Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica · os encaminhamentos detalharão as...

82

Transcript of Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica · os encaminhamentos detalharão as...

Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica

PDE 2012

Titulo: Articulação do trabalho pedagógico no combate à violência: uma experiência no curso de formação de docentes do colégio estadual campina da lagoa- EFMPN

Autor

Cleonice Aparecida de Lima

Disciplina∕Área de ingresso no PDE

Pedagogia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Campina da Lagoa-EFMPN

Município da escola

Campina da lagoa

Núcleo Regional de Educação

Campo Mourão

Professora Orientadora

Mestra Antonia Maria Bersanetti

Instituição de Ensino Superior

UNESPAR∕FECILCAM

Relação Interdisciplinar

_______________

Resumo

O presente projeto de implementação pedagógica será desenvolvido no Colégio Estadual Campina da Lagoa-EFMPN do município de Campina da Lagoa e objetiva trabalhar o papel do pedagogo na articulação do trabalho pedagógico no enfrentamento a violência nas escolas, o público alvo será professores da parte especifica, alunos do curso de Formação de Docentes e demais profissionais da educação que se interessarem, focalizando as discussões e atividades nas “violências miúdas” que acontecem nas escolas de Educação Infantil e Séries Iniciais

campo de estágio da prática de formação do curso e que tanto preocupa os professores e os alunos por não conseguirem entender, combater e ou prevenir essas formas sutis de violência. Neste sentido buscou-se fazer um recorte especifico sobre essas violências que estão adentrando cada vez mais cedo os muros das escolas e como o trabalho coletivo pode contribuir para este enfrentamento. Seria utopia querer dizer que este trabalho vai resolver os problemas que encontramos nas escolas campo de estágio, ele é o inicio de uma longa caminhada, este caderno sinaliza para que possamos fazer novas discussões, leituras, grupos de estudos e queremos que quem sabe, ele se transforme em uma proposta pedagógica de trabalho efetivo nas escolas de nosso município.

Palavras-chave Trabalho pedagógico. Formação de Docentes. Violência escolar.

Formato do material didático

Caderno Pedagógico

Público alvo

Professores, Alunos do Curso de Formação de Docentes e demais profissionais da educação.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Superintendência de Educação Diretoria de Políticas e Programas Educacionais

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

Produção Didático- Pedagógica

ARTICULAÇÃO DO TRABALHO

PEDAGÓGICO NO COMBATE À

VIOLÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA NO

CURSO DE FORMAÇÃO DE

DOCENTES DO COLÉGIO ESTADUAL

CAMPINA DA LAGOA- EFMPN

Campo Mourão

2012

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência de Educação Diretoria de Políticas e Programas Educacionais Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

ARTICULAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO COMBATE À

VIOLÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA NO CURSO DE FORMAÇÃO

DE DOCENTES DO COLÉGIO ESTADUAL CAMPINA DA LAGOA-

EFMPN

PROFESSORA PDE: Cleonice Aparecida de Lima

PROFESSORA ORIENTADORA: Me. Antonia Maria Bersanetti

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA CADERNO PEDAGÓGICO

NRE Campo Mourão

UNESPAR∕FECILCAM

2012

Dedicatória Dedico este trabalho a Deus, a minha

família, aos amigos de caminhada e a professora Toninha. A todos vocês meu muito obrigado por tudo.

Caros professores e professoras, colegas de profissão...

Este caderno pedagógico destina-se aos profissionais da educação,

toda equipe pedagógica, coordenadores de curso e de estágio e aos

professores que trabalham com o curso de Formação de Docentes em nível

médio na modalidade Normal e Aproveitamento de Estudos e o seu foco é a

discussão sobre o enfrentamento a violência nas escolas desde a Educação

Infantil, não as violências visíveis e que estão amparadas por lei e sim as

violências miúdas, silenciosas e que não estão sendo percebidas dentro do

contexto escolar, as discussões serão realizadas do geral para o particular,

os encaminhamentos detalharão as várias faces da violência escolar, mas

principalmente discutiremos como a equipe pedagógica e estes professores

que trabalham com a formação podem preparar os alunos do curso, futuros

professores, para os desafios que vão além dos conteúdos a serem

trabalhados em suas práticas de formação (estágios), mas todo processo

que torna a escola palco de diversidade e conflitos. Sabemos que não

estamos preparados para lidar com todas as dificuldades que encontramos

na escola, mas temos que ter um olhar diferenciado para as várias formas

de manifestação da violência no âmbito escolar.

O caderno pedagógico aqui apresentado esta dividido em 3 (três)

unidades:

Unidade I- Articulação pedagógica, gestão democrática e o

papel do pedagogo frente às demandas educacionais.

Unidade II- Repensando as várias faces da violência.

Unidade III- Caminhos∕apontamentos para o enfrentamento a

violência nas escolas.

Este caderno pedagógico é só o inicio de uma grande caminhada, as

dúvidas são muitas, o assunto não se esgota, as bibliografias que tratam

das violências miúdas ainda são poucas. Mas a intenção é essa, servir de

estimulo para novos projetos, novos saberes, novas experiências, novos

conhecimentos que possam ajudar nossos alunos numa formação mais

humana.

Boa leitura!

Sumário

INTRODUÇÃO.............................................................................................8

UNIDADE I

ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA, GESTÃO DEMOCRÁTICA E O PAPEL

DO PEDAGOGO FRENTE ÀS DEMANDAS EDUCACIONAIS...................11

A função do pedagogo.............................................................................13 O pedagogo e as demandas socioeducacionais....................................18 Formação de docentes e as práticas educativas.........................................27

UNIDADE II

REPENSANDO AS VÁRIAS FACES DA VIOLÊNCIA................................35

Como definir a violência dentro dos muros da escola................................37 Violência escolar e o papel do professor......................................................43 Violências miúdas na Educação Infantil e séries iniciais............................50 Violências miúdas na Educação Infantil e séries iniciais, continuando a conversa...........................................................................................................54

UNIDADE III

CAMINHOS∕APONTAMENTOS PARA O ENFRENTAMENTO A

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS.....................................................................62

Elaborando projetos educativos de enfrentamento a violência..................64 A participação do coletivo..............................................................................71

CONCLUINDO................................................................... ........................74

REFERÊNCIAS..........................................................................................76

8

Como professora, pedagoga, coordenadora do Curso de Formação

de Docentes, atuando nesta minha caminhada de dezoito anos de

professora em diversas etapas e modalidades da educação básica, sempre

busquei entender os diversos fatores que interferem no processo ensino-

aprendizagem. Um desses fatores que estão presentes em nossas escolas

e que está incomodando a mim, aos colegas de profissão e aos alunos do

Curso de Formação de Docentes é a violência que está adentrando cada

vez mais cedo os muros das escolas. Estamos cada vez mais impotentes

nesta nossa sociedade com esses fenômenos que estão ocorrendo e que

pedagogos, pais, professores e sociedade não estão sabendo como lidar.

Quando os alunos do curso chegam relatando o que presenciam nas

escolas campo de estágio (Educação Infantil e Ensino Fundamental- séries

iniciais) sobre a violência, fico questionando meu papel de EDUCADORA, o

que fazer para mudar esses relatos, como ajudar essas escolas, esses

professores e futuros professores e principalmente essas crianças.

Em meio a estes problemas e com a oportunidade de participar do

PDE, surgiu os questionamentos, optar por um tema que eu conheço bem

ou buscar respostas para o que nos incomoda no momento? A decisão do

aprofundamento na temática sobre o Enfrentamento a violência na escola

para adentrar nas violências miúdas, levou-nos a produzir este material.

Neste caderno você irá encontrar uma diversidade de material para

trabalhar a questão do Enfrentamento a Violência nas escolas de forma

simples e com várias sugestões de atividades para aprofundamento do

tema. Ele está assim dividido:

Unidade I- Articulação pedagógica, gestão democrática e o papel do

pedagogo frente às demandas educacionais.

A função do pedagogo O pedagogo e as demandas socioeducacionais Formação de docentes e as práticas educativas.

Nesta unidade discutiremos o papel do pedagogo frente às

demandas socioeducacionais, as várias funções acumuladas no dia a dia e

9

como é possível fazer essa articulação dentro dos vários segmentos. Para

desenvolver estas discussões, nos apoiaremos em textos de alguns

autores, vídeos do Portal Dia a Dia e dos Cadernos de Organização do

Trabalho Pedagógico da SEED-Pr.

Unidade II- Repensando as várias faces da violência.

Como definir a violência dentro dos muros da escola? Violência escolar e o papel do professor. Violências miúdas na Educação Infantil e séries iniciais.

Na unidade II aprofundaremos as discussões referentes ao

enfrentamento a violência nas escolas, discutiremos sobre as várias formas

de violência que adentram os muros da escola e suas consequências para

professores, equipe pedagógica, alunos, enfim, todos os envolvidos no

processo educativo.Começaremos abordar a questão das violências

miúdas, percebidas nas escolas campo de estágio e que estão refletindo na

atuação dos alunos em seus estágios.

Unidade III- Caminhos ∕apontamentos para o enfrentamento a

violência nas escolas.

Elaborando projetos educativos de enfrentamento a violência A participação do coletivo

Nesta unidade iremos elaborar coletivamente um projeto de

prevenção a violência nas escolas campo de estágios, a partir do material

estudado e das discussões realizadas nos encontros, iremos propor

encaminhamentos para que os professores do curso de Formação de

Docentes participantes do curso possam em suas aulas desenvolvê-los com

os alunos e posteriormente os alunos estagiários possam estar

desenvolvendo nas escolas campo de estágio.Para encerrar os encontros

faremos uma mesa redonda com a Secretária Municipal da Educação,

diretores municipais, conselho tutelar, direção e equipe pedagógica do

Colégio Estadual Campina da Lagoa para acordar sobre a aplicação do

projeto das escolas municipais.

Este Caderno Pedagógico busca dar o primeiro passo para o início

das discussões sobre a invisibilidade das violências miúdas que ocorrem

dentro dos muros das escolas, que era mais uma das preocupações que me

instigava como pedagoga, e a partir do momento que ingressei no PDE não

estou sozinha, reencontrei uma professora maravilhosa que já fez parte da

10

minha formação acadêmica e agora será minha orientadora. Tenho certeza

que juntas conseguiremos percorrer este caminho.

11

UNIDADE 1

1. ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA, GESTÃO DEMOCRÁTICA E O PAPEL DO PEDAGOGO FRENTE ÀS DEMANDAS EDUCACIONAIS.

A função do pedagogo.

O pedagogo e as demandas

socioeducacionais

Formação de Docentes e as

práticas educativas.

12

Nesta 1ª UNIDADE abordaremos o tema do projeto de

implementação e o papel do pedagogo no Curso de Formação

de Docentes na escola pública do Estado do Paraná.

Atividade Metodologia Tempo

Apresentação do

projeto de

intervenção

Utilização de slides com a síntese do

projeto e discussão sobre o mesmo.

1º encontro

1 h

A função do

pedagogo

Breve discussão sobre o papel do

pedagogo na escola, grupo de estudo

do texto “O papel do pedagogo na

gestão: Possibilidades de mediação do

currículo” em pequenos grupos e depois

plenária com as considerações.

1º encontro

3 h

O pedagogo e as

demandas

socioeducacionais

Utilização de slides com a síntese das

demandas socioeducacionais. Debater

as questões sociais que fazem parte

do cotidiano escolar. Apresentação da

tirinha da Mafalda, disponibilizado no

site do Portal Dia-A-Dia para

discutirmos as várias demandas

socioeducacionais que adentram os

muros da escola.

2º encontro

2h

Formação de

docentes e as

práticas educativas.

Breve histórico do curso de formação

de docentes no estado, princípios

pedagógicos que norteiam o trabalho

e as práticas educativas. Indicação de

leituras, vídeos e outros para melhor

entendimento dos desafios

socioeducacionais no contexto do

curso.

2º encontro

2h

13

Como os alunos veem o trabalho do pedagogo dentro do espaço escolar?

1.1 A função do pedagogo. Em primeiro lugar colocamo-nos perante os professores e

alunos não como quem domina o saber e quer ensinar como fazer. Nossa atitude é a de cooperar, trabalhar juntos, buscando compreender os desafios que motivam nossa discussão. Cleonice Lima.

Cabe aqui, ao iniciarmos nosso Caderno Pedagógico referenciar os

objetivos conceituais e legais do papel do pedagogo nas escolas, buscando

esclarecer e respaldar o desempenho de suas funções dentro da gestão

democrática, e juntamente com o coletivo da escola, lutar por espaço para o

cumprimento de seu real papel e o papel da escola.

Como os professores veem o trabalho do pedagogo na

escola?

Na rede estadual de ensino o papel do pedagogo vem se destacando e

ocupando cada vez mais um espaço amplo e articulador na organização do

trabalho pedagógico e, portanto, necessariamente espera-se deste profissional,

ações efetivas na compreensão e propostas de atuação sobre os vários

desafios socioeducacionais que a escola enfrenta na atualidade. Sabemos que

várias são as funções que o pedagogo deve desempenhar, mas sabe-se

também, no entanto que é grande a angústia que muitos têm sentido diante da

impotência que vivenciam frente a alguns temas emergentes, entre eles o

Enfrentamento a Violência na Escola.

Com a democratização do acesso à escola pública, esta passa a

apresentar condições cada vez pior de funcionamento [...]. A rede pública

PARA

PROFESSORES...

PARA ALUNOS...

14

passa, então, a atender uma população totalmente diversa daquela à qual

estava habituada a servir, só que, agora sob precárias condições de

funcionamento [...] (PARO 2004, p. 86).

Podemos entender o processo de trabalho do

pedagogo nos desafios socioeducativos como mais

uma função, ou ele está ligado ao cotidiano escolar

e deve ser mais uma atribuição?

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/2011/peda

gogia/pedagogo.jpg acessado em 26 de outubro de 2012.

