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FICHA PARA CATÁLOGOPRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Modelagem matemática aplicada ao ensino dos conceitos de área e perímetro numa visão integradora.
Autor Marisa Belinski
Escola de Atuação Escola Estadual Érico Veríssimo
Município da escola Laranjeiras do Sul – PR
Núcleo Regional de Educação Laranjeiras do Sul
Orientador Sandro Aparecido dos Santos
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná – UNICENTRO
Disciplina/Área Matemática
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Público Alvo 8ª série/9º ano.
Localização Escola Estadual Érico Veríssimo, localizada na Rua Marechal Cândido Rondon, n°1731, Laranjeiras do Sul – PR.
Apresentação
Esta unidade didática tem como base o Ensino da Matemática através de abordagens voltadas para a modelagem/modelação matemática, incluindo algumas situações reais que facilitam o ensino dos conceitos de área e perímetro, pois para alguns alunos o Ensino da Matemática se torna difícil porque o que está sendo ensinado não é significativo para sua vida fora da escola. Dessa forma, o objetivo geral é proporcionar ao aluno uma aprendizagem significativa sobre os conceitos de área e perímetro, utilizando uma abordagem integradora a partir do uso da modelagem matemática. O mesmo propõe a análise do modelo da planta baixa da Escola, os conceitos serão trabalhados em 02 turmas da 8ª série/9°ano de formas distintas, neste caso, aplica-se a modelagem de forma significativa em uma das turmas, enquanto que a outra os conceitos serão trabalhados de maneira tradicional para obter um comparativo e uma análise qualitativa sobre a metodologia utilizada. Espera-se que o trabalho proposto contribua para a superação das dificuldades e defasagem no aprendizado através do desenvolvimento de atividades que sejam significativas e interessantes, no conteúdo de área e perímetro e dessa forma, articular aos demais conteúdos estruturantes por meio de situações problemas para fixar e melhorar o aprendizado dos alunos.
Palavras-chave Modelagem; Aprendizagem; Área e Perímetro.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
FORMAÇÃO CONTINUADA EM REDE
MARISA BELINSKI
MODELAGEM MATEMÁTICA APLICADA AO ENSINO DOS CONCEITOS DE ÁREA E PERÍMETRO NUMA VISÃO INTEGRADORA
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICAUNIDADE DIDÁTICA
GUARAPUAVA2011
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I. INTRODUÇÃO
O estudo tem como base o Ensino da Matemática por meio de
abordagens voltadas para a modelagem matemática, incluindo algumas situações
reais que facilitam o ensino da Geometria, principalmente nos conceitos de área e
perímetro. Para efetivar a aprendizagem é necessário que a mesma seja
significativa, o que exige a compreensão de conceitos, relacionando as
experiências anteriores e vivências pessoais do educando, permitindo a
formulação de problemas interessantes que incentivem o aprender contribuindo
para a formação do cidadão, promovendo modificações de comportamento bem
como a utilização do que foi aprendido em diferentes situações.
Pretende-se proporcionar aos alunos uma aprendizagem significativa
sobre os conceitos de área e perímetro, utilizando uma abordagem integradora a
partir do uso da modelagem matemática, pois de acordo com a proposta
metodológica da modelagem segundo Paraná (2008), a matemática tem como
pressuposto a problematização de situações do cotidiano, onde se propõe ao
mesmo tempo a valorização do aluno no contexto social. E através dos
questionamentos sobre situações vivenciadas, procurar efetuar o levantamento de
problemas e sugestões.
Os autores Biembengut e Hein (2000) apresentam a modelagem
matemática como estratégia de ensino aprendizagem, focalizando o uso de
modelos matemáticos como forma de concretização da matemática, produzida
nos diversos contextos problemáticos da sociedade.
De acordo com Bassanezi:
“No caso da matemática, é necessário buscar as estratégias alternativas de ensino aprendizagem que facilitem sua compreensão e utilização. A modelagem matemática, em seus vários aspectos é um processo que alia teoria e prática, motiva seu usuário na procura do entendimento da realidade que o cerca e na busca de meios para agir sobre ela e transforma-la. Nesse sentido, é também um método cientifico que ajuda a preparar o indivíduo para assumir seu papel de cidadão” (Bassanezi, 2006, p.17).
