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A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALAR HOSPITALARES FORNECEDORES Ano 17 • Edição • 167 • Setembro de 2009 ENTREVISTA Francisco Balestrin fala sobre o impacto dos processos de qualidade na sustentabilidade do setor Foto: Ricardo Benichio Jovens executivos, como Roberto Schain, do Hospital Santa Paula, discutem o futuro da gestão dos hospitais

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Revista de saude

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A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALARHOSPITALARESF O R N E C E D O R E S

Ano 17 • Edição • 167 • Setembro de 2009

ENTREVISTAFrancisco Balestrin fala sobre o impacto dos processos de qualidade na sustentabilidade do setor

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Jovens executivos, como Roberto Schain, do Hospital Santa Paula, discutem o futuro da gestão dos hospitais

A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALARHOSPITALARESF O R N E C E D O R E S

Ano 17 • Edição • 167 • Setembro de 2009

ENTREVISTAFrancisco Balestrin fala sobre o impacto dos processos de qualidade na sustentabilidade do setor

Foto

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Jovens executivos, como Roberto Schain, do Hospital Santa Paula, discutem o futuro da gestão dos hospitais

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Í nd i ce

14 I EntrevistaFrancisco Balestrin, vice-presidente do grupo Vita e da Anahp, fala sobre os im-pactos dos programas de qualidade no desenvolvimento do setor 18 I Raio-XFoco em inovação 18 I ArtigoInteligência empresarial auxilia implantação de protocolos 22 I .ComConfira o que foi destaque no portal Saúde Business Web 32 I Melhores Práticas 34 I PanoramaA nova geração 46 I ArtigoInstituto de Ensino e Pesquisa: Foco no desenvolvimento de pessoas

47 I Saúde Business SchoolConfira as dicas de nossos consultores sobre Tranquilidade Jurídica 55 I ArtigoPor um complexo industrial de saúde ainda mais forte

58 I Espaço JurídicoSaúde, negócios e sistema jurídico 60 I TecnologiaBenefícios sem fim, desafios mil

66 I Artigo RHCuidar, cuidar e cuidar das pessoas!

68 I Carreiras

70 I After HoursJornada gastronômica 72 I Livros 76 I Vitrine 98 I Hot Spot

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Setembro 2009 - Número 167

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C a r t a d o Ed i t o r

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Vai chegando o final do ano e mais uma vez é hora da regulamentação da Emenda Constitucional 29 entrar em pauta. Parece que ainda vai demorar um pouco para entrar nas plenárias do legislativo, mas pelo menos o assunto tem pautado as discussões sobre os rumos do setor. Os capítulos são exatamente os mesmos de anos anteriores: é preciso definir a fonte de recursos antes de aprovar a regulamentação e mais uma vez há a tentati-va de se criar uma nova (ou seria a velha com uma novo roupagem?) contribuição destinada à saúde. A mesma proposta, o mesmo impasse. A diferença é que estamos em ano pré-eleitoral e resta saber que herança o governo atual, que foi tão resistente à regulamentação da EC 29 por conta do comprometimento de 10% da arrecadação da União com a saúde, quer deixar para os próximos dirigentes. Até os argumentos contrários à criação de um novo tributo continuam os mesmos. O setor público não precisa de mais recursos, mas sim de melhor gestão, e isso não deixa de ser verdade. Como aqui na redação nosso compromisso é não só trazer notícias relevantes para o setor, - e o tema foi muito bem discutido em nosso portal, mas também apontar tendências para esse mercado, resolvemos investigar o que a nova geração de executivos tem para trazer essa gestão. Não sabemos ainda se melhor ou não, mas certamente mais profissionalizada e com muita vontade de inovar. É a geração Y no comando, que você confere no Panorama dessa edição.E como melhoria de gestão também passa por qualidade, na entrevista desse mês o vice-presidente executivo do grupo Vita e vice-presidente da Anahp, Francisco Balestrin, fala sobre como os programas de qualidade têm tra-zido os hospitais para um novo mundo e contribuído com a sustentabilidade do setor. Para acabar com velhas discussões, nada como partir em busca de novos rumos.

Boa leitura!

Ana Paula MartinsEditora

P.S.: envie comentários para [email protected]

A velha discussão e os novos rumos

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Ana Paula MartinsEditora

P.S.: envie comentários para [email protected]

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C a n a l A b e r t o

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Eu leio aFornEcEdorEs hospitalarEs

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Leio a Fornecedores HospitaLares porque é a revista mais atuaLizada sobre o segmento de saúde no nosso país. é uma

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permitem-me uma pronta avaLiação sobre muitos componentes externos no apoio para as minHas tomadas de decisões,

me mostrando com cLareza quais são as tendências, as novas tecnoLogias Lançadas, os novos processos desenHados e

testados. sinto-me conectado com o mundo da saúde brasiLeira quando merguLHo nas páginas da FH

a equi­pe da Uni­dade de saúde da it mídi­a elegeu o anúnci­o da Wheb si­stemas, publi­cado na pági­na 7, como o mai­s boni­to da edi­ção de agosto. a peça foi­ cri­ada por João mi­sturi­, da agênci­a brava Propanga, e aprovado por ana lana Gueri­ni­ e solange Plebani­ da Wheb si­stemas.

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Foto: Ricardo Benichio

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Questão de qualidadeHá um bom tempo, hospitais de todo Brasil têm buscado implantar processos e programas de qualidade de forma a garantir os melhores resultados em assistência e segurança do paciente. O desafio agora é criar valor a partir da acreditação e fazer com que o grande público a reconheça como um diferencial. Em entrevista à Fornecedores Hospitalares, o vice-presidente executivo e diretor médico corporativo do grupo Vita e vice-presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin, comenta o impacto do movimento de acreditação no setor

Ana Paul a Martins – amartins@itmidia .com.br

Fornecedores Hospitalares: A acreditação hos-pitalar tem se tornado premissa para garantir a qualidade e segurança dos hospitais brasileiros. Hoje são apenas 127 instituições hospitalares no Brasil que detém algum tipo de acreditação. A que o senhor atribui esse número?Francisco Balestrin: A acreditação por si só não é garantia de qualidade. Muitos hospitais no Brasil têm movimentos de qualidade, trabalham com pa-drões de qualidade, e a acreditação é uma terceira parte, convencionando que aquilo que a institui-ção faz está seja sob o ponto de vista estrutural, de processos e de checagem de resultados está dentro de um padrão que é único dependendo da entidade acreditadora para todas as instituições. A questão da acreditação em si como um movimento tem a ver com o fato de que todo processo que vem de fora para dentro precisa ter um estímulo interno para que aconteça, ou seja, a vontade dos gestores, dos proprietários, a vontade dos próprios funcio-nários. Por outro lado, como representa um gasto financeiro, o desejo é que esse gasto seja reconhe-cido como algo que dê uma comprovação da qua-lidade e da segurança assistencial, e que seja valo-rado sob esse ponto de vista. Como em nosso país ainda não existe esse reconhecimento por parte do grande público, da sociedade como um todo, dos stakeholders da área de saúde e das próprias fon-tes pagadoras, e aí incluo as privadas e as públicas (SUS e governos) e como ainda não há incentivos em grande medida, os resultados de acreditação ainda são pequenos.

FH: Na sua opinião, qual a maior dificuldade em se agregar valor à acreditação de forma que isso seja percebido pelo público em geral? Balestrin: Sempre que você vai pagar por algo tem

que reconhecer naquilo que adquire como produto ou como serviço um valor agregado que faça jus ao que se está pagando. Um exemplo é a comparação que se faz entre saúde e o mercado de telefone celu-lar. As pessoas não se preocupam em pagar um ti-cket médio de celular mais alto até do que pagariam por um plano de saúde, e isso acontece por causa do valor agregado. Casos que necessitam a repara-ção da saúde são sempre episódios esporádicos ao passo que o uso do celular acontece continuamen-te. Outro aspecto é que mesmo a saúde sendo re-conhecida como um bem, as pessoas, de um modo geral, ainda não conseguem entender que o cuidado quando é provido de uma forma desqualificada ou sem grande qualidade pode fazer mais mal do que bem ou acaba não sendo reparador como poderia ser quando existe um processo de qualidade bem definido. Por isso a necessidade de se trabalhar na valoração da saúde e da segurança assistencial com o grande público para que entendam isso como um bem importante, um bem universal, mas também como um bem que deve ter coisas agregadas a ele, e não se resuma ao atendimento médico. Que tenha valores como atendimento igualitário, como a me-lhor tecnologia disponível possível, que tenha o me-lhor custo benefício para aquela população, que não tenha discriminação no atendimento, e que ainda seja uma atenção que restabeleça a saúde do cidadão e faça com que ele retorne em sua força produtiva para a sociedade. E isso é o aspecto da qualidade e da segurança do paciente.

FH: Quando você fala que não há uma valoração do selo de acreditação por parte dos stakeholders da saúde, incluindo as fontes pagadoras, quais são as barreiras para que isso aconteça? Balestrin: Quando houver um estímulo externo,

que é justamente a sociedade organizada exigindo uma atenção qualificada e sem risco, as fontes fi-nanciadoras estarão estimuladas para isso também. A verdade é que dentro do conceito de qualidade, o conceito de não qualidade é o da exclusão. Por exemplo, ninguém compra um carro sem um padrão de qualidade, e isso vai acontecer na área de saúde. Será excluído no mercado quem não tem qualida-de, o que não significa que você precise dar um es-tímulo financeiro específico para aqueles que estão investindo em qualidade. Muitas vezes as institui-ções investem em projetos de qualidade para ganhar mais, mas na verdade se investe em um projeto de qualidade para não perder. Se o mercado ficar com-petitivo e a sociedade ficar atenta, as próprias ins-tituições e fontes pagadoras vão ter que remunerar exclusivamente aqueles que têm qualidade, deixan-do de fora aqueles que não têm. Quem tiver a qua-lidade comprovada, vai estar dentro do mercado, e os que não tiverem serão alijados do mercado. Esse é um conceito fundamental, pois muitas vezes os hospitais conquistam a acreditação e vão à operado-ra com o diploma debaixo do braço pedir aumento, esse não é o foco correto. O que vai acontecer é que não fará sentido contratar serviços que não tenham qualidade, a não ser que se vá no contramovimento da qualidade e tenha interesse só no custo.

FH. O senhor mencionou um fator importante na relação operadora e hospital que é a questão do custo e da remuneração. Os hospitais mui-tas vezes buscam melhor remuneração por se-rem acreditados e as operadoras não incentivam tanto, pois ainda estão muito focadas em custo. Qual o impacto da acreditação nessa questão de custo da saúde?Balestrin: O aspecto do custo também é importan-

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te. Fala-se muito em custo da saúde, mas todo mundo está atento ao custo do episódio, ou seja, o custo do exame, do procedimento, da internação. Ninguém está interessado quanto custou todo processo de re-cuperação da saúde daquele cidadão. Já está compro-vado que instituições de qualidade estão muito mais imbuídas no processo de recuperação da saúde e, con-sequentemente, agregando valor àquilo que é pago, do que aquelas instituições que estão comprometidas com o atendimento individualizado. O aspecto da acreditação está em cima disso. Todas as instituições que investem em acreditação estão buscando a qualifi-cação do atendimento para que no final o tratamento total tenha uma melhor relação de custo benefício. É mais do que simplesmente comparar uma interna-ção, por exemplo, de R$1.500 numa instituição e de R$ 500 em outra. Você opta pelo mais caro pois ali houve uma real recuperação da saúde e na outra não. Esse aspecto é que precisa de um estímulo. No setor privado, como ainda não há um estímulo espontâneo de qualidade por parte das operadoras, que ainda es-tão preocupadas com o custo, o movimento de quali-ficação de operadoras e de qualificação de prestadores de serviço desenhado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) será um indutor da qualidade, não tenho dúvida nenhuma disso, até porque um vai bater no outro. Em saúde pública, seria de se esperar que os gestores e as entidades públicas passassem a se preocu-par com a qualidade e a estimular os prestadores para que buscassem esses processos . Em São Paulo, já tenho visto movimentos importantes da Secretaria de Saúde do Estado e do município de incentivo à qualidade dos prestadores de forma que as instituições são premiadas por isso, mas no meio público, de uma forma geral, esse estímulo ainda é incipiente.

FH: Em uma recente apresentação, o senhor mos-trou uma definição de qualidade, que abrange a segurança do paciente, o prover da assistência no tempo adequado, equidade na assistência e ainda efetividade no uso adequado dos recursos e efi-ciência no combate ao desperdício. Instituições mais qualificadas também trarão benefícios para a sustentabilidade do setor e para a gestão do hos-pital? Qual o impacto que a acreditação traz para a gestão dos hospitais e para o custo da saúde?Balestrin: O Institute of Medicine, dos EUA, é que traz essa definição sobre uma atenção de qualida-de, que se resume tanto em não usar as coisas de uma forma excessiva nem de maneira insuficiente. Todos esses itens de custo, sustentabilidade e acre-ditação são interligados. Um dos aspectos da gestão de qualidade trabalha muito a questão da governan-

ça corporativa, que é a forma como as insituições são gerenciadas e se preocupam com o futuro delas. Quando se trabalha conscientemente e cosistente-mente a questão de governança corporativa você trabalha quatro aspectos especificos que vão afetar a sustentabilidade. A primeira é a questão da trans-parência, que as organizações informam seu indica-dores e mostram ao mercado o que estão fazendo; a equidade, prestando o mesmo atendimento a todos os pacientes; depois a questão da prestação de con-tas, e, por fim, a questão da responsabilidade cor-porativa. Tudo isso afeta a sustentabilidade, dentro do aspecto do triple bottom line, que é buscar os resultados econômico-financeiros e uma forma de que a instituição adquira a perenidade, alinhando aspectos de responsabilidade social e com o meio ambiente. Veja como tudo isso está interligado e coloca o hospital dentro de um mundo que é mais responsável. Esse movimento acontece nas empre-sas, nas organizações de um modo geral e o aspec-to da acreditaçao vem para amalgamar todos esses interesses. Você não pode ter uma instituição que se preocupa com a governança corporativa sem que ela tenha responsabilidade com o seu programa de qualidade, e se o hospital não buscar a acreditação, ele simplesmente não vai estar validando tudo o que faz. No fundo, a acreditação funciona como se fosse um exame final de um curso de responsabilidade so-cial. Por isso é necessário incentivar a acreditação.

FH: E é esse o grande objetivo da iniciativa “Acre-ditação: questão de segurança em Saúde”, que re-úne o Vita junto com outros 15 hospitais? O que essa iniciativa pretende? Balestrin: Mostrar claramente que aquelas insti-tuições que são acreditadas são as que têm o me-lhor a devolver ao cidadão em matéria de qualidade assistencial, melhor a devolver às fontes pagadoras em matéria de trasnparência e custo assistencial e melhor a devolver à sociedade pelo compromisso que temos com elas sob todos os pontos de vista. Isso só vem a engrossar esse processo de valoração da acreditação como uma ferramenta de definição clara e última do aspecto da qualidade assistencial. Participamos no Conarh [Congresso Nacional de Gestão de Pessoas, realizado em agosto em São Paulo] com esse fim e seguiremos no processo para atignr outros segmentos, faremos isso em cima de sites, campanhas e informações. Sabendo que tem que ser um trabalho de médio e longo prazo.FH: Na iniciativa, vocês reúnem hospitais acreditados, independentemente do modelo de acreditação. A oferta de selos de acreditação

tem aumentado no mercado. Além de ONA e JCI, agora também temos a NIHO e a Acredita-ção Canadense. Em sua opinião, a ampliação de opções de acreditação auxilia o desenvolvimen-to dos programas de qualidade dos hospitais?Balestrin: Quando se trata de acreditação não tem uma que valha mais que a outra, o importante é que sejam modelos validados por entidades. In-ternacionalmente há a metodologia ISQUA, que é uma acreditadora dos modelos. No modelo nacio-nal, a ONA tem validação de autoridades sanitá-rias e de entidades que já se comprometeram e que são sponsors da ONA. Quando se tem isso, tem um modelo validado. O aparecimento de novos modelos e instituições deixa o mercado melhor. Se houvesse um único modelo, o referencial seria muito estreito. O fato de se já ter quatro modelos validados vai fazer com que esses modelos sempre evoluam, porque sabem que existe uma compe-tição por espaço entre eles. Isso mostra também que o Brasil se torna um mercado atrativo, com um setor de assistência médico-hospitalar com qualidade. Acho válida essa competitividade, vai impulsionar o desenvolvimento de tudo.

FH: A seu ver, quais são as perspectivas para o desenvolvimento da questão de qualidade nos hospitais brasileiros?Balestrin: A perspectiva é positiva, principal-mente no que diz respeito ao segmento privado. Eu vejo as ações da ANS, que está preocupada com a qualificação das operadoras e dos prestadores de serviços, como um incentivo. Isso com certeza vai estimular as operadoras e quando a agência faz um processo como esse, ela sempre parte de uma indu-ção que pode permitir estímulos financeiros para quem está acreditado. O que quero dizer é que hoje a fonte pagadora não tem nenhum interesse de va-lorizar a qualidade, mas se a agência disser que ela pode ter um reajuste maior no plano por causa da acreditação, ela vai começar a valorizar. Para nós prestadores, como a qualificação das operadoras vai depender da qualificação dos prestadores, os hospitais vão ter que fazer acontecer a qualidade. Quem já fez vai estar na frente e será considerado de maior proeminência. Quem já buscou a acredi-tação vai ter uma posição de competitividade mais adequada, o que é muito positivo. Além disso, com a sociedade exigindo mais qualidade e a profissio-nalização da gestão no setor atraindo mais investi-dores a questão da qualidade também vai pesar. O setor público é que ainda deixa a desejar, poderia haver um estímulo mais significativo a isso.

