festejos

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Alexandra queria fazer um disco louvando as mulheres brasileiras, trabalhadoras e festeiras, do sertão e do litoral, da roça e do subúrbio, da capital e do interior. Ofereci os meus guardados, onde ela mergulhou por um bom tempo. De lá ela trouxe as morenas artesãs do porto de Cabedelo na Paraíba, as iaiás do samba da região da cana do Estado do Rio e Pernambuco, as dançadeiras soberanas dos ritos de caboclo, as avós e bisavós ancestrais de todos os ritmos índios e negros pais afora, as lavadeiras dos cantos de lagoas e rios do Oiapoque ao Xuí, as dançarinas do boi-bumba de sua terra, as feiticeiras da Casa de Mina mirongando ao som do pé-no-barro do tam-bor de crioula, as arrumadoras da bandeira do Divino, as passistas dos terreiros das escolas de samba, todas rodando as suas sete saias nas rodas de coco e curima do Brasil mestiço.

Acho que a maranhense conseguiu um belo disco. Abram alas pra ela que a festa começou.

Paulo Cesar Pinheiro

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Na cabala da mironga,Quem falou foi Mestre Bimba:Quem não sabe tocar congaQue dirá tocar marimba

Tem mironga, êTem mironga, ê, Camará Tem mironga, ê Tem mironga, ê, Camará

Veio de ZambiapongoO batuque da negrada,Mas tem negro mocorongoQue não sabe bater nada.Aprendi com Negro-Congo:Tem mironga a batucada.O tambor que bate jongoNão é de tocar congada.

Tem quem bate e faz zoeira,Tem quem toca como o quê.Quem comprou tambor na feiraEsse não sabe bater.Foi no couro e na madeiraQue me disse um alabê:Tocador de capoeiraNão é de maculelê.

1. MirongaPaulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200022EMI Music

Maurício Carrilho – Arranjo / Violão 7 cordasLuciana Rabello – CavaquinhoPedro Amorim – BandolimMarcus Tadeu – Pandeiro / CuícaPaulino Dias – Tambores / GanzáMagno Júlio – Agogô / Reco RecoPalmas: Alexandra, Martin Messier, Magno Júlio, Amaro, Luciana e SorayaCoro: Amelia Rabello, Ana Rabello, Celsinho Silva, Marcus Tadeu

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Corta a cana, põe no Engenho,Bota roda pra rodar Que eu só vejo esse desenho Na cintura de IaIá

Cana doce que cai no Engenho novoÉ bom de verCaí no samba também, IaIá que o povoQuer ver vocêO balanço da cana mexe o tacho Pro mel descerEu também quero ver de cima em baixoIaiá mexer

Caldo grosso que sai faz a peneiraEstremecer,Como eu vejo, com o punho nas cadeirasIaiá fazerQuê que tem nesse engenho que eu não saioMel-de- BanguêÔ Iaiá que que tem no seu BalaioBalacoxê

2. Balacoxê de IáIáPaulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200023EMI Music

Maurício Carrilho – Arranjo / Violão 7 cordasLuciana Rabello – CavaquinhoCelsinho Silva – Pandeiro/TamborimMarcus Tadeu – Ganzá/Reco Reco/Tamborim/CuícaMagno Júlio – SurdoCoro – Amelia Rabello, Ana Rabello, Celsinho Silva, Marcus Tadeu

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Seu povo já foi do cativeiroMais hoje que o samba é uma nobreza É ela que reina no terreiro,Do samba outra vez virou princesa

Quando ela samba é um sobressalto Parece até filha de gangaTraje real no chão do asfalto,Brincos, colar, sandália e tanga

Faz tamborim do salto altoFaz platinela das miçangasO povo aplaude , e eu me exalto,Quando ela mexe as bugigangas

Quando ela samba eu sacolejo,Tiro o chocalho da capanga,Sigo também no seu cortejo,Mas meu ciúme não se zanga,

Que ela conhece o meu desejo,Com seu olhar de cajá-mangaE só sei do seu molejoNo quarto da minha caxanga

3. PassistaPaulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200024EMI Music

Maurício Carrilho – Arranjo / Violão 7 cordasLuciana Rabello – CavaquinhoPedro Amorim – BandolimMarcus Tadeu – Pandeiro/ CuícaPaulino Dias – Reco Reco/Pandeiro/TamborimMagno Júlio – Surdo/TamborimCoro – Amelia Rabello, Ana Rabello, Celsinho Silva, Marcus Tadeu

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Coqueiro novoPalma da beira da praiaQue as morenas do meu povoUsam de pano de saiaPalmeira verdePalha que seca na areiaQue os caboclos fazem redeE pavio de candeia.