“A modelagem é um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são
convidados a problematizar e investigar por meio da matemática, situações com
referência na realidade”, enfatizado por Barbosa (2004, p.75). Usando essa
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interação matemática com o cotidiano do educando, propõe-se por meio da planta
da Escola Estadual Érico Veríssimo desenvolver atividades na aplicação do
cálculo de área e perímetro.
Ao trabalhar modelagem matemática dá-se importância a dois itens
essenciais:
• Unir o tema a ser escolhido com a realidade dos alunos;
• Aproveitar o conhecimento e experiências vivenciadas pelos
mesmos.
Partindo desses pressupostos teóricos acima citados, espera-se que o
trabalho a ser desenvolvido na própria escola, utilize o espaço físico a ser
analisado e problematizado, trazendo uma aprendizagem significativa, pois é o
ambiente que os educandos estão inseridos grande parte do tempo.
Nesta perspectiva o trabalho facilitará o aprofundamento dos conteúdos
previamente conhecidos pelos alunos e reconstruirá esses conhecimentos por
meio de interações e vivências cotidianas pois dará sentido ao conteúdo,
proporcionando uma aprendizagem mais significativa, oferecendo aos alunos
oportunidades de participação ativa nas aulas com a realização de atividades
diferentes dos exercícios utilizados comumente nos livros didáticos, incentivando-
os assim a uma prática que favorece uma melhor compreensão e fixação dos
conteúdos.
Essa interação que permite representar uma situação ”real” com modelo
matemático, envolve uma série de procedimentos, de acordo com Biembengut e
Hein (2005, p.13) a saber:
• A Interação: - Reconhecimento da situação-problema; e,
familiarização com o assunto a ser modelado – o referencial teórico, ou seja,
ocorre o envolvimento com o tema a ser estudado;
• Matematização: - Consiste na formulação do problema – ou hipótese;
- resolução do problema em termos do modelo. É aqui que se formula um
problema e escreve-o segundo um modelo matemático que leva à solução;
• Modelo matemático: Onde ocorre a interpretação da solução, teste;
validação do modelo obtido, através de avaliação.
Com relação ao conteúdo de geometria, pode-se dizer que a exploração
por meio de experiências práticas contribui para a compreensão de fatos e
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relações, que nos levam a questionar o modo como os objetos estão organizados
na realidade diária da comunidade e seus desdobramentos, na aplicação desses
conhecimentos na solução de determinados problemas, conforme descrito no site
Scribd (2011).
O tema escolhido pelo professor deve-se ser abordado e explorado pelos
educandos, sendo necessário a definição de seus objetivos e os caminhos a
serem percorridos durante a busca das informações, que serão organizadas e
analisadas posteriormente.
Os autores Biembengut e Hein (2005) ainda identificam que o professor
pode escolher o tema ou propor que os alunos o escolham com algumas
vantagens e desvantagens, porém, seja qual for a forma adotada cabe ao
professor inteirar-se do tema escolhido, que deve estar em sintonia com o
conhecimento e a expectativa dos alunos, e preparar previamente, a condução do
processo. Nesse sentido elabora-se um pequeno roteiro de estudos seguindo as
etapas sugeridas pelos autores Biembengut e Hein (2005), investigando de
maneira atrativa, interessante e significativa para os alunos, buscando as
informações no cotidiano escolar para explorar os aspectos da geometria
principalmente com maior enfoque nos conceitos de área e perímetro.
II. DESENVOLVIMENTO
2.1 PROPOSTA INICIAL – ESBOÇO DA PLANTA BAIXA DA CASA
ATIVIDADE - 01Com o objetivo de instigar os alunos na interação e na proximidade com o
conteúdo, deve-se propor a eles que desenhem a planta baixa da própria casa.
