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7/4/2014 online.unip.br/Imprimir/ImprimirConteudo http://online.unip.br/Imprimir/ImprimirConteudo 1/8 Módulo 4: A Daseinsanalyse de Medard Boss Apresentação da Daseinsanalyse desenvolvida por Medard Boss Indicação dos existenciais pertinentes ao Dasein Bibliografia Básica: CARDINALLI, I. “A Analítica do dasein e a Daseinsanalyse de Martin Heidegger”. Daseinsanalyse e Esquizofrenia. São Paulo: Escuta, 2012. Bibliografia Complementar: CARDINALLI, I. “A daseinsanalyse de Medard Boss”. Daseinsanalyse e Esquizofrenia. São Paulo: Escuta, 2012. Como já vimos, a fenomenologia-existencial é um movimento filosófico identificado com a obra de Martin Heidegger. Ser e Tempo, publicado em 1927, ‘utiliza’ a metodologia fenomenológica de Husserl para mostrar e fazer ver o fenômeno da existência humana a partir de si mesmo, e não de teorias. Assim, os existenciais são uma descrição fenomenológica da existência. Antes da publicação de Ser e Tempo, a fenomenologia de Husserl já tinha sido ‘importada’ para as ciências psicológicas. Foi Karl Jaspers (1883 – 1969), psiquiatra e aluno de Husserl, que primeiramente se propôs a descrever a experiência vivenciada por pacientes internados em hospital psiquiátrico. Seu importante livro Psicopatologia Geral (1913) é um marco na Psicopatologia. Nele, Jaspers segue o método fenomenológico husserliano para descrever a vivência psicopatológica como fenômeno. Além disso, manifesta uma crítica ao emprego da metodologia científico-natural na compreensão dos fenômenos humanos. A psicopatologia do começo do século XX fundamentava-se na medicina organicista e, em centros de vanguarda, na psicanálise freudiana. Ambas as perspectivas são causais e explicativas. A fenomenologia de Husserl aparece, então, como um método descritivo da experiência humana. Esse passo inicial dado por Jaspers é seguido por outros psiquiatras nas décadas seguintes, como o francês Eugene Minkowski (1885 – 1972) e os alemães Erwin Straus (1891 – 1975) e Von Gebsatel (1883 – 1974). A publicação de Ser e Tempo em 1927 traz novas possibilidades de compreensão dos fenômenos humanos, inaugurando uma ‘segunda fase’ do pensamento fenomenológico na compreensão dos fenômenos psicológicos. O termo “daseinsanalyse” aparece pela primeira vez no tratado de Heidegger. Lá, como vimos, significa uma descrição dos ‘existenciais’, que são a constituição ontológica do ser que somos. O primeiro psiquiatra a reconhecer a importância da concepção de Dasein para a psicopatologia foi Ludwig Binswanger. Em 1941, Binswanger elabora uma daseinsanalyse psiquiátrica como novo método de investigação dos fenômenos psiquiátricos. Percebe-se uma modificação no significado do conceito, que na filosofia de Heidegger era ontológico (descrição do ser) e agora se torna ôntico (descrição de modos concretos). Binswanger apóia-se em Ser e Tempo para desfazer a dicotomia sujeito-objeto, que para ele é um “verdadeiro câncer da ciência.” (Boss, “Análise existencial – daseinsanalyse”). Segundo Binswanger, “Uma psicoterapia de base analítico existencial investiga a história de vida do doente e tratamento (…) Explica a biografía e suas particularidades patológicas (…) como uma modificação da estrutura total do ser-no-mundo…” (Binswanger, “Análisis existencial y psicoterapia”, p.459, tradução própria) Segundo Boss, a compreensão que Binswanger desenvolve de Ser e Tempo é equivocada, pois confunde ôntico e ontológico, vindo a sentir a necessidade de acrescentar a relação de amor ao existencial “cura”. Revelada sua confusão, Binswanger mesmo deixa de considerar suas investigações daseinsanalíticas, preferindo considerá-las uma “antropologia fenomenológica”.