Lá tem muda de coqueiroCrescendo no chão do terreiroCercando o lugar por inteiroPlantada numa lua-cheia.Quem plantou foi curandeiroQue disse que cada coqueiroCrescendo, crescia um guerreiroPara defender minha aldeia. Tem linha de amarrar jangadaTem fio de fazer laçadaTem fibra de esteira trançadaTem tira de usar no cabelo.E eu toco viola na estradaViola de corda dobradaCada corda tem uma toadaPras morenas de Cabedelo.

Lá tem folha de palmeiraDa estrada que vem da ribeiraAté onde o mar faz fronteiraNo ponto onde dá maré-cheia.Quem plantou foi rezadeiraQue disse que cada palmeiraCrescendo, crescia altaneiraCada moça da minha aldeia.

Tem cesto, balaio e peneiraTem cama, tapete e cadeiraTem bolsa, tem cinto e carteiraCordão, cordel, corda e novelo.Tem rédea, chicote e coleiraTem anel, colar e pulseiraQue prenda eu só dou de primeiraPras morenas de Cabedelo.

4. Coqueiro NovoPaulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200025EMI Music

João Lyra – Arranjo / ViolaAdelson Viana – SanfonaMaurício Carrilho – Violão 7Luciana Rabello – CavaquinhoDurval Pereira – Pandeiro / Zabumba / GanzáZé Leal – Triângulos / Efeitos

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Eh minha sereia vem lá do mar, do mar

Joga a rede pro céuJoga a rede no marO que cai na rede é peixeÉ presente de Iemanjá. Saí de baleeiraDa barra da costeiraAtrás da tintureiraQue meu bem encomendouDo bico da traineiraMirei na nadadeiraO peixe fez carreiraMas o ferro lhe acertou.

A moça lá na beiraDa praia da palmeiraSorria tão faceiraQue meu peito se alegrouMeu presente foi de coraçãoAtirei no caçãoBaleei meu amor

Na praia tem areiaNo céu tem lua cheiaParece uma candeiaQue de noite alumiouE à meia noite e meiaNa pedra que clareiaEu vi uma sereiaQue pra mim assoviou

Corri na minha aldeiaPeguei uma correiaTeci a minha teiaArrastão de pescadorEu rodei, eu girei o arrastãoAtirei na visãoBaleei meu amor

5. Presente de IemanjáJoão Lyra e Paulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200026EMI Music e direto

João Lyra – Arranjo / ViolaAdelson Viana – SanfonaMaurício Carrilho – Violão 7Luciana Rabello – CavaquinhoDurval Pereira – Pandeiro / Zabumba / GanzáZé Leal – Triângulos / Efeitos

João Lyra – Arranjo / Violão / ViolaJulião Pinheiro – Violão 7Dirceu Leite – Flauta em Sol / Flauta em Dó / PícoloPaulino Dias – Caixa / Ganzá / Tambor / SurdoCoro – Amélia Rabello, Ana Rabello, Miguel Rabello, Pedro Amorim

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Madalena foi lavarLavar roupa lá na cachoeiraCom uma trouxa na cabeçaE a bacia nas cadeiras

Com um cachimbo no canto da bocaVai descalça com o pé na poeiraPela mão leva o caçulaQue é fi lho de mãe solteiraVai lavar roupa pra foraPra botar carne na geladeiraVai bater roupa na pedraJunto com as companheirasVai quarar roupa na gramaVai soltando a sua cabeleiraVai cantando uma cantigaComo faz sempre uma lavadeira.

6. LavadeiraWilson das Neves e Paulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200027EMI Music

Maurício Carrilho – Arranjo / Violão 7 cordasJoão Lyra – ViolasLuciana Rabello– CavaquinhoCelsinho Silva – Pandeiro / Triangulo / CaxixiMarcus Tadeu – Ganzá / Prato e Faca / CaxixiCoro – Amelia Rabello, Ana Rabello, Celsinho Silva, Marcus Tadeu

Com uma barra de sabão-de-côcoQue dá branco na roupa e não cheiraPra depois botar na gomaQue ela é boa engomadeiraPra depois passar com o ferroQue ninguém é melhor passadeiraNunca reclamou da vidaLava roupa a vida inteiraInda dá graça pra SantaEdwiges, sua padroeiraVai cantando uma cantigaComo faz sempre uma lavadeira.

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Morei no marMorei no marMorei na Calunga Grande Ô, YáMorei, morei no mar

Como eu não tinha Onde morarFiz meia-água na CasaDe Iemanjá.

