FED_A5
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TRANSFERNCIA DE CALOR
1
Introduo Conveco
Tipos de Escoamentos
Camada limite Fluidodinmica
Camada Limite Trmica
Escoamentos Laminares e Turbulentos
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5.1 Introduo Conveco
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At aqui foi considerada a conduo de calor que o mecanismo
de transferncia de calor atravs de um slido ou fludo esttico.
Neste captulo vai-se considerar a conveco, que o
mecanismo de transferncia de calor atravs de fludo em
movimento.
A transferncia de calor atravs de um slido sempre por
conduo, pois as molculas de um slido permanecem em
posies relativamente fixas.
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5.1 Introduo Conveco
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A transferncia de calor atravs de um lquido ou de um gs,
pode ser por conduo ou por conveco, dependendo do fluido
estar ou no em movimento. A transferncia de calor atravs de
um fludo por conveco se ele estiver em movimento e por
conduo na ausncia deste. Consequentemente, a conduo em
um lquido pode ser vista como o exemplo limite da conveco,
correspondendo ao caso em que o fludo est em repouso.
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5.1 Introduo Conveco
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Calor transferido de uma
superfcie quente para um
fluido ambiente por
conveco e por conduo.
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5.1 Introduo Conveco
5
A transferncia de calor por conveco
complicada pelo facto de para alm de
envolver a conduo de calor, tambm
envolver o movimento do fludo. A taxa
de transferncia de calor atravs de um
fludo muito mais elevada por
conveco do que por conduo.
Quanto, mais elevada a velocidade do
fludo, mais elevada a taxa de
transferncia de calor.
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5.1 Introduo Conveco
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A experincia mostra que a transferncia de calor por conveco
fortemente dependente :
da viscosidade dinmica ;
da condutibilidade trmica k;
da massa especfica ;
do calor especfico CP;
e da velocidade do fludo .
Tambm depende da geometria e da rugosidade da superfcie, para
alm do tipo de fluxo do fluido (laminar ou turbulento)
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5.1 Introduo Conveco
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Apesar da complexidade da conveco, a taxa de transferncia de calor por
conveco proporcional diferena das temperaturas e
convenientemente expressa pela lei de resfriamento de Newton como:
Onde:
h coeficiente de transferncia de calor por conveco, W/m2oC
As- superfcie de transferncia de calor, m2
Ts- temperatura da superfcie, oC
T - temperatura do fludo suficientemente perto da superfcie, oC
(W) ) - T(ThAQ ssconv
)(W/m 2) Th(Tq sconv (5.1)
(5.2)
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5.1 Introduo Conveco
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Uma implicao de no haver deslizamento nem salto trmico que
transferncia de calor entre a superfcie e a camada fluida junto
mesma por conduo pura, desde que o escoamento no tenha
movimento, e pode ser expressa por:
Onde:
Ts- temperatura da superfcie, oC;
(T/ y)y=0 o gradiente da temperatura na superfcie
(5.3) )(W/m y
T 2
0y
fluidcondconv -kq q
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5.1 Introduo Conveco
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Combinando as Equaes 5.1 e 5.3 para o fluxo de calor obtm-se:
para a determinao do coeficiente de transferncia de calor por
conveco quando a distribuio da temperatura dentro do fludo for
conhecida.
(5.4) C) (W/m 2
0
TT
yT-kh
s
yfluid
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5.2 Nmero de Nusselt
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Em estudos sobre conveco, prtica comum adimensionalizar as
equaes governantes, combinar as variveis e agrupa-las em nmeros
adimensionais, a fim de reduzir a quantidade de variveis. tambm
prtica comum adimensionalizar o coeficiente de transferncia de calor
h pelo nmero de Nusselt, definido por:
(5.5) k
hLN cu
Onde k o coeficiente de condutibilidade trmica do fludo e Lc
a dimenso caracterstica.