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Módulo 4: A Daseinsanalyse de Medard Boss

Apresentação da Daseinsanalyse desenvolvida por Medard Boss

Indicação dos existenciais pertinentes ao Dasein

Bibliografia Básica: CARDINALLI, I. “A Analítica do dasein e a Daseinsanalyse de MartinHeidegger”. Daseinsanalyse e Esquizofrenia. São Paulo: Escuta, 2012.

Bibliografia Complementar: CARDINALLI, I. “A daseinsanalyse de Medard Boss”.Daseinsanalyse e Esquizofrenia. São Paulo: Escuta, 2012.

Como já vimos, a fenomenologia-existencial é um movimento filosófico identificado com aobra de Martin Heidegger. Ser e Tempo, publicado em 1927, ‘utiliza’ a metodologiafenomenológica de Husserl para mostrar e fazer ver o fenômeno da existência humana a partirde si mesmo, e não de teorias. Assim, os existenciais são uma descrição fenomenológica daexistência.

Antes da publicação de Ser e Tempo, a fenomenologia de Husserl já tinha sido‘importada’ para as ciências psicológicas. Foi Karl Jaspers (1883 – 1969), psiquiatra e aluno deHusserl, que primeiramente se propôs a descrever a experiência vivenciada por pacientesinternados em hospital psiquiátrico. Seu importante livro Psicopatologia Geral (1913) é um marcona Psicopatologia. Nele, Jaspers segue o método fenomenológico husserliano para descrever avivência psicopatológica como fenômeno. Além disso, manifesta uma crítica ao emprego dametodologia científico-natural na compreensão dos fenômenos humanos. A psicopatologia docomeço do século XX fundamentava-se na medicina organicista e, em centros de vanguarda, napsicanálise freudiana. Ambas as perspectivas são causais e explicativas. A fenomenologia deHusserl aparece, então, como um método descritivo da experiência humana.

Esse passo inicial dado por Jaspers é seguido por outros psiquiatras nas décadasseguintes, como o francês Eugene Minkowski (1885 – 1972) e os alemães Erwin Straus (1891 –1975) e Von Gebsatel (1883 – 1974). A publicação de Ser e Tempo em 1927 traz novaspossibilidades de compreensão dos fenômenos humanos, inaugurando uma ‘segunda fase’ dopensamento fenomenológico na compreensão dos fenômenos psicológicos.

O termo “daseinsanalyse” aparece pela primeira vez no tratado de Heidegger. Lá, comovimos, significa uma descrição dos ‘existenciais’, que são a constituição ontológica do ser quesomos. O primeiro psiquiatra a reconhecer a importância da concepção de Dasein para apsicopatologia foi Ludwig Binswanger. Em 1941, Binswanger elabora uma daseinsanalysepsiquiátrica como novo método de investigação dos fenômenos psiquiátricos. Percebe-se umamodificação no significado do conceito, que na filosofia de Heidegger era ontológico (descriçãodo ser) e agora se torna ôntico (descrição de modos concretos). Binswanger apóia-se em Ser eTempo para desfazer a dicotomia sujeito-objeto, que para ele é um “verdadeiro câncer daciência.” (Boss, “Análise existencial – daseinsanalyse”).

Segundo Binswanger, “Uma psicoterapia de base analítico existencial investiga a históriade vida do doente e tratamento (…) Explica a biografía e suas particularidades patológicas (…)como uma modificação da estrutura total do ser-no-mundo…” (Binswanger, “Análisis existencialy psicoterapia”, p.459, tradução própria)

Segundo Boss, a compreensão que Binswanger desenvolve de Ser e Tempo éequivocada, pois confunde ôntico e ontológico, vindo a sentir a necessidade de acrescentar arelação de amor ao existencial “cura”. Revelada sua confusão, Binswanger mesmo deixa deconsiderar suas investigações daseinsanalíticas, preferindo considerá-las uma “antropologiafenomenológica”.

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Daseinsanalyse torna-se o termo para se referir ao esforço de Medard Boss, com auxíliode Heidegger, para compreender os fenômenos humanos saudáveis e patológicos a partir dacompreensão da existência humana como Dasein.

