Fergas em Revista
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FERGAS EM REVISTA 1
EM REVISTA
ANO 01 EDIÇÃO 01 | JUNHO 2011
Hora e vez da revenda
FERGAS EM REVISTA2
Este é o nosso novo canal de diálogo
Revendedor,
www.fergas.com.brwww.fergas.com.br
FERGAS EM REVISTA 3
Este é o nosso novo canal de diálogo
Revendedor,
www.fergas.com.brwww.fergas.com.br
FERGAS EM REVISTA4
www.fergas.com.br
Capa: A foto de Denis Ferreira Netto demonstra a união das revendas de todo o país em torno do projeto de tornar a Fergas mais forte.
7 carta ao leitor
8 opinião ALVARO CHAGAS: PRESIDENTE DA FERGAS Renovação
10 noticiário nacional
16 destaque A FERGAS QUER CRESCER Mais moderna, mais ágil
19 destaque HORA DE AVANÇAR Programa de Avanço do
Revendedor
22 saúde INIMIGA DO ENTREGADOR Lombalgia
24 história MEMÓRIA ATIVA
25 culinária DIRETO DA ITÁLIA Frango ao molho Caron &
Garbuio
10 notas MULTAS PARA MOTOGÁS
ANO 01 | EDIÇÃO 01
JUNHO 2011
26 voz do consumidor AMAURI ARTIMOS DA MATTA Revenda clandestina
28 vendas GLP
29 tecnologia e inovação BÓLIDO MOVIDO A GLP
31 Brasil CONSUMIDOR EM PAUTA
32 opinião PAULO MIRANDA SOARES Uma importante conquista
34 seu sindicato MINAS GERAIS
35 recadastramento UM NOVO CENÁRIO
38 relatório anual FECOMBUSTÍVEIS
FERGAS EM REVISTA 1
EM REVISTA
ANO 01 EDIÇÃO 01 | JUNHO 2011
Hora e vez da revenda
sumário
FERGAS EM REVISTA6
FERGAS EM REVISTA 7
Rua Ângelo Sampaio, 1739
CEP 80420-160 - Curitiba - PR
Tel: (41) 3501-5003
twitter.com/EditoraGaragem
editor-Chefe
Eduardo Mira
diretor Comercial
Flavio Marturano Júnior
diretores de arte
Anselmo Dupas Pereira
Mauricio Miranda
Fotografi a
Denis Ferreira Netto
designer
Caroline Schoereder
editoração de texto
Anselmo Dupas Pereira
Mauricio Miranda
impressão
Ediouro
Repórteres e colaboradores desta edição
Morgana Campos, Gisele de Oliveira, Rosemeire
Guidoni (Fecombustíveis) e Carlos Silva.
presidente
Álvaro Chagas
Vice-presidente
José Luíz Rocha
www.fergas.com.br
carta ao leitor
EM REVISTA
tiragem 40 mil exemplares
Boas vindas ao leitor
Você está recebendo um novo canal
de comunicação entre a Fergas e seus
associados. Esta revista não tem a pretensão
de ser uma leitura técnica, que traz apenas
conteúdo dirigido ao cotidiano profissional
do revendedor de GLP. Ao contrário, a Fergas
em Revista pretende ser uma companhia para
a família do revendedor, que se renovará
a cada mês. Um elo que vai proporcionar o
diálogo entre os sindicatos e seus filiados.
Nossa missão será informar e entreter.
Nesta primeira e no decorrer das próximas
edições traremos sempre boas novidades.
Além das notícias, artigos e reportagens do
mundo da energia, dos combustíveis e do
GLP, abordaremos temas mais variados como
culinária, turismo, inovação tecnológica,
história e veículos. Nossa intenção é perenizar
uma relação de troca de informações entre
nossos leitores e nossa redação, recebendo
sugestões e provocando debates sobre os mais
diversos assuntos. Aproveite a leitura, opine e
colabore para que o nosso conteúdo seja cada
vez melhor.
Boa leitura.
Eduardo Mira
Editor
Associação Nacional de Entidades Representativas de Revendedores
de Gás Liquefeito de Petróleo
FERGAS EM REVISTA8
Renovação possível e necessária
E quando passamos por situações limite, quando nos deparamos com a possibilidade da finitude, a
estagnação passa a não nos ser mais concebível.
por ÁLVARO CHAGAS | foto DENIS FERREIRA NETTO
O poeta romano Ovídio, conhecido
como um dos três poetas canônicos
da literatura latina, escreveu certa
vez que “o campo fértil, se não for renovado
com o assíduo arado, só produzirá capim
e espinhos.”. Defendia ele que a mudança
no homem deveria ser uma prática tão
corriqueira e necessária como o cotidiano de
um lavrador. Quem não se renova para no
tempo, vive estagnado, conformado.
E quando passamos por situações limite,
quando nos deparamos com a possibilidade
da finitude, a estagnação passa a não nos ser
mais concebível.
Alie esse desejo de renovação à
dedicação e o carinho que se tem por uma
ideia, um projeto, um setor produtivo. É assim
que me sinto hoje. O carinho que tenho pela
luta dos revendedores de GLP do Brasil, aliado
à necessidade de renovação, me faz acreditar
em um projeto maior, mais abrangente e que
trará oportunidades a todos os envolvidos.
É assim que encaro a Nova Fergas,
que está primeiramente materializada por
esta revista que você, leitor, tem em mãos.
Trata-se do maior conjunto de oportunidades
jamais projetadas para os revendedores
filiados aos sindicatos que integram a
Fergas. Especialmente concebidos para uma
categoria que representa uma atividade
vital a quase que a totalidade da população
brasileira. Que diariamente cruza o país
com seus 200 mil veículos para entregar o
recipiente de gás na cozinha da dona-de-
casa, nos condomínios, escolas, restaurantes
Álvaro Chagas, presidente da Fergas.
opinião
FERGAS EM REVISTA 9
e tantos outros domicílios pelo país afora.
Esse extraordinário canal de confiança
entre o consumidor e o entregador de gás que
alcança 58 milhões de lares precisa ser ainda
mais fortalecido, para
que o cliente satisfeito
seja a razão de ser do
negócio. E para que
o revendedor possa
se desenvolver ainda
mais. De um lado, a
Fergas crescerá como
entidade representativa,
defendendo os interesses
do revendedor, por
vezes vítima da
legislação perversa
que oprime o elo mais
fraco da corrente em detrimento dos grandes
interesses econômicos.
Do outro, servirá de nascedouro de
oportunidades para ampliar as possibilidades
de negócios das revendas. Serão parcerias
comerciais, convênios,
ações de marketing, acesso
a condições especiais de
negociação, normatizações e
investimentos tecnológicos.
Tudo isso visando o aumento
da qualidade do serviço oferecido ao
consumidor e o aumento das receitas das
revendas, numa equação que resultará no
ganho mútuo.
Só para usar a figura de linguagem
tão bem desenhada pelo poeta Ovídio, esse
grande e fértil terreno está sendo renovado e
semeado para produzir bons frutos.
Chegou o momento de nos cotizarmos
e darmos um passo importante para a
construção de uma entidade mais moderna,
mais ágil e mais forte. Iremos precisar, mais do
que nunca, de união
e foco conjunto.
Durante anos
a Fergas construiu
um estrutura de
apoio e defesa dos
revendedores de
GLP. Agora chegou
a vez de oferecermos
ainda mais aos
nossos associados,
criando meios de
geração de novas
oportunidades e
transformando a nossa entidade numa grande
central de fomento. Seguiremos em busca de
vez e voz no intuito de fazer do revendedor
de GLP um elemento fundamental no cenário
energético brasileiro.
