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FICHA TÉCNICA

O Relatório sobre o Desenvolvimento da Economia Portuguesa - 2010 foi produzido para o Gabinete de Estudos da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no quadro mais geral da assistência técnica à sua montagem e funcionamento prestada pela Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados.

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RELATÓRIOS CGD N.º1 DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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1. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) assume, no sistema financeiro português, um papel específico de grande relevância, seja pela sua dimensão como intermediário financeiro global, seja, sobretudo, pela especificidade qualitativa estruturante que lhe é conferida pela sua missão, enquanto instituição de capitais públicos, de contribuir para o desen-volvimento económico, para a competitividade, inovação e internacionalização das empresas portuguesas e para a estabilidade e solidez do sistema financeiro.

As quotas de mercado da CGD na captação de recursos (33,2% dos depósitos de particulares, 15,3% dos depósitos de empresas, em Dezembro 2010) e na concessão de financiamentos (16,4% no crédito a empresas e 26,8% no crédito a particulares, em Dezembro 2010) reflectem, com clareza, a relevância crítica da CGD no sistema financeiro português.

Por outro lado, a CGD é a maior plataforma internacional da Banca Portuguesa com presenças em 24 países, responsáveis por cerca de 80% dos destinos de exportação das empresas portuguesas, reforçada por uma importante rede de bancos correspondentes e por um vasto conjunto de acordos multilaterais com bancos supranacionais como o BEI, o BERD, o IFC, o KFW e o CEB.

Com a maior e mais experiente rede internacional de balcões e gestores, a CGD tem disponibilizado soluções únicas e personalizadas às empresas que interna-cionalizam o seu negócio, permitindo a quem exporta minimizar os riscos da internacionalização e alargar a sua rede de contactos.

2. A CGD encontra-se no coração de uma reforma estrutural decisiva na economia portuguesa.

O ano de 2011 projecta-se como o momento crucial do inevitável processo de ajustamento da economia portuguesa. A superação da actual crise económica e financeira exige uma difícil e exigente combinação de medidas de austeridade, capaz de reduzir as necessidades de financiamento externo e de aumentar a poupança interna, com medidas de promoção do crescimento susceptíveis de melhorar drasticamente a capacidade nacional de gerar riqueza.

Uma forte capacidade empresarial, um enquadramento coerente e rigoroso e uma firme estratégia de acção serão decisivos a Portugal para aprofundar o modelo de crescimento da economia, centrando-o na procura externa e no investimento em bens e serviços transaccionáveis de maior valor acrescentado, apostando nas fileiras onde tem maiores vantagens comparativas e encontra maior potencial de desenvolvimento. Assim, superar os desafios da internacionalização é afirmar o futuro da economia portuguesa.

Enquanto parceiro preferencial das empresas e agentes económicos, a CGD pretende difundir informação útil e pragmática à clarificação das exigências concorrenciais impostas pela globalização e pelo aprofundamento de um mercado interno europeu alargado e integrado monetariamente, contribuindo para a superação de 6 grandes desafios que se colocam à competitividade da economia portuguesa:

ganhos de produtividade e pelas actividades transaccionáveis;

de sinergias empresariais e territoriais específicas para competir à escala global;

produção e venda de bens e serviços com massa crítica internacional;

com maior potencial dinâmico de mercado;

de investigação e desenvolvimento que levam novos produtos ao mercado;

o comércio e o turismo, traduzido em prazos e custos fortemente diminuídos para captação de novos investimentos competitivos.

PREFÁCIO

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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3. A decisão da criação do Gabinete de Estudos da CGD, tomada em 2010, visou construir um centro de competências nas áreas da análise económica e financeira, sectorial e da análise macroeconómica, capaz de contribuir para o planeamento, a concepção estratégica e a tomada de decisões de forma prospectiva, desenvol-vendo também estudos e análises diversificados, contemplando, nomeadamente, as áreas e os mercados geográficos de particular interesse para os empresários portugueses.

O Gabinete de Estudos foi construído na base de uma opção clara por uma es-trutura pequena, optimizada com quadros seniores, apoiada, numa fase inicial, numa parceria de assistência técnica com uma reputada empresa nacional de consultadoria, a Augusto Mateus & Associados. Por outro lado, foi decidido orientar as actividades do Gabinete de Estudos para um número restrito de ob-jectivos estratégicos, onde se destacam o contributo para o desenvolvimento do negócio internacional e a dinamização da actividade junto das PMEs, através de novas capacidades de estudo e análise a nível sectorial.

O Gabinete de Estudos pretende, assim, ser um centro de competências capaz de se apropriar, produzir e difundir “inteligência” com valor para os processos de tomada de decisão, seja a nível da CGD, seja como instrumento à disposição dos agentes económicos, projectando a CGD no mundo do conhecimento.

Por isso, o Gabinete de Estudos tende a produzir, progressivamente, vários do-cumentos, como notas de conjuntura, notas temáticas, briefings e fact-sheets e anualmente, um documento de referência sob a designação de “Relatórios CGD”.

4. O primeiro número dos “Relatórios CGD” é o “Relatório sobre o Desenvolvimento da Economia Portuguesa – 2010” agora apresentado e foi elaborado pela Augusto Mateus & Associados, no âmbito da citada parceria. Em particular, ao Professor Augusto Mateus desejo manifestar o meu grato apreço pela profundidade e qualidade que, a meu ver, este Relatório reflecte.

Conhecer os riscos e as potencialidades do actual regime macroeconómico mun-dial é uma ferramenta suplementar para as empresas que concorrem diariamente à escala global. O Relatório sobre o Desenvolvimento da Economia Portuguesa é, pois, dirigido à “economia real” e à contextualização das decisões estratégicas que empresários e investidores nacionais têm pela frente.

