Festival Sons de Almada Velha 2015

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Raízes, retorno, novos caminhos, outras músicas, ou-tros mundos, novos repertórios… alguns conceitosque caracterizam esta 6ª edição dos Sons de AlmadaVelha, Música nas Igrejas.

Propomos, pois, um pequeno desvio aos repertóriosmais canónicos daquela que hoje vulgarmente apeli-damos de música antiga, e, assim, uma incursão poroutros repertórios, por outras músicas, por outras for-mas de fazer e estar na música, um desvio que, desde

a última década do século passado, tem despertado ointeresse em alguns dos mais reputados músicos e en-sembles que se dedicam aos instrumentos históricos e àInterpretação Histórica Informada.

Para eles, este é um caminho que mais não é que o re-torno à verdadeira essência e às raízes da música pré-

-clássica, um círculo que se fecha entre as origens e ofuturo, apesar da imensa distância no tempo, um cir-cuito que ao mesmo tempo que se completa, se expan-de para novos horizontes absorvendo novas culturas,novas formas de estar na música e até mesmo novos esurpreendentes instrumentos musicais…

Andaremos assim por novos e velhos caminhos, comnovas linguagens, fusões de estilos, formas e géneros,deambularemos por repertórios de Trás-os-Montes àsCaraíbas, do fado ao flamenco, por três continentesdescobriremos novos repertórios, quer aqueles queresultam de novas investigações musicológicas, queraqueles que, mais recentemente compostos, evocam,homenageiam e recebem influências de outras épocas,outras culturas, outras linguagens.

Roots, a return, new paths, other kinds of music, other worlds,

new repertoires... these are some of the concepts that describethe 6th edition of the music festival Os Sons de Almada Velha,

Música nas Igrejas.

We are thus proposing a short detour from the more cano-nical repertoires of what we commonly now call early musicand, therefore, to start out on other repertoires, other kindsof music, other ways of making and experiencing music, amove away which, since the last decade of the last century, has

aroused interest in some of the most renowned musicians andensembles who are involved in playing historical instrumentsand in Informed Historical Interpretation.

 As far as they are concerned, this is a path that is simply thereturn to the true essence of pre-classical music, a circle uni-ting the origins and the future, despite the vast space of time,

a circuit which, whilst being completed, expands to new hori-zons, absorbing new cultures, new ways of experiencing musicand even new and surprising musical instruments...

Therefore we shall follow new and old paths, with new lan- guages, fusions of styles, forms and genres, we shall wanderthrough repertoires from Trás-os-Montes to the Caribbean,

  from Fado to Flamenco, through three continents, where weshall discover new repertoires, both those resulting from newmusicological research, and those composed more recently,which evoke, pay homage and are inuenced by other eras,

other cultures and other languages.

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26 DE SETEMBROSEPTEMBER 26 th

19h | 7pm

IGREJA DO SEMINÁRIO DE SÃO PAULOSEMINARY OF SÃO PAULO – CHURCH 

“A nova música sacra portuguesa” Grupo Vocal Olisipo

27 DE SETEMBROSEPTEMBER 27 th

19h | 7pmCINE-TEATRO ACADEMIA ALMADENSE

 ACADEMIA ALMADENSE’S NEW AUDITORIUM 

“Las idas y las vueltas”  A música barroca colonial em diálogo com o Flamenco

Accademia del Piacere e Arcángel

3 DE OUTUBROOCTOBER 3rd 

21h | 9pmIGREJA DA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSOCHURCH OF NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

“Acção - Joana Bagulho em cravo a partir de Carlos Paredes” 

10 DE OUTUBROOCTOBER 10 th

19h | 7pmERMIDA DE SÃO SEBASTIÃOCHAPEL OF SÃO SEBASTIÃO

“Alvorada” Cardo-Roxo e Rui Silva

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17 DE OUTUBROOCTOBER 17 th

19h | 7pm

IGREJA DA MISERICÓRDIA DE ALMADACHURCH OF MISERICÓRDIA

“Língua” Noa Noa e João Hasselberg

24 DE OUTUBROOCTOBER 24th

19h | 7pmIGREJA DE SANTIAGOCHURCH OF SANTIAGO

“Rabbia, furor, dispetto”  Aberturas e arias de Jerónimo Francisco de Lima em primeira audição contemporâneaConcentus Paeninsulae e Monika Mauch

31 DE OUTUBROOCTOBER 31st

19h | 7pmSEMINÁRIO DE SÃO PAULO - ADEGA DOS FRADESSEMINARY OF SÃO PAULO - OLD WINE CELLAR

“Banchetto Musicale” Flanders Recorder Quartet

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26 DE SETEMBRO

SEPTEMBER 26 th

19h | 7pm

“A nova música sacra

 portuguesa” Armando Possante (Direção/Direction)

Grupo Vocal Olisipo

Após a chamada idade de ouro da Música Portuguesa,liderada pelos compositores da Escola de Música da Séde Évora, no Séc. XVII e da opulência da música de

influência italiana do Séc. XVIII, alimentada pelo ourodo Brasil, a produção musical decaiu drasticamente. Adestruição de Lisboa no terramoto de 1755, a instabili-dade política no Séc. XIX criada pelas invasões napole-ónicas e a subsequente partida da corte para o Brasil e,mais tarde, pela guerra civil entre liberais e absolutistasforam alguns dos fatores que levaram a esta alteração

considerável no panorama da composição musical. Seesta mudança se deu a nível da música instrumental eda ópera, os seus efeitos foram muito mais evidentesna música sacra, na qual os compositores portuguesestinham no Séc. XVII uma produção que liderava emquantidade e qualidade a cena mundial.

Foi apenas no século passado que a música portugue-sa voltou a elevar-se ao nível dessa primeira idade de

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ouro. Numa primeira fase através de compositorescomo Fernando Lopes Graça que, juntando à sua obracomo compositor, levou a cabo um trabalho importan-

tíssimo como musicólogo, investigando e catalogandocentenas de melodias tradicionais do folclore nacional,ajudando a preservar esse património para as geraçõesfuturas.

O ressurgimento da tradição coral e da composi-ção estarão porventura ligados ao que alguns autores

consideram o “segundo renascimento da composiçãoportuguesa”. Seria quase impossível falar da músicaportuguesa da atualidade sem mencionar Eurico Car-rapatoso. Compositor tão ou mais presente no reper-tório coral dos grupos atuais como Lopes Graça.

A obra de Ivan Moody, outro compositor de origem

britânica residente em Portugal, é fortemente influen-ciada pela tradição Ortodoxa Grega. Nas duas obrasque interpretaremos hoje, ambas dedicadas ao GrupoVocal Olisipo, temos secções cantadas em grego quesublinham a história contada em inglês e a mensagemda obra. O conjunto das duas obras faz-nos acompa-nhar toda a vida de Cristo, desde a profecia que anun-

cia a vinda do Messias em The Prophecy of Symeon atéà sua ressurreição, testemunhada por Maria no sepul-cro em The Meeting in the Garden.

Armando Possante

Following the so-called golden era of Portuguese Music, led bythe composers of the Escola de Música da Sé de Évora (Mu-sic School of Évora Cathedral), in the 17th century, and theopulence of the music of Italian inuence in the 18th century,

  fuelled by the gold from Brazil, musical production declineddrastically. If that change took place in instrumental musicand opera, it had a much more obvious effect on sacred music,where Portuguese composers in the 17th century were world-wide leaders of production in quantity and quality.

It was only in the last century that Portuguese music onceagain rose to the level of that rst golden era.

Fernando Lopes Graça, Eurico Carrapatoso and Ivan Moodyare the composers of the musical works that are part of thisconcert dedicated to the new Portuguese sacred music.