Esse é o nosso desejo. E que só depende
de nós para acontecer.
Álvaro Chagas é Presidente da Fergas
e diretor de GLP da Fecombustíveis
«Chegou o momento de nos cotizarmos e darmos um
passo importante para a construção de uma entidade
mais moderna, mais ágil e mais forte. Iremos precisar,
mais do que nunca, de união e foco conjunto.»
«É assim que encaro a Nova Fergas, que está primeiramente materializada por esta revista que você, leitor, tem em mãos. Trata-se do maior conjunto de oportunidades jamais projetadas para os revendedores filiados aos sindicatos que integram a Fergas. Especialmente concebidos para uma categoria que representa uma atividade vital a quase que a totalidade da população brasileira.»
opinião
FERGAS EM REVISTA10
notas
SeguRança
Caminhão bloqueia rodovia
Um incêndio com um caminhão carregado de
GLP bloqueou por quase quatro dias a BR-153,
em Goiás no final de abril. Segundo a Polícia
Rodoviária Federal (PRF), o veículo que
transportava gás tombou na pista e começou
a pegar fogo. A carreta carregava pelo menos
30 toneladas do gás. De acordo com a PRF, a
interdição ocorre entre o km 620 e 591, entre
as cidades de Professor Jamil e Morrinhos.
O trecho só foi liberado depois que o material foi todo queimado. O Corpo de Bombeiros foi
acionado, mas não conseguiu apagar o fogo por causa do grande risco da explosão.
Fonte: O Globo
ClandeStinidade
Oito pessoas foram presas na cidade de
Barra do Garças (MT) pela comercialização
irregular de gás de cozinha, na operação GLP,
deflagrada no final de abril pela Polícia Civil,
em conjunto com a 1ª Promotoria de Justiça
Civil da comarca. Dezesseis locais, entre
bares, distribuidoras de bebidas e mercados,
foram vistoriados. Em oito, os policiais
encontraram recipientes de gás de uso
doméstico sendo vendidos sem atender aos
procedimentos de segurança ao consumidor.
Os proprietários dos estabelecimentos foram
presos em flagrante por crime contra a ordem
econômica e adulteração de combustível.
Operação apreende 65 recipientes de gás e realiza prisões
Depois de prestarem esclarecimentos à
polícia e pagarem fiança foram liberados. Na
operação, 65 recipientes de GLP de 13 quilos
foram apreendidos com os proprietários de
pontos comerciais que estavam vendendo
gás GLP em desacordo com as normas legais.
Os locais não tinham licença do Corpo de
Bombeiros e nem autorização da Agência
Nacional de Petróleo (ANP) para armazenar
e vender o gás de cozinha. No final de 2009,
o Ministério Público de Barras firmou um
termo de ajustamento de conduta com os
revendedores de gás, que não estava sendo
seguido pelos estabelecimentos.
Fonte: O Documento.com
FERGAS EM REVISTA 11
notas
gáS legal 1
gáS legal 2
Reunião em MS discute
resultados
No dia 29 de abril último aconteceu a terceira
reunião do Comitê Regional Centro-Oeste do
Programa Gás Legal, realizado em Campo
Grande. Durante o encontro foram discutidos
os resultados obtidos com o Programa e as
próximas ações do comitê, responsável pelos
estados na Região Centro-Oeste. O Programa
Gás Legal, lançado em setembro de 2010, tem
como objetivo combater o comércio irregular
de gás GLP em todo o Brasil. O Comitê
Centro-Oeste se reuniu pela primeira vez em
outubro de 2010, em Goiânia, e em fevereiro
deste ano, em Cuiabá. O Programa Gás Legal,
liderado pela Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem
como meta barras os estabelecimentos que
Cerca de 500 recipientes de gás de cozinha
foram apreendidos na Delegacia do
Consumidor de Recife. A operação realizada
pela Polícia Civil ainda fechou 25 dos 26
pontos de venda fiscalizados no Bairro Boa
Vista. Os estabelecimentos interditados não
possuíam autorização da ANP para funcionar
nem condições de armazenamento adequado
para o tipo de produto inflamável. Dez
Operação apreende 500 recipientes em Recife
colocam em risco a segurança do consumidor.
O Programa é gerido pelo Comitê Nacional
para Erradicação do Comércio Irregular de
GLP, que tem como prioridades promover
campanhas de esclarecimento que incentivem
a regularização do comércio de gás de
recipientes de GLP por parte de pequenos
comerciantes e, por outro lado, intensificar
o combate à clandestinidade, tornando mais
difícil a tarefa dos que insistirem em burlar a
legislação. Além da ANP, integram o Comitê
outros órgãos públicos - como o Ministério
Público, Procon, polícias civil e militar, Corpos
de Bombeiros e secretarias de fazenda – assim
como entidades representantes do setor -
como Sindigás e Fergas.
A gestão do Programa Gás Legal é feita pelo
Comitê Nacional e também por meio de sete
comitês regionais distribuídos por todo o
território nacional.
Fonte: MidiaMax
pessoas foram autuadas e vão responder pelo
crime de comércio ilegal de derivados de
petróleo. A pena é de até cinco anos, pode ser
cumprida em liberdade e o crime é afiançável.
A fiança varia entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. A
operação faz parte da campanha Gás Legal,
incentivada pela ANP, Ministério Público e
pela Fergas.
Fonte: Terra
FERGAS EM REVISTA12
notas
CORRupçãO
Os policiais civis Marcelo de Miranda dos
Santos, Luiz Carlos Almeida da Silva e Kléber
Barbosa de Amorim foram denunciados pelo
Ministério Público por terem exigido para
si, em razão de função, vantagem indevida,
em prejuízo de dois empresários, estando
incursos no crime de concussão. No dia 4
de maio último, segundo inquérito policial
conduzido pela Corregedoria de Polícia Civil,
os denunciados, com outro indivíduo ainda
não identificado, abordaram o funcionário
da empresa MS Comércio e Transporte de
GLP Ltda. Márcio Mentor Rodrigues Rangel
e o levaram para a 21ª DP (Bonsucesso).
Lá, entraram em contato telefônico com os
proprietários da empresa, Sérgio e Eduardo
Molina Santos, exigindo R$ 1,2 mil e mais
R$ 300 mensais, para que não iniciassem
investigação criminal sobre uma suposta
policiais acusados de concussão são presos no RJ
CadaStRO
A ANP realizou reunião do Regional Centro
Oeste de Erradicação do Comércio Irregular
de GLP em Campo Grande. Conforme a
ANP, o número de pontos informais de venda
de recipientes de GLP no estado do Mato
Grosso do Sul gira em torno de 700, para
um universo de 1,3 mil revendas legais. A
capital tem 700 revendas formais para cerca
ANP identifica revendas ilegais de gás de cozinha em MS
de 200 clandestinas. O objetivo do encontro
é combater as revendas irregulares de GLP.
Revendas piratas oferecem riscos, já que
não observam normas de segurança, como
armazenagem, conservação de recipientes e
vedação de lacres. As revendas ilegais devem
ser denunciadas à ANP.
Fonte: Campo Grande News
infração penal cometida pela empresa. O
MP requereu também a prisão preventiva
dos denunciados “para que a ordem pública
não seja posta em risco” e ainda para que não
haja “risco de descrédito das instituições.” A
pena prevista para o crime de concussão é de
reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Fonte: Jornal Extra
FERGAS EM REVISTA 13
notas
ClandeStinidade 2
Promotores de Justiça de Paulista e Jaboatão
dos Guararapes, representantes da Agência
Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) e do Comitê Nacional
pela Erradicação do Comércio Clandestino
de Gás, além de revendedores do produto
participaram na primeira semana de maio
de uma audiência Pública sobre a venda e
a distribuição irregular do gás de cozinha.
