FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO · conhecimento científico que consta nos livros...

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: MEMÓRIA E HISTÓRIA: um estudo sobre a EJA no Colégio Estadual Carlos

Zewe Coimbra de Santa Terezinha de Itaipu.

Autor Teresinha Helena Hüning Momoly

Disciplina/Área História

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização

Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra – Ensino

Fundamental e Médio.

Município da escola Santa Terezinha de Itaipu

Núcleo Regional de Educação Foz do Iguaçu

Professor Orientador Dr. Marcos Nestor Stein

Instituição de Ensino Superior IES: UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido

Rondon

Relação Interdisciplinar Geografia, Língua Portuguesa

Resumo

A presente Produção Didática Pedagógica tem como objetivo conhecer e propor atividades referentes a História do município de Santa Terezinha de Itaipu. O desenvolvimento da produção terá as ações focadas em entrevistas, pesquisas, seminários, rodas de contação de histórias, e discussões de textos para compreender a história da colonização do oeste do Paraná e, por conseguinte, a do município. A Produção Didática Pedagógica será desenvolvida com alunos do Ensino da EJA, da disciplina de História que cursam o ensino Fundamental e Médio, do Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra. O trabalho pauta-se na PPPEJA (1998); Azevedo (2012); Alberti (1990); Borges (1980); Colodel (1988); Le Goff (1994); Laverdi (2005); Wachowicz (1987); DCEs (2008); Meihy (1996) e Silva (1995). Assim, propomos realizar atividades visando com que alunos da EJA, a partir de suas memórias, se percebam como sujeitos da história local, compreendendo o estudo da História como produção de conhecimentos, que contribui na formação de sujeitos críticos e atuantes na sociedade.

Palavras-chave EJA; História; Santa Terezinha de Itaipu.

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo

Alunos da Disciplina de História da EJA - Ensino

Fundamental e Médio.

OBJETIVO GERAL:

Investigar narrativas de vida de alunos da EJA do Colégio Estadual Carlos Zewe

Coimbra e relacioná-las com publicações sobre a história da região oeste do Paraná.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Identificar como publicações sobre a história local e regional apresentam a região

e a história de seus habitantes.

Realizar atividades visando com que alunos da EJA, a partir de suas memórias,

percebam-se como sujeitos da história local, compreendendo o estudo da

História como produção de conhecimentos, que contribui na formação de sujeitos

críticos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/ REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O homem é influenciado constantemente pelo meio social em que está

inserido, bem como age na transformação deste. A transformação do espaço em

que vive é reflexo de suas ações.

A História que fundamenta o ensino de história é produto da ação do historiador. Sendo assim, é um recorte da totalidade que se apresenta de forma científica. Quando é transposta para a sala de aula causa uma estranheza ao aluno. O acontecimento em uma perspectiva historiográfica não tem a mesma dinâmica das lembranças cotidianas ou da literatura. Uma História em geral desencarnada, sem o ritmo do cotidiano, que foge ao que nos é comum, está contada e apresentada de uma forma diferente do mundo da vida. Como se não fosse um olhar para tal mundo, como se fosse um olhar para uma outra materialidade, distante do mundo que nos cerca e forma. (AZEVEDO, 2012, p. 03)

Azevedo mostra a dicotomia entre o conhecimento histórico vivido e o

conhecimento científico que consta nos livros didáticos utilizados em sala de aula no

ensino de História. Assim, o processo ensino aprendizagem necessita da mediação

do professor para mostrar as transformações históricas, resultantes das relações

sociais do homem, pois é na vivência cotidiana que esse homem constitui sua

história e estabelece correlações com os fatos do seu contexto sociocultural e ou de

outros mais longínquos.

É pertinente levar em consideração o papel das memórias e a sua relação

com a produção do conhecimento histórico, conforme Jacques Le Goff,

A memória é a propriedade de conservar certas informações, propriedade que se refere a um conjunto de funções psíquicas que permite ao indivíduo atualizar impressões ou informações passadas ou reinterpretadas como passadas. O estudo da memória passa da psicologia à Neurofisiologia, com cada aspecto seu interessando a uma ciência diferente, sendo a memória social um dos meios fundamentais para se abordar os problemas do tempo e da História (GOFF, 1994, p. 275).

Nessa perspectiva, a ação proposta neste projeto PDE visa contribuir para o

aprendizado da história local e regional, bem como para a ampliação do exercício da

cidadania dos alunos da EJA do Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra de Santa

Terezinha de Itaipu.

Diante disso, é pertinente lembrar que a região onde está localizado o

referido município foi um espaço de vivência de indígenas, da ação de empresas

extrativistas e de colonizadoras. De acordo com Wachowicz, durante o final do

século XIX e a primeira metade do século XX, predominavam na região da tríplice

fronteira as “propriedades e/ou exploração típica das regiões cobertas pela mata

subtropical, em território argentino e paraguaio e antes de tudo indígena. Sua

existência baseava-se no binômio: mate-madeira.” (WACHOWICZ, 1987, p.11)

A partir da segunda metade do século XX houve grande migração das

pessoas, principalmente do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para o Oeste do

Paraná. De acordo com Laverdi,

Até a década de 1970, o Oeste paranaense havia sido dividido, ocupado e transformado, graças a uma complexa rede colonizadora oficial e por homens e mulheres vindos de diferentes rincões. A maioria, oriunda dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (LAVERDI, 2005, p 58).

