FEBRE REUMÁTICA

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FEBRE REUMÁTICA Roberto Franklin Orientadoras: Dra. Antonela e Dra. Sueli R. Falcão Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF www.paulomargotto.com.br 28/6/2009

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FEBRE REUMÁTICA. Roberto Franklin Orientadoras: Dra. Antonela e Dra. Sueli R. Falcão Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF www.paulomargotto.com.br 28/6/2009. Caso Clínico. Identificação: LLS, 12anos, feminina, estudante, natural e procedente de Barreiras– BA. Queixa Principal: - PowerPoint PPT Presentation

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FEBRE REUMÁTICA

Roberto Franklin

Orientadoras: Dra. Antonela e Dra. Sueli R. FalcãoHospital Regional da Asa Sul/SES/DF

www.paulomargotto.com.br 28/6/2009

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Caso ClínicoCaso Clínico Identificação:Identificação:

LLS, 12anos, feminina, estudante, natural e LLS, 12anos, feminina, estudante, natural e procedente de Barreiras– BA.procedente de Barreiras– BA.

Queixa Principal:Queixa Principal: ““Dor nas pernas há 08 dias”Dor nas pernas há 08 dias”

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HDA:HDA: Paciente refere dor e edema em joelhos e Paciente refere dor e edema em joelhos e

tornozelos há 08 dias de moderada intensidade, tornozelos há 08 dias de moderada intensidade, que piorava com a deambulação, com padrão que piorava com a deambulação, com padrão migratório e assimétrico associada à febre aferida migratório e assimétrico associada à febre aferida (cerca de 38°) intermitente, com duração de 04 (cerca de 38°) intermitente, com duração de 04 dias, estando afebril há 04 dias. Nega uso de dias, estando afebril há 04 dias. Nega uso de medicações.medicações.

Paciente refere ainda taquicardia há 05 Paciente refere ainda taquicardia há 05 dias, associada a dor torácica de leve intensidade, dias, associada a dor torácica de leve intensidade, intermitente. intermitente.

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Nega náuseas, vômitos, sudorese, diarréia, Nega náuseas, vômitos, sudorese, diarréia, hiporexia ou alterações urinárias.hiporexia ou alterações urinárias.

Nega quadro prévio de infecção em Nega quadro prévio de infecção em orofaringe nas últimas semanas. Nunca orofaringe nas últimas semanas. Nunca apresentou sintomatologia semelhante.apresentou sintomatologia semelhante.

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Revisão de Sistemas:Revisão de Sistemas: Paciente refere leve dispnéia aos esforços durante Paciente refere leve dispnéia aos esforços durante

cerca de 02 dias antes do início do quadro atual.cerca de 02 dias antes do início do quadro atual. Refere ainda edema de MMII nos primeiros dias Refere ainda edema de MMII nos primeiros dias

do quadro.do quadro.

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Antecedentes Pessoais:Antecedentes Pessoais: Nascida de parto normal à termo, sem Nascida de parto normal à termo, sem

intercorrências perinatais, não sabiam referir intercorrências perinatais, não sabiam referir sobre dados do parto. sobre dados do parto.

Calendário vacinal completo (SIC).Calendário vacinal completo (SIC). DNPM adequado.DNPM adequado.

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Antecedentes Patológicos:Antecedentes Patológicos: Nega internações, cirurgias ou patologias prévias.Nega internações, cirurgias ou patologias prévias. Nega alergias medicamentosas.Nega alergias medicamentosas.

Antecedentes Familiares:Antecedentes Familiares: Mãe 35 anos, G6P5A1Mãe 35 anos, G6P5A1 Pai 38 anos, hígido.Pai 38 anos, hígido. Irmãos vivos e hígidos.Irmãos vivos e hígidos.

LM exclusivo até os 5 meses, hoje em dia LM exclusivo até os 5 meses, hoje em dia

alimentação rica em carboidratos e proteínas, e alimentação rica em carboidratos e proteínas, e pobre em fibras.pobre em fibras.