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Foco em inovaçãoFoto: Ricardo Benichio

Para manter-se como referência no setor, o HCor tem nos projetos de ensino e pesquisa fortes aliados e não para de investir em modernização e em otimização dos serviços

LUiz HenriqUe mota, do HCor: Hospital investirá r$ 60 milhões em projetos do SUS nos próximos 3 anos

Ana Paul a Martins – amartins@itmidia .com.br

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Foco em inovação

Constante inovação. Isso resume a estratégia do Hospital do Coração, de São Paulo, para manter-se como referência no mercado, tanto em termos de qualidade assistencial como em infraestrutura e pesquisa. Sendo uma instituição jovem (como HCor, o hospital começou a funcionar em 1976), o hospital tem a sua história pautada em pioneiris-mo, excelência médica e foco no desenvolvimento do setor de saúde. “O grande diferencial na histó-ria do HCor sempre foi o investimento em ensi-no e pesquisa. Isso é o que permite que hospitais consigam inovar e manter o nível de excelência no mercado”, aponta o superintendente de desenvol-vimento, de relações institucionais e filantropia, Luiz Henrique Mota. A instituição tem um dos maiores nomes da saúde no País, o médico Adib Jatene, como diretor geral e vê na governança corporativa um forte alicerce para os projetos que empreende. No planejamento estratégico do hospital, que agora passa pelo perí-odo de revisão, a direção é bem clara: otimizar os serviços ofertados pela instituição e manter o nível de excelência. O prédio inaugurado no último mês ratifica essa estratégia. Com investimento de R$ 25 milhões, provenientes de recursos próprios, a torre de 5,2 mil metros quadrados reúne serviços como o Hospital Dia, com 31 apartamentos, de arritmias, hemodinâmica, ortopedia e gastroenterologia. Os 31 apartamentos também são utilizados como Cen-tro de Estudo do Sono durante a noite. “Consegui-mos organizar melhor os serviços dessa forma. Com a inauguração do Hospital Dia, por exemplo, au-mentamos em 35% o número de leitos de internação no prédio principal, pois transferimos para o novo espaço os procedimentos que não necessitavam de internação. Assim conseguimos ampliar a receita e ainda atender a toda demanda que temos”, explica Mota. No dia da visita à nova torre, que aconteceu em menos de um mês após a inauguração, todos os leitos do Hospital Dia estavam ocupados. No planejamento do hospital está previsto a inau-guração de mais dois prédios que integrarão o com-plexo até 2011, e que receberão investimentos da ordem de R$ 90 milhões. Nas torres serão instala-dos apartamentos com leitos de internação, centro cirúrgico híbrido e ainda um centro de convenções e estacionamento. No final da expansão, todos os prédios estarão conectados por meio de túneis sub-terrâneos e passarelas. Com os novos espaços, o HCor totalizará 300 leitos. “Não queremos aumen-tar em número de leitos, mas sim agregar novos ser-viços e melhorar a distribuição do espaço”, enfatiza o executivo. Aliás, conquistar espaço foi um dos grandes desafios do HCor para conseguir expandir

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R a i o - X

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Hospital do Coração

R$ 211,4 milhões em 2008

246

57 leitos, sendo 40 leitos na UTI / 13 leitos na UCO

- Unidade Coronária / 4 leitos do Pronto Socorro

10

1746

902

3 mil atendimentos/mês

4.666 por ano

11.65112 por ano

13.544 por ano

Os investimentos do HCor nos últimos 5 anos foram

da ordem de US$ 40,5 milhões de dólares, com média

anual de US$ 8 milhões

SERVIÇOS NÚMEROS

Faturamento anual ou repasse anual

Número de leitos

Número de Leitos de UTI

Número de salas cirúrgicas

Número de Funcionários

Número de Médicos

Atendimentos no Pronto-Socorro

Cirurgias

Exames de diagnóstico

Internações

Investimentos

Em agosto, o Hcor inaugurou um novo prédio, que recebeu investimento de R$ 25 milhões. Até 2011, mais duas torres serão inauguradas, consumindo mais R$ 90 milhões.

Fonte: Hospital do Coração

suas instalações. Localizado na região da Avenida Paulista, a instituição precisou adquirir as casas da vizinhança para poder crescer.

médiCoS, enSino e PeSqUiSaPara manter o nível de excelência no mercado, o HCor tem no corpo clínico e no ensino e na pes-quisa fortes aliados. A instituição mantém um pro-grama de relacionamento bem estruturado com os médicos, tanto os renomados, que já fazem parte do time da casa, quanto para atrair e preparar jovens talentos, que acabam sendo formados dentro da própria instituição. E os projetos de ensino e pes-quisa acabam sendo atrativos para esse público. “O HCor foi pioneiro em uma série de procedimentos e protocolos médicos. Isso faz com que os médicos queiram estar aqui, o que contribui para o desen-volvimento de novas pesquisas. Torna-se um ciclo virtuoso”, destaca o superintendente. Um exemplo de projeto desenvolvido dentro da instituição foi a elaboração de um equipamento para monitoramento da arritmia cardíaca, coor-denado pelo cardiologista José Carlos Pachón. O hospital também está trabalhando em parceria com o Instituto Dante Pazzanese e a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo na construção de um coração artificial. Em educação, além dos programas de residência o

HCor também mantém uma escola de enfermagem em parceria com a ONG Zumbi dos Palmares e conta com um Centro de Simulação Realística para treinamento e cursos de pós-graduação. Eleito pelo Ministério da Saúde como um dos seis hospitais de excelência, que investem o valor equivalente à isenção tributária que têm por con-ta do selo de filantropia em projetos de melhorias e desenvolvimento do Sistema Único de Saúde, o HCor também tem desenvolvido ações para me-lhorar a saúde pública no País. O Hospital forne-cerá para toda a rede do Samu o serviço de segunda opinião em eletrocardiograma para pacientes car-díacos. As informações serão enviadas ao hospital por meio de tablets durante o socorro e os médicos do HCor poderão avaliar os casos, o que dará mais precisão ao socorro desses pacientes e diminui o tempo para prestar o atendimento adequado. “Esse é apenas um dos grandes projetos do hospital com o Ministério da Saúde. Somando todos os progra-mas, investiremos R$ 60 milhões nos próximos três anos”, relata Mota. Além das ações com a saúde pública, o hospital mantém atividades de ação social e entre elas está a realização gratuita de cirurgias em crianças que apresentam problemas cardíacos congênitos e não têm como financiar o tratamento. “Ainda temos muito o que realizar”, finaliza.

novo prédio do HCor: instalação do Hospital dia e dos centros de tratamento de Joelho e reabilitação

Fotos: Divulgação

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As 10 mais clicadas12345

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Operadoras criam índicepara medir gastos médicos

OMS alerta para o pior da nova gripe

Brasil registra 96 mortes pelo vírus H1N1

Orizon coloca a casa em ordem

Albert Einstein lança projetode redução de custos

Hermes Pardini investeem sistema de gestão integrada

Mudanças da ANS passama vigorar em outubro

Ato Médico é aprovado

SulAmérica anuncia nova executiva

Intermédica está a todo vapor

Webcast Entrevista

Assista outras entrevistas no

www.saudebusinessweb.com.br/webcasts

Nada garante que CSS irá para a saúde

O ex-ministro da Previdência e Assistência Social e atual superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess), José Ce-chin, afirma que aumento na arrecadação do novo tributo não assegura mais recursos para a saúde

Claudia GoulartÚltimo post: O desafio da saúde sustentávelClaudia Goulart é presidente da GE Healthcare para a América Latina

Cylene SouzaÚltimo post: O valor da marcaCylene Souza é jornalista especiali-zada em saúde, com pós-graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM

Ildo MeyerÚltimo post: Hospitais de “Grife”Ildo Meyer é palestrante motiva-cional e médico com especializa-ção em anestesiologia e pós-gra-duação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter

João Carlos BrossÚltimo post: Somar em lugar de divergirJoão Carlos Bross é arquiteto e pre-sidente da Bross Consultoria e Ar-quitetura

Pedro FazioÚltimo post: O erro de avaliar pla-no coletivo como individualPedro Fazio é economista e diretor da Fazio Consultoria

Roberto LatiniÚltimo post: Eficácia ou eficiência?Roberto Latini é diretor da Lati-ni & Associados e irá abordar as regulações do setor de Vigilância Sanitária

BlogsLeia e discuta com nossos blogueiros os assuntos mais quentes do mês:www.saudebusinessweb.com.br/blogs

Cruz Vermelha e OMS alertam para nova onda da gripe H1N1 A Cruz Vermelha Internacional alertou que países mais pobres devem se preparar para a possibilidade de uma segunda onda de influenza A (H1N1). Uma campanha publicitária foi lançada sobre medidas a serem adotadas para conter a propagação da doença. Informações da di-retora da OMS, Margaret Chan, apontam que 40% das mortes provocadas pelo vírus foram de jovens adultos saudáveis, sendo o restante de pessoas com problemas de saúde. Pelo menos 209,4 mil pessoas já foram infec-tadas pela nova pandemia em todo o mundo.

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção Política Foto: Glow Images

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No arParticipe da nossa enquete! Vote em

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As novas regras da ANS para contrata-ção de planos coletivos passam a vigo-rar a partir de 15 de outubro, conforme publicado no Diário Oficial da União. A princípio, as mudanças deveriam vigorar no mês de agosto, mas o prazo foi prorrogado pela própria agência. De acordo com a ANS, os contratos de saúde vigentes que não se adequarem às novas regras não poderão ter novos beneficiários, exceto novo cônjuge ou filho - Lei nº 9.656/98. Dentre as principais mudanças esta-belecidas está o reajuste de preço que só poderá ocorrer a cada 12 meses. De acordo com a pesquisa realizada pelo portal Saúde Business Web, 48,78% dos leitores apostam que as novas re-gras devem trazer benefícios, em con-trapartida, 29,27% acreditam que as mudanças vão prejudicar as operadoras menores, além de afetar as contas dos planos de saúde.

A criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) vai beneficiar o setor?

m Não, uma boa gestão é melhor que a criação da CSS

m Sim, uma nova contribuição irá tra-zer mais recursos para a saúde

m O problema da saúde no Brasil não en-volve falta de recursos e nem má gestão

Resultadoda enquete

Primeiro, a votação da regulamentação da Emenda Constitucional 29 aconteceria em agosto, depois foi alterada para setembro. Será que agora sai? Mais uma vez a cena está se repetindo. Grupos a favor e grupos da oposição: quem vai vencer a guerra? Assim como aconteceu em 2007, a votação da regula-mentação da EC29 está atrelada à criação de um novo tributo, a Contribuição Social para a Saúde (CSS). Alguns defendem a medida, outros criticam. O grupo que defende tem o apoio desde o presidente da Repú-blica Luiz Inácio Lula da Silva, passando pelo ministro da Saúde José Gomes Temporão até deputados e se-nadores membros da Frente Parlamentar de Saúde. O principal argumento é que dinheiro novo para a saúde só com uma nova contribuição. O senador Augusto Botelho (PT-RR), relator da EC29 à Comissão de As-suntos Sociais (CAS) do Senado, afirma que recolher mais verba para a saúde é uma necessidade. “Quem afirma que o problema da saúde pública é uma questão de gestão e não de recursos, nunca passou um dia num hospital público”. Para o senador, o gestor de qualquer unidade pública de saúde no Brasil é um “milagreiro” e que ao longo dos últimos anos a saúde tem perdido fatias importantes de recursos. “Concordo que o Bra-sil está carregado de impostos, mas os brasileiros não podem continuar morrendo por falta de recursos”. Por outro lado, o grupo dos opositores é formado por entidades como o Conselho Federal de Medicina, a

Associação Médica Brasileira e membros da Frente Parlamentar de Saúde. “É uma bandeira de movimen-to médico nacional. Não vamos dar um cheque em branco para os políticos”, afirma o diretor de defesa profissional da AMB, Roberto Queiroz Gurgel. Já o argumento deste grupo é que a EC29 não deve estar vinculada à criação de um novo tributo. “A EC29 é uma necessidade do País e define o que é e o que não é gasto na saúde. O aumento do valor a ser repassado ao setor é uma outra discussão e o governo deveria envolver a sociedade no debate sobre este novo im-posto”, defende Gurgel.O problema maior não tem sido a regulamentação da EC29, mas sim a criação da CSS. A ideia de se ter um novo tributo tem incomodado órgãos e associações, como, por exemplo, a Associação Brasileira de Impor-tadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi), que partilha a opinião do diretor de defesa profissional da AMB, Roberto Gurgel, e vai além: “Nos últimos tem-pos, o governo vem arrecadando um volume de recur-sos em tributos cada vez maior. Inclusive, suplantan-do a perda de arrecadação da CPMF idealizada pelo professor Adib Jatene. Os analistas econômicos são unânimes em afirmar que, com a recuperação da eco-nomia, o tesouro aumentará ainda mais seus recursos. Portanto, consideramos prejudicial e desnecessária a criação de uma nova contribuição”, afirma o diretor da Abraidi, Sérgio Madeira.

EC29 e CSS: mais uma vez a cena se repete Thaia Duó - tduo@itmidia .com.br

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção política

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OpiniõesConfira os quatro artigos mais lidos do mês

Logística da gripe suína O ambientalista e consultor de sustentabilidade da Trevisan Consultoria, Antonio Carlos Arau-jo, relata em seu artigo os diversos aspectos da logística do vírus H1N1

As reviravoltas e alternativas para a in-dústria farmacêutica Em artigo, o administrador Marcos Morita ex-plica as estratégias que o setor deve buscar para sair da crise econômica

Soluções verticalizadas: tendência ou benefício real para o cliente? O diretor da Essence, Gabriel Rodrigues, comen-ta em seu texto os benefícios da verticalização para os clientes do setor

Expectativa de vida maior exige mais investimentos em saúde Em artigo, o presidente da Fehosp, José Reinaldo Nogueira de Oliveira Junior, ressalta a importân-cia da regulamentação da EC29

Dica da RedaçãoO ‘Blog da Redação’, do Saúde Business Web, foi reativado para trazer novidades e integração com os leitores do portal. O espaço passa a contar semanalmente com assuntos e questões de rele-vância para o setor e, para reinaugurar o blog, a redação traz a curiosidade de o por que o presi-dente Lula não utiliza, como a maioria dos bra-sileiros, o sistema público de saúde. Confira no post, ‘Saúde igual para todos?’.

Setor da saúde sob gestão de OSs?Thaia Duó - tduo@itmidia .com.br

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou o Projeto de Lei Complementar 62/2008, de autoria do governador José Serra, que altera a legislação de Organizações Sociais de Saúde do Estado. O complemento permite que as fun-dações de apoio a hospitais de ensino possam ser qualifi-cadas como organização social desde que tenham a exis-tência de pelo menos 10 anos e que os serviços de saúde já existentes também possam ser geridos pelas organizações. Outra alteração da lei é que os hospitais públicos do Esta-do geridos por OSS poderão abrir 25% do atendimento para pacientes de planos particulares. “É uma iniciativa muito boa na área da saúde e essa nova lei será um grande benefício, ao contrário do que o PT, sindicalistas, andam dizendo”. São com essas palavras que o governador do Estado de São Paulo, José Serra, avalia a aprovação do projeto. “O PT quer no plano nacional fazer justamente o que estamos fazendo, mas a diferença é que nós sabemos fazer e fazemos acontecer”, completa Serra. Engrossando o coro contra a medida estão as operado-ras de saúde que já mostraram insatisfação com a nova lei. Serra explica que, em São Paulo, 40% da população tem plano de saúde e, por isso, nada mais justo que as operado-ras paguem pelas consultas de seus conveniados realizadas pelo SUS. “Nós vamos aumentar os recursos com relação às pessoas que já são atendidas. Quem tem plano de saúde não vai deixar de ser atendido pelo SUS, mas as operado-ras terão de pagar, sim, por este atendimento, de acordo com a nova lei, porque senão nós estaremos subsidiando o plano de saúde”, ressalta. “As operadoras irão reclamar, mas é justo que seja assim”. O projeto teve 55 votos favoráveis e 17 contrários e vai permitir que o governo trabalhe com organizações parcei-ras em unidades já existentes, assim como já é feito em unidades novas.

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção Política

Albert

Einstein

recebe 4ª

acreditação

da JCI

O Hospital Israelita Albert

Einstein (HIAE) recebeu

a 4ª acreditação da Joint

Commission Internacional

(JCI). Há 10 anos, a instituição

foi acreditada pela primeira

vez e, desde então, tem a

finalidade de criar a cultura de

segurança e qualidade dentro

da organização. As categorias

“Governo e Liderança”,

“Qualidade e Segurança”,

“Anestesia e Cirurgia”,

“Capacitação e Qualificação

de Recursos Humanos”

fizeram parte da avaliação

da JCI, antes de conceder a

certificação ao hospital.

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção Gestão

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Estratégias vencedoras

na área hospitalar Thaia Duó - tduo@itmidia .com.br

Três modelos distintos de hospitais nacionais. Um tem financiamento do Sistema Único de Saúde, sen-do parte recebida por meio da Secretaria Estadual de Saúde, representado pelo Hospital de Câncer de Barretos; outro é puramente privado e sustentado pe-las operadoras de planos de saúde, representado pela Rede D’Or de hospitais e; por último um modelo fi-lantrópico recentemente profissionalizado e pautado em parte de seu financiamento pelo SUS e a outra par-te pelo sistema suplementar, representado pela Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Em uma mesa-redonda, os representantes destes hos-pitais discutiram as estratégias vencedoras na área hospitalar dentro de cada modelo apresentado. A con-clusão é que o Brasil possui um conceito de que a saú-de é uma só e, mais do que nunca, consolidada. “E eu não diria só em nível nacional, mas em nível mundial que nós temos que ter a iniciativa privada junto com iniciativa pública e o desenvolvimento e crescimento desse setor tem sido significativo”, aponta o presiden-te da Confederação Nacional de Saúde, José Carlos Abrahão, após mediar a discussão. “É preciso melhorar mais ainda a gestão. Já temos gestores muito bons de saúde, que trabalham com recursos que não são os ideais, e muitas vezes preci-sam complementá-los, seja pela iniciativa privada, ou por meio do próprio sistema suplementar, ou ainda por meio dos gastos diretos. E com esses recursos que são muito menores, quando comparados com os dos países da Europa, que gastam US$ 3 mil per capita, ou comparado até mesmo com os Estados Unidos, que gastam US$ 7 mil per capita e têm uma exclusão de 47 milhões de pessoas. Nós no Brasil, que temos gastos em torno de US$ 400 per capita, somos refe-

rência em imunizações e no tratamento de aids, além de sermos o segundo maior país do mundo em trans-plantes”, avalia Abrahão. O setor responde hoje por 8% do PIB, emprega 2,8 milhões de trabalhadores diretos e quase 5 milhões indiretos. Além disso, o Brasil tem 204 mil estabelecimentos de serviços de saúde, sendo 6,8 mil hospitais.

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção Gestão

Novo Código

de Ética

deve entrar

em vigor em

180 dias

O texto do novo Código

de Ética Médica (CEM) foi

discutido pela Comissão

de Revisão do Código de

Ética Médica, coordenada

por Roberto Luiz D’avila, e

aprovado em plenária pelos

representantes do setor. O

texto estava em estudo há

dois anos e, a partir de agora,

contará com artigos revisados

da versão anterior e inclusão

de novas regras, que entrarão

em vigor 180 dias após sua

publicação no Diário Oficial

da União, revogando o atual

Código de Ética Médica,

datado de 1988.

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção Política

Foto: Glow Images

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Falência dos hospitais? Thaia Duó - tduo@itmidia .com.br

"As operadoras pensam que pagam o preço justo e os prestadores de serviços pensam que recebem pelo servi-ço que prestam. Ambos estão enganados e se este círculo vicioso continuar levará, em curto prazo, à falência de todos". É assim que diretor superintendente do Hospi-tal São Vicente, de Curitiba, Marcial Ribeiro, classifica a atual situação no setor de saúde suplementar. O caso é que no SUS o atendimento sofre com a alta demanda enquanto as operadoras de planos de saúde enfrentam um alto custo per capita pela incorporação de novas tec-nologias que encarecem o processo diagnóstico. Um estudo desenvolvido pelo hospital revela a relação de desconfiança entre operadoras e prestadores resul-tando em contabilidades fictícias. A partir de então, ambas as partes passaram a se reunir para encontrar uma proposta de trabalho que permitisse estabelecer

uma nova forma de remuneração para os serviços pres-tados pelos hospitais e um padrão de atendimento para os segurados das operadoras. "A proposta é que juntos nós tenhamos um único auditor que poderá, com trans-parência, avaliar toda a documentação apresentada", explica Ribeiro. As reuniões, já em andamento, também preveem a cria-ção de uma tabela de procedimentos, com a participa-ção da ANS, baseada em protocolos médicos, incluindo órteses e próteses, que seriam adotadas por todos. Os hospitais Sugisawa, Milton Murici, Instituto de Neurologia de Curitiba, Policlínica Capão Raso, Clí-nica Porto Seguro e IPO - Otorrinolaringologia, além do São Vicente estiveram presente na primeira reunião. Do lado das operadoras estão: Amil, Bradesco Seguros, Fundação Copel, Geap e Unimed.

