FICHA PARA CATÁLOGO · 2014. 4. 22. · FICHA PARA CATÁLOGO UNIDADE DIDÁTICA PROFESSOR PDE/2010...

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  • FICHA PARA CATÁLOGO UNIDADE DIDÁTICA PROFESSOR PDE/2010

    TÍTULO Leitura: contação de histórias – uma prática

    diferenciada.

    AUTOR Ronicéia Aparecida Biscaia Solak

    ESCOLA DE ATUAÇÃO Escola Estadual “Prof. Amálio Pinheiro”. Ensino Fundamental.

    MUNICÍPIO DA ESCOLA Ponta Grossa - Paraná

    NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO

    Ponta Grossa - Paraná

    ORIENTADOR Jane Kelly de Oliveira

    INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

    Universidade Estadual de Ponta Grossa. (UEPG)

    ÁREA DO CONHECIMENTO/DISCIPLINA

    Língua Portuguesa

    RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho).

    Língua Portuguesa e Artes.

    PÚBLICO ALVO (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...).

    Alunos do 7º ano do Ensino Fundamental.

    LOCALIZAÇÃO (identificar nome e endereço da escola de implementação).

    Escola Estadual “Prof. Amálio Pinheiro”. Ensino Fundamental. Praça Getúlio Vargas, 183. Nova Rússia. Cep.: 84.070.550

    PARANÁ

    GOVERNO DO ESTADO

    SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

    SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

    DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

    PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

  • RESUMO: (no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples).

    A leitura estimula a imaginação, informa e proporciona conhecimentos, porém a leitura tem sido atualmente o grande desafio que a escola tem enfrentado na formação de leitores e na apropriação dos mais diversos conhecimentos que circulam na nossa sociedade. Nesta perspectiva, a metodologia desta Unidade Didática é apresentar um material que propõe a contação de histórias como prática diferenciada de estímulo à leitura e à formação de leitores.

    PALAVRAS-CHAVE (3 a 5 palavras).

    Leitura; contação de histórias; formação de leitores.

  • Apresentação

    A leitura estimula a imaginação, informa e proporciona conhecimento, no

    entanto, a leitura tem sido atualmente o grande desafio que a escola tem enfrentado

    na formação de futuros leitores e na apropriação dos mais diversos conhecimentos

    que circulam na nossa sociedade. Pode-se evidenciar que tanto a escola como a

    sociedade tem papel decisivo na formação de leitores. Nesta perspectiva, a presente

    Produção Didático-Pedagógica contempla atividades, em forma de oficinas, as quais

    relacionam teoria e prática de leitura, possibilitando ao educando desenvolver os

    conhecimentos nos mais variados contextos encontrados na atualidade.

    Esta Produção Didático-Pedagógica apresenta-se no formato de Unidade

    Didática, a qual busca atender as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de

    Língua Portuguesa do Estado do Paraná. A organização da Unidade Didática tem

    como prioridade aproximar os educandos do seu cotidiano escolar, objetivando

    apresentar ao professor um trabalho significativo e inovador com um material que

    propõe a contação de histórias como prática diferenciada para o estímulo a leitura e

    a formação de leitores.

    Para isso, este material apresenta aprofundamento teórico e oito oficinas de

    quatro horas cada uma, com atividades para alunos do 7º ano do Ensino

    Fundamental, priorizando a leitura, a oralidade e a escrita. O foco das oficinas visa

    incentivar e promover a formação de leitores nas escolas por meio de leituras de

    contos, contos de fadas, fábulas e lendas.

    A contação de histórias refere-se à estratégia do presente material e as

    atividades de análises, seleções de livros, leitura e criatividade são sugestões

    adaptadas de vários livros. Neste sentido, a leitura, no transcorrer desta Unidade,

    deverá ser entendida como prática fundamental na formação de um leitor

    preocupado com aquilo que lê e as atividades realizadas nas oficinas serão

    registradas em um caderno intitulado “Diário do leitor”. Este registro é fundamental

    para que se possa acompanhar o desenvolvimento das leituras.

    Para finalização das oficinas será confeccionado um livro artesanal com

    histórias elaboradas pelos alunos, pois, assim, eles observarão as suas produções

    organizadas em um material, o qual valorizará o que eles desenvolveram.