Promovida pelo Ministério Público de
Pernambuco (MPPE), através do promotor
de Justiça Maviael de Souza Silva. Durante a reunião aconteceu a assinatura um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) direcionado aos revendedores do gás de cozinha, por conta da
comercialização irregular do produto.
Fonte: Diário de Pernambuco
audiência pública debate venda irregular do gás de cozinha
tRanSpetRO
A Transpetro, empresa subsidiária da
Petrobras, localizada na Alemoa, em Santos,
foi multada em R$ 87 mil por conta do
vazamento de um produto químico chamado
mercaptano, que é adicionado ao gás de
cozinha. A multa foi aplicada pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A
empresa pode recorrer da multa.
O vazamento ocorreu na noite da última
sexta-feira. Até o início da madrugada de
sábado, moradores de vários bairros de
Vazamento rende multa
Santos, Cubatão e Guarujá ainda sentiam um
forte cheiro de gás no ar. Segundo a Cetesb,
o vazamento ocorreu durante serviços de
manutenção.
O terminal da Transpetro atende às operações
de carga e descarga de navios, para importação
e exportação de derivados de petróleo, como
gasolina, diesel, óleo combustível, nafta e
GLP, o gás de cozinha.
Fonte: O Globo
FERGAS EM REVISTA14
notas
COnSuMO
Os preços do GLP, etanol, da gasolina comum
e da gasolina aditivada sofreram pequenas
variações na primeira semana de maio. A
constatação foi feita pela pesquisa realizada
pelo Procon de Natal (RN) junto a 128
postos de combustíveis de Natal e de Nova
Parnamirim. De acordo com o levantamento,
nos últimos oito dias o preço do etanol caiu
0,05%, a gasolina comum caiu 0,19%, a
gasolina aditivada, -0,02%, e o gás natural
veicular (GNV), -0,13%. Já o diesel ficou
estável e o gás de cozinha (GLP) subiu 0,58%.
O gás natural veicular apresentou ligeira
redução de 0,13%, passando de R$ 1,979/m3
para R$ 1,976/m3. O preço mais comum é R$
1,990, encontrado em 76% dos postos que
glp com ligeira alta no preço do Rn
aCidente
Uma pessoa ficou ferida na noite de 22 de
abril último no Tremembé, Zona Norte de
São Paulo, após uma explosão provocada por
vazamento de gás de cozinha. O acidente
aconteceu em uma casa na Rua Veloso da
Fonseca. Várias paredes do imóvel vieram
abaixo. A rua foi fechada por carros dos
bombeiros e curiosos. O morador que ficou
ferido foi levado para o pronto-socorro do
Tatuapé. Em 2010, os bombeiros atenderam
1.207 acidentes como este. Em novembro,
Vazamento de gás causa explosão e deixa um ferido em Sp
uma explosão semelhante aconteceu na Casa
Verde, na Zona Norte. Três pessoas ficaram
feridas e quatro casas foram interditadas.
Os moradores só puderam voltar após uma
vistoria da Defesa Civil e uma reforma.
Para evitar acidentes do tipo, é importante
armazenar os botijões de acordo com as
normas de segurança, fazer a instalação
de forma adequada e observar se não há
vazamento de gás.
Fonte: G1
vendem esse tipo de combustível. O gás de
cozinha (recipiente de 13 kg) foi encontrado
em 21 postos, dos 128 pesquisados, cujos
preços variam de R$ 40,00 (nove postos) a R$
43,00 (dois postos), o recipiente de 13kg. Em
nove postos o GLP (gás de cozinha) custa R$
42,00.
Fonte: Tribuna do Norte
FERGAS EM REVISTA 15
notas
legiSlaçãO
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
aprovou, no último dia 12 de maio, o projeto
Multa para transporte de glp em motos
ChaMa SeguRa
A pequena cidade de Araçariguama (SP)
realizou, na segunda quinzena de maio, o
‘Chama Segura’, iniciativa que faz a troca
de kits gás para a população. O projeto tem
como objetivo prevenir acidentes domésticos
envolvendo o GLP, informando a população
sobre as formas corretas de se transportar,
armazenar, manusear e instalar o botijão de
gás. Além do objetivo educativo, o ‘Chama
Segura’ substitui gratuitamente registros,
mangueiras, reguladores e abraçadeiras
retirando de circulação equipamentos em
situação de risco, ou seja, fora do prazo de
Cidade troca mangueiras velhas de graça
validade e em condições inadequadas de
conservação. Para realizar a troca gratuita
basta que o participante leve a sua mangueira
e o registro usados nos locais de troca.
Fonte: Terra
de lei 1.538/08, do deputado Dionísio Lins
(PP), que pune, com multa e apreensão
do veículo, os infratores da Lei 4.384, que
proibiu o transporte e a distribuição de GLP
em motocicletas. A proposta, que foi votada
em primeira discussão, determina que as
penalidades são as previstas no Código do
Consumidor. Para Lins, a proposta garantirá
o cumprimento da regra. “A forma como esse
transporte é feito é precária, arriscada, e, no
entanto, continua”, critica.
Fonte: Terra
FERGAS EM REVISTA16
destaque
A FERGAS QUER CRESCER
O que pensar de uma entidade que congrega uma atividade que atinge 98% dos lares
brasileiros? Os revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) representam uma atividade
comercial que gera 350 mil empregos diretos e indiretos e que, por meio de uma frota de 200 mil
veículos, percorre todo o território nacional. É a maior frota de carga específica do Brasil.
Desde 1997 defendendo os interesses dos revendedores, a Fergas iniciou neste ano de 2011
um grande projeto de fortalecimento institucional que visa aumentar sua representatividade e as
receitas das revendas, apostando em ações de comunicação, qualidade, tecnologia e de parcerias
comerciais. “Durante anos, a Fergas construiu um estrutura de apoio e defesa dos revendedores
de GLP. Agora chegou a vez de oferecermos ainda mais aos nossos sindicatos filiados, criando
oportunidades de geração de receitas às revendas e transformando a nossa entidade numa grande
central de fomento”, explica o presidente da Fergas, Álvaro Chagas. “A Fergas quer crescer porque
as revendas querem crescer”, completa.
E quem é revendedor de GLP sabe da importância do gás como insumo básico das famílias
brasileiras. Atualmente no Brasil existem mais residências alimentadas por GLP do que com luz
Grupo de trabalho cria conjunto de ações para fortalecer a entidade e beneficiar revendedores filiados
FERGAS EM REVISTA 17
«Durante anos, a Fergas construiu um estrutura de
apoio e defesa dos revendedores de GLP. Agora chegou
a vez de oferecermos ainda mais aos nossos sindicatos
filiados, criando oportunidades de geração de receitas às
revendas e transformar a nossa entidade numa grande
central de fomento»
destaque
elétrica e água encanada. Para Chagas, a
Fergas sabe a força que o revendedor tem e
quer se tornar cada vez mais o porta-voz de um
setor vital da economia brasileira.
“Com muito orgulho defendemos os
interesses de empreendedores que lutam
bravamente em busca de reconhecimento e
tratamento justo por parte das autoridades
que regulam o mercado”, afirma o presidente,
reeleito recentemente para um novo
mandato que vai até 2014.