 Armando Possante

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27 DE SETEMBROSEPTEMBER  27 th 

19h | 7pmConcerto com entrada livre, sujeita ao levantamento debilhete, a partir das 18h

Concert with free entrance, subject to tickets being collected as from6 pm

“Las idas y las vueltas”  A música barroca colonial em diálogo como FlamencoFahmi Alqhai (Direção/ Direction  )

Accademia del Piacere [Espanha/Spain]: , Miguel Angel Cortés(Guitarra Flamenca/Flamenco Guitar ), Agustín Diassera (Percussões/Percussion), Fahmi Alqhai, Rami Alqhai, Johanna Rose (Violas da Gamba)

Arcángel (Cantaor/Flamenco Singer )

Se a miscigenação e o intercâmbio de culturas são defacto fatores impulsionadores de inovação musical, acolonização espanhola das Américas, com consequente

encontro de civilizações europeias, americanas e afri-canas, veio revolucionar ao máximo a arte musical,transformando-a e proporcionando o nascimento denovos estilos musicais: a permuta de ritmos, melodiase cadências, que mais tarde dariam origem ao jazz, es-teve séculos antes na origem do flamenco.

Pelas cidades andaluzas e latino-americanas circula-

CINE-TEATROACADEMIAALMADENSE 

 ACADEMIA ALMADENSE’SNEW AUDITORIUM 

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vam, em fusão e confusão, canções e danças dos trêscontinentes, do Golfo da Guiné às Caraíbas, de Trianaao Golfo de Cádiz, um verdadeiro, deslocalizado e fer-

vente caldeirão, onde as jácaras, as folias e as chaconneseram património comum da música popular e erudita.

As Guarachas de Juan García de Zéspedes (1619 –1678) fazem-nos lembrar os tanguillos de Cádiz, ro-mances medievais transmitidos de boca em boca, fan-dangos de antes e de agora, Siguiriyas com acordes de

passacaglia…,músicas que sobreviveram aos tempos eque hoje estão à nossa inteira disposição e à espera deuma nova vida, neste caso à espera de uma nova intui-ção espontânea, trazida por excelentes músicos e pelobom flamenco.

Dois espíritos criativos como Fahmi Alqhai e Arcán-

gel enveredam por caminhos inexplorados, através docruzamento do flamenco com a música barroca, semdúvida dois dos mais férteis estilos musicais; Fahmi Al-qhai e Arcángel dialogam, em busca de um passado e deum presente comum na música, a via de comunicaçãomais universal de povos e de culturas. Artistas de per-sonalidade inclassificável, de uma formação rigorosa,

mas embebidos de um espírito experimental e arroja-do, levam aqui a cabo um puro exercício de liberdade,conduzidos apenas pelo seu instinto musical.

Quem sabe se de uma forma inesperada, natural e in-tuitiva não nos possam trazer os aromas primordiais doparaíso perdido, aquele que até à data nenhum musicó-logo conseguiu, os sons do flamenco primitivo.

 Juan Ramón Lara

I  f the cross-over and exchange of cultures are really factors fordriving musical innovation, the Spanish colonisation of the

 Americas and the subsequent merge of European, American

and African civilization absolutely revolutionised musical art,transforming it and enabling the bir th of new musical styles:the inter-change of rhythms, melodies and cadences, whichwould later give rise to jazz, was at the origin of Flamenco,centuries earlier.

 Around Andalusian and Latin-American cities, in fusion and

confusion, songs and dances from three continents, from theGulf of Guinea to the Caribbean, from Triana to the Gulfof Cadiz, a truly relocated and bubbling melting pot, where

 jácaras, folias and chaconnes were the common heritage of popular and classical music.

Two creative spirits such as Fahmi Alqhai and Arcángel travel

along unexplored paths, by blending Flamenco with Baroquemusic, undoubtedly two of the most fertile musical styles;Fahmi Alqhai and Arcángel interact, in search of a common

 past and present in the music, the most universal means ofcommunication of peoples and cultures.

 Juan Ramón Lara

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3 DE OUTUBROOCTOBER 3rd

21h | 9pm

“Acção - Joana Bagulhoem cravo a partir de Carlos

Paredes”  Joana Bagulho [Portugal] (Cravo/Harpsichord )

ACÇÃO é um concerto de Joana Bagulho, a partir detranscrições (realizadas pela própria) para cravo, depeças de Carlos Paredes. Neste programa serão incluí-

das algumas peças para cravo dos séculos XVII e XVIIIque estiveram na base da inspiração da realização da-quelas transcrições.

A guitarra portuguesa e o cravo partilham a mesmafunção, a de instrumentos acompanhadores, sendomuito interessante observar-se a semelhança das ma-lhas de acompanhamento do fado na guitarra, com osprotótipos de acompanhamento do baixo contínuo nocravo.

A música de Carlos Paredes tem muitas referênciasao que parece ser a linguagem idiomática do cravo: Ocromatismo dos baixos, as harmonias ricas e repetidasexaustivamente, as notas repetidas...

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É incrível a facilidade com que encontramos seme-lhantes dissonâncias na música de Paredes, de FrançoisCouperin ou de Domenico Scarlatti. Na verdade, tanto

a música de Paredes como a de Couperin, descendemdo mesmo instrumento – O Alaúde.

Carlos Paredes conhecia e tocava as obras barrocas paraguitarra, era fascinado pelo repertório ibérico paracravo, tendo chegado a propor a Rui Veira Nery umprograma para guitarra portuguesa e cravo. A incor-

poração de peças barrocas neste concerto comentadopermite a realização de uma associação direta dos ele-mentos que tornam estas composições tão próximas.

ACÇÃO é o título da primeira peça do recital. Estapeça integra o segundo disco de Carlos Paredes em1963 com o nome de Acção – Prelúdio, sendo maistarde transformada em Canto do Rio, a peça que iráencerrar o recital. Acção é também uma palavra-chavena vida e obra de Paredes, na sua atitude em relaçãoà música e à sociedade. De certo modo também pos-so dizer que Acção representa para mim o ato de pôrem prática as transcrições da música de Carlos Paredespara cravo, uma vontade que me acompanha desde há

muito tempo. Joana Bagulho

 ACÇÃO is a concert by Joana Bagulho, using transcriptions(of her own) for the harpsichord, of pieces by Carlos Paredes.

This programme will include some of the pieces for harp-sichord from the 17th and 18th centuries, which were the

  founding inspiration for carrying out those transcriptions.

The music of Carlos Paredes has many references to what seemsto be the idiomatic language of the harpsichord. The chro-matics of the bass, the rich harmonies that are extensively re-

 peated, the repeated notes...

Carlos Paredes knew and played Baroque works for the guitarand was fascinated by the Iberian repertoire for the harpsi-chord. Incorporating Baroque pieces in this commented con-cert enables a direct association to be made of the elementsthat bring these compositions so closely together.

 Joana Bagulho

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10 DE OUTUBROOCTOBER 10 th

19h | 7pm

“Alvorada” Cardo-Roxo [Portugal]: Antony Fernandes (Barítono/ Baritone,Säckpipa/Swedish Bagpipes, Flauta de Harmónicos/Overtone Flute),

Carmina Repas Gonçalves (Soprano, Viola da Gamba)Músico convidado/Guest musician: Rui Silva (Percussão Histórica/Historical Percussion)

A música que vos oferecemos é o resultado de doisanos de pesquisa e reflexão sobre as nossas tradiçõesmusicais mais antigas e a forma como sobrevivem atéhoje, quer através de recolhas áudio, vídeo ou trans-

crições, quer através de tradições vivas. Assim, esteconcerto reflete o nosso primeiro contacto conscientecom a enorme diversidade e complexidade da nossamúsica tradicional; da música instrumental à vocal, damúsica de festa à música de trabalho, da Madeira a Trás--os-Montes, procuramos assim entender e evidenciar anossa identidade musical. Conscientes da enorme res-

ponsabilidade que é utilizar e modificar este repertórioà nossa imagem, esforçámo-nos por não deturpar ascaracterísticas essenciais do mesmo, uma vez que paranós é fundamental divulgá-lo de forma cuidada, infor-mada e adequada à nossa instrumentação. Esperamosque seja do vosso agrado e que vos desperte a curiosi-dade para procurar e conhecer a nossa tradição musical

que tem tanto de bela como de surpreendente.

