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FICHA PARA CATÁLOGOPRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Leitura: práticas sociais de informação e diversão

Autor Maria José dos Santos Alves

Escola de Atuação Escola Estadual “Gabriel Bertoni” - Ensino Fundamental

Colégio Estadual “Antônio Delfino Fragoso” - Ensino Médio

Município da escola Salto do Itararé

Núcleo Regional de Educação Wenceslau Braz

Orientador Clóris Porto Torquato

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Ponta Grossa

Disciplina/Área (entrada no PDE) Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar História

Público Alvo Alunos de 5ª série

Localização Escola Estadual “Gabriel Bertoni” - Ensino Fundamental

Rua Eduardo Bertoni Junior 643 – centro

Apresentação: A partir da concepção bakhtiniana de linguagem, a leitura, passou a ser compreendida como um processo de atribuição de sentidos ao texto de modo que o leitor estabelece um diálogo com esse texto e com os discursos nele mobilizados. O leitor, ao interagir com o texto, com as experiências que já possui, constrói novos significados. Assim, consegue adquirir conhecimentos e interagir com a sociedade em que está inserido. Porém, a escola não tem conseguido efetivar plenamente a formação de leitores com vistas à interação social, pois muitas aulas de Língua Portuguesa ainda se prendem a normas gramaticais e à compreensão superficial dos textos. O presente trabalho tem o propósito de promover práticas de leitura que possibilitarão a interação do aluno com gêneros de diferentes esferas sociais, com o objetivo de torná-lo um leitor proficiente. Para isso, buscou-se contemplar diversos gêneros discursivos em torno de um mesmo tema para que o aluno perceba que um mesmo tema é tratado em diferentes esferas sociais e, portanto, em distintos gêneros discursivos. Espera-se que o aluno compreenda a relevância da leitura para a inserção significativa nas diversas práticas sociais de linguagem e que desenvolva uma atitude responsiva-ativa e crítica diante dos textos.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Leitura; gêneros discursivos; leitor proficiente; práticas sociais de linguagem

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

MARIA JOSÉ DOS SANTOS ALVES

LEITURA: PRÁTICAS SOCIAIS DE INFORMAÇÃO E DIVERSÃO

Ponta Grossa2011

MARIA JOSÉ DOS SANTOS ALVES

LEITURA: PRÁTICAS SOCIAIS DE INFORMAÇÃO E DIVERSÃO

Produção Didático-Pedagógica constituída na forma de Unidade Temática, apresentada como uma das atividades previstas no Plano Integrado de Formação Continuada – 2010, do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE.

Orientadora: Profª Drª Clóris Porto Torquato

Ponta Grossa

2011

APRESENTAÇÃO

Esta Unidade Didática foi pensada e desenvolvida no intuito de contribuir com as práticas de leitura em sala de aula.

Formar leitores proficientes é fundamental num mundo mergulhado nas palavras. Com os avanços tecnológicos, temos outros modos de escrita. A tecnologia faz com que um turbilhão de informações e conhecimentos cheguem até nós de forma dinâmica através dos mais diferentes suportes: jornais, revistas, televisão, internet, etc. Conforme as necessidades sociais de comunicação aumentam, surgem novos gêneros que atendem essas mudanças.

A capacidade de ler criticamente nos dá condições de compreendermos melhor o mundo e de interagirmos com o meio em que vivemos. O acesso ao conhecimento através da leitura nos torna capazes de questionar e de emitir opiniões, conferindo-nos o status de cidadãos críticos e conscientes dos direitos e deveres.

Por isso, este material, que tem a pretensão de promover experiências reais de práticas de leitura na escola, teve o seu tema levantado a partir dos interesses dos próprios alunos. Queremos que os alunos entrem em contato com vários gêneros discursivos pertencentes a diferentes esferas da atividade humana/social e que leiam na escola pelos mesmos motivos que lêem fora dela: para se informar e se divertir.

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

UNIDADE TEMÁTICA

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Maria José dos Santos Alves

Área PDE: Língua Portuguesa

NRE: Wenceslau Braz

Professor Orientador IES: Profª. Drª.Clóris Porto Torquato

IES vinculada: Universidade Estadual de Ponta Grossa

Escola de implementação: Escola Estadual “Gabriel Bertoni” - Ensino Fundamental

Público objeto da intervenção: alunos de 5ª série

TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE

Formação de leitores.

TÍTULO

Leitura: práticas sociais de informação e diversão

JUSTIFICATIVA

A importância da leitura tem se acentuado nas últimas décadas. Professores

e pesquisadores tem reconhecido e enfatizado a leitura como requisito básico na

aprendizagem, não só no ensino da língua materna, mas no de todas as disciplinas

no processo de aquisição dos conhecimentos.

Apesar dos recursos tecnológicos, que dinamizaram a veiculação e o acesso

às informações através de diferentes linguagens, tudo continua ainda centrado na

cultura escrita. Logo, não ter acesso à leitura, significa não poder interagir

efetivamente na sociedade. E à escola, cabe o papel de preparar o indivíduo, que

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nasce e vive num mundo de palavras, dando-lhe o acesso à escrita: “É tarefa da escola

possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura,

a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação”

(PARANÁ, 2008, p.48). No entanto, a escola não tem conseguido cumprir esse propósito

na sua totalidade. Muitas aulas de Língua Portuguesa ainda se prendem a uma

concepção normativista do ensino da língua, preocupando-se com regras e

nomenclaturas gramaticais e trabalhando com textos fragmentados. Na maior parte do

tempo, o aluno ocupa uma posição passiva no processo, e as aulas giram em torno do

livro didático, do quadro e do giz.

Os estudos em torno das teorias bakhtinianas mudaram as concepções de leitura.

Através da perspectiva dialógica, o texto passou a ser “visto como lugar onde os

participantes da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é, assim,

articulação de discursos de vozes que se materializam” (PARANÁ, 2006, p. 21). Dessa

forma, entende-se “a leitura como um processo de produção de sentido que se dá a partir

de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre texto e o leitor”

(PARANÁ, 2006, p. 25).

Baseada nessas definições, a escola deve colocar o aluno em contato com uma

diversidade de textos com diferentes funções sociais a fim de que ele se familiarize com

os diferentes gêneros discursivos. Para isso, os textos devem chegar ao aluno em

quantidade e em qualidade, adequados aos interesses dos alunos e ao seu grau de

familiaridade. Sendo o texto um ato dialógico, este acaba estabelecendo relações com

outros textos. Um texto estará sempre levando a outros textos. Além do material escrito, o

aluno deve ter acesso e aprender a atribuir sentidos às outras linguagens: cinema,

imagens, música e outros. Essas linguagens também constituem discursos por serem

práticas sociais produzidas por um sujeito, em um certo momento e dentro de um

contexto. Isso permitirá que o aluno caminhe para leituras mais exigentes, tornando-o

capaz de selecionar informações, de concordar ou discordar e de perceber as vozes

presentes no texto e as ideologias que este carrega.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Toda atividade humana, não importa a que esfera pertença, está sempre

relacionada à utilização da língua. De acordo com Bakhtin (2003), o emprego da língua se

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dá através de enunciados (orais ou escritos) proferidos por integrantes dos/nos diversos

campos da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as

finalidades de cada campo da atividade humana através do conteúdo (temático), do estilo

verbal e da construção composicional. Esses três elementos, extremamente entrelaçados,

são marcados pela especificidade das esferas de comunicação. Cada campo da atividade

humana, na articulação da linguagem, “elabora seus tipos relativamente estáveis de

enunciados” (BAKHTIN,2003, p. 262), os quais são denominados gêneros do discurso.