ALCANCE NACIONAL
Segundo o vice-presidente
da Fergas, José Luiz Rocha, o
potencial da entidade nunca havia
sido devidamente mensurado. “O estudo
encomendado dimensiona o alcance da Fergas
e como ela pode contribuir para se fortalecer e
gerar oportunidades junto à indústria, comércio
e prestadores de serviço. E chegamos até aqui
porque encontramos 40 mil parceiros em todos
os estados”, afirma.
Rocha explica que a força potencial da
Fergas é muito maior do que suas atividades
normais fazem supor seus observadores.
Segundo ele, a entidade pode ser mais forte,
mais dinâmica e mais assertiva. “Uma nova
Fergas está pronta para surgir e ampliar nossos
horizontes, nossas oportunidades e melhorar
nosso poder de negociação”.
FERGAS EM REVISTA18
« Revendas mais preparadas para enfrentar a concorrência e oferecer um serviço de maior qualidade ao consumidor. »
FERGAS EM REVISTA 19
destaque
O processo de fortalecimento
institucional da Fergas está
alicerçado no Programa de Avanço
do Revendedor (PAR). Trata-se de um conjunto
de ações coordenadas de incentivo ao
desenvolvimento da revenda de
GLP. São processos de melhoria
da qualidade dos serviços
de revenda, que estimulam
a criação de atividades de
incremento das receitas dos
revendedores e possibilitam
a troca de experiências entre
os filiados como forma de
padronizar as melhores práticas
do setor.
São três os eixos direcionadores do
PAR: Tecnologia, Qualidade e Parcerias
Comerciais. Cada eixo terá uma variedade de
produtos, serviços e convênios desenvolvidos
especialmente para as revendas associadas
aos sindicatos filiados à Fergas. O revendedor
interessado em participar pode se inscrever
pelo site www.fergas.com.br/par.
Esses projetos atuarão na modernização
do relacionamento com seus associados, na
ampliação da visibilidade da Fergas como
entidade representativa, bem como na criação
de parcerias para o desenvolvimento de
ações que beneficiem as revendas,
seus funcionários e clientes.
“Para que isso
aconteça, a Fergas vai buscar
parceiros para desenvolver
atividades cooperadas
visando à captação de novos
negócios. Como se sabe,
atualmente o maior desafio de
uma marca é se tornar ainda mais
lembrada. Pra isso acontecer, é preciso
abrir caminhos ao lado de grandes parceiros.
E a Fergas pode ser um grande veículo
multiplicador, que auxiliará na criação de
oportunidades que façam uma marca ou
ideia entrar na casa de 58 milhões de famílias
brasileiras”, justifica Álvaro Chagas.
“Ao se inscrever no PAR, o revendedor
terá acesso a esses novos caminhos”, diz.
HORA
DE AVANÇARPrograma de Avanço do Revendedor surge como o mais completo conjunto de produtos e serviços
de apoio e geração de oportunidades já oferecido às revendas de GLP.
desenvolvimento da revenda de
GLP. São processos de melhoria
padronizar as melhores práticas
ações que beneficiem as revendas,
seus funcionários e clientes.
atualmente o maior desafio de
uma marca é se tornar ainda mais
FERGAS EM REVISTA20
destaque
FORTALECIMENTO DA MARCA / INSTITUIÇÃO
+ REPRESENTATIVIDADE + RECEITAS ÀS REVENDAS
VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO(REVISTA / SITE)
TECNOLOGIA PARCERIAS COMERCIAISQUALIDADE
REDE FERGÁS
SOFTWARE / HARDWAREESPECIAIS PARA REVENDA
NOVAS FORMAS DECOMERCIALIZAÇÃO GLP
SISTEMAS DE BUSCAON-LINE
TREINAMENTO
NORMATIZAÇÃO
PRÊMIOS PARA MELHORESPRÁTICAS
SELO DE QUALIDADE
PESQUISAS PERFIL DO CONSUMIDOR
CONVÊNIOS
AÇÕES DE MARKETING
CESTA DE SERVIÇOS
CENTRAL DE COMPRAS
FINANCIAMENTOS
SERVIÇOS BANCÁRIOS
LINHAS DE CRÉDITOESPECIAIS
FERGAS EM REVISTA 21
novo site
O novo site da Fergas já está no ar
e promete muitas novidades nos próximos
meses. Desenvolvido pela empresa MX2, o
site www.fergas.com.br traz a nova identidade
visual da entidade e está mais leve, mais
informativo e fácil de navegar. Além disso, está
mais seguro e pronto para receber ferramentas
de e-commerce.
produtora cria vídeos informativos para a Fergas
O estúdio de imagem Nyx Image, de
Curitiba, criou dois vídeos informativos para
a Fergas se comunicar com seus sindicatos,
revendedores, parceiros comerciais e público
em geral. As duas peças, com aproximadamente
um minuto de duração cada, falam sobre a
força da Fergas como entidade representativa
e parceira comercial para fortalecer marcas e
produtos.
Os vídeos podem ser assistidos no site
www.fergas.com.br.
destaque
FERGAS EM REVISTA22
saúde
iniMiga dO entRegadORA lombalgia e as dores musculares podem atrapalhar o dia-a-dia dos entregadores de gás.
por C a R lO S S i lVa
Os funcionários das revendas que fazem a entrega dos vasilhames de gás para milhões de lares brasileiros precisam
ter muita atenção com relação à postura e o esforço físico comuns na sua atividade. Devem se prevenir se não quiserem correr o risco de contrair uma lombalgia ou um problema postural mais grave.
Para se ter uma idéia, um botijão de gás de cozinha cheio pesa, com o vasilhame, aproximadamente 27 quilos. Considerando que o entregador faz dezenas de entregas ao dia, com repetidos movimentos de agachamento e, muitas vezes até subindo lances de escada, está muito vulnerável a sofrer lesões. “Existe uma série de fatores de risco que podem aumentar as chances de uma pessoa ter lombalgia como a genética, sedentarismo, má postura, excesso de peso, entre outros” explica o doutor em
ortopedia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Rogério Teixeira da Silva. Segundo ele, as lesões que mais afetam os esportistas e também os profissionais são aquelas de esforço repetitivo, como a lombalgia, que atinge pessoas que andam muito ou carregam peso em excesso, sobrecarregando a coluna. “Essa enfermidade pode ser identificada pelas dores que afetam a região inferior da coluna vertebral, com intensidade progressivamente aumentada e agravada pela mobilidade, além das contrações musculares”, completa o especialista.
Assim como os coletores de lixo ou os carteiros, que percorrem longas distâncias todos os dias levando materiais pesados, entregadores de gás sofrem uma enorme incidência de dores lombares e de coluna. De acordo com a pesquisa Dor no Brasil, realizada pela empresa farmacêutica Pfizer, a dor nas costas é ainda
FERGAS EM REVISTA 23
saúde
considerada a mais prejudicial à atividade profi ssional para 42% dos entrevistados.
Josney Pereira, entregador de gás em Curitiba, sentia muitas dores nas costas ao carregar os botijões. Hoje, não abre mão do carrinho especialmente feito para o transporte dos vasilhames. As dores foram tratadas a base de sessões de acupuntura. “Tinha dias que eu ia direto pra cama de tanta dor que sentia. Depois do tratamento as dores nunca mais voltaram. Mas eu me cuido pra não fazer esforço de mais na hora da entrega”, disse.
Segundo o terapeuta Marcos Sato, a acupuntura pode ser usada para aliviar as dores nas costas. Mas é imprescindível a indicação médica e a análise de exames radiográfi cos. “A acupuntura é um procedimento que procura tratar a dor, no entanto, não intervém na causa da doença”, explica.