Na região, instalou-se a colonizadora Criciúma. As áreas de terra

correspondentes ao município foram divididas em lotes de quarenta alqueires cada

um. O pagamento era feito com uma pequena entrada, tendo o restante

parcelado. Iniciou-se, então, o êxodo de famílias de Santa Catarina em busca de

terras para o cultivo de suas lavouras. (www.stitaipu.pr.gov.br. Acesso: 03/jul./2012)

Segundo Laverdi (2005, p.59), nas décadas de 1960 e 1970, na região

Oeste do Paraná, verifica-se a implementação de políticas de modernização da

agricultura e as transformações nas relações de trabalho e de produção. A

construção da usina hidrelétrica de Itaipu e a formação do lago, no início de 1980,

forçaram a saída de muitas famílias da região.

Atualmente a agricultura constitui a base da economia do município, que se

destaca na produção da soja, do milho e do trigo e na criação de gado, aves de

corte e suínos.

Em função de estar localizada próxima à cidade de Foz do Iguaçu e às

margens da rodovia BR 277, Santa Terezinha de Itaipu é considerada “cidade

dormitório”. Muitas pessoas trabalham nas cidades vizinhas, como: Foz do Iguaçu,

Cidade de Leste e Porto Iguaçu.

Há ainda o trabalho informal de sacoleiros, também chamados de “laranjas”.

Muitos munícipes, entre eles vários alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA),

trabalham informalmente trazendo produtos do Paraguai para comerciantes de

outras regiões, como: São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e outros. Além de ser

um trabalho informal, a ausência de horário fixo de trabalho prejudica a frequência

escolar dos mesmos.

1ª Encontro

1º momento: Apresentar a proposta para os alunos e a Equipe Pedagógica do

Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra.

Expor o tema e questioná-los sobre o conhecimento que têm sobre a história do

Oeste do Paraná, em especial sobre a história de Santa Terezinha de Itaipu.

2º Momento: Neste momento propõe-se a leitura e discussão sobre a história do

oeste paranaense. A discussão pautear-se-á nos textos de COLODEL com

fragmentos retirados do livro Obrages & Companhias Colonizadora Santa Helena

na história do Oeste paranaense até 1960 (1988) e nos fragmentos de textos do

livro Obrageros Mensus e Colonos – História do Oeste Paranaense, do autor

WACHOWICZ. (1988). O estudo e as discussões serão realizados para que os

alunos adquiram conhecimentos sobre a história da região oeste do Paraná e, desta

forma, possam melhor compreender a história do município de Santa Terezinha de

Itaipu.

Desmandos e impunidade, ações dos obrageros no oeste do Paraná.

Obrages – O termo, retirado do castelhano, passou a designar as propriedades e/ou explorações instaladas em regiões onde predominava a existência de uma flora tipicamente adequada ao clima subtropical nos Estados vizinhos da Argentina e do Paraguai. Foi nesses países, desde o início do século XIX, que esses tipos de exploração desenvolveram suas características norteadoras, fixaram seus objetivos e dimensionaram seus espaços de atuação.

(COLODEL, 1988, P. 53)

O filão dos obrageros

Nessa região, as reservas nativas de madeira e de erva-mate sofriam um processo bastante acelerado de esgotamento. O número de obrages crescia dia a dia e tal fato deixava bem claro que em poucos

anos essas riquezas deixariam de existir em abundância e tornariam a atividade obragera antieconômica. Devemos lembrar que as obrages só funcionavam a contento quando a exploração se dava de

maneira maciça, englobando vastas extensões de terras. E, como em sua estruturação funcional, a atividade obragera não tinha a

menor preocupação com o replantio das espécies vegetais retiradas, já que a idéia era a maximização quase que absoluta dos lucros obtidos, tudo levavas a crer que a sua vida útil estava intimamente ligada à quantidade de reservas nativas existentes em seus domínios. Quando se esgotavam os produtos explorados em determinadas regiões, os obrageros procuravam estabelecer-se em

outras áreas que ainda encontravam-se virgens. (Idib, p.63)

3º Momento: Professor (a), após a leitura do fragmento acima proponha aos alunos

o desenvolvimento das questões abaixo;

Uma vez inviabilizada a atividade econômica dos obrageiros, em uma determinada

área, quais eram as medidas alternativas para garantir o lucro? Você tem

informação a respeito dessas ações? Descreva-as.

Mencione os possíveis destinos dados as madeiras extraídas da região do oeste do

Paraná.

Pesquise sobre essas atividades nos dias de hoje no município de Santa Terezinha

de Itaipu.

2º Encontro:

1º Momento: Realizar a leitura dos textos abaixo, como os alunos.

Navegar é permitido

O obragero argentino descobria jubiloso que seus navios tinham direito de navegar no rio Paraná, acima da Foz do Iguaçu: acordos internacionais lhe garantiam esse comportamento. Organizava uma

expedição e desembarcava na margem brasileira. (WACHOWICZ, 1987, P. 45)

A mão de obra nas obrages

Mensus ou peões – designação dada aos indivíduos que se propunham a trabalhar braçalmente numa obrage. O termo equivale-se ao peão. O seu trabalho era pago mensalmente, ou pelos menos sua conta era assim movimentada. Etimologicamente, a expressão

vem do espanhol: mensual, ou seja, mensalista. (COLODEL, 1988, p. 53)

Trabalho escravo na mata nativa

Dentro dos quadros constitutivos das obrages, os peões deviam

obediência irrestrita, num primeiro plano, aos proprietários dessas unidades de exploração que eram os obrageros; verdadeiros monarcas com poder de vida e de morte sobre os seus trabalhadores

das matas. (Idib, p. 60)

Fidelidade e submissão aos patrões

O mensu que era empregado nas obrages vinha exclusivamente

para trabalhar. Não se abriam espaços para outros tipos de atividades que não se voltassem para os interesses imediatos dos seus patrões. Tudo o que se ganhava, essa era a idéia, tinha que ser

gasto dentro da própria obrage; de uma forma ou de outra. (Idib, p.77)

Santa Cruz – um exemplo de arbitrariedade.