Por serem tão diversos os campos da atividade humana e tão variadas as possibilidades

de utilização da língua, fica fácil compreender a diversidade dos gêneros textuais. Há de

se considerar ainda que, conforme as atividades humanas evoluem, surgem novos

gêneros.

Assim, o ensino da língua através da abordagem dos gêneros discursivos,

implica em refletir e compreender as condições de sua produção, elaboração e recepção.

(Quem fala/escreve?, Para quem fala/escreve?, Para quê fala/escreve?, Por quê

fala/escreve?, Como?, Quando?, Onde?) (GERALDI, 1997).

Geraldi (1984; 1997), tendo como referência a concepção bakhtiniana de

linguagem, vê a leitura como um “processo de interlocução entre leitor/autor mediado pelo

texto”. Segundo ele, há um autor que produziu um texto para determinados interlocutores,

dando-lhe um sentido. No entanto, esse autor não domina o processo de leitura sozinho,

pois o leitor, ao (re) construir o texto com a sua leitura, ressignifica-o. Com o seu próprio

saber e a sua experiência de vida desenvolverá vários processos para chegar à

compreensão do texto. Daí a importância do professor, que precisa atuar como mediador

do processo interlocutivo que envolve autor-texto-leitor, instigando seus alunos a

realizarem leituras significativas. Sua ação pedagógica deverá estar voltada para

promover o contato do aluno com o maior número possível de textos, pois conforme as

DCEs, “O aprimoramento lingüístico do aluno acontecerá com maior propriedade se lhe

for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e oralidade, o caráter dinâmico dos

gêneros discursivos” (PARANÁ, 2008,p. 55). Esse “empreendimento” terá significado se

partir de experiências reais de uso da língua. Distanciar-se desse propósito é cair na mera

normatização do gênero.

Portanto, o aspecto central no ensino-aprendizagem da leitura é o

desenvolvimento de práticas que levem o aluno a vivenciar situações reais que exijam e

lhe forneçam motivos para ler. Os alunos realizam leituras fora da escola por diferentes

razões. Se ele tiver as mesmas razões para ler na sala de aula, talvez ele se sinta mais

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motivado e tenha mais êxito em suas leituras na medida em que isso esteja relacionado

com a sua vida.

OBJETIVOS

• OBJETIVO GERAL

Levar o aluno à inserção significativa nas diversas práticas sociais, tornando-o um

leitor proficiente/competente e propiciando o desenvolvimento de uma atitude crítica

diante dos textos e, ainda de uma atitude responsiva e criativa diante dos mesmos.

• OBJETIVOS ESPECÍFICOS

As atividades da Unidade Didática desenvolvida tem como objetivos levar o aluno

a:

• Ter contato com uma variedade considerável de gêneros discursivos que circulam

socialmente, além daqueles que são típicos da prática escolar;

• Desenvolver práticas adequadas de leitura em função da esfera de atividade

humana/social e, portanto das intenções e das características do gênero;

• Reconhecer os diferentes gêneros identificando o conteúdo, os recursos

lingüísticos e a estrutura composicional.

AVALIAÇÃO

A avaliação, imprescindivelmente, faz parte de todo processo de ensino-

aprendizagem. Nesse projeto, ela se efetivará através das observações do professor e da

participação dos alunos nas atividades propostas (questões abertas, discussões e

reflexões dos alunos a partir dos textos). Pretende-se que tenha um caráter formativo

levando em conta os diferentes ritmos e processos de aprendizagem dos alunos.

No entanto, por ser de certa forma subjetiva a atividade da leitura, há de se

considerar relevante o estabelecimento de critérios que ajudarão a direcionar a ação

pedagógica do professor. Assim, em conformidade com as DCEs (2008), pretende-se

considerar em relação ao desempenho do aluno:

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• As estratégias que emprega para compreender o texto lido;

• Os sentidos construídos, suas reflexões e respostas/reações ao texto;

• O confronto de suas “leituras de mundo” e experiências de vida com o texto lido.

No sentido de atender os objetivos propostos no projeto, espera-se que o aluno:

• Leia diversos gêneros discursivos que circulam socialmente, além dos textos

típicos do cotidiano escolar, compreendendo a função social desses gêneros

• Leia adequadamente os textos em função da esfera de atividade humana/social,

considerando o autor, o conteúdo, o contexto, as intenções, as finalidades, o

suporte textual e o público a que se destina o gênero;

• Compreenda as relações dialógicas entre os textos;

• Discuta e reflita sobre os textos propostos, dialogando com esses textos e

compartilhando suas idéias com os demais colegas.

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PARA INICIAR A CONVERSA...

Leia as seguintes tirinhas abaixo e procure identificar qual o assunto delas.

As duas tirinhas da Mafalda sobre a televisão estão disponíveis em: QUINO, Toda a Mafalda, Martins Fontes, 2006. p.100 e p. 244.

Você conhece os personagens desses quadrinhos?

De que trata as tirinhas? Como você sabe?

Qual é a crítica presente nos quadrinhos?

A quem é dirigida a crítica?

Há a presença de humor nas tiras? O que, na sua opinião, provoca o humor?

Vocês concordam com as ideias contidas nas tiras? Por quê?

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O PODER DA TELINHA

É difícil imaginar o mundo sem a televisão. Ela surgiu no início do século XX,

imagens cheias de chuviscos, mas acabou revolucionando o mundo. Graças à evolução

da tecnologia, o aparelho de TV se tornou acessível a todos, chegando às residências de

classes menos favorecidas. Mesmo com a popularização da internet, a TV continua sendo

a preferência da maioria das pessoas.

Muitos consideram-na um veículo de alienação e massificação e criticam a sua

programação violenta e os valores que ela prega. Contudo, não se pode negar que ela é

também um poderoso instrumento de informação, de conhecimento e de entretenimento.

E você, qual é a sua opinião sobre a TV? Por quê?

Professor: É importante registrar as opiniões e os argumentos dos alunos.

Para refletirmos, vamos ler um artigo em que a autora, Suzana Rozendo, apresenta

a sua opinião a respeito do assunto. Procure identificar o ponto de vista da autora.

Professor:Antes de ir para o texto, levantar as expectativas do assunto abordado a partir da leitura do título.

A Influência da TV na vida das pessoas

Artigo escrito por Suzana Rozendo

“Tire a televisão de dentro do Brasil e o país desaparece”, diz Eugênio Bucci, presidente da

Radiobrás, co-autor do livro Videologias e ex-diretor de redação da revista Superinteressante. O

assunto a ser tratado neste texto é justamente ela, a televisão. Um aparelho que está presente,

direta ou indiretamente, na vida de todos e que exerce um papel determinante na formação e nas

atitudes de toda a sociedade, exercendo fascínio em uns e repulsa em outros. A televisão, hoje,

mostra o mundo ao vivo e a cores. Cenas do planeta desfilam sob nosso olhar e atiçam a

sensibilidade e inteligência. (…) Em suma, o que podemos deduzir de acordo com nossas

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pesquisas é que a televisão também serve tanto para entreter como para (des) informar e (des)

educar.Publicado em: 13 de janeiro de 2008.

