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Elmgreen and Dragset, “Prada store”, (instalação de arte permanente) Marfa, Texas, EUA, 2010 Panorâmica de Óbidos, 2010 RURAL - URBANO ] COLECTIVO [ LUGARES DE ENCONTRO ESPAÇO PÚBLICO E EDIFÍCIO PÚBLICO ÓBIDOS, UMA REFERÊNCIA TERRITORIAL FACULDADE DE ARQUITECTURA – ANO LECTIVO DE 2010-2011 LABORATÓRIO DE PROJECTO V – 2º SEMESTRE DOCUMENTO 02 – TEMA E PROGRAMA Coordenador do ano: Professor Auxiliar: José Pinto Duarte Docentes da Turma F: Professores Pedro Pacheco e António Santos 1 de 12 Tema e Programa Turma F - 2º S - Doc 02

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Elmgreen and Dragset, “Prada store”, (instalação de arte permanente) Marfa, Texas, EUA, 2010

Panorâmica de Óbidos, 2010

RURAL - URBANO] COLECTIVO [

LUGARES DE ENCONTRO ESPAÇO PÚBLICO E EDIFÍCIO PÚBLICO

ÓBIDOS, UMA REFERÊNCIA TERRITORIAL

FACULDADE DE ARQUITECTURA – ANO LECTIVO DE 2010-2011 LABORATÓRIO DE PROJECTO V – 2º SEMESTRE

DOCUMENTO 02 – TEMA E PROGRAMA Coordenador do ano: Professor Auxiliar: José Pinto Duarte

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1 Tema: Rural - Urbano

A dicotomia rural-urbano já não se coloca hoje da mesma forma como se colocava quando se mantinham relações de equilíbrio funcional, social e cultural entre as características naturais do território e as actividades humanas que aí se desenvolviam. A assimetria das transformações ocorridas tornaram as relações rural-urbano, ou campo-cidade em focos de confronto e disfuncionalidade. O mundo rural tornou-se mais identificado pelas suas características mais tradicionais, ou pela sua rusticidade, enquanto que, o mundo urbano-industrial rapidamente se tornou num símbolo de progresso e numa ideia sofisticada de urbanidade. Esta oposição, apesar de incontornável, torna-se uma fonte de reflexão em torno dos mecanismos de transformação do território, que nos levam hoje a compreender melhor a natureza distinta destas realidades e a sua importante e necessária complementaridade. Cidade e campo passaram então a ser pensados como sistemas integrados, parte de um mesmo processo de transformação.

“(…) A industrialização da agricultura, particularmente visível a partir da 2ª guerra mundial, veio introduzir uma nova inflexão importante, ao fracturar o mundo rural em duas realidades bem distintas: o mundo rural moderno e o mundo rural tradicional. Pela primeira vez na história da humanidade, a oposição rural-urbano começa a não ser vista como a mais decisiva, na medida em que a modernidade deixa de constituir um exclusivo das áreas urbanas. Começa, assim, a ganhar consistência uma nova dicotomia pós-rural/urbano, que valoriza antes a oposição existente entre um mundo moderno (que pode ser urbano-industrial ou rural) e um mundo arcaico (predominantemente rural). (…) Neste novo contexto, a relação rural-urbano bifurca-se, dando origem a uma partição das áreas rurais em função da sua proximidade (física mas também funcional e sócio-económica) aos principais centros urbanos. (…) ”. 1

1 Em: “Relações entre mundo rural e mundo urbano: evolução histórica, situação actual e pistas para o futuro”, João Ferrão, Instituto de Ciências Sociais. (http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/spp/n33/n33a02.pdf).