  • Para uma orientação mais objetiva desta produção, no corpo do material

    encontram-se recomendações para os professores com destaque em azul.

    Neste material, as atividades elaboradas apresentam chamadas

    incentivadoras para os alunos, e cada oficina tem seus objetivos próprios:

    Oficina 1 - “A história que eu lembro...” – pretende ressaltar a importância da

    leitura no cotidiano escolar, por meio da apresentação de narrativas orais.

    Oficina 2 - “Histórias contadas pela família” - objetiva resgatar as histórias

    repassadas de gerações a gerações.

    Oficina 3 - “Caixa encantada” – destina-se a estimular o contato dos alunos

    com os livros, através de leituras e de recontar histórias.

    Oficina 4 - “Conversa com o escritor” - constitui em apresentar um escritor

    com o objetivo de aproximar os alunos de sua realidade.

    Oficina 5 – “Visita à livraria ou biblioteca” - visa incentivar a leitura de livros,

    com visitas a espaços diferenciados do contexto escolar.

    Oficina 6 – “Uma viagem aos contos de fadas” – foca leituras de várias

    versões dos contos de fadas.

    Oficina 7 - “Descobrindo e redescobrindo como contar histórias” - apresenta

    algumas possibilidades de trabalho com a contação de histórias.

    Oficina 8 – “Contando e recontando histórias” - é uma oficina de finalização,

    na qual se organizará uma exposição dos trabalhos realizados pelos alunos.

    A avaliação é o ponto culminante de todas as atividades desenvolvidas na

    Unidade Didática, sendo um processo contínuo por meio do qual o professor

    observa o desenvolvimento do aluno e do seu próprio trabalho.

    Este material foi elaborado para o Programa PDE-2010, sob orientação da

    Profª Dra. Jane Kelly de Oliveira a quem agradeço pela sua dedicação e trabalho

    intenso para a realização da presente produção.

  • Introdução

    A leitura informa, promove o desenvolvimento intelectual e crítico, pois

    propicia conhecimentos de forma que quem lê amplia sua visão diante do mundo.

    Então, é possível afirmar que a aquisição do conhecimento em geral requer, em

    grande medida, o domínio e o hábito da leitura.

    Atualmente, a escola enfrenta o enorme desafio de os professores, em seu

    cotidiano da sala de aula, formar leitores conscientes da relevância do conhecimento

    necessário para atuarem numa sociedade com exigências cada vez maiores. Esse

    desafio parece instransponível quando se observa que em nosso país a importância

    dada à leitura é precária. A falta de investimentos é evidenciada nos resultados

    alarmantes apresentados nas provas nacionais e internacionais que contemplam a

    leitura.

    A importância da formação de leitores competentes é explicitada por Solé

    (1998, p.172) quando ela destaca que “aprender a ler significa aprender a encontrar

    sentido e interesse na leitura. Significa aprender a se considerar competente para a

    realização das tarefas de leitura e a sentir a experiência emocional gratificante da

    aprendizagem”.

    Por isso, uma das alternativas mais próximas de uma leitura proficiente

    consiste na escolha do material de leitura realizada pelo professor. Para que o

    profissional da educação empreenda uma escolha adequada ele deverá se guiar por

    dois importantes aspectos: conhecimento prévio dos alunos e a busca de situar o

    educando na realidade em que está inserido para que, depois disto, ele possa se

    formar um cidadão capaz de interagir na sociedade.

    Nesse sentido, o trabalho do professor desenvolvido com compromisso e

    competência contribuirá para uma nova experiência no cotidiano escolar, com vistas

    a melhorar os baixos índices apresentados pelos educandos em provas de leitura.

    Diante dessa situação, a formação do leitor não depende somente do aluno

    ter contato com o livro, é necessário que o professor se conscientize sobre a

    importância dele, qual e como indicar, como conduzir os alunos para uma leitura

    espontânea, livre e prazerosa. Portanto, não existem fórmulas mágicas. O professor

    constantemente precisa analisar as situações em que a leitura se desenvolve.