Fernando Faria de Oliveira4 de Maio de 2011

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INTRODUÇÃO

I. A EVOLUÇÃO DE MÉDIO PRAZO DA ECONOMIA PORTUGUESA (2000-2010)

1. O QUADRO EUROPEU E INTERNACIONAL GLOBALIZAÇÃO E MUDANÇA ESTRUTURALQuatro tendências pesadas de mudança

1.1. ECONOMIA MUNDIAL FORMAÇÃO DE UMA NOVA “GEOGRAFIA” COMPETITIVA A aceleração do processo de globalização Os novos protagonistas do comércio mundial A passagem de testemunho do “Atlântico” para o “Pacífico” O reforço do “motor” financeiro na globalização empresarial O aprofundamento da dispersão dos ritmos de crescimento económico

1.2. ECONOMIAS EUROPEIAS CONSOLIDAÇÃO DE UM NOVO REGIME MACROECONÓMICO A Europa alargada numa «geometria variável» de participação na globalização A diferenciação da restrição externa na Europa alargada

2. O QUADRO NACIONAL NOVOS DESAFIOS E EXIGÊNCIAS ACRESCIDASA necessária reorientação das políticas e das escolhas dos agentes

2.1. O DESEMPENHO MACROECONÓMICO A ECONOMIA PORTUGUESA NO CONTEXTO EUROPEU Consumo, investimento e exportações Os modelos económicos da Europa do Sul em dificuldade O primado da “preferência pelo presente”

2.2. A CONVERGÊNCIA EUROPEIA DA ECONOMIA PORTUGUESA A ARTICULAÇÃO ENTRE CONVERGÊNCIA NOMINAL E REAL Uma base microeconómica para os desequilíbrios globais Convergência mais rápida no consumo

2.3. A EVOLUÇÃO DA COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA PORTUGUESA O AVANÇO DAS DISPARIDADES ENTRE AS ACTIVIDADES “DOMÉSTICAS” E “INTERNACIONAIS” A competitividade da economia portuguesa A diferenciação dos ajustamentos nas actividades “domésticas” e “internacionais” A evolução do padrão de especialização na economia portuguesa

II. EVOLUÇÃO RECENTE E PERSPECTIVAS PARA A ECONOMIA PORTUGUESA

1. A ACUMULAÇÃO DE DIFICULDADES NA INSERÇÃO INTERNACIONALO IMPACTO DA CRISE ECONÓMICA E FINANCEIRA E DO ALARGAMENTO DA UNIÃO EUROPEIAUma crise económica e financeira de dimensão global que desafia a Europa e o euroUm alargamento da UE que desafia as vulnerabilidades da economia portuguesa

2. OS DESAFIOS DA ECONOMIA PORTUGUESAGERIR A LIGAÇÃO ENTRE AUSTERIDADE E CRESCIMENTOOs avanços em direcção a uma agenda efectiva de reformas estruturais A eficácia na consolidação orçamental como exigência imediataA promoção da competitividade como tarefa central no médio prazo

ÍNDICE

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ABREVIATURAS E CONVENÇÕES UTILIZADAS

ASEAN 5: Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietname

BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China

Países da Coesão: Espanha, Grécia, Portugal e Irlanda

Mar Negro: Bulgária, Roménia, Turquia e Ucrânia

PECO: Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Polónia e República Checa

Norte de África: Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egipto

NPI Ásia 4: Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura e Taiwan

UEM: União Económica e Monetária

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O Relatório sobre o Desenvolvimento da Economia Portuguesa surge numa con-juntura dominada por uma crise económica e financeira de dimensões muito re-levantes e que revela um mundo em mudança acelerada onde se vão produzindo choques, rupturas e reformas a um ritmo sem precedentes e onde a incerteza se instalou duradouramente, questionando a sustentabilidade das principais institui-ções económicas e sociais construídas ao longo das últimas décadas1.

O Relatório sobre o Desenvolvimento da Economia Portuguesa pretende ser um instrumento de sistematização de informação relevante e de orientação da sua transformação em conhecimento útil e pragmático sobre a evolução da economia portuguesa, na perspectiva de estruturas, de comportamentos e de agentes que determinam a criação de riqueza, isto é, da “economia real”.

O Relatório sobre o Desenvolvimento da Economia Portuguesa pretende, tam-bém, contribuir para um tratamento mais abrangente dos desafios da economia portuguesa, procurando situá-los directamente na evolução da economia mundial e analisar, desse modo, as condições e o desempenho da sua participação no processo de construção europeia e na globalização, isto é, valorizando a interna-cionalização da economia portuguesa como questão estratégica do seu próprio desenvolvimento.

O Relatório sobre o Desenvolvimento da Economia Portuguesa privilegia uma lei-tura do desenvolvimento económico construída a partir das dinâmicas de compor-tamento das famílias e das empresas e, mais especificamente, dos consumidores e dos investidores, e da sua articulação com as formas de regulação dos mercados e com a orientação e organização das políticas públicas, procurando analisar e evidenciar as grandes tendências de evolução no médio e longo prazo, as altera-ções conjunturais em curso e os impactos expectáveis no andamento previsível da economia portuguesa no curto prazo.

O Relatório sobre o Desenvolvimento da Economia Portuguesa corresponde, final-mente, a uma iniciativa do Grupo CGD, em plena sintonia com o papel específico que assume no sistema financeiro português, especialmente no que se refere à dimensão qualitativa que lhe é conferida pela sua missão, enquanto instituição pública, de contribuir para a estabilidade e solidez do sistema financeiro, para o desenvolvimento económico do país e para a competitividade, inovação e interna-cionalização das empresas portuguesas.

A organização do Relatório sobre o Desenvolvimento da Economia Portuguesa desdobra-se em duas grandes partes.

A primeira parte corresponde a um corpo central, de natureza analítica, onde se apresentam os principais elementos de compreensão da situação da economia portuguesa na tripla dimensão das tendências de médio prazo observadas, do desempenho mais recente e das suas perspectivas de evolução previsível no curto prazo.

A segunda parte corresponde a um anexo estatístico onde se organiza um sis-tema de indicadores que permite, para setenta e cinco economias dos principais blocos regionais em que se vai estruturando a economia mundial – incluindo todas as economias relevantes para a internacionalização da economia e das empresas portuguesas – uma base criteriosa de observação do respectivo desempenho e po-sicionamento em matéria de globalização, competitividade, ciência & tecnologia, capital humano e sustentabilidade.

1 O presente relatório ficou concluído em 31 de Janeiro de 2011. O tempo de preparação da sua edição e divulgação possibilitou, no entanto, a incorporação nas perspectivas de evolução macroeconómica da informação disponibilizada pelas diferentes autoridades e instituições na-cionais e internacionais até ao final de Março.

INTRODUÇÃO

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I.A EVOLUÇÃO DE MÉDIO PRAZO DA ECONOMIA PORTUGUESA (2000-2010)

As características da situação actual da economia portuguesa, bem como as pers-pectivas da sua evolução previsível no futuro próximo, não podem ser entendidas sem um enquadramento rigoroso no contexto de crise e de transformação re-sultante, nomeadamente, do aprofundamento da globalização dos mercados, da aceleração do crescimento nas grandes economias emergentes e da manifestação de novos problemas de governação económica na Europa alargada, associados, em parte, aos desafios colocados por tendências demográficas menos favoráveis e pela tomada de responsabilidades acrescidas no plano ambiental.