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção Economia

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Equipamentos

médico-

hospitalares

lideram RLV

Os equipamentos médico-

hospitalares lideraram a receita

líquida de vendas (RLV) no

Estado de São Paulo, conforme

um estudo do Departamento de

Competitividade e Tecnologia

(Decomtec) da Fiesp, chamado

“A Performance da Indústria

Paulista entre 1998 e 2008”. O

estudo aponta, ainda, que no total

a produção de cadeia da saúde

cresceu 6,8% nos últimos 10 anos.

Além disso, o setor registrou

crescimento de 4% no valor da

transformação industrial (VTI).

Foto: Divulgação

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Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção Investimentos

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Hospital Israelita Albert Einstein lança projeto de redução de custos

A rede de Reabilitação Lucy Montoro inaugurou o seu primeiro hospital. Localizado na capital paulista, o em-preendimento teve investimento da ordem de R$ 50 milhões e sua manutenção deverá exigir R$ 5 milhões mensais. A unidade, que já possui o equivalente a cerca de R$ 12 milhões em equipamentos e mobiliário, vai receber novas soluções tecnológicas, vindas de países norte-americanos, ingleses e israelenses mediante in-vestimentos de outros R$ 10 milhões.

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br –Seção Investimentos

O hospital investiu cerca de R$ 350 mil na instalação de equipamentos de compensação para a energia re-ativa. O projeto concluiu a primeira etapa com a im-plantação de quatro sistemas de 300 kVAr, em média, cada um, proporcionando um impacto significativo na fatura mensal e na estabilização da energia fornecida. De acordo com o hospital, a redução foi de aproxima-damente R$ 30 mil e, a estimativa é de que em 12 me-ses o valor do investimento possa ser pago por meio da economia gerada.

Governo de SP investe R$ 50 milhões em novo hospital

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br –Seção Internacional

EUA destinam US$ 1,2 bilhão para registroeletrônico de saúde

As instituições credenciadas ao Sistema Único de Saúde podem contar com um novo incentivo para a tomada de crédito. O Banco do Brasil anunciou a redução de taxa de juros do BB Giro Saúde, linha de crédito exclusiva para essas entidades. A taxa mínima passa a TR (taxa referencial) mais 1,30% ao mês, o que representa um redução de 13,33% e a máxima de TR mais 1,75%, que equiva-le a 2,78% menos.

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br –Seção Economia

A Casa Branca lançou US$ 1,2 bilhão em garan-tias para ajudar as provedoras de assistência médi-ca nos Estados Unidos na implementação e uso do registro eletrônico de saúde (R ES), como parte do Recovery Act. O governo se compromete em des-tinar US$ 598 milhões para cerca de 70 centros regionais no provimento de assistência técnica e suporte na implementação do R ES, assim como US$ 564 milhões para o compartilhamento de in-formações em todo o país.

BB reduz taxa de juros de capital de giro para o setor

R$ 100 milhões

para reformar e

concluir novos

hospitais

O Estado da Paraíba vai investir R$

100 milhões em reformas, ampliação

e conclusão de 15 novos hospitais,

previstos para inaugurar neste

segundo semestre. O montante,

oriundo de financiamento do BNDES,

vai beneficiar os hospitais de Pombal,

Regional de Monteiro, Pedras de

Fogo, São Bento, de Belém, do Brejo

do Cruz, de Itapororoca e o Hospital

de Trauma de Campina Grande. As

unidades previstas para inaugurar

são: Clementino Fraga; Hospital

de Queimadas; Hospital Regional

de Itabaiana; Hospital Regional de

Taperoá e; Maternidade de Patos

Peregrino Filho.

E ainda, o governo estadual irá

investir R$ 19,8 milhões para os

hospitais de Sumé e Picuí, cujo

orçamento não faz parte do

empréstimo junto ao banco.

Foto: Divulgação

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Curso Gestão de Contratos 1 a 2 de outubro Local: Centro Universitário São Camilo www.escepti.com.br

Saúde Business Forum1 a 4 de outubroLocal: Iberostar, Salvadorwww.saudebusinessforum.com.br

Acreditação e Qualidade em Serviços de Saúde 1 a 30 de outubro Local: Belo Horizonte www.prosaude.org.br/cursos

VIII Fórum de Hotelaria Hospitalar 5 a 6 de outubro Local: Centro de Convenções Rebouças - São Paulo www.clceventos.com.br

10º Simpósio Brasileiro de Assistência Domiciliar 7 a 9 de outubro Local: Renaissance Hotel – São Paulowww.einstein.br/sibrad

Seminário OPME: DESAFIOS PARAOPERADORAS DE SAÚDE 8 a 9 de outubro Local: Hotel Vila Rica, Recife http://www.mbassi.com.br

Gestão Operacional Administrativa -Prof. Anselmo Carrera Maia 23 a 24 de outubro Local: São Camilo - Brasília - Núcleo de Pós-Graduação www.saocamilo-df.br

II Curso de Formação para Auditores de Gestão daQualidade para Acreditação de Instituições de Saúde

23 a 24 de outubro Local: Sindicato dos Hospitais de Pernambuco www.sindhospe.org.br

Curso Gestão em Informática Hospitalar 26 a 27 de outubro Local: FIA - Fund Instituto Administração FEA-USP www.fundacaofia.com.br/profuturo

IV SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE RFID 27 a 29 de outubro Local: Hotel Unique, São Paulo www.simposiorfid.com.br

4º Fórum Anchieta - Governança Corporativa,Sucessão e Sustentabilidade 29 de outubro Local: Centro de Excelência do Hospital Anchieta www.hospitalanchieta.com.br

Calendário Mês | OutubroSaiba mais:www.saudebusinessweb.com.br /agenda

* Datas sujeitas a alterações

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M e l h o r e s Pr á t i c a s

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Foto:

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ãoLuís Vitor de Lima saLomão e

PauLo sergio ZoPPi

acionistas controladores do

salomão e Zoppi medicina diagnóstica

Segurançaé a palavra de ordem em Harvard, no the eghth National Quality Colloquium, principal fórum mundial sobre seguran-ça do paciente, ambiente seguro e redução de erros na saúde, realizado em agosto último, autoridades americanas do segmento apresentaram números que apontam a intensidade da urgência em perseguir o erro zero na área da saúde.de acordo com dados do instituto de medicina americano, por exemplo, 100 mil pessoas morrem ao ano nos estados unidos vítimas de danos que poderiam ter sido evitados. e, segundo dados do próprio governo norte-americano, 22% da população tem algum relato, pessoal ou de familiares sobre momentos em que a segurança do paciente foi quebrada. infelizmente, não conhecemos dados brasileiros sobre o tema. apenas os números e a rigorosidades do sistema norte-americano podem nos ilustrar a gravidade do problema e nos permite estimar que tal ce-nário se estende a outros países do globo. apesar disso, ou talvez por isso mesmo, de acordo com a ma-nifestação da maioria dos presentes no fórum, o tema segue como tabu mundo a fora, parecendo haver um acordo global velado para não se falar que a saúde não é tão segura e confiável como deveria ser.mas, como problema escondido não é problema resolvido, neste oitavo encontro, os representantes da saúde começam a notar movimentos globais em busca da construção de sistemas mais seguros a seus pacientes. em especial no ocidente, uma vez que a maioria dos países da europa segue com o modelo público, nota-se uma grande pressão para que organizações da saúde suplementar invistam em segurança do paciente. e, como consequência deste movimento, a segurança do paciente passa a ser prioridade para profissionais da saúde no mundo, bem como a identificação e a redução de adver-sidades que comprometem pacientes e poderiam ser evitadas.os estudiosos apresentaram no oitavo colóquio um método de readequação das empresas, que aponta cinco barreiras a serem rompidas para que alcancemos o grau máximo de segurança do paciente: s1, limitar o bom senso profissional; s2, reduzir a autonomia do profissional de saúde; s3, fazer a tran-sição da visão artesanal do trabalho insubstituível para a visão em que os trabalhadores são equiva-lentemente competentes; s4, prover arbitragem do sistema (liderança sênior) em que o paciente tem a quem reclamar e é atendido para criar uma cultura de segurança; s5, elaborar e simplificar regras e regulamentos.ultrapassada esta fase, educada e treinada a equipe, é hora de implantar dimensões organizacionais sobre risco e segurança, incluindo padrões para reduzir a variabilidade em relação à qualidade desejada. estas dimensões rezam sobre o tipo de desempenho esperado; a interação entre provedores de saúde e pacientes; o tipo de regulamentação a adotar; a pressão da justiça existente em caso de acidentes e a supervisão e transparência no domínio da atividade. Concluída tal implantação, a instituição passa a ostentar a denominação de organização ultrassegura, que define empresas que conseguiram romper com as barreiras e transformar o modelo que têm no sistema com “nível 5s de ultrassegurança.”desde a fundação, o salomão & Zoppi tem como meta o diagnóstico Correto e a partir deste ano adotamos como palavra de ordem a segurança do Paciente. Para tanto, a rede já atua com dupla leitura médica em todos os procedimentos clínicos e se prepara para estender a prática aos exames de imagem. a partir deste ano, iniciamos a adequação da empresa para a implantação do nível 5s de segurança, a fim de oferecer até 2013 o primeiro centro de diagnóstico ultrasseguro aos brasileiros, dentro das normas definidas no 8º Colloquium.

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Cylene Souza – [email protected]

Como em todos os outros setores da economia, a geração Y também vem tomando o poder na Saúde, especialmente na figura dos filhos dos fundadores de hospitais. Com sua visão de negócios mais moderna e aprofundada, eles vão mudando a forma de gerir as instituições e trazem novas perspectivas para o mercado

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Estes executivos têm alta capacidade de entender contextos e associam temas e ideias rapidamente, mas são questionadores e menos tolerantes a processos e regras restritas que os impeçam de desenvolver seus projetos e fazer mais pela empresa

Rodrigo Araújo, da Korn Ferry

Eles são jovens, ambiciosos, graduados e pós-graduados nas melhores instituições do Brasil e do exterior e já es-tão trabalhando para modernizar a gestão, dinamizar os negócios e profissionalizar as empresas de saúde fun-dadas por seus familiares. Na faixa dos 25 aos 35 anos, estes executivos têm to-das as características da geração Y: sabem onde querem chegar, são ávidos por informação, inquietos e, longe de acomodar-se às cadeiras que lhe estão destinadas na es-trutura organizacional, estão sempre em busca de novos desafios e grandes projetos que sejam capazes de satisfa-zer seus anseios profissionais. “Mais do que chefes, estes profissionais contaminam as pessoas com seu espírito de execução. Esta geração é do tipo que põe a mão na massa e lidera pelo exemplo”, define o diretor da empresa de recrutamento Robert Half, Fernando Mantovani. “É uma geração extremamente voltada à informa-ção e que se utiliza de canais amplos para buscá-la. Estes executivos têm alta capacidade de entender contextos e associam temas e ideias rapidamente, mas são questionadores e menos tolerantes a proces-sos e regras restritas que os impeçam de desenvolver seus projetos e fazer mais pela empresa”, analisa o sócio-diretor da empresa de recrutamento Korn Ferry, Rodrigo Araújo, responsável pela prática de Ciências da Vida.Se seus pais eram médicos e usaram este conhecimen-to técnico para fundar os hospitais, os filhos agora buscam formação em administração e negócios para melhorar o desempenho financeiro e operacional destas organizações. “Antes, os hospitais precisavam de conhecimento técnico e poucos eram de grande porte. Com o crescimento destas instituições e o en-velhecimento dos fundadores, as empresas natural-mente se profissionalizaram. O corpo diretor era de médicos, mas foi-se percebendo que o bom técnico não é, necessariamente, um bom gestor”, relembra o diretor da Robert Half. “Agora, a visão da segunda geração é mais preparada. São executivos com mais estudo, que querem o negócio mais estruturado como empresa e estão focados em Fi-nanças, TI e na área comercial”, complementa.Com 32 anos de idade e 10 de experiência no mercado de saúde, o diretor executivo do Hospital Memorial São José, em Recife, Bruno Fernandes Vieira, não foge à re-gra. “Tenho a TI e a gestão por processos como grandes bandeiras no meu dia-a-dia. Um dos meus principais projetos foi a implantação do sistema de gestão da SAP no grupo, em 2000”, conta.Marcelo Fernandes Vieira, que aos 27 anos ocupa o posto de diretor executivo da operadora Santa Hele-na Saúde, também em Recife, tem buscado fortalecer a área comercial. “Nosso plano de saúde é exclusiva-

mente empresarial, o que exige uma relação estreita com o cliente. Por isso, busquei fortalecer da gerência ao pós-atendimento, indo atrás das melhores pessoas. Esta foi a primeira área estruturada depois que eu as-sumi a direção.”Há 12 anos no mercado de saúde, a diretora executiva do Hospital Santa Joana (PE), Juliana Maranhão, tem como marca da geração Y a constante busca por atua-lização. Com especializações em Finanças no Brasil e no exterior, começou sua carreira sem cargo de lideran-ça, apenas observando e apoiando as áreas financeira e contábil da instituição. “Há sempre a dificuldade do insight, de construir seu perfil profissional e encontrar o seu lugar na estrutura familiar. O início não é fácil, mas depois é possível desenvolver as tarefas e ter uma atuação mais direcionada na organização.”Há seis anos no mercado de saúde, depois de cursar ad-ministração na Suíça e já com MBA em gestão de ser-viços de saúde pelo Ibmec, o diretor comercial do Hos-pital Santa Paula, em São Paulo, Roberto Schahin, traz consigo a habilidade de entender diferentes contextos e buscar caminhos convergentes para o setor. “Como há quatro anos nosso hospital tem parceria com o só-cio-fundador da Amil, Edson de Godoy Bueno, passei a observar os dois lados da mesa: o do hospital e o da operadora. Acredito que, buscando a convergência, o sistema pode dar um bom resultado.”No Vale do Paraíba, o diretor de negócios do Hospital Vivalle, Felipe Ciotolla Bruno, mostra que, apesar de herdeiro, a motivação é o que o mantém na instituição. “Um lado meu é de possível herdeiro, mas o outro é o de profissional. Preciso estar em um lugar em que eu seja desafiado e goste de trabalhar, mas não necessaria-mente precisa ser aqui. Hoje minha carreira está amar-rada ao sucesso da instituição. Estou motivado e isso se manterá, desde que eu consiga desenvolver projetos em que acredite e que levem o Vivalle para frente. Se deixar de acontecer aqui, posso ficar como sócio e buscar uma oportunidade no mercado.”

Nova forma de gerirQuando estes profissionais chegam aos altos postos de gerência e direção, a mudança do estilo de gestão tam-bém é grande. “Não é a gestão pela posse de informa-ção. O líder de hoje dissemina e gerencia a informação. Ele precisa ter flexibilidade e resistência à pressão, já que terá cada vez mais cobrança e cada vez menos prazo”, pondera Mantovani. Marcelo transformou a ávida busca por informações em marca de sua gestão à frente da Santa Helena Saú-de. “O acompanhamento das novidades tem que ser muito dinâmico. Na saúde, quem não se atualiza se torna rapidamente obsoleto. Por isso, prezo muito a qualidade da informação.”

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eNteNda a geração YO termo geração Y foi cunhado para definir os nascidos entre o início da década de 1970 e o final da década de 1990. É uma geração que já nasceu com vasto acesso à informação, tem muita familiaridade com tecnologia e utiliza novas mídias e ferramentas de comunicação em seu dia-a-dia, como redes sociais, blogs, mensa-gens multimídia, You Tube, etc. São orientados para o mercado, buscam cedo cursos de especializa-ção e pós-graduação e estão muito ligados à família.Quando ingressam no mercado de trabalho, algumas características marcantes se sobressaem. “Eles têm uma grande dose de energia e bus-cam o pico da carreira rapidamente. Querem crescer, são ambiciosos, al-tamente proativos e lidam bem com a pluralidade entre seus colegas de trabalho. Seu foco está nos resulta-dos e eles esperam que o ambiente de trabalho seja meritocrático. Tam-bém atuam com uma gama mais vas-ta de informação e têm menos aver-são ao risco”, explica Mantovani. Por outro lado, outros aspectos de sua personalidade têm se mostrado desafiadores para as companhias. “Esta também é uma geração de pro-fissionais vulneráveis à mudança, que não se preocupam com estabili-dade ou segurança no emprego. Eles querem seus anseios atendidos em curto tempo e não são leais às orga-nizações em que atuam. Se não en-contram o que querem onde estão, sabem que outras organizações po-dem oferecer novas oportunidades”, diz Araújo. Para o sócio-diretor da Korn Ferry o segredo para lidar com estes profis-sionais é destacar seus pontos fortes e paulatinamente corrigir os pontos fracos. “Deve-se trabalhar para trazer neles as características que chamam a atenção, como a habilidade para tra-balhar com a informação, mas orien-tando-os a ter cuidado com a fonte, explicando o que levar em conta no processo decisório, por exemplo.”

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Outra diferença marcante, exigida até mesmo pelas atuais condições de mercado, com um ambiente mais regulado, clientes mais exigentes e aumento da concor-rência, é a constante renovação das equipes e a busca por profissionais com experiências diversificadas, e não só na área de saúde. “Eles estão recrutando pessoas que já atuaram em diferentes nichos de negócios, para agre-gar novos conhecimentos e visões, que venham a somar neste modelo de gestão. Estes executivos trazem uma perspectiva diferente para as organizações e estão mui-to focados na gestão de pessoas”, explica Araújo.E é este modelo que Felipe começa a implementar no Vivalle. “Na minha administração, estou procurando mudar o comportamento viciado de ter só ter nas equi-pes pessoas da área de saúde. Busco formar um time com as melhores pessoas no que se refere ao perfil e à qualificação. Dos sete profissionais que se reportam a mim, só um é da área de saúde. Os outros vieram da indústria, de hotéis, serviços públicos, etc. Isso é fun-damental para aliar conhecimentos e abrir a cabeça das outras equipes para aplicar os instrumentos de gestão. É preciso trazer conhecimento externo e aliar ao inter-no. O conhecimento específico de saúde é necessário na área médica, mas não é fundamental na área adminis-trativa”, afirma.De acordo com Bruno, no Grupo Fernandes Vieira, a aposta dos sócios é em um modelo de gestão estrutu-rado e profissionalizado. “Hoje o grupo está nas mãos de gestores recrutados no mercado e eu aprendi e atuei com eles na geração deste modelo de gestão estruturado. Saímos de um modelo de hospital fundado por médicos para um modelo de administração de grande empresa.” No Hospital Santa Joana (PE), o grande foco de Juliana é na qualificação das equipes de atendimento e back-office. “Estamos investindo na capacitação dos gestores e fizemos uma parceria com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial. O plano é padronizar as ferramentas de gestão em todos os níveis, com foco na gestão de custos e no orçamento.”As diferenças de personalidade são grandes, as mu-danças na gestão, muitas, mas, como membros da geração Y, estes executivos se mantêm muito ligados à família e prezam experiências e valores definidos pela primeira geração, a dos fundadores. “Para mim, não há valor que pague a experiência do fundador. O mais importante é aproveitar o background da famí-lia, mas não se inf luenciar por experiências negati-vas. Se não soubermos que um determinado projeto ou ideia é impossível, vamos lá e fazemos”, sintetiza Roberto, do Santa Paula.A segunda geração, com um jeito de ser muito diferente da primeira e aliando o respeito aos empreendedores da primeira geração à sua gana por inovação, vem trilhan-do, assim, seu caminho pela Saúde.