Santa Cruz, particularmente, praticava impunemente todos os tipos possíveis de arbitrariedades e violências. Chicoteava e espancava rotineiramente seus mensus, violava suas esposas, estuprava

adolescentes e meninas, era autor direto de inúmeros assassinatos, chegando a ter escondido nos domínios da obrage um cemitério particular. Muitos mensus, não suportando a sua tirania, se

escondiam nas matas e nunca mais voltavam ou mandavam notícias.

(Idib, p 79)

Sob o olhar dos capatazes

A permanente insatisfação da peonada levava os capatazes a viverem em constantes sobressaltos. Qualquer ocorrência diferente era sinal de apreensão e desconfiança para com os mensus. Em

1905, por exemplo, Arthur Martins Franco ao chegar à meia noite na obrage Lopei, pertencente a Nuñez y Gibaja, bateu a porta do

administrador Floriano Arrechéa. Este acordou sobressaltado e encarou-o de revólver em punho, pensando que fosse um levante de

peonada. (WACHOWICZ, 1987, P.57)

2º Momento: Professor (a), promover uma discussão com os alunos, após a leitura

dos textos anteriores, para refletir sobre o trabalho escravo dos mensus.

Pesquisar na internet ou em jornais denúncias de casos de trabalho escravo em

diferentes regiões do Brasil nos dias atuais.

Fazer um levantamento dos diferentes vínculos empregatícios existentes nos dias

atuais na região oeste do Paraná. Pesquisar também os tipos de trabalho informal

que existem nesta mesma região, na atualidade.

Um território multilíngüe onde se circulavam moedas estrangeiras.

Uma professora curitibana, que havia sido destacada em 1923 para Guaíra, relatou que um pequeno aluno, brasileiro, perguntou-lhe em legítimo castelhano: Señora, és lindo El Brasil? O jovem aluno de primeiras letras ignorava que Guaíra também era Brasil, julgava estar no Paraguai. Em Foz do Iguaçu, o português era falado apenas pelos funcionários públicos. Lima Figueiredo informa ainda que os sermões na localidade, em 1937 eram proferidos em português, guarani, castelhano, alemão e polonês, para satisfazer as nacionalidades representadas. Se as línguas mais utilizadas eram o espanhol e o guarani, o mesmo ocorria com o dinheiro circulante. O predomínio do peso argentino era total e absoluto. O comércio só se utilizava do peso argentino, inclusive o de Foz do Iguaçu. O mil réis era praticamente desconhecido. Quem possuía algum em casa, guardava de lembrança. O dinheiro brasileiro não possuía valor algum. Ninguém o

recebia. As próprias instituições brasileiras, como o correio, a prefeitura ou a receita, quando precisavam remeter a verba respectiva para Curitiba, enviavam inicialmente o peso argentino recolhido dos contribuintes ou usuários, para o consulado brasileiro em posadas. Ali, o consulado brasileiro convertia o peso para a moeda corrente brasileira, para em seguida ser mesmo remetido para Curitiba. A própria Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu recebia as taxas e os impostos municipais em dinheiro argentino. O primeiro cartório de Foz do Iguaçu também informa que o dinheiro

circulante era só estrangeiro. (WACHOWICZ, 1987, P. 130 e 131)

3º Momento: Professor (a), o texto acima traz à tona uma reflexão pertinente sobre

o multilinguismo e as transações econômicas junto à região da tríplice fronteira nas

décadas de 1920 a 1940 aproximadamente.

Junto aos alunos, estabelecer um paralelo com a realidade atual em relação às

línguas faladas e as moedas utilizadas nas transações comerciais desta região.

Início da colonização

Com o desenvolvimento da colonização em regime de pequena propriedade na região das barrancas do Rio Paraná, iniciava-se uma nova etapa histórica na região. As obrages desapareceram e surgia no lugar do mensu o colono, vindo do Paraná, do Rio Grande do Sul,

Santa Catarina e outros Estados da federação brasileira. A frente de expansão agrícola do chamado Velho Paraná (região centro sul), marcou encontro no oeste com duas outras: a do sul vinda do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e a do norte do Estado. Desta forma, a frente de expansão do Velho Paraná encontrou-se no oeste com a frente cafeeira, que atravessou o rio Piquiri e a frente agro-pastoril, vinda de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O colono substituía o mensu paraguaio, que praticamente desapareceu da região e o pequeno e médio proprietário rural deslocavam o obragero. (Idib,p. 166)

Companhias Colonizadoras – empreendimentos de sucesso.

Para a região a ser colonizada, a Maripá deliberou encaminhar colonos provenientes do Rio Grande do Sul e também do Estado de Santa Catarina. A preferência por estes contingentes populacionais pode ser melhor sentida se observarmos que a Maripá não divulgou amplamente suas propriedades abertas à colonização. A propaganda deu-se mais a nível verbal – pessoal. Para tanto, foram escolhidos agentes adequados ao tipo de trabalho a ser realizado. Geralmente eram professores, comerciantes estabelecidos ou mesmo agricultores com bom relacionamento pessoal nas áreas que cederiam colonos. Paralelamente, a companhia procurou montar uma infra-estrutura adequada para recepcionar as levas de colonos que diariamente chegavam ao oeste paranaense. Construíram-se galpões para abrigá-los nos primeiros dias, assistência médica, meios de transporte para encaminhá-los ás futuras propriedades, etc. também houve uma preocupação por parte da diretoria da companhia em alertar aos colonos que não queimassem a madeira dos seus lotes. Toda a madeira retirada era transportada para serrarias que a firma havia construído na área e depois comercializada; isto antes que os colonos comparassem os seus lotes. O comércio da madeira rendeu

grandes lucros à companhia. (COLODEL, 1988, P. 215 e 216)

4º Momento: Professor, pedir aos alunos para que tragam fotos para montagem de

painéis, sobre a história da colonização do Oeste do Paraná e em especial de Santa

Terezinha de Itaipu e sobre a vinda das primeiras famílias e o desmatamento.