  • Nesse entendimento, a leitura é uma prática social que está internalizada no

    cotidiano do ser humano, por isso ela deve ser incentivada desde cedo. E, para que

    as pessoas se interessem pela leitura, é preciso que elas tenham contato com os

    livros, observando e ouvindo histórias, pois esta prática adquirida na infância pode

    facilitar a formação de um leitor adulto.

    Uma contradição que se observa nas nossas práticas escolares é que a

    escola deveria ser um espaço propício ao ensino da leitura e compreensão dos mais

    diversificados textos, mas observa-se que alunos são totalmente distanciados dos

    livros. Talvez porque a escola seja sua única oportunidade de contato de alunos com

    os livros e essa prática de formação de leitores não é suficiente para atender às

    necessidades prioritárias estabelecidas pela sociedade como um todo e veiculadas

    pelos documentos oficiais da política de ensino.

    Nesta perspectiva, é prioritário repensar as práticas de leitura que

    contemplem uma leitura prazerosa e ao mesmo tempo crítica. Diante deste

    panorama, a contação de histórias como uma prática pedagógica diferenciada no

    cotidiano escolar poderá contribuir de forma significativa na formação de futuros

    leitores.

    A arte de contar histórias

    Nas sociedades mais remotas, a prática de contar histórias, fazia parte do

    cotidiano. As pessoas se reuniam em volta da fogueira para narrarem assuntos

    como origem dos seres e das coisas, de heróis, de deuses, etc. Assim, este

    momento, fortalecia o sentimento dos participantes de pertencerem e se

    aproximarem de um determinado grupo social.

    Para Meireles (1979, p.41), “o ofício de contar histórias é remoto (...) e por ele

    se perpetua a literatura oral, comunicando de indivíduo a indivíduo e de povo a povo

    o que os homens, através das idades, têm selecionado da sua experiência como

    mais indispensável à vida”.

    No entanto, a presença de relatos e outros modos de se expressar, como as

    danças e os rituais das comunidades primitivas, vieram contribuir para o surgimento

  • de mitos, fábulas e várias narrações contadas até os dias de hoje, mesmo numa

    sociedade tão tecnológica e globalizada como a nossa.

    Com o transcorrer do tempo e o advento da escrita, os contadores de

    histórias ficaram mais restritos ao âmbito da família, a qual foi responsável por

    repassar de geração a geração as narrativas propagando a memória e os valores

    presentes no dia a dia das sociedades primitivas.

    Neste sentido, ouvir e contar histórias são fundamentais para a formação do

    ser humano e do ser leitor, pois para ser leitor é necessário compreender as

    histórias como também a sua vivência e a sua história para se posicionar diante dos

    acontecimentos atuais.

    A contação de histórias para os alunos é uma prática familiar, mesmo que não

    seja uma prática comum atualmente, desde pequenos, em situações variadas, eles

    já ouviram ou contaram alguma história. Portanto, esta prática desenvolvida na

    escola possibilitará trabalhar a emoção e a fantasia, despertando o imaginário e a

    criatividade dos educandos.

    Nesse sentido, contar histórias no cotidiano escolar aproxima os alunos dos

    livros e das narrativas, na procura de ouvir e ler novas histórias e estruturar formas

    que possibilitem novas reflexões e novos questionamentos nos leitores.

    Nesta perspectiva, a contação de histórias é uma prática que possibilitará o

    estímulo à leitura e à formação de leitores, é uma alternativa diferenciada, que foge

    dos padrões internalizados nas práticas de leituras presentes no cotidiano escolar.

    Portanto, a contação de histórias aparece como uma prática transformadora,

    numa busca constante em desenvolver nos educandos o prazer de ler e ouvir.

    Orientações para contação de histórias

    Contar histórias não é uma prática restrita, todos podem aprender e

    aperfeiçoar a capacidade de narrar.

    Para ser um bom contador de histórias é necessário ter muita leitura,

    conhecer livros, estar atento aos acontecimentos do mundo. As histórias devem ser

    selecionadas, pois o contador tem que conhecer e gostar de narrativas que serão

  • apresentadas, já que só assim despertará a atenção e a sensibilidade de todos os

    que estão ouvindo.

    Outra orientação importante se refere à apresentação da história. É prioritário

    que, o contador memorize, entenda e saiba a sequência da história, além de contá-

    la com prazer, emoção e segurança.