Esta nova dicotomia de que fala o geógrafo João Ferrão, no seu ensaio sobre as “relações entre o mundo rural e o mundo urbano”, integra já muitas das transformações que se têm vindo a operar no contexto desta dupla realidade. A ideia de que o mundo rural passa a constituir-se e a valorizar-se não apenas pela sua dimensão agrícola, produtiva, mas também a partir de uma ideia de património e de paisagem ecológica e cultural, abre novos horizontes na possibilidade de reequilibrar as relações entre os grandes núcleos urbanos e os territórios diversificadamente povoados que os circundam. A conservação e protecção da natureza e dos patrimónios históricos, a manutenção dos sistemas ecológicos e a ideia de um desenvolvimento sustentável ao nível territorial e local, passaram a ser estratégias que vêm dar um novo sentido ao ordenamento do território, bem como gerar novas metodologias de gestão dos recursos. As ambições do concelho de Óbidos, local de estudo e de intervenção, espelham bem estas problemáticas.

A Instalação de arte “Prada store”, que a dupla de artistas Elmgreen e Dragset faz para a aldeia de Marfa, no Texas, leva-nos a reflectir sobre esta dimensão paradoxal com que nos confrontamos muitas vezes ao assistir à acelerada transformação da paisagem. A situação da instalação de uma loja Prada no meio do nada, representa a preversa inscrição da sofisticação que a vida urbana traz ao mundo rural, extremando o absurdo da situação ao introduzir uma porta não funcional, num espaço que expõe calçado e acessórios de luxo.

É no sentido de tornar estas complementaridades como parte integrante dos novos códigos de interpretação do território que se pretende abordar o tema do equipamento público e o seu diálogo com o espaço público. Portanto, pensar o equipamento público neste contexto, implica questionar o seu desempenho e repercussão tanto a nível local, como global. A sua importância ao nível das comunidades e dos micro-tecidos urbanos e a sua posição estratégica ao nível das novas mobilidades que gradualmente se instalam no concelho. Da mesma forma surgem também novas preocupações que são reflexo do confronto entres estas duas realidades, uma cultura popular sedimentada, mas permanentemente ameaçada e uma cultura erudita cada vez mais heterogénea.

A investigação sobre o programa dado, associado a uma situação específica de intervenção, colocará em evidência uma diversidade de temas e significados, levando cada aluno a posicionar-se sobre um conjunto de temáticas e a sedimentar um pensamento actual que estruture o acto de projectar.

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Objectivos principais

O projecto a desenvolver no 2º semestre tem como base de partida o trabalho desenvolvido ao longo do 1º semestre, com o enfoque em algumas das freguesias do concelho de Óbidos. O objectivo principal a atingir será o de explorar, aprofundar e desenvolver um projecto de arquitectura de um edifício público e do seu espaço público adjacente, em todas as suas fases, desde as questões conceptuais às questões de detalhe. Compreender o significado das várias fases de desenvolvimento de um projecto, representa um primeiro aproximar aos diferentes graus de complexidade que determinam a realidade de um projecto de arquitectura. E compreender e reinventar os códigos do vocabulário que constitui um sistema arquitectónico, onde confluem diferentes programas e qualidades espaciais, torna-se numa oportunidade para reflectir sobre arquitectura, sobre os lugares e sobre o habitar contemporâneo, entendendo a arquitectura como uma disciplina específica do pensamento e do conhecimento.

2 Mote temático - ] “colectivo” [

] colectivo1, adj. (Do lat. collectivus, ‘recolhido’). 1. Que compreende ou abrange muitas coisas ou pessoas. (…) 2. Que é relativo a um conjunto ou grupo de pessoas ou coisas. (…) 3. Que é o resultado da acção de diversas pessoas. (…). 4. Gram. Diz-se dos substantivos que, formalmente no singular, designam um conjunto de pessoa, animais ou coisas da mesma espécie. Povo, enxame e papelada são substantivos colectivos. (…). colectivo2, s.m. (Do lat. collectivus, ‘recolhido’). 1. Conjunto de pessoas agrupadas naturalmente ou unidas por interesses, ideais… comuns. = COLECTIVIDADE, COMUNIDADE. (…) 2. Gram. Substantivo comum que, formalmente no singular, designa um conjunto de seres ou de coisas da mesma espécie. Rapaziada e ninhada são exemplos de colectivos (…). [