Para ler todo o texto, consulte:

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1745006-influencia-da-tv-na-vida/#ixzz1Qavhet6i ,

acessado em 13/06/2011.

Vamos discutir as seguintes questões sobre o artigo:

1) Depois de lido o texto, suas expectativas iniciais em relação ao título foram

confirmadas?

2) De que forma o autor marca sua presença no texto?

3) Qual é o ponto de vista inicial apresentado pelo autor?

4) No decorrer do texto, o autor expõe diversas informações que fundamentam a

construção do seu ponto de vista. Complete o quadro, relacionando as informações

apresentadas pelo autor ao seu ponto de vista:

A televisão serve para...

Informar e educar Desinformar e deseducar

5) A autora apresenta a televisão como “um meio de comunicação ditador de regras,

modas e estilos”, ditando também escolhas políticas. À ditadura da televisão a

autora também apresenta uma alternativa. Que alternativa é esta? Por que é uma

alternativa?

6) É comum nos textos de opinião recorrer-se a afirmações de especialistas sobre o

assunto abordado e fundamentar-se em dados de pesquisas para reforçar um

ponto de vista. Identifique no texto os momentos em que o autor recorre a alguma

dessas estratégias.

7) Como o autor marca linguisticamente as diferentes vozes presentes no texto?

8) A que conclusão final o autor nos conduz em seu texto?

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9) Você deve ter percebido que esse texto, todo estruturado em argumentos e

opiniões em torno de um tema polêmico, tem um objetivo. Qual é?

10) Normalmente, onde você encontra esse tipo de texto?

11) Para que tipo de público é destinado esse tipo de texto?

12) Você concorda com a autora? Por quê? (Retomar as opiniões iniciais)

“É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas e nos jornais, temas

polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, telespectadores e

leitores, por isso, o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em

questão através do artigo de opinião”.

Como nos gêneros argumentativos, o autor tem a intenção de convencer alguém; é

preciso, portanto, ter bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões.

Sendo fundamentados em impressões pessoais do autor, são argumentos fáceis de

contestar.

Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/artigo-opiniao.htm, acessado em

28/06/2011

TIRAS

Iniciamos a Unidade Didática com tiras da Mafalda, uma personagem criada nos

anos 60 por Joaquín salvador Lavado, cartunista conhecido como Quino. Mafalda

pertence a uma família de classe média e mora em Buenos Aires. É uma menina rebelde,

questionadora e que se preocupa com os problemas do seu tempo.

Curiosidade: O cartunista Quino, idealizador dos quadrinhoas da Mafalda, nasceu

em Mendonza (Argentina) em 17 de julho de 1932. Filho de imigrantes espanhóis,

inspirou-se na avó, que era comunista, para criar Mafalda. A personagem surgiu em

1963 como protagonista da campanha de uma linha de eletrodomésticos. Seu nome

começa com M porque a fabricante dos produtos se chamava Mansfield. Porém, a

propaganda não chegou a ser veiculada. A menina rebelde apareceu pela primeira vez

na mídia em 1964, em uma tirinha veiculada pela revista Leoplán. Porém, foi o

semanário Primeira Plana que passou a publicar o quadrinho regularmente a partir de

29 de setembro do mesmo ano. Por isso, seus fãs comemoram o aniversário de

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Mafalda nesta data. Os quadrinhos da Mafalda foram traduzidos para mais de 30

idiomas, entre eles o chinês e o finlandês. O primeiro livro reunindo histórias da

personagem saiu na Argentina em 1966. Todos os 5000 exemplares da tiragem inicial

foram vendidos em dois dias. Quino deixou de escrever novas histórias com Mafalda

em 1973. Mafalda e sua turma ilustraram a Campanha Mundial pela Declaração dos

Direitos da Criança, promovida pela UNICEF em 1977.

Fonte: http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/1963/1/mafalda.html, acesso em 20 de

jul. 2011.

Professor:

Antes de iniciar a atividade de leitura, pode ser feita uma apresentação dos personagens que

aparecem nos quadrinhos da Mafalda.

A seguir apresentamos mais algumas tiras da Mafalda sobre televisão. Leia e relate

o que se passa em cada uma delas.

Qual delas você acha mais engraçada?

Para realizar a leitura das tiras, vamos aos seguintes endereços:

Tira 1 – disponível em: http://clubedamafalda.blogspot.com/2006_01_01_archive.html , acesso em 10/06/2006.

Tira 2 – disponível em: http://clubedamafalda.blogspot.com/2006_01_01_archive.html , acesso em 10/06/2011.

Tira 3 – disponível em: Quino, Toda a Mafalda, São Paulo, Martins Fontes, 2006. p. 109.

Tira 4 – disponível em: Quino, Toda a Mafalda, São Paulo, Martins Fontes, 2006. p. 393.

Tira 5 - disponível em: Quino, Toda a Mafalda, São Paulo, Martins Fontes, 2006. p. 408.

Professor, a leitura das tiras foi orientada por duas tarefas. Antes de responder as questões

abaixo, retome as duas tarefas.

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Você leu cinco tiras da Mafalda. Responda às seguintes questões:

1) Muita gente considera as tiras divertidas. O que torna as tiras lidas engraçadas?

2) Qual é o tema de cada tira?

3) Na tira 1:

a) É possível saber o assunto sobre o qual Mafalda e as outras crianças conversam

lendo apenas os dois primeiros quadrinhos?

b) Por que aparecem sinais de exclamação na fala das crianças?

c) No 3º quadrinho, como Mafalda reage à fala da colega? Como está a fisionomia das

meninas?

d) Como você interpreta o último quadrinho?

4) Na tira 2, estão entregando uma TV na casa de Mafalda.

a) Observe o 2º quadrinho e analise a expressão fisionômica de Mafalda.

b) Observando o último quadrinho, o que você imagina que aconteceu?

5) Na tira 3, Mafalda e Manolito assistem à TV.

a) A que tipo de programa estão assistindo? Como é possível afirmar isso?

b) A que conclusão Manolito chegou? Por quê?

6) Na tira 4:

a) O que sugerem os dois primeiros quadrinhos?

b) Lendo os dois últimos quadrinhos, o que nos surpreende?

7) Na tira 5:

a) Normalmente, nos filmes o que acontece entre mocinhos e bandidos?

b) Por que Guile fica irritado?

c) Que preocupação do autor você observou em relação à fala de Guile?

8) Nas três últimas tiras, que crítica em relação à TV fica evidente?

9) Geralmente, quem são os leitores de tiras?

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PESQUISANDO...

Tarefa: A TV na vida dos alunos e dos familiares

Pedir que os alunos entrevistem pessoas mais velhas da casa, da família, buscando

as seguintes informações:

• As primeiras pessoas da família que tiveram TV.

• Havia encontros de familiares, amigos e vizinhos para assistir TV?

• Os programas antigos preferidos dos mais velhos. Pedir que eles contem

como eram esses programas.

• Quantas TVs tem em casa?

• A família se reúne para assistir algum programa? Quais?

• Os programas preferidos dos alunos.

Todas as informações colhidas pelos alunos deverão ser apresentadas oralmente

na turma.