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Um novo ambiente de trabalhoCom a profissionalização e a tendência de os executivos da 2ª geração buscarem perfis diversificados para integrar suas equi-pes, a contratação de empresas de headhunters está se tornan-do mais comum no mercado de saúde. Mas, de acordo com o diretor da consultoria Kienbaum, Fausto Domini Alvarez, isso não é o suficiente para garantir o sucesso do novo time de profissionais na organização. “É muito comum as organiza-ções familiares contratarem headhunters e a contratação do executivo não dar certo, o que acarreta em perda de tempo e dinheiro para o profissional e para a empresa”, analisa. Para o especialista, a solução passa por um departamento de Recursos Humanos bem estruturado e por uma visão clara do negócio por parte do corpo diretivo e conselho de administração. “Os departamentos de Recursos Humanos devem avaliar não só quem está dentro da empresa, mas também quem está fora, definindo os tipos de competência essenciais para aquele negócio. Além disso, a avaliação do candidato para um alto posto executivo deve ser diferente. Não é só traçar o perfil psicológico, mas também analisar o poder de entrega e o alinhamento das competências. Desta forma, o executivo já entra com pleno desenvolvimento para se adaptar ao perfil da companhia e ter sucesso. Os respon-sáveis pela contratação também devem acompanhá-lo, para avaliar seu processo de adaptação”, explica.

Depois desta fase, também contará muito para manter o exe-cutivo motivado um processo claro de avaliação. No hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, a consultoria Kienbaum, junto com os principais executivos do corpo diretor, definiu as competências essenciais para cada área e cargo do hospital e construiu um processo de avaliação de desempenho. “Reuni-mo-nos com o diretor geral, subdiretores e com as áreas de de-senvolvimento, recrutamento e remuneração do departamen-to de Recursos Humanos. Depois das definições, realizamos cinco workshops com os clientes, ou seja, os profissionais, para mapear as pessoas e suas necessidades. O projeto foi validado pelo conselho diretor e está pronto para ser implantado.”Para Alvarez, ter um processo claro de feedback é funda-mental para o sucesso da instituição e de seus profissionais. “As pessoas precisam saber o que o hospital espera. Neste caso, o resultado da avaliação se transforma em um plano de desenvolvimento dinâmico, que trará ganhos para o hospital, mas benefícios ainda maiores para as pessoas.”Mas o sucesso da empresa e do executivo não estão liga-dos apenas a um bom processo de contratação e avaliação de competências e desempenho. A organização precisará, também, se preparar para oferecer um ambiente de trabalho que permita ao profissional de mercado aplicar seus conhe-cimentos e desenvolver novos projetos. “O executivo se sente

atraído por este ambiente, que lhe permite aplicar todo o seu know how e atingir resultados expressivos no curto prazo. Por outro lado, no caso em que a gestão ainda é familiar, o que o desestimula são as mudanças intempestivas e o fato de o profissional estar sempre sujeito ao dono. O que complica é a ingerência”, analisa Mantovani, da Robert Half. Por isso, é fundamental mostrar para o mercado que a ins-tituição tem uma regra clara e objetiva, que é sempre cum-prida, e que privilegia a competência, independente do so-brenome. “Além disso, o empreendedor precisa aprender a cobrar apenas metas e prazos. Ele tocaria os negócios de uma maneira diferente, mas o executivo tem a sua e esta mudança pode ser saudável para a instituição”, analisa.Araújo, da Korn Ferry, destaca outro desafio: manter a coesão em um time que agora passa a contar com profis-sionais com diferentes experiências no mercado de traba-lho e também diferentes necessidades de conhecimento. “O grande desafio é como garantir a efetividade do time e manter uma equipe coerente, apesar dos perfis diferentes. O segredo é fortalecer aspectos técnicos para quem não é de saúde e fornecer instrumentos de gestão para quem já tem o conhecimento técnico da área, além de congregar estas diferentes visões e opiniões e traduzi-las da forma mais adequada para o ambiente de trabalho”, conclui.

É muito comum as organizações familiares contratarem headhunters e a contratação do executivo não dar certo, o que acarreta em perda de tempo e dinheiro para o profissional e para a empresa

Fausto Domini, da Kienbaum

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Alinhando a experiência da família com o conhecimento e ferramentas de gestão adquiridos no investimento em formação profissional, os novos gestores hospitalares sabem onde querem chegar. Conheça aqui os perfis de alguns desses executivos que já pensam em formas de transformar a saúde

A Nova Geração

Gestão por processos

Há 10 anos atuando em saúde, o diretor executivo do Hospital Memorial São José, Bruno Fernandes Vieira, tem como grandes pontos de interesse em sua carreira a TI e a gestão por processos.Em 2000, o executivo foi responsável pela im-plantação do sistema de gestão da SAP no Grupo Fernandes Vieira e, desde então, vem pautando sua atuação com uma gestão focada em indicado-res e resultados.“Esta gestão por resultados e as melhores práticas assistenciais nos levaram à liderança no polo mé-dico do Recife e do Nordeste. Estamos em franco crescimento”, conta.Com Planejamento Estratégico definido até 2011 e alinhado com os acionistas e seus próprios in-dicadores operacionais, o Memorial São José tam-bém vem aprimorando suas práticas de governança corporativa, com balanços auditados há 10 anos e a profissionalização nos altos cargos de gestão. “O

hospital caminha para a total profissionalização. Acredito que a família tende a sair da operação e ir para a estratégia. O papel do acionista é pensar no que agrega valor. No futuro, não me vejo saindo totalmente dos negócios da família, mas sim atu-ando como um facilitador e incentivador da pro-fissionalização.”Mas, por enquanto, Bruno não pensa em deixar suas funções executivas no hospital. “Vivo um mo-mento profissional muito rico. Gosto do que faço, me sinto confortável neste ambiente, a empresa está crescendo e eu estou amadurecendo profissional-mente. Ainda tenho minha contribuição a dar nos próximos cinco a 10 anos.”Desde que ingressou no mercado de saúde, Bruno avalia ter acompanhado uma “transformação radi-cal na saúde”. “Os hospitais eram gerenciados com a cabeça do médico e agora estão sofrendo uma remo-delação com foco em resultados”, relembra.

Para o executivo, a gestão evoluiu, mas dois pon-tos críticos ainda atravancam o crescimento do setor hospita lar. “É preciso repensar a tributação e a f iscalização dos hospitais f i lantrópicos. Eles gozam dos benefícios, mas poucos efetivamente cumprem as regras da fi lantropia , o que leva a uma concorrência desleal e desequilibrada en-tre as instituições privadas. Outro ponto grave e que amarra o crescimento do setor é a lei que proíbe investimentos estrangeiros nos hospitais . É preciso derrubar esta lei para que os hospitais atinjam um desenvolvimento financeiro com-patível com o mercado. Estas instituições são empresas de mercado e merecem esta oportu-nidade. Senão, a lei cria um cenário injusto: as operadoras recebem investimentos estrangeiros e constroem hospitais de rede própria , mas os demais f icam sem esta opção, o que gera dese-quilíbrio no mercado”, conclui.

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FOCO EM PESSOAS

Há 12 anos atuando no mercado de saúde, a diretora executiva do Hospi-tal Santa Joana, em Recife, Juliana Maranhão, aposta na capacitação pro-� ssional como ferramenta para melhorar o desempenho da instituição. Formada em Administração pela Universidade de Pernambuco (UPE), ela investe constantemente no aprimoramento de seus próprios conhe-cimentos e, além de pós-graduada em Finanças Corporativas pela Uni-versidade Federal de Pernambuco (UFPE), participou de diversos cursos em gestão de negócios. “Em uma destas especializações, passei quatro meses em Londres e agora sinto necessidade de focar em cursos especí-� cos, como custos hospitalares e gerenciamento de projetos, já que meus esforços estão concentrados nestas áreas”, explica.Com o planejamento estratégico do hospital concluído, percebeu-se a neces-sidade de investir na capacitação dos gestores. “Fizemos uma parceria com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial (INDG) para padronizar as ferramentas de gestão e criar metodologias de trabalho em todos os níveis, incluindo a área médica, com foco em gestão de custos e orçamento.”E estes novos conhecimentos serão cruciais nas próximas etapas pelas quais passará o Santa Joana. Além de estar em busca da acreditação da Joint Commission International, o hospital se prepara para inaugurar, em 2010, um novo andar de UTI e leitos semi-intensivos e aumentar de 20% a 25% sua capacidade operacional. “O mercado está em crise, com achatamento da receita líquida e crescimento de despesas de forma desproporcional, mas quem tem uma perspectiva mais de futuro e condições de investir, sobrevive”, avalia a diretora executiva.Com projetos como estes, seu futuro pro� ssional está, pelo menos a mé-dio prazo, vinculado à empresa da família. “Nos próximos quatro anos, me vejo 100% inserida no hospital. Tenho missões a cumprir e quero ver estes projetos consolidados. Como a organização faz parte da minha vida e, de uma certa maneira, me pertence, minha motivação é por resultado e pelo futuro da gestão.”Por outro lado, o processo de pro� ssionalização pelo qual passa o Grupo Fernandes Vieira abre a possibilidade de criar um conselho de família, que se tornaria responsável pelas estratégias da organização e se afastaria dos cargos executivos. “A saída da família da operação ainda é um assunto incipiente, os sócios-fundadores trabalham aqui. Acho que a pro� ssio-nalização é uma tendência e deve acontecer, mas de forma natural. Não descarto esta hipótese. Hoje, por exemplo, os � lhos dos sócios atuam na empresa, mas já determinamos que os netos não vão atuar”, revela.

Foto: Sérgio Figueirêdo

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Foto: Sérgio Figueirêdo

PLANO DE CRESCIMENTO

Com atendimento exclusivo a planos empresariais, dois hospitais pró-prios, unidades de pronto atendimento em Paulista, Olinda e Cabo de Santo Agostinho, a operadora Santa Helena Saúde, de Recife, há um ano e meio está sob gestão de Marcelo Vieira, de 27 anos. Formado em administração pela Universidade de Pernambuco (UPE) e com pós-graduação em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas, o execu-tivo tem se interessado, principalmente, por novidades tecnológicas e na área de Recursos Humanos. “Estou sempre estudando e buscando novas opções. Vou a feiras e con-gressos de saúde, incluindo a Medica, em Dusseldorf, na Alemanha, e busquei formar uma equipe forte para cooperar nas operações adminis-trativa e � nanceira.”Marcelo destaca como particularidade de sua gestão uma visão mais de-partamentalizada da companhia. “Acredito que isso organiza o conheci-mento e torna as áreas e funções mais claras. Uma diretoria de operações foi criada e hoje é gerida por um executivo que acumulou mais de 20 anos de experiência na saúde suplementar, atuando na operação regional da SulAmérica. Também estruturamos as diretorias administrativa e � nan-ceira e reforçamos a direção médica nos hospitais da operadora, para for-talecer ainda mais o atendimento.”Os planos pro� ssionais do diretor executivo são ambiciosos. “Desde que entrei, há um ano e meio, registramos um aumento de 30% tanto na recei-ta, como na carteira de clientes. Foi um resultado muito bom, mas este é só o primeiro passo. Quero ver a evolução constante dos negócios e espero crescer na organização.”E, por crescimento, Marcelo não se refere apenas à operadora, já que o Grupo Fernandes Vieira hoje também é proprietário de serviços de diag-nóstico, hospitais, uma companhia de táxi aéreo e até mesmo uma fazenda de camarões. “Estou muito sintonizado com os outros negócios da área de saúde, como os serviços de diagnóstico e os médico-hospitalares. Vislum-bro um cenário em que participo dos outros empreendimentos e também crio novas oportunidades para o grupo. Podemos criar o novo dentro do que já existe. Os hospitais da operadora, por exemplo, têm potencial para se tornarem independentes.”Na operadora, a grande meta é reduzir a sinistralidade para conter os cus-tos. “Apostamos no preventivo. Queremos antecipar o sinistro com uma gestão efetiva dos pacientes crônicos. Esta será nosso grande trunfo para ter um cenário de custos menores.”

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VISÃO INTEGRADA

Como é cada vez mais comum entre os altos executivos, especialmente entre os que estão na faixa dos 30 anos, o diretor comercial do Hospital Santa Paula, Roberto Schahin, buscou as melhores opções para sua for-mação pro� ssional. “Cursei administração na Franklin College, na Suí-ça, e � z MBA de gestão em serviços de saúde no Ibmec, em São Paulo.”Há seis anos no Santa Paula, Roberto teve como um de seus principais projetos a implantação do sistema Tasy, da Wheb Sistemas, em todas as áreas do hospital. “Gosto muito de TI em Saúde e acredito que esta é a ferramenta para gerir informações no hospital. Foi um grande percur-so, em que criamos planos de contingência para não parar a operação e garantir a integridade das informações e trabalhamos a cultura dos usuários, que precisavam se sentir seguros com a transição para este sistema”, relembra.Hoje, o hospital, localizado em São Paulo, está 100% informatizado, da recepção ao centro cirúrgico. “Poucas instituições têm o controle da gestão dos leitos e da movimentação do paciente que nós temos. Temos o prontuário eletrônico na tela, até mesmo no centro cirúrgico.”O executivo começou a atuar no setor num momento em que as opera-doras ainda sentiam os re� exos da promulgação da lei 9.656, que criou a ANS e regulamentou a saúde suplementar, o que levou a uma escas-sez ainda maior de recursos. “Todo mundo estava sem dinheiro, foi uma época muito ruim. O Santa Paula tinha acabado de fazer uma série de investimentos e precisou recorrer a bancos. Depois disso, adotamos di-versas mudanças para prosperar e garantir a continuidade dos negócios.”Entre as mudanças, o hospital passou a contar com o fundador da Amil, Edson de Godoy Bueno, como sócio, há quatro anos. “A sociedade com uma grande corporação trouxe um aspecto mais pro� ssionalizado ao negócio e me permitiu entender os dois lados do mercado. Agora espe-ro me diferenciar, ajudando o sistema de saúde não só no âmbito pri-vado, mas também na área política do setor. E, no futuro, assumir a presidência do Santa Paula.”Com esta visão integrada do sistema de saúde, da fonte pagadora ao pres-tador de serviços, Roberto acredita que a consolidação que já está aconte-cendo entre as empresas de medicina de grupo, se tornará uma tendência também entre os hospitais. “Acredito que haverá menos players. Não vai ser tão fácil manter os hospitais num mercado mais concentrado, com cinco ou seis compradores de serviços principais. Acho que a maioria dos hospitais privados vai ser verticalizada ou ligada à � lantropia”, estima.

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EXPERIÊNCIA FORA DE CASA

Quando Felipe Ciotola Bruno ingressou na faculdade, sua família ainda não era proprietária de um negócio que ele pudesse, um dia, gerenciar. Seu pai, Paulo Maurício Chagas Bruno, tinha acabado de deixar a clínica em São José dos Campos da qual era sócio e o Hospital Gastroclínica, que mais tarde viria a se chamar Vivalle, só seria inaugurado em 2000.“Fiz a faculdade sem existir a opção de trabalhar na empresa da família e, em 1998, comecei a construir minha carreira na área � nanceira, traba-lhando no banco de investimentos ABN. Na época, eu não via um hospi-tal como um bom negócio para trabalhar e ganhar dinheiro”, relembra.Formado em Administração de Empresas pela Fundação Armando Ál-vares Penteado (Faap), em São Paulo, em 2000, três anos depois, com 25 anos, Felipe já buscava novos desa� os. “Eu estava com uma posição alta no ABN e ainda demoraria a dar o próximo passo. Então, decidi fazer um MBA na Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA).”Nesta época, o outro sócio do Hospital Gastroclínica decidiu vender sua parte no negócio e a família solicitou a ajuda de Felipe para fazer os cálculos de vendas das ações. “Foi aí que comecei a enxergar o setor com outros olhos. Me interessei pela área de saúde e, no primeiro se-mestre do segundo ano do MBA, comecei a participar também como ouvinte das aulas de saúde pública. Amadureci a ideia de trabalhar na área e apresentei uma estratégia para o hospital. A família topou e, em 2006, saí do banco para implementar esta estratégia de posicionamen-to baseada em qualidade percebida por médicos e pacientes, utilizando ferramentas de gestão já comuns em outros setores do mercado, mas que nem sempre são aplicadas na saúde.” Hoje, com mais experiência no setor, o diretor de negócios e supe-rintendente do Vivalle acredita no potencial do mercado da saúde no Brasil, mesmo com o baixo crescimento do número de vidas no setor suplementar. “Embora o número de vidas não seja crescente, os pa-cientes utilizam um número cada vez maior de serviços, o que amplia o mercado para os hospitais.”Por outro lado, o executivo destaca que, se as decisões não forem tomadas de forma pragmática, as consequências do aumento da demanda podem ser graves para o sistema como um todo. “A decisão em saúde ainda é muito baseada na emoção e tende a bene� ciar mais o indivíduo do que a sociedade. A judicialização, que hoje é um pequeno problema, pode � car muito grande e, aliada à escassez de recursos, tornar esta demanda cres-cente insustentável”, conclui.