The music we’re offering you is the result of two years’ re-search and reection on our oldest musical traditions and the

way they have survived to the present day, both by collecting

audio and video works or transcriptions, and through livingtraditions. As such, this concert reects our rst conscious con-tact with the huge diversity and complexity of our traditionalmusic; from instrumental to vocal music, from festive music towork music, from Madeira to Trás-os-Montes, we thus endeav-our to understand and display our musical identity.

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17 DE OUTUBROOCTOBER 17 th

19h | 7pmConcerto com entrada livre, sujeita ao levantamento debilhete, a partir das 18h

Concert with free entrance, subject to tickets being collected as from6 pm

“Língua” Concerto integrado na digressão de lançamento dodisco Língua, vol.2 de Noa Noa (MU0114/2015 porArte das Musas)

Concert included in the tour to launch the record Língua,vol.2 by Noa Noa (MU0114/2015 by Arte das Musas)

Noa Noa [Portugal]: Filipe Faria (Voz/Vocals, Percussão/Percussion,Gaita/Harmonica, Flauta/Flute, Assobio/Whistle, Colascione, Melódica/Melodica e Guitarra Barroca/Baroque Guitar ), Tiago Matias (Vihuela,Guitarra Barroca/Baroque Guitar, Guitarra Romântica/Romantic Guitar ,Colascione, Melódica/Melodica, Percussão/Percussion e Voz/Vocals)

Músico convidado/Guest musician: João Hasselberg(Contrabaixo/Double Bass e Percussão/Percussion)

Todas as línguas mudam com o tempo. Evoluem eadaptam-se aos usos inovadores das comunidades, àssuas idiossincrasias e hábitos. A língua não pode ser en-tendida como uma entidade imutável, estanque, paradaou desenhada no tempo e pelo tempo. Ela é, pelo con-trário, resultado de uma dinâmica imensa da mesmaforma e com o mesmo fulgor da comunidade ou da

humanidade que muda… vagarosa mas imparável.

Língua é o título do novo projecto Noa Noa dedicado àmemória coletiva definida pelas diversas culturas e lín-guas ibéricas, uma manta de sons “para além do Ebro”

que resulta no português, castelhano, mirandês, gale-go, asturiano, basco ou catalão. Este projeto viaja entreo que há de mais comum e mais diferente na Históriada cultura ibérica explorando as fronteiras geográficas,culturais e conceptuais da tradição e da ancestralidadecom a contemporaneidade ou a interculturalidade.

 All languages change over time. They evolve and adapt to in-novative uses in the communities, to their idiosyncrasies andhabits. Language cannot be understood to be an unchange-able, stagnant, unmoving item, or one designed in a time or bya time. On the contrary, it is the result of vast dynamics, in thesame way and with the same momentum as the community orthe humanity that changes...sluggish but unstoppable.

Língua (Language) is the title of Noa Noa’s new project dedi-cated to the collective memory dened by the various Iberian

cultures and languages, a blanket of sounds “beyond the Ebro”,leading to Portuguese, Castellano, Mirandese, Galizian, Astu-rian, Basque or Catalan.

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24 DE OUTUBROOCTOBER 24th

19h | 7pm

“Rabbia, furor, dispetto”  Aberturas e arias de Jerónimo Francisco deLima em primeira audição contemporâneaConcerto integrado nas atividades de lançamento doCD “Rabbia, furor, dispetto”

Concert included in the activities for launching the CD“Rabbia, furor, dispetto” 

Vasco Negreiros (Direção/ Direction  )

Concentus Paeninsulae [Portugal|Espanha/Spain]: Sergio

Franco (Concertino/Concertmaster ), Juan Bautista Bernués, Idoia Abad,Usúa Martín Domínguez, Daniel Francés Martínez, Beatriz Fanlo eRaquel Sobrino (Violinos/Violins), Juan Luis Arcos e Miguel Zarazaga(Violas), Laura Lafuente (Violoncelo/Cello), Duncan Fox (Contrabaixo/Double Bass), Pedro Castro e LuísMarques (Oboés/Oboes), José Gomes(Fagote/Bassoon), Stephen Mason e David Burt (Trompetes/Trumpets),Paulo Guerreiro (Solista/Soloist) e Laurent Rossi (Trompas/Horns),Fernando Miguel Jalôto (Cravo/Harpsichord )

Monika Mauch [Alemanha/Germany ] (Soprano)

Por ordem de D. José I, Jerónimo Francisco de Limaestudou em Nápoles, aos cuidados dos professoresCarlo Cotumacci e Gioseppe Dol, no Conservatóriode Sant’Onofrio a Capuana, entre 1760 e 1767. Nápo-les era então um dos maiores centros de formação decompositores em todo o mundo.

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Regressado de Itália, foi nomeado Organista e Compo-sitor da Patriarcal e Mestre do Seminário. A partir deOutubro de 1770, junto a Souza Carvalho e José Joa-

quim dos Santos, ficou responsável por compor tudoo que fosse necessário para essa Santa Igreja, motivoporque manteve sempre um dos salários mais elevadosdentre os organistas da Patriarcal, em acumulação coma função de Mestre do Seminário.

A composição operática não foi para Lima uma pe-

quena atividade paralela mas sim uma área de francadedicação e domínio. Além disso, para Lima a escritainstrumental não se limitava a oferecer apoio harmó-nico à melodia do cantor, conhecendo um papel pre-ponderante, característica que certamente terá relaçãocom a sua formação em Nápoles.

Para que melhor a possamos apreciar dispomos de umconjunto com instrumentos réplica dos do passado, to-cados por alguns dos melhores especialista em MúsicaAntiga de Portugal e Espanha, assim como com a ma-ravilhosa voz de Monika Mauch, cuja vinda foi patroci-nada pela Embaixada Alemã em Lisboa.

Vasco Negreiros

 Jerónimo Lima studied in Naples, at the Conservatório deSant’Onofrio in Capuana, between 1760 and 1767. At thattime, Naples was one of the greatest centres in the entire world

  for forming composers.

On returning from Italy, he was nominated Organist of the

Patriarchal seat and Composer and Master of the Seminary.

 As from October 1770, together with Souza Carvalho and José Joaquim dos Santos, he became responsible for composingeverything that was required by that Holy Church, which was

why he always received one of the highest salaries among thePatriarchal organists, in addition to his position as Master ofthe Seminary.

Lima clearly dedicated his time to dominating operatic compo-sition and he was not of the opinion that instrumental writingshould be limited to offering harmonic support to the singer’s

melody, allowing it instead to take on a very prominent role.For us to admire it better, we have a series of replica instru-ments from the past, played by some of the best experts inEarly Music of Portugal and Spain, as well the marvellousvoice of Monika Mauch, whose presence here was sponsored bythe German Embassy in Lisbon.

Vasco Negreiros

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GRUPO VOCAL OLISIPO

O Grupo Vocal Olisipo foi fundado em 1988, tendo sido

desde então dirigido por Armando Possante. O seu repertó-rio é vasto e eclético, abrangendo obras do período medievalaos dias de hoje. Tem colaborado frequentemente com com-positores, tendo apresentado em primeira audição obras deBob Chilcott (Irish Blessing), Ivan Moody (The Meeting inthe Garden, The Prophecy of Symeon), Christopher Boch-mann (Maria Matos Medley, Morning e a ópera Corpo e

Alma), Eurico Carrapatoso (Magnificat em Talha Dourada,Horto Sereníssimo, Stabat Mater), Vasco Mendonça (Era umRedondo Vocábulo), Luís Tinoco (Os Viajantes da Noite) eManuel Pedro Ferreira (Delirium), entre outros.

 Trabalhou com dois dos mais prestigiados ensembles mun-diais da atualidade – Hilliard Ensemble e The King’s Singerse participou também na interpretação de ópera barroca com

 Jill Feldman.Conquistou já diversos prémios em concursos, nomeada-mente uma menção honrosa no Concurso da Juventude Mu-sical Portuguesa e o 1º Prémio nos concursos InternationalMay Choir Competition em Varna, Bulgária, Tampere ChoirFestival na Finlândia, 36º Concorso Internazionale C. A. Se-ghizzi em Gorizia, Itália e o 5º Concorso Internazionale di

Riva del Garda, em Itália, e vários prémios de interpretação.

