Fenômenos de Transporte

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE PROF. ANA PAULA TRINDADE ROCHA EQUIPE: ERNANE NOGUEIRA, JOSELITO MORAES, VANESSA FERNANDES Engenharia Agrícola Processamento e Armazenamento de produtos Agrícolas Junho 2014

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Artigo sobre aplicação de fenômenos de transporte.

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Page 1: Fenômenos de Transporte

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTEPROF. ANA PAULA TRINDADE ROCHA

EQUIPE: ERNANE NOGUEIRA, JOSELITO MORAES, VANESSA FERNANDES

Engenharia AgrícolaProcessamento e Armazenamento de

produtos Agrícolas

Junho2014

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Artigo: Transferência de calor transiente na agitação linear

intermitente de latas

Autores: Homero Ferracini GUMERATO, Flávio Luís SCHMIDT,

José Santo GOLDONI

Revista: Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, 27(3): 649-

657, jul-set, 2007

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Introdução

• O processamento térmico é um processo de preservação de alimentos baseado na aplicação do calor cujo sucesso depende de vários parâmetros, como: • a difusividade térmica do alimento; • as características da embalagem;• as taxas de transferência de calor;• tempo e temperatura efetivamente aplicados no alimento;• dentre outros.

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• Processos de esterilização e pasteurização sob agitação vêm sendo estudados desde 1950, porém a agitação linear e intermitente (ALI) praticamente não é citada.

• A vantagem das autoclaves e pasteurizadores agitados está na elevada taxa de transferência de calor do meio de aquecimento para a embalagem. Esse aumento nas taxas de transferência de calor acarreta melhora da qualidade do alimento, levando a uma otimização do processo térmico.

Introdução

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• A transmissão de calor está associada a uma diferença de temperatura entre duas regiões e é governada pela combinação de várias leis da física.

• São reconhecidos pela literatura três mecanismos fundamentais para transmissão de calor: condução, convecção e radiação.

Introdução

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• Condução: Lei de Fourier

• Convecção: Lei de Resfriamento de Newton

• Radiação: Lei de Stefan-Boltzmann

Introdução

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• Convecção para alimentos enlatados

O estudo de transferência de calor em alimentos líquidos e não sólidos depende, em primeira instância, do estudo da reologia do alimento. Nesse sentido, é comum utilizar fluidos simulantes de

alimentos e associar suas características às de alimentos, conhecendo-se suas propriedades físicas através de modelos

matemáticos.

Introdução

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• Estudar a transferência de calor transiente por ALI em embalagens metálicas, pois este processo é de construção e manutenção relativamente simples se comparado ao sistema de agitação tradicional “end-over-end” (cabeça-sobre-cabeça);

• Estudar a agitação axial, além de promover a agitação homogênea de todo o lote, pois não leva em consideração o raio de agitação.

• Para tal foi desenvolvido um sistema de agitação com movimento linear alternado que pode ser adaptado em pasteurizadores ou autoclaves fixas, tornando-os agitados.

Objetivo

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Suporte para agitação• O suporte para agitação foi construído em aço carbono podendo receber no máximo

quatro latas.

• As dimensões do suporte foram as seguintes: base para as latas 340 x 240 mm, altura 400 mm e haste para movimentação de 400 mm.

• Para efetuar a agitação, a haste do suporte foi conectada a um dispositivo de agitação constituído por um motor 1/4 CV trifásico, com polias e correias.

Meio de aquecimento e resfriamento• Foi composto de dois tanques paralelos, sendo um para aquecimento e outro para

resfriamento.

• Cada tanque tinha 82 litros (500 x 470 x 350 mm altura) de capacidade.

• O aquecimento foi feito em água em ebulição aquecida por vapor direto à pressão de 2 kgf.cm2.

• O resfriamento foi feito por circulação de água (6 litros/minuto) à temperatura ambiente (25 ± 1 °C). Ao final do aquecimento o suporte com as latas era transferido manualmente para o tanque de resfriamento.

Material e métodos

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Meios simuladores• Foram utilizados 4 meios para simulação: água destilada e óleos lubrificantes para uso

automotivo, das marcas, Neutral Oil 150, Neutral Oil 500 e Bright Stock Oil.

Características físicas da lata experimental• Lata construída em folha de flandres, com verniz anticorrosivo, com anéis de expansão, 81

mm interno de altura x 73 mm de diâmetro interno.

Enchimento e recravação• As latas foram preenchidas com fluido simulante, T = 25 °C, mantendo-se espaço livre (5,

10 ou 15% do volume da lata), conforme o processo e foram recravadas sob vácuo de 600 mm Hg (23,5 polegadas Hg) ± 20 mm em recravadeira marca John Heine, Sydney, model 71D, series 2, previamente ajustada conforme normas do FDA (INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS, 2001).