Cabe a escola e no caso especifico ao pedagogo fazer com que estes

novos desafios que exige pesquisa e reflexão sejam pensados de forma

objetiva e que seu objetivo expresse a humanização dos homens. (PIMENTA,

2010, p. 84) ressalta que “não há educação a não ser na sociedade humana,

nas relações sociais que os homens estabelecem entre si para assegurar a sua

existência”. É através das relações estabelecidas neste processo de

humanização que teremos que definir que prática teremos diante da teoria que

PARA PENSAR...

15

embasa nosso problema. Sendo que “para Marx, práxis é a atitude (teórica-

prática) humana de transformação da natureza e da sociedade. Não basta

conhecer e interpretar o mundo (teórico) é preciso transformá-lo (práxis)”.

(PIMENTA, 2010, p.86), segundo Vieira Pinto citado por Pimenta (2010) para

utilizarmos o método dialético em nossas pesquisas cientificas, precisamos

entender o sentido da prática como critério da verdade dentro de quatro

aspectos: a intencionalidade da prática que diz respeito à finalidade com que

fazemos a prática e a ideias que surgem através desta finalidade; a sua

natureza que é social e não individual o que pensamos para ou no coletivo é o

que fará a diferença; a necessidade da ação conjunta, neste caso a solução

dos problemas sociais enfrentados pela escola e pelo pedagogo se tornam

menos emblemáticos quando discutido na coletividade; e a sua realização

efetiva como trabalho humano que o transforma e transforma a sociedade ao

seu redor através da práxis. Para a autora a atividade docente é uma atividade

de educação. Se entendermos a educação como prática social, então a

atividade docente é uma prática social (práxis) e neste contexto o pedagogo no

exercício da ciência da pedagogia estuda a educação e a atividade docente,

portanto articula e contribui para a sistematização do conhecimento no

processo ensino-aprendizagem na sociedade em que está inserido e tem a

possibilidade de antever os problemas que interferem neste processo,

identificando e criando condições técnico-pedagógicas que facilitem o trabalho

do educador e estabeleça finalidades intencionais para mudanças na prática

social do coletivo e contribuam para a transformação histórica da humanização

dos homens.

Segundo critérios estabelecidos pela SEED-Pr em seu site na pagina

sobre Pedagogia há várias funções que devem ser desempenhadas pelo

pedagogo, elencamos abaixo algumas destas funções que diz respeito mesmo

que indiretamente ao nosso projeto e contribuem para as discussões.

16

Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do compromisso ético político com todas as categorias e classes sociais; observar os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da prática educativa.

Discutir com os professores e os outros profissionais da escola quais as atuais problemáticas sociais e econômicas que interferem na educacional.

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola.

Incentivar e propiciar a participação dos alunos nos diversos momentos e em órgãos colegiados da escola.

Elaborar estratégias para a superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de compromisso ético e político com todas as categorias e classes sociais. (PARANÁ, 2004).

http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=5 acessado

em 01 de novembro de 2012.

Delimitar dentro do espaço escolar o papel do pedagogo nem sempre é fácil, seu campo

de atuação não está restrito a um só tipo de ação, uma vez que a área de conhecimento

que o forma, a pedagogia, é muito ampla e abrangente. Ela investiga a realidade

educativa, assessora e explica o estabelecimento de objetivos e formas de intervenção

metodológica para a organização do processo educativo. Libâneo (2006, p. 116-117)

coloca o pedagogo como o profissional que “[...] atua em várias instâncias da prática

educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão

e assimilação ativa de saberes e modo de ação”, objetivando a formação humana em seu

contexto histórico.

Nesta perspectiva de trabalho o pedagogo desempenha várias funções

no âmbito escolar, entre elas a articulação de projetos que emergem das

necessidades de entendimento de fatores que interferem na aprendizagem e

entre esses fatores está à violência, a função da escola e do pedagogo e a

importância da escola como instituição que executa seu papel. No artigo

intitulado O papel do pedagogo na gestão: possibilidades de mediação do

currículo as autoras definem que uma das funções do pedagogo é agir em

todos os espaços para garantir a função social da escola.

17

Para além da função pedagógica de interlocução com o corpo docente para efetivação de uma prática pedagógica que cumpre com os pressupostos conceituais e práticos expostos no Projeto Político-Pedagógico (e Proposta Pedagógica Curricular), há a função do pedagogo na gestão escolar. Ou seja, a função da Equipe Pedagógica encontra-se maximizada no processo educativo agindo em todos os espaços para a garantia da efetivação de um projeto de escola que cumpra com sua função política, pedagógica e social. (PARANÁ, 2010, p.27)

Leia o artigo na integra: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/caderno_tematico_otp.pdf.

ATIVIDADE 1- REGISTRANDO.

Após as discussões sobre a função do pedagogo na escola publica e da

leitura do texto “O papel do pedagogo na gestão: possibilidades de mediação

do currículo” na integra pelos grupos, será feito anotações das discussões por

tópicos para ser lidos∕expostos na plenária.

QUADRO SINTESE.1 (reprodução)

LINHA DO TEMPO REGISTRO

DÉCADA DE 70

DÉCADA DE 80

CF- ARTIGOS 205 E 206.

DÉCADA DE 90

GESTÃO COMPARTILHADA& GESTÃO

DEMOCRÁTICA

1 O objetivo deste quadro é registrar as considerações do grupo acerca do trabalho do pedagogo na escola,

como professores e alunos veem este trabalho e para situar o desenvolvimento deste Projeto de

Implementação nas atribuições do papel do pedagogo na escola. Este registro também servirá como

subsidio para a elaboração do Artigo.

18

GESTÃO DEMOCRATICA E ESCOLAS

PÚBLICAS DO ESTADO DO PARANÁ

PAPEL DO PEDAGOGO NA GESTÃO

DEMOCRÁTICA

PAPEL DO DIRETOR NA GESTÃO

DEMOCRÁTICA

CURRICULO ESCOLAR

PTD E A FUNÇÃO DO PEDAGOGO

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

PARA ENCERRAR Plenária do trabalho do dia, onde cada grupo vai apresentar sua síntese

para os demais participantes e entregar por escrito em uma folha separada

suas anotações.

1.2 - O pedagogo e as demandas socioeducacionais.

“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa”. Paulo Freire

Refletindo sobre a problemática da violência na escola temos que rever

o papel da Escola e de todos os envolvidos que não é tão somente o de

“ensinar”, mas o de criar situações de aprendizagens que promovam o

desenvolvimento individual e coletivo dos educandos para o exercício pleno da

cidadania.

19

A afirmação do pluralismo, pelo qual as ciências da educação são chamadas a ampliar o conhecimento da prática educativa e a visualizá-la como objeto de estudo, não leva a Pedagogia a abandonar sua especificidade teórica. Justamente para continuar buscando sua identidade como campo relativamente autônomo de conhecimento, ela precisa incorporar os desenvolvimentos científicos e tecnológicos, as mudanças no mundo do trabalho, as novas práticas e movimentos sociais, os fenômenos interculturais e transnacionais, as demandas sociais pela paz, solidariedade e preservação ambiental em função de mais humanização, devendo alimentar-se do diálogo e da troca com outras disciplinas e outras realidades. (LIBÂNEO, 2002, p. 194)

Nesse sentido torna-se fundamental o trabalho em

conjunto em busca de um trabalho multidimensional e

focado na necessidade de instituir nos ambientes de

ensino, procedimentos democráticos de funcionamento

e gestão.

Ao consultar o Portal Dia a Dia Educação sobre o que seria os Desafios

Socioeducacionais propostos pela Secretaria de Estado da Educação- SEED

transcrevemos abaixo os objetivos que levaram a equipe de trabalho da época

a definir quais desafios deveriam ser trabalhados nas escolas.

As demandas Socioeducacionais presentes nas escolas é um grande desafio da educação na atualidade, os problemas enfrentados na sociedade, são comumente passados para a escola resolver. Um dos grandes desafios para Gestão Democrática e “para os professores é a busca de soluções para as questões relacionadas às dimensões sociais, culturais, éticas, econômicas, ambientais e estruturais presentes na escola”. Para tanto surge às discussões a nível estadual sobre como preparar as escolas para trabalhar e superar esses problemas em consonância com o Currículo e de acordo com as leis que amparam. A Secretaria de Estado da Educação se apresenta como parceira da comunidade escolar oferecendo subsídios teórico-metodológicos e propondo ações, em parceria com outras instituições, para a elaboração de estratégias que visam à mitigação dos desafios socioeducacionais. (PARANÁ, 2008, p. 7)

Elaboramos abaixo um quadro explicativo sobre os

Desafios Socioeducacionais.

20

Cidadania e direitos humanos

A demanda de Cidadania e Direitos Humanos no âmbito da Coordenação dos

Desafios Educacionais Contemporâneos, nasce com o desafio de implementar o

Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos nas escolas de nossa rede.Tem na

sua essência a busca dos princípios da dignidade humana, respeitando os diferentes

sujeitos de direito e fomentando maior justiça social.No intuito de valorizar ações de

cidadania, esta demanda responde ainda pelas ações interinstitucionais de

acompanhamento e fomento de programas federais e estaduais como: Atitude, Saúde

na Escola, Segurança Social, entre outros.

Educação Ambiental

A Secretaria de Estado de Educação do Estado do Paraná visa implementar a Lei

9.795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental em um processo

permanente de formação e de busca de informação voltada para a preservação do

equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações

entre o homem e o meio biofísico, bem como para os problemas relacionados a estes

fatores. Assim como, subsidiar os educadores para que, a partir de uma compreensão

crítica e histórica das questões relacionadas ao meio ambiente, possam por meio do

tratamento pedagógico e orientados pelas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica do Estado do Paraná, construir a identidade da Educação Ambiental

na escola pública.

Educação Fiscal

O Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF tem como objetivo propiciar a

participação do cidadão no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de

controle social e fiscal do Estado. Alicerça-se na necessidade de compreensão da

21

função socioeconômica do tributo, da correta alocação dos recursos públicos, da

estrutura e funcionamento de uma administração pública pautada por princípios éticos

e da busca de estratégias e meios para o exercício do controle democrático.

Escola Aberta

O Programa Escola Aberta foi criado pelo Governo Federal a partir da Resolução

CD/FNDE/NO 052, de 25 de outubro de 2004, para contribuir com a melhoria da

qualidade da educação e para fortalecer os laços entre a escola e a comunidade. As

ações do Programa são dirigidas à ampliação do acesso às atividades educativas,

culturais, esportivas, de lazer e de geração de renda. Dessa forma, o Programa tem

como um dos objetivos contribuir para a redução da violência escolar, especialmente

dos jovens, sobretudo aqueles em situação de vulnerabilidade social. As escolas

participantes do Programa são abertas nos finais de semana para o desenvolvimento

de diversas atividades formativas, informativas, de esporte, cultura e lazer. As ações

implementadas em cada escola são escolhidas a partir de consulta às comunidades

locais e da identificação de seus talentos, levando em conta as diversidades regionais

e as oficinas fomentadas pelo MEC. As oficinas são ministradas por voluntários,

membros da comunidade e por jovens universitários provenientes de camadas

populares, selecionados pelas universidades federais, para desenvolver temas sobre

direitos humanos, cidadania, diversidade, leituração e meio ambiente.

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer

tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa,

desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento,

educadores e educandos são instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou

indiretamente a esse desafio educacional contemporâneo, bem como a debater

assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade,

preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da

mídia, entre outros.

Enfrentamento à violência nas escolas

22

É necessário considerar o fenômeno da Violência a partir de uma perspectiva

histórica, social e política. Compreende-se a violência na escola como um processo

que se constitui historicamente no espaço e no tempo escolar. A violência na escola

torna-se preocupante pelo fato de que enquanto espaço institucionalizado de

desenvolvimento do indivíduo pela educação. Sendo esta um processo de

sociabilização, de desenvolvimento intelectual, científico e filosófico do indivíduo.

A demanda de Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e

formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num

espaço onde o conhecimento toma o lugar da força. O Enfrentamento à Violência na

Escola requer formação continuada dos profissionais da educação, reflexões e

discussões em grupos de estudos, seminários e oficinas sobre as causas da violência

e suas manifestações, bem como a produção de material de apoio didático-

pedagógico.Para fins de articular e promover a construção de mecanismos e ações

que viabilizem o Enfrentamento à Violência nas Escolas, a SEED através da CDEC,

integra e articula a Rede de Proteção na construção do Plano Estadual de

Enfrentamento à Violência [...].

Fonte para montagem do quadro: Portal Dia a Dia Educação.

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=613

acesso em 13 de outubro de 2012.

Compreendermos o papel do pedagogo frente às novas demandas que

se apresentam para a função, conseguir dialogar perpassando as várias

disciplinas, elaborar planos que consigam dar conta da função social da escola,

dos desafios que emergem neste espaço de contradição, garantindo o acesso

ao conhecimento científico através de práticas concretas, socializando esses

conhecimentos organizando o trabalho para que a escola funcione seguindo as

transformações ocorridas na sociedade em que está inserida e encarar os

desafios socioeducacionais do século XXI é o maior desafio das escolas. Assim

como já vimos no texto do encontro anterior alguns princípios da participação

do pedagogo na gestão escolar de acordo com o Edital nº 10∕2007do concurso

público para a função de professor pedagogo do Estado, ressaltamos abaixo os

quais fundamentam nosso trabalho nas demandas socioeducacionais:

• promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola; • participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a

23

especificidade da educação escolar; • participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os profissionais da escola e promover ações para a sua efetivação, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar; • analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantadas na escola, observando a legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da prática educativa;(PARANÁ, 2010, p.28)

A violência escolar é um dos grandes desafios enfrentados e sua

discussão ainda é algo difícil de fazer com os vários segmentos da escola.

Uma das preocupações é o modo como irão atuar neste contexto e que poderá

promover o desenvolvimento dos indivíduos participantes da escola ou, ainda,

resultar em maiores conflitos e problemas.

ATIVIDADE 1- RESPONDENDO...