Eu fi z da areiaO meu solarPra curimá com as CalungasDe Aiocá.

Lá vem o dia Todo bordado de ouro A ponta fi na do sol Furou meu chapéu de couro

Essa candeia douradaLumeiaTem pó de ouro na estradaDa aldeiaPoeta faz o seu pé-de-meiaPoema lá é que nem areia.

Cai ouro em pó no terreiroClareiaPoeta que é garimpeiroBateiaDe dia o verso que cai na teiaSe canta à noite na lua-cheia.

Sabiá do bico doce Fez o ninho na jaqueira Mas veio morar No olho da goiabeira

Mas veio morar No olho da goiabeira

Igual a esse sabiáEu conheço muito moçoQue tem goiaba no jantarE jaca no almoçoEsse moço não se enrascaPorque não faz alvoroçoDe dia pinica a cascaDe noite come o caroço.

Moço educado Gostei da sua mulher Moço educado Gostei da sua mulher Ela sambou “dilicado” Na ponta do pé Do lado do coroné.

Sambou com jeitoNão foi vulgar nem qualquerEla merece respeitoVocê merece a mulher.

Pode me chamar que eu vouPode me chamarSe você vai eu não fi coSe eu fi car você não vaiSe você sai eu não entroSe eu entrar você não sai

A gente pinta e bordaA gente forma um parQue nem caçamba e cordaÉ bom não separarSe a caçamba fi ca em casaA corda não sai de lá.

7. Roda das Sete SaiasRoque Ferreira e Paulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200028EMI Music e Universal

Quebrou, quebrou A louça do Paraná

Quebrou a louça na mesaDe tanto a moça se requebrar (deixei quebrar)Minha louça fi naQuebrou na beiraQuando a meninaRequebrou suas cadeiraIdalina, Idê, InáDeixei quebrar.

Quero festa de Ibêji Ibejada Caruru dos meninos Nessa casa abençoada

Ibêji faz a festançaA brincadeira é sem fi mO velho vira criançaO moço um curumimCrispiniano e Crispim. Quiabo inteiro tem seteNo caldeirão, Sinhá pôsQuem acha um já prometeRezar um ano depoisUma missa pra Dois-Dois.

É no dia 27Que se faz a louvaçãoE todo ano repeteA festa dos Dois IrmãosSão Cosme e São Damião.

Maurício Carrilho – Arranjo / Violão 7 cordasLuciana Rabello – CavaquinhoPedro Amorim – Violão TenorMarcus Tadeu – PandeiroPaulino Dias – Tambores / Pandeiro / Prato e FacaMagno Júlio – Agogô / Reco Reco / GanzáPalmas – Alexandra, Martin Messier, Magno Júlio, Paulino, Luciana e SorayaCoro – Amelia Rabello, Ana Rabello, Celsinho Silva, Marcus Tadeu

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Balança a canoaBalança no marVem pro meu coco balançar. É o molejo da marolaQue balança o marinheiroÉ o ponteio da violaNa embolada do coqueiro

Coqueiro faz cocoViola ponteiaCanoa balançaNo meio do marCai na rodaEntra na dançaVem pro cocoVem balançar.

É lá na beiraDa praia da RibeiraNo toco da palmeiraQue meu coco dáÉ na pancadaDo couro, e na zoadaDo jogo da emboladaQue meu coco dá Coqueiro balançaViola faz cocoCanoa ponteiaNo meio do marCai no cocoEntra na rodaVem pra dançaVem balançar.

8. Coco da CanoaJoão Lyra e Paulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200029EMI Music e direto

João Lyra – Arranjo / Violão / ViolaAdelson – SanfonaMaurício Carrilho – Violão 7Luciana Rabello – CavaquinhoDurval Pereira – Pandeiro / Zabumba / GanzáZé Leal – Pandeiro / Triangulo / AgogôCoro – Amélia Rabello, Ana Rabello, Miguel Rabello, Pedro Amorim

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Peguei no taco, Com o taco bati no coco Que o coco deu um pipoco Por pouco o coco não cai.Galo, no ocoDo toco, que ronda o choco, O galo tá no sufocoDá soco que o galo sai.

Embala o coco,Quebra o coco, rala o coco, Embola que eu dou o trocoMas olha que a língua trai...É tanto cacoDe coco, tanto cotocoDe caco, que fica loucoQuem no coco se distrai.

Quem tá na rodaDo coco, coco-de-roda,Puxa um toco e se acomodaNo cotoco pra rodar.Roda do cocoQuem no coco se incomoda,Porque o coco não é modaMas tá louco pra virar.