A análise do desempenho da economia portuguesa não pode ser concretizada noutro contexto que não seja o do seu envolvimento nos processos de construção europeia e de globalização, isto é, o de uma economia aberta sujeita a pressões concorren-ciais, regulamentares e políticas externas que condicionam, positiva e negativamente, as suas escolhas e realidades internas.

A análise da economia portuguesa no ciclo 2000-2010 exige o enquadramento prévio e rigoroso na própria evolução da economia mundial e das economias eu-ropeias para evitar os enviesamentos que resultariam de um olhar excessivamente centrado nas realidades nacionais.

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Globalização e Mudança EstruturalA primeira década do século XXI termina como um ciclo de profundas perturbações e transformações das economias e das sociedades à escala mundial. Acumula duas relevantes recessões (2001-2003 e 2008-2009) e uma crise económica e financeira de natureza global que seguramente marcará, pelo menos, a primeira metade da segunda década enquanto “palco” de uma lenta e complexa reestruturação dos modelos de organização das empresas, das fontes de criação de riqueza, das formas de regulação dos mercados, dos critérios de condução das políticas económicas e dos níveis e áreas de protecção social.

A segunda metade do século XX produziu uma época de forte crescimento nos es-paços económicos mais desenvolvidos do “Norte” (EUA, CEE, Japão) que permitiu reduzir as disparidades sociais internas com base em políticas públicas redistributi-vas, mais ou menos ambiciosas de base nacional, ainda que com resultados ambien-tais negativos, ao nível da conservação da natureza e da própria sustentabilidade do planeta.

O ciclo longo dos “anos gloriosos” do crescimento foi dando lugar a ciclos de anos “outonais” cada vez mais extensos (entrecortados por breves “primaveras”), caracterizados por dificuldades crescentes que, parecendo primeiro ser meramente temporárias, se converteram progressivamente em ameaças estruturais sobre os próprios níveis de bem-estar e coesão social alcançados.

A transição para o século XXI representa bem mais que uma conjuntura económica, configurando um momento relevante de transformação económica, social e institu-cional de alcance planetário.

Quatro tendências pesadas de mudançaAs principais tendências em acção nesta primeira década do século XXI, com im-pacto relevante nas economias e nas sociedades, são marcadas pela conjugação de um conjunto de transformações que criaram um novo quadro global de funcio-namento e onde importa destacar:

“motor” do crescimento económico à escala mun-dial, polarizado pelas grandes economias emergentes e pela grande região do Pacífico, que vai cavando um fosso crescente de dinamismo em relação ao mundo industrializado e à grande região do Atlântico Norte.

O ritmo de crescimento das economias emergentes2 conheceu na década 2001-2010 uma forte aceleração (6,1%), em contraste com a forte desacele-ração das economias avançadas (1,6%), quando, na década 1991-2000, não tinha superado significativamente o das economias avançadas (3,6% e 2,8%, respectivamente).

Esta “desconexão” dos ritmos de crescimento à escala mundial, com as econo-mias mais avançadas a “ficar para trás”, constitui um fenómeno novo que gera novos e profundos desequilíbrios mundiais no acesso aos recursos, materiais e humanos, aos rendimentos e às poupanças, que contribuem para aumentar a volatilidade e a incerteza das variáveis económicas e para alimentar novas for-mas de insegurança política e social.

cidades como elemento estruturante dominante dos modos de produção e de consumo e dos próprios estilos de vida, em articulação com a con-solidação dos serviços como grande sector empregador e com a difusão da utiliza-ção das tecnologias de informação numa era de comunicação de massa global de notícias, conteúdos e produtos, geradora de novos movimentos de uniformização e diferenciação, que se vai expandindo territorialmente à escala planetária.

A população urbana promete alcançar os 70% da população mundial antes de 2050, depois de ter passado os 50% na segunda metade da presente década, com o contributo relevante das megacidades (mais de 10 milhões de habitantes) de formação mais recente no mundo emergente (como Istambul, Cairo, Lagos, São Paulo, Buenos Aires, México, Manila, Jacarta, Shangai, Pequim, Seoul, Deli, Karachi ou Mumbai).

2 Utiliza-se aqui a definição do FMI que integra as seguintes economias: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Turquia, Malásia, Filipinas, Tailân-dia, Indonésia, México, Venezuela, Colômbia, Perú, Chile, Polónia, Hungria, Bulgária, Estónia, Letónia e Lituânia.

1. O QUADRO EUROPEU E INTERNACIONAL

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Esta generalização da urbanização vai gerando novos problemas e desafios de mo-bilidade e de sustentabilidade e abrindo novas oportunidades de articulação entre produção e consumo de bens, serviços, informação, conteúdos e energia.

envelhecimento da população nas socieda-des mais industrializadas, gerando uma demografia muito menos favorável ao crescimento económico e favorecendo novos e diversificados fluxos migratórios.

A esperança média de vida à nascença, que, no final da década de 60 do século XX, se situava nos 70 anos, avizinha-se hoje dos 80 anos e aproximar-se-á dos 85 anos em 2050. O peso da população com mais de 65 anos, que se situava, no final da década de 60 do século XX, abaixo dos 10%, avizinha-se hoje dos 20% e ultrapassará os 25% em 2050.

O envelhecimento da população vai questionando abertamente não só a sustenta-bilidade financeira dos modelos de protecção social, como a própria organização e duração dos ciclos de “actividade” (educação, emprego, reforma), gerando, ao mesmo tempo, novos valores e modelos de referência (aprendizagem ao longo da vida, diferenciação entre trabalho e emprego, mobilidade territorial acrescida).

recursos naturais à margem de um quadro de desenvolvimento sustentável3, pressionando os orçamentos públicos com responsabilidades de médio e longo prazo associadas à promoção de novos bens e serviços públicos “ambientais”, muitos deles de natureza global, e à correcção e mitigação dos custos ambientais do crescimento económico do passado recente.

O século XXI assistirá, com elevada probabilidade, quer ao definhamento da “economia do carbono”, quer à adopção de novas lógicas de gestão da uti-lização dos recursos não renováveis, isto é, ao surgimento de um novo rela-cionamento entre a “economia” e o “ambiente” com consequências muito profundas na afectação dos recursos públicos e privados.