Analisando o que discutimos até agora e o Edital nº 10∕2007do concurso

público para a função de professor pedagogo do Estado, podemos afirmar que

em nossa escola há espaço para o pedagogo articular este trabalho de

Enfrentamento a Violência?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Não podemos mais adiar as discussões acerca dos problemas que

norteiam nossa prática, temos que focalizar o papel do pedagogo na

organização do trabalho escolar, tendo como objetivo a sistematização do

trabalho pedagógico, situando a função específica deste profissional no

contexto escolar em suas diversas facetas, partindo da problemática sobre o

24

enfrentamento a violência na escola que é o nosso tema podemos afirmar que

a escola pública vem assumindo nas ultimas décadas diversos papéis devido a

grande demanda a ela imposta e as mudanças ocorridas no processo ensino-

aprendizagem.

Neste sentido alocamos a este o comprometimento com o todo da

escola, a importância em se articular trabalhos que deem apontamentos para a

efetivação deste enfrentamento a violência, que é um trabalho coletivo e é o

pedagogo que deve estar preparado para ter o domínio sistemático e

intencional das formas (métodos) por meio dos quais se devem realizar este

processo. Para Pimenta (1995) todo trabalho do pedagogo com o aluno, seja

ele em grupo ou individual faz-se um trabalho com o professor, sempre ele

estará intermediando esta relação professor-aluno e por isso sua função não

deixa de ser mediadora em todos os sentidos, garantindo sempre a melhoria

nas condições de aprendizagem e suas relações, pois não há aprendizagem

sem que haja condições para isso, e uma das condições é a de se preservar a

integridade física e emocional dos alunos.

ATIVIDADE 2- TRABALHANDO EM GRUPO.

Assista o Vídeo abaixo:

http://www.educadores.diaadia.pr.go

v.br/modules/debaser/singlefile.php?

id=21335 acesso em 01 de

novembro de 2012

Neste trecho, o pai de Mafalda lê um artigo sobre

como educar os filhos e tenta empregar a técnica

com ela. Logo na primeira pergunta da menina

ele percebe que a técnica não funciona na prática.

O uso dos interrogativos é acentuado na fala das

personagens. A pedagogia serve pra que?

25

Em grupos faremos a discussão sobre o vídeo, relacionando a nossa

temática. Como ponto de partida, refletiremos sobre os seguintes tópicos:

A pedagogia está dando conta de responder as demandas

socioeducacionais na escola?

Quais outras demandas podem não estar sendo contempladas na

proposta da SEED?

Como analisar a charge tendo como enfoque o papel do

pedagogo e os desafios socioeducativos?

Segundo Aquino (1996, p.94), Vygotsky “chama a atenção para o

importante papel mediador exercido por outras pessoas nos processos de

formação dos conhecimentos, habilidades de raciocínio e procedimentos

comportamentais de cada sujeito”. Com base na teoria vygotskyana,

percebemos o importante papel do pedagogo na articulação do processo de

construção de uma proposta de trabalho que venha propiciar mudanças

significativas nas problemáticas emergentes nas escolas nos dias atuais.

Ao pensarmos os problemas que permeiam a nossa realidade,entre elas

a violência escolar,temos que pensar num trabalho coletivo,uma co-

responsabilidade na construção do todo,numa perspectiva de mudança, de

solidariedade e de união.Educarmos para o exercicio efetivo da cidadania e

tudo isso deve ser feito através do diálogo.

A questão da violência é bastante abrangente nos dias atuais e envolve

o contexto sócio-histórico-cultural em que a criança ou o adolescente estão

inseridos, os modelos conceituais referentes a esta problemática e as questões

estruturais e políticas metodológicas de que a escola dispõe para lidar com os

fatores que se sobrepõe as várias formas que se manifesta no ambiente

escolar devem ser discutidas e analisadas de certa forma que todos os

envolvidos no processo sejam ouvidos.

Acredita-se que a articulação do Pedagogo na construção de uma

proposta de enfrentamento a violência na escola desde a Educação Infantil,

envolvendo a capacitação continuada e o trabalho coletivo docente e discente

dos agentes envolvidos neste processo, constitui-se em um instrumento

26

metodológico eficaz para a melhoria da qualidade do processo pedagógico e,

mais especificamente, para a superação dos problemas de violência escolar.

Devemos pensar e agir fazendo nossa parte como Rubens Alves (2007,

p. 143) diz: “Vou plantar uma árvore: será o meu gesto de esperança. Copa

grande, sombra amiga, galhos fortes, crianças no balanço e muitos frutos

carnudos, passarinhos em revoada. Mas o mais importante de tudo: ela terá

que crescer devagar”

ATIVIDADE 3- REFLETINDO SOBRE AS DISCUSSÕES.

Ao apresentar o tema violência na escola tem-se que analisar o conceito

de violência posta na sociedade em que vivemos e a questão das inter-

relações que são estabelecidas nesta complexa rede que tem suas raízes além

dos muros da escola e é produzida historicamente. No entanto, como na escola

estão presentes as representações da sociedade, aí também a violência tem se

manifestado. Isso nos leva a indagar:

Pode a escola articular o trabalho pedagógico no combate a violência no

interior de seus muros?

Como fazer isso?

A quem cabe coordenar as ações na escola buscando atingir estes

objetivos?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________

27

A ação do Pedagogo vai direcionar a organização do trabalho

pedagógico, pois é o Pedagogo que utiliza seus esforços na construção

coletiva de propostas que venham ao encontro das necessidades educacionais

presentes nas escolas, contribuindo para a efetivação dos objetivos

educacionais, neste caso especifico o enfrentamento a violência nas escolas.

Seria o pedagogo o maior articulador e o mediador deste trabalho?

Dentre as várias funções a serem desempenhadas pelo pedagogo na

escola, como fazer essa articulação com as outras funções muitas vezes mais

burocráticas?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

1.3- Formação de Docentes e as práticas educativas.

“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num dado momento a tua fala seja a tua prática." Paulo Freire.

O curso de Formação de Docentes a nível médio no estado do Paraná

teve seu retorno a partir do ano de 2004, até então apenas 14 escolas

ofertavam o curso no Estado. De lá para mais de 120 escolas estaduais

abriram novas turmas.

Os princípios pedagógicos do curso estão divididos dentro da proposta

curricular em três requisitos básicos para formação dos futuros professores que

devem perpassar a formação inicial dos professores na contemporaneidade.

São eles:

28

O Trabalho como Princípio Educativo

[...] trabalho é o eixo do processo educativo, porque é através dele

que o homem, ao modificar a natureza, também se modifica numa

perspectiva que incorpora a própria história da formação humana.

[...] Ter o trabalho como princípio educativo implica compreender a

natureza da relação que os homens estabelecem com o meio natural

e social, bem como as relações sociais em suas tessituras

institucionais, as quais desenham o que chamamos de sociedade.

Assim, a educação é também uma manifestação histórica do estar e

do fazer humano que fundamentam o processo de socialização. Como

bem nos ensina Gramsci, os fundamentos científicos da compreensão

e da produção social do saber e dos modos de produzir a vida

precisam ser explicitados num projeto de educação emancipatória.

A Práxis como Princípio Curricular

A prática docente deve ser encarada no sentido da práxis, o que

significa dizer que a dimensão política torna-se a chave para a

compreensão do saber e do fazer educativo. Ou seja, compreendem-

se os processos de conhecimento científico e de todos os tipos de

conhecimentos a partir de sua natureza social, como produto coletivo

de relações amplas entre objeto-coletividade e não de indivíduo-

objeto, numa dimensão tipicamente individualista. [...] Na

organização do currículo isso se refletirá se possibilitarmos, em todas

as etapas didáticas da formação, espaços e tempos em que docentes

e alunos possam enfrentar todas as dimensões do trabalho de

professor como práxis, como atividade humana, condicionada pelo

modo de produção de vida predominante, mas que, por lidar com a

dimensão mais política da socialização humana, tem o compromisso

com o futuro, com a transformação.

O Direito da Criança ao Atendimento Escolar

Privilegiar no currículo de formação de professores o conceito de

cuidar, educar, criança e aprendizagem, enquanto categorias que

devem integrar o trabalho dos professores é uma necessidade

29

fundamental, reconhecendo que o conhecimento não espelha a

realidade, mas é resultado a ser desenvolvido no saber fazer próprio

dos professores de crianças, o qual inclui não apenas criação, mas,

sobretudo, significação e ressignificação dos sentidos da existência

humana e social.

Texto transcrito e adaptado da PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO CURSO DE

FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL, EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL. Curitiba, 2006

A PRÁTICA DE FORMAÇÃO E A CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SABERES

É através da prática de formação, estágios nas escolas campo de

estágio de Educação Infantil e series iniciais que os alunos vão vivenciar as

situações que envolvem os desafios socioeducacionais e a partir de então

podemos afirmar que:

As práticas pedagógicas se constituem no eixo articulador dos saberes fragmentados nas disciplinas. São o mecanismo que garantirá um espaço e um tempo para a realização da relação e contextualização entre saberes e os fenômenos comuns, objetos de estudo de cada ciência ou área de conhecimento específica. O objeto de estudo e de intervenção comum é a educação. Contudo, esse fenômeno geral será traduzido em problemas de ensino aprendizagem contemporâneos, a partir dos pressupostos que orientam o curso e dos objetivos da formação. (PARANÁ, 2006, p. 40)

Assim, alunos e professores do curso e das

escolas campo de estágio vão se deparando com os

casos de violência nas escolas. Violência essas, que

muitas vezes passam despercebidas pelo coletivo, é

preciso um olhar mais atento, algumas leituras

especificas e então a partir daí começar a trabalhar na

prevenção de outros tipos de violência.

30

ATIVIDADE 1- RELATO DE VIVÊNCIAS...

Ao relatar fatos vivenciados, podemos ilustrar e fixar nosso aprendizado.com este registro, vamos socializar experiências sobre o enfrentamento a violência nas escolas, podendo ser fatos presenciados ou vividos.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

ATIVIDADE 2- TRABALHANDO COM RECORTES DE FILME.

Para ilustrar nosso tema vamos trabalhar com o recorte do Filme

Matilda.O filme retrata a clássica escola tradicional, turmas heterogêneas, diretora autoritária, uma professora que foge dos padrões da escola por sua metodologia inovadora e o contraste entre o amor e o medo de uma garotinha chamada Matilda.(recorte selecionado no próprio DVD)

A seguir, apresentaremos um roteiro para desencadear uma discussão

sobre o recorte do filme.

ORIENTAÇÃO E ROTEIRO PARA

DISCUSSÃO

1- Quais as semelhanças e diferenças da escola do filme, com as nossas

escolas?

2- Como é o trabalho da professora com os alunos?

RELATO DE

EXPERIÊNCIAS.

31

3- Em algum momento podemos perceber os direitos da criança sendo

negado? E em quais aspectos?

4- Quais os tipos de violência que podemos observar neste recorte do

filme? Quais os tipos de violência que vocês conhecem, que acontecem

no decorrer do filme?

Para conhecer a Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação

de Docentes da Educação Infantil e anos iniciais do ensino fundamental, em

nível médio, na modalidade normal acesse o link abaixo:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/diretriz_formacao_docentes.pdf acessado em 31 de outubro de 2012.

TROCANDO IDÉIAS COM O GRUPO...

O que podemos observar nas escolas campo de estágio em relação aos desafios socioeducacionais que estudamos?

O que podemos incluir no nosso currículo ou no nosso PTD para atender essas demandas?

Estamos conseguindo fazer essa relação entre o formar para trabalhar os conteúdos e para a diversidade que encontramos nas escolas?

Discuta um pouco o entendimento do grupo sobre os Princípios Pedagógicos do curso e os desafios socioeducacionais, levando em consideração a vivência de cada um.

A questão da formação de docentes, as práticas em sala de aula, o

currículo, a proposta curricular do curso já foram amplamente discutidas em

outros momentos pelo grupo. O que nos instiga no momento é a necessidade

de aprofundamento na questão do enfrentamento as violências nas escolas, no

nosso caso especifico, aquelas violências miúdas que nem a direção,

coordenação ou professor das escolas campo de estágio estão conseguindo

combater. Nossa preocupação é a de dar o suporte teórico metodológico

necessário para o enfrentamento deste tipo de violência, tanto para os

32

professores do curso, como para alguns alunos que se tornarão multiplicadores

deste projeto. Como diz Lopes e Gasparin (2003), temos que saber separar

rebeldia de delinquência, o imediato do arraigado e do que é pautável pela lei e

o que temos que resolver pedagogicamente. Não podemos negar que essas

violências que chamamos de miúdas, são também dolorosas. Estamos

buscando resgatar a boa convivência, o respeito e o direito pela igualdade,

enfim, dar direito à cidadania.

A participação como coloca Elias (2011) “é o elemento central das

teorias da cidadania e da democracia. Então, estabelecer formas de garanti-las

para prevenir a violência tem tudo a ver com a relação histórica entre cidadania

e escola”. Entendermos que a escola é responsável em formar o cidadão em

seus direitos e deveres, e que nós enquanto escola pública que oferta o curso

de formação de docentes temos que repensar nossas práticas e melhora-las,

desconstruindo a ideia de que dar uma boa aula é saber os conteúdos

programáticos para cada serie somente.

URIOSIDADE...

O Historiador e editor Jaime Pinsky é Professor Titular da Unicamp. Doutor e livre docente pela USP. Foi também professor na Unesp (Assis) e na USP. Colaborou na

criação das revistas Debate & Crítica, Contexto, Anais de História e Religião e Sociedade. É autor de mais de duas dezenas de livros. Entre eles está HISTÓRIA DA CIDADANIA, que já está na 5ª edição. Ele também escreve artigos para vários jornais. Abaixo indicamos alguns links para leitura de alguns artigos relacionados a educação.

http://www.jaimepinsky.com.br/site/main.php?page=artigo&artigo_id=207 acessado em 03 de novembro de 2012. http://www.jaimepinsky.com.br/site/main.php?page=artigo&artigo_id=167 acessado em 03 de novembro de 2012. http://www.youtube.com/watch?v=L_NpX6XQyEI acessado em 03 de novembro de 2012.

Para aprofundarmos a ideia de cidadania e cidadão, ou a ausência do

reconhecimento do que é ser cidadão sugerimos a leitura do Conto de Moacir

Scliar “O nascimento de um cidadão” que se encontra no final do livro de

Jaime Pinsky e nos remete a reflexão sobre a história de cada um, suas

relações, como veem o mundo a sua volta, e principalmente como entender

C

33

que toda criança tem uma historia de cidadania.