Atividades Recomendadas

1. Leia os textos indicados, prestando atenção para a história da fenomenologia e dafenomenologia-existencial nos contextos clínicos.

2. Pesquise na bibliografia e pela internet sobre os autores Binswagner e Boss. Descreva aabordagem aos fenômenos psicológicos chamada de Daseinsanalyse.

3. Acompanhe o exercício abaixo:

A fenomenologia-existencial inicia-se em 1927, com a publicação de Ser e Tempo. Surge como filosofia, mas temenorme repercussão nas ciências humanas, tornando-se fundamento para a compreensão dos fenômenoshumanos. Na psicologia, essa influência se verifica em:

a) A ênfase na descrição da vivência do outro.b) Uma nova formulação de aparelho psíquico.c) Um novo método de mensuração do comportamento humano.d) Um método de explicação da relação da consciência com o inconsciente.e) O aperfeiçoamento do método científico-natural de pesquisa na psicologia.

Se você leu atentamente os textos e compreendeu a contribuição da obra de Heidegger para apsicologia, pôde reconhecer a alternativa A como correta. A alternativa B propõe que afenomenologia-existencial realiza uma nova formulação do aparelho psíquico. Isso está incorreto,pois esta abordagem compreende os fenômenos psicológicos à luz do conceito de existência comoser-no-mundo. O mesmo vale para a afirmação D, pois a compreensão da existência como ser-no-mundo torna desnecessários os conceitos de consciente e inconsciente teorizados por Freud. Aafirmação C está incorreta, pois considera a mensuração dos comportamentos como influenciadapela fenomenologia. A idéia da mensuração como garantia da certeza do conhecimento estápresente nas ciências naturais, de modo que há psicologias que mensuram o comportamento. Poresse mesmo motivo, a afirmação E está incorreta.

Indicação dos existenciais pertinentes ao Dasein

Bibliografia Básica: CARDINALLI, I. “A Analítica do dasein e a Daseinsanalyse de MartinHeidegger”. Daseinsanalyse e Esquizofrenia. São Paulo: Escuta, 2012.

Bibliografia Complementar: CARDINALLI, I. “A daseinsanalyse de Medard Boss”.Daseinsanalyse e Esquizofrenia. São Paulo: Escuta, 2012.

A descrição fenomenológica da existência como ser-no-mundo possível é o fundamentoda compreensão fenomenológico-existencial. O psicólogo que fundamenta o seu trabalho nestaabordagem está interessado em compreender junto ao(s) outro(s) como é seu mundo e comose lança nesse que é o seu mundo, resgatando sua condição ontológica de ser-possível.

A fenomenologia-existencial não é uma teoria. Teorias são construtos hipotéticosutilizados para explicar as causas não-observáveis de fenômenos observáveis. A fenomenologiaé o oposto disso, pois se propõe a compreender o modo de ser do fenômeno tal como aparece.Na psicologia, isso significa compreender a existência do(s) outro(s). A descrição da existênciaem Ser e Tempo serve como parâmetro para nortear essa compreensão.

Os existenciais são coordenadas para a compreensão. Por exemplo, a vivência de umpaciente será compreendida à luz de como é com-os-outros, como espacializa, temporaliza,

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assume sua existência como própria e singular, etc. A fenomenologia-existencial abole a noçãode consciência em prol do ser-aí, que é a existência enquanto abertura de mundo. Com isso,abandona a primazia cognitiva que fundamenta grande parte da psicologia do século XX. Deixade lado também noções preconcebidas de saúde e doença. Assim, o psicólogo fenomenológico-existencial aproxima-se da existência do outro como um ser-possível responsável por seu ser-no-mundo.

1. Leia os textos indicados, prestando atenção para a história da daseinsanalyse e comofundamenta o trabalho do psicólogo.

2. Pesquise na bibliografia e pela internet artigos escritos na abordagem fenomenológico-existencial.

3. Acompanhe o exercício abaixo:

Leia o trecho abaixo, extraído do livro Psychoanalysis and Daseinsanalysis, de Medard Boss.