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Exame FísicoExame Físico Sinais Vitais:Sinais Vitais:

FC:120bpm; FR:17ipm; Tax: 36,7°; FC:120bpm; FR:17ipm; Tax: 36,7°; PA: 117x68mmHg (P95: 123x80); P: 35kg; E:1,43m.PA: 117x68mmHg (P95: 123x80); P: 35kg; E:1,43m.

Ectoscopia: Ectoscopia: Paciente em BEG, hipocorada (+/4+), eupnéica, afebril, anictérica, Paciente em BEG, hipocorada (+/4+), eupnéica, afebril, anictérica,

acianótica, hidratada e consciente.acianótica, hidratada e consciente. Pele:Pele:

ausência de pápulas, vesículas ou nódulos.ausência de pápulas, vesículas ou nódulos. Oroscopia:Oroscopia:

sem alterações. sem alterações. Linfonodos :Linfonodos :

Impalpáveis. Impalpáveis.

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Aparelho Respiratório:Aparelho Respiratório: MVF, S/ RA.MVF, S/ RA.

Aparelho Cardiovascular:Aparelho Cardiovascular: Tórax calmo, ictus propulsivo medindo uma polpa Tórax calmo, ictus propulsivo medindo uma polpa

digital, localizada em 4°EIC com LHCE, móvel, digital, localizada em 4°EIC com LHCE, móvel, RCR 2T, BNF, sopro sistólico 3+/6+ em foco RCR 2T, BNF, sopro sistólico 3+/6+ em foco mitral.mitral.

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Abdome:Abdome: plano, flácido, RHA+, traube livre, fígado plano, flácido, RHA+, traube livre, fígado

palpável há 01cm do RCD, não doloroso à palpável há 01cm do RCD, não doloroso à palpação, sem tumorações palpáveis.palpação, sem tumorações palpáveis.

Extremidades:Extremidades: discreto edema em ambos os tornozelos, doloroso discreto edema em ambos os tornozelos, doloroso

à deambulação e à palpação.à deambulação e à palpação.

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Exames LaboratoriaisExames Laboratoriais11°DIH (05/04)°DIH (05/04)

Gli: 116Gli: 116

U: 28U: 28

Cr: 0,5Cr: 0,5

TGO: 15TGO: 15

TGP: 14TGP: 14

Na: 143Na: 143

K: 5,3K: 5,3

Cl: 108Cl: 108

Leuco: 13500Leuco: 13500

Neut: 78%Neut: 78%

Bast: 02%Bast: 02%

Linf: 17%Linf: 17%

Mono: 03%Mono: 03%

Baso: 00%Baso: 00%

Eos: 00%Eos: 00%

VHS: 10VHS: 10

Ht: 35,8Ht: 35,8

Hb: 11,5Hb: 11,5

VCM: 77VCM: 77

CHCM: 24,9CHCM: 24,9

EAS: EAS: leuco 12p/cleuco 12p/cCED: 6p/cCED: 6p/cFlora (+)Flora (+)

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Evolução Evolução 22°DIH (06/04): °DIH (06/04):

Manutenção da dor ao deambular e taquicardia;Manutenção da dor ao deambular e taquicardia; Exames: ASLO: 198; PCR:1,51; Exames: ASLO: 198; PCR:1,51; αα-glico: 253.-glico: 253.

44°DIH (08/04):°DIH (08/04): Inciado AAS 500mg 6/6hs.Inciado AAS 500mg 6/6hs. Exames: ASLO: 216; PCR:0,76; Exames: ASLO: 216; PCR:0,76; αα-glico: 237-glico: 237

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Evolução Evolução 55°DIH (09/04):°DIH (09/04):

Melhora importante da dor;Melhora importante da dor; Solicitado Cintilografia Solicitado Cintilografia Miocárdica e EcocardioMiocárdica e Ecocardio Feito Pen.Benzatina 1.200.000 UI dose Feito Pen.Benzatina 1.200.000 UI dose

66°DIH (10/04):°DIH (10/04): Iniciado Albendazol e solicitado PPD.Iniciado Albendazol e solicitado PPD.

