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Lngua Portuguesa

Ficha de Leitura - Abyssus Abyssum

1. Situa a aco no tempo e no espao.

2. Classifica o narrador quanto sua presena. Justifica com uma expresso retirada do primeiro pargrafo.

3. Identifica as personagens do texto, referindo o relevo que tm na aco.

3.1. Relendo, agora, os pargrafos dois e trs procede caracterizao da me.

4. Quando a me avisa os filhos para no irem para o rio, consideras que era um bom conselho? Justifica.

5. Para os dois irmos, a ordem que a me lhes dera no era fcil de cumprir. Porqu?

6. Apesar do medo que tinham da me, o Manuel e Antnio desobedeceram sua me. Qual foi o estratagema que usaram?

7. Atenta, agora, no pargrafo dezoito da terceira pgina. Como se sentiam os dois irmos dentro do barco? Justifica com expresses retirados do texto.

8. A desobedincia acarreta consigo consequncias. Quais foram as consequncias da desobedincia de Manuel e Antnio?

9. Caracteriza indirectamente os dois irmos com base nas seguintes frases do texto:

tardinha, hein? dois pulos e estamos l. No to fcil dar pela nossa falta, ali tardinha. A gente finge que vai para o adro. Levam-se os pies

Muito bem, basta palavra! E ambos ao mesmo tempo, um ao outro se impuseram segredo

Mas rema, que eu c vou; falta pouco. Ao direito daquela fraga que ela est.

10. O ttulo provm da expresso latina abyssus abyssum invocat que significa que o abismo atrai o abismo, uma desgraa nunca vem s.

Sabendo isto, podemos dizer que o ttulo nos d uma pista sobre o que se vai passar na histria?

Bom Trabalho!

Ficha de Leitura - Abyssus Abyssum CORRECO

1. A aco decorre num perodo de tempo limitado, um dia, e situa-se em dois espaos diferentes no quarto dos dois irmos e no barco.

2. As personagens do texto so as seguintes: Manuel e Antnio, a me, o fidalgo, o Reitor, o Joo carpinteiro, a beata e o Ernestinho.

Manuel e Antnio so as personagens principais, a me a personagem secundria, o fidalgo uma personagem nomeada e as restantes so figurantes.

2.1. Caracterizao directa

As expresses que indicam a caracterizao directa da me so as seguintes: Colrica, ameaadora.

Caracterizao indirecta

Ouvistes? ralhara-lhes a me. Olhai se ouvistes! Se voltais ao rio, mato-vos com pancada! Andai l A me era severa, autoritria, preocupada, previdente.

3. O narrador do texto quanto sua presena no participante porque no faz parte da aco como personagem os dois pequenitos tinham jurado que haviam de ir ao rio. Assim eles tivessem uma coisa boa!... ou Ainda lhes soavam aos ouvidos ou um dia que lhe apareceram em casa tarde e s ms horas. (uso de tempos verbais na terceira pessoa; uso de pronomes pessoais tambm na terceira pessoa).

4. Sim, porque o rio um stio perigoso para os meninos andarem sozinhos. A me queria proteger os filhos do perigo, como alis todos os pais fazem quando aconselham.

5. Para os dois irmos a ordem que a me lhes dera era difcil de cumprir porque, de manh, a primeira coisa que viam quando abriam a janela eram o rio e o barco de que tanto gostavam.

6. O estratagema que usaram foi fingir que iam brincar para o adro, para jogar ao pio, e em vez disso, foram andar no barquinho.

7. Dentro do barco, os dois irmos sentiam-se muito felizes, livres, com poder para fazerem o que quisessem sem ter de obedecer a ningum. As expresses do texto que comprovam isso so as seguintes: eram senhores absolutos da sua vontade, livres de admoestaes alheias, sozinhos, independentes; fazia-os orgulhosos, alm de os encher de alegria; nunca tinham sido to felizes.

8. As consequncias da desobedincia dos dois irmos foram as seguintes: perderam-se durante a noite, o barco andou deriva, sem destino, at que acabou por ir em direco a um abismo. O barco foi contra as rochas, ficou destrudo e os dois irmos morreram.

9. Caracterizao indirecta dos dois irmos

tardinha, hein? dois pulos e estamos l. No to fcil dar pela nossa falta, ali tardinha. A gente finge que vai para o adro. Levam-se os pies Os dois irmos eram desobedientes, arquitectaram uma estratgia para ir ao rio, o que estava proibido pela me.

Muito bem, basta palavra! E ambos ao mesmo tempo, um ao outro se impuseram segredo Os dois irmos eram unidos, cmplices um do outro.

Mas rema, que eu c vou; falta pouco. Ao direito daquela fraga que ela est. Eles eram sonhadores, imaginativos (pois acham que podem alcanar a estrela), persistentes (porque no desistem do seu objectivo).