Solicitar aos alunos que pesquisem sobre a atuação de algumas colonizadoras da

região oeste do Paraná.

3º Encontro

Dinâmica: Caminhos percorridos pelo aluno, ou sua família, até chegar ao lugar que

vive hoje, observando o percurso nos mapas.

O professor deverá reproduzir em uma cartolina os mapas: Mundi, Brasil, Estado do

Paraná e Município.

Cada aluno terá em mãos um barbante, de cor personalizada e deverá fazer a

colagem deste nos mapas conforme a trajetória de sua vida. Na sequência explicará

para os colegas o percurso feito por ele ou por seus familiares, até a chegada ao

município.

Após cada um concluir seu percurso, a professora retomará e história da

colonização do oeste do Paraná e a partir dessa será abordada a história do

município de Santa Terezinha de Itaipu.

4º Encontro:

1º Momento: Seminário: Cada aluno do grupo pesquisará com seus familiares

memórias vividas pela família e fará a apresentação para os demais grupos em sala

de aula. As histórias deverão ser entregues por escrito e farão parte da coletânea de

informações sobre o Município de Santa Terezinha de Itaipu. Dos textos

pesquisados poderá ser solicitada a presença dos familiares nos relatos das

trajetórias realizadas no passado por seus familiares.

2º Momento: Leitura dos fragmentos de textos

Serão trabalhados com os alunos os fragmentos de textos do livro Na trilha dos

Pioneiros, de autoria de SILVA (1995), para que os alunos conheçam e analisem a

narrativa da história descrita na obra sobre a história do município de Santa

Terezinha de Itaipu. Ao considerar a história local o aluno observará em que medida

ele constitui-se como sujeito da mesma. A partir dessas observações ele atribuirá

sentido ao seu estar no mundo como agente transformador do lugar em que vive.

Ocupação do território

Terras devolutas, em 1925, o cidadão Miguel Matte, requereu do Governo do Estado vasta área desta região para explorar a erva-mate e madeira, cujo título de posse lhe foi outorgado em 16 de dezembro de 1930. Por motivos vários que impossibilitaram sua exploração, 1949, Miguel Matte revendeu-a para Lourenço da Silva, residente em São Paulo. Este também não se interessando pela colonização dividiu-a em glebas menores revendendo para terceiros.

(SILVA, 1995, p. 1)

A ocupação de seu território, pertencente ao município de Foz do Iguaçu, começou aí pelos anos de 1934, quando Teófilo Kukul com a esposa Francisca Gonçalves e os filhos Mercedes, Maria, Teófilo e Ilda, moradores de Foz do Iguaçu, vindo pela Estrada Velha de Guarapuava, fizeram uma ocupação de terras na margem do Rio

São João, a uns quinze quilômetros de Foz. (Idib, p.1)

No mesmo ano de 1950, a construtora Dal Bó de Veranópolis RS, tendo a frente o sócio Silvino Dal Bó, adquiriu de Lourenço da Silva esta área de terras de 6.500 alqueires, aproximadamente, compreendidos entre as terras da Colônia Militar de Foz do Iguaçu até a Gleba Santa Maria e da Linha Telegráfica, Estrada Velha, até a Gleba Passo Cuê, com escritura pública lavrada em Mafra, Santa Catarina e transcrita no Registro de Imóveis Desta Comarca de Foz

do Iguaçu sob o Nº 1.851, às folhas 118, do livro 3 – área de 15.730.000m2, criando a Colonizadora Criciúma LTDA, dado este nome, tendo em vista o potencial de colonos daquela região de

Santa Catarina. (Idib, p. 3)

No dia 1º de maio de 1952, fizeram a abertura da picada onde hoje é a rua do mesmo nome, em comemoração àquele dia, a pedido de Írio Maganelli que praticamente se tornou o responsável pelas

denominações topográficas da gleba. (Idib, p.3)

Neste ano de 1952, começaram a chegar os primeiros colonos Anibal Benedet, Líbero Dal Pont, Alexandre Zilli, Luiz Biff, Vandramino Serafim os Smania e outros. Em 1953, realizaram os primeiros casamentos, funcionou a escola, nasceu o primeiro bebê. Em 1954, começaram a produzir pinga, montaram a BAP: fábrica de bebidas chegou o dentista, montaram farmácia, veio o policiamento. Em 1955, veio a maior leva de colonos de uma só vez: os Vitorassi e os Piazza. Em 1956, foi montada a Palmiteira Cataratas, enlatamento de conserva de palmito, por Oscar Muxfeldt. Em 1958, Otaviano Venson montou o primeiro posto de combustível e oficina mecânica. Em 1965, começou o cultivo da hortelã. Em 1966, Percílio Gusmão criou o cartório de registro civil; em 1968, começou a funcionar o Ginásio. Em 1970, começou o cultivo de soja em grande escala e montagem de grandes serrarias. Em 1977, foi criado o curso de 2º

Grau. (Idib, p.4) Na criação do Distrito, pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, em 29 de outubro de 1959, foi, oficialmente, registrado, “Distrito de Santa Terezinha”. Embora mais tarde, em 1963/65, houvesse um movimento para mudar para Silvinópolis, e tenham sido até registrados alguns documentos com esse nome acrescidos de (Ex

Santa Terezinha), o espírito religioso prevaleceu. (Idib, p.62)

3º Momento: Professor, os textos acima narram o inicio da colonização da área

onde hoje está localizado o município de Santa Terezinha de Itaipu. O autor é um

educador, foi professor de Língua Portuguesa, com graduação em Letras. É

considerado o primeiro professor habilitado a exercer a função no município.