O sentido do impacto económico e social destas mudanças não está definido, abrindo-se quer a possibilidade de uma aliança positiva entre a conservação da natureza e da biodiversidade e o controlo estratégico sobre os “custos da humanidade” sem questionar, como agora, as várias dimensões da equidade inter-geracional, quer a possibilidade um encadeamento entre a travagem do ritmo de crescimento económico e o agravamento das desigualdades com con-sequências negativas no nível de vida.

O que sabemos é que esta tendência, que, por enquanto, se exprime mais na percepção da inevitabilidade da adopção de medidas correctivas do que na (re)invenção dos modelos energético, de mobilidade e de produção que moldam os estilos de vida das sociedades modernas, se vai abrindo a novas actividades ge-radoras de emprego e riqueza e vai, também, obrigando a reestruturações, mais ou menos profundas, da generalidade das actividades económicas estabelecidas.

A formação de uma nova “geografia” competitivaA globalização, entendida como uma “integração em profundidade” à escala mundial, não só dos mercados, como das próprias economias, instituições e com-portamentos, originou, em especial ao longo das últimas duas décadas, a forma-ção de uma nova “geografia” competitiva na economia mundial.

Trata-se de uma profunda alteração das condições de concorrência e de competi-tividade enfrentada pelos tecidos empresariais das diferentes economias nacionais e regionais, sobretudo no que respeita à estruturação das cadeias de aprovisio-namento e à localização das actividades parciais de transformação, com reflexos muito importantes no nível e no conteúdo do emprego.

1.1. ECONOMIA MUNDIAL

3 O referencial que aqui se evoca para a questão da sustentabilidade acompanha a clarificação conceptual ensaiada no relatório da Comissão criada pela Presidência da República Franc-esa para o estudo da medida do desempenho económico e do progresso social: “Sustain-ability poses the challenge of determining whether we can hope to see the current level of well-being at least maintained for future periods or future generations, or whether the most likely scenario is that it will decline. It is no longer a question of measuring the present, but of predicting the future, and this prospective dimension multiplies the dif-ficulties ...” (Stiglitz, J., Sen, A. e Fitoussi, J.-P. (2009), pp. 61).

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A aceleração do processo de globalização A aceleração do processo de globalização produziu-se, depois de cerca de três décadas de crescimento económico rápido e regular no mundo industrializado do “Norte” (América, Europa comunitária e Japão), na saída da segunda guerra mundial, e de cerca de duas décadas de ajustamentos aos problemas de inflação, desemprego e défice externo, saídos do fim do sistema monetário internacional de Bretton-Woods (dólar convertível e câmbios fixos) e suscitados pelos “choques petrolíferos”, sobretudo ao longo das duas últimas décadas, com a conjugação do alargamento substancial do espaço do crescimento económico, com a emergência de fenómenos de industrialização e terciarização no mundo emergente do “Sul” e com a formação de empresas, mercados e processos de “encontro” entre poupan-ça e investimento, entre oferta e procura e entre aprovisionamento e distribuição verdadeiramente mundiais (cf. Gráfico I.1.).

GRÁFICO I.1.A ACELERAÇÃO DA GLOBALIZAÇÃO NAS DUAS ÚLTIMAS DÉCADASO AVANÇO DA INTEGRAÇÃO ECONÓMICA EM PROFUNDIDADE NA ECONOMIA MUNDIAL AO LONGO DOS ÚLTIMOS 60 ANOS (1950-2009)

A aceleração da globalização também contou com uma sucessão de processos de aceleração do crescimento económico e de convergência rápida que transformaram qualitativamente a própria natureza da economia mundial e alargaram substancial-mente a dimensão e diversidade dos espaços económicos e sociais plenamente inte-grados nas suas dinâmicas de investimento, produção, comércio e consumo.

Os principais momentos desta profunda transformação da economia mundial fo-ram moldados, pela convergência da Alemanha e do Japão com os níveis de vida e produtividade dos Estados Unidos da América nos anos de crescimento do pós---guerra, pela experiência conseguida dos “novos países em industrialização” no leste asiático (Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura e Taiwan), já em pleno pro-cesso de ajustamento aos choques do petróleo, pela segunda vaga de industriali-zação recente nas cinco economias da ASEAN, que prolongaram e consolidaram, uma geração depois, essa mesma experiência, pelo relançamento da construção europeia que conduziu à criação do maior e mais aberto mercado interno no mun-do desenvolvido e, finalmente, pela entrada em “cena” da China e pelo “emer-gir” de grandes economias, como a Rússia, o Brasil e a Índia, para processos de reestruturação fortemente potenciadores do seu crescimento económico.

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), International Trade Statistics.

PESO DAS EXPORTAÇÕES TOTAIS NO PIB MUNDIAL(Evolução em volume, 1986=100)

PESO DAS EXPORTAÇÕES DE MANUFACTURAS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL MUNDIAL(Evolução em volume, 1986=100)

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A aceleração mais recente da globalização tem sido moldada por três grandes princípios ou referências para as estratégias e para os comportamentos dos gran-des protagonistas empresariais, que se articulam, de forma mais ou menos com-pleta, de forma mais ou menos equilibrada, nas cidades, regiões e países mais intensamente envolvidos:

desintegração vertical, ancorado no desdobramento das actividades de produção e de distribuição em cadeias de valor globais ou, pelo menos, “continentalizadas”. Empresas transnacionais ou, pelo menos multi-mercado, vão optimizando custos e tempos de resposta às necessidades dos mercados através de sucessivas deslocalizações e relocalizações dessas mesmas actividades parciais e subordinadas, acompanhando as oportunidades abertas pelas sucessivas vagas de economias emergentes.

diferenciação territorial, ancorado na afirmação de sinergias ter-ritoriais específicas, potenciadas pela combinação de economias de aglomeração e de especialização alicerçadas em estratégias regionais suficientemente diferencia-das e descentralizadas, mas não fragmentadas. Os factores não custo da competi-tividade ganham peso determinante na produção para o mercado mundial de bens transaccionáveis diferenciados segundo formas de concorrência monopolística.

modularidade, ancorado na capacidade de partilha de refe-rências e de códigos científicos e tecnológicos, por empresas e instituições de I&D, num quadro de orientação pelo futuro – “forward-looking”. Inovadores e integradores vão dando corpo a novas formas de produção global (“made in world”) de produtos que chegam aos mercados através de cadeias de activi-dades polarizadas pela mobilização do conhecimento no quadro de lógicas de dominante técnica e comercial.