10. Sim, porque a curiosidade excessiva e a nsia de ser livre levaram os dois irmos por um mau caminho desobedeceram sua me, e, por isso, tiveram o maior dos castigos a morte. Este texto tem implicitamente uma moralidade: os filhos devem acatar as ordens e conselhos dos seus pais, porque estes, como mais velhos e mais experientes, sabem o que melhor para os seus filhos. A desobedincia acarreta consigo consequncias e castigos.Abyssus AbyssumFicha de conhecimento explcito da lnguaI.

1. A certa altura, os dois irmos foram atrados por uma estrela.

1.1. Explica o uso do adjectivo nas seguintes frases:

a) E l no alto cu, dir-se-ia que de instante para instante a feiticeira estrela mais brilhava, incitando-os.

b) desejo louco de alcanar a estrela.

2. Identifica os recursos expressivos presentes nas seguintes frases. Esclarece a sua expressividade.

a) Os dois sentaram-se na cama para se vestir, contrafeitos, fechando os olhos quela luz que invadira o quarto num jacto repentino e brutal.

b) De modo que o primeiro desejo que logo pela manh assaltava os dois rapazes era o de irem por ali abaixo, muito madrugadores, to madrugadores como os melros, meterem-se dentro do barcoc) aquele marulhar contnuo da corrente, afligia-os como se fosse o salmodear montono e rouco de uma legio de espritos maus.

3. Sublinha as interjeies presentes nas seguintes frases e indica o sentimento ou a emoo que exprimem.a) Ih! como ela dissera aquilo, Me Santssima!b) Ai, ai, dia claro h que tempos, vem a o sol, e os morgadinhos na cama!c) Ah! Ah!... riu-se o Manuel, contemplando-o. O rio! Que te parece?! Olha que lindo, o rio!

d) Ai quem acode! Ai Jesus, quem nos vale! Acudam! Acudam!II1. Identifica os modos de apresentao da narrativa presentes no texto. Retira exemplos do texto.Bom Trabalho!

Ficha de conhecimento explcito da lngua - CORRECOI

1.1. a) O autor usa o adjectivo feiticeira para explicar o fascnio que os dois irmos sentiam quando olhavam para a estrela. O brilho era to grande que os dois irmos ficaram encantados com a estrela e, o facto de estar anteposto, reala ainda mais esse sentido.

b) O adjectivo louco pretende realar, por um lado, a vontade enorme que os dois meninos tinham de alcanar a estrela e, por outro lado, a ideia de que esse desejo era impossvel de ser concretizado.

2. a) O recurso expressivo usado a dupla adjectivao (repentino e brutal). Os adjectivos pretendem realar a intensidade da luz do dia, era uma luz muito forte que entrava de forma muito rpida no quarto e, por isso, eles fechavam os olhos.

b) O recurso de estilo presente na frase a comparao (to madrugadores como os melros). Para concretizar o seu desejo os meninos no se importavam se madrugar, ou seja, de se levantarem muito cedo tal como fazem os melros, que acordam muito cedo.

c) O recurso expressivo presente nesta frase a comparao. A agitao permanente da corrente do rio era to grande que fazia lembrar todo um exrcito a cantar um salmo (cntico religioso enfadonho e repetitivo). Esta ideia ainda reforada pela presena da dupla adjectivao (montono e rouco

3. a) Ih! como ela dissera aquilo, Me Santssima!

A interjeio pretende realar o efeito que o tom de voz severo da me teve nos dois irmos: ela estava to zangada, que eles ficaram cheios de medo.b) Ai, ai, dia claro h que tempos, vem a o sol, e os morgadinhos na cama!

A interjeio exprime a irritao da me por ver que j era de manh e os seus filhos ainda estavam na cama.c) Ah! Ah!... riu-se o Manuel, contemplando-o. O rio! Que te parece?! Olha que lindo, o rio!

A interjeio exprime a admirao, o encantamento que o Manuel tinha pelo rio.

d) Ai quem acode! Ai Jesus, quem nos vale! Acudam! Acudam!

As interjeies presentes na frase exprimem o medo, o pnico que os dois irmos estavam a sentir enquanto estavam a ser puxados pela corrente.II

1. Os modos de apresentao da narrativa presentes neste texto so os seguintes:

- a descrio: Ia j pela aldeia um claro rumor de vida gente que passava para os campos, os solavancos dos carros no empedrado pssimo da rua, os patos da vizinhana que saam em rancho para a digresso pelos prados, grasnando ruidosamente, levantando-se em voos curtos, espantados da agresso acintosa dos rapazes.

- a narrao: Os dois sentaram-se na cama para se vestir; O mais novito ainda tentou deitar-se outra vez.

- o dilogo: Me, a bno! balbuciaram os dois, tontos de sono ainda.

Deus os abenoe. Que Deus no abenoa mandries, ouviram? Ora, eu j volto! Queira Deus que no vos encontre c fora, tendes que ver!