Lecionou em Santa Terezinha de Itaipu do ano de 1973 até 2000, quando se

aposentou. Reside no Município até os dias atuais.

Se o município que você atua é o de Santa Terezinha de Itaipu, peça aos seus

alunos que entrevistem alguns moradores citados pelo livro Na Trilha dos

Pioneiros. (SILVA, 1995), e comparar as narrativas descritas no livro. Peça que

socializem as informações com os colegas, e desta forma possam agregar algumas

informações sobre as primeiras famílias que aqui chegaram.

5º Encontro:

1° Momento: Leitura e discussão dos textos sobre a Emancipação Político

Administrativa do Município de Santa Terezinha de Itaipu.

Emancipação

Em julho de 1975, a serraria Novosul, a maior da região, instalada em nosso distrito, ofereceu um almoço comemorativo à inauguração da estufa para secagem de madeira, convidou as autoridades principais, algumas lideranças locais e de Foz do Iguaçu. Convidado a falar pelo distrito, o Professor Sebastião Francisco da Silva, então coordenador da extensão do Ginásio Dom Manoel Könner, disse que era com empreendimentos assim que Santa Terezinha iria alcançar sua emancipação político-administrativa. (SILVA, 1995, p. 16) ... a 26 de setembro de 1981, às 20h, na sala Nº 4 do Colégio Cenecista Flávio Dal Bó, reuniram-se lideranças da comunidade para aquela que fora a primeira reunião definitiva para a emancipação, cuja ata e lista de presença estão em fotocópias. (Idib, p.16 e 17) Em novembro de 1981, foi uma comitiva a Curitiba para solicitar ao governador Ney Aminthas de Barros Braga a criação do município e faze lobby junto a Assembléia Legislativa para a aprovação do projeto de Lei apresentado pelo Deputado Tércio Alves de Albuquerque... (Idib, p.18) A 20 de dezembro de 1981,... foi realizado o plebiscito, cuja apuração foi feita no Santa Terezinha Clube de Campo. (Idib, p.18) Com um total de 5.450 votantes habilitados, compareceram 3.362. Destes, 3332 votaram a favor e 30 contra. (Idib, p.18) O resultado enviado à Assembleia Legislativa corroborou a aprovação da Lei Nº 7.572 sancionada pelo Governador Dr. Ney Aminthas de Barros Braga, em 03 de maio de 1982... (Idib, p. 19) Aprovada a Lei Nº 7.572 de 06 de outubro de 1981, imediatamente a Comissão de Emancipação se reuniu, no Santa Terezinha Clube de Campo, para enviar ao departamento devido um nome definitivo, já que havia mais duas cidades brasileiras com o mesmo nome. Somente um membro da comissão propugnou por um nome mais pomposo, como dizia ele. Todos os outros confirmaram o mesmo nome acrescido de um terceiro que conotasse com Itaipu, por ser um nome mundialmente conhecido; assim ficou: - Santa Terezinha de Itaipu. (Idib, p.62)

2° Momento: Professor (a), com base das informações contidas nos textos acima

propor aos alunos que analisem a narrativa acima e discutam como foi o processo

de emancipação seguindo a reflexão:

1. Qual foi a participação da população no processo de emancipação?

2. Como aluno da EJA, qual é a sua participação nas decisões municipais e/ou

escolares?

3. Como cidadão do município você se sente participante da história do

Município?

Após discussão sobre o tema propor aos alunos que façam uma pesquisa sobre o

significado de: Dominação Política e Territorial, Emancipação e Autonomia.

3º momento: Apresentar slides sobre a história do município produzidos com fotos

extraídos do livro “Na Trilha dos Pioneiros”.

Slide 1

Santa Terezinha de Santa Terezinha de

Itaipu Itaipu

HistHistóória de um Municria de um Municíípiopio

Slide 2

Um pouco da histUm pouco da históóriaria

Inicio da OcupaInicio da Ocupaçção: 1934ão: 1934

Pertencia ao MunicPertencia ao Municíípio de Foz pio de Foz

do Iguado Iguaççuu

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DDÉÉCADA DE 1930CADA DE 1930

Chegada dos primeiros Chegada dos primeiros

colonizadorescolonizadores

TeTeóófilo filo KukulKukul e fame famíília; (1934)lia; (1934)

Adão Adão KultzKultz (1934)(1934)

Ludovico Ludovico KalicheskiKalicheski e fame famíília; lia;

(1939)(1939)

Leonardo Leonardo WichoskiWichoski e fame famíília; lia;

(1939)(1939)

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DDéécada de 1940cada de 1940

FormamFormam--se os primeiros se os primeiros

povoados do interior do povoados do interior do

municmunicíípio.pio.