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Ar t igo

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InstItuto de ensIno e PesquIsa:foco no desenvolvimento de pessoas

Genésio Körbes é administrador hospi-

talar, com MbA em Gestão empresarial pela

Universidade Vale dos sinos (Unisinos) e é

diretor do Hospital bandeirantes (sP)

o apoio ao ensino e à pesquisa é uma prática que se consolida em muitos hospitais brasileiros. essa é uma prática que contribui de maneira significativa para o desenvolvimento de pessoas, o fortale-cimento da imagem da organização e a atualização e qualidade dos serviços oferecidos.Hospitais que mantêm esse setor apresentam uma vantagem competitiva na preparação de seus colaboradores, sejam eles integrantes do corpo clínico e das equipes multidisciplinares ou atuantes nas áreas administrativas e de apoio operacional. no seu eixo ensino, pode atuar como parceiro do setor de recursos Humanos e alavancar a preparação e capacitação de profissionais e a geração e difusão de conhecimento.isso se dá por meio de inúmeras ações, desde atividades de educação continuada considerando as particularidades e necessidades de cada perfil profissional existente na instituição até o aprimo-ramento profissional, com programas de pós-graduação in company na área assistencial, gerencial e de gestão, com forte caráter prático. isso sem contar serviços básicos como o estímulo à inclusão digital dos setores operacionais e disponibilização de conhecimento para os colaboradores das principais bases de informações científicas, periódicas e bancos de dados on-line, bem como livros, audiovisual, revistas e artigos científicos.indo um pouco além, em alguns hospitais o instituto de ensino e Pesquisa promove treinamentos por simulação, o que contribui de maneira significativa para o aprimoramento profissional e a qualidade na assistência.o aperfeiçoamento intelectual, profissional e experimental dos médicos e equipes multiprofissio-nais também está no cerne da atuação do ieP, em especial no eixo que diz respeito à PesQUisA. na prática, isso inclui apoio à realização de estudos multicêntricos, à pesquisa clínica e acadêmica e à publicação de trabalhos científicos em congressos nacionais e internacionais e realização de programas continuados de atualização médica e assistencial. Ganham os profissionais, que encon-tram um cenário propício ao aprimoramento pessoal e profissional, e ganha a comunidade, através da busca de soluções para os desafios impostos pela medicina, na forma de novas técnicas e proce-dimentos validados por meio da pesquisa clínica conduzida de acordo com as diretrizes oficiais.Já o eixo da eXTensÃo trata da discussão de temas atuais e relevantes para o aprimoramento das equipes multiprofissionais, por meio da realização de simpósios, cursos, palestras, reuniões clínicas e científicas, bem como cursos destinados às áreas assistenciais, ao corpo médico e às áreas administrativas e operacionais. esse pilar não se restringe ao público interno, pois pode incluir também a promoção de atividades sociais com vistas ao esclarecimento da população sobre temas de saúde e qualidade de vida, sempre com foco na prevenção. o seu hospital tem um Centro ou instituto de ensino e Pesquisa estruturado e em sintonia com os objetivos estratégicos da instituição? Pense nisso. investir na formação de pessoas, na construção do conhecimento e na evolução da medicina pode contribuir, e muito, para a representatividade de sua organização no cenário hospitalar.

No seu eixo ensino, o instituto pode atuar como parceiro

do setor de Recursos Humanos e alavancar a preparação e

capacitação de profissionais e a geração do conhecimento

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S a ú d e B u S i n e S S S c h o o lO s m e l h O r e s c O n c e i t O s e p r á t i c a s d e g e s t ã O , m a r k e t i n g e v e n d a s a p l i c a d O s à s u a e m p r e s a

m ó d u l O 9

Sete paSSoS para atranquilidade Jurídica

© 2008, ADVANCE Marketing Ltda.Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/98.Nenhuma parte desse livro, sem autorização prévia e por escrito da ADVANCE Marketing, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

Este caderno pode ser destacado

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i n t r o d u ç ã ocoM o oBJetiVo de aPoiar a ProFiSSionaliZação e o deSenVolViMento do Setor, a unidade SetoreS e neGÓcioS/Saúde da it MÍdia traZ MaiS eSta noVidade Para VocÊ.

planejamento de negócios, com base no conteúdo apresentado, terão a oportunidade de apresentar suas propostas a um fundo de investimentos, na busca por aporte de capital.além do conteúdo veiculado na versão impressa da Fornecedores hospitalares, os participantes podem acessar o hotsite da saúde Business school no endereço www.revistafh.com.br/businessschool. no site, está disponível para download o material prático, além de informações sobre cada fase do projeto, acesso aos módulos já publicados e indicações de leituras complementares.

O projeto saúde Business school é uma iniciativa da revista Fornecedores hospitalares em parceria com a advance marketing, empresa de treinamento

e consultoria em gestão, vendas e marketing. O objetivo é prover às empresas do setor de saúde um conteúdo aprofundado sobre gestão de negócios, elaborado por especialistas renomados no assunto e composto de apresentação teórica, caso de sucesso e material prático de apoio, de forma a contribuir para a profissionalização da companhia.desenvolvido em 12 módulos, o projeto segue de janeiro a dezembro de 2009, publicado mensalmente na Fornecedores hospitalares. ao final do ano, as

empresas que participarem de todo o processo de formação e concluírem o seu

o ProJeto enVolVe oS SeGuinteS teMaS:

módulo 1 – empreendedorismo em sete passos

módulo 2 – planejamento estratégico

módulo 3 – planejamento de recursos humanos

módulo 4 – planejamento de marketing

módulo 5 – planejamento e controles Financeiros

módulo 6 – planejamento e gestão de vendas

módulo 7 – Organização empresarial

módulo 8 – sete passos do gerenciamento de projetos

módulo 9 – sete passos para a tranquilidade Jurídica

módulo 10 – Fusão, aquisição e alianças estratégicas

módulo 11 – planejamento de distribuição

módulo 12 – plano de negócios e busca de capital para crescimento

M Ó d u l o 9Sete PaSSoS Para a tranqüilidade JurÍdica

passo 1 – sociedades – como estabelecer e desmancharpasso 2 – como proteger sua propriedade intelectualpasso 3 – verdades e mitos com assinaturas de contratospasso 4 – venda de serviços e o código do consumidorpasso 5 – desenvolva o cronograma junto com quem põe a mão na massapasso 6 – cuidados com ações trabalhistaspasso 7 – erros mais comuns e melhores práticas

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Por dr. henrique França

S e t e Pa S S o S Pa r a a t r a n q ü i l i d a d e J u r Í d i c a

no mundo empresarial moderno, dentre as diversas situações que fazem parte do dia-a-dia do empresário dinâmico, os aspectos jurídicos são uma parte importante desse cotidiano. O correto entendimento da legislação interessa para quem tem a missão de ser sempre competitivo e estar atualizado sobre as várias tendências tecnológicas, independentemente do ciclo de vida em que se encontra a empresa, seja em estágio nascente ou avançado. a seguir, encontram-se algumas questões empresariais frequentes e uma breve análise jurídica.

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oS 7 PaSSoS Para a tranqüilidade JurÍdica:

PaSSo 1 – SociedadeS – coMo eStaBelecer e deSManchar

lembramos que a propriedade intelectual se divide em duas áreas básicas: • propriedade industrial (que trata de marcas e patentes) e• direito autoral, que protege direitos artísticos, literários e direitos de propriedade

de software. existem duas leis básicas de direito autoral, a lei 9.609/98, a chamada “lei do software”, que trata especificamente de programas, enquanto a lei 9.610/98 trata da proteção de dados, textos, sons e imagens, além de outros aspectos da matéria.

como proteger esses ativos? existem algumas formas que a lei do software estabelece: • a primeira é o “contrato de licença de uso de software”. através do contrato

é possível demonstrar que o autor e detentor do código fonte pode obter uma remuneração na forma de royalties, a serem pagos pelo usuário de tal solução desenvolvida;

• a segunda é qualquer outra comprovação de autoria mediante a sua publicação a terceiros. assim, no momento em que existe a exteriorização da comprovação de autoria ela estará provada, a menos que alguém possa fornecer alguma prova que conteste esta autoria, sem que haja a necessidade de qualquer registro de tal software em qualquer órgão de registro governamental, de acordo com as convenções de Berna e convenção universal de direito autoral.

• existe, ainda, a possibilidade de o autor efetuar o registro do software no instituto nacional de propriedade industrial (inpi). no entanto, tal registro não servirá para comprovar a autoria do software.

a paternidade do direito é perpétua, contudo, os direitos de exploração econômica a serem protegidos são limitados por 50 anos, contados a partir de primeiro de janeiro do ano subsequente ao de sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação. no Brasil não se admite a patente de software. diferentemente de outros países onde é perfeitamente possível requerer a patente de um software, como nos eua. em relação a marcas, a proteção da mesma deve ser renovada de 10 em 10 anos, no inpi – instituto nacional de propriedade industrial.

PaSSo 2 – coMo ProteGer Sua ProPriedade intelectual

inicialmente, antes de entrar em alguns temas mais específicos de empresas ou “conceitos societários”, vamos falar de dois momentos importantes da vida da sociedade, ou seja, antes e depois de quando nasce o negócio.primeiramente, antes de nascer o negócio e a sociedade, o que acontece é a busca de um sócio, seja ele atuante ou não. como achar o sócio ideal? Quantos sócios deve ter uma empresa bem-sucedida? cada um de nós tem uma forma diferente de encontrar uma resposta e não existe uma fórmula geral para isso. O que existe são critérios objetivos como a complementaridade técnica, onde cada sócio completa o outro naquilo que tem de melhor, o passado profissional e a confiança pessoal.depois de termos escolhido o sócio, é importante ter a noção do momento correto de se iniciar um negócio, especialmente quando se está desligando de uma estrutura já montada, onde tudo acontece de forma engrenada. se possível, você deve tentar uma negociação que propicie uma condição econômica financeira favorável de saída, para dar fôlego ao difícil começo da nova sociedade. no caso de desligamento de estrutura anterior, lembre-se que existem muitas informações sigilosas e você deverá manter a ética e o devido sigilo. em alguns casos a empresa exige, contratualmente, o sigilo de suas informações por um determinado prazo.casos de dissolução também podem ser abordados no contrato social, por exemplo, a separação de um dos sócios: embora a lei não preveja uma regra para esse caso, é oportuno que se tenha uma cláusula no contrato social estipulando que os sócios somente poderão exercer cargos de direção com a aprovação da maioria, fazendo que na hipótese de separação e partilha de bens as quotas sociais não representem um atrativo para o cônjuge.

1. É fundamental assinar um contrato sempre que fecho um negócio? sim. se não tiver contrato não posso cobrar o que tenho a receber.

2. um contrato que assino com alguém vale perante terceiros também?só valerá perante terceiros se o contrato for registrado no “cartório de títulos e documentos”.

3. Quando um contrato é considerado legalmente válido? um contrato tem que ter necessariamente três requisitos: • declaração válida de um representante da empresa – a assinatura de, no mínimo, um

representante da empresa que está contratando• O objeto do contrato não pode ser ilegal. O objeto do contrato é onde se estabelece o que

se pretende contratar• Formato adequado – uma simples folha de papel ou similar, exceto no caso venda de

imóveis e outras poucas exceções a falta de um dos requisitos acima fará com que o contrato “legalmente” não tenha valor!

4. É válido um contrato apenas verbal, “de boca”, no “fio do bigode”? sim, desde que se possa provar em juízo, com testemunha, o contrato pode ser considerado válido. É recomendado? não, dá muito trabalho, custa muito tempo e dinheiro para se provar durante uma disputa judicial.

5. uma propaganda feita através de folheto é considerada uma oferta e afeta os contratos que serão feitos para esta oferta?

sim, os contratos que forem relacionados a esta propaganda ou oferta, deverão, na prática, expressar o mesmo conteúdo, não podendo haver conflito entre os termos da oferta e o contrato.

6. se eu fizer simplesmente uma oferta, eu estarei me obrigando por ela?sim. de acordo com o código do consumidor, uma oferta aceita pelo consumidor obriga o fornecedor de serviços ou produtos. em caso de recusa do fornecedor no cumprimento do objeto da oferta poderá resultar em uma ação judicial.

7. Quem pode assinar contratos por uma empresa? são as pessoas que estão indicadas como representantes da mesma no “contrato social” da empresa - no caso de uma empresa tipo “ltda.”

8. O que é um contrato de adesão? É um contrato que tem um formato fixo. não há discussão de suas cláusulas entre as partes. Ou seja, as partes assinam sem qualquer negociação, questionamento ou não tem negócio.

9. todo contrato tem que ter testemunha? sim, a lei exige.

10. uma carta pode ser considerada um contrato? sim, desde que tenha os três requisitos citados na questão 3.

11. Quando pode ser assinado um contrato “por procuração”? esta procuração tem que estar prevista no contrato social da empresa que outorgou tal procuração, ou seja, o contrato social da empresa deve permitir que esta procuração seja emitida.

12. assinar uma “carta de intenções”, “letter of intent” ou “memorando de entendimentos” tem a mesma eficácia (força jurídica) de um contrato? Ou seja, é a mesma coisa que assinar um contrato com alguém? depende dos termos do documento.

PaSSo 3 – VerdadeS e MitoS coM aSSinaturaS de contratoS

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com vistas à diminuição de custos, aumento de market share e implementação de estratégias competitivas, as fusões e aquisições tendem a crescer cada vez mais no mundo corporativo. uma vez iniciado este processo de concentração de empresas, através do qual em sua maioria se verifica uma melhoria gerencial, econômica e financeira, notam-se algumas possíveis consequências práticas frequentes: • controle rígido: logo após uma aquisição, é de se esperar que a empresa que adquiriu imponha o seu ritmo e métodos de trabalho. de qualquer forma, deve ser respeitada a organização interna da adquirida, pois grande parte dessa sistemática, em geral, pode ser aproveitada. assim, deve ser efetuado um minucioso inventário das práticas existentes para que esse aproveitamento seja mais eficaz;• choque de culturas: inevitavelmente, haverá um conflito entre a antiga e a nova administração, que deverá ser gerenciado da melhor forma possível de modo a não interferir negativamente no desempenho do resultado da empresa;• aumento da transparência: tendo em vista que os vários processos internos de funcionamento e grande parte da documentação, em tese, passaram por minuciosa revisão dos interessados, é importante que se assegure que todo e qualquer documento ou informação sigilosa se mantenha dentro dos limites de divulgação pré-estabelecidos contratualmente.na aquisição, se houver mais de 20% do mercado relevante, deve ser feita prévia consulta ao órgão de defesa da concorrência, o cade (conselho administrativo de defesa econômica), para que esse órgão manifeste ou não eventual oposição a tal fechamento de negócio.na cisão, como parte de sua operacionalidade, deve ser elaborado o chamado “protocolo de cisão”, que representa um roteiro da Operação. nesse documento deve estar discriminado a porção do pl (patrimônio liquido) que foi vertida e os respectivos critérios, que devem ser validados por laudo de avaliação econômica assinado por economista – o qual pode ser usado também por ocasião da separação de sócios e preparação para uma futura venda.

PaSSo 5 – deSenVolVa ocronoGraMa Junto coMqueM Põe a Mão na MaSSa

1. na venda de serviços, podem ser aplicadas algumas penalidades para quem não cumpre as normas do código de defesa do consumidor, que estabelece várias regras nas chamadas relações de consumo:• O código de defesa do consumidor prevê sansões de natureza administrativa, civil e penal, que podem ser aplicadas separadas ou simultaneamente• as penalidades de natureza civil se referem a dano que tenha sido causado por defeito ou característica do produto2. existem algumas obrigações da empresa que são importantes para que não exista um abuso ao consumidor, ou seja: • não condicionar o fornecimento de produto ou serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço;• não condicionar o fornecimento a quantidades limitadas sem justa causa, tipo “cada consumidor só pode levar 5 peças”, se existe uma grande quantidade em estoque.3. Outra obrigação da empresa é fornecer informação adequada sobre os produtos, ou seja, a empresa tem o dever de prestar informações claras e precisas em língua portuguesa sobre as características, qualidade, quantidade, preço, garantia, prazos de validade – isso não significa que não pode haver algumas palavras em outro idioma, por exemplo, em inglês. O importante é que não se perca o significado geral das informações que o consumidor deve ter para usar adequadamente o produto. no caso de software, determinados documentos escritos podem estar em língua estrangeira, desde que exista uma advertência ostensiva na embalagem do produto informando que o consumidor deve ter um certo nível de conhecimento de determinada língua. por exemplo, no caso de software de programação ou uso empresarial.4. publicidade enganosa ou abusiva: É dever da empresa veicular publicidade de forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique (art.36 cdc). a empresa deve manter em seu poder dados técnicos que sustentam a mensagem publicitária. manter em seu poder dados que comprovem afirmações tipo “a cada 2 minutos um Office Xp é vendido no mundo”. • publicidade enganosa – É aquela que induz o consumidor a comprar um produto que não preenche as necessidades almejadas pelo consumidor;• publicidade abusiva – Qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou de qualquer modo. seja capaz de induzir o consumidor em erro acerca de características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço ou qualquer outro dado relevante. 5. no caso do não cumprimento de publicidade o consumidor poderá:• exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta ou publicidade• aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente•rescindir o contrato, direito à restituição de quantia eventualmente paga, monetariamente atualizada e perdas e danos6. arrependimento – para compras via internet, por exemplo:• “art.49 do cpc: O consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento de produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos ou serviço ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.” • “ se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.”

PaSSo 4 – Venda de SerViçoS e o cÓdiGo do conSuMidor

PaSSo 3 – VerdadeS e MitoS coM aSSinaturaS de contratoS

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c a S o d e S u c e S S oreSPeito PeloS liMiteS de leGalidade O departamentO JurídicO da Blausiegel cOnta cOm cincO advOgadOs atuandO nas áreas dO direitO dO cOnsumidOr, direitO sanitáriO, incluindO área de regulatóriO, licitações púBlicas, cOmercial, amBiental, direitO dO traBalhO, triButáriO e sOcietáriO thaia duó – [email protected]

Pa S S o 6 – c u i d a d o S c o M a ç õ e S t r a B a l h i S ta S

hoje em dia, por diversas razões, existem vários fatores que motivam as empresas a não efetuarem o registro de seus colaboradores, mas sim optam pela terceirização de mão-de-obra, que traz vantagens de custo para as empresas. porém, essa terceirização não está isenta de riscos. existe, sim, o risco trabalhista na terceirização, uma vez que os prestadores de serviço, pela proximidade e envolvimento em que estão junto a tais empresas, podem pleitear perante a Justiça trabalhista. a decorrência deste risco trabalhista é uma responsabilidade da subsidiária da empresa tomadora dos serviços, caso a empresa contratante não cumpra com suas obrigações perante seus empregados. uma solução que visa amenizar tal risco, é a prática de se efetuar a chamada “due dilligence”, preferencialmente mensal no que se refere à documentação dos parceiros empregadores, ou seja um controle rígido na atualização da documentação necessária para a sua operação. em relação à caracterização do vínculo trabalhista, temos os seguintes critérios: subordinação hierárquica, subordinação de horário, habitualidade e pessoalidade. “Os profissionais que trabalham para um mesmo empregador com habitualidade, subordinação hierárquica, nas dependências do empregador e mediante recebimento de salários, é um empregado nos termos da clt, ainda que trabalhe sob um contrato de prestação de serviços.”

