 29

Conquista pessoal notável 28

Esposa começa ou pára de trabalhar 26

Início ou final da escolarização 26

Mudança nas condições de vida 25

Modificação de hábitos pessoais 24

Problemas com chefe 23

Mudança nas horas ou nas condições de trabalho 20

Mudança de residência 20

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Mudança de residência 20

Mudança de escola 20

Mudança nas atividades de lazer 19

Mudança nas atividades religiosas 19

Mudança em atividades sociais 18

Hipoteca ou empréstimo para compra (ex: carro, tv) 17

Mudança em hábitos de sono 16

Mudança em número de familiares morando juntos 15

Mudança em hábitos alimentares 15

Férias 13

Natal 12

Pequenas violações da lei 11

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Hipoteca ou empréstimo para compra importante (ex: casa) 31

Cobrança de hipoteca ou empréstimo 30

Mudança de responsabilidade no trabalho 29

Filho ou filha saindo de casa 29

Problemas com parentes do cônjuge 29

Conquista pessoal notável 28

Esposa começa ou pára de trabalhar 26

Início ou final da escolarização 26

Mudança nas condições de vida 25

Modificação de hábitos pessoais 24

Problemas com chefe 23

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Definição de drogadição

Uso do termo droga-adicção para designar dependência química.

Anglicismo originado do inglês “addiction”

Latim “addictu” = “escravo por dividas” Aceitar a tornar-se escravo para saldar

dívidas

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Histórico da drogadição

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•Presente nas civilizações antigas e indígenas

•Plantas psicotrópicas como ópio, maconha e coca

•.Uso para curar doenças, afastar maus espíritos, obter sucesso nas caçadas e nas conquistas, aliviar a fome e o rigor do clima...

•Utilizada em rituais religiosos, culturais, sociais, estratégicos militares entre outros

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• 12000 a.C referências de uso de maconha na ASIA (Himalaia – crescimento espontâneo)

• 4000 a.C – uso medicinal referido em um tratado médico chinês

• 2000 a 1400 a.C uso na India, para fins euforizantes, estimular o apetite, curar doenças venéreas e induzir o sono.

• A bebida alcoólica esteve presente em todas as civilizações que se tem noticia. Uso generalizado em rituais religiosos

• O ópio iniciou-se a 3000 a.C na Mesopotâmia,

•símbolo mitológico dos antigos gregos e era revestido de um significado divino. Seus efeitos eram vistos como uma dádiva dos deuses destinada a acalmar os enfermos ou aqueles que de algum mal padeciam.

• Século XIX abuso de opiáceos sob forma medicinal

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• Na modernidade (expansão pela navegação de novos territórios) a droga se apresenta como facilitadora para o domínio dos povos nativos e como fonte de enriquecimento para o conquistador.

• Com o avanço da ciência (século XIX), as drogas deixaram de ser só naturais, para serem sintetizadas em laboratório.

• As anfetaminas, ao serem lançadas em forma de comprimidos, em 1837, ficaram conhecidas como a nova maravilha capaz de revigorar as energias e elevar o estado de humor. Na segunda Grande Guerra foram largamente utilizadas pela população e pelos soldados para aplacar a fome, a fadiga e o sono.

•A morfina, principal constituinte do ópio que é a resina retirada da papoula, é uma potente droga analgésica, e que serviu de base para a síntese de compostos sintéticos muito mais potentes, como a heroína. Esses analgésicos com propriedades psicotrópicas (reforçadoras) foram amplamente utilizados por via endovenosa a partir da descoberta da seringa, no início por razões terapêuticas e logo depois por dependência ao produto.

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Nas duas Grandes Guerras, as drogas fizeram-se presentes. Sua comercialização era fator estratégico, servindo ora para enfraquecer o inimigo, ora como amenizador da dor para os feridos, ora como revigorante de energia para os soldados (LESSA, 1998).

No inicio do século XX teríamos cerca de 100000 usuários de drogas.

Opinião pública alheia

Escassos trabalhos científicos

Abordagem romântica e glamourosa por parte dos artistas e autores da época que também eram usuários

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Anos 50 sintetizado os benzodiazepinicos (efeito tranqüilizante), gradativamente tornou-se a droga licita mais consumida, para aplacar as mazelas existenciais...

Nos anos 60, o movimento hippie floresce, utilizavam drogas psicodélicas e experiências místicas que proporcionavam efeitos prazerosos e alteravam o estado de consciência .

Anos 70 o uso de solventes orgânicos torna-se prática nos EUA e no Brasil .

A faixa etária dos usuários de droga começa a se alargar(ampliando-se tanto PARA ADOLESCENTES COMO PARA IDOSOS.

Jovens tendem mais para drogas ilícitas - cola de sapateiro (solvente), a maconha e a cocaína

Idosos tendem para drogas lícitas como o tabaco, o álcool, a cafeína e os medicamentos

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Síntese do histórico da utilização de drogas psicotrópicas

• Valores e simbolismo específicos • Aspectos místicos/religiosos• Social• Econômico• Medicinal• Psicológico• Climatológico• Militar• Busca do prazer

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Intoxicação Aguda

intoxicação aguda podem ocorrer como resultado de um único episódio

ataxia, vômito, febre, confusão, superdosagem, perda da consciência,

acidentes e lesões, problemas domésticos, agressão e

violência, práticas sexuais inseguras e/ou não intencionadas e desempenho reduzido no trabalho.