Para renascer, e às vezes para nascer, é preciso morrer, e ele começou morrendo. [...] Que teve início numa sexta-feira. [...] Morrer não lhe parecia tão ruim, muitas vezes pensara em imitar o gesto do pai que, ele ainda criança, se atirara sob um trem. Muitas vezes pensava nesse homem, com quem nunca tivera muito contato e imaginava-o sempre sorrindo (coisa que em realidade raramente acontecia) e feliz. [...] Em algum momento tivera uma carteira de identidade que sempre carregara consigo; mas perdera esse documento. Não se preocupara – não lhe fazia falta. Agora esquecia o nome... “... Alguém se inclinou sobre ele, um policial. Que lhe perguntou: – Como é que está, cidadão? Dá para aguentar, cidadão? Isso ele não sabia. Nem tinha importância. Agora sabia quem era. Era um cidadão. Não tinha nome, mas tinha um título: cidadão. Ser cidadão era para ele, o começo de tudo. Ou o fim de tudo. Seus olhos se fecharam. Mas seu rosto se abriu num sorriso. O último sorriso do desconhecido, o primeiro sorriso do cidadão.” (PINSKY,2004)

PARA ENCERRAR Cada grupo fará uma pequena síntese sobre as

discussões realizadas até o momento, para ser entregue

no próximo encontro.

34

Sugerimos a leitura dos seguintes textos:

AQUINO, Julio Groppa (Org.). Indisciplina na Escola: Alternativas teóricas e práticas. 12ª ed. São Paulo: Summus, 1996. 148 p. Capitulo V: Indisciplina e violência: a ambiguidade dos conflitos na escola. Áurea M. Guimarães.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 6ª ed. São Paulo: Cortez Editora 2002. Capitulo V: Pedagogia e modernidade: presente e futuro na escola.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Coordenação de Gestão Escolar. OTP. Caderno Temático 1ª edição. Curitiba: SEED – Pr., 2010. - 128 p. Capitulo II: O papel do pedagogo na gestão: Possibilidades de mediação do currículo. Mariana F. Taques e colaboradores.

Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/caderno_tematico_otp.pdf

PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. 3ª.ed. São Paulo, SP: Editora Ática, 2004. PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade, teoria e prática? 9ª. ed. São Paulo: Cortez, 2010. Capitulo II:

PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola pública. 3ª. ed. São Paulo: Loyola, 1995. PINSKY, Jaime; PISNKY, Carla Bassanezi (orgs.). História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.

35

UNIDADE 2

1- Repensando as várias faces da violência.

Como definir a violência dentro

dos muros da escola?

Violência escolar e o papel do

professor.

Violências miúdas na

Educação Infantil e Séries Iniciais.

36

Nesta 2ª UNIDADE abordaremos as várias faces da

violência.

Atividade Metodologia Tempo

Como definir a

violência dentro dos

muros da escola

Discussão sobre o tema através

de citações de autores,

atividades em grupos e vídeos.

3º encontro

4 h

Violência escolar e o

papel do professor

Apresentação de slides com

tópicos do tema. Debate, vídeo

e dinâmicas em grupos.

Sistematização das discussões.

4º encontro

4 h

Violências miúdas

na Educação

Infantil e Séries

Iniciais.

Pontuar algumas

particularidades da Educação

Infantil e séries iniciais

importantes para nossa

discussão, entrelaçando teoria e

prática. Questionário para ser

respondido pelos participantes e

roteiro de observação para ser

feita nas escolas campo de

estágio em grupos.

5º encontro

4 h

Violências miúdas

na Educação

Infantil e Séries

Iniciais.

Leitura e discussão do texto:

Quando a violência infanto-

juvenil indaga a pedagogia de

Miguel Arroyo.

6º encontro

4 h

37

1.1- Como definir a violência dentro dos muros da escola?

“A violência são os fatos tanto quanto nossas maneiras de aprendê-los, julgá-los, de vê-los_ ou de não vê-los” (Michaud,1989)

Podemos pensar a violência escolar como fator preocupante nos dias

atuais, mas por muito tempo no Brasil essa discussão ficou em segundo plano,

não se admitia que a escola tivesse que resolver e discutir os problemas vindos

da família e da sociedade. A violência era questão social e, portanto, ficava no

portão da escola.

Segundo Lopes e Gasparin (2003,p.297) somente no final da década de

80 e inicio da década de 90 este tema ganha espaço nas pesquisas

acadêmicas, citando os trabalhos de Guimarães (1988), Fukui (1992), Zaluar

(1992), Adorno (1992) e Morais (1995).

O entendimento sobre a violência deve ir além do campo da psicologia,

da sociologia, da antropologia e de todos os conhecimentos científicos para

cada caso. Vejamos a definição de acordo com alguns autores sobre a

violência:

Madalena Chauí diz que “A violência tem uma expressão multifacetada: seria tudo o que se vale da força para ir contra a natureza de um agente social; todo ato de força contra a espontaneidade, a vontade e a liberdade de alguém (é coagir, constranger, torturar, brutalizar); todo ato de transgressão contra o que uma sociedade define como justo e como direito. Consequentemente, violência é um ato de brutalidade, sevícia e abuso físico e/ou psíquico contra alguém e caracteriza relações intersubjetivas e sociais definidas pela opressão e intimidação, pelo medo e o terror.” (Chauí apud Sallas, 1999:25; in: Silvia, 2005 p.15)

38

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)... Violência é o Uso intencional da força física ou do poder, real ou potencial, contra si próprio, contra outras pessoas ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (apud ELIAS, 2011,p. 57).

Para Michaud “Há violência quando, numa situação de interação, um ou vários atores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, causando danos a uma ou várias pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física, seja em sua integridade moral, em suas posses, ou em suas participações simbólicas e culturais.” (Michaud, 2001; in: Silvia, 2005 p. 15)

No Dicionário Aurélio (2004, p. 2065), a definição de violência é: “1. Qualidade de violento. 2. Ato violento. 3. Ato de violentar. 4. Jur. Constrangimento físico ou moral ; uso da força; coação.”

Fukui “admite o termo violência para os atos onde há desejo de destruição. Não se incluindo tal desejo, as ações devem ser reconhecidas como agressividade e não violência”. (Fukui, apud Abramovay,2002)

Zaluar “Violência vem do latim violentia que remete a vis (força,vigor,emprego da força física ou os recursos do corpo para exercer sua força vital) Essa força torna-se violência quando ultrapassa um limite ou perturba acordos tácitos e regras que ordenam relações.adquirindo carga negativa ou maléfica. É portanto a percepção do limite e perturbação (e do sofrimento que provoca) que vai caracterizar o ato como violento, percepção essa que varia cultural e historicamente” (Zaluar,1999:28).

39

Ao analisar as falas dos diversos autores

podemos resumir a violência escolar como todos os atos

ou ações de violência, comportamentos agressivos e

antissociais, incluindo conflitos interpessoais, danos ao

patrimônio, atos criminosos, marginalizações,

discriminações, dentre outros praticados por entre a

comunidade escolar (alunos, professores, funcionários, familiares e estranhos à

escola) no ambiente escolar.

ATIVIDADE 1- Questionando.

Depois de lermos esses conceitos e repensando nossa prática

cotidiana, devemos fazer uma análise desses termos, nosso

entendimento e a abrangência que eles têm em nosso meio. As

discussões serão em grupos e devem girar em torno do conhecimento

ou da leitura que os mesmos têm sobre o que é violência. Após as

discussões cada grupo socializara com os demais e entregara em folha

separada seus registros.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

SOCIALIZAÇÃO DA ATIVIDADE 1.

40

Agora iniciamos o caminho para o estudo mais aprofundado sobre a

questão da violência que ocorre nas escolas, percorreremos uma trajetória até

chegar às violências miúdas, invisíveis muitas vezes, mas que se tornam

maiores e preocupantes se não conhecermos o assunto e se não nos

aprofundarmos teoricamente, embasando nosso trabalho.

Neste primeiro momento iremos pensar sobre nossa vivência, nossa

prática cotidiana. É muito importante despirmo-nos de preconceitos, a forma

como começamos definirá nossa chegada.

Como trabalhar a questão das violências miúdas, as violências invisíveis que

estão dentro das escolas e que vão no decorrer do tempo tornando-se cada

vez maior e tomando proporções que fogem ao controle de todos?

Quem são os responsáveis pelo grande índice de violência e cada vez mais

cedo dentro dos muros das escolas?

Como podemos agir para prevenir essas violências miúdas? Somos capazes

de enxergar essas mazelas em nossas escolas?

41

ALGUMAS ATIVIDADES

COM MÍDIAS

ATIVIDADE 2- Vídeos

O vídeo abaixo é uma produção do MEC, da série Cotidiano escolar, programa 4 e

expõe a violência silenciosa que acontece entre os pares e através dos professores, há

também uma discussão sobre o trabalho infantil e suas consequências na aprendizagem.

http://www.youtube.com/watch?v=J8C662Y0zBg acesso em 01 de

Novembro de 2012.

Neste vídeo temos o depoimento de uma aluna que sempre se sentiu diferente e

excluída na escola. Podemos fazer uma análise comparativa das nossas escolas com o

depoimento do vídeo.

..\Videos\borboletas_voo.avi acesso em 01 de Novembro de 2012.

Após assistirmos os vídeos, faremos uma discussão sobre o

nosso papel enquanto educadores e futuros educadores, na questão dos

tipos de violência e como às vezes não enxergamos ou

menosprezamos atitudes cotidianas. Escolheremos um (a) dos (as)

participantes do curso para fazer o registro da discussão.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

42

ATIVIDADE 3- REVIVENDO...

Descreva cenas, histórias e casos vividos do seu tempo de escola sobre

violência escolar.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ATIVIDADE 4- COLAGEM.

Esta atividade é uma adaptação da técnica de colagem utilizada

amplamente nas aulas de Artes.

O que é uma colagem? Uma colagem é uma montagem de fotos, imagens desenhos próprios e também de pedaços de texto que podem ser retirados de várias fontes, como por exemplo, revistas, jornais, livros sem uso, cartazes ou revistas em quadrinhos e coladas em um papel (sulfite,cartolina,...) para criar uma nova imagem. Esta nova imagem deve descrever o tema escolhido para a colagem.

Nossa técnica de colagem terá como tema “como vemos a

violência nas escolas”.

Definindo os passos da atividade: 1- Dividir a turma em grupos. 2- Distribuir o material a ser utilizado (o mesmo deverá ser

providenciado antecipadamente). 3- Explicar a técnica e os objetivos da mesma.

43

4- Dar 20 minutos para que os grupos desenvolvam a atividade de colagem.

5- Abrir para explanação do tema para cada grupo. Delimitar 10 minutos por grupo.

6- Fazer alguns apontamentos que faltou nas apresentações.

PARA ENCERRAR Cada grupo deverá escolher um redator e elaborar uma síntese dos

trabalhos realizados no encontro.

1.2 - Violência escolar e o papel do professor.

[...] não há perversidade original no coração humano. Jean-Jacques Rousseau

No caso deste estudo sobre a violência escolar que permeiam o

processo de formação de professores queremos, sobretudo utilizando as

palavras de Lopes e Gasparin (2003, p.295) entender as “pequenas violências”

que vem aumentando quantitativamente e qualitativamente nas escolas de

Educação Infantil e Ensino Fundamental-séries iniciais do município onde estão

inseridos os alunos do curso para realização da sua prática. Prática esta que

necessita desta teoria para se efetivar, para Pimenta (2010) cabendo a

pedagogia (teoria) revelar de modo crítico∕ analítico as contradições sociais, os

momentos da alienação na práxis educacional para a partir daí criar condições

teóricas e contradições desta práxis formulando uma nova ordem social

humana que possa transformar as condições desta realidade.

Antes de falarmos em violência na escola temos que entender que a

educação em direitos humanos e cidadania é um processo educativo contínuo

e permanente, cuja finalidade é a defesa da dignidade humana, da liberdade,

44

da igualdade, solidariedade, justiça, democracia e paz e que quando não

conseguimos atingir plenamente esta finalidade começamos a negação de

direitos básicos, o que faz com que se restrinja a cidadania. Temos que cada

vez mais ampliar as discussões sobre os temas que norteiam as relações entre

os seres humanos, suas especificidades e como interferem na aquisição do

conhecimento. Somos seres históricos e como tal carregamos nossa cultura,

crenças e é através das práticas educativas que vamos distinguir quais são os

conceitos que devemos apropriarmos para formular nossa concepção de

mundo para transformá-lo. Na Constituição Federal de 1.988, artigo 227 fica

evidente mais uma função do pedagogo em relação à garantia de direitos,

depois confirmada no Estatuto da Criança e do adolescente( ECA).

C.F.-Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao

adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à

educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à

convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,

discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda

Constitucional nº 65, de 2010) (grifo nosso)

Artigo 5º ECA “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.

E o papel do pedagogo no âmbito escolar é garantir que esses direitos

sejam respeitados e vai além, deve promover ações que venham prevenir a

transgressão dos mesmos.

45

Art. 17 ECA “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da insanidade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais” (BRASIL, 1990, p.3).

ATIVIDADE 1

E a escola está dando conta de garantir que esses direitos sejam

respeitados?

Está promovendo ações para prevenir a transgressão dos

mesmos?

De que maneira vocês acham que isto está acontecendo?

Se acharem que não está acontecendo, quais ações deveriam ser

feitas?