É misterioso e admirável o fascínio que a televisão exerce no mundo desde as

suas primeiras transmissões em preto e branco. Ela tem os seus efeitos negativos, mas é

indiscutível a importância que tem no compartilhamento de informações, especialmente

porque pode ser acessível a quem não lê. Além disso, é atraente porque trabalha com a

linguagem verbal, a visual e a sonora.

“A idéia de trabalhar com imagens está ligada à história da civilização. Já nos

tempos primitivos, o homem deixava suas impressões em forma de desenhos para que as

gerações posteriores pudessem aprender ou os reverenciar” (Maurício Valim, 1998).

Que tal sabermos um pouco sobre a história desse aparelho?

Para isso, organizem-se em pequenos grupos e pesquisem na internet ou em

enciclopédias da biblioteca da escola sobre os seguintes tópicos:

• Os primeiros países a terem transmissões regulares de programas de TV;

• O único país que manteve suas transmissões durante a 2ª Guerra Mundial;

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• O primeiro personagem dos desenhos animados a ter sua imagem veiculada na

TV;

• No Brasil, quando começam as transmissões regulares de programas de TV?

Quais eram esses programas?

• O primeiro canal de TV inaugurado no Brasil e seu proprietário;

• Ano em que começam as transmissões em cores no Brasil;

• A primeira novela que foi transmitida pela televisão no Brasil.

Tarefa: Os resultados da pesquisa serão produzidos na forma de um painel

denominado “Curiosidades da televisão”. Esse painel, a ser exposto na sala de aula

ou nos corredores da escola, deverá conter textos informativos – gênero

“curiosidades”. Não esquecer de informar a fonte da pesquisa.

ATÉ CHEGAR NA TELENOVELA... VIAJANDO NO TEMPO...

A televisão tem uma programação diversificada: esportes, filmes, programas

infantis, jornalismo, etc. Mas não adianta discutir, a novela é uma das produções que mais

mantêm as atenções dos telespectadores.

Até a década de 60, o rádio era o meio de comunicação mais popular do Brasil e

tinha também na sua programação as radionovelas.

Voltando mais um pouco no tempo: o que havia de entretenimento para as

pessoas? Os folhetins: uma publicação de romances que se fazia dia a dia, capítulo por

capítulo, como acontece nas novelas da televisão. Esses folhetins eram publicados numa

das seções dos jornais que circulavam na época.

Tarefa:

Para melhor compreensão, pesquise sobre: romance – novela – folhetim –

telenovela.

Façam suas anotações, comparem-nas e discutam-nas. Em seguida, produzam

pequenos textos informativos para inserir no painel “Curiosidades sobre a

televisão”.

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AS CHAMADAS DE NOVELA

Antes de uma novela começar, a rede transmissora exibe diversas chamadas da

futura novela e publica notícias em revista, jornais, sites especializados.

Vamos assistir a algumas chamadas da novela Cordel Encantado, que iniciou em

11 de abril de 2011. De que se trata cada chamada?

• Primeira chamada

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=bcov5ktIGz4&feature=related, acesso em

13/06/2011

• Segunda chamada

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=rc7bCRTMg_E&feature=related, acesso

em13/06/2011

• Terceira chamada

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=xZerh7Crjj8&feature=related, acesso em

13/06/2011

• Quarta chamada

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ldIhUDlcmhg&feature=related, acesso

em 13/06/2011

Qual a finalidade dessas chamadas?

NOTÍCIA

Leia um trecho de uma notícia sobre o elenco da novela Cordel Encantado:

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25/01/2011 13h55 - Atualizado em 25/01/2011 13h55

Elenco de Cordel Encantado, próxima das seis, é apresenta-do à imprensaBianca Bin, Carmo Dalla Vecchia e Bruno Gagliasso estiveram no en-contro

O diretor de núcleo Ricardo Waddington, a diretora-geral Amora Mautner e as autoras Thelma Guedes

e Duca Rachid se reuniram nesta segunda-feira, dia 24, na Central Globo de Produção, para apresen-

tar aos jornalistas o elenco da próxima novela das seis da Rede Globo, Cordel Encantado.

Waddington apresentou os atores e os profissionais da equipe um a um e aproveitou a oportunidade

para ressaltar características especificas da produção de arte, da cenografia, do figurino, da trilha sono-

ra e da direção de Cordel Encantado, explicando a importância de todos conhecerem o processo de

criação, produção e realização da novela. As autoras falaram sobre suas inspirações e expectativas em

relação à trama. Elas também chamaram ao palco suas colaboradoras, Dayse Chaves, Luciane Reis,

Manoela Dias e Thereza Falcão.

Para ler a notícia completa e ver as fotos, ir em:

http://redeglobo.globo.com/novidades/noticia/2011/01/elenco-de-cordel-encantado-proxima-das-

seis-e-apresentado-imprensa.html, acesso em 18/06/2011.

Responda:

1) Por que o título e o subtítulo estão em letras maiores em comparação com o texto?

2) Quem está divulgando a notícia?

3) Qual é o fato divulgado?

4) Quando foi publicada a notícia?

5) Além do texto verbal, que outros elementos enriquecem a notícia? Qual o objetivo de

apresentar fotos nesse texto?

6) A quem se destina esse texto?

7) Qual o objetivo de se divulgar essa notícia?

O RESUMO DE NOVELAS

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Leia atentamente o resumo de alguns capítulos da novela Cordel Encantado:

SEGUNDA – 6/6

Herculano fala com Zóio-Furado que eles irão invadir a fazenda de Timóteo no dia do casamento de Açuce-

na e Jesuíno. Augusto insiste para Inácio se vestir adequadamente, mas ele só aceita usar roupas de men-

digo. Florinda descobre que Petrus fugiu.

TERÇA – 7/6

Herculano revela a Jesuíno a armadilha que Timóteo planeja para ele. Antônia sai da delegacia com Batoré.

Paçoca e Rufino soltam o príncipe. Zenóbio fala sobre a morte de Petrus, e Úrsula e Nicolau ficam tensos.

Inácio cuida dos pobres da vila.

(Revista MINHA NOVELA, nº. 613, 3 de junho de 2011).

Agora, leia os resumos dos mesmos capítulos divulgados na internet.

Seg6Herculano pretende invadir a fazenda deTimóteoBatoré tenta invadir o palácio para levar Antônia. Inácio vai falar com Miguézimsobre seu sonho.

Açucena fica intrigada com o jeito com que Augusto fala com ela. Zenóbio chora ao ver Petrus beijar o rosto de Florinda. Augusto diz a Cesária que só poderia ficar com ela se o povo de Será-

fia a aceitasse. Petrus fica perturbado ao ver Florinda e Zenóbio juntos. Inácio decide doar tudo o

que tem para um mendigo. Batoré ameaça romper com o acordo feito com Timóteo caso ele não

se case com Antônia. Inácio afirma que ajudará os pobres e seguirá sua missão. Herculano re-

vela a Zóio-Furado que pretende invadir a fazenda de Timóteo.

Disponível em: http://cordelencantado.globo.com/capitulo/inacio-diz-a-antonia-que-eles-nao-irao-mais-se-casar.html#resumo, acesso em 11/07/2011.