Termopares e aquisitor de dados• Para monitoramento das temperaturas de processos, foram utilizados 5 cabos com

termopares (04 nas latas e 01 no meio de aquecimento), tipo agulha, de junta cobre-constantã, tipo T, um aquisitor de dados e software E-Val TM Ver 2.00 ELLAB A/S Krondalvej 9, DK-2610 Roedovre, Denmark, modelo TM 9616, enviando os dados para um computador.

Material e métodos

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Propriedades de engenharia dos fluidos• Foram determinados os valores da massa específica, viscosidade, calor específico,

condutividade térmica e difusividade térmica dos fluidos conforme metodologias descritas em GRATZEK e TOLEDO, KERN, KESSLER e RAO et al. Para a água, estes valores foram obtidos teoricamente.

Cálculo dos parâmetros de transferência térmica• O cálculo dos parâmetros fh e jh para aquecimento e fc e jc para resfriamento foi

baseado em Stumbo.

Para análise dos dados resultantes dos testes foi utilizada a regressão linear múltipla. As comparações dos parâmetros de transferência de calor entre as posições das latas foram feitas

utilizando-se modelo linear geral.

Material e métodos

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Propriedades de engenharia dos fluidos simulantesO modelo que melhor descreveu a dependência da massa específica dos óleos simuladores com a temperatura foi o modelo linear:

ρ = a.t + ρoNo caso da água, a relação entre a temperatura e a massa específica foi quadrática e foi aplicado o modelo matemático:

ρ = 0,569 + 0,002xT − 5,87x10-6 Tx2

Os resultados em (kJ.kg –1.K–1) foram: água destilada, 4,18410; neutral oil 150, 1,859 ± 4,3%; neutral oil 500, 1,850 ± 7,4% e bright stock oil, 2,015 ± 7,3%.

Parâmetros do modelo de Arrhenius para viscosidade dos fluidos

Resultados e discussão

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Resultados dos parâmetros fh, jh, fc e jc obtidos nos ensaios

Resultados e discussão

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Modelamento matemático do processo de transferência de calor no aquecimento para latas na posição vertical• Foram analisados vários modelos na tentativa de associar fh (minutos) com medidas

reológicas e características do processo.

• Os fluidos utilizados neste trabalho não sofreram alterações em suas propriedades de engenharia, as quais se assemelham à de vários alimentos fluidos e também não foram observadas curvas quebradas durante a fase de aquecimento e resfriamento.

• Avaliou-se o efeito da posição das latas sobre o fh e concluiu-se que não teve influência significativa: A posição vertical é a posição de melhor manejo nas indústrias de alimentos, facilitando o processo de carga e descarga mecanizadas de latas nos cestos de produção, diminuindo os danos mecânicos na litografia e evitando amassamentos em geral. Por esse motivo, na discussão de resultados subseqüentes apenas a posição vertical será considerada.

• Da mesma forma, a combinação posição e freqüência foi pouco significativa. Por outro lado, os efeitos espaço-livre, freqüência de agitação, amplitude e fluido foram significativos. A amplitude foi um fator relevante na transferência de calor (fh), sendo que quanto maior, maior o valor de fh.

Resultados e discussão

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O modelo matemático foi construído baseado na relação de números adimensionais e em funções trigonométricas, sendo o cálculo do Re:

Resultados e discussão

O número de Prandtl, foi mantido sem alterações e variou de no mínimo 3,6 a no máximo 3,4 x 103, para as latas na posição vertical:

A Equação adimensional 18 foi então desenvolvida para as latas na posição vertical, utilizando-se, além do número de Reynolds e Prandtl, as funções trigonométricas seno e co-seno. A aplicação dessas transformações foi inspirada na física quântica (funções de níveis quânticos).

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Conclusão

• Não houve diferença significativa (1% de significância) entre os valores de fh entre as posições das latas, para o mesmo fluido.

• O processamento das latas na posição vertical, é o mais favorável no ambiente industrial, com separadores dentro dos cestos que forem mecanizados para agitação. Esse processo de agitação é homogêneo, pois todas as latas passam pela mesma intensidade de agitação e garante o mesmo fh entre as latas de todas as posições distribuídas pelos cestos.

• Quanto maior a frequência de agitação das latas, menor foi o valor de fh e, portanto, maior a transferência de calor para o alimento.

• As Equações 18 permitiu relacionar amplitude, freqüência de agitação, massa específica, calor específico, condutividade térmica e viscosidade com fh e fc para o processo de agitação com movimento linear alternado.

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