Sugerimos aos participantes do grupo, visitar os sites abaixo para

conhecer um pouco mais sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente:

46

http://www.promenino.org.br/

A rede Promenino Fundação Telefônica é uma iniciativa da Fundação Telefônica|Vivo que busca contribuir para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes e combater a exploração do trabalho infantil. A partir das novas tecnologias da informação e da comunicação (TICs), a rede procura disseminar conteúdos e informações, conectar pessoas e promover a mobilização da sociedade em prol da causa.(rede promenino- quem somos) acessado em 04 de

novembro de 2012.

http://www.todospeloeca.org.br/ A campanha Todos pelo ECA é uma iniciativa do Portal Pró-Menino que tem a missão de contribuir para a garantia dos direitos infanto-juvenis com um portal na Internet e ações presencias. O Portal é uma iniciativa da Fundação Telefônica, em parceria com o Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (CEATS/FIA). Foi criado em 2003 e já é bastante conhecido entre os profissionais que atuam nesta área, público-alvo do portal. (informações retiradas do site)

http://www.escolagames.com.br/jogos/direitoCrianca/

Jogo educativo com questões sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Em 2002, novamente Charlot (2002) propõe um sistema de classificação

dos episódios de violência na escola na qual identificam três tipos de

manifestação como: violência na escola, violência da escola, violência contra a

escola.

Violência na escola é aquela que se produz dentro do espaço escolar, sem estar ligada à natureza e as atividade da instituição escolar: quando um bando entra na escola para acertar contas das disputas que são as do bairro, a escola é apenas o lugar de uma violência que teria podido acontecer em qualquer outro local. Violência da escola esta ligada à natureza e às atividades da instituição escolar: quando os alunos provocam incêndios, batem nos professores ou os insultam, eles se entregam a violência que visam diretamente à instituição e aqueles que a representam. Essa violência contra a escola deve ser analisada com a violência da escola: uma violência institucional, simbólica, que os próprios jovens suportam através da maneira como a instituição e seus agentes os tratam (modos de composição das classes, de atribuição de notas, de orientação, palavras desdenhosas dos adultos, atos considerados pelos alunos como injustos ou racistas). (CHARLOT, 2002, p. 434).

ATIVIDADE 2- DINÂMICA... Esta atividade é uma adaptação de dinâmicas de grupos utilizadas para

descontrair e ao mesmo tempo aprender. Objetivo: Exemplificar os vários tipos de violência que adentram os muros da escola.

Definindo os passos da atividade:

VIOLÊNCIA

NA ESCOLA

VIOLÊNCIA DA

ESCOLA

VIOLÊNCIA

CONTRA A ESCOLA

47

1- Distribuir para cada participante, uma folha como o modelo abaixo. 2- Explicar à dinâmica e os objetivos da mesma. 3- Dar 05 minutos para que os participantes escrevam o maior número

possível de exemplos para cada tipo de violência. 4- Pedir para que um dos participantes leia suas respostas da primeira

coluna e os demais só complementem com exemplos que não foram citados e assim sucessivamente.

5- Fazer alguns apontamentos que faltou nas apresentações.

VIOLÊNCIA NA ESCOLA

VIOLÊNCIA DA ESCOLA

VIOLÊNCIA CONTRA A

ESCOLA

De encontro ao nosso tema temos a proposta da Secretaria de Estado

da Educação para o enfrentamento a violência,

Se soubermos a que viemos, com quem contamos, o que queremos, não seremos passivos ou inertes frente aos conflitos: nem os temeremos [...]. Será, talvez, possível, ocupar um lugar de adultos professores, na difícil tarefa de receber os mais novos, os que estão iniciando suas vidas: [...] Sabendo que, nesse encontro, há conflitos: entre saberes, entre gerações, de gênero, de raças, de religiões e visões de mundo, [...] Cabe recordar que conflitos não são sinônimos de violência. Uma das formas de “resolver” um conflito é a violenta, mas não é a única nem esta resposta é necessária. Cabe, nestas escolas que sabem a que vieram e a estes professores que conseguem ocupar um lugar, o reconhecimento de que os conflitos são inerentes à existência; que há um “outro” neste conflito, que precisa ser reconhecido como um interlocutor; o reconhecimento de que é possível lidar com as questões conflituosas do cotidiano escolar. (PARANA, 2008, p. 17)

Segundo Chaui citado por Paula (PARANÁ,2008) a violência é entendida

como o uso da força física e do constrangimento psíquico para obrigar alguém

a agir de modo contrário à sua natureza e ao seu modo de ser. O mesmo autor

ressalta que,

A violência escolar não é um problema fácil de ser resolvido, é uma situação histórica e de grande complexidade, a escola, enquanto espaço de violência, é percorrida por um movimento ambíguo: de um lado, pelas ações que visam ao cumprimento das leis e das normas determinadas pelos órgãos centrais, e, de outro, pela dinâmica dos

48

seus grupos internos que estabelecem interações, rupturas e permitem a troca de ideias, palavras e sentimentos. (PARANA, 2008, p. 25)

Nossa maior preocupação é que a violência nas escolas ultrapassou os

modos ditos normais e aceitos pela nossa sociedade, que é o da indisciplina e

atos de violência fisica e psicológica desvelada. Ela se tornou corriqueira,

habitual no relacionamento e no tratamento com o outro. Hoje ela faz parte da

escola e suas caracteristicas são invisiveis aos olhos da direção, da equipe

pedagógica, dos funcionários, dos pais e do próprio aluno. O que nos preocupa

é que essa invisibilidade fere quem recebe este tipo de violência, são nas

entrelinhas de uma brincadeira, na fala de um professor, nos comentários entre

amigos, nas redes sociais, na hora do lanche, ai se esconde as “violências

miúdas” ou incivilidades. Mas o que nos intriga e nos faz questionar a cada

momento, é o que fazer para resolver, para prevenir ou pelo menos amenizar

este tipo de violência lá onde , sabemos que é a base de todo processo

educacional, a Educação Infantil e séries iniciais.

ATIVIDADE 3- Vídeo

Video da UNIVESP-TV que reflete sobre os limites entre a educação e a violência. Apresenta cenas reais filmadas em escolas e cenas de filmes, depoimentos de professores, de

alunos e de pesquisadores que estudaram o assunto.(Fonte: Portal Dia a Dia Educação)

http://www.youtube.com/watch?v=Z6lS_WQ0nWg&feature=related

Acessado em 10 de outubro de 2012.

Definindo os passos da atividade:

1- Assistir ao vídeo.

2- Debater no grande grupo quais pontos chamaram a atenção

no vídeo, fazendo a relação com a atividade 1 e com a citação

abaixo:

49

Há um autêntico processo histórico de aumento das exigências que se fazem ao professor, pedindo-lhe que assuma um número cada vez maior de responsabilidades. No momento actual o professor não pode afirmar que a sua tarefa se reduz apenas ao domínio cognitivo. Para além de saber a matéria que leciona, pede-se ao professor que seja facilitador da aprendizagem, pedagogo eficaz, organizador do trabalho em grupo, e que, para além do ensino, cuide do equilíbrio psicológico e afetivo dos alunos, da integração social e da educação sexual etc.: a tudo isso pode somar- se a atenção aos alunos especiais integrados na turma(Esteve apud Lopes e .Gasparin,2003)

Debater no grande grupo quais pontos chamaram a atenção no vídeo, fazendo a relação com a atividade 1 e com a citação

ATIVIDADE 4- Trabalho em grupos

Conforme, Lopes e Gasparin,( 2003) que procuram achar respostas para suas indagações, nós também precisamos formular nossas concepções sobre as violências miúdas que encontramos nas escolas. Nossa intenção é procurar as causas, buscar soluções e formas de prevenção e não culpados. Algumas indagações de Lopes e Gasparin estão reproduzidas abaixo:

- Qual a percepção que alunos e professores têm da relação professor-aluno na atualidade? - Há de fato, violência na relação professor-aluno? - Como os professores percebem e caracterizam essa violência? - Como os alunos percebem e caracterizam essa violência? - Quais os reflexos dessa violência na relação professor-aluno? - Quais os elementos explicativos da questão? - Escolas diferentes têm a mesma apreensão do problema?(Lopes e Gasparin,2003, p. 5,).

gora é com o grupo...

QUAIS SÃO AS INTERROGAÇÕES DO GRUPO SOBRE AS

VIOLÊNCIAS MIÚDAS E O PAPEL DO PROFESSOR?

Definindo os passos da atividade:

1- Elaborar 5 questões sobre o tema.

A

50

2- Responder em uma folha separada as questões elaboradas.

3- Trocar com outro grupo e responder as questões elaboradas

por eles.

4- No grande grupo, socializar as questões.

PARA ENCERRAR Um dos participantes, escolhidos pelo grupo, deverá fazer as anotações

referentes ao encontro para ser entregue no final do encontro.

1.3 Violências miúdas na Educação Infantil e séries iniciais.

No meu país não se envelhece. As casas não são demolidas. No meu país ignoramos o significado da palavra violência.

[...] No meu país os adultos respeitam as crianças.

Poema Em meu País de René Char

ATIVIDADE 1- REFLETINDO SOBRE O TEMA.

1- Quem são esses(as) alunos(as) da Educação Infantil? Descreva

algumas particulariedades.

2- Quem são esses(as) alunos(as) das séries iniciais? Descreva

algumas particulariedades.

51

3- Quais são os tipos de violência que mais acontece nestas escolas

campo de estágio que são observados pelos(as) alunos(as)

estágiarios(as)?

4- Quais caracteristicas violentas são semelhantes nas duas

modalidades?

5- Como é a atitude da pessoa que está responsavel pela criança no

momento que ocorre os atos de violência que você presenciou?

6- Qual seria sua atitude diante de um fato de violência entre os pares?

7- Como podemos diferenciar na criança um ato de agressividade de

um ato de violência?

Quando nos deportamos para o problema que nos instiga neste projeto

nos remetemos a Debardieux citado por Paula (PARANÁ,2008) que coloca a

questão de que é necessário desenvolver pesquisas e estudos específicos

para apreender a real situação da delinquência e microviolências, formas mais

comuns de violência que normalmente não aparecem nas estatísticas.

A noção de microviolência é a síntese entre school bullying e incivilidade. Debardieux (2000) argumenta que a carreira da vítima, como a carreira do delinquente, constrói-se precocemente através das pequenas agressões não tratadas, provocando uma desvalorização profunda no que sofre a violência, um abandono do espaço público e um sentimento de impunidade no agressor. (PARANA, 2008, p. 27)

As escolas de Educação Infantil e séries inicias, campo de estágio dos

alunos do curso de Formação de Docentes que estão sendo embasados na

teoria e prática (práxis) pelos professores da parte especifica da matriz

curricular precisam compreender a violência escolar a partir de pressupostos

que saiam do senso comum, da análise superficial, do achismo que tem

colocado os atores deste processo em papéis de reús.Torna-se fundamental

pensar a violência escolar a partir de uma concepção fundamentada na

perspectiva historica social, humanizando os individuos como sujeitos

históricos a partir do conhecimento científico.Seguindo este pensamento para

desenvolver o tema da violência escolar pensamos como Loureiro citado por

Almeida em relação à abordagem da violência escolar:

52

A intenção não é abordar, da violência, seus aspectos consequentes, sua concretude na realidade cotidiana de possível horror ou repulsa. O que pretendo é descobrir elementos que constituem o fenômeno, tornar visível sua natureza para poder reconhecê-lo no momento de lidar com ele na escola. O que me leva,desta forma, a estudar o tema, é seu caráter paradoxal, a ambivalência de sua interpretação, perplexidades geradas e constatadas e a consequente necessidade de se conhecer a origem da violência, reconhecendo seus elementos constitutivos e contextuais. (PARANÁ, 2008, p.61)

ATIVIDADE 2- Produzindo... A questão da violência nas escolas de Educação Infantil e séries iniciais

é um tema pouco discutido, alguns estudos como o de Piaget, Winnicott e

Aguado colocam algumas dúvidas sobre o termo violência, usado para crianças

da Educação Infantil. Segundo eles, estas crianças estão em formação e suas

atitudes são de agressividade, que se difere de violência. Sendo impossível

harmonizar todos os termos e pensamentos sobre o tema, mas em alguns

pontos eles concordam, como por exemplo, a necessidade do diálogo para

resolver os conflitos, a diferenciação de ações para Educação Infantil (ainda

tem escolas que querem seguir o mesmo padrão do ensino fundamental), as

armadilhas do adultocentrismo2 da criança e a importância do lúdico. Desta

forma podemos indagar também:

Se para educar as crianças usarmos de meios violentos, o que

poderemos esperar do comportamento delas em relação a outras

pessoas?

Estamos formando futuros professores capazes de atender essas

peculiaridades?

O que podemos observar no cotidiano das escolas através dos relatos

dos alunos estagiários?

Somos capazes de dar conta deste currículo oculto?

2 Adultocentrismo em geral é o ato de querer impor as crianças atos de adultos, cobrar delas ações que

não condizem com o seu desenvolvimento.

53

Produza um texto de no máximo duas laudas sobre o tema. Não esqueça de

colocar um titulo, fazer citação dos autores que utilizar e colocar a bibliografia

pesquisada. Enviar para o email [email protected] até o prazo

máximo de 15 dias.

Sugerimos as leituras abaixo para aprofundamento:

O julgamento moral na criança de Jean Piaget (São Paulo: Mestre Jou, 1977);

Coletânea de artigos de Donald Woods Winnicott, Privação e Delinquência, (Rio de

Janeiro: Martins Fontes, 1994)

A síndrome do medo contemporâneo e a violência na escola, organizado por Luiz

Alberto Oliveira Gonçalves e Sandra de Fátima Pereira Tosta (Belo Horizonte:

Autêntica, p. 63 a 101, 2008).

Revista Educação e Sociedade (Volume 26, número 91, 2005) fala sobre a questão do

adultocentrismo que impomos nas ações das crianças.

Ao pensarmos na questão da violência entre professor e alunos, temos

que entender que todos tem seu ponto de vista. Segundo Debardieux, citado

por Lopes e Gasparin(2003)“não há um lado de violência verdadeira e outro

imaginário,mas uma relação dialética entre as representações sociais que

classificam os fatos e os fatos que se enquadram mais ou menos nos quadros

de classificação”, portanto não há lados na violência,nem ganhador ou

perdedor.

Assim construimos nossas indagações, não queremos como coloca

Lopes e Gasparin(2003) restringir nossa pesquisa nas violências descritas no

código penal, no ECA, no regimento escolar que são passiveis de punição,mas

desmascarar a outra face da violência, as “violências miúdas” que tomamos o

seu sentido do autor durante o decorrer do projeto para descrever o nosso

objetivo principal.