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Evolução Evolução 1313°DIH (18/04):°DIH (18/04):

Resultado de Cintilografia miocárdica: Negativo Resultado de Cintilografia miocárdica: Negativo para cardite ativa;para cardite ativa;

PPD: 20 mm, forte reatorPPD: 20 mm, forte reator Solicitado parecer da Reumatologia: Artrite Solicitado parecer da Reumatologia: Artrite

reacional Pós-infecciosa?reacional Pós-infecciosa? Ecocardiograma: NormalEcocardiograma: Normal

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FEBRE REUMÁTICAFEBRE REUMÁTICA

““É uma doença auto-imune, não supurativa, É uma doença auto-imune, não supurativa, desencadeada por uma infecção de desencadeada por uma infecção de

orofaringe causada pelo estreptococo orofaringe causada pelo estreptococo --hemolítico do grupo A de Lancefield, em hemolítico do grupo A de Lancefield, em

indivíduos geneticamente predispostos” indivíduos geneticamente predispostos”

Tanaka,ACS.Manual de Cardiologia:SOCESP;2000;pg 271

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ESTREPTOCOCO HEMOLÍTICO GRUPO A

De acordo com a sua capacidade de hemólise: hemolítico: hemólise parcial hemolítico: hemólise total γ hemolítico: sem hemólise

Por grupos segundo o carboidrato da parede celular: desde o grupo A até grupo O

Por sorotipos: de acordo à proteína M da capa externa

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Fatores de VirulênciaFatores de Virulência ProteinaseProteinase HialuronidaseHialuronidase GlucuronidaseGlucuronidase DNAseDNAse RnaseRnase LipoproteaseLipoprotease FosfataseFosfatase Amilase e outrasAmilase e outras

HEMOLISINASHEMOLISINAS estreptolisina Oestreptolisina O estreptolisina Sestreptolisina SProvocam lise celular. Não Provocam lise celular. Não

imunogênicasimunogênicas EstreptoquinaseEstreptoquinase

Lisa coágulos, facilitando Lisa coágulos, facilitando a disseminação a disseminação bacteriana.bacteriana.

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EtiologiaEtiologia Infecção da orofaringe por estreptococo Infecção da orofaringe por estreptococo -hemolítico -hemolítico

do grupo A do grupo A

S. pyogenes tipo M 1, 3, 5, 6, 18 e 24 S. pyogenes tipo M 1, 3, 5, 6, 18 e 24

O tratamento da infecção aguda elimina o risco da FRO tratamento da infecção aguda elimina o risco da FR

A infecção com persistência do microrganismo A infecção com persistência do microrganismo desencadeia uma resposta imune desencadeia uma resposta imune

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EpidemiologiaEpidemiologia Pequena parcela da população (0.3 a 3%)Pequena parcela da população (0.3 a 3%)

Idade: 5 a 15 anosIdade: 5 a 15 anos

Maior incidência em algumas famílias ou aglomeraçõesMaior incidência em algumas famílias ou aglomerações

Concordância em gêmeos monozigóticosConcordância em gêmeos monozigóticos

Outono, inverno e início de primaveraOutono, inverno e início de primavera

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PatogeniaPatogenia Efeito tóxico produzido por uma toxina extracelular Efeito tóxico produzido por uma toxina extracelular

do estreptococo sobre órgãos-alvodo estreptococo sobre órgãos-alvo

Resposta imune anormal :Resposta imune anormal : Imunocomplexos resultantes causariam lesão imunológicaImunocomplexos resultantes causariam lesão imunológica Produção de superantígenos pelo estreptococoProdução de superantígenos pelo estreptococo Reatividade cruzada entre a proteína M e o tecido humano Reatividade cruzada entre a proteína M e o tecido humano

(mimetismo celular)(mimetismo celular) Autoanticorpos e células T auto-reativas em tecido

cardíaco

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Estreptococos

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PatogeniaPatogenia Caracterizada por 3 fases:Caracterizada por 3 fases:

Edematosa: infiltrados celulares e necrose Edematosa: infiltrados celulares e necrose fibrinóidefibrinóide

Granulomatosa: formação de nódulos (Aschoff)Granulomatosa: formação de nódulos (Aschoff) Cicatricial: bandas de fibrina que lesam as Cicatricial: bandas de fibrina que lesam as

válvulas cardíacasválvulas cardíacas

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Febre ReumáticaFebre Reumática Incidência das manifestações: artrite (75%), Incidência das manifestações: artrite (75%),

cardite (50%), nódulos subcutâneos (10%), cardite (50%), nódulos subcutâneos (10%), coréia de Sydenham (2%), eritema marginado coréia de Sydenham (2%), eritema marginado (2%).(2%).