Esta é uma forma de motivar os alunos para o início dos trabalhos, onde será
organizado com as seguintes diretrizes:
• A atividade será livre sem qualquer orientação ou modelo;
• O objetivo é estimular a criatividade;
• Possibilitará a avaliação prévia sobre os conhecimentos do
conteúdo;
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• Os alunos terão que apresentar em sala seus trabalhos e
comentar suas experiências;
Com isso, será possível identificar algumas dificuldades que possam ser
superadas com o desenvolvimento das demais atividades.
2.2 INTERAÇÃO – RECONHECIMENTO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA E FAMILIARIZAÇÃO
ATIVIDADE - 02Inicialmente, sugere-se que seja feita uma breve exposição sobre o tema
por meio de uma discussão informal sobre a construção de casas e prédios para
verificar o que os alunos sabem a respeito, fazendo um levantamento das
questões, instigando os alunos a participarem com sugestões:
• O que é preciso para construir uma casa? Um prédio? Uma escola?
• Quais são as pessoas envolvidas numa construção?
• Quais são os materiais necessários?
• Como saber o tamanho e o modelo da construção?
• Qual a forma do terreno?
• Entre outras.
Na segunda etapa os alunos serão levados para percorrer o espaço físico
da escola observando as formas geométricas que nela se encontram, após a
observação, propõe-se aos alunos que façam um desenho com a representação
da planta da escola em papel milimetrado sem qualquer orientação ou modelo,
em grupos de 5 alunos.
Com esta atividade, pretende-se estimular a criatividade e avaliar os
conhecimentos prévios dos alunos sobre os conceitos geométricos e de medidas.
Neste momento, após o desenho da planta baixa da escola pode-se apresentar
os primeiros elementos de geometria: segmentos de retas, retas perpendiculares,
paralelas e ângulo reto. Esses conceitos podem ser introduzidos a partir de
questionamentos aos alunos sobre suas dificuldades na elaboração dos
desenhos, e obter um comparativo entre o desenho dos alunos e a planta oficial
da escola. Na Figura 1, pode-se visualizar a planta da escola:
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Figura 01: Planta baixa da Escola Estadual Érico Veríssimo.Fonte: E. E. Érico Veríssimo.
Nesta atividade poderá ser realizado um estudo por meio de livros e
laboratório de pesquisa das principais formas de figuras geométricas e saber
como as partes das figuras se relacionam entre si, tais como: triângulos,
retângulo, quadrado, paralelogramo, trapézio e círculo.
2.3 MATEMATIZAÇÃO – EXPLORANDO O CONCEITO DE PERÍMETRO
ATIVIDADE - 03A questão que norteará essa atividade será traduzida na seguinte
situação problema: Qual é o comprimento e a largura de algumas salas que
compõem a escola?
Necessitamos da resposta a esta pergunta quando se calcula, por
exemplo, quantos metros de rodapé são necessários utilizar na sala de aula?
Com esta atividade pretende-se retomar os conceitos de medidas, os
processos de medição e a necessidade de adoção de medida padrão. O desafio
dos alunos será fazer estimativa recorrendo a cálculos aproximados e a noção de
comprimento que eles possuem, entre os objetivos desta atividade estão as
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habilidades de mensurar, interpretar e expressar informações relativas a
comprimento. Para isso, os alunos devem estar familiarizados com a manipulação
de instrumentos de medida convencionais tais como régua, fita métrica e não-
convencionais como palmos, polegadas, passos e aprender a selecionar uma
unidade pertinente. A seguir, teremos o registro das medidas estimadas e o
registro das medidas aferidas por meio de instrumentos de medidas (metro, trena)
expressos num quadro com espaço para anotar os dados obtidos de algumas
instalações da escola. Cada grupo deverá preencher um quadro de acordo com
as suas estimativas, cujo modelo está apresentado no Quadro 01.
ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTIMATIVA MEDIDAS REAISCOMPRIMENTO LARGURA COMPRIMENTO LARGURA
SALA DOS PROFESSORESSALA DE RECURSOSSALA DE AULASAGUÃOSALA DE INFORMÁTICAQUADRA DE VOLEIQuadro 01: Modelo para preenchimento.Fonte: Marisa Belinski.