Há boas razões para supor que a ‘análise do dasein’ de Martin Heidegger é mais apropriada parauma compreensão do homem do que os conceitos que as ciências naturais introduziram namedicina e na psicoterapia. (...) Se o pensamento daseinsanalítico de fato se aproximar mais darealidade humana do que o pensamento científico natural, poderemos encontrar algo que atéhoje não encontramos na teoria sobre a psicoterapia: uma compreensão do que estamosrealmente fazendo (e por que estamos o fazendo dessa maneira) quando tratamos um pacientepsicanaliticamente, estando tal compreensão baseada em intuições sobre a essência do serhumano. (Boss, p.29)

A compreensão de homem “mais apropriada” à qual Boss faz menção é a descrita porHeidegger através dos “existenciais”. Os “existenciais” são:

a) os aspectos co-originários do ser-aí, tais como ser-no-mundo, ser-com-os-outros, cuidado,abertura, clareira, ser-para-a-morte. São determinações ontológicas.

b) os momentos em que o ser-aí se sente angustiado por saber que vai morrer,

c) as situações em que o ser-aí descobre sua finitude, o que o leva a tomar decisões.

d) os aspectos concretos que determinam cada situação fáctica do ser-aí.

e) os momentos em que o dasein se apercebe de si mesmo como abertura para a significância.

Se você leu atentamente os textos, pôde compreender o que são os existenciais descritos porHeidegger e como aparecem na psicologia fenomenológico-existencial. São os aspectosconstitutivos co-originários da existência. Identificou, portanto, a alternativa A como a correta. Aafirmação B associa os existenciais com momentos de angústia e a C, com momentos de possívelsingularização do ser-aí. Estão incorretas. A alternativa D identifica os existenciais a ‘aspectosconcretos’, como se fossem exteriores ao ser-no-mundo, determinando-o. A alternativa E tambémestá incorreta, pois associa os existenciais a ‘momentos’.

4) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidasdevem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-asao professor, nas aulas presenciais.

Exercício 1:

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O momento da terapia é aquele privilegiado, em que fazemos uma fenomenologia daexistência. (Sapienza, B. T. Conversa sobre terapia, p.17).

Qual das afirmações abaixo não é condizente com o que a Fenomenologia compreende

por existência?

A - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} A maneira como nosrelacionamos com os outros. B - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} O modo comovamos dando significado às situações pelas quais passamos. C - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} Os fatoscronológicos de nossa vida, desde quando nascemos até o momento de nossa morte. D - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} Os sentimentos quenos afetam nas situações por que passamos e nas relações com os outros. E - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} A responsabilidadeperante nós próprios e o modo como vivemos nossa própria vida.

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)

Comentários:

A - fenomelogiaB - fenomelogiaC - fenomelogia

Exercício 2:

Tomando por base a abordagem fenomenológico-existencial em psicoterapia, leia as afirmações e

assinale a alternativa CORRETA abaixo:

I–Uma teoria não é suficiente para abordar a amplitude de possibilidades humanas, possibilidades estas

que se desenrolam no espaço e no tempo.

II–Conservar o pensamento aberto significa não utilizar, em hipótese alguma, os conhecimentos das

teorias psicológicas.

III–O terapeuta deve escolher uma teoria que melhor de adapte à singularidade do paciente e segui-la.

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A - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} Todas as afirmaçõessão verdadeiras. B - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} Apenas a afirmaçãoI é verdadeira. C - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} São verdadeiras asafirmações I e II. D - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} São verdadeiras asafirmações II e III. E - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} Todas as afirmaçõessão falsas.

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)

Comentários:

A - fenomelogiaB - fenomelogia

Exercício 3:

Leia atentamente e responda:

ASSERÇÃO: Na terapia fenomenológico-existencial a linguagem utilizada é a linguagem da poiesis...

RAZÃO: porque é uma linguagem que mantém uma abertura a mudanças de significados, permitindo

uma construção contínua.

A - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} Asserção e razãoestão corretas e a razão justifica a asserção. B - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} Asserção e razãoestão corretas, mas a razão não justifica a asserção. C - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable

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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)

Comentários:

A - fenomelogia

Exercício 4:

Segundo a daseinsanalyse, é CORRETO afirmar:

A - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} A psicoterapia é ummergulhar no devir humano, já que somos seres inacabados e com as possibilidades abertas B - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} A psicoterapia podeajudar o sujeito, desde que o terapeuta explique claramente ao paciente que ele deve arcartotalmente com suas responsabilidades e escolhas C - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} O sofrimentopsicológico acontece quando o indivíduo não é livre para viver de acordo com seus interessesporque as pessoas e outras causas sociais o impedem D - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} O sofrimentopsicológico deve ser compreendido com base nas questões da existência, ou seja, comportamentosocial, educação, e tendências instintivas E - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} O terapeutaacompanha o paciente em sua trajetória em busca das causas de seu sofrimento

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)

Comentários:

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A - fenomelogia

Exercício 5:

Construir uma definição objetiva [da psicoterapia] parece escapar ao nosso campo de estudo.

Psicoterapia é um acontecimento onde estão envolvidas duas pessoas. Justamente por esseenvolvimento, elas não se encontram à distância necessária para a constituição da objetividade. Abaixo

temos uma seqüência de afirmações referentes ao assunto discutido no trecho acima. Assinale a

afirmação INCORRETA.

A - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} A busca deobjetividade corresponde a uma atitude de não-envolvimento. B - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} A objetividade empsicoterapia é difícil de ser conseguida, pois a psicoterapia solicita um envolvimento do terapeutacom o paciente, o que dificulta ou impede uma atitude objetiva. C - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} A fenomenologiapropõe que a psicoterapia seja definida “de dentro”, ou seja, a partir desta experiência deenvolvimento entre terapeuta e paciente. D - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} Toda definição depsicoterapia é parcial e dependente de uma perspectiva. E - Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable{mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif";} A atitudefenomenológica em psicoterapia é o caminho para superar as definições parciais e dependentes deuma perspectiva.

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)

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Exercício 6:

Para a daseinsanalyse, como devem ser compreendidos os sintomas do paciente?

A - Os sintomas devem ser investigados em seus aspectos objetivos, ou seja, só importam oscomportamentos que podem ser observados.B - Os sintomas devem ser investigados em seus aspectos subjetivos, ou seja, não importa se opaciente tem ou não um problema orgânico ou se a realidade externa é como ele a descreve;

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importam apenas o significado que esses elementos objetivos têm no mundo interno do paciente.C - Com o processo terapêutico, os sintomas passarão a ocorrer na relação entre paciente eterapeuta e então poderão ser compreendidos, propiciando a mudança do paciente.D - Não importam os sintomas, mas sim as emoções experimentadas pelo paciente.E - Para a daseinsanalyse os sintomas são reais, pois o que é real são os fenômenos – o que éexperimentado, tal como é experimentado pelo sujeito. Não se faz distinção entre realidadeobjetiva e realidade subjetiva.

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)

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Exercício 7:

Afirma Cardinalli: “Nos Seminários de Zollikon, Heidegger apresenta algumas indicações para a elaboração de umanova ciência do homem que contemple as características específicas do ser humano”. (CARDINALLI, I.E. in Daseinsanalyse e esquizofrenia, São Paulo, Escuta, 2012, pag. 63.) Em relação à nova ciência do homem, está correto afirmar que: I – é necessário ter uma explicação clara dos modos de ser do homem; II – os conceitos que se referem aos modos de ser do homem são investigados a partir daabstração do contexto social em que a existência acontece; III – após encontrar uma pluralidade de significados para o fenômeno estudado, faz-se necessárioa escolha de apenas uma definição/conceito; IV - o homem não deve ser representado como objeto da natureza. Das afirmativas acima, estão corretas somente:

A - I, II, III e IV B - I C - IV D - II e III E - I e IV

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)

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