Existem hoje especialistas em acupuntura e clínicas especializadas. A escolha do profi ssional acupunturista é de fundamental
diCaS
importância, pois o processo é invasivo e as agulhas usadas devem estar rigorosamente esterilizadas.
Sato disse ainda que a causa pode não estar na região onde ocorre a dor. Segundo ele, existem exercícios que ajudam a tratar as dores lombares como pilates e yoga, ou até mesmo atividades como fi sioterapia e RPG, que buscam a correção postural do paciente e auxiliam na diminuição da lombalgia.
Mas se, ainda assim, o problema não for resolvido ou estiver em fase avançada, geralmente são utilizados tratamentos medicamentosos com anti-infl amatórios.
Existe uma classe desses medicamentos, da qual faz parte Celebra (celecoxibe), que inibe a enzima COX-2, responsável pela dor e infl amação, sem afetar a COX-1, cuja função é proteger o estômago e o intestino. Deste modo, o medicamento bloqueia de forma seletiva as enzimas COX-2, aliviando a dor sem prejudicar o estômago.
• Ao carregar o vasilhame, mantenha as plantas dos pés totalmente apoiadas no chão;• A postura adequada, quando estiver em pé, é aquela com a coluna ereta, os pés pouco afastados e joelhos levemente fl exionados;• Faça alongamentos que estimulem a fl exibilidade do corpo;
• Pratique exercícios que fortaleçam a coluna, como abdominais;• Utilize sapatos baixos, com solas mais grossas, que absorvem melhor os impactos causados pela atividade;• Prefi ra utilizar o carrinho na hora de carregar ou descarregar os vasilhames do caminhão;
FERGAS EM REVISTA24
Nesta edição resgatamos uma
reportagem de setembro de
2000, publicada na antiga revista
GLP Brasil, sobre os riscos dos depósitos
clandestinos de gás. Sob o título “O Perigo
Mora ao Lado”, o texto abordava a atuação
dos pequenos comércios que funcionavam à
margem da legalidade e comercializavam GLP
sem os menores cuidados com a segurança e
sem recolhimentos dos devidos impostos.
Segundo a reportagem, o Sindicato
dos Revendedores de Gás do Interior do
Estado de São Paulo (Siregás) já havia
acionado inúmeras vezes a justiça, que por
sua vez vinha punindo os estabelecimentos
ilegais por meio de liminares: “um dos casos
ocorreu em Sorocaba, quando após uma
denúncia do sindicato local, 150 postos não
credenciados foram autuados com multa
diária de um salário mínimo por dia até sua
regulamentação e ainda respondem por crime
contra a economia. Mas a clandestinidades
ainda persiste”, explicava o texto.
Mais adiante, o professor da USP,
Eduardo Yoshimoto, defendia que a única
MeMÓRia atiVaNesta seção você vai acompanhar um pouco da história do GLP brasileiro. Faremos um resgate aleatório dos principais acontecimentos do setor energético nacional, bem como da história da Fergas, que teve início em 1997.
por EDUARDO MIRA
maneira de coibir a ação dos depósitos
clandestinos era por meio de denúncia. “Há
uma tendência de auto-regulamentação e
auto-fiscalização do setor, ou seja, as próprias
revendas fiscalizarem”, ressaltou na época.
Pelo visto, pouca coisa mudou nos
últimos 11 anos.
história
FERGAS EM REVISTA 25
culinária
direto da itáliaFrango ao Molho Caron & Garbuio é boa opção para comer no frio.
O processo de colonização na região
sul do Brasil foi marcado por muito
trabalho e sacrifícios por parte dos
colonos de origem européia. Muitas vezes,
especialmente no início, a comida era escassa
e a palavra de ordem era a criatividade.
Os italianos, por exemplo, optavam pela
polenta, derivado do milho, barato e popular
na época. A polenta era por muitas vezes
preparada com um molho condimentado e
especiarias chamado Caron & Garbuio e, com
o tempo, acrescentou-se a galinha, que dava
ainda mais consistência ao prato.
Trata-se de uma receita simples que
combina muito bem com dias mais frios e pode
ser acompanhada de uma salada de radicche
com bacon frito e uma taça de vinho tinto seco.
O tempo total de preparo no fogão a gás
é de 2 horas.
Frango ao Molho Caron & garbuio
ingredientes:
1,5 Kg de coxa com sobrecoxa de frango
1 cabeça de alho
4 cebolas roxas grandes
2 latas de tomate pelato
1 kg de polenta branca
Sal, pimenta, páprica e especiarias
Modo de preparo:
1. Corte o frango em quatro partes.
2. Bata em um processador duas
cebolas, meia cabeça de alho, sal,
pimenta e especiarias.
3. Cubra o frango com o tempero e deixe
descansar por mais ou menos 24 horas.
Logo após, frite o frango. Enquanto vai
fritando, pique o tomate “pelato” e a
cebola roxa. Lamine o alho e coloque
para fritá-lo com a cebola até deixá-
la bem dourada. Em seguida coloque
o tomate “pelato” para cozinhar e
acrescente algumas especiarias.
Quando o frango começar a dourar
coloque-o dentro do molho para curtir
a carne. Vale lembrar que o molho deve
ser cozido em fogo brando.
O Chef
Rodrigo Teixeira dos Santos, o Rodrigão, é um apreciador
da culinária tradicional e gosta de preparar pratos das
mais variadas origens para familiares e amigos. Em seu
blog “Rodrigão Invadindo a Cozinha”, publica receitas e
fotos passo a passo da preparação dos pratos.
http://rodrigaoinvadindoacozinha.blogspot.com
FERGAS EM REVISTA26
voz do consumidor
O comerciante, para revender gás de
cozinha, depende de autorização
da Agência Nacional de Petróleo
(ANP). É atividade regulada, pois envolve o
manuseio de produto perigoso e essencial à
subsistência humana.
Pensando nisso, o Procon-MG
iniciou, em novembro de 2008, um plano
de atuação no combate à distribuição e
revenda clandestina de gás de cozinha.
No dia 15 de março do corrente ano, os
Promotores de Justiça que integram a Rede
de Atuação Cível, Criminal e Administrativa
na proteção e defesa dos consumidores
mineiros, decidiram, juntamente com a
Coordenação do Procon Mineiro, em manter
o trabalho que vem sendo desenvolvido, para
erradicar essa prática abusiva do Estado de
Minas. No âmbito do exercício do poder de
polícia, as medidas têm sido as seguintes:
I) autuação do revendedor clandestino,
apreensão dos produtos expostos à venda e
remoção para local seguro (fiscais do Procon-
MG); II) aplicação de multa ao fornecedor e
decretação da perda e doação dos produtos
apreendidos a entidades beneficentes, ao
final do processo administrativo, por termo
de ajustamento de conduta (TAC) ou decisão
administrativa (Promotor de Justiça de Defesa
do Consumidor); III) adoção das medidas
ReVenda ClandeStina de gáS de COZinha (glp)por AMAURI ARTIMOS DA MATTA
cíveis e criminais em caso de não aceitação
do TAC e, se aceito, havendo a reincidência
do infrator (Promotor de Justiça de Defesa do
Consumidor).
Para enfrentar o mesmo problema, a
Agência Nacional de Petróleo (ANP) instituiu,
sob a sua Coordenação, em setembro do ano
passado, o Comitê Nacional para Erradicação
do Comércio Irregular do Gás Liquefeito
de Petróleo (GLP). Integram o comitê as
entidades de classe das Distribuidoras e dos
Revendedores de GLP, a Associação Nacional
do Ministério Público do Consumidor
(MPCON), Promotores de Justiça de Defesa
do Consumidor das Capitais dos Estados
e outras instituições públicas e privadas.