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Ter7Antônia aceita se casar com Batoré para livrar Inácio

da cadeiaHerculan fala com Zóio-Furado que eles irão invadir a fazenda de Timóteo no dia do casamen-

to de Açucena e Jesuíno. Augusto insiste para Inácio se vestir adequadamente, mas ele só

aceita usar roupas de mendigo. Batoré prende o infante. Inácio diz a Antônia que eles não irão

mais se casar. Florinda descobre que Petrus fugiu. Jesuíno ajuda Petrus. Dora e Felipe conso-

lam Antônia. Zenóbio revela a Jesuíno, Açucena e Benvindaa identidade de Petrus. Batoré garante a Antônia que liberta Inácio se ela se casar com ele. Jesu-

íno vê Bel escondido e vai a seu encontro. Antônia pede para Batoré deixá-la falar com Inácio an-

tes de tirá-lo da cadeia. Jesuíno invade o acampamento de Herculano.

Disponível em: http://cordelencantado.globo.com/capitulo/batore-da-um-anel-de-noivado-pa-ra-antonia.html#resumo, acesso em 11/07/2011.

ATIVIDADES

Os resumos de novelas são divulgados em diferentes veículos de comunicação: re-

vistas, sites, jornais, rádio, etc.

1) Por que os verbos são utilizados no presente?

2) Por que os períodos, no geral, são curtos?

3) Que diferenças você observou entre o conteúdo divulgado pela revista e pelo site?

4) A que tipo de público são direcionados os resumos de novelas?

5) Qual é o objetivo desses textos?

6) Por que as pessoas lêem resumos de novelas?

PARA ESCREVER UM POUQUINHO...

Vocês vão assistir a um capítulo da novela Cordel Encantado e, em grupos, vão elaborar o resumo de um capítulo.

Tarefa: Cada grupo vai elaborar o resumo de uma parte e vai apresentá-lo para os colegas. Primeiramente, farão um relato dos fatos oralmente e, em seguida, lerão os resumos elaborados.

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Professor, o objetivo da atividade é fazer com que os alunos percebam as diferenças entre

oralidade e escrita.

O capítulo 79 está disponível em:

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=s7CIR5fkGng&feature=related

acesso em 22/07/2011.

Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=U5dEk842l64&feature=related

acesso em 22/07/2011.

Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=ZKMJZ__z_Cg&feature=related

acesso em 22/07/2011.

Parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=Tfll_i4SHQg&feature=related

acesso em 22/07/2011.

OS PERSONAGENS DA NOVELA

É grande o número de personagens que uma novela abriga. Dependendo do de-

senrolar da trama, personagens podem morrer, outros podem ser acrescentados.

Na novela Cordel Encantado, encontramos uma galeria bem interessante e variada

de personagens. Quem são:

1) “os mocinhos”, os personagens que representam o bem?

2) os vilões (antagonistas)?

3) os personagens mais engraçados?

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VAMOS JOGAR?

Que tal elaborarmos pequenos textos, descrevendo as principais características de

alguns personagens da novela para organizarmos um jogo?

Vamos dividir a classe em grupos. Cada grupo, em segredo, receberá dois cartões.

Cada cartão trará uma foto de um personagem da novela Cordel Encantado. O grupo fará

em outros cartões a descrição dos personagens dos cartões que recebeu. O professor,

após a realização da atividade, juntará todos os cartões e montará um jogo da memória.

Os alunos terão que virar na mesa a foto do personagem e a descrição correspondente.

A ÉPOCA, O ESPAÇO E A CARACTERIZAÇÃO DOS PERSONAGENS

• Em que época, provavelmente, acontecem os fatos? Como você sabe?

• Em que cenário e ambiente acontecem as ações de Cordel Encantado?

Professor, registrar as respostas dos alunos no quadro.

Um dos elementos que caracterizam os personagens é a fala.

Vamos assistir a um capítulo 81 de Cordel Encantado e fazer uma análise da lin-

guagem empregada pelos personagens: sotaques, vocabulário, variedades.

Aproveitaremos e comentaremos também sobre o ”guarda-roupa” dos persona-

gens.

Os vídeos estão disponíveis em:

• Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=6Axr0HrMUdY&NR=1, acesso em

20/07/2011;

• Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=iFHMF2ILvcw&feature=related, acesso em

20/07/2011;

22

• Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=k0KagKcILak&feature=related, acesso em

20/07/2011;

• Parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=GLntAwROH80&feature=related, acesso

em 20/07/2011.

Curiosidade: A coloquialidade empregada nos textos de novela também tem o ob-

jetivo de conquistar o telespectador, buscando dar um certo “naturalismo” à fala dos

personagens. Como a novela procura ser um retrato da realidade, seu texto apresen-

ta registro informal usado pelas pessoas em geral em seu cotidiano. É por isso que

lemos nos textos de dramaturgia de novelas que se passam nos dias atuais tantos

“tá” no lugar de “está”, ou “preu” no lugar de “para eu”.

(RODELLA ; NIGRO; CAMPOS, 2009, p.171)

A NOVELA E O PÚBLICO

“As telenovelas são um dos gêneros de ficção mais interativos que conhecemos.

São levadas ao ar antes de terem sido totalmente escritas. Assim, as reações do público,

medidas pelas pesquisas, podem alterar seus rumos. Os autores podem decidir mudar a

história toda, matar uns personagens aqui, acrescentar outro ali e, se a audiência estiver

baixa, podem até encurtar a novela”.

(RODELLA; NIGRO; CAMPOS, 2009, p.165)

Com a novela Cordel Encantado, por sua vez, graças aos bons índices de audiên-

cia, a situação foi diferente: a novela ganhou duas semanas a mais do que o previsto:

"Cordel Encantado" terá prolongação de duas semanas 28.06.2011| 10:03

Antes previsto para o início de setembro, o fim do folhetim está agora marcado para o dia 24 de setem-bro

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A notícia está disponível em: http://www.opovo.com.br/app/divirtase/2011/06/28/noticiadivirtase,2261130/cordel-encantado-tera-prolongacao-de-duas-semanas.shtml, acesso em 28/06/2011

1) Na sua opinião, o título resume o fato noticiado?2) De que fonte foi retirada essa notícia?3) Quando foi divulgada a notícia?4) No primeiro parágrafo, o verbo “ter” está conjugado no tempo futuro. Por quê?5) No segundo parágrafo, o autor informa sobre uma situação na data de término da novela. Que palavras indicam essa mudança?6) O texto apresenta a causa dessa mudança. Que palavras expressam a causa? Que outras palavras poderiam ser usadas no lugar delas?

A OPINIÃO DO TELESPECTADOR

O telespectador tem várias formas de manifestar sua opinião sobre as novelas a que assiste. Pode ser participando de pesquisas e enquetes ou através de cartas e e-mail para jornais, revistas e sites. Muitos desses veículos mantêm uma seção onde são publicadas as cartas e e-mails dos leitores. Além disso, há blogs dedicados às novelas.

Vamos acessar um desses blogs e observar os comentários dos telespectadores/blogueiros.

Professor, peça aos alunos que, ao acessarem os blogs, vejam os comentários e assinalem as

expressões que indicam a opinião do telespectador.

Tarefa: Vamos todos juntos elaborar um comentário coletivo para um blog

acessado, especializado em novelas, expressando a nossa opinião sobre a novela

Cordel Encantado.