    O contador deve fazer com que a história se torne interessante; acreditar na

    narrativa para que os ouvintes também possam dar valor ao que está sendo

    apresentado. Por isso, ao narrar, o contador tem que desenvolver a história de forma

    mais natural possível, sem recorrer a artificialismos, o narrador deve se expressar

    com clareza e convicção naquilo que se propôs a apresentar.

    Ao contar histórias, o contador não deve se preocupar em ser um ator, pois o

    fundamental é o uso da palavra, ponto relevante para aguçar o imaginário, construir

    espaços e criar novas leituras nos ouvintes.

    Outro aspecto importante a ressaltar é que não se deve contar a história com

    o mesmo tom de voz, e nem se utilizar de um único ritmo do início ao fim da

    narrativa, por isso é fundamental as pausas no decorrer da contação.

    Neste contexto, vale destacar o contato visual com os ouvintes. É através

    dele que se pode constatar se as histórias contadas estão sendo aceitas ou não; o

    olhar tem que ser dirigido para todos, assim fica mais próximo o contato com as

    pessoas que estão ouvindo.

    Dessa forma, a contação de história é uma oportunidade diferenciada na

    prática pedagógica da escola, portanto não pode ser utilizada como forma de

    avaliação, ela deve ocupar um lugar privilegiado de emoção e prazer, num espaço

    onde a preocupação fundamental é com o saber sistematizado.

  • Oficina – 1

    A história que eu lembro...

    *

    Esta primeira oficina pretende ressaltar a importância da leitura no cotidiano

    escolar. Neste momento, você, professor, poderá fazer um breve comentário sobre o

    projeto para os participantes.

    Objetivos

    Propor que o aluno recupere, em sua memória, narrativas das quais se

    lembre;

    Incentivar o aluno a apresentar oralmente uma narrativa.

    * Esta ilustração e todas as outras deste material foram feitas por Giselle Jansen Xavier de Barros a quem

    agradeço imensamente a colaboração.

  • Apresentação inicial

    Professor, neste início você poderá utilizar imagens (pessoas lendo,

    capas de livros, e outros) para estimular a conversa inicial através de

    comentários e demonstrações. É importante destacar que este bate-papo,

    enriquecido pelos diálogos entre professor e alunos, possibilitará aos

    educandos buscarem novas informações e argumentações para se

    posicionarem como verdadeiros interlocutores.

    Professor, outra sugestão para a introdução da oficina é utilizar-se de

    textos que abordem a importância da leitura e dos livros, faça uma leitura em

    voz alta e em seguida realize comentários.

    Sugestão de leitura. MINDLIN, José. Loucura Mansa. In: CEREJA, William

    Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português linguagens. 9º ano.

    São Paulo: Atual, 2009.

    Sugestão de filme: Um faz de Conta que Acontece. Gênero comédia.

    Direção: Adam Shankman. Duração: 95 min. 2008. EUA.

    Você gosta de trocar ideias?

    Reúna-se com um colega e conversem sobre a importância da leitura e dos

    livros no seu cotidiano.

    Depois da conversa, participe do debate com os outros alunos. Prepare-se

    para responder oralmente às seguintes questões:

    O que significa leitura para você?

    Qual o livro que você leu, atualmente?

    Já ouviu ou contou histórias em sua casa?

    É importante alguém contar histórias? Justifique.

    Proposta

    Professor, para iniciar a proposta, você poderá contar uma história de

    que recorda: “A história que eu lembro”.

    A importância desta atividade está no fato de ao contar histórias busca-

    se o resgate da memória, a integração do imaginário e das palavras, e sem

  • dúvida a formação da identidade nas gerações futuras.

    A proposta é que você inicie um diálogo com seus alunos. Abaixo

    apresento algumas sugestões de questões para orientar o debate:

    Pense e responda:

    Você se lembra de alguma história? Uma que foi contada por seus pais ou

    outras pessoas?

    Como é esta história? Conte para os outros colegas.

    Para finalizar

    Aluno, agora você já contou a história da qual você se lembrava, é hora de

    confeccionar um painel. Vamos fazer um pequeno cartaz com o título do livro que foi

    apresentado por você.