Um dos trabalhos desenvolvidos no âmbito
do comitê, foi o Termo de Ajustamento de
Conduta firmado em Brasília, no dia 16 de
dezembro de 2010, entre as Disribuidoras
Copagaz Distribuidora de Gás Ltda., Liquigás
Distribuidora S/A e SHV Gás Brasil Ltda. e
os Ministérios Públicos Estaduais (Bahia,
Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas
Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Norte, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe).
As Distribuidoras, assumiram o compromisso
de “adotar as providências comerciais
cabíveis, no sentido de inibir a distribuição
e revenda clandestina de gás de cozinha, e
FERGAS EM REVISTA 27
voz do consumidor
implementar as medidas necessárias para
alcançar esse objetivo. O início de vigência do
TAC ocorreu no dia 13 de fevereiro do corrente
ano. Excepcionalmente, a Distribuidora
Copagaz cumprirá o compromisso previsto na
letra “c” a partir do dia 13 de junho de 2011.
No dia 30 de março deste ano, em Brasília,
após mais uma rodada de negociações, as
Distribuidoras Amazongás Distribuidora
de GLP Ltda., Bahiana Distribuidora de
Gás Ltda., Companhia
Ultragaz S.A, Nacional Gás
Butano Distribuidora Ltda.,
Paragás Distribuidora Ltda.
e Sociedade Fogás Ltda. e
os Ministérios Públicos de Alagoas, Amapá,
Amazonas, Ceará, Pará, Piauí e Rondônia
aderiram ao TAC Nacional. Ressalvou-se,
contudo, a não aplicação da letra “b”, da
cláusula primeira, no que toca ao transporte
fluvial, em função dos problemas de logística
alegados pelas Distribuidoras. A discussão
envolvendo esse assunto, no entanto, será
retomada, em cada um dos Estados envolvidos,
com a participação da Agência Nacional
de Petróleo (ANP). O cumprimento do TAC
ocorrerá a partir de 29 de maio do corrente
ano, segundo foi acordado. Faltam aderir ao
TAC Nacional, ainda, outras Distribuidoras
menores e os Ministérios Públicos do Acre, do
Maranhão, do Mato Grosso, do Mato Grosso
do Sul, da Paraíba, de Pernambuco, do Rio
Grande do Sul, de Roraima e Tocantis, o que
se pretende alcançar com uma nova rodada de
negociações a ser realizada no mês de junho,
em dia e local ainda não escolhidos. Com isso,
será possível estabelecer uma estratégia de
atuação das Promotorias de Justiça em todo o
país, tendo por referência o TAC Nacional, já
que as Distribuidoras compromissadas detêm
mais de 90 % desse mercado. O trabalho
desenvolvido contribui para a inclusão de
milhares de comerciantes no mercado regular
de revenda do gás de cozinha e impede que
sejam utilizados como “objeto” nas mãos de
agentes econômicos mal intencionados.
No entanto, para o êxito do trabalho,
é necessária a participação de todos.
Nesse sentido, medida simples e efetiva no
combate à revenda clandestina de gás de
cozinha acaba de ser adotada em Minas, na
última reunião ocorrida no dia 09 de maio.
Por ela, as entidades do SIRTGÁS e do
SINDIGÁS, apoiados pelas Distribuidoras,
enviarão, ao Ministério Público, Relatórios
de Revendedores Clandestinos no Estado,
elaborados a partir da aquisição de produtos,
contendo os dados do comprador e cópias
dos comprovantes da venda (notas fiscais ou
recibos simples). Com isso, pode-se adotar
as providências cabíveis de imediato, sem a
necessidade de acionar a fiscalização para ir
ao mercado.
Amauri Artimos da Matta é Promotor
de Justiça em Minas Gerais.
«As distribuidoras, assumiram o compromisso de “adotar
as providências comerciais cabíveis, no sentido de inibir a
distribuição e revenda clandestina de gás de cozinha»
FERGAS EM REVISTA28
preços de glp no Brasil
FERGAS EM REVISTA 29
Bólido movido a glpEngenheiros franceses criam carro de corrida movido a gás de cozinha e óleo de girassol.
Um grupo de franceses projetou um carro de competição movido a energia alternativa que pode atingir a
velocidade fi nal de 315 km/h. O combustível escolhido foi o GLP, um dos menos poluentes do mundo. O protótipo conta com um motor 3,4 litros V6 com injeção de GLP em fase líquida. E como carros de corrida funcionam no limite da resistência mecânica, a lubrifi cação do motor também é feita de forma ambientalmente correto, com óleo de girassol.
“O carro do futuro terá que respeitar o meio-ambiente. Esta é a única forma de criarmos um sistema de transporte auto-sustentável,” afi rma Alain Lebrun, coordenador do projeto IdéeVerte Compétition (que signifi ca Ideia Verde), cujo desafi o é a criação de um carro de corridas competitivo e com o menor nível possível de emissão de poluentes.
Os resultados foram animadores. O bólido emite 30% menos partículas poluentes e é 20% mais econômico, comparado a um motor movido a gasolina. Além disso, tem emissão zero de gases do efeito estufa.
Para viabilizar o projeto, os engenheiros foram buscar tecnologias da era espacial e contaram com a parceria da Esa, a Agência Espacial Européia. A carroceria recebeu o mesmo sistema de isolamento térmico utilizado no foguete francês Ariane. A preocupação era que a temperatura de até 1000° C do sistema de escapamento primário pudesse se espalhar e atingir os tanques de gás. Além do ganho na segurança, o material refratário mantém a temperatura do motor, aumentando seu desempenho.
Fonte: Inovação Tecnológica
tecnologia e inovação
FERGAS EM REVISTA30
empresas que, voluntariamente, reduzem a emissão de poluentes provenientes de suas atividades.
reunião de benefícios que só o GasPex oferece: rapidez de instalação, menor custo, qualidade, segurança e durabilidade. A rapidez de instalação e segurança do GasPex decorrem, principalmente, do reduzido número de conexões necessárias, já que a fl exibilidade da tubulação viabiliza traçados com curvas. Imune a vazamentos e com sua grande durabilidade (não oxida), o GasPex evita manutenção constante, consequente quebra e o descarte de materiais, contribuindo para construções mais sustentáveis.
Sistema substitui tubulações de cobre
A Emmeti Brasil lançou no mercado nacional um sistema de solução rápida para instalação de tubulações de gás.
O GasPex é um sistema de tubulação multicamadas e conexões de prensar em latão (com dupla vedação) que fi gura entre as tecnologias mais avançadas em todo o mundo e substitui com muita segurança as convencionais tubulações de cobre.
Desponta como solução inovadora e sustentável para instalação e distribuição de gás em casas e prédios de apartamentos. Em pouco tempo o sistema já conquistou a confi ança e admiração de construtores, instaladores, consultores e lojistas brasileiros em diversas regiões do País. O motivo está na
Zerando as emissões
Empresa modernizou sua frota de caminhões e criou modelo de estimativa de cálculo da redução da emissão de poluentes de seus veículos.
A Liquigás Distribuidora é a primeira empresa no Estado de São Paulo a gerar créditos pelo mecanismo de compensação de emissões por redução de poluentes de fontes móveis, reconhecidos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Cetesb. O mecanismo de compensação está previsto no Decreto Estadual Nº 52.469/2007.
A concessão de créditos de emissão de poluentes atmosféricos é feita pela Cetesb às
tecnologia e inovação
FERGAS EM REVISTA 31
Presidentes de sindicatos de
revendedores de GLP de todo o país e
representantes do Ministério Público
do Consumidor se reuniram em Brasília no
dia 23 de março último para discutir o futuro
do mercado consumidor brasileiro de GLP.