Na mais recente aceleração da globalização, o elemento central de transformação qualitativa é fornecido pela progressiva interpenetração entre comércio, investi-mento e produção internacional, que conheceu um importante aprofundamento em especial ao longo da última década (cf. Quadro I.1.).

Esta progressiva interpenetração veio alterar profundamente a configuração e as pró-prias condições de regulação dos mercados e gerar novas pressões concorrenciais sobre a estabilidade dos empregos. É especialmente evidenciada pelo crescimento bastante mais rápido da produção internacionalizada em relação às próprias exportações, isto é, pela progressiva exploração de diferentes “princípios” de globalização numa lógica de crescente valorização dos mercados e das procuras, locais e regionais, muito para além da mera utilização de vantagens no acesso aos recursos humanos e materiais.

QUADRO I.1. COMÉRCIO, INVESTIMENTO E PRODUÇÃO INTERNACIONALUMA PROGRESSIVA E RÁPIDA INTERPENETRAÇÃO DAS TRÊS REALIDADES(mil milhões dólares)

1990 2001 2009(*)COMÉRCIO INTERNACIONAL PIB mundial 22.121 32.400 60.766Exportações bens e serviços 4.414 7.458 19.866(em % do PIB mundial) 20,3 23,0 32,7

INVESTIMENTO INTERNACIONALStock Investimento Directo Estrangeiro 2.082 6.944 17.743(em % do PIB mundial) 9,4 21,6 32,2Investimento (FBCF) mundial 5.099 6.477 13.822Fluxo Investimento Directo Estrangeiro 208 805 1.171(em % da FBCF mundial) 4,7 9,7 14,0

PRODUÇÃO INTERNACIONALIZADA(filiais externas das empresas internacionais)PIB 1.477 2.571 5.812(em % do PIB mundial) 6,7 7,9 10,6Exportações 1.498 2.487 5.186(em % das Exportações mundiais) 33,9 33,3 33,0Vendas (**) 6.026 11.166 29.298(em % das Exportações mundiais) 136,5 149,7 186,4Emprego (milhões) 24,5 44,6 79,8

(*) Os indicadores relativos às exportações são cal-culados para o ano de 2008 para permitir uma leitura não enviesada pela forte quebra verificada no comér-cio internacional no primeiro semestre de 2009.

(**) As vendas das filiais das empresas internacion-ais englobam, para além das exportações para out-ros mercados, as vendas realizadas nos mercados domésticos onde operam e que se revelam ainda mais dinâmicas.

Fonte: Cálculos próprios com base em UNCTAD (2010), World Investment Report.

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A economia mundial estrutura-se cada vez mais numa articulação entre investi-mento, produção e comércio internacionais, integrando e sincronizando espaços económicos, sociais, políticos e institucionais diversificados com base em múltiplos processos, isto é, estrutura-se cada vez mais como um sistema mais complexo e sujeito a níveis de incerteza e instabilidade mais elevados (pela diversificação das suas “partes” e pelo aumento da respectivas interacções) que, desse modo, vai colocando novos desafios de regulação e cooperação à escala supranacional.

Os novos protagonistas do comércio mundialA evolução do comércio mundial, sobretudo depois da viragem para o século XXI e da entrada da China na Organização Mundial do Comércio, regista uma profunda mutação com a crescente afirmação de um núcleo limitado de economias emer-gentes, com especial destaque para os seguintes casos:

-cional, se destaca a especialização, da primeira, numa esfera alargada de “fabrica-ção”4 e a especialização, da segunda, numa articulação específica de produção e utilização de tecnologias de informação e comunicação em serviços intensivos em recursos humanos, que se vão alargando, progressivamente, a produtos baseados em tecnologia e conhecimento;

uma dimensão industrial relevante, se destacam as especializações intensivas em recursos naturais associados às cadeias energética5 e alimentar, que representam, respectivamente, cerca de 58% e de 63% (2/3 das quais para a União Europeia) das suas exportações totais;

a Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia) onde uma combinação espe-cífica de baixos salários e elevados níveis de educação vai gerando um relevante potencial competitivo e uma forte atractividade para o investimento internacional e permitindo a expansão territorial da base produtiva exportadora centrada na Ale-manha reunificada que se vai consolidando como a maior economia europeia;

Tailândia e Vietname) que, depois da experiência do primeiro grupo de “novos países em industrialização” (Coreia do Sul, Hong-Kong, Taiwan e Singapura), vão configurando uma espécie de segunda vaga de industrialização recente, ofere- cendo uma base mais alargada para uma significativa densificação de relações empresariais no sudeste asiático com uma relevante participação das empresas japonesas;

-nomias do Norte de África que, de forma menos notada, mas não menos efectiva, têm vindo, igualmente, a emergir como parceiros comerciais relevantes e dinâmi-cos no contexto da economia mundial.

O grande sinal que marcou a consolidação desta nova geografia do comércio mundial de mercadorias foi dado, sem dúvida, pela chegada da China ao primeiro lugar do ranking dos países exportadores, depois de ter ultrapassado, primeiro, os Estados Unidos em 2007 e, depois, a Alemanha em 2009, alcançando um valor não muito distante do total das exportações extracomunitárias da UE 27 (cf. Gráfico I.2.).

4 O rápido desenvolvimento industrial em curso na China abrange uma gama muito alargada de actividades, produtos e níveis tecnológicos, gerando empresas que já alcançaram dimen-sões, em activos e vendas e uma capacidade concorrencial comparável à dos “gigantes” em-presariais da Europa, da América e do Japão.