Em: Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, Academia das Ciências de Lisboa, Editorial Verbo, 2001

Juan Munoz, “Many times”, Polyester e resinas, dimensões várias, Fundação Serralves, Porto, 2009

Falar de arquitectura implica a assunção de uma ideia de colectivo, de interacção social e cultural entre pessoas e os espaços que determinam as suas acções. A evidência desta relação torna o exercício do arquitecto como uma experiência antropológica. A noção de que a organização do espaço determina comportamentos e contribui para a qualidade das relações humanas, é um dos mais significativos e enigmáticos motores de construção do habitar, pelo seu sentido de imprevisibilidade e pela diversidade de factores que convergem na criação dos lugares. Trazer este tema para o centro do nosso trabalho, significa pensar a arquitectura como um dispositivo complexo capaz de reinventar num determinado tempo e local, novas relações de colectividade.

Sendo o projecto uma projecção no futuro, intervir e construir não serão apenas uma mera imposição de uma visão, ou leitura sobre a realidade, mas antes a capacidade de criar uma narrativa que dê corpo à construção de um habitat e de um lugar público, capaz de gerar relações e de conter todos os níveis de privacidade e de colectividade.Procura-se, através de acções concretas de projecto a escalas de intervenção distintas, desenvolver uma leitura crítica sobre a evidência do conceito de colectivo, encontrando novas formas de organizar as estruturas espaciais e relacionais e assim desenvolver igualmente uma leitura crítica sobre a arquitectura, a história e a contemporaneidade.

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3 Programa

O trabalho do 2º semestre consiste na elaboração de um projecto de arquitectura para um equipamento público com cerca de 2000m2, assim como a caracterização do seu espaço público adjacente.O trabalho desenvolvido durante o 1º Semestre baseado em leituras interpretativas e propositivas para o território do concelho de Óbidos, permitiu atingir um grau de conhecimento sobre a área de intervenção, que pode agora ser revisitado, tornando-se operativo para o enquadramento das áreas seleccionadas a intervir.

Procura-se desenvolver um programa de carácter sócio-cultural que funcione como elemento catalizador das actividades públicas e locais destes pequenos aglomerados populacionais, que gravitam em torno da Vila de Óbidos, e que simultaneamente introduza novos valores de urbanidade. Um edifício que interprete a condição dialéctica com que estes lugares diariamente se confrontam - a proximidade a um mundo rural e a presença de uma nova realidade urbana - e que recupere e integre uma relação com a paisagem envolvente.

3.1. Lugares de encontro

Alberto Giacometti, “Piazza”, 1947-1948 A-da-Gorda, Óbidos, “jogo dos palitos”, 1955-60Bronze, 21x62x43 cm. Colecção Peggy Guggenheim, Nova Iorque. Arquitectura Popular em Portugal, vol.2, pág 37.

Na primeira imagem, “quatro homens caminham através de uma ampla praça deslocando-se em direcção ao centro mas, aparentemente nenhum se dirige ao encontro do outro. Uma única mulher, cuja postura hirta recorda Standing Woman, permanece próximo do centro, isolada e sem movimento. As figuras inexpressivas existem independentemente da sua casual unidade de grupo, dos seus múltiplos caminhos não convergentes, sugerindo ambições e absorções individuais.” Elizabeth C. Childs, Guggenheim Museum

A segunda imagem representa um grupo de homens reunidos no interior de um recinto murado a jogar o jogo dos palitos. O recinto, de forma rectangular alongada, é contido por um muro perimétrico com cerca de 1 metro de altura, moldado à escala e movimentos dos homens, espaço suficiente para se estabelecerem as relações necessárias e gerar um lugar lúdico, de jogo, de recriação e de encontro. O muro-recinto funciona aqui como um dispositivo arquitectónico que, além de construir um espaço de transição de níveis entre rua e terreiro, vem desempenhar uma função social e cultural vital para a comunidade de A-da-Gorda.