    Para próxima oficina

    Professor, para a oficina seguinte, você irá solicitar que os alunos

    convidem familiares ou pessoas da comunidade para participarem do projeto,

    para contarem suas histórias guardadas na memória, eles poderão trazer

    livros e materiais de apoio.

  • Oficina – 2

    Histórias contadas pela família

    Nesta oficina, destaca-se a importância dada à memória de cada um, sendo o

    ser humano construtor de um patrimônio cultural repassado de geração a geração,

    por isso se propõe histórias narradas e coletadas pelos familiares. A participação da

    família ou pessoas da comunidade será fundamental no desenvolvimento das

    atividades de incentivo à leitura e à formação de leitores.

    Objetivo

    Resgatar as histórias repassadas de gerações a gerações.

    Apresentação inicial

    Professor, você poderá fazer um comentário sobre o projeto de leitura,

    ressaltando a importância de se resgatar as histórias acumuladas pelas

    gerações passadas, para a preservação da memória e da identidade.

    Desenvolvimento

  • Neste início, professor (a), é importante fazer uma explicação sobre a

    “roda de histórias”. Esta é uma técnica em que os participantes sentam-se em

    círculo e cada um conta uma história ou relata algum acontecimento.

    Para conhecer outras técnicas consulte os livros:

    COSTA, Marta Morais da. Metodologia do ensino da literatura infantil.

    Curitiba: Ibpex, 2007.

    COELHO, Betty. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática.

    Depois desta explicação, você, professor, poderá contar sua história, e

    em seguida solicitará aos participantes para apresentarem suas histórias. É

    importante, neste momento, deixar as pessoas tranquilas e à vontade para

    narrarem histórias.

    Atenção, lá vem história...

    Você já participou de uma “roda de histórias”? Vamos nos sentar em círculo,

    ouvir e contar várias histórias.

    Para finalizar

    Agora, aluno, para finalizar esta atividade tão significativa para todos nós,

    onde você ouviu e observou as histórias, poderá formar grupos com várias pessoas

    com o objetivo de elaborarem um cartaz que ilustre uma das histórias que foram

    contadas. Para a confecção do cartaz você poderá utilizar recortes de revistas,

    papéis coloridos, desenhos, etc.

    Com o cartaz concluído, agora é a vez de todos os participantes construírem

    um varal.

    Diário do leitor

    Aluno, registre no seu diário uma história contada pelas pessoas participantes

    desta oficina.

  • Oficina – 3

    Caixa encantada

    Na presente oficina pretende-se trabalhar com uma variedade de livros, os

    quais serão colocados em uma caixa grande, colorida e atrativa para todos os

    participantes.

    Objetivo

    Estimular o contato dos alunos com os livros, através de leituras e da

    atividade de recontar histórias.

    Apresentação inicial

    Professor, você, irá organizar uma caixa com livros selecionados

    conforme a turma, com a qual se desenvolverá o seu trabalho de leitura. Para

    que a caixa fique bem atraente e chame a atenção de todos os envolvidos na

    atividade, sugere-se a utilização de papéis coloridos, gravuras, desenhos,

    pinturas, etc.

    Agora, professor, é só aproveitar a sua criatividade!

  • Desenvolvimento

    Professor, neste primeiro contato dos alunos com os livros é importante

    criar um clima em que eles se sintam à vontade para fazer suas escolhas. Em

    seguida, proponha para que os alunos observem os livros (capa, autor,

    conteúdo, ilustração, etc.), leiam alguns trechos dos livros que eles acharam

    interessantes e finalmente façam a escolha de um livro, para recontar a história

    lida.

    Sugestões de leitura:

    CUNHA, Leo... et. al. Meus primeiros contos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

    LAGO, Angela... et .al. Histórias pescadas. São Paulo: Moderna.

    COLASSANTI, Marina. Uma idéia toda azul. Rio de Janeiro: Nórdica.

    Você poderá explicar: o que significa recontar.

    O recontar uma história, consiste em contar uma história que se conhece, não

    é necessário reproduzi-la na integra, porém o conhecimento tem que ser dominado e

    apresentado de modo simples para que todos os ouvintes entendam o desenrolar da

    narrativa.