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Uso regular e dependência a drogas problemas físicos, mentais e sociais demoram um tempo para se desenvolverem e

podem incluir: diminuição da imunidade a infecções ansiedade, depressão, problemas com o sono sintomas de abstinência quando o uso é

diminuído ou interrompido dificuldades financeiras e problemas legais, de

relacionamento e no trabalho

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Abuso (DSM IV)

Uso recorrente da substância resultando em fracasso em cumprir obrigações importantes relativas ao seu papel no trabalho, na escola ou em casa (por ex., repetidas ausências ou desempenho ocupacional fraco relacionados ao uso da substância; ausências, suspensões ou expulsões da escola relacionadas à substância; negligência quanto aos filhos ou afazeres domésticos);

• uso recorrente da substância em situações nas quais isso representa perigo físico (por ex., dirigir um veículo ou operar uma máquina quando prejudicado pelo uso da substância);

• problemas legais recorrentes relacionados à substância (por ex., detenções, conduta desordeira relacionada à substância);

• uso continuado da substância, apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos da substância (por ex., discussões com o cônjuge acerca das conseqüências

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Dependência

Tolerância, definida por uma necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância para adquirir a intoxicação ou efeito desejado; ou redução acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade da substância;

• abstinência, manifestada por síndrome de abstinência característica para a substância; ou a mesma substância (ou outra substância estreitamente relacionada) é consumida para aliviar sintomas de abstinência;

• a substância é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido;

• existe um desejo persistente ou esforços mal-sucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso da substância;

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Dependência

• muito tempo gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância (por ex., fumar em grupo) ou na recuperação dos seus efeitos;

• atividades sociais, ocupacionais ou recreativas são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso da substância;

• o uso da substância continua, apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela substância (por ex., uso de cocaína,

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•Envelhecimento precoce, enrugamento da pele

Infecções respiratórias e asma

Pressão arterial alta, diabetes

Filhos de fumantes podem ter Infecções respiratórias, alergias e asma

Mulheres grávidas fumantes podem ter aborto, parto prematuro e bebês de baixo peso

Doenças dos rins

Problemas crônicos de obstrução de vias aéreas

Doenças do coração, derrame, doenças vascularesCânceres

Tabaco: Riscos crescentes

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Ressaca, comportamento agressivo, acidentes e lesões

Redução do desempenho sexual, envelhecimento precoce

Problemas digestivos, úlceras, inflamação do pâncreas, pressão arterial alta

Ansiedade e depressão, dificuldades de relacionamento, problemas financeiros e no trabalho

Dificuldade de se lembrar das coisas e de resolver problemas

Bebês de mulheres grávidas que usam álcool podem nascer com lesões e danos no cérebro

AVC's (derrame), lesões permanentes no cérebro, disfunções musculares e nervosas

Doenças do fígado e pâncreas

Cânceres, suicídio

Álcool: Riscos progressivos

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Problemas com a atenção e motivação

Ansiedade, paranóia, pânico, depressão

Prejuízo da memória e da habilidade de resolver problemas

Pressão arterial alta

Asma, bronquite

Psicose entre as pessoas com histórico familiar de esquizofrenia

Doença do coração e doenças crônicas obstrutivas das vias aéreas

Cânceres

Maconha: riscos progressivos

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Dificuldade de dormir.Batimento do coração acelerado, dor de cabeça, perda de peso

Entorpecimento, formigamento, viscosidade e erupções cutâneas

Acidentes e lesões, problemas financeiros

Cocaína: riscos progressivos

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Dificuldade de dormir, batimento do coração acelerado, dor de cabeça, perda de peso.

Entorpecimento, formigamento, viscosidade e erupções cutâneas.

Acidentes e lesões, problemas financeiros.

Pensamentos estranhos.

Alteração do humor - ansiedade, depressão, mania.

Agressão e paranóia.

Fissura intensa, estresse decorrente do estilo de vida.

Psicose depois do uso repetido de altas doses.