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“In the street people astound and interest me more than any sculpture or painting. Every second the people stream together and go apart, then they approach each other to get closer to one another. They unceasingly form and re-form living compositions in unbelievable complexity... It’s the totality of this life that I want to reproduce in everything I do...”Alberto Giacometti: A Retrospective Exhibition, New York, 1974

Curiosamente o trabalho do arquitecto não estará distante desta reflexão, deveria debruçar-se com uma maior profundidade, sobre esta inacreditável complexidade de que fala Giacometti, as pessoas como motores de uma incessante redefinição do habitar, centradas na dimensão pública do espaço, no lugar de todas as acções e encontros, no espaço da arquitectura.

Se nos focarmos nas realidades vivências destes pequenos aglomerados populacionais onde iremos intervir, percebemos que já há muito perderam o sentido de comunidade que ainda conseguimos reconhecer em algumas pequenas aldeias tradicionais. Os lugares de convergência e de centralidade desempenham a importante função de devolver um sentido de identidade a estas comunidades, mas também de introduzir novas dinâmicas que consigam estabelecer os equilíbrios possíveis face às transformações constantes do território.Pensar um equipamento público neste contexto, implica reflectir sobre a sua capacidade de dar corpo e intensidade a estes lugares de encontro.

3.2 Espaço público e edifício público

Mercado Público de Comenda, Gavião, 2006 Arquitectos, Telmo Cruz, Maximina Almeida e Pedro Soares

Um edifício público, na essência, deve gerar espaço público, mesmo onde ele parece não existir. Um edifício público é por natureza um lugar público. O percurso que o atravessa, ou que o liga a um determinado contexto, inicia-se algures no espaço exterior, público, domínio do cidadão. O seu propósito carrega, portanto, a responsabilidade de gerar, ou estabelecer essa possível e inevitável continuidade. Gera também, a cada momento, a possibilidade de uma nova centralidade, como marca de uma singularidade. Definir, enfatizar e corporalizar o carácter dessa singularidade, torna-se determinante para clarificar e atribuir significado à sua topologia e tipologia. Qual o seu papel na construção da paisagem e dos lugares?A sua condição é determinada pelo grau de porosidade e de permeabilidade com o espaço público, mas também pela intensidade das dinâmicas que gera. A dialéctica edifício/espaço públicos, como transição e interacção entre interior e exterior públicos, torna-se numa qualidade incontornável e determinante para a caracterização da sua relação com os lugares. O Mercado público de Comenda, gerado a partir da ideia de rua pública e propondo uma linguagem de diálogo entre rural e urbano, é um bom exemplo desta dialéctica.

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3.3 Óbidos - uma referência territorial

No primeiro semestre de 2010/ 2011, os alunos do 4º ano levaram a cabo uma reflexão sobre o território do concelho de Óbidos, apreendendo a sua diversidade e especificidade. Além do lado turístico associado tanto à vila histórica e seus eventos (Festival do Chocolate, Vila Medieval, Vila Natal, entre outros) e aos resorts turísticos mais recentes (destacando-se o do Bom Sucesso, pela aposta na arquitectura de autor como factor de diferenciação face a outros complexos já existentes na região), verifica-se que as várias freguesias e lugares do concelho do Óbidos apresentam uma grande pluralidade.

“Da Serra ao Mar” poderia ser o mote para descrever a variedade de situações urbanas e paisagísticas que se inscrevem nos limites do concelho. A Leste da Autoestrada A8, abundam localidades de desenvolvimento linear, ao longo de linhas de festo, fortemente ligadas à agricultura de pequena escala. A Oeste da A8, desenvolvem-se vales e várzeas, outrora ocupadas pelo mar (que chegava quase até às muralhas de Óbidos) e que hoje beneficiam dos solos ricos e das chuvas que descem desde a Serra. O limite Oeste / Norte do concelho correspondem á fronteira entre o sólido e o líquido, com pinhais e outras manchas de arvoredo a chegarem tanto ao mar, como à Lagoa de Óbidos (partilhada com o concelho das Caldas da Rainha).