A reunião foi promovida pela Fergas e
aconteceu na sede da Confederação Nacional
do Comércio (CNC).
A reunião marcou a troca de
experiências entre os revendedores de GLP
e os representantes do Ministério Público do
Consumidor de todo o país. “O debate com os
promotores foi de extrema importância para
mostrar a preocupação que a Fergas tem em
respeitar as regras de mercado e o consumidor
brasileiro. Afinal de contas, estamos presentes
em cerca de 58 milhões de lares brasileiros e
entregamos um produto que serve 98% das
residências do país”, resumiu o presidente da
Fergas, Álvaro Chagas.
Consumidor em pauta
Fergas realiza encontro com sindicatos de revendedores de GLP e representantes do
MP para discutir mercado consumidor
Por E D U A R D O M I R A
Promotores de todo o Brasil estiveram
presentes, representando a AMPCon
(Associação Nacional do Ministério Público
do Consumidor), liderados pelo presidente
da entidade, José Augusto Peres Filho. Ele
enalteceu a iniciativa da Fergas em priorizar
o consumidor final a partir da ideia de nivelar
o conhecimento dos participantes.
O encontro contou ainda com a
participação do presidente da Fecombustíveis,
Paulo Miranda Soares, que apresentou aos
presentes um panorama setorial do mercado
de combustíveis e falou sobre os riscos à
verticalização do segmento distribuidor
de derivados de petróleo. Soares abordou
ainda a importância da “bandeira branca”,
modalidade que dá aos revendedores
liberdade de compra do produto em mais de
um distribuidor, o que aumenta os índices de
concorrência do mercado e dá ao consumidor
melhores condições de preço.
Brasil
FERGAS EM REVISTA32
uma importante conquista
Por PA U LO M I R A N D A S O A R E S
Todo empresário brasileiro que atua na
revenda de combustíveis sabe como é
difícil manter-se atualizado em relação
às inúmeras obrigações, que se multiplicam a
cada dia. São exigências fiscais, ambientais,
de segurança, trabalhistas, só para ficar entre
as principais. Não há dúvidas de que a maior
parte delas é importante e contribui para a
melhoria do mercado. Mas é bem verdade
também que tais medidas requerem muito
mais cuidados de nossa parte, pois qualquer
erro, cometido ou não de má-fé, pode ter
consequências graves, seja na forma de
multas ou de processos administrativos.
No entanto, nem sempre é fácil
encontrar na imprensa alguma publicação que
aborde tais assuntos sob o ponto de vista que
nos interessa, mostrando como determinada
mudança irá afetar o nosso negócio e como
devemos enfrentar esse novo cenário.
Há quase 10 anos, quando o país vivia
ainda o turbilhão das transformações trazidas
pela abertura do mercado, a Fecombustíveis
tomou a acertada decisão de lançar sua
própria revista. A ideia era justamente ter
um canal direto de comunicação com o
revendedor de combustíveis e poder explicar
o que estava acontecendo no mercado e como
ele poderia se preparar para a nova realidade
que se desenhava.
Nessa quase uma década de existência,
a Combustíveis & Conveniência se tornou
uma referência para o mercado nacional
de combustíveis, não só adiantando
tendências (como a questão ambiental e de
sustentabilidade), mas também por ter dado
voz ao revendedor, que reclamou de suas
distribuidoras, denunciou práticas irregulares
no mercado, questionou medidas abusivas e
pediu ajustes na legislação.
É por isso que vejo com grande satisfação
a iniciativa do companheiro Álvaro Chagas de
lançar a Fergás em Revista, criando assim um
veículo oficial para o segmento e que, com
certeza, contribuirá de forma imensurável
para fortalecer a revenda varejista de GLP.
No entanto, é importante ter em mente que
nenhuma categoria consegue ter sucesso se
não for coesa, se não tiver entidades sindicais
representativas. E isso não acontece sem a
sua ajuda.
Em todas as palestras e conversas
com revendedor que mantenho por todo
o Brasil, sempre faço questão de repetir o
mesmo recado: você é livre para criticar,
fazer sugestões, reclamar, elogiar, mas faça
isso dentro de sua entidade sindical. Nós,
dirigentes sindicais, não temos salários
para ocupar nossos cargos, mas abrimos
mão de parte do tempo que dedicaríamos
aos nossos negócios e a nossa família para
brigar por um mercado mais justo. Porque
acreditamos que somente a luta em conjunto
garantirá as condições necessárias para que
cada revendedor consiga atingir seu sucesso
pessoal. É dentro das associações sindicais
que discutimos o rumo da categoria, os
problemas comuns que assolam o mercado
e onde pensamos, juntos, em soluções para
opinião
FERGAS EM REVISTA 33
extirpar esses males. São entidades fortes que
vão até os legisladores mostrar o quão danoso
um projeto de lei pode ser a nossa atividade
ou que passam horas debatendo com órgãos
reguladores a melhor forma de aprimorar
uma legislação. Quando o trabalho é bem
feito e conseguimos mostrar às autoridades
competentes que nosso pleito é justo e
trará benefícios ao mercado, quase sempre
o revendedor nem sequer chega a tomar
conhecimento dessa “batalha silenciosa”
travada nos bastidores.
Quanto mais unida for a categoria, mais
forte será sua representação sindical. E, com
isso, todos temos a ganhar: os empresários,
porque desfrutam de um ambiente
concorrencial mais justo; os consumidores,
que encontram um mercado sadio; e os
cofres públicos, que vêm crescer sua receita
tributária, sem falar na geração de empregos.
Parabéns à Fergás por mais essa
iniciativa. Parabéns ao revendedor de GLP, que
contará com uma ferramenta indispensável
para se tornar cada vez mais atuante e
competitivo no mercado. E não deixem de
participar com comentários, sugestões e
críticas. Pois assim teremos uma revista cada
vez melhor.
Paulo Miranda Soares é Presidente
da Federação Nacional do Comércio
de Combustíveis e de Lubrificantes
(Fecombustíveis)
opinião
FERGAS EM REVISTA34
pela importância de sermos respeitados
Por N E L S O N Z I V I A N E
No dia 18 de setembro de 1993 o
revendedor de GLP passou a ser
reconhecido como “Categoria
Econômica de Utilidade Pública”. Naquela
época, para se tornar um revendedor, bastava
que a companhia distribuidora efetuasse o
primeiro abastecimento e que houvesse a
simples emissão da primeira nota fiscal.
Mas qual o critério de qualificação
para que o então revendedor se tornasse um
empresário do setor? Absolutamente nenhum.
Bastava que se cumprissem às normas básicas
de segurança e compromissos tributários que
ele já estaria pronto para atuar no mercado
com um produto tão nobre e essencial ao
consumidor brasileiro.
Com o passar dos anos os preços
passaram então a ser determinados pelo
mercado. As distribuidoras, em sua quase
totalidade, nas mãos de empresas familiares,
tiveram que trocar as planilhas de custo e
crédito de frete pelo gerenciamento eficaz.
Como não estavam familiarizadas nem
preocupadas em administrar com competência
foram negociadas a grandes grupos.
Já o revendedor assistia a tudo
inerte, sempre nas mãos das companhias
distribuidoras. A maior parte das grandes
revendas, que viviam de pires nas mãos em
busca de descontos, foi à falência. As demais
continuam a trabalhar aos domingos e
feriados.
E x i s t e m
hoje no Brasil 40
mil revendas de
GLP, que geram
aproximadamente
350 mil empregos
diretos e indiretos.