  Efetuou inúmeras atuações por todo o país, tendo-se jáapresentado nos principais Festivais de Música em palcoscomo os do Centro de Arte Moderna, Centro Cultural de

Belém, Teatro Nacional de S. Carlos, Casa da Música e Tea-tro Rivoli, entre muitos outros. Tem colaborado com váriosensembles instrumentais e orquestras, como o Quarteto La-cerda, Quarteto Arabesco, Capella Real, Músicos do Tejo,Academia de Música Antiga, Orquestra de Cascais e Oei-ras, OrchestrUtopica, Orquestra Sinfónica Juvenil, Orques-tra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras e OrquestraMetropolitana de Lisboa.

Internacionalmente tem-se apresentado em concertos portoda a Europa. Participou como convidado em Sunderland,Inglaterra e no Festival 500, em St. John’s, Canadá e maisrecentemente em Singapura, onde apresentou 3 concertosde música portuguesa com especial enfoque nos composito-res Francisco Martins, Estêvão de Brito, Eurico Carrapato-so e Fernando Lopes-Graça. Em todos os festivais o grupo

orientou diversos workshops para coros e maestros de todoo mundo.

Em cinema participou no filme As Variações de Giacomoonde contracenou com os atores John Malkovich e Veroni-ca Ferres e com os cantores Miah Persson, Florian Bösch eTopi Lehtipuu.

Gravou o Officium Defunctorum de Estêvão de Brito e asMatinas de Natal de Estêvão Lopes Morago para a edito-ra Movieplay, Cantatas Maçónicas de Mozart para a EMI, e,para a Diálogos, Tenebrae com música de Francisco Martinse Manuel Cardoso e o Magnificat de Eurico Carrapatoso.

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ARMANDO POSSANTE(DIREÇÃO)

Armando Possante fez os seusestudos musicais no InstitutoGregoriano de Lisboa e na Esco-la Superior de Música de Lisboaonde concluiu os Cursos Supe-riores de Direção Coral, com o

Professor Christopher Bochmann, Canto Gregoriano, coma Professora Maria Helena Pires de Matos, e Canto, com o

Professor Luís Madureira. Estudou Canto em Viena com aProfessora Hilde Zadek e frequentou masterclasses de can-to com os professores Christianne Eda-Pierre, ChristophPrégardien, Siegfried Jerusalem e Jill Feldman. Frequentoutambém cursos de Canto Gregoriano em Itália e Portugalcom os professores Nino Albarosa, Johannes Göschl, Alber-to Turco e Luigi Agustoni.

É professor no Instituto Gregoriano de Lisboa e na EscolaSuperior de Música de Lisboa. Orientou workshops de Can-to e música coral no Canadá, Inglaterra, Singapura e Por-tugal, destacando-se as Jornadas Internacionais de Músicada Sé de Évora, onde trabalhou frequentemente ao lado deOwen Rees e Peter Phillips.

É diretor musical e solista do Grupo Vocal Olisipo e do Coro

Gregoriano de Lisboa e foi membro convidado do Neder-lands Kamerkoor, tendo-se apresentado em concertos naAlemanha, Bélgica, Bulgária, Canadá, Espanha, Finlândia,França, Holanda, Inglaterra, Itália, Japão, Luxemburgo,Marrocos, Polónia, Singapura e Suíça.

Conquistou o 3º prémio e o prémio para a melhor interpre-tação de Bach no 1º Concurso Vozes Ibéricas, o 3º prémio

e o prémio para a melhor interpretação de uma obra por-tuguesa no Concurso Luisa Todi de 2003 e o 1º prémio no7º Concurso de Interpretação do Estoril. Foi-lhe atribuído

como maestro o prémio Bärenreiter para a melhor interpre-tação de uma obra renascentista no concurso C. A. Seghizziem Itália e, com o Grupo Vocal Olisipo, quatro primeirosprémios e vários prémios de interpretação em concursos in-ternacionais na Bulgária, Finlândia e Itália. Gravou cerca deduas dezenas de discos com grande reconhecimento críti-co, pelos quais recebeu, entre outras distinções, o Choc duMonde de la Musique e o Diapason d’Or.

Apresenta-se regularmente com a pianista Luiza da GamaSantos em recitais de Lied, tendo já interpretado obrascomo os ciclos Winterreise de Schubert, Dichterliebe deSchumann e Lieder Eines Fahrendes Gesellen de Mahler.Como solista de oratória interpretou com as principais or-questras do país obras como Missa em Si m, Oratória de Na-tal e Magnificat de Bach, Messias de Handel, A Criação de

Haydn, Nona Sinfonia de Beethoven, Petite Messe Solennel-le de Rossini, L’Enfance du Christ de Berlioz, Carmina Bu-rana de Orff e as missas de Requiem de Mozart, Bomtempo,Fauré, Duruflé, Lopes Graça e Eurico Carrapatoso.

Estreou-se em ópera no papel de Guglielmo em Così fanTutte de Mozart, tendo posteriormente participado emproduções das óperas L’Amore Industrioso, As Variedades

de Proteu, Dido and Aeneas, The Fairy Queen, Venus andAdonis, La Déscente d’Orphée aux Enfers, La Donna diGénio Volubile, La Dirindina, A Floresta, Corpo e Alma,

 Jeremias Fisher, O Sonho e L’Elisir d’Amore.

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ACCADEMIA DEL PIACERE

A ousadia dos seus projetos, a qualidade técnica dos seus

músicos e a forte personalidade artística do seu diretor fize-ram da Accademia del Piacere um dos mais reputados agru-pamentos espanhóis na área da interpretação histórica in-formada.

Desde o seu início, em 2002, tem aprofundado e revela-do os mais diversificados repertórios da música pré-clássicacomo a música do seicento italiano, ao qual dedicaram os

seus discos Le Lacrime di Eros (Prémio Prelude ClassicalMusic, 2009), Amori di Marte, centrado na obra Il Com-batimento di Tancredi e Clorinda, do compositor italianoClaudio Monteverdi (Disco Excepcional Scherzo 2011 eCD Tipp da Toccata Magazine, Alemanha) e Les Violes duCiel et de l’Enfer, dedicado à música de câmara da cortedo Rei Sol (nomeado para os International Classical MusicAwards, 2011). Em todos eles a crítica tem destacado o fas-cinante e direto poder de comunicação para com o públi-co e a interpretação viva e emocionada dos instrumentistas.

Em 2011, a Accademia del Piacere revolucionou o mundoda interpretação histórica informada com o lançamento doseu quarto CD, sob o selo Alqhai & Alqhai, Las Idas y lasVueltas, uma incursão ao mundo do flamenco e suas cone-

xões com música barroca, em colaboração com o cantaor

Arcángel, desafio distinguido pela crítica na Bienal de Fla-menco de Sevilha, em 2012, para além de ter alcançado umgrande sucesso europeu a nível discográfico.

Nessa mesma linha revolucionária surge o seu mais recenteprojeto discográfico, que faz reviver o apaixonante mundoda improvisação da Espanha do século XVII, RediscoveringSpain (2013), onde de novo arriscam e oferecem novas in-terpretações ao público de hoje.

O reconhecimento nacional e internacional levou a Acca-demia del Piaccere aos palcos mais prestigiados do mundo,

sendo os seus concertos frequentemente transmitidos emdireto pelas mais importantes rádios e canais televisivos eu-ropeus.

FAHMI ALQHAI(VIOLA DA GAMBA/DIREÇÃO

MUSICAL)

Fahmi Alqhai é consideradocomo um dos mais prestigiosose virtuosos intérpretes de violada gamba da sua geração.