Duração da Febre Reumática: Duração da Febre Reumática: aproximadamente 3 meses.aproximadamente 3 meses.

Page 24: FEBRE REUMÁTICA

ArtriteArtrite Grandes Articulações Grandes Articulações Dor acentuada , limitação, calor, edema, ruborDor acentuada , limitação, calor, edema, rubor Assimétrica, MigratóriaAssimétrica, Migratória Cada articulação = 1 a 5 diasCada articulação = 1 a 5 dias Duração total = 1 a 3 semanasDuração total = 1 a 3 semanas Responde rapidamente ao AAS (24 – 48 h)Responde rapidamente ao AAS (24 – 48 h) Não deixa seqüelasNão deixa seqüelas

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Manifestações Articulares na FRManifestações Articulares na FR

Casos atípicosCasos atípicos

tempo de latência curto má resposta a AAS prolongada monoartrite aditiva coluna

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Cardite ReumáticaCardite Reumática ocorre em 50% dos casosocorre em 50% dos casos

às vezes vem isolada ou com com às vezes vem isolada ou com com artrite/artralgia/coréiaartrite/artralgia/coréia

pode vir com nódulos e eritema marginado pode vir com nódulos e eritema marginado

cardiopatia crônica ocorrerá em 30%cardiopatia crônica ocorrerá em 30%

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Cardite ReumáticaCardite Reumática

Manifestação mais específica da Febre Manifestação mais específica da Febre ReumáticaReumática

Pancardite Pancardite Endocárdio, Miocárdio e Endocárdio, Miocárdio e Pericárdio Pericárdio

Variável Variável Inflamação leve a ICC fulminante Inflamação leve a ICC fulminante Acomete de 70% a 91% (Ecodoppler) Acomete de 70% a 91% (Ecodoppler)

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Cardite ReumáticaCardite Reumática PericarditePericardite MiocarditeMiocardite Endocardite = soproEndocardite = sopro

Regurgitação mitral isolada……… 70-75%Regurgitação mitral isolada……… 70-75% Regurgitação mitral e aórtica..… 20-25%Regurgitação mitral e aórtica..… 20-25% Regurgitação aórtica isolada……… 5%Regurgitação aórtica isolada……… 5%

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Cardite ReumáticaCardite Reumática Valvulite (Endocardite)Valvulite (Endocardite)

Ausência Ausência Diagnóstico Improvável Diagnóstico Improvável V. Mitral, Cordas Tendíneas e V. AórticaV. Mitral, Cordas Tendíneas e V. Aórtica Insuficiência Mitral Insuficiência Mitral Lesão Característica Lesão Característica Insuficiência Aórtica Insuficiência Aórtica 2ª mais freqüente 2ª mais freqüente Clínica Clínica Sopro de Insuf. Mitral, Aórtica Sopro de Insuf. Mitral, Aórtica

Sopro de Carey CoombsSopro de Carey Coombs Valvas Espessadas, Cordas Encurtadas,Valvas Espessadas, Cordas Encurtadas,

Vegetações, RegurgitaçãoVegetações, Regurgitação Seqüela Seqüela Fibrose e Distorção Valvular Fibrose e Distorção Valvular

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Cardite ReumáticaCardite Reumática MiocarditeMiocardite

TaquicardiaTaquicardia Área CardíacaÁrea Cardíaca PR, BAV, QRS de Baixa Voltagem,PR, BAV, QRS de Baixa Voltagem,QT, QT,

Alterações de TAlterações de T Arritmias Atriais e Ventriculares Arritmias Atriais e Ventriculares

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No miocárdio são bem observáveis as lesões características da febre reumática, chamadas nódulos de Aschoff , constituídos de granulomas de macrófagos modificados em volta do material fibrinóide