E eu viro o coco,Corto o coco, roço o coco,Coço o coco no rebocoDa rapada do ganzá.É tanto cocoQue eu cavuco mais um poucoPra deixar caboco moucoNesse coco-à-beira-mar.

9. CocoPaulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200030EMI Music

João Lyra – Arranjo / ViolaAdelson Viana– SanfonaMaurício Carrilho – Violão 7Luciana Rabello – CavaquinhoDurval Pereira – Pandeiro / Zabumba / Reco RecoZé Leal – Pandeiro / Triângulo / Agogô

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Nunca vi, vou contar para vocêsDançarina igual minha bisavóMadalena com cento e dezesseisNão perdia a pisada do forró.

Dançou côco-de-roda e xem-nhem-nhémQuando andou no sertão de MaceióAprendeu nos fandangos de BelémCaboclinho, lambada e carimbó.

Dançou no Maranhão bumba-meu-boiGemedeira e embolada em MossoróAprendeu marujada quando foiUm natal na Ilha de Marajó.

Dançou jongo, catira e caxambuNo batuque do chão levantou póDançou frevo, baião, maracatuCapoeira e afoxé como ela só.

Nunca vi, vou contar para vocêsDançarina igual minha bisavóMadalena com cento e dezesseisNão perdia a pisada do forró.

10. Bisavó MadalenaWilson das Neves e Paulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200031EMI Music

Dançou xote, xaxado e cirandouE no samba era boa de gogóDe crioula e de Mina, no tamborMadalena no corpo dava nó.

Na Bahia bateu batucajéFez cabeça no toque do roncóTambém foi Iaô no candombléDe Tomás, de Tobias, de Timbó.

Chula, xiba, rojão, cateretêJá dançou nos confi ns do cafundóCatopé, cacumbi, maculelêNunca mais vi ninguém dançar melhor.

João Lyra – Arranjo / ViolaAdelson Viana – SanfonaMaurício Carrilho – Violão 7Luciana Rabello – CavaquinhoDurval Pereira – Pandeiro / Zabumba / Reco RecoZé Leal – Triangulo / Agogô

Dançou xote, xaxado e cirandouE no samba era boa de gogóDe crioula e de Mina, no tamborMadalena no corpo dava nó.

Na Bahia bateu batucajéFez cabeça no toque do roncóTambém foi Iaô no candombléDe Tomás, de Tobias, de Timbó.

Chula, xiba, rojão, cateretêJá dançou nos confi ns do cafundóCatopé, cacumbi, maculelêNunca mais vi ninguém dançar melhor.

João Lyra – Arranjo / ViolaAdelson Viana – SanfonaMaurício Carrilho – Violão 7Luciana Rabello – Cavaquinho

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Mas quando ela vai-se embora Sacode a poeira da sua saia

Quando ela chega ninguém faz poucoSamba-de-caboclo é a sua praiaNo véu da cambraia ela deixa loucoQuem tá no sufoco e só quer gandaiaNão foge da raia no arranca-tocoDá tapa, dá soco e rabo-de-arraiaNão há quem não caia com seu pipocoOgã fi ca rouco, Iaô desmaiaMas é num bom samba que ela dá o trocoMexendo com a folha da samambaiaÉ pedra-noventa, ela quebra o côcoMas não arrebenta a sapucaia...

Saia-de-roda de renda baianaBlusa de fi ló tomara-que-caiaCinto trançado na palha-da-canaPulseira e colar -- pena-de-jandaiaCom leque de conchas ela se abanaNão entra num samba que não lhe atraiaSambando parece uma soberanaDo lado tem sempre alguém de atalaiaÉ que ela é da Casa Real africanaNunca foi mucama de qualquer laiaPor isso no samba ela não enganaSó toca no chão com a ponta da saia...

11. SoberanaWilson das Neves e Paulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200032EMI Music

Maurício Carrilho – Arranjo / Violão 7 cordasLuciana Rabello – Cavaquinho / AdjáCelsinho Silva – Pandeiro / Tambor / TamborimMarcus Tadeu – Tambor / Agogô / Tamborim / CuícaCoro – Amelia Rabello, Ana Rabello, Celsinho Silva, Marcus Tadeu

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Na velha torre da igrejinha toca o sinoAva-CanindéBotaram roupa de domingo nos meninosAva-CanindéToda a cidade vem pra festa do DivinoAva-CanindéChega gente de tudo que é cantoPra beijar a beirada do mantoDo Divino Espírito SantoAva-Canindé.