Nascido em Sevilha, em 1976, filho de pai sírio e de mãepalestiniana, passou os primeiros onze anos de sua vida na

Síria, onde deu início à sua formação musical. Mais tarde,em 1994, ingressa no Conservatório Superior de SevilhaManuel Castillo, tendo estudado viola de gamba, com Ven-tura Rico. Prosseguiu a sua formação na Schola CantorumBasiliensis (Basel) e no Conservatorio della Svizzera Italia-na (Lugano) sob a orientação de Vittorio Paolo e PandolfoGhielmi, respetivamente.

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Iniciou a sua carreira a solo em 1998, especializando-se norepertório alemão para viola da gamba; as suas versões dasSonatas para viola da gamba e cravo oblligatto de Johann Se-

bastian Bach, gravadas em 2004 com Alberto Martínez Mo-lina, obtiveram junto ao público e à imprensa especializadauma excelente receção.

Em 2002 fundou, juntamente com a soprano Mariví Blasco,a Accademia del Piacere, da qual é hoje o seu diretor artís-tico. Fundou também juntamente como seu irmão Rami Al-qhai a editora Alqhai & Alqhai, com a qual produziu e gravou

os quatro CDs da Accademia del Piacere.Desde muito jovem tem sido solicitado pelas melhores for-mações da cena musical internacional na área da interpre-tação histórica informada, integrando regularmente gruposcomo Hesperion XXI (Jordi Savall) ou o Il Suonar Speaker(Vittorio Ghielmi). É também membro fundador da MoreHispano (Vicente Parrilla). Como solista, tem atuado com

inúmeras orquestras, das quais se destacam a Orquestra Na-cional de Espanha, a Filarmônica da Galiza, a OrquestraBarroca de Sevilha, o Ensemble Vocal de Lausanne (MichaelCorboz), o Al Ayre Espanhol, entre outros. Tem feito tam-bém diversas incursões no campo da música contemporâ-nea e do jazz.

Fez inúmeras gravações para as mais diversas etiquetas como

Alia Vox, Glossa, Winter & Winter, Tactus, Arsis, Enchiria-dis, e ainda para televisões e rádios na Europa, Ásia e Amé-rica.

Em 2014, lançou o seu primeiro trabalho discográfico asolo, o A Piacere, que recebeu uma calorosa receção em Es-panha e por toda a Europa.

É desde 2009 diretor artístico da FeMAS, Festival de Músi-

ca Antiga de Sevilha.

ARCÁNGEL(CANTAOR)

A forte vontade de restabelecera verdade histórica e uma grandecapacidade criativa são duas dascaracterísticas mais marcantesde Arcángel, uma das vozes maisotimistas e esperançosas da nova

geração do flamenco, expressão máxima dos nossos tempos,na qual, os mais aficionados têm vindo a depositar todas as

suas esperanças.

É reconhecido por todos que no canto um dos primeiros as-petos a considerar é o sentido do texto. Em primeiro lugarhá que ter em conta as questões-chave que lhe estão subja-centes, e depois, nunca negligenciar o rigor e a imaginação,duas das mais inquestionáveis virtudes dos grandes modelos.

É este portanto o cartão-de-visita de Francisco José Arcan- jo Ramos, nascido em Huelva em 1977, filho de pais ori-ginários de Alosno. Estreou-se muito jovem, tendo recebi-do o seu primeiro prémio em Peña la Orden em 1987, noConcurso Infantil de Fandango de Huelva, êxito que repetiunas duas edições seguintes. No ano seguinte foi convidado atrabalhar com Niño de Pura e seu irmão, o bailaor Jose Jo-aquin, com quem trabalhou e desenvolveu a sua arte até ser

convidado a trabalhar com figuras como Jesus Cayuela e JoséRoca em La Parrala (1996), Mario Maya em Os Flamencosque Dançam e Cantam Lorca (1997) e Manuel Soler na obracénica Por Aqui te Quiero Ver (1998).

A sua rampa de lançamento foi no entanto em 1998 no Ci-clo de El Monte e sobretudo na X Bienal de Sevilha, ondefoi alvo dos mais inflamados elogios por parte do público e

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do qual resultou a edição do CD Acção com o qual tem efe-tuado diversos recitais.

É professora assistente da escola Superior de Música de Lis-

boa desde 1999.

CARDO-ROXO

Cardo-Roxo é um duo constituído por Antony Fernandes eCarmina Repas Gonçalves, um casal de músicos residenteno Porto. Este projeto nasce em 2012 da vontade de repro-duzir e fazer chegar ao público a música tradicional portu-guesa com uma nova perspetiva.

Cardo-Roxo propõe uma abordagem baseada na escuta, nogosto pelo silêncio e pelo volume natural dos instrumentosutilizados sem amplificação ou outros efeitos artificiais. Oobjetivo é convidar o público a desfrutar de um concerto in-timista e agradável, explorando ao máximo os recursos dosinstrumentos e o espaço em que se encontram.

A par da dimensão contemplativa e sempre com o objetivode reestabelecer a ligação entre o público e as suas própriasraízes, fazem uma escolha muito cuidada das melodias quelhes chegam através de recolhas áudio, vídeo e escritas sobreas quais constroem arranjos que respeitam as característicassonoras e emotivas das mesmas. As suas músicas são assim si-multaneamente originais/modernas e familiares/antigas nosentido em que, por um lado se esforçam por alterar o mí-

nimo possível a fonte musical e, por outro o renovam à suaimagem.

Para este concerto em concreto, contamos com a colabora-

ção de Rui Silva, um grande músico e amigo.

CARMINA REPASGONÇALVES(SOPRANO, VIOLA DA GAMBA)

Iniciou os seus estudos musicais

em pequena, tendo estudadopiano, violino, canto e viola dagamba na escola de música Con-certino e mais tarde no Conser-

vatório de Música de Lisboa. Cantou em vários coros e di-rigiu o coro de alunas da Escola de Dança Ana Mangericãodurante dois anos, tendo mais tarde feito um curso intensivode direção coral no Instituto Piaget. A par do seu interesse egosto pela música e pelo ensino da mesma, desenvolveu ou-tras competências artísticas como a dança, (estudando du-rante vários anos na Escola de Dança Ana Mangericão, naqual viria a desenvolver-se em vários tipos de dança) e o te-atro, terminando a licenciatura em Produção Teatral na Es-cola Superior de Teatro e Cinema em 2009.

Apesar de ter tido algumas experiências profissionais e aca-démicas interessantes em teatro e dança, acabou por decidirque o seu caminho artístico seria dedicado sobretudo à mú-sica utilizando no entanto atualmente muitas das ferramen-tas adquiridas nesse processo de aprendizagem.

O início do estudo da viola da gamba (2004) coincidiu coma descoberta da música antiga e da música tradicional, temas

sobre os quais se tem debruçado desde então. No que dizrespeito ao estudo da música antiga, licenciou-se em 2013

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na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo através daqual teve a hipótese de fazer 1 ano de Erasmus na Kungli-ga Musikhögskola i Stockholm (Suécia). A par do estudo da

mesma, tem tocado com alguns músicos e grupos de reno-me como Concerto Atlântico (dir. Pedro Caldeira Cabral),Sete Lágrimas (dir. Filipe Faria e Sérgio Peixoto) e Arte Mí-nima (dir. Pedro Sousa Silva). No que diz respeito à músicatradicional teve a possibilidade de estudar um ano na SjövikFolkhögskolan na Suécia e tem feito algum trabalho de in-vestigação como autodidata. O seu trabalho nesse âmbitopassa sobretudo pela pesquisa e divulgação da música tradi-

cional portuguesa, trabalho esse que pode ser visto princi-palmente através do seu duo Cardo-Roxo (com o qual temfeito concertos por todo o país e lançou já o disco Alvorada)e do projeto educativo Cardo-Amarelo. A par da sua ativi-dade artística, trabalhou como assistente do Curso de Mú-sica Antiga da ESMAE no qual organizou concertos, cursose masterclasses.

Até Setembro de 2015 trabalhou, através do Projecto Car-do (divulgação e ensino de música tradicional portuguesa),no projeto Há Festa na Aldeia, no qual fez concertos emcolaboração com as comunidades de seis aldeias da regiãoNorte.