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Cardite ReumáticaCardite Reumática PericarditePericardite

Inflamação dos Folhetos Parietais e VisceraisInflamação dos Folhetos Parietais e Viscerais Dor e Atrito PericárdicoDor e Atrito Pericárdico Elevação de STElevação de ST Eco Eco Espessamento Pericárdico + Derrame Espessamento Pericárdico + Derrame

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As lesões no pericárdio correspondem a uma pericardite fibrinosa em organização,  constituída por tecido de granulação jovem, com vasos neoformados e células inflamatórias

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Cardite LeveCardite Leve

TaquicardiaTaquicardia Abafamento da 1ª BulhaAbafamento da 1ª Bulha Sopro Mitral DiscretoSopro Mitral Discreto PRPR Área Cardíaca NormalÁrea Cardíaca Normal

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Cardite ModeradaCardite Moderada Sintomas de cardite leve acompanhados de:Sintomas de cardite leve acompanhados de:

Pericardite (dor e atrito)Pericardite (dor e atrito)

Sopro Mitral mais exuberante e sopro aórticoSopro Mitral mais exuberante e sopro aórtico

ECG: Sobrecarga Atrial e/ou Ventricular, ECG: Sobrecarga Atrial e/ou Ventricular, PR, PR, QT, QRS de Baixa VoltagemQT, QRS de Baixa Voltagem

Moderado da Área Cardíaca Moderado da Área Cardíaca

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Cardite GraveCardite Grave Sinais e sintomas de cardite moderada Sinais e sintomas de cardite moderada

acompanhados de:acompanhados de: Insuficiência Cardíaca FrancaInsuficiência Cardíaca Franca ArritmiasArritmias Sopro Mitral Holossistólico Alto com Sopro Sopro Mitral Holossistólico Alto com Sopro

Mesodiastólico (Carey-Coombs)Mesodiastólico (Carey-Coombs) Sopro Diastólico Aórtico de Alta FreqüênciaSopro Diastólico Aórtico de Alta Freqüência RX RX Grande Aumento da Área Cardíaca com Grande Aumento da Área Cardíaca com

Congestão PulmonarCongestão Pulmonar Rara no 1º surtoRara no 1º surto

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Coréia de SydenhamCoréia de Sydenham Manifestação tardia (Manifestação tardia ( 3 meses) 3 meses) Duração de Duração de 2 meses 2 meses Isolada é diagnósticaIsolada é diagnóstica Início insidioso, algumas vezes por um Início insidioso, algumas vezes por um

HemicorpoHemicorpo Fala explosiva e entrecortada, escrita Fala explosiva e entrecortada, escrita

incoordenadaincoordenada Acomete 1/3 dos pacientesAcomete 1/3 dos pacientes > meninas> meninas

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Face caretas língua voz

Extremidades sinal da ordenha sinal da colher sinal da pronação

Coréia de SydenhamCoréia de Sydenham Labilidade Emocional, Desatenção, AnsiedadeLabilidade Emocional, Desatenção, Ansiedade Movimentos Involuntários, incoordenados, Movimentos Involuntários, incoordenados,

pioram com a tensão e desaparecem no sonopioram com a tensão e desaparecem no sono Hipotonia Muscular Hipotonia Muscular

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Comportamento anormalComportamento anormal Alterações psiquiátricas Alterações psiquiátricas

mais graves:mais graves: Sintomas obsessivos Sintomas obsessivos

compulsivoscompulsivos Tiques (motores, vocais) Tiques (motores, vocais)

DepressãoDepressão TiquesTiques Hiperatividade com Hiperatividade com

déficit de atençãodéficit de atenção

Labilidade emocional:Labilidade emocional:

IrritabilidadeIrritabilidade Falta de atenção na Falta de atenção na

escolaescola

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Eritema MarginadoEritema Marginado Mancha eritematosaMancha eritematosa Centro claroCentro claro Bordas arredondadas ou serpiginosasBordas arredondadas ou serpiginosas Desaparece com a digitopressãoDesaparece com a digitopressão Acentua com o calorAcentua com o calor Tronco e raízes dos membrosTronco e raízes dos membros Ausência de pruridoAusência de prurido