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5.2 Nmero de Nusselt
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Para compreender o sentido fsico do nmero de Nusselt, considere-
se um escoamento de espessura L com a diferena de temperatura
T=T2-T1. A transferncia de calor para o escoamento ser por
conveco quando o escoamento estiver em movimento e por
conduo quando o escoamento estiver em repouso. O fluxo de calor
(a taxa de transferncia de calor por unidade de tempo e unidade de
superfcie) num e noutro caso ser:
Thqconv (5.6)
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5.2 Nmero de Nusselt
12
L
Tkqcond
Nuk
hL
LTk
Th
q
q
cond
conv
(5.7)
(5.8)
e
A razo entre os dois d:
Que o nmero de Nusselt
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5.3 Escoamentos Internos vs Externos
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Os escoamentos de fluidos podem ser classificados em internos
ou externos, dependendo do fludo ser forado a passar por um
ducto ou encontrar-se na parte externa de uma superfcie. O
fluxo de um fludo no confinado sobre uma superfcie tal como
uma placa, um fio, ou uma tubulao fluxo externo. O fluxo em
uma tubulao ou em um ducto fluxo interno isto , se o lquido
for completamente limitado por superfcies contnuas.
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5.3 Escoamentos Internos vs Externos
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Um fluxo pode ser bem caracterizado pela distribuio da sua
velocidade. Assim, um escoamento pode ser unidimensional,
bidimensional ou tridimensional, dependendo da velocidade variar em
uma duas ou trs direces.
Fluxo de gua interno num tubo e fluxo
de ar externo no mesmo tubo. Quando
se trata de escoamentos, o termo
permanente implica a no variao no
tempo, o oposto chama-se transiente.
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5.4 Camada Limite Fluidodinmica
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Considere-se o fluxo paralelo de um lquido sobre uma placa plana. A
coordenada x medida ao longo da superfcie da placa, desde a borda
de ataque no sentido do fluxo, e y medido da superfcie no sentido
normal a mesma.
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5.4 Camada Limite Fluidodinmica
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A regio acima da placa limitada por ,
onde os efeitos das foras de
cisalhamento causados pela viscosidade
do fludo se fazem sentir, chamada
camada limite fluidodinmica. A
camada limite geralmente descrita
como a distncia x que vai desde a placa
at a regio onde a velocidade
u=0,99u
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5.4.1 Tenso de Cisalhamento
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No escoamento de um fludo sobre a superfcie de uma placa, a
camada em contacto com a superfcie tentar arrastar
longitudinalmente a placa por frico, exercendo uma fora de
frico nela. Do mesmo modo, uma camada de fludo mais rpida
tentar arrastar a camada mais lenta adjacente e exercer uma fora de
frico, por causa da frico entre as duas camadas. O coeficiente de
frico entre o fludo e a placa dado pela expresso:
22
uC sf
(5.9)
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5.4.1 Tenso de Cisalhamento
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A determinao da tenso de cisalhamento pela frmula anterior no
prtica, pois requer a determinao do perfil de velocidades. O
mtodo mais usual em fluxos externos relacionar a tenso
velocidade de escoamento por:
)mN( 2
22V
C fs
(5.10)
(N) 2
2VACF sff
(5.11)
Uma vez conhecido o coeficiente de frico mdio de uma dada
superfcie, a fora de frico sobre toda a superfcie determinada
de:
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5.5 Camada limite trmica
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Num escoamento a uma temperatura
uniforme T sobre uma placa plana
isotrmica temperatura Ts, as partculas
do fludo adjacentes superfcie,
alcanaro o equilbrio trmico com a
placa e tero a temperatura da superfcie
Ts. A regio do fluxo sobre a superfcie
em que a variao da temperatura no
sentido normal superfcie significativa
chamada camada limite trmica.
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5.6 Numero de Reynolds
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A transio do escoamento laminar para turbulento depende da
geometria e da aspereza da superfcie, da velocidade do escoamento
livre, da temperatura da superfcie, do tipo de fludo, entre outros
parmetros. O regime de escoamento depende principalmente da
relao entre as foras de inrcia e viscosas no escoamento. Esta
relao chamada nmero de Reynolds, que uma grandeza
adimensional e para fluxo externo expressa por:
Re
viscosas
c cVL VLForas de inrcia
Foras
(5.12)
Onde Lc a dimenso caracterstica, V a velocidade e a viscosidade cinemtica do fludo.