ANTONY FERNANDES 

(BARÍTONO, SÄCKPIPA,FLAUTA DE HARMÓNICOS)

Antony Fernandes nasceu a 31de Março de 1984 em Paris,França.

Mudou-se para Portugal ainda

em criança e desde cedo demonstrou grande aptidão para amúsica e para o teatro.

Estudou teatro na Academia Contemporânea do Espectáculo

que terminou em 2007 com média de 16 valores. Ao longoda sua formação e vida profissional teve a oportunidade detrabalhar com grandes profissionais do teatro portuguesese estrangeiros tais como António Capelo, João Paulo Cos-ta, Kuniaki Ida, no Teatro do Bolhão, Giorgio Barberio Cor-setti no Teatro Nacional São João, Moncho Rodriguez, LígiaFalcão, Pedro Giestas, no Centro de Criatividade da Póvoa

de Lanhoso… Trabalhou também com grandes companhiasde teatro de rua tais como os Les Plasticiens Volants, Françae com Titanic Theatre, Alemanha. Conta também com umaparticipação na série juvenil Morangos com Açúcar.

Em 2009 é convidado pela Lérias, Associação Cultural, Mi-randa do Douro, a desenvolver uma companhia de teatro co-munitário onde cria vários espetáculos incluindo sempre a

população local na criação dos mesmos.Enquanto músico aprendeu a tocar gaita de fole em 2006com Ricardo Coelho e estudou música tradicional na escolaSjöviks Folkhögskola, Suécia. Foi fundador do grupo Mísca-ros e tocou em vários grupos de animação de rua. Musicouum espetáculo de teatro do TeatroEnsaio e um do Teatro doBolhão.

Lecionou gaita de fole em Miranda do Douro e em Cabe-ceiras de Basto.

Tem também experiência na produção e logística de grandeseventos tais como o Festival de Música Tradicional de Quin-tandona (atual Festa do Caldo de Quintandona) da qual fezparte do grupo de fundadores, Diç que hai Fiesta nel Pobo,

Il Burro i l Gueiteiro e Feira de Instrumentos Musicais Ibé-ricos.

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Faz parte do Coletivo Identidades, um grupo que reali-za conferências, uma revista e uma página na internet comfoco na música tradicional portuguesa; é músico no grupo

Gaiteiros da Ponte Velha; é fundador e formador em Cardo--Amarelo que se dedica ao ensino da música tradicional por-tuguesa.

Para terminar, é juntamente com Carmina Repas Gonçalvesmembro do duo Cardo-Roxo, um grupo em crescimentocom o primeiro álbum editado, “Alvorada” e que conta como apoio da Antena 2, Antena 1 e RTP 2.

Até Setembro de 2015 trabalhou, através do Projecto Car-do (divulgação e ensino de música tradicional portuguesa),no projeto Há Festa na Aldeia, no qual fez concertos emcolaboração com as comunidades de seis aldeias da regiãoNorte.

RUI SILVA 

(PERCUSSÕES HISTÓRICAS)

Rui Silva é percussionista e arte-são de adufes.

Em 2012, especializou-se emPercussão Histórica, tendo sidoaluno de Pedro Estevan no Mas-

ter en Interpretación de Música Antigua da ESMUC/UAB.A sua linguagem musical é profundamente marcada pelaTradição do toque do adufe da Beira Baixa, instrumento queprojeta e potencia através de novas técnicas de execução,linguagens, contextos musicais e métodos de ensino.

Baseado no trabalho de investigação (projeto AL-DUFF,2010-2014), criou a sua marca enquanto artesão: Rui Silva

 – Adufes. Desenvolveu um sistema de afinação inédito, re-

volucionando a performance e as potencialidades do instru-mento no séc. XXI. Os seus adufes são tocados no Japão, Di-namarca, França, Brasil, Espanha, Holanda, Estados Unidos,

Israel, Alemanha, Suíça, etc.Desde 2013 que participa como artesão, performer e for-mador no festival Tamburi Mundi, em Freiburg, na Alema-nha. É codirector e cofundador, com Dave Boyd e BaltazarMolina, da Frame Drums Atlantic.

É membro da Comissão da Candidatura de Idanha-a-Novaa Cidade da Música da UNESCO. Colaborou com o reali-

zador Tiago Pereira (A Música Portuguesa a Gostar a DelaPrópria) na gravação de um documentário sobre o Adufepara a RTP.

É músico dos Sete Lágrimas, com quem gravou Terra, Pe-nínsula e Cantiga e com quem tem tocado nos mais impor-tantes festivais de música antiga da Europa.

É músico da Capella Sanctae Crucis, dirigido por Tiago Si-mas Freire, que se dedica à investigação e performance dasobras da escola da Capela de Santa Cruz de Coimbra.

Participou na gravação do CD Alvorada do Cardo-Roxo,com quem partilha cumplicidades artísticas e pessoais.

Paralelamente, é product manager da agência Fonte Travele vive na Ilha do Pico, Açores.

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NOA NOA

Fundado por Filipe Faria e Tiago Matias em 2012 – anteci-

pando o 110º aniversário da morte do pintor pós-impres-sionista Paul Gauguin (1848-1903) – Noa Noa procura ex-plorar em música as fronteiras da liberdade criativa que osartistas da viragem do século XIX para o XX se propunhamalcançar.

A liberdade criativa que se vivia na Europa de então encon-tra paralelo na História da Música Ocidental do século XVIII

em que o músico era formado para saber cantar, tocar umou mais instrumentos, improvisar, compor e dirigir. A tradi-ção de resposta sem fronteiras ao apelo criativo é tão antigacomo o Homem e volta a ter eco nas tendências recentes damoderna prática da Música Antiga com a constatação de queo músico no passado tinha uma formação multifacetada quecontrasta com a super-especialização a que se chegou no sé-culo XX e XXI. A própria redescoberta dos instrumentoshistóricos e das suas técnicas de execução tem vindo a ilu-minar o passado, mas ao mesmo tempo tem servido de ins-piração a compositores contemporâneos para novas obras,linguagens e estéticas.

Em Noa Noa, Filipe Faria e Tiago Matias assumem o papelantigo do músico multifacetado e multi-instrumentista be-bendo tanto duma intensa experiência profissional de mais

de uma década na área da Música Antiga como do gosto co-mum pelo risco e pela capacidade íntima da música. De umavisão descomplexada e informal dos repertórios europeuspara voz e alaúde, dos séculos XVI a XVIII, às músicas popu-lares da Ibéria e da Europa com os cheiros e travos inevitá-veis do torna viagem – marca de água da Europa pós aventu-ra marítima – a música de Noa Noa assume uma construçãomoderna tendo como ponto de partida o diálogo essencialda voz com a multiplicidade de instrumentos antigos de cor-da pulsada.

Desde a sua fundação o grupo apresentou-se em concer-to em Idanha-a-Velha, Idanha-a-Nova e Monsanto (FestivalFora do Lugar de Músicas Antigas; Centro Cultural Raia-no), Aveiro (Teatro Aveirense e Museu de Aveiro), Águeda(Fundação Dionísio Pinheiro), Braga (Auditório Vita), Cas-cais (Centro Cultural de Cascais), Coimbra (Grande Au-ditório Conservatório de Coimbra), Lisboa (ISA; FNACChiado), Oliveira do Bairro (Quartel das Artes) e Almada

(Teatro Azul) entre outros com os convidados especiais Ar-tur Fernandes (Danças Ocultas), Cardo-Roxo, Adufeiras deIdanha-aNova, Rancho Folclórico Vindimadeiras da Mamar-rosa, Joana Espadinha (voz), João Hasselberg (contrabaixo)e João Pedro Leitão e Ana Bacalhau (Deolinda).

Desde 2013 que desenvolve uma parceria com a artistaCristina Rodrigues que resultou na instalação A Manta, peça

icónica do Museu Rural para o Século XXI/21st CenturyRural Museum do projecto Design for Desertification DfD(Manchester Metropolitan University, MIRIAD e OralitiesProject/UE) que esteve patente na Sé Catedral de Idanha--a-Velha, no MUDE Museu do Design (Lisboa), no MuseuNacional de Arqueologia/Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa),na Manchester Cathedral (Inglaterra). E em 2015, estará pa-

tente no Mosteiro de Alcobaça com a produção Everythingis New.