54

Portanto, não queremos restringir nossa análise à violência que se liga aos delitos que se acham inscritos no código penal, mas estendê-la às “violências miúdas”,porém não menos dolorosas, que estão relacionadas ao (des)respeito, ao descaso e à negação do outro, que se traduzem na agressão verbal, em ameaças, na humilhação, na zombaria, na desestabilização emocional planejada e estrategicamente executada, e à ação que, para além da contestação ou exercício de autoridade, impede ao outro o pleno exercício de direitos. Violência que, explícita ou simbólica, é classificada como “incivilidade” por Debarbieux (1997: 87). Aparentemente “inofensivas”, tais atitudes, por estarem mais ou menos incorporadas ao cotidiano da escola, agem na direção da degradação do cotidiano escolar e podem ser anunciadoras de infrações mais graves. (LOPES e GASPARIN,2003,p.297)

PARA ENCERRAR-TAREFA PARA CASA Após as discussões dos vários encontros, o grupo já é capaz de formular

seus conceitos sobre as “Violências Miúdas”, portanto, devem, utilizando as

mídias, elaborar uma apresentação sobre o tema. Tempo máximo- 10 minutos.

Enviar para o email coletivo.

1.4- Violências miúdas na Educação Infantil e séries iniciais, continuando a conversa.

A dúvida mais destrutiva para a Pedagogia é não acreditar na educabilidade do ser humano,da infância que por ofício acompanha. Miguel Arroyo

No texto de Arroyo Quando à violência infanto-juvenil indaga a

pedagogia,( 2007),ele sugere pesquisar e teorizar sobre que impactos

provocam as violências e as reações à violência infanto-juvenil na função da

escola e da docência, desconstruindo aquela imagem que o educador tinha de

55

que conhecia seus alunos e os que ainda ia receber.Define também o que ele

chama de “violência infanto-juvenil” que classifica condutas de um determinado

coletivo de crianças, adolescentes ou jovens, segregando-os como coletivo.O

texto aborda também a questão da segregação que o aluno considerado

violento sofre na escola, escola esta que não leva em conta o que ele passa,

as marcas que ele traz.A questão levantada e que nos reporta a nossa

pesquisa é:Como fazer o enfrentamento a violência nas escolas? A articulação

do trabalho pedagógico na escola contribui para o enfrentamento das

violências miúdas?

Durante as décadas recentes a relação educação-escola-docência- sociedade foi um tema recorrente. Tentamos avançar na compreensão dos estreitos vínculos entre sociedade e educação. A dificuldade de os profissionais da educação, de pesquisadores e de publicações entrarem nesse debate público e o fato de não serem chamados a esse debate não seriam um indicador do pouco que se avançou nos vínculos entre educação-sociedade, e entre educação e outros campos do embate social, público sobre as questões contemporâneas? O pensamento educacional não é chamado ou entra com timidez nesses debates públicos por não se expor? Por não ter com o que contribuir? Por não por a nu sentimentos, valores, pensares sobre temas tão delicados? Por que se julga distante e descomprometido com o avanço das violências infanto-juvenis?Por que o sistema escolar não foi preparado para lidar com essas infâncias? Por que sua função não é educar, mas apenas ensinar? (ARROYO, 2007,p.791)

Queremos ir na contramão do que aponta as pesquisas de Arroyo,(2007)

onde a escola muitas vezes não aceita os alunos considerados violentos pois

construiram uma visão de cidadão e infância nas últimas décadas que não

condiz com a realidade posta nos dias atuais e com a luta de mais de vinte

anos do ECA em reconhecer e garantir os direitos da infância e adolescência.

A contemporaneidade das violências, sobretudo da violência infanto-juvenil, confronta-nos com a conformação da escola como espaço público, com a compreensão dos direitos e especificamente com a educação como direito, com as imagens da infância e especificamente com a afirmação da infância como tempo de direitos. Questões todas com que vínhamos alimentando as pesquisas, a produção teórica, a formação de educadores-docentes, as políticas educativas, de currículo etc. A violência infanto-juvenil na sociedade e nas escolas talvez esteja explicitando a fragilidade do trato desses campos ou a urgência de sua reconceituação, pesquisa e teorização.(ARROYO,2007,p.793)

Por isso a proposta de trabalhar com professores e alunos do curso de

Formação de Docentes na coletividade, de compartilhar os desafios

contemporâneos que ultrapassam os muros da escola e as portas da própria

56

sala de aula cada vez mais cedo.Trabalhar as várias formas de violência que

perpassam o seu significado mais sutil, agindo como recomenda Del Rey e

Ortega, (2008) através da simultaneidade de ações diversas em todos os níveis

e contextos. Se a violência é em série ou em rede a intervenção também

deverá ser assim, como diriamos um círculo vicioso que deve ser combatido

através da prevenção.

Leia o texto na integra acessando o endereço abaixo:

Quando a violência infanto-juvenil indaga a pedagogia www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a0828100.pdf acesso em 01 de maio de 2012.

Conceituar a violência é um trabalho difícil de fazer, e quanto à

violência escolar devemos ter um cuidado maior ainda. Temos que

primeiramente analisar três questões importantes:

1-O momento histórico;

2-A cultura;

3-O contexto em que o

fato se deu.

57

RETOMANDO- Vídeo

Retomamos ainda a proposta do Governo de Estado sobre os Desafios Socioeducacionais em relação ao Enfrentamento a Violência nas Escolas.No video abaixo temos a fala de Ana Paula Pacheco Palmeiro, técnica pedagógica da Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos, ligada à Diretoria de Políticas e Programas Educacionais (DPPE), da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.(fonte TV Paulo Freire,2010).

http://www.youtube.com/watch?v=BhWB5PO2znI acesso em 04 de novembro de 2012.

Segundo Elias,(2011) a violência na escola é uma realidade complexa e

multidimensional e requer um conjunto de ações, de medidas integradas e de

iniciativas articuladas, categoriza também os tipos de violência que a escola

deve prevenir que podem ser classificadas em cinco:

Aquela representada pelas marcas das feridas trazidas por alunos e professores;

Aquela que acontece na escola;

Aquela que é dirigida à escola;

Aquela da escola;

Aquela que perpassa (ou pode perpassar) todas as outras.

Encontramos algumas variáveis da violência quando adentramos os muros da escola, elencamos abaixo algumas delas para melhor explicitar nosso objetivo.

58

Incivilidade: se entende uma grande gama de fatos indo de indelicadeza, má criação das crianças ao vandalismo, passando pela presença de vagabundos, grupos juvenis. As incivilidades mais inofensivas parecem ameaças contra a ordem estabelecida transgredindo códigos elementares da vida em sociedade, ode código de boas maneiras. Elas podem ser do barulho,sujeira, impolidez, tudo que causa desordem...(DEBARBIEUX,apud LATTERMAN, 2000, p. 37).

Acesse a dissertação de mestrado: Violência escolar: verso e reverso das sociabilidades contemporâneas (p. 61 a 77), de Adriana Dias de Oliveira e aprofunde seus conhecimentos sobre Incivilidades e trabalho docente. Acessado em 04 de novembro de 2012.

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=149855 Acesse também o texto INCIVILIDADES: A VIOLÊNCIA INVISÍVEL NAS ESCOLAS de REBECA DE CASTRO

http://www.polemica.uerj.br/ojs/index.php/polemica/article/viewFile/28/60 acessado em 04 de novembro de 2012.

Bullying: palavra de origem inglesa, adotada em muitos países para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar uma outra pessoa e colocá-la sob tensão. Por definição universal, bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying (FANTE, 2005, p. 27 – 29).

Entre no site abaixo e amplie seus conhecimentos sobre Bullying assistindo o filme:Bullying.Provocações sem limites.

http://www.youtube.com/watch?v=bMQ8ugpdygE&feature=related acesso

em 11 de outubro de 2012.

Sinopse Jordi é um adolescente que perdeu recentemente seu pai e que, junto à sua mãe, decide mudar de cidade para começar uma nova vida. Em princípio tudo parece bem, mas o destino reservado para ele será uma terrível surpresa já que quando Jordi passar pelo portão da nova escola, cruzará sem saber a tenebrosa fronteira de um novo inferno. (Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_24192_Bullying. Provocacoes. Sem. Limites-(Bullying). html)

59

Indisciplina: o termo “indisciplina” é relacionado intimamente ao conceito de “disciplina” e tende a ser definido pela negação ou privação desta, ou pela desordem proveniente da quebra de regras estabelecidas. Indisciplina refere-se, portanto, ao “procedimento, ato ou dito, contrário à disciplina”. Sendo assim, indisciplinado é aquele que se “insurge contra a disciplina; rebelde; que não tem disciplina” (FERREIRA, 1999, p. 1.102). Entende-se por comportamento inadequado, ou indisciplinado, o que transgride ou ignora as normas estabelecidas.

Entre no site abaixo e amplie seus conhecimentos sobre indisciplina.

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/objetos_de_aprendizagem/2010/pedagogia/indisciplina-mapa-conceito.swf acessado em 02 de

novembro de 2012.

Descrição: Mapa conceitual interativo sobre indisciplina. Apresenta conceitos de indisciplina,

incivilidade, violência, bullying, ética, desobediência, apresentando algumas ações para formar uma personalidade ética e vencer a indisciplina em sala de aula. É possível acessar algumas indicações bibliográficas sobre o assunto. (fonte: próprio site)

Programa Casulo ,dia 16/09/12 tratou do problema da violência nas escolas. Quais as consequências, o que as escolas estão fazendo pra precaver esse problema e quais as possíveis soluções para erradicar esse mal.(Fonte:yotube) http://www.youtube.com/watch?v=VV5YRxb-RZo acesso em 02 de novembro de 2012

Violência na escola para Abramovay (2003): a) Violência Física: de um indivíduo ou grupo contra a integridade de

outro (s) ou de grupo (s) e também contra si mesmo abrangendo desde os suicídios, espancamentos de vários tipos, roubos, assaltos e homicídios. Alem das diversas formas de agressões sexuais.

b) Agressão Física: homicídios, estupros, ferimentos, roubos, porte de armas que ferem, sangram e matam.

c) Violência Simbólica: Verbal - abuso do poder, baseado no consentimento que se estabelece e se impõe mediante o uso de símbolos de autoridade; Institucional-marginalização, discriminação e práticas de assujeitamento utilizadas por instituições diversas que instrumentalizam estratégias de poder.

d) Violência Verbal: incivilidades (pressão psicológica) – humilhações, palavras grosseiras, desrespeito, intimidação ou “bullying”.

60

Cabe a nós educadores separar e questionar: como dissociar a

questão da disciplina∕ indisciplina, incivilidade, bullying da

problemática geral da violência escolar?

61

Sugerimos a leitura dos seguintes textos:

ARROYO, Miguel Gonzalez. Quando à violência infanto-juvenil indaga a pedagogia.Educ. Soc., Campinas, vol. 28,n.100- Especial, p.787-807,out.2007 Disponível em

http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a0828100.pdf acessado em 01 de maio de 2012.

LOPES, Claudivan Sanches; GASPARIN, João Luiz. Violência e conflitos na escola: desafios à prática docente. Disponível em:

http://eduem.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHumanSocSci/article/view/2192

Capturado em 12 de Abril de 2012.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. Enfretamento à Violência na Escola. Caderno Temático: 1ª edição. Curitiba: SEED, Pr. 2008.

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/tematico_violência_vol2.pdf A violência na escola ............................................................................................................ 21 Carlos Alberto de Paula Violência escolar e a relação com o conhecimento e a prática docente ............... 59 José Luciano Ferreira de Almeida

PEREIRA, Maria Auxiliadora. Violência nas escolas: visão de professores do Ensino Fundamental sobre esta questão. Dissertação de Mestrado. Ribeirão Preto, 2003.

PRIOTTO, Elis Palma. Violência escolar: Políticas públicas e práticas educativas. Dissertação de Mestrado em Educação. PUCPR. Curitiba, 2008.

PRIOTTO,Elis Palma;BONETI,Lindomar Wessler: VIOLÊNCIA ESCOLAR: NA ESCOLA, DA ESCOLA E CONTRA A ESCOLA.Tese de mestrado.

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/108_53.pdf Acesso

em 01 de outubro de 2012.

SILVIA, Aída Maria Monteiro. A Violência na Escola: A Percepção dos Alunos e

Professores http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_28_p253-267_c.pdf capturado em 12 de outubro de 2012.

62

UNIDADE 3

1- CAMINHOS∕ APONTAMENTOS PARA

O ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA

NAS ESCOLAS

Elaborando projetos educativos de Enfrentamento a Violência

A participação do coletivo

63

Nesta 3ª UNIDADE falaremos sobre projetos de prevenção as

violências nas escolas e as parcerias necessárias para sua

efetivação.

ATIVIDADE METODOLOGIA TEMPO

Elaborando projetos

educativos de

enfrentamento a

violência.

Discussão sobre os passos

de um projeto de prevenção

as violências miúdas nas

escolas campo de estágio.

7º encontro

4 h

A participação do

coletivo

Neste encontro faremos

uma mesa redonda para

discutir o enfrentamento a

violência nas escolas

campo de estágio com

diretoras de rede municipal

e a secretária municipal de

educação ou seu

representante.

8º encontro

4 h

64

1.1- ELABORANDO PROJETOS EDUCATIVOS DE

ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA

Os sonhos devem ser ditos para começar a se realizarem. E como todo projeto, precisam de uma estratégia para serem alcançados. (Paulo Freire)

Não podemos pensar que sanaremos o problema da violência nas

escolas, isto é utopia, nosso desejo é fomentar as discussões, trabalhar para

prevenir futuros problemas, ainda maiores. Até o momento discutimos sobre as

formas de violência encontradas na escola, a partir de agora iremos passar

para a elaboração de projetos de prevenção, onde todo esse conhecimento

deverá se transformar em ações.