Deste modo, a figura 02 será utilizada como capa para a confecção do
caderno individual de anotações dos alunos e ilustra a concepção histórica do
conteúdo, a forma como era efetuada as medições de terra.
Figura 02: As nossas medições.Fonte: http://pequenosaventureiros.blogspot.com
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Após todos os alunos concluírem a etapa com as anotações das
estimativas no Quadro 01, faz-se um comparativo entre o valor estimado e o valor
real, observando a reação dos alunos e levantando alguns questionamentos
referente a questão proposta na situação problema. Cabe ao professor aproveitar
os dados analisados e explorar a construção/reconstrução dos conceitos de
perímetro. Assim, o objetivo é verificar os conceitos prévios dos alunos e depois
efetivar a análise das definições, trabalhando de forma construtiva e
estabelecendo um elo entre definição e conceito.
ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLACOMPRIMENTO TOTAL EM VOLTA DA FIGURA GEOMETRICA
SALA DOS PROFESSORESSALA DE RECURSOSSALA DE AULASAGUÃOSALA DE INFORMÁTICAQUADRA DE VOLEI
Quadro 02: Medidas.Fonte: Marisa Belinski.
No Quadro 02, os alunos irão preencher conforme os dados do Quadro
01, para obter a soma total dos lados, e buscar o entendimento sobre a definição
de perímetro.
A seguir, encontra-se a definição de perímetro:
Pode-se pensar no perímetro como a distância percorrida se
caminharmos em volta da borda da figura. Para achar o perímetro, somamos os
comprimentos dos lados da figura (formada por segmentos de reta).
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Figura 03: Exemplo para o cálculo do perímetro.Fonte: http://lauragamesteens.blogspot.com/2010/04/perimetro.html
P = 30 m + 50 m + 50 m + 30 m P = 160 m
O perímetro da Figura 03 é a soma dos comprimentos dos lados,
incluindo a unidade de medida na resposta. A partir da figura 04 apresentada a
seguir, propor aos alunos a seguinte questão:
• É possível calcular o perímetro da Figura 04? Se for possível
calcular, como você faria?
Figura 04: Exemplo – cálculo perímetro.Fonte: Marisa Belinski.
Com esta atividade pretende-se investigar e desafiar os alunos de como
se determina o perímetro de uma figura não poligonal. Dessa forma, o desafio tem
como objetivo efetivar a aprendizagem significativa para que o conceito seja
aprimorado e intensificado.
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2.4 MATEMATIZAÇÃO – EXPLORANDO O CONCEITO DE ÁREA
ATIVIDADE - 04Essa atividade será traduzida na seguinte situação problema: Quanto
material (cerâmica ou forração) serão necessários para cobrir o piso do saguão
da nossa escola?
Por meio de questionamentos e atividades o professor procurará saber
de seus alunos se estes têm compreensão sobre o cálculo de área, por exemplo,
quando uma figura possui 12 metros quadrados de área, o aluno compreenda que
temos 12 quadrados de 1 metro na superfície dessa figura e também sobre a
aplicabilidade desse cálculo no cotidiano. Por exemplo:
Pode-se citar como exemplo o IPTU – Imposto Predial e Territorial –
que entre outros fatores, é cobrado em função da área do terreno e da área
construída. Outros profissionais como os da construção civil, também lidam com
muita frequência com os cálculos de área e perímetro. Como sugestão pedir aos
alunos para trazerem o carne do imposto de suas residências para verificarem e
analisarem os dados nele contido.
Deve-se reduzir o cálculo de área usando só a aplicação de fórmulas,
como área do quadrado, do retângulo, do paralelogramo e do triângulo, mas
chegar a elas a partir da observação das atividades com papel quadriculado, com
recortes e o uso do geoplano.