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5.7 Formas Funcionais dos Coeficientes de
Frico e de Conveco
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Para uma geometria dada, o coeficiente de frico pode ser expresso
s em funo do nmero de Reynolds, e o nmero de Nusselt ou
somente em funo dos nmeros de Reynolds e de Prandtl. Dados
experimentais de transferncia de calor podem ser representados com
certa preciso por expresso exponencial do seguinte aspecto:
(5.13) nmLCNu PrRe
Onde m e n so expoentes constantes (que geralmente variam entre 0 e 1) e C
depende da geometria
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5.8 Fluxos paralelos sobre Placas Planas
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Considere-se o fluxo paralelo de um fludo sobre uma placa plana de
comprimento L medido no sentido do fluxo. A coordenada x
medida ao longo da superfcie da placa, desde a borda de ataque, no
sentido do fluxo. O fludo aproxima-se da placa no sentido x com
velocidade uniforme V e temperatura T. O fluxo na camada limite
fluidodinmica comea como laminar, mas se a placa for
suficientemente longa, este tornar-se- turbulento a uma distncia xcr
da borda de ataque, onde o nmero de Reynolds alcana seu valor
crtico para a transio.
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5.8 Fluxos paralelos sobre Placas Planas
23
Para o fluxo sobre uma placa plana, a transio de escoamento
laminar a turbulento acontece geralmente no nmero crtico de
Reynolds .
5105Re
Vxcrx
(5.14)
O valor do nmero crtico de Reynolds, para uma placa plana,
pode variar de 105 a 3x106, dependendo da rugosidade da
superfcie e do nvel de turbulncia do escoamento livre.
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5.8 Fluxos paralelos sobre Placas Planas
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O coeficiente mdio de frico sobre toda a placa determinado de:
Laminar 5
21105Re para
Re
328,1 L
L
fC (5.15)
(5.16) Turbulento
A primeira relao d o coeficiente mdio de frico para toda a placa,
quando o fluxo laminar em toda a placa. A segunda relao d o
coeficiente mdio de frico para toda a placa quando o fluxo
turbulento em toda a placa, ou quando a regio laminar do fluxo na
placa demasiado pequena relativamente regio turbulenta do fluxo.
75
5110Re 105 para
Re
074,0 L
L
fC
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5.8 Fluxos paralelos sobre Placas Planas
25
Variao dos
coeficientes locais de
transferncia de calor
e de frico para o
fluxo sobre uma placa
plana.
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5.8 Fluxos paralelos sobre Placas Planas
26
0,60r para PrRe3320 3150 P,k
xh Nu ,x
xx
75
3180
10Re105
60r0,60 para PrRe02960
x
,
xx
x P,k
xh Nu
(5.17)
(5.18)
Laminar
Turbulento
A relao correspondente para o fluxo turbulento :
de notar que para o fluxo laminar hx proporcional Re0,5 e
assim a x-0.5. Consequentemente, hx infinito na borda de ataque(x
= 0) e diminui em um factor x-0.5 no sentido do fluxo.
O nmero local de Nusselt numa posio x para o fluxo laminar
sobre uma placa plana foi determinado no Captulo 6, resolvendo a
equao diferencial da energia e obtendo:
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5.8 Fluxos paralelos sobre Placas Planas
27
5
L
3150 105e para PrRe6640 R,k
hLNu ,L
75
3180
10Re105
60r0,60 para PrRe0370
L
,
L P,k
hL Nu
(5.19)
(5.20)
Laminar
Turbulento
O nmero mdio de Nusselt sobre toda a placa pode ser determinado de:
A primeira relao apresenta o coeficiente mdio de transferncia de
calor para toda a placa, quando o fluxo laminar sobre toda a placa. A
segunda relao expressa o coeficiente mdio de transferncia de calor
para toda a placa, quando o fluxo turbulento sobre toda a placa, ou
quando a regio laminar do fluxo na placa demasiado pequena
relativamente regio turbulenta do fluxo.