Chegam as Chegam as familiasfamilias de: de:

Zeferino Zeferino PonzoniPonzoni e Leonardo e Leonardo

PavlacPavlac em; (1941)em; (1941)

João João AzoagueAzoague, João Alves , João Alves

Amaral e João Amaral e João KopakKopak; ( 1945); ( 1945)

Teodoro Teodoro AldereteAlderete; (1948); (1948)

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DDéécada de 1950cada de 1950

Chegam os colonizadores com maior intensidade.Chegam os colonizadores com maior intensidade.

As comunidades aumentam;As comunidades aumentam;

InstalaInstala--se a primeira escola (1953)se a primeira escola (1953)

RealizamRealizam--se o primeiro casamento. (1953)se o primeiro casamento. (1953)

Nasce o primeiro bebê (1953)Nasce o primeiro bebê (1953)

InstalamInstalam--se as primeiras industrias (BAP. Fse as primeiras industrias (BAP. Fáábrica de brica de Bebidas e a Bebidas e a PalmiteiraPalmiteira;;

InstalaInstala--se a Colonizadora Cricise a Colonizadora Criciúúma, o Correio e o ma, o Correio e o telefone para ligatelefone para ligaçções apenas para Foz do Iguaões apenas para Foz do Iguaççu.u.

CriouCriou--se o Distrito de Cricise o Distrito de Criciúúma, atual Municma, atual Municíípio de pio de Santa Terezinha de Itaipu.Santa Terezinha de Itaipu.

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Primeira EscolaPrimeira Escola

Festa de Sete de Setembro, 1955 Alunos Festa de Sete de Setembro, 1955 Alunos

e as professoras Dirce e as professoras Dirce SmaniaSmania e e

Assunta Assunta VensonVenson

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Escola DestruEscola Destruíída por um da por um

vendaval em 1957vendaval em 1957

Slide 8

DDéécada de 1950cada de 1950

Chegam o maior nChegam o maior núúmero de mero de

colonoscolonos

InstalaInstala--se o primeiro posto de se o primeiro posto de

combustcombustíívelvel

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Primeiras moradias construPrimeiras moradias construíídas das

pela colonizadora Cricipela colonizadora Criciúúmama

Slide 10

Primeiras IndPrimeiras Indúústriasstrias

Slide 11

19601960

ComeComeççou o Cultivo de Hortelã;ou o Cultivo de Hortelã;

CriamCriam--se novas escolas nas se novas escolas nas

vilas do interior;vilas do interior;

ComeComeçça a funcionar o Gina a funcionar o Gináásio;sio;

InstalaInstala--se o Cartse o Cartóório de Registro rio de Registro

Civil;Civil;

ÉÉ inaugurado o primeiro inaugurado o primeiro

pavilhão do atual Colpavilhão do atual Coléégio gio

Estadual Carlos Estadual Carlos ZeweZewe Coimbra;Coimbra;

Slide 12

Primeiro Pavilhão do atual Primeiro Pavilhão do atual

ColColéégio Estadual Carlos gio Estadual Carlos ZeweZewe

CoimbraCoimbra

Slide 13

19701970

ComeComeçça o cultivo da soja em grande a o cultivo da soja em grande escala;escala;

ModernizaModernizaçção da agricultura;ão da agricultura;

Montagem de grandes serrarias;Montagem de grandes serrarias;

CriaCria--se o Ensino de 2se o Ensino de 2°° Grau;Grau;

ComeComeççam as primeiras discussões sobre a am as primeiras discussões sobre a emancipaemancipaçção polão políítico administrativa;tico administrativa;

ÉÉ feito o calfeito o calççamento de uma das ruas da amento de uma das ruas da cidade; cidade;

Instalado o Posto Telefônico.Instalado o Posto Telefônico.

InstalamInstalam--se 300 telefones se 300 telefones residenciasresidencias..

Slide 14

19801980

CriaCria--se a comissão prse a comissão próó emancipaemancipaçção;ão;

RealizaRealiza--se o Plebiscito para a se o Plebiscito para a

emancipaemancipaççãoão

03 de maio de 1982 03 de maio de 1982 éé sancionada a Lei sancionada a Lei

que Cria o Municque Cria o Municíípio de Santa Terezinha pio de Santa Terezinha

de Itaipude Itaipu

RealizaRealiza--se a primeira eleise a primeira eleiçção para o ão para o

executivo e legislativoexecutivo e legislativo

Slide 15

Comissão PrComissão Próó EmancipaEmancipaççãoão

Slide 16

19801980

Eleita a Primeira Prefeita da Eleita a Primeira Prefeita da

Cidade Cidade LenirLenir dos Reis dos Reis SpadaSpada;;

1983: 1983: ÉÉ empossada a primeira empossada a primeira

administraadministraçção municipalão municipal

FazFaz--se a implantase a implantaçção do ão do

MOBRAL (AlfabetizaMOBRAL (Alfabetizaçção de ão de

Adultos)Adultos)

O MunicO Municíípio tem o maior pio tem o maior

aumento da populaaumento da populaçção devido a ão devido a

construconstruçção da Itaipu;ão da Itaipu;

Slide 17

19801980

Escolas precisam funcionar em Escolas precisam funcionar em

três turnos para atender a três turnos para atender a

demanda educacional;demanda educacional;

São criadas novas escolas no São criadas novas escolas no

centro da cidade e nos bairros centro da cidade e nos bairros

para atendimento aos alunos;para atendimento aos alunos;

ConstrConstróóii--se o Terminal se o Terminal

TurTuríístico, aproveitando o Lago stico, aproveitando o Lago

de Itaipu;de Itaipu;