Será construído com os alunos, o centímetro quadrado (um quadrado
de 1 cm de lado) e o metro quadrado (um quadrado com 1m de lado), usando
papel bobina .Esse quadrado pode ser comparado ao chão da sala, verificando
quantas unidades “daquele” metro quadrado construído por eles cabem na sala,
ou quantas unidades daquele centímetro quadrado cabem nas figuras
desenhados sobre uma malha quadriculada, representada na figura 05:
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Figura 05: Malha Quadriculada.Fonte: http://conversamatematica.blogspot.com/2010/03/geoplano.html
Com a utilização do metro quadrado (um quadrado com 1m de lado)
confeccionado, será proposto aos alunos a verificação de quantas unidades
“daquele” metro quadrado construído por eles cabem em alguns espaços físicos
da escola. Primeiramente, os alunos farão uma estimativa de área registrando no
Quadro 03, e logo em seguida farão a verificação usando o metro quadrado
construído, registrando no quadro e no caderno de anotações os procedimentos
utilizados.
ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTIMATIVA VALORES ENCONTRADOS USANDO O METRO QUADRADO
SALA DOS PROFESSORESSALA DE AULASAGUÃOSALA DE INFORMÁTICAQUADRA DE VOLEIQuadro 03: Medidas.Fonte: Marisa Belinski.
Ao sobrepor o metro quadrado, espera-se que os alunos verifiquem que
nem tudo tem uma “medida inteira”, neste momento haverá a intervenção do
professor desenvolvendo o conteúdo matemático em questão: como representar o
pedacinho? A resposta à questão justifica a apresentação do conceito com
números racionais na forma decimal. O tempo de abrangência desse conteúdo
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será estendido ou não de acordo com a motivação, interesse dos alunos e
manipulação do ambiente de aprendizagem do professor.
O geoplano será um dos recursos que utilizaremos para explorar a
construção dos conceitos de área e perímetro, pois nos auxiliará no trabalho
desenvolvendo atividades com figuras e formas geométricas, suas características
e propriedades.
Figura 06: Geoplano.Fonte:http://brincandocomamatematica-osveteranos.blogspot.com
O geoplano é um material criado pelo matemático inglês Calleb
Gattegno. Constitui-se por uma placa de madeira, marcada com uma malha
quadriculada ou pontilhada. Em cada vértice dos quadrados formados fixa-se um
prego, onde se prenderão os elásticos usados para "desenhar" sobre o geoplano,
conforme citado na UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2011).
Pretende-se desenvolver algumas atividades no geoplano, que serão registradas
no caderno de anotações (UFRN, 2011), como:
• Vamos reproduzir as figuras abaixo no Geoplano e calcular a área e o perímetro.
Figura 07: Geoplano.Fonte: http://www.ccet.ufrn.br/matematica/lemufrn/Acervo03.html
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• Construa uma sequência de quadrados, onde cada um tenha como
perímetro o dobro do anterior.
• Vamos construir a primeira letra do seu nome no geoplano e calcular a
área que a letra ocupou.
• Você consegue construir uma figura com área igual a 16 unidades e que
não seja um retângulo?
Em relação a estas atividades utilizaremos como avaliação qualitativa
para o professor, a participação dos alunos na construção das figuras, suas
argumentações e observações, principalmente sua habilidade em expor suas
hipóteses e os processos de resolução para resolver as atividades propostas.
Outra sugestão de atividade é a seguinte:
Com o auxilio do Geoplano, propor aos alunos que encontrem um modelo
matemático para expressar como se calcula a área das principais figuras
geométricas como quadrado, retângulo, triangulo, circulo, trapézio e
paralelogramo.
Com as atividades realizadas, pretende-se obter a definição dos
conteúdos e proporcionar o aluno a compreensão de que a área de uma região
plana indica a superfície dentro dos limites da figura. E que esta é medida em
unidades quadradas (ou unidades ao quadrado) tais como centímetros quadrados
ou metros quadrados.
Fórmulas para cálculo de área:
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2.5 MODELO – VALIDAÇÃO
Com a implantação do projeto será verificado com os alunos sobre a
validação do modelo e sobre os resultados obtidos com o trabalho.
Também é relevante citar que a importância do trabalho se revela no
momento em que os educandos aprendem de forma significativa.
ATIVIDADE - 05Construção de uma maquete a partir dos estudos da planta baixa da
Escola Estadual Érico Veríssimo.