PaSSo 7 – erroS MaiS coMunS e MelhoreS PráticaS

todo o negócio, seja quando se inicia uma parceria para uma futura constituição de uma empresa ou quando se adquire ativos para a expansão do negócio precisa de cOntratOs. nesse sentido, é importante que todos os negócios estejam devidamente documentados por contrato para que se possa pedir uma indenização ou cobrar a falta de pagamentos por conta destes. então, podemos determinar algumas possíveis práticas contratuais que podem auxiliar o empresário na condução de seus negócios e sucesso de sua empresa:• É sempre vantajoso mostrar que sua empresa respeita, através de contratos, as normas ao consumidor. isso garante de antemão um ganho de imagem corporativa;• mostrar que o contrato está vantajoso para ambos os lados, ou seja, ninguém será prejudicado e não existe abuso do fornecedor em qualquer aspecto;• tornar o contrato fácil de vender, ou seja, incorporar termos que refletem o que o mercado ou setor pratica em termos de condições de risco comercial; • uma vez iniciado o negócio, existe finalmente a chance de fazer “rodar a máquina” do nosso jeito, implementando técnicas e métodos próprios, podendo não repetir eventuais erros do passado na estrutura anterior. através do contrato social (sendo uma ltda.) são criados os direitos e obrigações entre os sócios e destes para com a sociedade. É ai que se define toda a estrutura de poder e organização da empresa. assim, serão definidos quais serão as atribuições de cada sócio na gestão da empresa, de acordo com os respectivos talentos, sendo altamente recomendado que haja uma grande interação e troca de informações entre os sócios sobre o dia-a-dia da empresa e dificuldades existentes com transparência total;• no caso de abuso de personalidade jurídica, ou seja, gerar confusão patrimonial ou desvio de finalidade, pode haver comprometimento dos bens particulares dos sócios ou administradores. O sócio responsável por perdas e danos será aquele que tiver interesse contrário ao da sociedade e/ou a aprovação do ato danoso - obtida graças ao seu voto. Já no caso de administradores, responde por perdas e danos perante a sociedade aquele que agir em desacordo com a maioria. Os administradores respondem por culpa no desempenho de suas funções, além de responder pessoalmente se praticarem qualquer ato sem que tenham poderes para tanto.

de importadora de preservativos a indústria farmacêutica. assim se define a Blausiegel, empresa que tem o departamento jurídico como um importante braço para a consecução dos principais objetivos da empresa na medida em que permite que os planos gerenciais elaborados sejam corretamente aplicados e executados, respeitando os limites de legalidade. com cinco advogados atuando nas áreas do direito do consumidor, direito sanitário, incluindo área de regulatório, licitações públicas, comercial, ambiental, direito do trabalho, tributário e societário, o departamento jurídico da Blausiegel nasceu junto com a indústria. “não é possível construir uma empresa massivamente atuante no mercado farmacêutico, hospitalar, sem que haja preocupação com as questões jurídicas inerentes ao dia-a-dia do cidadão”, ressalta o advogado da Blausiegel, roberto altieri.O trabalho do departamento jurídico da empresa consiste em orientar os colaboradores da indústria. a certeza de que se está fazendo da forma correta decorre da exata medida da experiência, dedicação e estudo para cada área de atuação e, principalmente, um sentimento geral de que o direito está em constante mutação frente às necessidades sociais.a empresa segue o conceito básico para a estruturação jurídica da indústria que, segundo altieri, é o respeito aos princípios gerais de direito, especialmente o da boa fé e segurança jurídica que são encontrados no plano constitucional. “O desdobramento de tais princípios leva a responsabilidade social. tratamos do maior bem jurídico que possamos ter, a vida, neste sentido, devemos respeitá-la sob todos os pontos de vista”, comenta.a preocupação da Blausiegel com a tranquilidade jurídica fez com que a indústria desenvolvesse um grupo de profissionais especializados sob o ponto de vista científico. a partir de um plano mestre elaborado pelo corpo diretivo da empresa, subgrupos são criados para o desenvolvimento das áreas de atuação, buscando parcerias ou até mesmo com iniciativa científica própria. “no caso de elaboração de contratos depende da experiência de cada profissional e de uma boa tradução do objetivo principal. existe um trabalho intenso na prevenção de contingências, que depende substancialmente da colaboração técnico científica unida à experiência de cada profissional do departamento jurídico”, destaca altieri.para o advogado, é difícil versar exemplos de sucesso para um departamento voltado a concretização de uma obrigação de meio, entretanto, de uma maneira geral, altieri salienta que o sucesso é verificado no dia-a-dia em pequenos detalhes, desde a solução de questões complexas na área de registro de medicamentos até o acompanhamento de planos de colaboração em pesquisas com universidades brasileiras no sentido da inovação tecnológica na produção de fármacos.a Blausiegel surgiu a partir de um investimento de us$ 20 mil para abrir uma importadora de preservativos. hoje, transformada em uma indústria farmacêutica que, além de ter presença no mercado nacional, também exporta para diversos países e fatura cerca de us$ 120 milhões por ano.

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c a S o d e S u c e S S o

S o B r e o S a u t o r e SdaGoBerto haJJartrabalhou 10 anos no citibank em diversas funções de tecnologia e de negócios, 2 anos no Banco aBn-amrO, e, 10 anos na microsoft exercendo, entre outros, as atividades de diretor de internet, diretor de marketing, e diretor de estratégia. atualmente, é diretor presidente da advance marketing.

Soraia BarBisoraia tem mais de 20 anos de experiência na área de eficiência em processos empresariais tendo atuado por vários anos como principal executiva de uma empresa de desenvolvimento de sistemas e serviços internet, acumulando grande conhecimento em gestão empresarial e gerenciamento de projetos. nos últimos 4 anos tem atuado como consultora sênior da advance marketing.Formada em administração de empresas (Faap) com pós-graduação em marketing (espm).

Fernando c. BarBi Fernando é gerente de projetos especializado em ti com 18 anos de experiência nas áreas de

sistemas de informação e telecomunicações. atuou na procomp, Brasil telecom, dualtec, ctBc e em diversas empresas de voip. certificado pmp pelo pmi. mestre em economia pela Fgv/sp e professor da puc/sp.

dr. henrique França É formado pela pontifícia universidade católica de são paulo (puc/sp), com especialização em finanças na Fundação getúlio vargas (easp/Fgv); com curso de mestrado (ll.m) pela Boston university, eua. atou como consultor jurídico de empresas de diversos setores, incluído software, financeiro e comercial e autor de artigos publicados em jornais no Brasil e revistas especializadas no exterior como Journal of science & technology law, 1998 (“legal aspects of internet securities transactions”).

ProF. dr. JoSé dornelaS É um dos maiores especialistas nacionais em empreendedorismo e plano de negócios, autor de 6 best-sellers pela editora campus: “como conseguir investimentos para o seu

negócio”, “planos de negócios que dão certo”, “empreendedorismo na prática”, “empreendedorismo, transformando ideias em negócios”, “planejando incubadoras de empresas” e “empreendedorismo corporativo”, tendo sido, este último, finalista do prêmio Jabuti 2004. detalhes em www.josedornelas.com.

ruy Mourapossui mais de 27 anos de experiência empresarial, dos quais 12 anos atuando como consultor em planejamento estratégico, engenharia financeira, operações de fusões & aquisições. Foi também diretor de diversas empresas nacionais e multinacionais nas áreas de comércio exterior, infraestrutura, energia e tecnologia da informação. anteriormente, trabalhou no governo federal, em diversos cargos de direção e assessoramento na área econômica. administrador com pós-graduação em engenharia econômica pela universidade do dF - Brasília. atualmente, é diretor da acquisitions consultoria empresarial ltda. (http://www.acquisitions.com.br)

S o B r e a a d Va n c e M a r k e t i n G

• plano estratégico e plano de gestão empresarial• empreendedorismo e plano de negócios• planejamento de marketing e canal• atividades de marketing e geração de demanda• planejamento de recursos humanos, motivação e remuneração• Vendas - capacitação da equipe de vendas utilizando metodologias como solution selling, target account selling, spin selling, value selling e strategic selling• tele-vendas – eficiência máxima em atendimento e vendas por telefone• liderança e coaching – treinamento de liderança para gestores

adicionalmente, oferecemos serviços nas áreas:• pesquisas de mercado• atividades de marketing e geração de demanda• geração e acompanhamento de oportunidades

a advance marketing é uma empresa de treinamento e consultoria em gestão, vendas e marketing. nossa missão é maximizar a performance das empresas através de consultoria em áreas vitais, desta forma, fortalecendo e tornando o canal de vendas e distribuição melhor preparado para competir. para isso, contamos com uma grande rede de profissionais e escritórios em são paulo, miami, califórnia, méxico, argentina e nova Zelândia. Fazem parte do nosso portfolio de clientes empresas como microsoft, Oracle, iBm, intel, progress, avaya, cisco, symantec, serasa, Bematech e mais de 500 outras companhias.

Oferecemos ao mercado treinamento e consultoria nas áreas de:

adVance MarketinG ltda.rua afonso Brás 473 – 1º andar 04511-011 vila nova conceição

são paulo / sp – Brasil telefone: +55-11-3044-0867

email: [email protected]: www.advancemarketing.com.br

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Saúde BuSineSS Schoolsaúde Business school é uma iniciativa da it mídia, em parceria com a advance marketing.

todos os direitos reservados.

aceSSe o Material coMPleMentar eM www.reViStaFh.coM.Br/BuSineSSSchool

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revis­taFH.com.br - 5 5

A r t i go

Foto:

Rica

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Benic

hio

Por um comPlexo industrial da saúde ainda mais forte

Franco Pallamolla

Presidente da associação Brasileira da Indústria

de artigos e Equipamentos médicos, odontoló-

gicos, Hospitalares e de laboratórios (aBImo).

A Emenda Consitucional 29 figura como outro mecanismo

para potencializar o complexo industrial de saúde,

principalmente em uma perspectiva de longo prazo

Discutir o complexo industrial da saúde é um exercício de dialética. Diferente de outras áreas, o fortalecimento do setor exige uma força-tarefa entre todos os seus atores: Estado, redes de serviço público e privada, indústria farmacêutica e de insumos e equipamentos de uso médico. no epicen-tro da questão, está a qualidade e a eficiência do sistema de saúde, que fica vulnerável mediante a fragilidade produtiva e de inovação do parque fabril instalado no país. o fato desencadeia ainda a dependência externa e alimenta o déficit da balança comercial.Só há um caminho para enfrentar o cenário: uma nova abordagem das diretrizes públicas para o setor, configuradas na Política Industrial da Saúde e na disposição governamental para enfrentar os desafios relacionados à área. Entre as propostas lançadas pelo governo, a indústria médico-hos-pitalar e odontológica julga como primordiais ao desenvolvimento sustentável da cadeia:- o uso do poder de compra do Estado junto às empresas de capital nacional;- a criação de mecanismos de apoio à inovação tecnológica;- a desoneração tributária;- o aumento do gasto público com pesquisa e desenvolvimento.Vale lembrar que as estratégias são as mesmas que elevaram o desempenho das indústrias domi-nantes do mercado internacional. no caso brasileiro, Embraer e Petrobras exemplificam o quanto pode ser bem-sucedida a parceria entre o poder público, a iniciativa privada e as universidades. a Embraer ocupa por mérito a posição de uma das maiores fabricantes mundiais de aviões. a Pe-trobras? É a única no mundo capaz de extrair petróleo da camada pré-sal. ambas as empresas se beneficiam de programas estatais de P&D e subsídios diretos à produção e comercialização.a Emenda constitucional 29 figura como outro mecanismo para potencializar o complexo in-dustrial da saúde, principalmente em uma perspectiva de longo prazo. Se aprovada pela câmara dos Deputados, a medida permitirá a estabilização de recursos e a garantia de investimentos des-tinados à saúde. Hoje, estima-se que r$ 15 bilhões deverão ser alocados adicionalmente ao setor todos os anos. a aprovação da Ec-29 também representa a definição do que é gasto e do que é investimento com saúde. Esta previsibilidade permitirá aos hospitais desenvolverem projetos de ampliação e à indústria trabalhar com um orçamento preestabelecido. Por imposição do Estado, a indústria nacional viveu reclusa e alheia ao mercado internacional ao longo de décadas. até mesmo a importação de tecnologia era proibida. a abertura de mercado veio para confirmar aquilo que sabíamos: o protecionismo apenas serviu para retardar nossa evolução. nossa inércia neste setor custou caro e hoje precisamos correr atrás do tempo perdido. Somente a inovação nos trará ao jogo e nos garantirá a competitividade. a quem cabe promovê-la, se não ao Estado, às empresas e às universidades em ação conjunta? Estimular o avanço tecnológico propor-ciona saúde, empregos, prosperidade e prestígio a um país.

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Hospitais Referência é um estudo que visa promover e divulgar as boas práticas de gestão desenvolvidas pelos hospitais públicos, privados e filantrópicos.

Gestão Financeira

Pessoas

Gestão Administrativa

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Tecnologia

Sustentabilidade

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E s p a ç o J u r í d i c o

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Foto:

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Saúde, NegócioSe SiStema Jurídico

RodRigo AlbeRto CoRReiA dA SilvA

é sócio do escritório Correia da Silva Advogados,

presidente dos Comitês de Saúde da Câmara

britânica de Comércio (bRitCHAM) e da

Câmara Americana de Comércio (AMCHAM),

advogado de diversas associações de classe e

empresas de produtos e serviços de saúde e

Mestre em direito pela Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo (PUC-SP) e autor do livro

“Regulamentação econômica da Saúde”

[email protected]. br

A atividade empresarial é desenvolvida em um ambiente com regras jurídicas capazes de aumentar ou reduzir a sua eficiência, vale dizer, o sistema jurídico pode atrapalhar ou ajudar tais atividades e consequentemente o próprio desenvolvimento nacional. este raciocínio possui três dimensões: as normas em si, a interpretação que se faz das normas e a implementação desta interpretação no mundo concreto. e cada dimensão tem a capacidade de au-mentar ou diminuir o grau em que o sistema jurídico aumenta ou reduz o retorno dos capitais inves-tidos na atividade empresarial. tanto mais em se tratando de atividades altamente reguladas como as voltadas para os negócios da saúde.A criação de normas jurídicas ocorre inicialmente no poder legislativo, mas também no poder exe-cutivo, especialmente no caso das agências reguladoras, e a implementação de sua interpretação pode ser feita pelos entes privados e públicos.Caso haja um descolamento entre o conteúdo interpretado das normas, sua implementação será forçada pelo poder executivo no exercício de seu poder de polícia por meio da coerção, coação ou restrição de direitos ou será feita por substituição à vontade do agente pelo poder judiciário por meio da expropriação patrimonial, restrição ou anulação de direitos.Cabe também ao poder judiciário a função de corrigir as três dimensões acima mencionadas: a di-mensão da norma em si, caso tenha vícios de origem (seja por exemplo inconstitucional ou ilegal), a dimensão da interpretação gerando entendimentos vinculantes sobre o entendimento do conteúdo e efeitos das normas nos casos concretos, na dimensão da implementação como dito sendo o último recurso para sua implementação forçada.Já que, conforme apontamos no início deste texto, o sistema jurídico afeta a “performance” das ati-vidades econômicas, é fundamental que os gestores das empresas voltadas aos negócios da saúde (i) saibam compreender o ambiente jurídico em que seus negócios são desenvolvidos e (ii) saibam interferir neste ambiente para alavancar os esforços e avanços realizados no ambiente interno das empresas que administram, minimamente para evitar que tais esforços e avanços não tenham seus resultados solapados por contramarchas no sistema jurídico.Atualmente temos visto um aumento exponencial da produção legislativa e regulatória e o cres-cimento da intervenção e direção das atividades econômicas pelo estado como resposta a anseios sociais que não vêm sendo atendidos por este mesmo estado. Até que haja uma reforma institucional ampla haverá um agravamento desta tendência com o aumento marcante da inf luência do sistema jurídico, que é a base do estado, na eficácia e eficiência das empresas e seus gestores.Para obter sucesso as empresas e seus novos gestores, e em especial os novos gestores das empresas da saúde incluídos os novos gestores hospitalares, objeto desta edição de Fornecedores Hospitalares, precisarão contar cada vez mais com seus departamentos jurídicos e respectivos escritórios de advo-cacia que se tornarão cada dia mais estratégicos e fonte de vantagem competitiva para as empresas, desde que assim sejam reconhecidos e estejam preparados para este papel. Novos tempos, novos gestores e novos advogados, cada dia mais importantes para a saúde e os negócios.

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Para mais informações, acesse: www.takaoka.com.br ou ligue: (11) 4176-3600.

Pioneira em anestesiologia no Brasil, a K. Takaoka projetou o SAT 500, aparelho que atende pacientes neonatais a adultos. Desenvolvido com alta tecnologia, ele oferece ao mercado ventilador eletrônico com as modalidades: VCV, PCV, SIMV/V, SIMV/P® e PSV, o uso de dois vaporizadores calibrados com sistema de segurança, rotâmetro eletrônico para altos e baixos fluxos e capnografia. São inovações como essas que mantém a K. Takaoka presente nos principais centros médicos em mais de 40 países.

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A telemedicina chegou para mudar a maneira como se pensa a saúde. Ma s questões culturais e de recursos ainda congelam sua disseminação no Bra sil

DESAFIOS MILRenata Faggion – [email protected]

Foto: Glowimages

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A TELEMEDICINA é uma das grandes apostas do mercado de saúde, seja para aumentar a qua-lidade do atendimento, como para cortar custos, fatores essenciais em qualquer negócio. A previsão é de que em 2015 o comércio global de telemedici-na passe dos US$ 18 bilhões, segundo um estudo realizado pela Global Industry Analysts. As áreas de atuação também não param de crescer, frutos das principais práticas, como o telediagnóstico, telemonitoração, teleterapia e teledidática. “A te-lemedicina não pode ser vista como coadjuvante do sistema atual que vai perigosamente falir. Você não pode mais se desenvolver utilizando-a apenas para cobrir um atendimento de doença. Ela é o re-pensar da saúde”, afirma o coordenador do Núcleo São Paulo do Projeto de Telemedicina e Telemáti-ca em Apoio à Atenção Primária do Ministério da Saúde, Chao Lung Wen. Segundo o especialista, a preocupação do setor não deveria ser no que há de mais avançado tecnologicamente. “Nem sempre o que há de melhor, tecnologicamente falando, tem o melhor impacto na saúde.” Para Wen, a grande estratégia é desenvolver um programa de qualida-de de vida com as pessoas e levar essa qualidade para dentro da casa. Em segundo lugar, estimular em grande parte a recuperação domiciliar e não dentro do hospital. Para o coordenador, outro be-nefício da telemedicina é o aumento da velocidade diagnóstica. “Ela é capaz de mudar conceitos, mas perde valor se for utilizada nos moldes tradicio-nais que pensa que isso se resuma a conversar com alguém distante. Pensar assim só aumentará o cus-to operacional em saúde”, avisa.Um grande desafio na implantação desse pensar da saúde pela telemedicina é o de desenvolver um novo patamar cultural. Aos poucos, empresas de tecnologia tentam contribuir com essa mudança e oferecem um leque maior de soluções em telemedi-cina no Brasil. É o caso da Cia Salux, que trabalha com a informatização da saúde e que, em parceria com a empresa portuguesa First Solution, oferece a solução SiiTE, que abrange a telemedicina on-line e store and forward, recorrendo a um sistema de informação para registro e arquivo de informa-ção clínico-administrativa. No primeiro caso, o sistema é complementado por uma VIDEOCON-FER ÊNCIA profissional ou também chamada de teleconsulta. No caso store and forward, recorre-se aos módulos específicos completamente inte-grados com equipamentos médicos. O diretor da empresa com atuação na Europa, Fabrício Avini, afirma que não viu muitos frutos no país e aponta três razões para o lento desenvolvimento do setor: “Ainda não existe uma cultura de telemedicina no

setor privado. Além disso, a questão da telecomu-nicação ainda é um empecilho. O terceiro desafio é em relação à capacidade de investimento, o setor é muito carente de crédito”, aponta. Já o diretor executivo da WorldCare, que atua em 42 países e há sete anos no Brasil, Ricardo Nabuco, conta que as unidades de saúde que aderiram à ideia, não se arrependem. “Oferecemos o parecer médico inter-nacional de centros de ponta nos EUA. O retorno é grande e rápido de ser percebido pelo médico e pelo paciente”, conta Nabuco. Para o executivo, a possí-vel resistência do profissional de saúde à tecnologia é quebrada porque a procura por uma SEGUNDA OPINIÃO MÉDICA já se tornou praxe no setor. “Os médicos ficam entusiasmados por poderem in-teragir com profissionais de ponta no exterior.”