Os assentamentos urbanos existentes divergem assim na sua estrutura física, na forma como se organizam, na forma como se relacionam com a paisagem próxima e distante, bem como na natureza desta. O uso do espaço público é naturalmente moldado por estas distintas conjugações de circunstâncias, determinando assim diferentes necessidades / possibilidades para a construção de um edifício público

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Locais de intervenção

Propomos aos alunos a possibilidade de experimentarem esta variedade ao deixar em aberto a escolha do local de intervenção entre três opções distintas, correspondendo a outros tantos lugares:

A-da-Gorda, aldeia “suburbana” relativamente a Óbidos, encostada à A8 numa encosta a Poente e cujo largo central é exemplo quase paradigmático dos elementos que definem e suportam o uso colectivo e público do espaço exterior.

Sobral da Lagoa, aldeia situada numa península rochosa, outrora local de pescadores, agora transformada em local onde “se vai” (e não onde se passa) por uma combinação de topografia acentuada e mobilidade condicionada mas cuja posição altimétrica lhe confere um domínio sobre grande parte da paisagem do concelho.

Olho Marinho, aldeia situada num fundo de vale, ligada às actividades agrícolas nas ricas várzeas de Óbidos, e cuja fundação histórica se relaciona com a presença de uma linha de água ainda hoje visível, cruzando os temas da relação entre natural e artificial, entre paisagem e construção.

Nota:As bases de trabalho relativas a cada um destes locais, bem como outra informação referente à totalidade do concelho de Óbidos, podem ser acedidos em: http://home.fa.utl.pt/~miarq4p5

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3.4 Programa Funcional

No seguimento do descrito anteriormente, propõe-se um programa com duas valências distintas, que se direccionam tanto para a actual população local (maioritariamente envelhecida e ainda ligada às actividades rurais), como para a futura população a captar (idealmente associada a empresas criativas que queiram apostar na descentralização) e que, sobretudo, se destinam a fazer convergir essas duas realidades no espaço e no tempo. O programa que se descreve seguidamente deverá ser interpretado criticamente pelo aluno, introduzindo o carácter e significado que melhor se adapta às condições de trabalho lançadas.

Apoio Local (área total) 2000 m2Apoio Local (área total) 2000 m2Apoio Local (área total) 2000 m2

Espaço(s) Área (m2)

Sede de Junta de Freguesia Deve incluir zona de entrada / espera, zona de atendimento / secretaria, sala de reuniões, gabinetes de trabalho (incluindo um equipado para consultas médicas, com lavatório), copa / instalações sanitárias.

150

Centro de Apoio ao Idoso Espaço destinado ao encontro e convívio da população idosa, incluindo zona de estadia, jogos e refeições (confeccionadas exteriormente, servidas a partir de cozinha/copa a prever). Deve incluir IS.

200

Café Com acesso directo do exterior, esplanada, arrumos, cozinha, acesso de serviço e IS própria.

125

Salão Recreativo Para uso polivalente, com um pé-direito mínimo de 4,5 m e sem elementos estruturais a meio do espaço, que seja capaz de acolher exposições e eventos diversos (bailes, casamentos, festas, assembleias, exposições). Deve incluir uma zona de arrumos para mobiliário e equipamento.

300

Espaço exterior coberto Capaz de dar continuidade ao Salão recreativo e suportar actividades no exterior (mercados / feiras / exposições).

200

Casas de banho públicas 25

Indústrias CriativasIndústrias CriativasIndústrias Criativas

Notas Área (m2)

Unidade de “Apoio de Base à Criatividade” (ABC)

Espaços destinados a receber startups com espaços variados (área entre 50 e 150m2, pés-direitos simples ou duplos, possibilidade de mezaninos). Deve prever-se a possibilidade de vários espaços serem unidos entre si, bem como a possibilidade de algumas empresas poderem realizar trabalhos no exterior (em zona de acesso controlado).

500

Unidades Habitacionais (4) Para utilização como residências temporárias (para artistas, criadores, realojamento de emergência ou outros visitantes).