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Em 2014, Noa Noa lança o seu primeiro trabalho discográfi-co - com o apoio DGARTES e CMIN - dedicado à memóriacoletiva definida pelas diversas culturas e línguas ibéricas,uma manta de sons para além do Ebro que resultou no por-tuguês, castelhano, mirandês, galego, asturiano, basco oucatalão. Este projeto, intitulado Língua (vol.1), viaja entre oque há de mais comum e mais diferente na História da cul-tura ibérica explorando as fronteiras geográficas, culturais econceptuais da tradição e da ancestralidade com a contem-poraneidade ou a interculturalidade.

Este disco atingiu o primeiro lugar do TOP de vendas FNACna área da Música Clássica/Música do Mundo/Jazz, e du-rante quatro meses foi um dos discos mais vendidos em Por-tugal (de julho a novembro de 2014). A primeira edição es-gotou ao fim de quatro meses estando, neste momento, a serpreparada uma segunda edição.

Em 2015/2016 Noa Noa lança o seu segundo disco, o se-

gundo volume do projeto Língua, tendo agendada – entreoutros concertos - uma digressão integrada no projeto eu-ropeu Big Bang da Zonzo Compagnie (Bélgica) /CCB/Fá-brica das Artes (Portugal) que se inicia no Centro Culturalde Belém e que irá passar por diversos países europeus, taiscomo a Bélgica, França ou Noruega.

Em parceria com a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e a

Arte das Musas, Noa Noa assume, no início de 2013, o es-tatuto de Artists-in-Residence neste concelho – com basena Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha. Esta parceria concre-tiza-se na promoção de residências artísticas regulares quepermitem olhar para o universo musical muito particulardesta região raiana a partir de dentro, junto da população,dos músicos e artistas locais e dos seus espaços e hábitos.No mesmo ano Noa Noa assume ainda o estatuto de proje-

to parceiro do Festival Fora do Lugar, Festival Internacionalde Músicas Antigas.

O nome do ensemble é inspirado no inovador livro de Paul

Gauguin de 1901 no qual o artista descreve os tempos pas-sados em retiro criativo na Polinésia Francesa, em especialno Tahiti. Envolto em polémica, tanto Gauguin como o seuNoa Noa são ainda hoje sinónimos de liberdade criativa.

Noa Noa é apoiado pela Secretaria de Estado da Cultura/Direção Geral das Artes e é representado pela produtoraArte das Musas.

FILIPE FARIA

Lisboa, Portugal, 1976. Músico,produtor cultural, project desig-ner, fotógrafo, videógrafo, cria-tivo.

Fundador e diretor da produtoracultural Arte das Musas (2002-).

Fundador e diretor da label MU Records (2006-): 11 discos,2 livros. Músico freelancer (1998-2008).

Fundador, produtor e codiretor artístico do consort de mú-sica antiga e contemporânea Sete Lágrimas (2000-): 9 dis-

cos,> 200 concertos em Portugal, Espanha, França, Itália,Malta, Bulgária, Bélgica, Noruega, Suécia, China, etc. (En-semble Associado Temporada 2012/13 CCB/Lisboa). Fun-dador e codirector artístico de Noa Noa (2012-).

Fundador, produtor e diretor do projeto artístico-etnográfi-co Olha para mim (2013-).

Fundador, produtor e diretor ar tístico do Festival Terras sem

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Sombra (2003-2010) no Alentejo (Portugal).

Fundador, produtor e diretor artístico do Festival Fora doLugar, Festival Internacional de Músicas Antigas (2012-),

em Idanha-a-Nova (Portugal).Horticultor amador. Pai.

TIAGO MATIAS

Aveiro, Portugal, 1978. Músico,produtor, professor, diretor mu-

sical. Guitarrista (-2005).

1º Prémio no concurso Músicaen Compostela (2004). Desde2005 dedica-se aos instrumen-

tos antepassados da guitarra: alaúde, tiorba, vihuela, guitar-ra barroca, guitarra romântica e colascione.

Produtor e diretor do Coro e Orquestra de Câmara da Bair-rada (2005-). Fundador e codirector artístico de La Farsa(2006-). Fundador e codirector artístico de Noa Noa (2012-). Músico do consort de música antiga e contemporâneaSete Lágrimas (2008-), entre outros. 7 Discos: Vocal Ensem-ble, Sete Lágrimas, etc.

Produtor cultural na Arte das Musas (2013-). Monitor de

montanhismo do Grupo de Espeleologia e Montanha deAveiro (2005-)

 JOÃO HASSELBERG (CONTRABAIXO)

O contrabaixista João Hassel-berg é já um dos rostos do pa-norama musical nacional e in-ternacional. Estreou-se comocompositor e líder do seu pró-prio projeto com o lançamento

do disco Whatever it is you’re seeking, won’t come in theform you’re expecting (Sintoma Records, 2013) e Truth has

to be given in riddles (2014).Estudou na Escola de Jazz do Hot Clube entre 2004 e 2006 egraduou-se pelo conservatório de Amsterdão em 2010. Em2007 foi 3º classificado na Competição Internacional de Jazzde Bucareste (Roménia) e em 2009 foi finalista da compe-tição Keep an Eye Jazz Award (Amesterdão), tendo gravadoduas faixas para o CD da mesma.

Toca/grava com Luisa Sobral, Filipe Melo, Júlio Resende,Afonso Pais, Sara Serpa, Spyros Manesis, Gerard Presencer,

 João Firmino, Desidério Lázaro, Gianni Gagliardi, MarianaNorton, David Murray, Gilles Estoppey, Simone de Olivei-ra, Paula Sousa, Noa Noa entre outros.

Toca em festivais como London Jazz Festival (Reino Unido),

Cully Jazz (Suíça), Den Hague Jazz Festival, Jazz Ahead (Ale-manha) IJ Jazz Festival, Breda Jazz Festival, Meer Jazz festi-val, Trytone Jazz Festival, (Holanda), Festival Internacionalde Jazz de Barcelona, Festival de Jazz de Cartagena (Espa-nha), Europa Fest (Romania), Sudoeste TMN, CoolJazzFest,Festa de Jazz do S.Luis, Festival de Valado dos Frades, Jazzno Castelo, Festival de Jazz de Verão de Setúbal, Seixal Jazz(Portugal), entre outros. E em salas como Barbican Center

(Londres), Half-Note (Atenas), Hot Clube (Lisboa), Tempo-

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drom (Berlim), Alte Oper (Frankfurt), Kolner Philarmonie(Colónia), LaeiszHalle (Hamburgo), Casa da Música, CCB ena maioria das grandes salas Nacionais.

É professor de contrabaixo da Escola Luis Villas-Boas doHot Clube de Portugal desde 2011. Em 2011 vence o Pré-mio Jovens Músicos na categoria de Jazz Combo.

CONCENTUS PAENINSULAE

O Concentus Paeninsulae insere-se na tradição de colabo-ração entre músicos portugueses e espanhóis que nem du-rante os mais duros períodos de guerra entre ambos os paí-ses foi interrompida. Dentre os seus integrantes encontra-segrande parte dos melhores intérpretes de Música Antiga daPenínsula Ibérica, particularmente versados na interpreta-ção de repertório do período clássico em réplicas de ins-

trumentos de época como Sérgio Franco (violino) e PedroCastro (oboé).

Os seus componentes tocam em alguns dos melhores en-sembles ibéricos, como Concerto Campestre, Ludovice En-semble e Divino Sospiro, portugueses, ou El Trovar de losAfectos, Al Ayre Español e Los Músicos de Su Alteza, espa-nhóis, assim como em muitos grupos de outros países, como

Ricercar Consort ou Les Talens Liryques, por exemplo.