Para isso é necessário ter cuidado com alguns itens conforme explicam
Biembengut e Hein (2005), que para fazer a maquete deve-se identificar a escala
que será utilizada no material, por exemplo, supondo que o material a ser usado
sejam placas de isopor de 8 mm de espessura.
- A espessura da parede: 15 cm – na planta.
- A espessura da parede da maquete: 8mm = 0,8 cm.
- Um metro é igual a 100 cm.
Tamanho real Cartolina100 cm X15 cm
(parede)
0,8 cm
Quadro 04: Exemplo para obtenção da escala.Fonte: Biembengut e Hein (2005)
Determinando a escala para a maquete:
X = 100 X 0,8 = 5,33.. (escala) 15
A estratégia de ação terá como base a adoção do método da
modelagem, com controle e experimentação para efetivação dos objetivos
propostos. Intercalando os conteúdos com outras disciplinas, por exemplo,
Geografia (escalas/localização), História (quem construiu a escola? - o motivo
pelo nome da escola), ressaltando os fatos históricos e trabalhando em parceria
com os demais professores, e toda a comunidade escolar.
Na construção da maquete pode-se utilizar papelão ou madeira,
construindo com uma base firme para que não ter problemas durante sua
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elaboração. Também é importante verificar durante o trabalho, que sua interação
com o conteúdo dever ser constante para que os alunos tenham a efetiva
compreensão sobre sua importância.
Enfim, para conclusão da maquete os alunos deverão expor na escola de
forma que não seja apenas uma divulgação, mas sim sobre o que aprenderam a
respeito.
III. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final do trabalho tem-se a perspectiva de que os resultados sejam
claros, facilitando a aprendizagem dos alunos, a percepção da importância para o
desenvolvimento e o aprimoramento das aplicações da modelagem em suas
diversas formas, para que os conceitos sobre o conteúdo sejam desenvolvidos e
não apenas repassados aos alunos.
Assim, é possível compreender que a utilização da modelagem
proporcionará a motivação dos alunos e do próprio professor, bem como a
facilitação da aprendizagem de forma significativa e concreta. Além disso,
proporciona o entendimento do papel sociocultural da matemática através da
transformação e compreensão da realidade. Por isso, as atividades estão
relacionadas de forma sistemática, para que os educandos possam desenvolver
sua concepção e aprender sobre os diversos assuntos que o trabalho engloba.
Com isso o melhor resultado é a realização de estudos voltados para que o aluno
não apenas receba o conteúdo pronto, mas sim construa sua própria concepção e
que esta seja realmente significativa.
Dessa forma, o educando torna-se agente do seu próprio conhecimento e
o professor o orientador desse processo, criando condições favoráveis para a
relação da teoria com a prática no Ensino da Matemática, e assim efetivar a
redução das dificuldades e defasagem de conteúdo relacionando-o com o
cotidiano.
Espera-se também, que a aplicação da modelagem seja integradora com
os demais conteúdos estruturantes proporcionando maior abrangência e
possibilitando maiores aprofundamentos em estudos futuros.
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IV REFERÊNCIAS
BARBOSA, J. C. Modelagem Matemática: O que é? Por quê? Como? Veriatati, 2004.
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: prefácio de Ubiratan D’Ambrosio. 3 ed. 2° reimpressão, São Paulo: Contexto, 2010.
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2006.
BIEMBENGUT, M. S; HEIN, N. Modelagem Matemática no Ensino Médio. São Paulo: Contexto, 2000.
BIEMBENGUT, M. S; HEIN, N. Modelagem Matemática no Ensino. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2005.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Matemática. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2008.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
SCRIBD – GEOMETRIA, disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/4427673/Geometria-Plana-e-Espacial-Aula-11-524> acesso em 04 de junho de 2011.
UFRN – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – disponível em: < http://www.ccet.ufrn.br/matematica/lemufrn/Acervo03.html> acesso em 05 de junho de 2011.
GEOPLANO – FIGURA ILUSTRATIVA – disponível em:<http://brincandocomamatematica-osveteranos.blogspot.com/> acesso em 19 de junho de2011.
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