    Proposta

    Professor, para esta atividade, você, fará orientações quanto ao ritmo, o

    tom de voz, as pausas, etc.

    Aluno, depois das leituras, observações e escolha do livro, você fará um

    pequeno texto sobre o livro selecionado. Com o texto pronto, você irá apresentar sua

    história e trocar idéias com outro colega, a preocupação no momento é recontar a

    história escolhida.

    Ficou ótimo! Agora, é só recontar para os colegas.

    Para finalizar

    Aluno, em folha de sulfite ou cartolina represente através de desenhos a

    história recontada, para posterior confecção de um mural.

    Não se esqueça de colocar o título!

  • Diário do leitor

    Agora, aluno, registre no diário um desenho interessante da história

    recontada.

    Para próxima oficina

    Professor, você vai indicar a leitura de livros de um determinado

    escritor, que poderá ser convidado para a próxima oficina, com o objetivo de

    conversar com os alunos sobre leitura e seus livros. E, se na sua cidade não

    tiver escritores, sugere-se que você convide alguma pessoa entendida sobre

    um determinado escritor.

    Ainda, para a atividade posterior, você irá solicitar que os alunos

    elaborem questões, leiam livros para interagirem com o escritor. É importante,

    neste momento, que se estimule o conhecimento prévio dos alunos para

    garantir uma conversa significativa com o escritor.

  • Oficina – 4

    Conversa com o escritor

    Esta oficina visa apresentar um escritor, o qual foi previamente convidado,

    para uma conversa informal com os alunos. O assunto do bate-papo será a

    importância da leitura e dos livros.

    Sugestão para o professor

    Nesta oficina, você, poderá organizar um café literário, nos moldes de

    algumas livrarias e eventos que promovem a leitura.

    Objetivo

    Aproximar os alunos da realidade do escritor.

    Desenvolvimento

    Professor, você já realizou anteriormente contato com o escritor, neste

    momento, você poderá fazer uma apresentação rápida do escritor, sua

    trajetória e seus livros. Irá preparar o ambiente agradável para a conversa,

    utilizando-se de fotos e livros do escritor.

  • Em seguida, o escritor inicia sua fala, abordando a importância da leitura e

    dos livros para o cotidiano escolar.

    Proposta

    Aluno, ao término da fala do escritor, você terá a oportunidade de fazer

    perguntas sobre o assunto abordado pelo ele. O bate-papo será bem informal, mas

    mesmo assim é importante você preparar-se previamente.

    A participação dos alunos nesta atividade oferece um contato social maior,

    contribuindo para uma diferença significativa no interesse pelos livros e pela leitura.

    Em seguida, vocês alunos, formarão equipes de quatro pessoas, as quais irão

    escolher e ensaiar um trecho interessante do livro (leitura prévia) do escritor

    convidado, com o objetivo de fazer uma dramatização.

    Agora é só dramatizar!

    Diário do leitor

    Aluno registre o trecho do livro que você dramatizou. Não se esqueça do título

    e do nome do escritor.

    Para próxima oficina

    Professor, você deverá entrar em contato com o responsável por uma

    livraria ou biblioteca de sua comunidade, para agendar a visita e atividades

    dos alunos nestes espaços. Se sua comunidade não apresentar estes

    espaços, você poderá levar os seus livros em caixas ou sacolas, para que os

    alunos leiam em outros espaços como: parques, praças, etc.

  • Oficina – 5

    Visita à livraria ou biblioteca

    Esta oficina terá como objetivo a visita dos alunos a uma livraria ou biblioteca,

    onde se poderá encontrar a prática de leitura, e em determinadas ocasiões

    dramatizações e contação de histórias. Por isso, se faz necessário agendar a visita

    previamente para que o passeio seja aproveitado da melhor forma possível.

    Estes espaços possibilitam aos alunos se apropriarem de uma variedade de

    livros e de leituras, que serão responsáveis pela construção de outro significado

    para as aulas de leitura no cotidiano escolar.

    Objetivo

    Estimular a leitura de livros, através de visitas em espaços diferenciados do

    contexto escolar.

    Desenvolvimento

    Professor, você irá orientar os alunos quanto à visita e à importância

    dos livros e da leitura nas bibliotecas ou livrarias.