Segundo Tigre (2002):

É ingenuidade afirmar que apenas propostas pedagógicas resolveriam o problema da violência na escola, uma vez que a problemática é extremamente complexa e associada a uma multiplicidade de fatores. No entanto, a escola precisa perceber que o seu papel na formação dos alunos vai muito além do ensino de conteúdos e deve abranger a formação da pessoa e do cidadão. Para que isso ocorra, não pode se furtar de proporcionar aos jovens o envolvimento em projetos de cooperação e de participação em atividades sociais, criando um espaço público em seu interior, que seja capaz de sinalizar para as crianças e jovens que a escola tem um valor positivo. (TIGRE, 2002, p.135)

Temos que pensar a escola como espaço de não violência,

uma não violência não nos omitindo dos problemas sociais que

adentram seus muros, mas mobilizando-a para enxergar as situações

de conflitos ocasionadas pela violência em suas várias facetas;

através de um processo dialético de confronto entre a adaptação e a

resistência. Adorno, citado por ELIAS (2011) coloca que a escola não deve se

adaptar com a violência, tem que ser resistente, buscar combatê-la, disso,

resultará a vontade verdadeira de enfrentar esses conflitos para que se opere a

mudança daquilo que não está fazendo bem para a comunidade escolar.

65

E como seria esse enfrentamento?

Quais atitudes tomar perante essa violência escolar que é a expressão

da violência social?

Quais caminhos seguir? A quem recorrer?

Segundo Abramovay (2002) há nas escolas, violências que são

ocasionais, outras são permanentes e elas têm uma inter-relação de fatores

internos e externos, com isso podemos afirmar que as estratégias de

enfrentamento devem primar pela modificação de ações de comportamentos

por todos os envolvidos na escola, todos os agentes que dela fazem parte.

Por que elaborar projetos para trabalhar nas escolas

campo de estágio? Como fazer? Quais autores seguir?

Não se esqueça de observar...

A ESCOLA

•Como são essas escolas?

•Quem são esses alunos que frequentam essas escolas?

OS ENVOLVIDOS

•Qual o perfil da direção e dos professores dessas escolas?

•Como é o relacionamento de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem dessas escolas?

OS PROBLEMAS

•O que está acontecendo de preocupante nessas escolas?

•Quais são os valores mais perceptiveis nessas escolas?

PARA PENSAR...

66

Visite os sites abaixo e aprenda um pouco mais sobre projetos, trabalho em equipe e planejamento. Veja a reportagem: 14 perguntas e respostas sobre projetos didáticos. Acessado em 02 de novembro de 2012. http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/14-perguntas-respostas-projetos-didaticos-626646.shtml?page=4 http://www.youtube.com/watch?v=P5LRa8P6-Qk&feature=related A cena apresenta comentários comuns de alunos enquanto resolvem as atividades propostas pelos professores em situações cotidianas na escola como apresentação de trabalhos, provas, entregas de boletins, entre outros.A partir do trecho é possível refletir junto aos professores os impactos das atividades propostas pelos professores nas percepções e na vida dos alunos. Palavras-chave: Escola, alunos, cotidiano escolar, trabalho escolar, problemas matemáticos, livros de leitura, apresentação oral, paquera na escola, sistema métrico, boletim escolar, notas, chutar respostas, esquecimento de trabalho, equação, álgebra, nova matemática, prova. Disponível para download (uso pedagógico) no Portal Dia-a-Dia Educação em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=20183

http://www.youtube.com/watch?v=EbnjKDeZW40&feature=fvwrel Acessado em 02 de novembro de 2012. http://www.youtube.com/watch?v=u5651tdwyXo&feature=related Acessado em 02 de novembro de 2012. http://www.youtube.com/watch?v=WgEMh8Dz_fI&feature=related Acessado em 02 de novembro de 2012. http://www.youtube.com/watch?v=i3I5X_piscg&feature=related Acessado em 02 de novembro de 2012.

ATIVIDADE 1- Colocando em

prática o que aprendemos. ELABORANDO PROJETOS3 DE ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA NAS

ESCOLAS.

3 Consideramos esse trabalho um pré-projeto, devido ao tempo destinado ao projeto de

Implementação,não daria tempo de aprofundarmos o mesmo, mas a longo prazo desenvolveremos juntamente como os professores do curso este tema nas escolas campo de estágio.

67

Ao pensarmos a questão de trabalhar o enfrentamento a violência nas

escolas, focalizando as violências miúdas, não vamos utilizar um método

próprio ou baseado em alguma escola ou autor. Vamos ser ecléticos. Nossa

perspectiva eclética, quer dizer, que vamos sem usar uma única teoria buscar

indicar caminhos que levem a ajudar nos problemas encontrados nas escolas.

Definindo os passos da atividade:

1- Dividir a turma em grupos.

2- Dar para cada grupo um tema a ser

trabalhado. Ex. Bullying; Paz; Discutindo o ECA;

Violência contra a criança ou a critério do grupo

desde que fale sobre o enfrentamento a violência.

3- Explicar aos grupos que eles devem elaborar o projeto de trabalho de

acordo com o conhecimento que tem sobre o assunto.

4- Dar 40 minutos para que os grupos desenvolvam a atividade.

5- Abrir para apresentação do projeto por um representante do grupo.

Delimitar 20 minutos por grupo.

6- Discutir as dificuldades e sugestões de aprofundamento do tema.

7- Recolher os manuscritos dos projetos e a síntese da discussão.

LEMBRETE...

Já sabemos que de acordo com as normas do nosso

Curso de Formação de Docentes, ao elaborar um projeto temos que seguir os passos da Pedagogia

Histórico Critica. Mesmo que em nossas atividades

sejamos ecléticos.

Esta é apenas uma atividade do curso para

darmos o ponta-pé inicial, um projeto bem elaborado

precisa de tempo, muita discussão, aceitação das

escolas campo de estágio e muitos outros fatores.

Um bom conselho para todos nós, é nos

aprofundarmos nas leituras sobre o tema, fazermos

grupos de discussão sobre o ECA , fazermos

observações, entrevistas e questionários nas escolas

campo de estágio, antes de elaborarmos um projeto

amplo.

68

Durante muito tempo as discussões sobre o problema da violência foi

relegado somente à mídia, que por razões que ora não vem ao caso, às usava

de forma exagerada, causando muitas vezes reações na sociedade que não

condiziam com o acontecido. De acordo com FERNANDEZ (2005) a escola

ficou muito tempo omissa em relação aos problemas sociais, que de alguma

forma a afetava, deixando que a mídia transmitisse para sociedade o que

acontecia lá dentro.

Para FERNANDEZ (2005,p. 73):

A criação de uma proposta social que favoreça as boas condutas, o respeito mútuo, a disciplina, o autocontrole, a responsabilidade e a correspondência é valor em si mesmo para qual toda escola deveria ser orientada.

Imaginemos que nossa

realidade seja mais ou menos igual,

não existe homogeneidade, mas

correlações de problemas, mesmo

assim não podemos uniformizar as

soluções ou sugestões aqui

apresentadas. Surgem então alguns

outros fatores como realidade sócio

cultural e financeira em torno da

escola, formação dos professores, direção entre outros que vão interferir nos

resultados das ações, portanto, a resolução de conflitos é desejável ,mas

dentro dos limites estabelecidos pelas relações sociais que sempre vão

interferir.

Se pensarmos dialeticamente sobre a questão da violência, temos a

adaptação e a resistência que a escola pode optar. Se ela se adaptar,

naturalizar ou mesmo banalizar os atos de violência que ocorrem, muitas

vezes silenciosamente dentro da escola, ela vai reproduzir este sistema

capitalista de opressão e submissão a quem pode ou acha que pode mais.

Mas ela também pode ser resistente, não acomodar-se, não se omitir

perante as barbáries que acontecem na sociedade, tampouco, omitir-se,

fingir que não vê os vários tipos de violência que estão acontecendo dentro

da escola, principalmente a nosso ver as mais perigosas e fatais, que são

69

as violências miúdas, que ferem mais, aos poucos.

Todos os professores têm a mesma percepção dos problemas

sociais que interferem no ambiente escolar e na aprendizagem? Que tipo de escola temos? Que tipo de professores temos? De

adaptação ou de resistência? Quantas vezes fizemos, presenciamos ou sentimos os efeitos das

violências veladas, pequenas, mas que causam um estrago muito maior que as relatadas como grandes problemas a serem enfrentados pela escola?

Algumas sugestões de como trabalhar

o tema nas escolas.

O uso de assembleias na escola.

Utilizar a assembleia para efeito de orientação pedagógica de forma periódica, para falar sobre as relações no grupo, pode incidir em revisões curriculares dentro das áreas, na proposta de uma atividade de participação (organização de um encontro com outro grupo), na atenção em um aluno com problemas de relação e na participação democrática. (FERNANDEZ, 2005, p.73)

Conhecer o Estatuto da criança e do adolescente.

O conhecimento do ECA é imprescindível para o bom andamento da escola,fazer uma leitura da realidade,esforçar-se para cumprir o que determina,tendo elementos suficientes para embasar a elaboração de um projeto sobre violência de forma participativa,esse é o papel da escola.

DIREÇÃO,

EQUIPE E

PROFESSORES.

DIREÇÃO,

EQUIPE E

PROFESSORES.

70

Ter linhas de ações do projeto de prevenção. Elaboração de um conceito de violência e de um diagnóstico que oriente as ações; adoção de um modelo de gestão escolar com base na democracia participativa; criação de uma estrutura para o projeto preventivo; formação das pessoas que interagem no contexto escolar; articulação com agentes externos; adoção de formas de avaliar o projeto preventivo. (fonte: ELIAS, 2011, p. 57)

Fortalecer as instancias colegiadas (Grêmios, APMF, Conselho Escolar)

Envolver efetivamente as instancias colegiadas nas discussões e execução do projeto, dando atribuições, pedindo sugestões, informando sobre os acontecimentos, enfim, trazendo todos para se envolverem em todas as etapas do projeto. O conselho Escolar como instancia máxima da escola e contemplando os vários segmentos da escola, é importante que acompanhe o projeto de prevenção a violência na escola, dando sugestões, deliberando, enfim, participando ativamente do processo, como as outras instancias.

Formação continuada.

Não adianta pensarmos num projeto como esse se não estivermos disposto a nos engajar numa batalha diária e que necessita de muito conhecimento que foge da nossa formação inicial. Não podemos deixar que a rotina diária atrapalhe essa continuidade.Por isso temos que pensar em diversas demandas como um fórum permanente de discussões, formação de um grupo de estudo,planejamento e avaliação contratação de profissionais para temas específicos,produção de materiais de distribuição, parcerias entre outros. (adaptado de ELIAS, 2011)

Avaliação constante. A avaliação constante, o acompanhamento por diversos segmentos escolar, o redirecionamento de práticas é fator essencial para o sucesso de qualquer projeto. No projeto de prevenção a violência na escola a análise de seus resultados para confirmar sua efetividade ou para reorientar os passos é muito importante. Essa tarefa deverá ser feita pelo grupo, discutido e revisto.

DIREÇÃO,

EQUIPE E

PROFESSORES.

DIREÇÃO E

INSTÂNCIAS

COLEGIADAS.

DIREÇÃO,

EQUIPE E

PROFESSORES.

DIREÇÃO,

EQUIPE E

PROFESSORES.

71

Acesse o site abaixo e encontre várias técnicas para trabalhar, adaptando-as ao tema. http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/comunicacao/tecnicas-em-dinamica.html acessado em 10 de novembro de 2012.

PARA ENCERRAR Para o próximo encontro convidaremos todas as diretoras

municipais (da sede) a secretária municipal de educação, a direção do

Colégio Estadual Campina da Lagoa e um representante do conselho

tutelar, para uma mesa redonda sobre a questão do Enfrentamento a

Violência nas Escolas.

1.2- A participação do coletivo A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade

da vida, a liberdade do ser humano. (Paulo Freire)

O tema sobre violência na última década tem sido amplamente discutido,

mas quando adentramos os muros da escola, já encontramos algumas

resistências ao debater o assunto. Sabemos que a escola faz parte de um

contexto maior, as muitas representações da violência advindas da sociedade,

muitas vezes faz parecer que elas não são problemas

a ser resolvidos e discutidos pela escola. Entretanto é

preciso que a escola entre e aprofunde-se neste

debate, mas todo cuidado é pouco, como coloca

ELIAS, (2011) “todo cuidado é pouco, pois se trata de

uma realidade complexa e multidimensional”, não

podemos nos apressar nos atos, precisamos primeiro discutir as causas.

Pensarmos coletivamente requer tempo e compreensão das várias

72

concepções de violência que vamos encontrar, que tipo de barreiras teremos

que quebrar e muito mais. Mas como colocam Del Rey e Ortega, citado por

ELIAS (2011) “se as violências vêm juntas, a intervenção também deve

articular várias ações”, portanto, devemos ter simultaneidade de ações diversas

em todos os contextos e níveis da criança. E é isto que queremos fazer com

este trabalho no encontro de hoje, tecer redes entrelaçadas com iniciativas que

de o “ponta a pé” inicial.

ATIVIDADE 1- Técnica: Mesa redonda. Mesa-redonda: é preparada e conduzida por um coordenador, que pode ser denominado presidente e funciona como elemento moderador, orientando a discussão para que ela se mantenha em torno do tema principal. Os participantes geralmente são especialistas que apresentam seus pontos de vista sobre o tema, com tempo-limite para a exposição. Após as exposições, os participantes são levados a debater entre si os vários pontos de suas teses, podendo haver a participação dos presentes na forma de perguntas. O êxito da mesa-redonda depende do coordenador, que tem a missão de conduzir os trabalhos de forma a atingir os objetivos. (fonte:http://www.reitoria.unicamp.br/manualdeeventos/eventos/protoeventos_científicos.shtml acessado em 12 de novembro de 2012)

Passos da atividade:

Temática:

O enfrentamento á violência nas escolas de Educação

Infantil e Ensino Fundamental (séries iniciais) do

município de Campina da Lagoa.