500

Conforme referido, a noção de edifício público pressupõe igualmente a abordagem ao tópico do “espaço público”,. Assim, além do elenco funcional descrito anteriormente, os alunos deverão prever a criação e caracterização do espaço público adjacente ao edifício a projectar.

Esta intervenção deverá ser qualificada, articulando aspectos pré-existentes (percursos, elementos singulares, sistemas de vistas) com os aspectos fundamentais dos planos ou propostas para esses mesmos locais (morfologia, usos, percursos entre outros).

Alerta-se para a necessidade de prever estacionamento em número adequado aos utentes regulares (sobretudo para a Junta) e para a necessidade de garantir a possibilidade de realizar cargas e descargas pesadas para a Unidade ABC.

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4 Metodologia

Do conceito ao detalhe; da utopia ao projecto-alternativo; da realidade à abstracção e da abstracção a uma representação da realidade.

Pretende-se que cada aluno se posicione através do projecto, numa perspectiva de leitura, desenho, experimentação e síntese-construção do espaço arquitectónico, explorando uma metodologia de trabalho que procure simultaneamente relacionar opções conceptuais com resoluções técnicas e funcionais, operando num campo onde se colocam em confronto dados de uma realidade concreta, com a abstracta. A componente laboratorial e de investigação em torno do projecto, deverá tornar sempre presente a articulação dos diferentes conteúdos temáticos.

O projecto será desenvolvido através da manipulação, a diferentes escalas, do desenho e da maqueta, operando a partir do sentido construído por uma estratégia arquitectónica, uma construção coerente que opere desde as escalas de concepção às escalas do lugar urbano, através das ferramentas essências dos arquitectos: os esquissos, as maquetas de trabalho, desenhos rigorosos, modelos tridimensionais, fotomontagens, textos críticos e elementos que demonstrem as qualidades conceptuais, espaciais, ambientais e materiais do projecto.

5 Faseamento

De acordo com a lógica referida anteriormente, o projecto deverá ser desenvolvido em 4 fases distintas (e com diferentes “temas” chave, pese embora a evidente e natural continuidade entre fases e temas). O trabalho estruturar-se-á assim nas fases que se descrevem:

Fase 1 Território e Lugar (Programa)(escalas de referência variadas) – Correspondendo a uma leitura e análise crítica da área de intervenção seleccionada e do programa funcional proposto, bem como uma interpretação do mesmo em função dos locais de trabalhos disponíveis. Nesta fase deverá ser garantida a definição das principais características da proposta (distribuição programática, circuitos funcionais, relações com envolvente próxima e distantes, principais opções materiais) sob a forma de diagramas e outros elementos gráficos esquemáticos. È desejável que se proceda a uma abordagem aos temas da materialidade, identificando-se os principais materiais que se pretende utilizar.

Fase 2 Edifício público e Espaço público (Estudo prévio) (escala de referência 1:500, 1:200 e 1:20) – resolução do programa funcional apresentado, incluindo a explanação inequívoca das principais características da proposta (morfologia, expressão, organização) com recurso a desenhos convencionais (plantas, cortes, alçados) e argumentação visual (renders, perspectivas) capazes de ilustrar a perspectiva do utilizador. È fundamental a defesa e explanação das relações estabelecidas com a envolvente imediata (mediante perfis de conjunto ou fotomontagens), ilustrando as possibilidades de apropriação / utilização dos espaços exteriores e a relação com o edificado existente e proposto. A abordagem aos temas de construção e da materialidade do projecto deverá ser reforçada (em relação à fase anterior) e ilustrada com recurso a corte construtivo.

Fase 3 Espaço e Ambientes (Projecto Base)(escala de referência 1:100 / 1:50 e 1/20) – Correspondendo ao desenvolvimento e abordagem de um espaço significante do projecto, a desenvolver nas suas várias dimensões (alçados interiores, planta de pavimento e tectos), ilustrando aspectos eminentemente constitutivos (estereotomias, transições). O papel da matéria e dos seus limites (juntas, dimensões, estereotomias) deverá ser abordada e expressa tanto sob a forma de desenhos, como de modelos. Deverá ser evidenciado o domínio e natureza da solução estrutural do edifício, bem como acomodado o impacte de outros sistemas essenciais à habitabilidade interior.