    Outra orientação, professor, refere-se às pessoas responsáveis pela

  • Proposta

    Aluno, ao chegar à biblioteca ou à livraria você poderá: observar os livros,

    realizar algumas leituras, fazer perguntas para os responsáveis destes espaços,

    participar de atividades como contação de histórias.

    Para finalizar

    Alunos, em grupos, confeccionem um cartaz com desenhos que representem

    o espaço visitado. Não se esqueçam de agradecer as pessoas responsáveis pela

    oportunidade da visita neste local.

    Sugestão para o professor:

    Na escola, você poderá montar um mural com os cartazes que foram

    confeccionados e com as fotos da visita.

    Diário do leitor

    Aluno, registre um parágrafo ressaltando a importância da visita realizada na

    livraria ou biblioteca.

    biblioteca ou livraria, as quais realizarão explicações e atividades aos alunos

    sobre estes espaços.

    Neste momento, você poderá conscientizar os educandos no sentido de

    aproveitarem o máximo as leituras, pois no final do projeto irão elaborar uma

    história e confeccionar um livro artesanal.

  • Oficina – 6

    Uma viagem aos contos de fadas

    Os livros a serem trabalhados nesta oficina versarão sobre contos de fadas

    clássicos e contos de fadas modernizados, pois os contos de fadas fazem as

    pessoas viajarem pelo mundo da fantasia e imaginação.

    Objetivo

    Realizar leituras de várias versões dos contos de fadas.

    Escolher um conto de fadas clássico e criar um novo final para a história.

    Desenvolvimento

    Professor, você poderá trazer uma sacola ou caixa com vários livros de

    contos de fadas clássicos e modernizados, com o objetivo de os alunos lerem várias

    versões dos contos. Explique sobre a diferença entre os contos:

    Contos de fadas clássico é uma história antiga contada de geração a

    geração. O tempo da narrativa é indefinido, e as personagens, geralmente, são

    príncipes, princesas, reis, rainhas, fadas, bruxas e outros.

  • Contos de fadas exploram temas e personagens presentes nos contos de

    fadas clássicos, mas com humor.

    Sugestões de leitura:

    PRATA, Mário. Chapeuzinho Vermelho de raiva. Porto Alegre: Globo.

    ROSA, João Guimarães. Fita Verde no Cabelo: nova velha estória.

    SOUZA, Flávio de Souza. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. São Paulo:

    FTD.

    Sugestão de filmes:

    Shreck. Gênero animação computadorizada. Direção: Andrew Adamson e Vicky

    Jenson. Duração: 90 min. 2001. EUA.

    Deu a louca na Chapeuzinho. Gênero animação. Direção: Cory Edwards.

    Duração: 80 min. 2005. EUA.

    Ao término das leituras, você solicitará para que os alunos escolham um

    conto de fadas e modifiquem o seu final.

    É importante que você faça correções nos textos!

    Proposta

    Aluno, após a leitura dos contos, você irá escolher um conto para criar um

    novo final para ele. Será corrigido pelo professor e reescrito por você. Em seguida,

    você poderá colocar o novo final em um cartaz e ilustrar.

    Em seguida, os alunos irão se dirigir à biblioteca para a apresentação aos

    colegas do novo final do conto e os cartazes ficarão em exposição na biblioteca da

    escola.

    Diário do leitor

    Aluno, registre o novo final que você criou para o conto escolhido.

  • Oficina – 7

    Descobrindo e redescobrindo como

    contar histórias

    Esta oficina oportunizará algumas possibilidades para se trabalhar a contação

    de histórias, preparando os alunos para a apresentação final.

    Objetivo

    Contar histórias utilizando um recurso apresentado na oficina.

    Desenvolvimento

    Professor selecione uma variedade de livros para que os alunos leiam e

    escolham um para apresentarem.

    Sugestões de livro:

    VERÍSSIMO, Luís Fernando. O Santinho. Rio de Janeiro: Objetiva.

    COLASSANTI, Marina. Doze reis e a moça no labirinto do vento. Rio de

    Janeiro: Nórdica.