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Acompanham a carditeAcompanham a cardite

Nódulos SubcutâneosNódulos Subcutâneos surgem após as primeiras semanas

duro, indolor

tamanho de 0,5 a 2 cm

sobre superfícies extensoras e proeminências ósseas

raramente duram mais de um mês

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Nódulos SubcutâneosNódulos Subcutâneos

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CRITÉRIOS DE JONES (OMS 2002)CRITÉRIOS DE JONES (OMS 2002)

Sinais MaioresSinais Maiores• artrite• cardite• coréia• eritema marginado• nódulos subcutâneos

Sinais MenoresSinais MenoresClínicos: febre artralgia

Laboratoriais:• leucocitose• aumento do PR• VHS e PCR

Evidência de estreptococciaEvidência de estreptococciaCultura, ASO ou anti-DNase e/ou história de escarlatina

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Page 58: FEBRE REUMÁTICA

ExceçõesExceções Coréia isolada, com exclusão de outras causas

Cardite insidiosa com início tardio sem explicação

Recidiva reumática 

Page 59: FEBRE REUMÁTICA

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial Outras causas de poliartrite (artrite Outras causas de poliartrite (artrite

reumatóide, artrites virais, doença de Still, reumatóide, artrites virais, doença de Still, artrite reacional pós-infecciosa, etc)artrite reacional pós-infecciosa, etc)

LESLES HemoglobinopatiasHemoglobinopatias Endocardite infecciosaEndocardite infecciosa LeucemiaLeucemia

Page 60: FEBRE REUMÁTICA

Artrite Reacional Pós-InfecciosaArtrite Reacional Pós-Infecciosa Artrite aguda após faringoamigdalite em um Artrite aguda após faringoamigdalite em um

paciente que não preenche os critérios de paciente que não preenche os critérios de Jones,Jones,

Em geral é não migratória,Em geral é não migratória, Período latente é mais curto,Período latente é mais curto, Não responde bem a AAS ou AINEs,Não responde bem a AAS ou AINEs, Pequena quantidade de pacientes evolui para Pequena quantidade de pacientes evolui para

doença valvar cardíaca.doença valvar cardíaca.

Page 61: FEBRE REUMÁTICA

Reagentes de Fase AgudaReagentes de Fase Aguda Mucoproteínas (Alfa1-glicoproteína e mucoproteína Mucoproteínas (Alfa1-glicoproteína e mucoproteína

B):B): Elevadas até o fim da atividade inflamatória,Elevadas até o fim da atividade inflamatória, Não sofrem influência dos salicilatos ou corticóides.Não sofrem influência dos salicilatos ou corticóides.

VHS: VHS: inespecífico, normaliza-se com salicilatosinespecífico, normaliza-se com salicilatos

Proteína C reativa (PCR):Proteína C reativa (PCR): Primeiro marcador a subir e o primeiro a se normalizarPrimeiro marcador a subir e o primeiro a se normalizar

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Outros ExamesOutros Exames Hemograma: Anemia + Discreto Hemograma: Anemia + Discreto PMN PMN

Ecodopplercardiograma = I. Mitr., I. Ao., Ecodopplercardiograma = I. Mitr., I. Ao., Vol das Câmaras, Derrame Pericárdico Vol das Câmaras, Derrame Pericárdico

Cintilografia Cardíaca com Gálio 67 Cintilografia Cardíaca com Gálio 67 avalia avalia o processo inflamatório. Diferencia seqüela de o processo inflamatório. Diferencia seqüela de recorrência. recorrência.