Com efeito, a China já tem 46 empresas nas 500 maiores à escala mundial, só atrás do Japão (71) e dos Estados Unidos (139), e já à frente da França (39), da Alemanha (37) e do Reino Unido (30). A totalidade das seguintes empresas chinesas faz parte da mais recente lista das 500 maiores empresas globais da Fortune:

-dos e mais de 165 mil milhões de dólares em doze países) e a Sinopec (635 mil empregados e mais de 185 mil milhões de dólares de vendas) que, actuando no petróleo, gás e energia, pertencem ao grupo das 10 maiores empresas mundiais;

(390 mil empregados e mais de 250 mil milhões de dólares de vendas), actuando no sector da aeronáutica onde, consumados acordos com a Airbus e a Boeing, tudo indica que se venha a converter no terceiro grande “player” mundial com o lançamento, ainda na presente década, de concorrente directo do A320 e do B737);

-dos e mais de 50 mil milhões de dólares de ven-das) actuando na construção e obras públicas com presença em mais de 50 países, a Sinochem (45 mil empregados e mais de 35 mil milhões de dólares de vendas) na petroquímica e a Baosteel, principal grupo siderúrgico chinês (110 mil empregados e vendas de cerca de 30 milhões de dólares associa-das, nomeadamente, ao fornecimento dos merca-dos europeu, norte-americano e japonês);

mil milhões de dólares de vendas) e a China FAW Group (85 mil empregados e mais de 30 mil milhões de dólares de vendas), ambas no sector automóvel;

-dos e mais de 70 mil milhões de dólares de vendas), a China Telecom (495 mil empregados e mais de 35 mil milhões de dólares de vendas) e a Huawei Technologies (95 mil empregados e mais de 20 mil milhões de dólares de vendas), actuando nas tel-ecomunicações e nas tecnologias de informação e comunicação (TIC).

Muitas outras empresas poderiam ainda ser referi-das como a Haier (na electrónica de consumo onde já se converteu num dos principais fabri-cantes de “produtos brancos”) ou a Shangai Elec-tric (principal produtor chinês de bens de equipa-mento, com cerca de 10 mil milhões de dólares de vendas, em especial de máquinas-ferramentas e de equipamentos de transportes e energia).

5 O sector energético (petróleo e gás) é o grande responsável pelas grandes empresas nestas econo-mias com destaque para a Petrobras (77 mil em-pregados e mais de 90 mil milhões de dólares de vendas), no Brasil, e para a Gazprom (385 mil em-pregados e 95 mil milhões de dólares de vendas) e a Lukoil (145 mil empregados e cerca de 70 mil milhões de dólares de vendas), na Rússia.

Na própria Índia, só o conglomerado de activi-dades do grupo Tata (395 mil empregados e cer-ca de 70 mil milhões dólares de vendas, maiori-tariamente realizadas nas operações exteriores em mais de 80 países) se sobrepõe às duas princi-pais empresas, a Indian Oil (35 mil empregados e cerca de 55 mil milhões de dólares de vendas) e a Relliance Industries (25 mil empregados e mais de 40 mil milhões de dólares de vendas), ambas actuando no sector do petróleo e da energia.

O mundo emergente, embora já coloque 93 empre-sas nas 500 maiores à escala mundial, em grande parte à custa da China (46), ainda não adquiriu, no entanto, ao nível empresarial e microeconómico, a relevância já alcançada ao nível dos fluxos inter-nacionais de comércio e de investimento (nas 50 maiores empresas mundiais só encontramos 3 em-presas do mundo emergente, todas do sector da energia, petróleo e gás, 2 chinesas nas 10 maiores e a Gazprom da Rússia no lugar 50).

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GRÁFICO I.2.A CONFIGURAÇÃO DO COMÉRCIO MUNDIAL DE MERCADORIASCLIVAGEM NAS DINÂMICAS DAS ECONOMIAS INDUSTRIALIZADAS E EMERGENTES

No que respeita às quotas de exportação de mercadorias, a economia mundial é actualmente palco de uma clivagem que parece ser duradoura entre as dinâmicas regressivas das principais economias industrializadas ou em industrialização menos recente - a que apenas escapam, em termos de grandes protagonistas, a Alema-nha e a Holanda - e as dinâmicas fortemente progressivas em todos os espaços económicos emergentes, com especial destaque para o “Mar Negro”, a Índia, os “PECO” e, sobretudo, a China.

A configuração do comércio mundial de serviços, embora evidencie as grandes tendências associadas ao forte crescimento das economias emergentes, constitui um terreno onde se desenvolvem fenómenos adicionais (cf. Gráfico I.3.).

NPI Ásia-4: Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura e Taiwan; ASEAN-5: Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietname; “Coesão”: Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal; “Peco”: Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Polónia e República Checa; Norte África: Argélia, Egipto, Líbia, Marrocos e Tunísia; “Mar Ne-gro”: Bulgária, Roménia, Turquia e Ucrânia.

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), International Trade Statistics.

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GRÁFICO I.3.A CONFIGURAÇÃO DO COMÉRCIO MUNDIAL DE SERVIÇOSO MUNDO EMERGENTE CRESCE MAS AINDA NÃO É PROTAGONISTA

A natureza qualitativa da evolução da geografia mundial do comércio de serviços é bem diferenciada em relação ao comércio de mercadorias. Esta diferenciação advém da diversidade dos principais serviços transaccionáveis (serviços financeiros, transportes, viagens e turismo e serviços associados à informação e computadores) e da generalização dos processos de terciarização e urbanização das economias e das sociedades modernas, onde o mundo mais avançado possui vantagens com-petitivas mais fortes e consolidadas que nas actividades primárias e secundárias.

No que respeita às quotas de exportação de serviços, a economia mundial regis-ta actualmente um processo mais lento de reestruturação. O mundo emergente assume uma relevância bem menor e assiste-se, sobretudo, ao desenvolvimento de dinâmicas diferenciadas de transformação dos padrões de especialização das economias nacionais.

Embora através de ritmos e trajectórias bastante diversos, as economias mais desenvolvidas revelam uma capacidade de consolidação do seu potencial económico, equilibrando processos de “desindustrialização” com processos de terciarização associados à generalização da utilização das tecnologias de informação e co-nhecimento, à intensificação da mobilização do conhecimento e da tecnologia para as actividades produtivas e ao desenvolvimento de serviços financeiros e logísticos avançados.

NPI Ásia-4: Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura e Taiwan; ASEAN-5: Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietname; “Coesão”: Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal; “Peco”: Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Polónia e República Checa; Norte África: Argélia, Egipto, Líbia, Marrocos e Tunísia; “Mar Ne-gro”: Bulgária, Roménia, Turquia e Ucrânia.

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), International Trade Statistics.

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Já as economias emergentes revelam uma capacidade mais limitada de desenvolvi-mento autónomo dos serviços, afirmando-se, nesta fase, no terreno complementar do acompanhamento das actividades de suporte à internacionalização produtiva e no desenvolvimento de novos destinos turísticos onde, no entanto, a Europa conti-nua a ocupar uma posição maioritária.