Slide 18

Terminal TurTerminal Turíístico da cidadestico da cidade

Slide19

19901990

CriaCria--se o Curso de Ensino se o Curso de Ensino

Fundamental da EJA para as 4 Fundamental da EJA para as 4

úúltimas sltimas sééries (5ries (5ªª a 8a 8ªª ssééries)ries)

Slide 20

20002000

A EJA passa por reformulaA EJA passa por reformulaçções;ões;

A modalidade EJA deixa de ser A modalidade EJA deixa de ser

oferecida para as oferecida para as úúltimas sltimas sééries ries

do ensino Fundamental; 2006do ensino Fundamental; 2006--

20092009

2009 a modalidade 2009 a modalidade éé retomada retomada

com matrcom matríículas para o Ensino culas para o Ensino

Fundamental e MFundamental e Méédio;dio;

4º momento: Propor um debate sobre a história do município a fim de suscitar

questionamentos acerca da história dos alunos e a história da educação do

município. Com isso identificar-se-ão os fatores que os levaram a serem alunos da

EJA.

6º Encontro:

1º Momento: Apresentar aos alunos informações sobre a história da educação no

município e em especial sobre a modalidade EJA, no Colégio Estadual Carlos Zewe

Coimbra.

Início da Educação em Santa Terezinha de Itaipu

As primeiras madeiras serradas na Serraria Dal Bó, foram destinadas à construção da Escola nos lotes Nº 05 e 06 da quadra 99, Rua Martin de Stéfani. Não só pela educação, mais ainda porque servia de igreja, clube e abrigo para quem chegasse. Muitos colonos se acomodavam ali até construir suas casas. As aulas mesmas, começaram no segundo semestre de 1953, com 14 alunos matriculados por dona Dirce Zanetta Smânia, segundo seu depoimento, a primeira professora da escola – Escola Municipal da Colonizadora Criciúma.(SILVA,1995, p. 49) Nas férias de 1957, o prédio foi semidestruído por um temporal, as professoras de Foz desanimaram e desistiram de vir trabalhar aqui. A Colonizadora procurou Dona Alzira Zilli, recém chegada de Santa Catarina, a quem foi entregue a responsabilidade pela escola. Refeitos os estragos do temporal, começou o ano já com mais de cem alunos, Dona Alzira socorreu-se, convidando novamente Dona

Dirce, Dona Assunta e Carmelo Serafim, trabalhando em três turnos. (Idib, p.50) Em 1965, entrou em funcionamento o primeiro pavilhão definitivo, em alvenaria, na quadra 38. Em 1967, passou a denominar-se Grupo Escolar Santa Terezinha; 1980, Grupo Escolar Carlos Zewe Coimbra, em homenagem ao egrégio professor que fora diretor do Grupo Escolar Bartolomeu Mitre, de Foz do Iguaçu. (Idib, p.50 e 51)

História da EJA no Município de Santa Terezinha de Itaipu – Colégio Estadual

Carlos Zewe Coimbra.

O Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra obteve autorização de

funcionamento para o curso da EJA, no ano de 1994, quando implantou o curso para

o Ensino Fundamental. (SEED, 1994) Nesta época, o curso era ofertado em forma

de períodos, nos quais cada semestre correspondia a uma série a ser cursada. A

oferta do curso nestes parâmetros fora realizada de 1994 – 1996. (SEED, 1994 e

1996) Do ano de 1997 a 2000, o curso passou a denominar-se Supletivo de Blocos,

cujo funcionamento seguia os seguintes critérios: o aluno matriculava-se em um

bloco de disciplinas composto por quatro ou cinco disciplinas cada um. Cada bloco

de disciplinas correspondia a uma série, com exceção do 1º e 2º blocos que

correspondia a 5ª Série. A conclusão do curso se dava ao término de cinco blocos.

(SEED, 1997 e 2000) De 2001 a 2006, a matrícula passou a ser sob a forma de

etapas. Nesta modalidade o aluno matriculava-se em uma etapa correspondente à

série a ser cursada, também com um número menor de disciplinas. (cada etapa

contemplava no máximo quatro disciplinas). Nesta modalidade, o aluno concluía

determinadas disciplinas em cada etapa, sendo que as disciplinas de Língua

Portuguesa e Matemática eram ministradas em cada etapa, sendo concluídas

apenas ao final do curso, que era de quatro etapas, ou semestres. (SEED, 2001 e

2006). De 2000 a setembro de 2009, o colégio deixou de oferecer a matrícula para a

modalidade EJA devido ao número inferior de matrículas ao exigido pela SEED, que,

na época fez a exigência de que a EJA só continuaria a existir se tivesse no mínimo

oito turmas, com 30 alunos cada. Em setembro de 2009 retornou a oferta de

matrícula para jovens e adultos, a qual passou a ser por disciplina. Dessa vez

contemplou-se a inserção do Ensino Fundamental e Médio. (SEED, 2010) Nesse

novo modelo, o aluno realiza a matrícula em até quatro disciplinas e a carga horária

é presencial. .Na matrícula por disciplinas, a conclusão do curso se efetiva à medida

que o mesmo cursa e conclui todas as disciplinas da matriz curricular.

2º Momento: Professor (a) após leitura e debate sobre a história da educação da

EJA no Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra, propor aos alunos que completem a

tabela com as informações solicitadas

Tabela de Dados: Completar a tabela abaixo com as informações solicitadas:

Nome

Local de Nascimento (cidade)

Data de Nascimento

Morador do Município desde

Data de Ingresso na vida estudantil

(Idade)

Descreva os motivos que o levaram

a cursar a EJA

Obs. A tabela servirá para levantamento de dados a serem utilizados na produção

do artigo, a ser escrito para a conclusão do PDE (Programa de Desenvolvimento

Educacional).