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Fase 4 Matéria e Construção (Projecto de execução)(escalas de referência 1:20 / 1:10) – Consistindo no desenvolvimento de um corte tipo de fachada incluindo uma zona de vão, descrevendo as principais apostas em termos de constituição e estrutura (incluindo revestimentos interiores e exteriores).

A comunicação e a representação de um projecto constituem duas componentes fundamentais da expressão arquitectónica. Será fundamental que cada projecto estabeleça, através das ferramentas disponíveis, um grau de diálogo capaz de traduzir com rigor as opções conceptuais, assim como a sua concretização ao nível desenho e de outros elementos do projecto, de modo a apostar claramente na qualidade e não na quantidade da informação apresentada.

Nesse sentido, cada fase deverá resultar na produção de um painel de formato A1, ao alto (com legenda numa faixa inferior com 3cm de altura). Em cada uma das fases / entregas, os alunos deverão entregar uma maqueta correspondente aos temas / escalas abordados. No caso da fase 3, sugere-se que os alunos apresentem igualmente uma maqueta da solução estrutural adoptada.

Ao longo das várias fases, haverá lugar a apresentações intermédias, sendo que a avaliação no final do semestre consistirá numa apresentação final a um júri de docentes de 4º ano, incluindo professores externos à turma MIARQ4F.Em cada apresentação / entrega, cada aluno deverá apresentar a totalidade dos painéis já produzidos, enquadrando assim a evolução do trabalho no seu todo. No final do semestre, haverá lugar a uma revisão dos painéis produzidos em função das características do projecto final, actualizando os elementos produzidos em fases iniciais do projecto com vista ao exame final (época regular ou de recurso).

No final do Semestre deverá ser entregue uma redução dos painéis no formato PDF em formato A3, com a resolução de 300 DPI, formato digital [em CD ou pen USB].

6 Seminários

De acordo com o programa lançado pelo coordenador do 2º Ciclo do Mestrado Integrado em Arquitectura, serão realizados regularmente seminários temáticos, com a participação dos vários professores do 4º ano, que contribuirão para um melhor enquadramento e desenvolvimento dos temas de projecto.

7 Elementos complementares

O processo de registo desenvolvido ao longo do Semestre em diferentes suportes de desenho, deverá ser guardado em capas de cartão A1 ou A2, identificadas e organizadas no sentido cronológico e apresentado no final de cada Fase de projecto e no exame. Deverá conter todos os elementos fundamentais que documentem o desenvolvimento do trabalho. Considera-se também como processo todas as Maquetas de estudo elaboradas ao longo do semestre.

8 Modalidades e critérios de avaliação

A avaliação da disciplina possui três componentes: 1 A avaliação continua (o desenvolvimento dos trabalhos, a participação e a presença nas aulas);2 A avaliação periódica que incide sobre as apresentações públicas de cada um dos trabalhos realizados;3 A apresentação em exame de semestre das várias competências que dão corpo e densidade ao projecto.

FACULDADE DE ARQUITECTURA – ANO LECTIVO DE 20010-2011 MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA - LABORATÓRIO DE PROJECTO V – 2º SEMESTRE

DOCUMENTO 02 – TEMA E PROGRAMA Coordenador do ano: Professor Catedrático: José Pinto Duarte

Docentes da Turma F: Professores Pedro Pacheco e António Santos

10 de 12Programa Turma F - 2º S 2010-2011 - Doc 02

Page 11: FAUTL DOC 02 4F-2S TEMA E PROGRAMA 10-11 110223home.fa.ulisboa.pt/~miarq4p5/2010-11/1...Diz-se dos substantivos que, formalmente no singular, designam um conjunto de pessoa, animais

A avaliação terá em atenção a ponderação e os critérios de avaliação indicados a seguir.

a) Ponderação:

10% programa 25% estudo prévio 25% anteprojecto 25% projecto de execução 10% apresentação final 05% assiduidade

b) Parâmetros:

Conceito: Clareza do conceito Respeito pelo conceito nas diversas escalas do trabalho Sustentabilidade do conceito

Espacialidade: Qualidade do sistema espacio-funcional, Respeito pelas exigências de conforto ambiental, Valor plástico das soluções espaciais.