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Curiosidade: O blog não é um gênero, mas um suporte, que assim como o jornal comporta vários gêneros diferentes: notícias, fotos, piadas, comentários sobre a vida, filmes, músicas, ou tudo junto.

A palavra blog vem de weblog (web quer dizer rede, e blog quer dizer registro regular de dados). Blog é simplesmente um site pessoal, atualizado com regularidade. É constituído por uma série de publicações ou posts. Os posts mais novos ficam sempre no topo da página, onde há a data em que foram postados.

A linguagem é espontânea e coloquial. Um post contém sempre uma data e uma assinatura. Mas é possível um blog coletivo, ou seja, mais de uma pessoa pode estar autorizada a postar.

Nos blogs, há um espaço para os leitores, a caixa de comentários. Então, para um post, pode haver centenas de comentários. É uma verdadeira troca de idéias e de opiniões. Mas o administrador do blog pode eliminar os comentários ofensivos e indesejáveis..

Há muitos blogs especializados em novelas e você pode participar deixando sua opinião.

(RODELLA; NIGRO; CAMPOS, 2009, p. 63-65).

RECEITA EM CORDEL ENCANTADO

Na novela Cordel Encantado, Maria Cesária conquistou o Rei Augusto com seus dotes culinários. Uma de suas receitas foi muito sugestiva: um doce chamado “coração de moça”

Veja a receita que está disponível em: http://extra.globo.com/tv-e-lazer/coracao-de-moca-descubra-como-preparar-doce-que-conquistou-rei-augusto-em-cordel-encantado-1828340.html, acesso em 09/06/2011.

ATIVIDADES

1) Explique com suas palavras o que uma receita.

2) Você deve ter percebido que a receita está estruturada em partes. Em quantas partes

está dividida a receita?

3) Qual é o objetivo de quem escreveu essa receita?

4) O que você observa em relação aos verbos presentes na receita?

5) Em que situações recorremos a esse tipo de texto?

6) Muitos casais contam histórias da esposa que “prendeu o marido pelo estômago”. Per-

gunte a seus familiares se há algum caso deste na família. Peça a receita desse prato que

é capaz de “prender marido”.

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ACRESCENTANDO: A receita, assim como as bulas de remédios, instruções de jogos, ma-

nuais de funcionamento e de uso de aparelhos domésticos e de máquinas, editais de concur-

sos, folhetos explicativos sobre prevenção de doenças e epidemias, etc., são gêneros que es-

tão presentes no nosso cotidiano, dando-nos orientações por meio de uma linguagem clara e

objetiva.

CORDEL ENCANTADO... CORDEL?

Duca Rachid e Thelma Guedes, autoras de Cordel Encantado, misturaram conto de

fadas e sertão nordestino. A arte do cordel, certamente, foi uma das principais fontes de

inspiração. Até mesmo a abertura da novela exibe xilogravuras referentes aos persona-

gens da novela.

Assistir à abertura da novela, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=-GvQxFYJvTE, acesso em 22 jul. 2011.

Mas o que é Cordel?

Cordel é a atividade de contar histórias que tem origem na Idade Média, na Europa,

quando não havia pessoas alfabetizadas. Em dias de feira, trovadores acompanhados por

instrumentos musicais, contavam suas histórias em versos. Com o tempo, essas histórias

passaram a ser impressas em pequenos folhetos, ilustrados com xilogravuras, expostos

para venda. Ficavam pendurados em barbantes e cordas, ou cordéis (nome originário em

Portugal).

A literatura de cordel chegou ao Brasil com os colonizadores, espalhando-se pelas

regiões nordestinas, onde se tornou extremamente popular. O mesmo hábito da Idade

Média – vender e, ao mesmo tempo, declamar os versos – é mantido até hoje.

Por ser popular, a literatura de cordel trata de assuntos referentes ao cotidiano das

pessoas. Podem ser experiências do narrador para transmitir um ensinamento moral, uma

sugestão de vida, lendas, tradições locais, aventuras, amor e até mesmo questões políti -

cas e sociais.

26

MOMENTO DE LEITURA

PROEZAS DE JOÃO GRILO

João Martins de Ataíde

O rei daquele país

quis o reino embandeirado,

para receber a visita

do ilustre convidado

o castelo estava em flores

cheio de muitos fulgores,

ricamente engalanado.

[...]

Toda cortem imperial

pediu desculpa a João

e muito tempo falou-se

naquela dura lição

e todo mundo dizia que sua sabedoria

era igual a Salomão.

Todo o texto está disponível em: FARACO, C. E. Linguagem Nova (5ª série), São Paulo:Ática, 2004

(p.208)

ATIVIDADES

1) Qual o assunto tratado pelo cordel?

2) O narrador do cordel tem um propósito. Qual é esse propósito? A quem se destina

essa mensagem?

3) A literatura de cordel emprega uma linguagem popular, muitas vezes, com termos que

transgridem a gramática normativa. Vamos voltar ao texto e identificar algumas ocorrên-

cias.

4) Quantos versos há em cada estrofe?

5) Quantas estrofes compõem o cordel lido?

6) Um dos recursos utilizados pelo autor para conferir musicalidade ao texto é a rima.

Identifique-as no texto.

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7) O poema todo constitui uma narrativa. Por quê?

8) Podemos afirmar que este poema é atual?

Fonte: http://fazendoliterarte.blogspot.com/2011/05/cordel-adolescente-o-xente.html - acesso em 03/07/2011

SUGESTÃO DE LEITURA

Literatura de cordel:

• CORDEL ADOLESCENTE, Ó XENTE!Fonte; O texto está disponível em: SANTOS, E. S. Novo Diálogo - 7ª série, São Paulo: FTD, 2006.

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Fonte: http://fazendoliterarte.blogspot.com/2011/05/cordel-adolescente-o-xente.html, acesso em 03/07/2011.

• Lampião uma história inglória Fonte: http://www.pucrs.br/mj/poema-cordel-52.php, acesso em 11/08/2011

AS RELAÇÕES DA NOVELA CORDEL EN-CANTADO COM OUTROS TEXTOS

Como já foi dito antes, a novela Cordel Encantado mistura contos de fadas e histó-

rias do sertão nordestino. Mas o fascínio da novela vem também da inspiração em perso-

nagens históricos e em grandes obras clássicas.

A essa conversa entre textos, subentendida ou mais explícita, denomina-se inter-

textualidade.

O fenômeno da intertextualidade pressupõe um certo “conhecimento do mundo”,

que deve ser comum ao autor e ao receptor dos textos. Esse conhecimento, muitas ve-

zes, é fundamental para a compreensão global do texto.

Vamos observar alguns desses diálogos em Cordel Encantado:

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1º) O conto de fadas “A Bela Adormecida”, que se transformou em grande sucesso dos

estúdios da Disney:

Assistir a dois vídeos:

− cenas iniciais do filme “A Bela Adormecida”;

Trecho do DVD “A Bela Adormecida”, de Walt Disney.

− trechos do primeiro capítulo (parte1) de Cordel Encantado;

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=yav978HW6JA&feature=related,

acesso em 12/06/201.

• Em que aspectos as duas histórias se assemelham?

• Cordel Encantado poderá ter um final semelhante ao do conto “A Bela Adorme-

cida”?