    Em seguida, apresente aos alunos, os vários recursos que eles poderão

    utilizar para a contação de histórias: fantoches, personagens em EVA,

    flanelógrafo, gravuras, transparência e retroprojetor, máscaras, varetas com

  • personagens, álbum seriado, etc. Estes recursos são apenas sugestões, o

    professor irá utilizar o que for viável em sua realidade.

    Proposta

    Aluno você observou os vários recursos apresentados pelo professor, agora

    escolha um livro para leitura. Após a leitura selecione o recurso que você irá utilizar

    para contar a história lida, converse com seu colega, peça sugestões sobre sua

    apresentação.

    Para finalizar

    Aluno, após as leituras e a seleção do recurso de contação, chegou o

    momento de contar a história. Agora ficou fácil!

    Professor faça uma breve explicação sobre a sinopse. Você poderá

    distribuir modelos de sinopses que geralmente vem em catálogos ou revistas.

    Diário do leitor

    Aluno, você fará uma sinopse do livro que você leu. Não se esqueça de

    indicar a leitura para as pessoas e ilustrar.

    COLASSANTI, Marina.

    Palavras aladas. A

    narrativa conta a história de

    um rei que gostava muito do

    silêncio, por isso mandou

    construir uma enorme

    redoma de vidro que

    envolvia todo o seu castelo.

    Será que ele conseguirá

    viver assim? Leia o conto e

    descubra o seu final.

    Vale a pena ler!

    Aluno(a):...............................

  • Oficina – 8

    Contando e recontando histórias

    Esta oficina será diferenciada das anteriores, pois os alunos percorreram

    atividades diferenciadas que irão resultar numa exposição dos livros artesanais e

    diários confeccionados pelos alunos no decorrer do projeto de leitura.

    Objetivo

    Organizar uma exposição com os materiais confeccionados pelos alunos no

    desenvolvimento do projeto de leitura.

    Desenvolvimento

    Professor, você já orientou previamente seus alunos, quanto à

    exposição dos materiais.

    Agora é só organizar!

  • Proposta

    Após a organização da exposição, aluno, você fará a recepção dos

    convidados e contará sua história, utilizando algum recurso apresentado pelo

    professor.

    Sugestões: máscaras, álbum seriado com sequência da história, fantoches,

    gravuras, varetas com personagens, etc.

    Para finalizar

    Professor, você fará os agradecimentos aos participantes do projeto de

    leitura e poderá organizar uma festa para o encerramento do projeto.

    Diário do leitor

    Aluno, antes da festa, registre no seu diário:

    O projeto de leitura foi .................................................................................

  • Sugestões de bibliografias

    BUSATTO, Cléo. A arte de contar histórias no século XXI: tradição e ciberespaço. Petrópolis: Vozes, 2006.

    BUSATTO, Cléo. Contar e Encantar: pequenos segredos da narrativa. Petrópolis:

    Vozes, 2003.

    COSTA, Marta Morais da. Metodologia do ensino da literatura infantil: Ibpex,

    2007. 171p.

    COELHO, Betty. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 2006.

    FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2005.

    MATOS, Gislayne Avelar & SORSY, Inno. O ofício do contador de histórias. São

    Paulo: Martins Fontes, 2005.

    MEIRELES, Cecília. Problemas da Literatura Infantil. São Paulo: Summus,

    1979.

    PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

    Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: Seed, 2008.

    PRIETO, Heloísa. Quer ouvir uma história: lendas e mitos no mundo da criança.

    São Paulo: Angra, 1999. Col. Jovem Século XXI.

    SILVA, E. T. A produção da leitura na escola: Pesquisas x propostas. São Paulo:

    Ática, 2005.

    SISTO, Celso. Texto e pretexto sobre a arte de contar histórias. 2. ed. Curitiba:

    Positivo, 2005.

  • SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Trad. César Coll. Porto Alegre:

    Artemed, 1998.

    ZILBERMAN, Regina. Como e por que ler a literatura infantil brasileira. Rio de

    Janeiro: Objetiva, 2005.

    ZILBERMAN, Regina. & SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura – Perspectivas

    Interdisciplinares. São Paulo: Ática, 2005.

    ZOTZ, Werner & CAGNETI, Sueli de Souza. Livro que te quero livre. Florianópolis:

    Letras Brasileiras, 2005.

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