Vai ter quermesse, procissão, louvores, hinoAva-CanindéCoreto, banda, dançarina e dançarinoAva-CanindéSanfona, pífaro, matraca e bombardinoAva-CanindéBandeirolas na Praça da FeiraNo portal dos sobrados, cadeiraPra melhor ver passar a bandeiraAva-Canindé.

Veio romeiro, cantador e peregrinoAva-CanindéFizeram fi la no portão de ZeferinoAva-CanindéPorque de lá sai a Bandeira do DivinoAva-CanindéCada casa que a lâmpada acendaA folia recebe uma prendaE a viola agradece a oferendaAva-Canindé.

É na matriz de Santo Antônio PequeninoAva-CanindéQue a folia vai cumprir o seu destinoAva-CanindéTroca de casa o estandarte do DivinoAva-Canindé.

12. Ava CanindéPaulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200033EMI Music

João Lyra – Arranjo / ViolaAdelson Viana – SanfonaMaurício Carrilho – Violão 7Zé Leal – Caxixi / Blocos de Madeira / Caron / Triangulo / CaxetaCoro – Amélia Rabello, Ana Rabello, Miguel Rabello, Pedro Amorim

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É o tambor-de-crioula,É a Casa-de-Mina,É a Estrela do Norte, boi-bumbá,Que me ilumina.

Rua de pé-de-moleque,Casario de azulejo,Negra-Mina abana o leque,Negro-Angola diz gracejo.Ela mexe o quimbembeque,Ele segue o sacolejo,Não há quem não se embonequePra seguir esse cortejo.

Soa o couro do tambor,Negro bate o pé no chão,Boi-bumbá rodopiouNa puxada do refrão.Esse Boi da minha corNão tem noutro canto, não,Só tem na Ilha do Amor,São Luis do Maranhão.

Esse Boi é Boi arrisco,Tem olhar de lamparina,Mete medo, igual corisco,No menino e na menina.Mas é só um chamarisco,Boi-bumbá é dança fina,É o Boi que Pai FranciscoDança com Mãe Catirina.

13. São Luis do MaranhãoPaulo Cesar PinheiroBR-RPL- 1200034EMI Music

João Lyra – Arranjo / ViolãoJulião Pinheiro – Violão 7Luciana Rabello – CavaquinhoArlindo Carvalho – Pandeirão / Maracá / Matracas / Chocalinho / Caxixi / Tambores / Bongô (Tambor de Crioula)Paulino Dias – Pandeirão / Tamborins / Surdo / GanzáCoro – Amélia Rabello, Ana Rabello, Miguel Rabello, Pedro Amorim

João Lyra – Arranjo / ViolaAdelson Viana – SanfonaMaurício Carrilho – Violão 7Zé Leal – Caxixi / Blocos de Madeira / Caron / Triangulo / CaxetaCoro – Amélia Rabello, Ana Rabello, Miguel Rabello, Pedro Amorim

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1. Mironga Paulo Cesar Pinheiro 3:16

2. Balacoxê de Iáiá Paulo Cesar Pinheiro 3:57

3. Passista Paulo Cesar Pinheiro 3:33

4. Coqueiro Novo Paulo Cesar Pinheiro 3:49

5. Presente de Iemanjá João Lyra e Paulo Cesar Pinheiro 4:33

6. Lavadeira Wilson das Neves e Paulo Cesar Pinheiro 4:15

7. Roda das Sete Saias Roque Ferreira e Paulo Cesar Pinheiro 8:00

8. Coco da Canoa João Lyra e Paulo Cesar Pinheiro 3:21

9. Coco Paulo Cesar Pinheiro 3:22

10. Bisavó Madalena Wilson das Neves e Paulo Cesar Pinheiro 3:23

11. Soberana Wilson das Neves e Paulo Cesar Pinheiro 3:29

12. Ava Canindé Paulo Cesar Pinheiro 3:22

13. São Luis do Maranhão Paulo Cesar Pinheiro 4:07

Produção Musical – Luciana Rabello Produção Executiva – Soraya NunesTécnico de gravação – Amaro MoçoMixagem – Amaro Moço e Maurício CarrilhoAssist. de Gravação – Pedro MessinaMasterização – Alexandre Hang

Projeto gráfi co – Raquel Noronha Fotos – Márcio VasconcelosLocação – Sobrado cedido por João Cavalcante, onde nasceu Artur Azevedo, em 1855.Móveis – Espaço Fátima LimaFigurino – Julienne Santos

Acari RecordsDiretores: Luciana Rabello e Maurício Carrilho

Loja virtual: www.acari.com.br

Este cd faz parte do projeto Senhora das Candeias do Maranhão (PRONAC no 1111536)

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