3º Momento: Debate. Após o preenchimento da tabela acima realizar o debate em

sala de aula para conhecimento da trajetória de vida dos alunos, em especial sobre

a vida estudantil deles.

7º Encontro:

Roda de contação de histórias.

Junto com os alunos e o professor será realizada a roda de contação de

histórias. A mesma será fotografada e filmada.

A atividade será realizada com pessoas que residem no Município desde a

década de 1950 e familiares de alunos que participaram da narrativa da atividade do

seminário bem como das pesquisas desenvolvidas em sala de aula.

A contação de histórias tem como principal objetivo fazer com que alunos da

EJA, a partir de suas memórias, se percebam como sujeitos da história local,

compreendendo o estudo da História como produção de conhecimentos, que

contribui na formação de sujeitos críticos.

Para a realização da atividade será seguido um roteiro pré-elaborado que

servirá de aporte para as narrativas que os participantes farão sobre a história de

vida deles desde a vinda da família até o presente momento.

A roda de contação servirá de acervo histórico para as futuras gerações,

sendo filmada e arquivada no Colégio.

8º Encontro:

1º Momento: Com base na atividade de contação de histórias, os alunos,

juntamente com a professora, farão a análise das narrativas e produzirão cartazes

sobre a atividade.

2º Momento: Os cartazes serão expostos nas dependências do colégio.

9º Encontro:

Produção e edição do documentário audiovisual da atividade de contação de

histórias para ser guardada no colégio.

ANEXO 01

ROTEIRO DAS PERGUNTAS PARA A RODA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS.

1) Em que ano você e a família vieram morar neste município?

2) De onde vieram? Por que mudaram para cá? Como foi a chegada? Estrada?

Residência? Segurança? Como foram os primeiros tempos? – Fale um pouco

da trajetória até chegar a Santa Terezinha de Itaipu.

3) Como era o distrito cidade quando vocês chegaram? Gostaram da

localidade? O que chamou mais atenção?

4) Quem era o dono das terras onde vocês vieram morar? De quem foram

compradas? Havia algum documento, escritura, preço....? Vieram como

proprietários da terra? Que outra relação de trabalho vocês tiveram?

5) O que era cultivado?

6) Havia problemas com a documentação dessas ou de outras terras? Lembra-

se de outras pessoas, vizinhos, amigos...? Como se relacionava com os

vizinhos? Como era sua família? Quantos filhos? Quem trabalhava na terra?

7) Qual o papel da Colonizadora Criciúma na ocupação e colonização de Santa

Terezinha de Itaipu? Conhecia seus donos, se relacionava com eles de que

forma?

8) Quem era autoridade: delegado? prefeito? padre? pastor? Quem tinha poder

administrativo? Como a segurança era garantida? Que tipo de perigo/ ameaça

se sofria?

9) O que e como se plantava? Como eram comercializados os produtos? Quais

as condições de sobrevivência?

10) Há algum fato/acontecimento que tenha marcado sua vida? Lembra-se de

algum acontecimento que merece ser destacado?

11) Qual a importância de se conhecer a história do município?

Referências:

ALBERTI, Verena. História oral: a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro:

Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1990.

AZEVEDO, Patrícia Bastos de. Ensino de História e memória social: a

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Financiadora: CNPq. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em:

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em 03/jun./2012.

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1980.

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ESTUDIOSDEL TRABAJO, 7, 2005, Buenos Aires. Anais... Buenos Aires:

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Disponível em www.aset.org.ar/congresos/7/02001.pdf acesso e: 03 de julho de

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LAVERDI, Robson. Tempos diversas vidas entrelaçadas: Relato de

trajetórias itinerantes de trabalhadores no extremo-oeste do Paraná, 1960.

Curitiba: Casa Editorial Tetravento, 2005.

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MEIHY, José Carlos Sebe Bom, Manual de História oral. 3. Ed. Revista

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PARANÁ, Secretária de Estado e Educação – diretrizes Curriculares da

Rede pública de educação básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ Secretaria de Estado da Educação – Resolução Nº 3601/10 de 24

de agosto 2010. Autorização de Funcionamento da EJA. Colégio Estadual Carlos

Zewe Coimbra. Santa Terezinha de Itaipu, 2010.

SANTA TEREZINHA DE ITAIPU – Prefeitura Municipal de Santa Terezinha de

Itaipu. Disponível em <www.stitaipu.pr.gov.br> acesso em 03 de julho de 2012.

SEED – Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra – Relatório Final 1º

Semestre. Santa Terezinha de Itaipu, 1994.

SEED – Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra – Relatório Final 2º

Semestre. Santa Terezinha de Itaipu, 1996.

SEED – Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra – Relatório Final 1º

Semestre. Santa Terezinha de Itaipu, 1997.

SEED – Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra – Relatório Final 2º

Semestre. Santa Terezinha de Itaipu, 2000.

SEED – Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra – Relatório Final 1º

Semestre. Santa Terezinha de Itaipu, 2001.

SEED – Colégio Estadual Carlos Zewe Coimbra – Relatório Final 2º

Semestre. Santa Terezinha de Itaipu, 2006.

SILVA, Sebastião Francisco da. Na Trilha dos Pioneiros. Editora Gráfica

Elza Ltda: Foz do Iguaçu, 1995.

WACHOWICZ, Ruy C. História do Oeste Paranaense. 2. ed. Vicentina:

Curitiba, 1987.

WACHOWICZ, Ruy C. História do Paraná. 3. ed. Vicentina; Curitiba, 1998.