Page 63: FEBRE REUMÁTICA

Estreptococcia AnteriorEstreptococcia Anterior Cultura da Orofaringe = Positiva em 25%Cultura da Orofaringe = Positiva em 25%

ASLO = Positiva ASLO = Positiva 500 U Todd >5 anos 500 U Todd >5 anos 333 U Todd <5 anos 333 U Todd <5 anos Anti-DNase B = Quando há dúvidas com ASLOAnti-DNase B = Quando há dúvidas com ASLO Anti-estreptoquinaseAnti-estreptoquinase Anti-HialuronidaseAnti-Hialuronidase

Page 64: FEBRE REUMÁTICA

TratamentoTratamento Etapa I - Prevenção primária Etapa I - Prevenção primária

(erradicação do estreptococo)(erradicação do estreptococo) Etapa II – Tratamento antiinflamatório Etapa II – Tratamento antiinflamatório

(AAS, esteróides)(AAS, esteróides) Etapa III- Suporte e manejo das complicaçõesEtapa III- Suporte e manejo das complicações Etapa IV- Prevenção secundária (prevenção Etapa IV- Prevenção secundária (prevenção

de ataques recorrentes)de ataques recorrentes)

Page 65: FEBRE REUMÁTICA

Profilaxia PrimáriaProfilaxia Primária estreptococos estão presentes na garganta de

4 a 28% de escolares saudáveis ( ≠ países)

alguns estreptococos causam infecções que podem desencadear autoimunidade

vacina ainda é apenas uma esperança antibióticos reduzem o risco de transmissão

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Prevenção Primária da Febre Reumática (Tratamento das faringites estreptocócicas) Agente Dose Administração Duração

Penicilina G benzatina 600 000 U < 25 kg Intramuscular dose única

1 200 000 U > 25 kg

ou Penicilina V Crianças: 250 mg 4 x/dia Oral 10 d (FenoximetilpenicilinaFenoximetilpenicilina) Adolescentes e adultos:

500 mg 4 x/dia

Alérgicos à penicilina

Eritromicina: 20-40 mg/kg/d 4 x/dia Oral 5 d (máximo 1 g/d)

Page 67: FEBRE REUMÁTICA

Tratamento da F.R.Tratamento da F.R. CarditeCardite

Leve (Repouso 2 – 4 semanas)Leve (Repouso 2 – 4 semanas) Prednisona Prednisona 1 a 2 mg/Kg/dia, até 60 mg/dia, por 2 a 3 1 a 2 mg/Kg/dia, até 60 mg/dia, por 2 a 3

semanas. Redução 20 a 25%/ semanasemanas. Redução 20 a 25%/ semana Moderada (Repouso 4 – 6 semanas) Moderada (Repouso 4 – 6 semanas)

Prednisona + Diurético (somente se tiver congestão)Prednisona + Diurético (somente se tiver congestão) Grave (Repouso até controle da ICC) Grave (Repouso até controle da ICC)

Prednisona + Digital + Diurético + VasodilatadoresPrednisona + Digital + Diurético + Vasodilatadores Correção Cirúrgica da VálvulaCorreção Cirúrgica da Válvula

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Tratamento da F.R.Tratamento da F.R. Artrite:

isolada deve ser tratada apenas com antiinflamatórios não hormonais

AAS – 80 a 100 mg/Kg/dia por duas semanas e a seguir retira-se 500 mg/semana

Naproxeno (10-20 mg/kg/dia) Ibuprofeno (30-40 mg/kg/dia)

Page 69: FEBRE REUMÁTICA

Tratamento da F.R.Tratamento da F.R. Coréia (Coréia (não há consenso sobre o tratamento)

Haloperidol Haloperidol 1 – 6 mg/dia até 3 semanas sem 1 – 6 mg/dia até 3 semanas sem sintomas. sintomas. Pode aumentar 0,5 mg a cada 3-5 dias

Ácido Valpróico Ácido Valpróico 20 a 30 mg/Kg/dia 20 a 30 mg/Kg/dia Outros

Diazepan gamaglobulina EV carbamazepina

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Prevenção Secundária de Febre Reumática (prevenção de episódios recorrentes)

Agente Dose Modo

Penicilina G benzatina 600 000 U < 25 kg intramuscular

1 200 000 U > 25 kg a cada 21 dias

ouPenicilina V 250 mg 2 x/dia Oral (uso contínuo)

ouSulfadiazina 0.5 g 1x/dia para pacientes < 25 kg Oral (uso contínuo)

1.0 g 1 x/dia para pacientes >25 kg

Para inivíduos alérgicos à Penicilina e Sulfadiazina

Eritromicina 250 mg 2 x/dia Oral (uso contínuo)

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Obrigado!!!