2º) O romance de Alexandre Dumas “O Homem da Máscara de Ferro”, adaptado para o

cinema:

Assistir a uma cena do filme “O Homem da máscara de ferro”, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=e_kqWVgGqKI&feature=related, acesso em 09/06/20.

Assistir a uma cena de Cordel Encantado, disponível em: http://www.youtube.com/watch?

v=WeRuxuS_jRU&feature=related, acesso em 06/06/2011.

• Em que aspectos as duas cenas se assemelham?

• Será que os personagens dos dois vídeos usam a máscara de ferro pelo mesmo

motivo?

• Que semelhanças você percebeu em relação ao cenário em que acontecem as

duas cenas?

• Que sentimentos as duas cenas despertaram em você?

• Como você imagina o destino de cada um dos personagens?

• Em que época você imagina que ocorrem esses fatos? Por quê?

Professor, a proposta é que os estudantes levantem hipóteses. Eles serão levados a ler o livro

e/ou assistir o filme após a discussão.

3º) A obra “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare:

Assistir a um trailer do filme “Romeu e Julieta” (1968), do diretor Franco Zefirelli: o vídeo

está disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=kWhvd3apun0&feature=related, acesso

em 28/06/2011

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• Por que Jesuíno e Açucena lembram Romeu e Julieta?

• Pensando na novela Cordel Encantado e no trailer que acabamos de assistir, quais

as diferenças que observamos em relação:

à trama?

à época?

ao cenário?

Agora, você vai ouvir a história de Romeu e Julieta:

Professor, você poderá ler a história de Romeu e Julieta, recontada em prosa por Paulo

Mendes Campos no livro “Contos de Shakespeare”.

Observe como termina o romance dos jovens. Você acha que o final do casal Açu-

cena e Jesuíno pode ser semelhante? Por quê?

Você deve ter percebido outras referências a textos e cenas e diálogos conhecidos:

• Vamos ler a resumo do livro “O Fantasma da Ópera”, de Gaston Leroux.

O resumo está disponível em:

http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_45588.html, acesso em 12/08/2011.

Assistindo algumas cenas da novela Cordel Encantado, que semelhanças há entre

O Fantasma da Ópera e as aparições de Petrus no cinema?

SINOPSES, TRAILERS E RESENHAS

SINOPSE

Onde encontramos o gênero sinopse?

É muito fácil quando se fala de sinopse, lembramos daqueles resumos de filmes,

de livros, de novelas (que já vimos anteriormente) que aparecem nos jornais, nas revistas,

nos sites, nas capas de DVD, etc. É uma narração curta, que conta em poucas linhas e de

maneira objetiva sobre o assunto a ser tratado no livro, no filme ou no capítulo da novela.

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ATIVIDADES

As duas sinopses abaixo são do filme “Romeu e Julieta”. Leia-as com atenção:

“A bela e pouco convencional adaptação de Baz Luhrmann para a clássica história

de amor de William Shakespeare está abençoada. Leonardo DiCaprio (A Praia) e Claire

danes (Mon Squad) retratam Romeu e Julieta, os jovens predestinados amantes do pas-

sado. Mas a colocação foi trasportada de suas origens Elizabethanas para a futurista e

agitada cidade de Verona Beach...”

Fonte: http://www.buscafilme.com.br/filme/romeu-e-julieta/, acesso em 27/06/2011

“Nesta versão para os dias de hoje da peça de Shakespeare o cenário é Verona Beach.

Os Capuleto e os Montéquio, duas famílias que sempre se odiariam, tem rixas sem ces-

sar, mas isto não impede que Romeu, um Montéquio, se apaixone pela bela julieta, uma

Capuleto. Entretanto, uma apresentadora de uma televisão anuncia que este amor profun-

do acabará gerando trágicas conseqüências em virtude da insana rivalidade familiar.”

Fonte: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=2079, acesso em 27/06/2011.

1) O que as duas sinopses tem em comum quanto à estrutura e ao conteúdo?

2) Qual delas deixa transparecer opinião sobre o filme? Em que passagens do texto é

possível observar isso?

3) Normalmente quem procura ler sinopses de filmes?

4) Qual a finalidade das sinopses de filmes?

5) Por que aparece a indicação de atores e diretores do filme?

6) Por que apareceram entre parênteses “A Praia” e “Mod Square”?

AS CAPAS DE DVD

Quando estamos em uma locadora ou em uma loja e nos interessamos por um fil -

me, o que fazemos para decidir sobre um filme?

Vamos observar mais de perto os detalhes da capa de DVD:

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Fonte: Paramount Pictures

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Responda:

1) Qual o título do filme?

2) Quem dirigiu o filme?

3) Quem são os atores?

4) O filme teve quantas indicações para o Oscar? Por que há esta informação na capa do

DVD?

5) Em que idioma está disponível o filme?

6) De quais legendas o filme dispõe?

7) Qual o tempo de duração do filme?

8) De acordo com a censura, a partir de que idade o filme é indicado?

9) É possível ter uma idéia do assunto lendo apenas a sinopse?

10) Qual a contribuição das imagens na capa?

11) Qual a importância de se referir a William Shakespeare?

12) Você alugaria esse filme? Por quê?

Lemos a sinopse de Romeu e Julieta na capa do DVD. Vamos, agora, ler a sinopse

do livro Romeu e Julieta, de Shakespeare.

A sinopse está disponível em: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/rese-

nha.asp?nitem=209456&sid=87951032013814543855780167, acesso em 12/08/2011.

Além do resumo sugerido, você poderá acessar outros endereços e ler outras si-

nopses do livro.

Professor, o objetivo é fazer com que os alunos observem os diferentes aspectos enfatizados

pelas sinopses em função do local, das finalidades e do público.

SUGESTÃO DE LEITURA

As revistas, jornais e a internet trazem sinopses de filmes e de livros. Procure a si-

nopse dos filmes “O Homem da Máscara de Ferro” e “O Fantasma da Ópera”. Leia a si -

nopse e procure identificar a finalidade desse texto levando em consideração o local em

que está publicado e o público a que o texto se destina.

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TRAILER

Os trailers também são ótima opção para quem está decidindo por um filme ou

quer apenas se informar de uma forma mais dinâmica.

Vamos assistir o trailer de O Fantasma da Ópera, disponível em: http://www.youtu-

be.com/watch?v=44w6elsJr_I, acesso em 01/07/2011.

Pensando no trailer assistido:

1) Quem produz os trailers de filmes?

2) Quem é responsável por divulgá-los?

3) Os trailers interessam que tipo de público?

4) Onde encontramos facilmente trailers de filmes?

5) Qual a finalidade dos trailers?

6) O que caracteriza o trailer?

Tarefa: Retomar o resumo do livro “O Fantasma da Ópera”. Comparar o resumo do livro com a sinopse do livro disponível em sites de livrarias (Cultura e Saraiva).

RESENHA

Todo mundo que lê jornais, revistas e blogs está de certa forma familiarizado com

esse gênero. Mas o que é a resenha? É um texto breve que traz a opinião do autor sobre

um livro, um filme, uma peça teatral, um show, etc.