Linguagem: Clareza da linguagem arquitectónica, Materialidade, Plasticidade.

Construtividade: Rigor técnico das soluções construtivas, Clareza do sistema construtivo, Articulação com o sistema espacial, Articulação com a linguagem arquitectónica, Tratamento das infra-estruturas.

Apresentação: Clareza dos elementos, Qualidade gráfica, Capacidade dos elementos apresentados para descrever a solução.

c) Penalizações:Esclarece-se que, de acordo com directivas da coordenação do ano, haverá lugar a uma majoração negativa na avaliação dos trabalhos em caso de atraso na entrega dos elementos de cada fase.

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DOCUMENTO 02 – TEMA E PROGRAMA Coordenador do ano: Professor Auxiliar: José Pinto Duarte

Docentes da Turma F: Professores Pedro Pacheco e António Santos

11 de 12Tema e Programa Turma F - 2º S - Doc 02

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9 Bibliografia de referência

ALEXANDRE, Christopher - The Timeless way of building: Oxford University Press, New York, 1979.ADJAYE, David – Making Public Buildings – Specificity Customization Imbrication: Edited by Peter Allison, Thames & Hudson, Loners, 2006.ALEXANDRE, Christopher et alt., A Pattern Language: Towns, Buildings, Construction: Oxford University Press, New York,1977.ALEXANDRE, Christopher, et alt., A New Theory of Urban Design: Oxford University Press, New York, 1987.BAEZA, Campos - Pensar com as mãos: Caleidoscópio, Lisboa, 2011.CULLEN, Gordon - Paisagem Urbana, Arquitectura e Urbanismo: Edições 70, Lisboa.DEPLAZES, Andrea - Constructing Architecture, Materials, Processes, Structure (handbook): Birkhauser, Basel, 2005.DOMINGUES, Álvaro - A Rua da Estrada: Dafne Editora, Porto, 2010.JUDD, Donald - Spaces: Cantz, 1993.JUDD, Donald - Arquitectura In Marfa, Texas: Birkhauser, URE, Peter Fluckiger, 2007.PORTAS, Nuno – Arquitectura(s): teoria e desenho, investigação e projecto. Porto: Edição FAUP, 2005.RIBEIRO TELLES, Gonçalo; CALDEIRA CABRAL, Francisco – A árvore em Portugal: 2ª edição, Assírio & Alvim,Lisboa, 1990.SIZA, Álvaro - textos - 01 textos: Editora Civilização, Porto, 2009.TEOTÓNIO PEREIRA, Nuon; PINTO DE FREITAS, António; SILVA DIAS, Francisco - Arquitectura Popular em Portugal, Volume 2: Edição OAP, Lisboa 2004.TORRES, Elías – Zenithal light – Doctoral thesis: COAC-Col.legi d'Arquitectes de Catalunya, 2005.ZIMMERMANN, Astrid - Constructing Landscape, Materials, Techniques, Structural Components: Birkhauser, Basel, 2008.ZUMTHOR, Peter - Atmospheres: Birkhauser, Publishers for Architecture, Basel, Boston, Berlin, 2006.ZUMTHOR, Peter - Pensar a Arquitectura: Editorial Gustavo Gili, Barcelona, 2005.

FACULDADE DE ARQUITECTURA – ANO LECTIVO DE 20010-2011 MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA - LABORATÓRIO DE PROJECTO V – 2º SEMESTRE

DOCUMENTO 02 – TEMA E PROGRAMA Coordenador do ano: Professor Catedrático: José Pinto Duarte

Docentes da Turma F: Professores Pedro Pacheco e António Santos

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