PEQUENOS E GRANDES AVANÇOSÉ visível que o Brasil ainda está descobrindo as van-tagens da telemedicina. Segundo uma avaliação do crescimento da telemedicina no mundo, realizado em conjunto pelo Setor de Telemedicina (SET), Departamento de Informática em Saúde (DIS) e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o Brasil publicou apenas 26 artigos e ocupa o 29º lu-gar em quantidade de trabalhos científicos publica-dos sobre o tema num período de 25 anos. Os EUA, líder no assunto, publicaram 4.321 pesquisas, o que equivale a 36% de tudo o que há de conhecimento a respeito dos avanços da telemedicina.Um dos casos que serve de modelo na área de pes-quisa e TELEDIDÁTICA éo do Hospital Sírio-Libanês, localizado em São Paulo, que investe 70% dos recursos destinados à filantropia em ensino e pesquisa. Por meio do Instituto de Ensino e Pes-quisa (IEP), mantido pela instituição, o hospital possui uma parceria com o SUS e contribui com o ensino continuado de médicos de várias partes do país. Tudo começou em 2006 com um curso pre-sencial para 20 alunos. Ao perceber que a necessi-dade dos profissionais do SUS ia muito além das paredes do IEP, a instituição investiu, em 2007, em um curso à distância. Hoje são 3 mil alunos que participam da iniciativa. “Não esperávamos tantos alunos, embora acredite que o sucesso es-teja baseado nos diferenciais do nosso curso, que mistura momentos síncronos, que permitem a in-teratividade, com momento assíncronos, quando o aluno escolhe o momento que quer se dedicar aos estudos”, relata a gerente de Ensino do IEP, Silvia Saliba. Para ela, o conhecimento e o método são muito bem desenvolvidos no Brasil e o que falta acontecer é a democratização da internet. “O aces-so é nosso maior desafio”, destaca.

TELEMEDICINA

É o armazenamento, transmissão e manipu-lação de informações à distância, por meio eletrônico, para suporte e auxílio aos servi-ços de saúde, quando há carência em uma das partes

VIDEOCONFERÊNCIA

Permite que um grupo de pro� ssionais se reú-na à distância e ainda permite a interativida-de. A ferramenta foi usada, por exemplo, pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo para informar pro� ssionais e gestores de saúde sobre os aspectos clínicos gerais, pediátricos e obstétricos do vírus In� uenza A (H1N1)

TELEMEDICINA

VIDEOCONFERÊNCIA

Renata Faggion – [email protected]

SEGUNDA OPINIÃO MÉDICA

Uma das ferramentas mais bem aceitas da telemedicina e que permite uma segunda opinião com médicos e centros de ponta em qualquer lugar do mundo, sem necessidade de transporte do paciente. O Hospital Sí-rio-Libanês possui o programa de Segunda Opinião Internacional em convênio com o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center de Nova York (EUA). O serviço também dá apoio virtual aos cursos de pós-graduação lato sensu e Simpósios realizados no IEP por meio do Educação a Distância (EAD)

SEGUNDA OPINIÃO MÉDICA

TELEDIDÁTICA

Trata-se do ensino feito à distância. No caso do Projeto Nacional de Telessaúde, é focado no ensino continuado dos agentes do Saúde da Família espalhados por todo o Brasil

TELEDIDÁTICA

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Distâncias encurtaDasLidar com esses contrastes também é o desafio da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Calcula-se que o total de brasileiros com mais de 16 anos com aces-so à internet em qualquer ambiente (casa, trabalho ou escola) era de 62,3 milhões em 2008, segundo o Ibope. Ou seja, mais de 121 milhões de brasileiros estariam ex-cluídos. Diante dessa desigualdade, a RUTE investiu R$ 6 milhões em 19 núcleos operacionais ou hospitais uni-versitários interligados, a partir de 2007. Com a primeira fase concluída com sucesso, a RUTE aplica mais R$ 7 milhões na segunda fase, que pretende conectar 34 hos-pitais, sendo que 18 núcleos devem ser inaugurados em dezembro deste ano e mais cinco em 2010. “A prioridade da RUTE é dar estrutura para que todas as instituições de ensino e pesquisa tenham redes avançadas de alta ve-locidade, que é o caso de 12 capitais brasileiras”, conta o coordenador nacional da Rede, Luiz Messina.Os avanços da telemedicina são visíveis na esfera pú-blica. O Plano Nacional de Telessaúde tem trabalhado em parceria com o programa Saúde da Família com olhos na atenção primária. “Trabalhamos com pro-moção, prevenção, tratamento e reabilitação, que são 85% dos problemas de saúde encontrados na popu-lação”, revela a diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad. O Plano Nacional de Telessaúde, nes-te caso, investe no desenvolvimento permanente dos agentes do Saúde da Família e, embora não aja uma pesquisa a respeito dos resultados da parceria, Ana Estela coleciona exemplos de projetos bem-sucedidos.

Como o caso de uma pequena cidade no Vale do Je-quitinhonha, no norte de Minas Gerais, que possui uma unidade de Saúde da Família. A cidade, que fica a 790 quilômetros de Belo Horizonte e com acesso difí-cil, gastava 10% do seu orçamento com saúde - e 50% desse valor com o deslocamento de pacientes. Com a chegada da Telessaúde houve uma redução de cinco vezes no custo com transporte. “Na região Amazô-nica, onde é preciso se deslocar por barco ou avião, a redução pode ser ainda maior. Em média, há uma eco-nomia de 60% a 70%”, afirma.Diante de resultados como esses, surge a dúvida do porque o setor privado ainda resiste ao conceito de telemedicina. Para Messina, da RUTE, a expli-cação é simples: o financiamento para telemedici-na, vindo dos ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia, é focado no ensino, pesquisa e assis-tência. Sendo assim, os recursos vão para hospitais federais públicos e para hospitais de ensino. “Há um interesse do governo no ensino e na pesquisa corroborativa, e, tirando os hospitais privados de ponta, são poucos os que detêm uma grande co-nhecimento da aplicabilidade na telemedicina”, avalia. No entanto, nada impede que hospitais privados usufruam das ações do governo. Há gru-pos de discussão de casos por videoconferência ou teleconferência em diversas áreas médicas e qual-quer entidade pode participar desde que aplique recursos próprios. “Basta se cadastrar na RUTE e ter uma sala equipada na unidade de saúde”, indi-ca Messina. O primeiro passo já foi dado.

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Foto: Rondon Vellozo

Ana Haddad, do Ministério da Saúde: Com telemedicina, economia com transporte para saúde pode chegar a 70% na região Amazônica

Luiz Messina, do RUTE: Hospitais privados têm pouco conhecimento da aplicabilidade da telemedicina

Fabricio Avini, da Cia Salux: Problemas na rede de telecomunicaçao representam um empecilho para o desenvolvimento da telemedicina

Foto: Divulgação Foto: Divulgação

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O repensar Da saúDe

Coordenador do Núcleo São Paulo do Projeto de Telemedicina e Telemá-tica em Apoio à Atenção Primária do Ministério da Saúde, Chao Lung Wen afirma que o caminho da Telemedicina não está na aplicação do que há de mais complexo e moderno. Para ele, a Telemedicina nunca deve ser encarada como uma coadjuvante do sistema atual. “Ela é o repensar da saúde”, afirma.

O que há de mais avançado na telemedicina?É uma pergunta complicada, porque no fundo não há mais nada muito complexo. A cirurgia por robótica, que todo mundo diz que é telemedici-na de ponta, é apenas uma comodidade. A pergunta é: tendo em vista os custos, vale a pena hoje em dia fazer uma cirurgia dessas? Eu não ficaria muito preocupado com o que há de melhor tecnologicamente, pois nem sempre o que há de melhor sob o ponto de vista tecnológico tem o melhor impacto no setor de saúde.

De que maneira a telemedicina pode auxiliar o Brasil nos seus desa-fios na saúde?A telemedicina não pode ser vista como coadjuvante do sistema atual que vai, perigosamente, falir. A alta complexidade hoje não consegue atingir todo mundo por causa do custo elevado. A telemedicina é o repensar da saúde. Você não pode mais desenvolver o serviço utilizando a telemedici-na apenas para cobrir um atendimento de doença. A grande estratégia é desenvolver um programa de qualidade de vida com as pessoas e levar essa qualidade para dentro da sua casa. Segundo, estimular em grande parte a recuperação domiciliar e não dentro do hospital. Outro benefício da telemedicina é o aumento da velocidade diagnóstica.

Quais são os desafios da telemedicina hoje?O desafio é desenvolver um novo patamar cultural e aprender como aplicar essa tecnologia em prol da saúde. Acho que hoje o que se pre-cisa desenvolver no Brasil é uma grande força-tarefa e melhorar a in-tegração cultural do uso da tecnologia para o setor. Segundo, ter bons estrategistas trabalhando em conjunto com uma política de saúde que visa serviços mais eficientes. É preciso usar a telemedicina para evitar desperdício. Eu não vejo uma necessidade de alta sofisticação, mas sim de aplicação de tecnologias que todo mundo tenha facilidade de usar e que sejam utilizadas de uma forma integral.

Qual é o futuro da telemedicina?Acredito que a telemedicina será solidificada num prazo de dez anos e pelo celular - e não pelo microcomputador. Eu diria que todas as uni-dades de saúde deveriam ter um centro de telehomecare, assim como os hospitais têm um centro de radiologia, de pronto-socorro e laboratório. Um bom plano de sustentabilidade deveria não só cuidar da internação e alta, mas da recuperação total da pessoa, minimizando as recaídas.

Foto: Ricardo Benichio

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10 a 12 novembro/2009Windsor Barra Hotel & Congressos - RIO DE JANEIRO

O mais importante CONGRESSO MUNDIAL DE HOSPITAISpela primeira vez na América Latina

VENHA PARTICIPAR DO MAIOR ENCONTRO MUNDIAL DE GESTORES DO SETOR HOSPITALAR E SERVIÇOS DE SAÚDE

O Brasil se prepara para receber, entre os dias 10 e 12 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro, o IHF RIO 2009 – 36º Congresso Mundial de Hospitais, evento oficial da IHF - International Hospital Federation, entidade que reúne hospitais e estabelecimentos de saúde em 100 países ao redor do mundo.

Promovido de forma conjunta entre a IHF, a Confederação Nacional de Saúde (CNS) e a Hospitalar Feira + Fórum, o evento tem como tema “A Saúde na Era do Conhecimento” e vai discutir como o conhecimento gerado nos últimos anos tem impactado as práticas e políticas de saúde.

Realizado pela IHF • CNS • HOSPITALAR

Encontro de empresas líderes junto ao Congresso

Junto ao Congresso Mundial de Hospitais será realizada a Medical Devices Expo, exposição que vai reunir um seleto grupo de fornecedores dos mais diversos setores da saúde. Com foco em relacionamento e negócios, o evento apresentará produtos e equipamentos hospitalares, especialmente aqueles com alto padrão de qualidade, certificação e preços competitivos no mercado nacional e internacional.

MEDICAL DEVICES EXPO é aberta aos Congressistas e também a Visitantes Profissionais da área da saúde.

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Programa Completo, Programa Social, Visitas Técnicas a Hospitais e muito mais!

Veja no site: www.ihfrio2009.com

PRÉ-CONGRESSOS

9º Fórum ANAHP Seminário Internacional de Acreditação Inovação & Saúde: 1ª Reunião Franco-Brasileira

de Serviços de Saúde Iniciativa Global sobre Tecnologias da Saúde 1º Fórum PERFORMA Sessão Latino-Americana: Visão dos Sistemas de

Saúde na América Latina A Acreditação e o Impacto na Gestão da

Qualidade Assistencial

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SESSÕES PLENÁRIAS

A Saúde na Era do ConhecimentoPalestrante: Jean Paul JacobPesquisador Emérito da IBM Worldwide e Cientista Consultor da Universidade da Califórnia, em Berkeley – EUA

Construindo o Conhecimento Através da Atenção à SaúdePalestrante: Paul H. Keckley, Ph.D.Diretor Executivo - Centro Deloitte de Soluções para a Saúde - Washington, EUA

O Papel do “Paciente Informado” na Era do ConhecimentoPalestrante: Ethevaldo SiqueiraJornalista especializado em comunicação e tecnologia da informação, colunista do Jornal O Estado de S.Paulo, comentarista da Rádio CBN e

colaborador da Revista Época

O Impacto da Futura Tecnologia de Comunicação sobre a SaúdePalestrante: Prof. Dr. Yunkap KwankamDiretor Executivo - Sociedade Internacional de Telemedicina e Saúde e CEO da Consultoria Global eHealth - Suíça

Desenvolvimento Sustentável e HospitaisPalestrante: Dr. Boi Ruiz GarciaMédico, Doutor pela Universidade de Barcelona com Mestrado em Gestão pela Escola de Alta Administração de Barcelona. Atual Presidente da União Catalã de Hospitais

O Futuro da Tecnologia da Saúde na Era do ConhecimentoPalestrante: Dra. Carissa EtienneDiretora Assistente de Sistemas e Serviços de Saúde - OMS - Organização Mundial da Saúde - Suíça

Secretaria Executiva

Rio de Janeiro – Brasil Tel (21) 2215-4476 e-mail: [email protected]

Tel (21) 2545-5748e-mail: [email protected]

Viagem e hospedagemApoio Institucional

Evento oficial Realização Conjunta

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAINDÚSTRIA MÉDICO-ODONTOLÓGICA

Patrocínio Platinum Patrocínio SilverPatrocínio Bronze

SESSÕES PARALELAS

• Qualificação e Acreditação• A Saúde na América Latina• A Globalização na Saúde• Governança Corporativa no Setor Saúde• Saúde e Segurança do Trabalhador no Contexto de Tuberculose Resistente à Medicação em Países de Baixa e Média Renda• Mega Tendências na Saúde e no Design de Hospitais – no Brasil e no Mundo• O Impacto das Decisões Judiciais na Saúde• Tecnologia da Informação: Impacto sobre Pacientes, Atenção à Saúde e Custos• Melhoria na Qualidade e Segurança Assistencial do Paciente• Gerenciamento e Sistemas de Saúde• Principais Desafios em Recursos Humanos• O Papel da Indústria Farmacêutica na Saúde• Sustentabilidade Financeira na Era do Conhecimento: Custo, Remuneração e Viabilidade• A Interação das Entidades do Setor Saúde• Preparação de Hospitais para Situações de Crise e Catástrofe• Engenharia, Arquitetura e Modernização do Serviço de Saúde: Experiências Internacionais• O Papel da Indústria Médica na Saúde• Saúde Focada no Paciente (Humanização dos Serviços de Saúde)• Hospitais Livres do Fumo• Oportunidades para Desenvolvimento do Setor Privado• Tomada de Decisão usando Medicina Baseada em Evidências• Parcerias Público-Privadas: Experiências Internacionais• Preparação de Hospitais para Situações de Crise e Epidemias

SESSÕES DE INTERESSE ESPECIAL

• Nutrição e Segurança Assistencial do Paciente• Projetos em Prevenção e Qualidade de Vida diante do Envelhecimento da População• Regulação do Setor Privado de Saúde e seus Impactos na Atenção ao Cliente• A Experiência de Cooperativas Médicas no Sistema de Saúde Brasileiro e Mundial• Interação dos Laboratórios Clínicos com os demais Serviços de Saúde

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A r t i g o R H

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EstEfânia ChiCalé Galvan

sócia Diretora da fator Rh

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Cuidar, cuidar ecuidar das pessoas !

Pesquisas recentes mostram que os profissionais na área da saúde, anteriormente movidos por um forte senso vocacional, passaram a sentir-se cansados fisicamente e emocionalmente “suga-dos”. E às vezes numa exaustão física tão intensa que desenvolvem atitudes e sentimentos negati-vos em relação aos pacientes e aos próprios companheiros de equipe.na atualidade, em que as instituições são movidas pelo combustível da competitividade, os pro-fissionais necessitam dar conta de exigências e padrões valiosos para uma gestão de sucesso.Mas muitas vezes, percebemos que alguns profissionais não estão no mesmo compasso do mode-lo de gestão da empresa e se quer conseguem enxergar a validade de processos de qualidade que as instituições tanto necessitam para manter um bom lugar no pódio. Evidentemente, onde há esse descompasso é fácil detectar colaboradores que se sentem “sugados” no ambiente de trabalho. Progredir na empresa, sobreviver bem e feliz, para alguns, está sendo desgastante demais. Em busca de melhorias para essa situação, está sendo estruturado no Brasil um programa de capacitação denominado, vas - valores na saúde, criado por profissionais e educadores, que visa o desenvolvimento pessoal e o fortalecimento de equipes especificamente na área da saúde. são projetos que cuidam de gente. O trabalho traz uma abordagem nova de aprendizado que envolve as relações interpessoais com práticas baseadas em fortes valores humanos. O objetivo é proporcionar aos profissionais momentos em que possam “nutrir-se” com ótimas atitudes e que só os beneficiarão. Outra maneira de favorecer o trabalho dessas pessoas é por meio da arteterapia. Com essa ferra-menta é possível tornar mais agradável e humanas as atividades e a permanência neste ambiente de tanta diversidade e terapêutica. é possível oferecer aos profissionais instrumentos de melhor relacionamento com o paciente, entretenimento, diminuição da dor e de sofrimento, permitindo melhores condições para que as terapêuticas e práticas hospitalares se desenvolvam com êxito.Por isso é preciso CUiDaR, CUiDaR E CUiDaR Das PEssOas com o objetivo de auxi-liá-las a superar os altos níveis de estresse pelo qual passam. é preciso estimular a expressão de valores internos como compaixão e autoestima, paz e positividade. aprender a ouvir mais, apre-ciar, desenvolver a criatividade e a descontração. são inúmeras as possibilidades de cuidado ao profissional que atua nessa área de cunho tão denso e tão pessoal. a rotina numa instituição de saúde não permite erros, mas sabemos que eles ocorrem. E talvez ocorram com tanta frequência justamente porque o profissional da saúde já tenha ultrapassado o seu “limite”... sinal DE alERta.Cuidar muito bem de quem cuida é uma ótima estratégia para evitar atos desastrosos e principal-mente o “distresse” (estresse patológico) e suas graves consequências físicas e emocionais.é preciso proporcionar às pessoas uma atividade em que gostem de trabalhar e até com um acei-tável eustresse, que não é uma patologia, mas uma saudável reação de adaptação do organismo para enfrentar os grandes desafios que há numa instituição de saúde.

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Car r e i r as

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Patrícia Mendes é a nova gerente de negócios do Hospital Daher, localizado em Brasília (DF). Graduada pela Faculdade JK e com MBA em Gestão de Pessoas pelo Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa (Unicesp), Patrícia terá como principal objetivo estreitar os laços com os convênios médicos, aumentando o f luxo de clientes do hospital. Há cinco anos na gerência de planos de saúde, a nova gestora já passou por empresas como Eletronorte e Fundação Assefaz.