A seguir leia a resenha sobre o filme O Fantasma da Ópera por Carla Nunes:

O Fantasma da Opera, é um dos muitos estrondosos musicais criados por Andrew Lloyd Webber, e

que também encontramos em diversas versões cinematográficas. Baseia-se num livro de Gaston Leroux,

que já sofreu muitas adaptações, não deixando porém, de manter a história base. E essa história é nem

mais nem menos do que uma história de amor impossível, de um génio da arte que vive escondido nas ca -

tacumbas de um teatro, devido a uma deformação no seu rosto e da prima-donna desse mesmo teatro. A ul-

tima versão cinematográfica, foi levada a cabo por Joel Schumacher em 2004, intitulando-se “The Phantom

of the Opera”.O filme começa com uma cena na opera de Paris, no ano de 1905, trata-se de um leilão dos

objectos dessa mesma opera, que se adivinha ter sido em tempos um local de grandes espectáculos. É

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neste momento que se faz a transição, e muito bem feita a meu ver, para 1860, as cenas iniciais a preto e

branco dão lugar a um cenário de luz e cor, que nos indica que estamos a ser transportados para outra épo -

ca, onde começa a verdadeira história deste filme.

Publicado em: 09 março , 2007

Fonte: http://pt.shvoong.com/internet-and-technologies/492487-fantasma-da-opera-fil-

me/#ixzz1RBbazsMJ, acesso em 30/06/2011.

Vamos discutir sobre a resenha lida:

1) Você diria que a resenha lida é crítica ou puramente descritiva? Justifique.

2) Toda resenha deve ter os dados bibliográficos essenciais do livro ou “objeto” a ser re-

senhado. No texto lido, essa regra é cumprida? Localize as informações no texto.

3) A resenha apresenta uma breve síntese da obra. Em que passagem do texto o autor

faz isso? Qual a finalidade dessa síntese na resenha?

4) Feita a síntese, normalmente o resenhista faz uma descrição da estrutura da obra.

Identifique o momento em que isso acontece no texto. Qual a finalidade dessa descrição

na resenha?

5) O autor deixa sua crítica explícita em relação ao filme. Comente-a.

6) Para quem o autor recomenda O Fantasma da Ópera?

7) Você acha que o texto teve a intenção de convencer o leitor ou de apenas deixar uma

opinião?

8) Depois de ter lido e analisado a resenha proposta, pense: qual é o objetivo de uma re -

senha?

PESQUISA: UM POUCO DE HISTÓRIA DO BRASIL

Mas não foi só nos clássicos que as autoras da novela Cordel Encantado buscaram

inspiração. Personagens e fatos históricos alimentaram a imaginação das autoras:

• O personagem Miguézim, vivido por Mateus Nachtergaele, foi construído a partir da

figura de Antônio Conselheiro, espécie de líder espiritual que viveu no sertão da

Bahia.

• Capitão Herculano e seu bando de cangaceiros: entre o final do século XIX e a pri -

meira metade do século XX, o cangaço foi um fenômeno tipicamente sertanejo e

nordestino. Um dos motivos de sua ocorrência foi o período das secas que assolou

os sertões do nordeste entre os anos de 1877 e 1879.

• O personagem de Inácio, irmão do príncipe Felipe, ao deixar tudo para cuidar dos

pobres e doentes, faz com que nos lembremos de São Francisco de Assis.

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As autoras de Cordel Encantado construíram alguns personagens espelhando-se

em personagens da nossa História. Para enriquecermos nosso conhecimento e compre-

endermos melhor como se concretizou esse processo na novela, vamos partir para a pes-

quisa.

Para começar a pesquisa, vamos assistir a documentários e/ou filmes sobre o tema

do cangaço e a respeito de Antônio Conselheiro e o conflito de Canudos, que serão dispo-

nibilizados pelos professores de História. Vamos preparar uma “Sessão Pipoca” exibindo

dois filmes simultaneamente.

Para escolher o que você vai assistir, primeiro você vai ler uma sinopse e uma re-

senha de cada produto cultural (documentário, filme).

Professor, essa sessão poderá ser realizada em horário do contraturno. Se possível, que os

alunos sejam acompanhados pelos professores de História.

Agora, vamos produzir!

Tarefa 1: Em grupos, os alunos deverão escrever resenhas e sinopses sobre o

filme/documentário a que assistiram.

As resenhas e as sinopses deverão fazer parte de um mural, na sala de aula ou nos

corredores da escola.

PESQUISANDO...

A turma vai se dividir em dois grupos. Um grupo pesquisará sobre Antônio Conse-

lheiro e o outro grupo, sobre o fenômeno do cangaço no Brasil.

A pesquisa será realizada sob a orientação do professor de História das turmas.

Os alunos, sob a orientação dos professores de História e de Português, deverão

selecionar os materiais pesquisados. Cada grupo produzirá um texto final, que será uma

apresentação do conteúdo pesquisado para a outra turma.

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IMPORTANTE: na sua pesquisa, que poderá ser em sites, enciclopédias, livros de História,

etc., você vai se deparar o tempo todo com textos expositivos: verbetes de enciclopédia, arti -

gos de divulgação científica e resumos.

Os textos expositivos apresentam muitas informações, por isso utilizam uma linguagem im-

pessoal e precisa. O objetivo é comunicar a informação de maneira clara e organizada.

Você encontrará muitas informações, mas não fique desanimado. Lance mão de um resu-

mo. Como vimos antes, o resumo é uma forma de organizar as informações e cumpre a fi-

nalidade de transmitir ao leitor uma idéia geral do texto.

Para fazer um bom resumo:

anote em um caderno as ideias principais (palavras e frases);

parafraseie, ou seja, trechos que você considerou significativos, reescreva-os com

suas palavras;

munido das informações ordenadas, agora é só organizá-las em um novo texto.

A seleção das informações a serem resumidas deve ser feita levando em conside-

ração o que você considera necessário que seus colegas saibam sobre o

assunto/tema.

Professor, os alunos poderão usar trechos da novela na apresentação.

SUGESTÕES DE LEITURA

• O Homem da Máscara de Ferro, de Alexandre Dumas (Editora Rideel). O livro, adaptado por Ana Carolina Vieira Rodrigues, faz parte da coleção Aventuras Grandiosas.

• Contos de Shakespeare: sete peças do grande gênio William Shakespeare,recontadas em prosa por Paulo Mendes Campos.

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BIBLIOGRAFIA

A BELA Adormecida. Direção: Clydi Geronimi. Produção: Walt Disney. EUA; The Walt Disney Company, 1959. 1 DVD (75 min.).

ATAÍDE, J. M. Proezas de João Grilo. In: FARACO, C. E.; MOURA, F. Linguagem Nova (5ª. Série). São Paulo: Ática, 2002.

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa: 5ª a 8ª série. Brasília, 1998.

CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Português: Linguagens: literatura, gramática e redação. 2. ed. rev. e ampl. Obra em 3 v. São Paulo: Atual, 1994.

CORDEL Encantado. Revista Minha Novela. São Paulo: Abril, edição nº. 613, p. 18, 3 de junho de 2011.

DELMANTO, D.; CASTRO,M. C. Português: idéias e linguagens (7º. Ano). São Paulo: Saraiva, 2009.

DUMAS, A. O Homem da Máscara de Ferro. Adaptação de Ana Carolina Rodrigues Viei-ra. São Paulo: Rideel, 2005.

FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. 3. ed. São Paulo, Contexto, 1992.

GERALDI, J. V. (org.). O texto na sala de aula: Leitura e produção. 3. ed. Cascavel, ASSOESTE, 1984.

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