A evolução da configuração do comércio internacional de serviços na primeira década do século XXI faz ressaltar, neste contexto, dois aspectos essenciais:

pertence à Índia seguida da Rússia, e em ambos os casos a um ritmo ainda supe-rior ao verificado nas mercadorias. A China, apesar de surgir em terceiro lugar, não deixa de apresentar um apreciável ganho de quota, ao contrário dos blocos regionais mais especializados na fabricação internacionalizada (“PECO”), ou juntando à fabricação internacionalizada as exportações energéticas primárias (“Mar Negro”), com muito menor dinamismo no comércio de serviços;

pertence aos “Países da Coesão” (em função da especialização turística de Es-panha, Grécia e Portugal e, sobretudo, da especialização da Irlanda nos serviços mais intensivos em informação e conhecimento), a um ritmo muito próximo do alcançado pelos “PECO” seguidos pela Alemanha. Todas as restantes economias e espaços económicos relevantes registam perdas de quota de mercado mais ou menos intensas, com destaque para a economia norte-americana que não deixa de liderar confortavelmente o ranking dos exportadores de serviços com uma quota ainda de cerca do dobro dos seus mais imediatos “perseguidores” (Reino Unido e Alemanha).

A passagem de testemunho do “Atlântico” para o “Pacífico”A aceleração da globalização fez-se, também, através de um “terramoto” relativamente silencioso na geografia das origens e dos destinos dos principais fluxos de exportação e importação e que consumou a consolidação da região do “Pacífico” como principal pólo dinâmico na produção e comércio à escala mundial.

A profunda transformação da geografia do comércio mundial fez-se, em grande parte, à custa dos espaços e fluxos que tinham liderado o crescimento económico mundial desde o final da segunda guerra mundial. Entre 2000 e 2009, as perdas acumuladas no comércio entre a “tríade” constituída por EUA, pelo espaço central da União Europeia e Japão atingiram 9,4% do comércio mundial, ascendendo a cerca de 800 mil milhões de dólares.

A profunda transformação da geografia do comércio mundial fez-se, também, pela conjugação de um efeito de substituição de comércio nos grandes merca-dos americano e europeu com um efeito de criação de comércio associado às interacções de produção e consumo nos pólos asiáticos. Entre 2000 e 2009, os ganhos acumulados no comércio, quer entre a China, os Estados Unidos e a União Europeia, quer entre os principais pólos asiáticos China-Japão-ASEAN, atingiram ambos cerca de 3,9% do comércio mundial, ascendendo no seu conjunto a cerca de 670 mil milhões de dólares6.

A formação de uma nova geografia competitiva na economia mundial já não cons-titui uma tendência embrionária. É antes uma realidade forte e consistente que alterou, drasticamente em muitos aspectos, o quadro concorrencial e as próprias condições de crescimento económico e de criação e de sustentação de emprego, sobretudo nas economias industrializadas menos consolidadas e mais vulneráveis (cf. Gráficos I.4. e I.5.).

A comparação da realidade da União Europeia com a da economia norte-ameri-cana revela, nomeadamente com a China, uma dinâmica comercial progressiva mais forte e potencialmente mais desequilibrada. O espaço europeu confirma-se como o mais aberto ao comércio internacional de mercadorias, mas não deixa de sugerir uma tendência que, no médio prazo, pode vir a cavar um défice comercial com significado7.

6 O equilíbrio entre perdas e ganhos fez-se com a apreciação do preço relativo dos alimentos, minérios e combustíveis que fizeram crescer, em termos absolutos e relativos, os fluxos associados ao aprovisionamento destas matérias-primas e, portanto, o peso dos respectivos países produ-tores.

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7 Os défices comerciais dos EUA e da UE-27 com a China agravaram-se, entre 1999 e 2009, em 322% e 499%, atingindo, respectivamente, 240,2 e 186,5 mil milhões de dólares.

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GRÁFICO I.4.A NOVA GEOGRAFIA DO COMÉRCIO MUNDIAL DE MERCADORIASA PASSAGEM DE TESTEMUNHO DO “ATLÂNTICO” PARA O “PACÍFICO” COMO PÓLO MAIS DINÂMICO

FLUXOS DE COMÉRCIO POR ORIGENS E DESTINOS EM MIL MILHÕES DE DÓLARES (*)

FLUXOS DE COMÉRCIO POR ORIGENS E DESTINOS EM % DO COMÉRCIO MUNDIAL TOTAL (**)

A comparação da realidade da economia japonesa com a da economia norte- -americana revela, nomeadamente com as principais economias da ASEAN, uma dinâmica comercial regressiva muito mais desequilibrada. Tal sugere uma tendên-cia que, no médio prazo, pode vir a limitar os seus excedentes comerciais8 e revela a complexidade da “arrumação” em curso nas relações económicas entre as dife-rentes economias nacionais no espaço asiático9.

A economia russa e a economia brasileira conseguiram, pelo seu lado, ao longo desta década, acumular excedentes com algum significado no seu relacionamento com todos os quatro grandes pólos da economia mundial (UE 27, EUA, Japão e China)10.

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), International Trade Statistics.

UE - União Europeia, US - Estados Unidos, JP - Japão, CN - China e m-o - Médio Oriente. A UE é tomada como UE-27, a ASEAN é tomada pelos seus 6 principais exportadores (Filipinas, Indonésia, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname).

(*) Os fluxos referem-se a um determinado espaço económico, tratando-se de exportações (X) ou impor-tações (M) para um determinado espaço de origem ou destino. UE-M (china) representa, assim, o fluxo das importações da União Europeia com origem na China e US-X (ue) representa o fluxo das exportações dos Es-tados para a União Europeia.

(**) O comércio total não inclui o comércio “intra”dos principais blocos comerciais (UE, NAFTA, ASEAN, MERCOSUL e Comunidade Andina) e o total corres-ponde à média dos fluxos de importação e exportação.

8 O excedente comercial do Japão com as econo-mias da ASEAN-5, que tinha subido progressiva-mente, registou, entre 2005 e 2009, uma redução de 79,8 para 74,9 mil milhões de dólares.

9 A China articula o seu forte dinamismo exporta-dor com um défice comercial relevante com as economias da ASEAN-5 que, entre 1999 e 2009, se agravou em 297% para alcançar 96,8 mil milhões de dólares, e com uma tendência em definição, também no sentido do défice, com o Japão, com o qual, entre 1999 e 2009, passou de um excedente de 6,3 mil milhões de dólares para um défice de 12,8 mil milhões de dólares.