HOSPITAL DAHER apresenta gerente de negócios

Foto: Divulgação

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A Santa Casa de Curitiba anunciou Flaviano Feu Ventorim como seu novo diretor geral. O administrador hospitalar, formado pelo Centro Universitário São Camilo (SP), traz em seu currículo passagens pela Pró-Saúde, Associação Bene� cente de Assistência Social e Hospitalar, onde atuou em administração, assessoria e consultoria hospitalar. Ventorim está a frente de uma gestão focada na busca da sustentabilidade � nanceira da instituição e, para isso, pretende diversi� car os serviços oferecidos pelo hospital.

Enéas Faleiros assume gerência médica do SamaritanoEnéas José de Mattos Faleiros é o novo gerente médico operacional do Hospital Samaritano de São Paulo. O novo contratado é especialista em Terapia Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e em Finanças e Estratégias Empresariais pela Faculdade de Gestão e Negócios.

Faleiros já atuou como consultor Médico em TI durante o processo de seleção e implantação do novo sistema de gestão hospitalar adotado pela instituição. Como gestor médico, será responsável pelo foco assistencial na implantação e melhorias do sistema de gestão, colaborando com o desenvolvimento e acompanhamento dos processos assistenciais.

Foto: Divulgação

Santa Casa de CuritibaESTÁ SOB NOVA DIREÇÃO

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Com o faro para descobrir receitas e temperos, Hugo Ribeiro, do Complexo Hupes, cruza continentes e compartilha receitas em restaurantes de Salvador

JORNADA GASTRONÔMICAF r e d L i n a r d i - e d i t o r i a l s a u d e @ i t m i d i a . c o m . b r

Fotos: Arquivo Pessoal

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Foto: www.webrun.com.br

O salão do restaurante está pronto para ser cenário de uma noite cujo tema será base-ado na cozinha asiática. Serão pratos de receitas pouco vistas na televisão ou lidas em livros de culinária. O cardápio contará com entradas, pratos principais e sobremesas vindas da gastronomia vietnamita. O que poderia causar estranheza, na verdade serve de atrativo. Isso porque nessa noite o chefe que lidera a cozinha da casa é bem conhecido pelos convidados. Trata-se de Hugo Ribeiro, médico pediatra que se dedica ao vasto mundo da gastronomia enquanto não exerce suas atividades como diretor do Comple-xo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), em Salvador (BA).Descendente de libaneses, a inclinação pelo conhecimento sobre os sabores do oriente surgiu de forma natural. Com o crescimento do interesse pela prática em si – e pelo costume, já que é comum nas famílias do oriente médio os homens terem grande par-ticipação na cozinha – Ribeiro acabou por descobrir uma predileção pelos temperos orientais. Não é de se estranhar. Apesar de ser raro encontrar restaurantes que sirvam pratos típicos da Tailândia, Vietnã ou Índia, é bom lembrar que as grandes navegações que levaram aos descobrimentos foram movidas pelas especiarias dessas regiões. Se hoje existe muito mais facilidade de locomoção, o executivo não perde a chance.É com esse faro de desbravador que, a cada viagem que faz a um congresso, Ribei-ro busca receitas e ingredientes que possam ser trazidos e preparados da mesma maneira em terras brasileiras. “Na viagem ao Vietnã, me organizei com chefes de outros países para fazer o que chamamos de Gourmet Journey. Acordávamos entre quatro e cinco da manhã e íamos aos mercados � utuantes em busca de ingredientes e especiarias. Depois preparávamos as receitas, servíamos o almoço e seguíamos adiante”, conta Ribeiro. “O que dá para trazer em sementes, eu trago e planto num herbário que tenho na minha chácara. Assim, posso tê-las por um longo período de tempo, o que me proporciona fazer os jantares nos restaurantes”.Entre viagens a outros países do Oriente Médio, como o Líbano, até a Europa, seu hobby vai se aprimorando. E por ser apenas um hobby, os restaurantes onde serve não são dele. O médico tem parcerias com restaurantes na capital baiana. “Eu cha-mo de ‘restaurante virtual’. Faço um acordo prévio com os estabelecimentos, geral-mente no dia em que estão fechados. Uso a estrutura deles, sem ter um custo � xo de manutenção ou a obrigação permanente para exercer essa atividade. Utilizo a be-bida do local e pesquiso qual melhor vinho a ser servido ”, diz Ribeiro, ressaltando que o vinho é fornecido por um distribuidor e servido por valores mais baixos.

Os jantares acontecem algumas vezes por mês e têm limitação para um número de até 40 pessoas, garantindo um ambiente mais intimista. Além da parte gastronômica, empre-sas de decoração entram em cena, ambientando o cenário para que tudo � que no clima do tema. A música também é escolhida a dedo. Na cozinha, o agora chefe Hugo Ribeiro conta com alguns auxiliares para prepararem os pratos com os sabores ideais. Claro que os convidados pagam pelos pratos, a � m de se custear os gastos com a comida, restaurante e auxiliares do chefe. Não há lucro. “É um hobby � nanciado”, de� ne Ribeiro. Não � ca difícil de imaginar a concorrência por uma mesa. Ao agendar com o restau-rante, Hugo já espalha para seu mailing de amigos um aviso dizendo as próximas da-tas e locais. “Até o mês de outubro já tenho agenda para todas as sextas-feiras com um restaurante”. Por mais que os convidados saibam da temática da noite, é sempre algo diferente. São currys feitos de especiarias secas ou mais úmidas, dependendo do país de inspiração. Ervas de cheiro e sabor marcantes como a lemon grass, conhecida aqui como capim santo, dão o toque original. Molhos à base de tamarindo, ao lado de outras opções de molhos, rodeiam os pratos com frutos do mar ou com rolinhos de vegetais crus, envoltos de papel de arroz, parecidos com sushis, transparecendo os legumes e frutos do mar que também o compõem. “Sempre tenho um cuidado de servir algo com tendência de aceitação universal, evitando opções muito exóticas”. O cuidado também está nos detalhes. Para tudo ter a cara certa, até os pratos preci-sam estar em harmonia com a cultura daquela gastronomia. E nisso, Hugo refere-se às louças mesmo. “Desenho o projeto dos pratos, faço a cerâmica e a pintura das peças na minha chácara. Imagine só o arsenal que acumulo lá.” E o que dizer de uma cozinha de hospital, com estrutura para atender centenas de pessoas? É um prato cheio para alguém como o executivo, que também gosta de compartilhar suas receitas com grupos maiores. Quando é alguma data comemora-tiva como o Dia dos Enfermeiros, Dia do Médico, Dia do Auxiliar etc., ele marca a o jantar logo após o encerramento das atividades da cozinha. “Organizo o refeitó-rio, dispondo as mesas em formato de U, � co no centro e aproveito para conversar sobre os assuntos que preciso falar com esses pro� ssionais. Com eles encantados pela comida, facilita um pouco na hora de expor minhas propostas”, brinca Ribei-ro, lembrando que foi desta forma que ele se tornou rapidamente conhecido pelos mais de dois mil funcionários. “O fato simbólico de um diretor cozinhando para todos que trabalham no hospital quebra muito a distância entre as pessoas.”

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Eu recomendoHélio Girotto Franqui, diretor de Serviços Compartilhados da Rede São Camilo

Foto: Divulgação

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OS AXIOMAS DE ZURIQUEAutor: Max GuntherEditora: RecordNúmero de páginas: 155Preço: R$ 30,00

Para quem tem interesse em estudar a fi losofi a Lean, recomendo o livro “Toyota – A Fórmula da Inovação”. O autor Matthew E. May é conselheiro da Universidade Toyota e durante vários anos teve papel fundamental na estratégia de aprendizado organizacional da companhia. A cada capítulo, May propõe uma refl exão sobre os conceitos que apresenta. Outro livro que recomendo é “Os Axi-omas de Zurique”. O autor apresenta 12 regras e princípios sobre investimentos variados, principalmente em Bolsa de Valores, base-ados no código de conduta adotado pelos banqueiros suíços que, após a Segunda Guerra Mundial, fez com que a Suíça se tornasse um dos países mais ricos do mundo, modelo em rentabilidade de aplicações fi nanceiras. O autor fala sobre ganância, riscos, intuição, entre outros conceitos, sob um ponto de vista particular. São lições que podemos aplicar na nossa vida pessoal também. É interessante a visão do autor sobre consenso, por exemplo. Muitas pessoas e or-ganizações se guiam hoje baseados somente naquilo que os gráfi cos têm a dizer. Os gráfi cos, entretanto, não previram a crise mundial. É para pensar.

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Cecil MedicinaO clássico Cecil Tratado de Medicina Interna acaba de ser reeditado, incluindo um novo con-teúdo adaptado para o Brasil, além do no novo nome: Cecil Medicina. As novidades da 23ª edi-ção incluem capítulos escritos por especialistas que narram sobre os avanços terapêuticos e ino-vações tecnológicas da medicina. Mais de 130 co-laboradores brasileiros adaptaram os mais de 200 capítulos com dados sobre a saúde no Brasil, além de informações condizentes à realidade do país no final de cada capítulo. Ilustrações, tabelas, marcações e sugestões de textos complementares compõem os dois volumes da obra.

Autor: Luis FerlaEditora: AlamedaNúmero de páginas: 427Preço sugerido: R$62,00

Autores: Valter T. Motta e Petrônio F. de Oliveira Filho Editora: MedbookNúmero de páginas: 352Preço sugerido: R$ 96,00

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SPSS – Análise de Dados BiomédicosA partir de um texto que pretende ser didático a pesquisadores, estudantes e profissionais de bio-medicina, este livro dispõe de informações ne-cessárias para o manuseio do software de análise estatística SPSS. Incluindo testes mais usados na área e esclarecimentos para a maioria das dúvidas no caminho da pesquisa, o lançamento serve como um guia para a produção de artigos, dissertações ou teses nos cursos de pós-graduação aos que desejam utilizar o SPSS. Desde a solução para o preparo de dados para análise até problemas mais complexos, o livro tem um texto claro, mesmo aos leitores sem profundos conhecimentos matemáticos.

Feios, sujos e malvados sob medidaCom densidade e rigor a história do determinismo biológico na medicina e na criminologia da primei-ra metade do século 20, o historiador e professor da Unifesp apresenta uma análise dos problemas so-ciais dos indivíduos então considerados “feios sujos e malvados” e a patologização de seus comportamen-tos anti-sociais, assim como sobre as articulações entre a ciência e “defesa social”. O autor interroga as ações e teorias das diversas intervenções cientí� cas sobre o corpo humano e o processo de identi� cação e tratamento de homossexuais a doentes mentais. Ao longo do estudo, entende-se que essa questão não é um acontecimento isolado no tempo.

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Na Vitrine desta edição, selecionamos os lançamentos em construção e estrutura hospitalar:

1-Rapidez e praticidadeAs divisórias móveis da BCF são resultado de uma pesquisa feita para desenvolver um produto útil para diversas áreas dentro do ambiente médico-hospitalar. Como isso, elas são ágeis e fáceis de usar, ao mesmo tempo em que continuam garantindo a privacidade e tranquilidade aos pacientes, a partir de puxadores centrais. Além do design que facilita o rápido manuseio, elas são feitas de PVC, material reciclável, atóxico, com grande resistência e assepsia. Nas opções de cor branca, bege ou puntinata, as divisórias móveis podem ser instaladas diretamente na parede, por meio de suas duas hastes ou com afastadores, permitindo colocação sem alterações estruturais.

3-Piso CondutivoO piso vinilico condutivo Ace Toro é composto por fibras de carbono e base totalmente carbo-nada, resistente à abrasão e a produtos químicos, impedindo a propagação de chamas. Indicado para centros cirúrgicos, salas limpas, áreas de produção, reparo, armazenamento ou utilização de aparelhos eletrônicos, salas de anestesia CPD’s, fábricas de materiais explosivos e áreas afins. É o único piso vinilico condutivo do mercado com tratamento de poliuretano PUR (Poliuretano de Ultra Resistência- padrão IQ- Intelligent Quality), garantindo assepsia, higiene e fácil manutenção, já que não pode ser encerado ou impermeabilizado para que não haja prejuízo da condutividade. Sua resistência elétrica é =< 106.

4-Resistente ao fogoAlém de conforto acústico e facilidade de remaneja-mento, a linha M82 tem como característica especial a resistência ao fogo. A divisória da Movinord atende a Norma Brasileira de Divisórias e apresenta como prin-cipal perfil uma espessura entre 80 e 90 milímetros, saque frontal das placas, passagem da fiação interna na estrutura, reaproveitamento e redução acústica. Dessa forma, as divisórias são adaptáveis às necessidades e sensibilidades das empresas, se instalando desde proje-tos menores até obras de maiores dimensões.

5-Seguro e versátilA LG apresenta o piso Durable, comercializado pela Apotheka Brasil. O produto tem sua aplicação recomendada para uso em hospitais, clínicas e laboratórios, pois apre-senta diferenciais exclusivos como a camada de resistência de 0,7 milímetros, garan-tindo durabilidade de superfície e resistência à abrasão. O piso também é reforçado com fibra de vidro, apresentando estabilidade dimensional. Sua resistência química e antiaderência são resultados do revestimento em poliuretano, o que proporciona menor necessidade de manutenção. Antiestático, antibacteriano e anticontaminação, o produto tem as opções de acabamento nos estilos Wood, Grand e Rock.

2-Tinta limpaÀ base de água, com baixo odor e de fácil aplicação, a Tinta Hospitalar Centro Cirúr-gico e Pisos, da Sherwin Williams, proporciona um acabamento semi-brilho resistente e é recomendado para ambientes onde revestimentos e pinturas convencionais sofrem deterioração pelo manuseio, por repetidas operações de limpeza ou por contato eventual com produtos químicos. Ideal para aplicação em centros cirúrgicos e UTIs, a tinta pos-sui aditivo antimicrobiano que evita a proliferação de microorganismos. Aplicável em interiores e exteriores, disponível em cor branca e com secagem rápida.

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www.jprocopio.com.br

JG Moriya – 96

Tel.: 11-5573-9773

www.jgmoriya.com.br

K. Takaoka – 59

Tel.: (11) 4176-3600

www.takaoka.com.br

Kolplast – 94

Tel.: 11- 3874-6111

www.kolplast.com.br

L+M Gets – 44 e 45

Tel.: (11) 3215-8200

www.lmgets.com.br

Lifemed – 68

Tel.: (11) 5564-3232

www.lifemed.com.br

LJM – 80

Tel.: (11) 2186-7604

www.ljmgrafica.com.br

Macrotec – 94

Tel.: (11) 4243-3171

www.macrotec.com.br

MDK – 91

Tel.: (11) 5535-4799

[email protected]

Medicall - 92

Tel.: (11) 3170-3182

www.medicall.com.br

Medline – 90

Tel.: (11) 3293-0123

www.medlinecc.com.br

Mercedes Imec – 84

Tel.: (11) 3901-8130

www.imec.com.br

MV Sistemas – 5

Tel.: (11) 3285-5665

www.mvsistemas.com.br

Medicalway- 77

Tel.: (41) 3253-0500

www.medicalway.com.br

Novatec – 88

Tel.: (11) 5641-1498

www.novateccorp.com

Núcleo Tech – 95

(41) 3282-2004

www.nucleotech.com.br

Ortosíntese – 87

Tel.: (11) 3948- 4000

www.ortosintese.com.br

Partner IT – 93

Tel.: (11) 3512-7848

www.partner-it.com.br

Philips – 31

www.medical.philips.com/br

Pompeu Tecnologia – 81

Tel.: (11) 3085-1185

www.pompeuarquitetura.com.br

Protec - 78

Tel.: 11-3767-3300

www.protec.com.br

Romed - 93

Tel.: 11 - 3733-1591

www.romednet.com.br

Salux- 4ª capa

Tel.: 51- 3021-0055

www.salux.com.br

Schioppa - 67

Tel.: 11- 2065-5200

www.schioppa.com.br

Sercon - 82

Tel.: 11-2149-1733

www.sercon.ind.br

Sismatec – 85

Tel.: 0800 41 37 35

www.sismatec.com.br

SODEXO – 87

[email protected]

www.sodexo.com.br

Tep – 83

Tel.: (12) 3797-9475

www.tepeng.com.br

TOTVS – 21

Tel.: 0800 70 98 100

www.totvs.com

ErraTa:

O nome da empresa JG Moriya foi grafado erroneamente na edição 166.

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H o t S p o t

9 8 - revis­taFH.com.br

Sobre clínicos, pediatrase médicos de família

Alberto leite

Diretor executivo da it Mídia S.A

[email protected]

É unânime. todos os administradores que encontro reclamam da tal gripe. os pronto atendimentos estão cada vez mais cheios de gente achando que tem a tal gripe, e, em alguns casos, tendo mesmo. outros casos são as doenças comuns de mudança de tempe-ratura, coisa que brasileiro está aprendendo a conviver de uns anos para cá.Com tudo isso, o hospital atende milhares de pessoas por mês, ganhando pouco, com muito trabalho, com problemas no estacionamento, reclamações e, ainda por cima, perdendo seu foco principal com complexidades mais altas. enfim, desespero total para muitos. Adiciona-se a tudo isso uma pitada de movimentação arquitetônica, ou seja, a maior par-te dos grandes hospitais está em reformas e ampliações.Acredito que tudo poderia ser resolvido com o aumento significativo de clínicos, pedia-tras e médicos da família.tenho amigos da minha idade que ainda são atendidos por seus pediatras. Pergunte a eles se gostam de ir ao hospital tratar de uma gripe. Nunca. Dizem que aqui em São Paulo, onde moro, está faltando pediatra. Já vi até concursos em que pagam salários até 35% mais altos para atrair pediatras. Sem resultado. e clínicos então? Quase impossível achar um.Hoje só se fala em especialistas. Como diz um grande amigo, que recentemente operou o joelho, quando for operar o outro terá que procurar um outro médico, porque um é para o direito, outro para o esquerdo.Fora o custo. Um amigo médico disse que fazia diagnóstico de apendicite há dez anos por r$ 36, custo de consulta paga pela operadora mais o custo do hemograma. Hoje custa r$ 460. Disse também que tanta tecnologia está numa massa cinza, que existe entre a inseguran-ça dos despreparados e a segurança dos que sabem, mas têm medo de processos. enfim, como não sou médico tenho que ouvi-lo.Com tudo isso não posso parar de pensar na discussão inicial. Pode-se dizer que se cada pessoa que vai a um pronto atendimento tivesse um médico para ligar, aquelas imensas salas estariam vazias. ou pelo menos atrairiam somente aqueles que desejariam serviços, digamos, mais complexos.No sistema público, isso também nos afeta. Cada pessoa que poderia ser atendida num posto de saúde, sem filas, com mais agilidade, cai num pronto atendimento, onde pessoas feridas, em estado de emergência, poderiam ser tratadas de forma mais rápida.Discussão longa, que certamente não se resolverá neste simples artigo, mas pelo menos para alguns poderá ser um espaço para novas ideias.

e que venham muitas.

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