Ficha - genéricos - A FAVOR

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  • 8/4/2019 Ficha - genricos - A FAVOR

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    As formadoras: Glria Ribeiro e Raquel Marques Pg. 1

    Unidade de Competncia 3: Compreender que a qualidade de vida e bem-estar implicam a capacidade de acionar

    fundamentada e adequadamente intervenes e mudanas biocomportamentais, identificando fatores de risco e deproteo, e reconhecendo na sade direitos e deveres em situaes de interveno individual e do coletivo.

    Ncleo Gerador: Sade (S)

    Domnio Tema Competncia Critrios de evidncia

    DR3Medicinas eMedicao

    Reconhecer os direitos

    e deveres dos cidados

    e o papel da

    componente cientfica

    e tcnica na tomada de

    decises racionaisrelativamente sade

    Sociedade Atuar no campo da sade, entendendo-o como um campo

    composto por instituies com competncias especializadas na produo

    e distribuio de medicamentos, mas incluindo tambm reas de

    liberdade, desigualdade e conflito.

    Tecnologia Atuar no relacionamento com servios e sistemas de sade

    reconhecendo as possibilidades de escolha e os limites da

    automedicao, bem como intervindo no sentido de conhecer a

    fiabilidade de tcnicas e produtos para a sade.

    Cincia Atuar na promoo e salvaguarda da sade recorrendo a

    conhecimentos cientficos para a tomada de posio em debates de

    interesse pblico sobre problemas da sade (planeamento familiar,

    teraputicas naturais, toxicodependncia, etc.), suportando essas

    posies em anlises matemticas que permitam perspetivar medidas de

    forma consistente.

    Optarou no optar por

    genricos?

    Notcia 1

    A entrada dos genricos no mercado provocar queda nos preos dos medicamentos?

    Esta a inteno do governo. Grande parte do preo cobrado pelos grandes laboratrios (em sua quase

    totalidade multinacionais) engloba gastos com pesquisas, desenvolvimento de novas drogas, publicidade,

    marketing, etc. Por copiarem frmulas j desenvolvidas e possurem baixo custo de publicidade e marketing, os

    laboratrios que produzirem os genricos tero seus custos bastante reduzidos, propiciando, assim, a queda nos

    preos dos medicamentos. Em vrios pases do mundo, a poltica de adopo dos medicamentos genricos

    provocou esse acontecimento. Nos Estados Unidos e em pases da Europa, os genricos representam cerca de

    40% do mercado de medicamentos. Em alguns, como o Canad, esse percentual ainda maior. Conforme dados

    da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, a diferena de preos entre os remdios de referncia e os genricos

    varia de 35% a 79%. No entanto, vrios especialistas afirmam que no basta a pura presena dos genricos no

    mercado para os preos carem.

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    Curso de Educao e Formao de Adultos (EFA) NvelSecundrio

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    As formadoras: Glria Ribeiro e Raquel Marques Pg. 2

    Notcia 2

    Entrevista a um docente universitrio

    Qual a razo para no utilizar os genricos?

    Bem, julgo que todas estas razes anteriores seriam vlidas para justificar a vossa escolha na utilizao

    de medicamentos genricos, mas se mais no houvesse, pergunto: Qual a razo para no os utilizar?

    Porque se chamam genricos, quando na realidade so produzidos da mesma forma (nas mesmas

    mquinas, com matria prima igual, sob superviso dos mesmos tcnicos) que os originais?

    Porque so lanados no mercado 20 anos depois do original, ou seja implicam uma segurana acrescida

    pelo vasto tempo de utilizao no mercado?

    Porque queremos que estejam disponveis para o paciente os adquirir, quando a sua existncia nas

    farmcias garantida, se no no momento, num mximo de 2 a 3 horas em todo o Pas?

    sabido que a Indstria Farmacutica inovadora a mais importante fonte de progresso de sade

    pblica, a julgar pelo facto de 95% da investigao de novos frmacos, a nvel mundial, ser da sua

    responsabilidade, em detrimento do investimento pblico que s representa os restantes 5%.

    sabido que a investigao farmacutica fundamental para o aumento da esperana de vida do ser

    humano que, s no sculo passado, com o advento de novos medicamentos, praticamente duplicou.

    Mas, ser que no podemos separar o trigo do joio e proporcionar a todos a mesma qualidade,

    oportunidade de utilizao e menores encargos, quando o medicamento original j existe h mais de 20 anos?

    Profissionais de sade e genricos

    Ento, como Profissionais de Sade e como cidados Portugueses:

    Vamos continuar a arranjar pretextos para no proporcionar a utilizao de genricos que nos fazem

    gastar dinheiro, desnecessariamente?

    que no nos esqueamos que o paciente s paga, em mdia, 33% do preo dos medicamentos no acto

    da compra, o que implica que o Estado, e todos ns, paguemos os restantes 67%!

    Vamos continuar, por falta de recursos, a reduzir o leque de medicamentos comparticipados,

    discriminando certos doentes e certas doenas?

    que todos os anos, milhares de pessoas no acedem, ou acedem a preos mais elevados, a

    medicamentos que so essenciais sua qualidade de vida!Saibamos contribuir, num Portugal melhor, para as geraes dos nossos descendentes.

    Faamos uso dos medicamentos Genricos.

    Antnio Hiplito de Aguiar(Farmacutico e Dir. Tcnico da Farmcia Aguiar)

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    As formadoras: Glria Ribeiro e Raquel Marques Pg. 3

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    Europa adverte contra bloqueio de genricosPortugal viola leis europeias ao suspender aprovaes de frmacos enquanto tribunais decidem sobre patentes

    2008-08-01

    O bloqueio judicial que tem travado a introduo de novos genricos no mercado portugus, em nome da

    proteco de patentes, foi analisado na Comisso Europeia. E deu acusao: h violao de directivas

    comunitrias.

    O caso foi denunciado recentemente pelo JN e implica providncias cautelares interpostas por laboratrios

    produtores de medicamentos originais, que invocam violao de patentes na autorizao de vrios genricos. S

    em 2007, houve 70 processos em tribunal. As aces judiciais acabaram por suspender o processo de atribuio

    de autorizao de introduo no mercado (AIM), da responsabilidade da Autoridade Nacional do Medicamento(Infarmed), bem como a fixao de preos pela Direco-Geral das Actividades Econmicas (DGAE).

    Debate:Procurem ideias neste documento que vos faam argumentar a favor utilizao de Genricos.

    Tudo na vida pode ser visto de vrios ngulos... como a histria do copo. Meio cheio ou meio vazio?