Nota: Este trabalho é financiado por Fundos FEDER atra-vés do Programa COMPETE 2020 e por Fundos Nacionaisatravés da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia noâmbito do projeto «UID/EAT/00472/2013, INET-MD»’

MONIKA MAUCH(SOPRANO)

Monika Mauch é natural de Ba-den-Württemberg, na Alema-nha. Estudou Canto no Institutode Música Antiga da Musikho-chschule de Trossingen com Ri-chard Wisreich, seguindo o seu

percurso académico em Paris, orientada por Jill Feldman.

Iniciou a sua carreira com Ricercar Ensemble de PhilippPierlot, La Fenice, Ensemble Ordo Virtutum e TavernerConsort. Entretanto tem sido uma figura essencial nos pro-gramas de diversos agrupamentos como Concerto Paladi-no, Ensemble CordArt, Ensemble Caprice, Cornets Noirs,La Capella Ducale, Musica Fiata, Weser Renaissance, Colle-gium Vocale Gent, entre outros.

Gravou para Harmonia Mundi France, com Cantus Co-elln a Missa em Si menor de J. S. Bach. Dentre vários ou-tros registos fonográficos destacam-se as colaborações com

Hilliard Ensemble, Ensemble Daedalus, Ensemble PrivateMusik, e L’Arpa Festante, assim como com o alaudista Ni-gel North.

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VASCO NEGREIROS(DIREÇÃO MUSICAL)

Vasco Negreiros, para além

da sua formação académica,concluída com o grau de Ka-ppell-Meister obtido na Esco-la Superior de Música de Man-nheim-Heidelberg, tem vasta

experiência como maestro na área específica da Música An-tiga, fundamentalmente em Portugal, Espanha, Inglaterra,

Alemanha e Brasil.Como musicólogo, vem-se dedicando nos últimos anos comafinco ao estudo da obra de Jerónimo Francisco de Lima,sobre a qual escreveu dois ensaios no livro Música instru-mental portuguesa no Antigo Regime, assim como trans-creveu todas as suas aberturas, publicadas pela AvA musical--editions, e a íntegra do drama musical Teséo, que pretende

estrear em breve.Para além de diversos livros e partituras, é também prolífi-co compositor, tem publicados os CDs Brasil Barroco, comprimeira audição contemporânea de diversas obras brasi-leiras para solistas, coro e orquestra do período colonial,1989, e o CD triplo Livro de vários motetes, com VocalEnsemble, 2005, tanto na sua versão discográfica normal,pela editora Althum, como acompanhando a edição facsi-milada da obra de Frei Manuel Cardoso, pela Imprensa Na-cional – Casa da Moeda de Portugal.

FLANDERS RECORDER QUARTET - THEAMBASSADORS OF THE RECORDER...

Desde a sua fundação, em 1987, o Flandres Recorder Quar-tet evoluiu para um dos principais ensembles do mundo. Osucesso do conjunto, em 1990, na prestigiada Musica Anti-qua Competition, em Brugge, patrocinada pelo Festival daFlanders, deu início a uma carreira concertística de enormesucesso. Depois de mais de 1800 concertos nos cinco conti-nentes incluindo alguns em salas de concerto mundialmen-

te famosas em Tóquio, Nova Iorque e Salzburg, o ensembleatingiu uma posição de destaque no mundo da música anti-ga. Ao longo dos anos, o FRQ tem participado regularmentcomo convidado nos principais festivais de música, como osde Helsínquia, Paris, Genebra, Boston, Vancouver, Singapu-ra, Taipé e Cidade do México.

Efetuou numerosas gravações para as editoras Harmo-

nia Mundi, Archiv / Deutsche Grammophon, Ricercar, eOPUS 111. Em 2003 o quarteto iniciou uma longa e intensacolaboração com a gravadora alemã AEOLUS.

O Flanders Recorder Quartet apresenta um instrumentoque foi subestimado por quase dois séculos. A sua extraor-dinária coleção é composta por reproduções de instrumen-tos, tendo como base as ilustrações de Virdung (1511) e os

originais da coleção de Henry VIII, um grande-baixo barro-

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co, com cerca de 2,3 metros de comprimento (construidopor Friedrich von Huene, Boston), e flautas doces moder-nas construídas por Hans Coolsma (Utrecht).

A extensa coleção de instrumentos, o desempenho virtuosodos seus intérpretes, um leque variado de programas, fazemde cada concerto uma experiência inesquecível, para alémde promover e dignificar a flauta doce, um dos instrumen-tos mais importantes dos períodos renascentista e barroco,recuperando todo o brilho e esplendor do seu passado.

Os membros da Flandres Recorder Quartet construíram

também impressionantes carreiras docentes, sendo capazesde transmitir suas ideias pedagógicas de forma inspirado-ra, tanto enquanto professores e como nas inúmeras mas-terclasses que realizam. Ao fazê-lo não evitam o confrontoentre a música contemporânea e a antiga. Um dos resulta-dos mais palpável deste trabalho foi a edição do livro sobrea arte de se tocar em ensemble, The Finishing Touch of En-

semble Playing (Alamire, 2000), já traduzido para diversaslínguas.

O Flandres Recorder Quartet tem sido também aclamadopelos seus interessantes arranjos e pelas mais de quarentacomposições que lhes foram dedicadas. Algumas destas pe-ças foram colocadas à disposição do grande público atravésda publicação da edição de uma coleção do próprio ensem-

ble, The Flanders Recorder Quartet Series, publicados pelaeditora alemã Heinrichshofen.

A imprensa, o público e os diversos júris internacionaistêm elogiado a forma clara e precisa do seu som conjun-to, a perfeição técnica, a homogeneidade sonora e o rigorestilístico das suas interpretações: “um efeito sedutor e su-ave, que mais parece ser uma fusão do timbre soprado deum órgão portativo com a precisão expressiva de um bomquarteto de cordas.” (S. Smith, New York Times).

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INFORMAÇÕES ÚTEIS

USEFUL INFORMATION 

ACADEMIA DE MÚSICA DE ALMADAtelefones: 21 294 58 07, 21 294 58 06, 960 175 767

CÂMARA MUNICIPAL DE ALMADAtelefone: 21 272 40 08

RECOMENDAÇÕES AO PÚBLICORECOMMENDATIONS

Os Concertos têm entrada livre, limitada no entanto àcapacidade das salas.

Os Concertos a realizar no Cine-Teatro da AcademiaAlmadense (27 Set.) e na Igreja da Mesericórdia deAlmada (17 Out.) são também de entrada livre mas,sujeita ao levantamento de bilhete, a partir das 18h.

Desligue o telemóvel e o alarme do seu relógio antes

do início do Concerto.

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FICHA TÉCNICA

CREDITSDIREÇÃO ARTÍSTICA ARTISTIC DIRECTION Academia de Música de Almada

EDIÇÃO, REVISÃO E TRADUÇÃO DE TEXTOEDITING, PROOFREADING AND TEXTTRANSLATION Academia de Música de Almada

Câmara Municipal de Almada

FIT - Found in Translation

PRODUÇÃOPRODUCTION Academia de Música de Almada

Câmara Municipal de Almada

APOIOS, PATROCÍNIOSPONSORSFlorista Pé de Flor

AGRADECIMENTOS

SPECIAL THANKS TORev. Pe. Fernando Paiva, Vice-Reitor do SeminárioMaior de S. Paulo

Rev. Pe. Fernando Belo, Pároco Emérito de Almada

Rev. Pe. Marco Luís, Pároco de Almada

Rev. Pe. Horácio Noronha, Pároco Emérito do PragalRev. Pe. José Maria Furtado, Pároco do Pragal

Rev. Pe. Quintino Trinchete, Pároco de Cacilhas

Santa Casa da Misericórdia de Almada

Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense

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SETEMBRO& OUTUBROSEPTEMBER &OCTOBER

2015CINE-TEATRO ACADEMIA ALMADENSEERMIDA DE SÃO SEBASTIÃOIGREJA DA MESERICÓRDIA DE ALMADAIGREJA DE SANTIAGOIGREJA DA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

SEMINÁRIO DE SÃO PAULO

www.m-almada.pt