Morte súbita por problemas do coração

Cocaína:Riscos progressivos

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Dificuldade de dormir, perda do apetite e peso, desidratação

Ranger os dentes, dor de cabeça, dor muscular

Alteração de humor – ansiedade, depressão, agitação, mania, pânico, paranóia

Tremores, batimento cardíaco irregular, falta de ar

Comportamento agressivo e violento

Psicose depois do uso repetido de altas doses

Lesões permanentes das células cerebrais

Lesão do fígado, hemorragia cerebral, morte súbita (êxtase) em situações raras

Estimulantes tipo anfetamina

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Vertigem e alucinações, sonolência, desorientação, visão embaçada

Sintomas semelhantes a de um resfriado, sinusite, sangramento nasal

Indigestão, úlceras estomacais

Acidentes e lesões

Perda de memória, confusão, depressão, agressão

Dificuldade de coordenação, reflexo diminuído, hipóxia (falta de oxigênio no cérebro)

Delirium, convulsões, coma, danos de órgãos (coração, pulmão, fígado, rins)

Morte por disfunção cardíaca

Inalante:Riscos progressivos

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Sonolência, vertigem e confusão

Dificuldade de concentração e de se lembrar das coisas

Náusea, dor de cabeça, alteração da marcha

Problemas de sono

Ansiedade e depressão

Tolerância e dependência após um curto período de uso

Sintomas de abstinência graves

Overdose e morte se usado com álcool, opiáceo ou outras drogas depressoras

Sedativo

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Alucinações (agradáveis ou desagradáveis) – visuais, auditivas, táteis, olfativas

Dificuldade de dormir

Náusea e vômito

Aumento do batimento cardíaco e da pressão arterial

Alterações do humor

Ansiedade, pânico, paranóia

Flash-backs (sensação estranha ou alucinações na ausência da droga)

Agravamento de doenças mentais, como por exemplo esquizofrenia

Alucinógenos

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Coceira, náusea e vômito

Sonolência

Constipação, enfraquecimento dos dentes

Dificuldade de concentração e de se lembrar das coisas

Redução do desejo e do desempenho sexual

Dificuldades de relacionamento

Problemas no trabalho e financeiros, violações da lei

Tolerância e dependência, sintomas de abstinência

Overdose e morte por insuficiência respiratória

Opiáceos

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SUBSTÂNCIAUSO NAVIDA

%

DEPENDÊNCIA /ADIÇÃO

%

POTENCIAL DE ABUSO

%

TABACO 75,6 24,1 31,9

ÁLCOOL 91,5 14,1 15,4

DROGAS ILÍCITAS 51,0 7,5 14,7

Maconha 46,3 4,2 9,1

Cocaína 16,2 2,7 16,7

Estimulantes 15,3 1,7 11,2

Ansiolíticos 12,7 1,2 9,2

Alucinógenos 10,6 0,5 4,9

Heroína 1,5 0,4 23,1

Inalatórios 6,8 0,3 3,7

Potencial de abuso das drogas mais usadas nos Estados Unidos (Fonte: Goodman and Gilman, 2006).

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O jovem voador

Sr. A, 23 anos, solteiro,segundo grau completo, comerciário (afastado do trabalho), “católico”, mora com a mãe

O Sr. A é filho de uma união transitória. Pai com história de alcoolismo e

esquizofrenia Mãe com THB e TBP Inicio de uso de cocaína aos 14 anos Cinco internações até o desfecho

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Fatores estressores

• Familiar: Mãe com superenvolvimento emocional (co-dependência)Ausência de figura paternaRelação amorosa rompida (parceira drogadita)

• Ocupacional: ausência de atividade regular

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Desfecho Trágico

Suicídio ?

Superpoderes?

Fenômeno Alucinatório?

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O incendiário

Sr. B, 62 anos, separado e com namorada, engenheiro aposentado, sem religião, com dois filhos

Vem com história de agravo do quadro de alcoolismo há 20 anos

Três internações prévias Por “pressão” dos filhos resolve procurar

tratamento Apresenta quadro depressivo grave associado

(vários episódios no curso da vida)

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No inicio de tratamento mantem-se em abstinência por três meses

Sintomas depressivos (anedonia, falta de energia, tristeza, crises de choro, culpa-se, perda de apetite, ideação suicida flutuante, pensamento automático negativo...)

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Fatores estressores

Agravos clínicos ( disfunção hepática, desnutrição, DPOC)

Familiar (filhos se afastam e namorada rompe)

Desfecho - é encontrado morto em sua casa de veraneio, após incêndio desta (suicídio ? Acidente?)

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O estudante

Sr. C, 26 anos, filho mais jovem de três irmãos (duas irmãs), cursa a segunda faculdade (interrompeu a primeira faltando um semestre), mora com a mãe e as irmãs, pai faleceu quando tinha 1 ano

Apresenta-se com um quadro depressivo ( anedonia, tristeza, falta de interesse)

Faz “uso” de maconha desde os 14 anos

Ampliou o seu uso há 2 anos

“Descoberto” o uso pela família há 1 ano

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Após dois meses de tratamento passa da fase de contemplação para ação

Identifica períodos anteriores de síndrome amotivacional

Retoma os estudos em novo curso universitário

Estabelece namoro (1 ano) com jovem não usuária

Alguns lapsos de maconha e abusos eventuais de álcool

Mantem-se estudando

Nunca trabalhou, “busca oportunidade de estágio”

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“Todas essas drogas, cujo efeitos perniciosos foram estudadas sob diferentes ângulos, mas especialmente os opiáceos, exercem uma ação depressora ou mesmo eliminadora do desejo sexual.”

Cyro Martins

A Toxicomania enfocada do ângulo psicanalítico – Conferência na Assembléia Legislativa RS - 1971