O que não existe
é a independência
destas revendas,
que continuam a
seguir fielmente a cartilha das companhias,
caso contrário, são expulsas do mercado.
Como mudar este quadro? Podemos
começar fortalecendo os sindicatos e as
federações representativas. Chega a ser
contraditório, mas o revendedor tem o seu
representante e continua insistindo em não
reconhecê-lo. O único representante legítimo
da categoria e reconhecido como tal pelo
Ministério do Trabalho, que pode dar força a
revenda é o seu sindicato. A categoria precisa
se organizar através do sindicato, buscar seus
direitos e ser respeitada pela importância de
seu trabalho junto à comunidade. Chegou o
momento de mostramos nossa força.
Nelson Ziviane é presidente do
Sindicato dos Revendedores e Transportadores
de Gás de Cozinha de MG e diretor da Fergas.
seu sindicato
FERGAS EM REVISTA 35
um novo cenário
ANP conclui processo de recadastramento de revendedores de GLP e traz informações atualizadas sobre o setor, mas dúvidas sobre efetividade da ação ainda persistem
P O R G I S E L E D E O L I V E I R A
contribuiu para o surgimento de pontos
de venda irregulares. Em muitos casos,
era possível encontrar botijões de GLP à
venda em pequenos mercados de bairro,
na calçada ou até mesmo por milícias em
comunidades de baixa renda. Além disso,
sem uma fiscalização atuante, havia suspeitas
de formação de cartel neste setor. No ano
passado, por exemplo, a Polícia Federal,
em parceria com a Secretaria de Direito
Econômico (SDE) e o Ministério Público do
Estado da Paraíba, realizou uma operação
neste sentido, cumprindo 42 ordens judiciais
não só no estado paraibano, mas também no
Ceará, Bahia e São Paulo. A investigação teve
por objetivo apurar a articulação de agentes
econômicos responsáveis pela distribuição
de gás de cozinha, envolvendo empresários e
funcionários de distribuidoras e revendedores
de GLP.
“Finalmente, conseguimos visualizar
o universo de revendedores existentes no
país. Sem dúvida, isso é um passo muito
importante para termos uma visão do perfil
destes revendedores”, observa Álvaro Chagas,
presidente da Fergas.
Com o processo de recadastramento
concluído, o cenário sombrio no setor começa
a ficar para trás, já que, para ter registro,
as empresas revendedoras, antes somente
Após oito anos, a ANP concluiu o
processo de recadastramento de
revendedores de Gás Liquefeito de
Petróleo (GLP). O longo período decorrido
reflete a complexidade do setor, que sempre
conviveu com os revendedores ilegais no país.
Este cenário foi, por muito tempo, a principal
reclamação dos empresários do segmento,
que, prejudicados pela venda informal,
pediam fiscalização mais atuante da Agência
e de outros entes de mercado. Além disso,
o comércio clandestino colocava em risco a
segurança da população, com recipientes
armazenados inadequadamente e correndo o
risco de explosão.
O recadastramento tinha seu
encerramento previsto inicialmente para
dezembro do ano passado, porém a ANP
prorrogou o prazo nos estados de Tocantins e
Mato Grosso e no município de Florianópolis
(SC). Com isso, o processo só foi totalmente
concluído em março deste ano. Agora, o
mercado conta com mais de 41 mil empresas
revendedoras autorizadas pela ANP. Antes,
a estimativa era de que existiam 70 mil
revendedores atuando no mercado, de acordo
com dados fornecidos pelas distribuidoras,
as quais tinham permissão de fazer o
credenciamento dos revendedores.
A falta de controle no setor de GLP
recadastramento
FERGAS EM REVISTA36
recadastramento
« Agora, o mercado conta com mais de 41 mil empresas revendedoras autorizadas pela ANP»
FERGAS EM REVISTA 37
credenciadas, tiveram que atender a alguns
requisitos para conseguir a autorização da
ANP, como preenchimento de ficha cadastral,
comprovação de inscrição e situação cadastral
no CNPJ, cópia autenticada do alvará de
funcionamento, entre outras exigências.
A cópia do alvará de funcionamento,
aliás, foi uma das grandes dificuldades
durante o processo de recadastramento.
De acordo com Sérgio Bandeira de Mello,
presidente do Sindigás, em alguns municípios
– como Recife, Florianópolis, Rio de Janeiro e
São Paulo, por exemplo – a dificuldade para
obter alvarás e licenças dos Bombeiros quase
inviabilizou a regularização do negócio.
“Nos últimos anos, houve uma grande
proliferação de pontos de venda irregulares,
o que acabou sucateando parte da revenda
formal. Sem dúvida alguma, o cadastramento
foi um passo importante”, diz Bandeira de
Mello, lembrando que ainda falta muito o que
fazer no mercado.
E falta mesmo. Segundo o presidente
da Fergás, Álvaro Chagas, o recadastramento
ajudou, mas não resolveu totalmente o
problema. A grande questão agora é que,
como foi um processo muito longo – iniciado
em 2004 –, muitas empresas já podem ter
saído do mercado, deixando “o cadastro
inconsistente”, na avaliação do executivo. “E
aí, como proceder nesses casos? O que fazer
com aquelas empresas cadastradas que saíram
e não informaram?”, argumenta Chagas. Para
o presidente da Fergás, uma das soluções
para o problema é a edição de uma resolução
dando poderes à ANP para, por meio de ofício,
verificar a situação de atividade das prováveis
empresas que já saíram do mercado.
Álvaro Chagas levanta ainda outro
problema: municípios que não possuem
revendedores autorizados. Hoje, segundo
ele, estima-se que cerca de 1,3 mil
municípios estejam nesta situação, em
função principalmente da baixa densidade
demográfica destes locais, assim como
dificuldades de estrutura dos órgãos
competentes, como corpo de Bombeiros.
Por outro lado, continua o executivo, há
municípios com excesso de revendedores
autorizados, o que também deixa a dúvida
sobre a existência de concorrência desleal no
mercado.
Para Sergio Bandeira de Mello, do
Sindigás, essa situação ainda é reflexo do
cenário anterior, quando era aceitável esse
tipo de prática pela sociedade em geral.
“Ainda existe uma permissividade sobre
a informalidade pelas autoridades e uma
banalização pela sociedade quanto aos riscos
e inconvenientes da atividade irregular. No
entanto, estamos caminhando com o intuito
de resolver estes problemas”, diz.
Por isso, enquanto o processo de
recadastramento estava em curso, a ANP
iniciou um programa para fiscalizar e combater
o comércio clandestino de GLP. Ainda que em
número pequeno, as operações já realizadas
trazem resultados concretos, com autuações
e fechamento de pontos de venda ilegais em
alguns casos. Porém, ainda não há dados
concretos sobre a efetividade do programa. A
expectativa é que, no início deste mês, já seja
possível conferir um levantamento dos efeitos
dessas ações.
recadastramento
FERGAS EM REVISTA38
relatório fecombustíveis
FERGAS EM REVISTA 39
relatório fecombustíveis
FERGAS EM REVISTA40
relatório fecombustíveis
FERGAS EM REVISTA 41
relatório fecombustíveis
FERGAS EM REVISTA42
relatório fecombustíveis
FERGAS EM REVISTA 43
Sim, há diferença
R
Rua Tabajaras, 1000 | Vila Izabel | Cep: 80.320-310 | Curitiba-PR
www.mettavisual.com.br
FERGAS EM REVISTA44
O que nos diferencia são as palavras
twitter.com/EditoraGaragem
Foto: Renato Sakamoto