Formato:

Mesa redonda tendo como convidados a direção do Colégio Estadual

73

Campina da Lagoa, um representante do Conselho Tutelar, a Secretária

Municipal de Educação e diretoras das escolas municipais da sede do

município. Inicio com uma breve explanação do projeto de implementação

do PDE, seus objetivos e qual seria a parceria com as escolas municipais

em longo prazo. Após a explanação será aberto para cada membro da

mesa 15 minutos para falar sobre o tema e como faz o enfrentamento a

violência no seu local de trabalho. Abrir para perguntas do grupo

participante. Encerrar com uma proposta de parceria se possível para

posterior aplicação de projetos de prevenção a violência nas escolas campo

de estágio, pelos alunos do Curso de Formação de Docentes,

supervisionados pelas professoras e alunos que participaram do projeto de

implementação e coordenados pela professora Cleonice Aparecida de Lima.

Coordenação do evento:

Professora Cleonice Aparecida de Lima, professora pedagoga,

coordenadora do Curso de Formação de Docentes e aluna do PDE.

Designação dos responsáveis por outras tarefas:

Escolher um dos participantes do grupo para anotar as falas dos

participantes da mesa. Outro participante ficará responsável em controlar o

tempo, sinalizando os minutos finais. Um do grupo será responsável em

fotografar o evento, outro em recolher perguntas por escrito, caso alguém,

não queira fazê-la oralmente e outro participante redigirá uma ata para

formalizar o acordo.

PARA ENCERRAR... Cada participante fará uma avaliação geral dos encontros,

colocando os pontos positivo e negativos, sugestões, dúvidas, entre

outros. Poderá ser entregue por escrito ou enviado no email coletivo

no prazo de 10 dias.

74

Assumir as discussões sobre o Enfrentamento a Violência nas escolas

devido a sua grande complexidade não é tarefa fácil, implica principalmente

muito estudo e uma forte mudança de concepções e práticas educativas. Para

isso temos que fortalecer o papel do pedagogo nas escolas, pois ela sozinha,

não conseguirá ultrapassar as barreiras. Outro ponto importante é conseguir

atingir nosso objetivo, desvendar cada vez mais cedo, as violências miúdas,

temos um grande caminho pela frente. Mas já demos o primeiro passo.

Ao iniciarmos este Caderno Pedagógico tínhamos em mente um

emaranhado de ideias que foram se desenrolando no caminho. Não

conseguimos desfazer todos os nós, isso seria impossível... Também demos

novos nós, que deverão ser desatados no decorrer da caminhada de cada um

que participou deste trabalho.

Nem sempre conseguiremos ler nas entrelinhas, e aprendemos,

sobretudo que a violência, às vezes, é isso, entender as linguagens de um

corpo ou uma alma ferida, captando suas mensagens.

Sabemos da angústia que acompanha direção, equipe pedagógica,

professores, funcionários, pais e alunos quando o assunto é a violência que

adentra os muros das escolas. Todos se sentem impotentes diante das

diferentes facetas que ela apresenta, ora é punível na lei, ora é questão de

dialogo, ora são invisíveis, são miúdas, mas em muitos casos, na grande

maioria, torna-se um circulo vicioso e aquele velho método empregado nas

escolas, entra em cena... “Apaga-se o fogo e não se acha como ele começou”.

Foi com este propósito que elaboramos este Caderno Pedagógico,

discutindo e prevenindo as violências miúdas que já estão presentes lá na

Educação Infantil e Séries Iniciais, podemos quem sabe, prevenir futuras e

maiores violências no cotidiano escolar. O fato de chegar ao fim o trabalho de

escrevê-lo por ser uma exigência do PDE, não diz que terminou, este foi

apenas o começo, como acho que é o objetivo da SEED. Foi a primeira

semente, de um longo e audacioso caminho a percorrer, com ele surgiram

muitas ideias, muitas indagações e a certeza que muito temos a aprender, mas

75

a experiência foi única, aprendemos muito com os livros, mas sem a

experiência da direção, professores, alunos e demais companheiros que

partilharam deste trabalho, a metade desta leitura teria se esvaziado.

Esperamos que este material vá além de nossas expectativas, e

contribua com cada um que por ventura venha conhecê-lo, incitando-o a

pensar nas violências que ainda não estão tão visíveis, mas que já fazem um

grande estrago na vida de alguém...

76

Livros, artigos e dissertações de mestrado:

ABRAMOVAY, Miriam. Violência nas escolas. Brasília: UNESCO, 2003. 88 p. ALVES, Rubens. Concerto para corpo e alma.Vou plantar uma árvore.13ª. Edição, São Paulo, Papirus, 2007.163 p. AQUINO, Julio Groppa (Org.). Indisciplina na Escola: Alternativas teóricas e práticas. 12ª ed. São Paulo: Summus, 1996. 148 p. AQUINO, Julio Groppa (Org.). Autoridade e Autonomia na escola: Alternativas teóricas e práticas. 3ª ed. São Paulo: Summus, 1999. 229 p. ARROYO, Miguel Gonzalez. Quando à violência infanto-juvenil indaga a pedagogia. Educ. Soc., Campinas, vol. 28,n.100- Especial, p.787-807,out.2007 Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a0828100.pdf> acesso em 01 de maio de 2012. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal 8069 de 13/07/1990. Capturado em 12 de outubro de 2012. BRASIL, Ministério da Educação e Cultura do, Domínio Público: Teses e Dissertações.OLIVEIRA; Adriana Dias de Dissertação de mestrado: Violência escolar: verso e reverso das sociabilidades contemporâneas (p. 61 a 77), Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=149855> Acesso em 11 de Outubro de 2012. COLOMBIER, Claire; MANGEL, Gilbert; PERDRIAULT, Marguerite. A violência na escola. São Paulo, Ed.Summus, 1989. ELIAS, Maria Auxiliadora. Violência na escola: caminhos para compreender e enfrentar o problema. 1ª Ed. São Paulo: Ática educadores, 2011. FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 6. ed. Campinas, SP: Verus editora, 2011. FERNANDEZ, Isabel. Prevenção da violência e solução de conflitos: o clima escolar como fator de qualidade; tradução de Fulvio Lubisco. São Paulo: Madras, 2005.

77

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004, p. 2065. GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira; TOSTA Sandra de Fátima Pereira org. A síndrome do medo contemporâneo e a violência na escola, Belo Horizonte: Autêntica, p. 63 a 101, 2008. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 6ª ed. São Paulo: Cortez Editora 2002. LOPES, Claudivan Sanches; GASPARIN, João Luiz. Violência e conflitos na escola: desafios à prática docente. Disponível em: http://eduem.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHumanSocSci/article/view/2192 Capturado em 12 de Abril de 2012. MATTJE, Gilberto Dari.Tosco.Campo Grande:Gráfica e Editora Alvorada,2009.134 p. MIDDELTON-MOZ, Jane; ZAWADSKI, Mary Lee. Bullying: estratégias de sobrevivência para crianças e adultos; tradução Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed,2007.152 p. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. Enfretamento à Violência na Escola. Caderno Temático: 1ª edição. Curitiba: SEED, Pr. 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Coordenação de Gestão Escolar. Organização do trabalho pedagógico. Caderno Temático 1ª edição. Curitiba: SEED – Pr., 2010. - 128 p. PARANÁ. SEED. SUED. DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio. Curitiba, 2006. PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. 3ª.ed. São Paulo, SP: Editora Ática, 2004. PEREIRA, Maria Auxiliadora. Violência nas escolas: visão de professores do Ensino Fundamental sobre esta questão. Dissertação de Mestrado. Ribeirão Preto, 2003. PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade, teoria e prática? 9ª. ed. São Paulo: Cortez, 2010. PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola pública. 3ª. Ed. São Paulo: Loyola, 1995.

78

PINSKY, Jaime; PISNKY, Carla Bassanezi (orgs.). História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003. PRIOTTO, Elis Palma. Violência escolar: Políticas públicas e práticas educativas. Dissertação de Mestrado em Educação. PUCPR. Curitiba, 2008. PRIOTTO, Elis Palma; BONETI, Lindomar Wessler: Violência escolar: na escola, da escola e contra a escola. Tese de mestrado.Disponível em: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/108_53.pdf> Acesso em 01 de outubro de 2012. Revista Educação e Sociedade. Relações entre crianças e adultos na Educação Infantil. LUZ,Iza Rodrigues da. Universidade Federal de Minas Gerais/ Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Infância e a Educação Infantil. Volume 26, número 91, 2005. SILVA, Maurício. Violência nas Escolas, Caos na Sociedade [online] Disponível em: <http://www.evirt.com.br/violência/index.htm> , capturado em 10 de Abril de 2012. SILVIA, Aída Maria Monteiro. A Violência na Escola: A Percepção dos Alunos e Professores. <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_28_p253-267_c.pdf> acesso em 16 de outubro de 2012. TIGRE, Maria das Graças do Espírito Santo. Violência na escola: representações dos sujeitos envolvidos. 2002. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa – PR, 2002. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. (IN) Disciplina: Construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. 15ª ed. São Paulo: Libertad Editora, 2004. 133 p. WINNICOTT, Donald Woods. O julgamento moral na criança de Jean Piaget (São Paulo: Mestre Jou, 1977); Coletânea de artigos, Privação e Delinquência, Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1994. ZALUAR, Alba (Org.). Violência e Educação. São Paulo: Cortez, 1992. 136 p.

Vídeos e Sites disponibilizados e sugeridos

ALMEIDA, Vander (Pinguins - Trabalho em Equipe, 17/11/2010). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=WgEMh8Dz_fI&feature=related> Acesso em 02 de novembro de 2012.

79

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura do, série Cotidiano escolar, programa 4. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=J8C662Y0zBg> Acesso em 01 de Novembro de 2012. BULLYING.PROVOCAÇÕES SEM LIMITES.Direção Josetxo San Mateo. Espanha:Paris Filmes,2009. 93 min:dublado,colorido.Drama. . Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=bMQ8ugpdygE&feature=related> acesso em 11 de outubro de 2012 CAMPINAS, Universidade Estadual de; Eventos&Normas. Técnica Mesa-redonda. Disponível em: <http://www.reitoria.unicamp.br/manualdeeventos/eventos/proto-eventos_científicos.shtml> acesso em 12 de novembro de 2012 CASTRO; Rebeca. INCIVILIDADES: a violência invisível nas escolas. Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Polêmica, v. 9, n. 2, p. 105 – 113, abril/junho 2010. Disponível em: <http://www.polemica.uerj.br/ojs/index.php/polemica/article/viewFile/28/60 >acesso em 04 de novembro de 2012. ESPIRITO, PORTAL DO. DINÂMICAS DE GRUPO E OUTRAS TÉCNICAS. Conselho Regional Espírita do Sul de Minas. Departamento infanto-juvenil. ARTIGOS

DIVERSOS. Disponível em: <http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/comunicacao/tecnicas-em-dinamica.html> acesso em 10 de novembro de 2012. ESCOLA, Games. Categoria: Direito da criança. Disponível em: <http://www.escolagames.com.br/jogos/direitoCrianca/> acesso em 12 de setembro de 2012. MATILDA; Direção de Danny DeVito.EUA:1996; Colorido; Dublado; comédia dramática.93 min. MOÇO, Anderson. 14 perguntas e respostas sobre projetos didáticos. NOVA ESCOLA. Edição 241, Abril 2011. Título original: Tudo o que você sempre quis saber sobre projetos. Disponível em: < http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/14-perguntas-respostas-projetos-didaticos-626646.shtml?page=4> Acesso em 02 de novembro de 2012. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Portal Dia a dia Educação: Escola. Video da UNIVESP-TV. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Z6lS_WQ0nWg&feature=related acesso em 01 de Novembro de 2012. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. TV Multimídia: “Categoria: Pedagogia”. Vídeo Mafalda http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=21335 acesso 01 de novembro de 2012.

80

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. TV Multimídia: “Categoria: Pedagogia”. Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=20183 Acesso em 27 de Outubro de 2012. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. TV Multimídia: “Categoria: Pedagogia” Escola: desafios socioeducacionais. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=613 acesso em 13 de outubro de 2012. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. TV Paulo Freire: “Categoria: Pedagogia”. PALMEIRO Ana Paula Pacheco.Enfrentamento à Violência ns escolas. Disponivel em: <http://www.youtube.com/watch?v=BhWB5PO2znI>acesso em 04 de novembro de 2012. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. OAC: “Categoria: Pedagogia”. Indisciplina: Mapa Conceitual. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/objetos_de_aprendizagem/2010/pedagogia/indisciplina-mapa-conceito.swf> acesso em 02 de novembro de 2012. PINSKY, Jaime; Patriarcalismo e pedocracia. Artigo; Publicado no Correio Braziliense em Brasília, domingo, 8 de julho de 2012. Disponível em: <http://www.jaimepinsky.com.br/site/main.php?page=artigo&artigo_id=207> Acesso em 03 de novembro de 2012. PINSKY, Jaime; O professor não tem prestígio. Artigo; Publicado no Correio Braziliense em Brasília, terça-feira, 8 de fevereiro de 2012. Disponível em: <http://www.jaimepinsky.com.br/site/main.php?page=artigo&artigo_id=207> Acesso em 03 de novembro de 2012. PINSKY, Jaime; Livro História da Cidadania. Vídeo da editoracontexto em 17/09/2008. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=L_NpX6XQyEI> acesso em 03 de novembro de 2012. PIXAR (Convivência, 25/05/2008) Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=u5651tdwyXo&feature=related> Acesso em 02 de novembro de 2012. TEIXEIRA, Monica; (Pedagogia da autonomia, Paulo Freire 29/07/2011). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=EbnjKDeZW40&feature=fvwrel> Acesso em 02 de novembro de 2012. TELEFÔNICA, Fundação. PRÓMENINO; Categoria: Estatuto da criança e do adolescente. Disponível em: <http://www.promenino.org.br/> acesso em 10 de setembro de 2012.

81

TELEFÔNICA, Fundação. PRÓMENINO; Categoria: Estatuto da criança e do adolescente. Disponível em: <http://www.todospeloeca.org.br/> acesso em 10 de setembro de 2012. VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS. (Programa Casulo ,16/09/12). Disponivel em: http://www.youtube.com/watch?v=VV5YRxb-RZo acesso em 02 de novembro de 2012 ZAVALIS, Alicia; (Caranguejos - Trabalho em equipe, 04/03/2012). <http://www.youtube.com/watch?v=i3I5X_piscg&feature=related> Acesso em 02 de novembro de 2012.