10 Com efeito, entre 1999 e 2009, o excedente com-ercial da Rússia e do Brasil nas suas relações com estes quatro pólos subiu cerca de 220%, passando de 50,9 para 112,3 mil milhões de dólares.

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Ano 1990 2000 2009Produtos Agrícolas 414 (12,2%) 551 (8,7%) 1.169 (9,2%)Minérios 126 (3,7%) 191 (3,0%) 455 (3,7%)Combustíveis 357 (10,5%) 663 (10,5%) 1.808 (14,8%)Manufacturas 2.398 (70,5%) 4.702 (74,5%) 8.355 (68,6%) Carvão e Aço 107 (3,1%) 143 (2,3%) 326 (2,7%) Produtos Químicos 296 (8,7%) 585 (9,3%) 1.447 (11,9%) Sector Automóvel 320 (9,4%) 578 (9,2%) 847 (7,0%) Equipamentos Escritório e Telecomunicações 299 (8,8%) 969 (15,4%) 1.323 (10,9%) Têxtil e Vestuário 215 (6,3%) 355 (5,6%) 527 (4,3%)

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), International Trade Statistics.

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), International Trade Statistics.

11 Os desempenhos dos produtos do sector do Têxtil e Vestuário e do sector Automóvel, no comércio internacional de mercadorias, constituem bons exemplos de como a capacidade de uma deter-minada actividade contribuí para o crescimento económico das diferentes economias e compor-ta ciclos de vida, de afirmação e de saturação e definhamento, que só podem ser plenamente aproveitados por economias dotadas de sufi-ciente flexibilidade e dinamismo na evolução do seu próprio padrão de especialização.

GRÁFICO I.5.A NOVA GEOGRAFIA DO COMÉRCIO MUNDIAL DE MERCADORIASGANHOS E PERDAS DE QUOTA DE MERCADO NA ESTRUTURA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

A aceleração da globalização fez-se, nestas duas últimas décadas, com novos ga-nhos de eficiência na mobilidade de pessoas, de mercadorias e de dados, que se traduziram em reduções relativamente radicais dos preços relativos da logística e dos serviços de informação e comunicação, e com uma aceleração dos processos de inovação, que se traduziram no lançamento de novos produtos e tecnologias.

A transformação da composição do comércio internacional (cf. Quadro I.2.) indicia que a formação de uma nova geografia competitiva na economia mundial se en-contra associada a uma divisão internacional do trabalho, mais fina e complexa, que coloca às diferentes economias nacionais desafios tanto mais exigentes quanto as respectivas especializações se articulam com produtos em ciclo descendente11.

QUADRO I.2.COMÉRCIO INTERNACIONAL DE MERCADORIASCOMPOSIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES POR PRODUTOS (mil milhões de dólares e estrutura em %)

O reforço do “motor” financeiro da globalização empresarialA aceleração da globalização, se produziu uma nova “geografia” das trocas co-merciais de bens e serviços e fez surgir novos protagonistas empresariais e institu-cionais, traduziu-se, também, numa nova dinâmica financeira centrada no papel do investimento directo estrangeiro.

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A reorganização da economia mundial, conferindo às economias emergentes um papel cada vez mais relevante na produção, principalmente de bens, mas também de serviços, fez-se em boa medida sob o impulso da construção de uma nova lógica de rendibilização dos activos e dos investimentos, onde o “fazer fazer”12

tem vindo a ganhar relevância sobre o simples “produzir”, e onde o dinamismo financeiro se vai impondo sobre o mero dinamismo das trocas comerciais, no qua-dro de relações empresariais de produção e aprovisionamento internacional.

A aceleração recente da globalização é, assim, em grande parte, protagonizada por uma globalização empresarial, de base microeconómica, que encontra na ex-pansão e reorganização dos fluxos de investimento directo estrangeiro (cf. Quadro I.3.), e dos fluxos de rendimentos de capitais que originam, o seu elemento central.

QUADRO I.3.O “STOCK” DE INVESTIMENTO DIRECTO ESTRANGEIRO NA ECONOMIA MUNDIAL(mil milhões de dólares e estrutura em %)

A globalização em aceleração é, assim, uma reorganização global da economia mun-dial onde as grandes cadeias de valor (concepção, produção e distribuição de bens e serviços) se vão decompondo e integrando através de relações cada vez mais comple-xas entre operadores empresariais, e destes com instituições de suporte aos processos de inovação e qualificação, e entre espaços territoriais (países, regiões dentro de países ou comunidades supranacionais de países) cada vez mais vastos e diferenciados.

Neste quadro, o “motor” financeiro da globalização empresarial reforça-se apre-ciavelmente. Passam agora a ocupar o lugar determinante de organização e racio-nalização dos processos de produção e comércio à escala internacional as relações financeiras de financiamento e investimento, mais descentralizadas, e as conse-quentes relações da sua recuperação com retorno, mais centralizadas.

A uma lógica de coerência territorial, onde as respectivas instituições e formas de regulação dos mercados orientam os comportamentos e estratégias das empresas, vai sucedendo progressivamente uma lógica de coerência empresarial, que inte-gra e dá coerência a múltiplas actividades em múltiplos territórios com instituições e formas de regulação dos mercados bem diferentes, reconfigurando as caracterís-ticas do desenvolvimento económico e, sobretudo, alterando as próprias bases do relacionamento entre os “Estados” e os “mercados”.

IDE recebido (inward) IDE emitido (outward)Ano 1990 2009 1990 2009Mundo 2082 100,0% 17743 100,0% 2087 100,0% 18982 100,0%União Europeia 762 36,6% 7448 42,0% 810 38,8% 9007 47,4% Alemanha 111 5,3% 702 4,0% 152 7,3% 1378 7,3% França 98 4,7% 1133 6,4% 112 5,4% 1719 9,1% Reino Unido 204 9,8% 1125 6,3% 229 11,0% 1651 8,7% Holanda 69 3,3% 570 3,2% 107 5,1% 851 4,5% Irlanda 38 1,8% 193 1,1% 15 0,7% 192 1,0% Europa do Sul 82 3,9% 827 4,7% 19 0,9% 754 4,0% Espanha 66 3,2% 671 3,8% 16 0,8% 646 3,4% Portugal 11 0,5% 111 0,6% 1 0,0% 67 0,4% “PECO” 4 0,2% 613 3,5% 1 0,0% 227 1,2%Estados Unidos 540 25,9% 3121 17,6% 732 35,1% 4303 22,7%Japão 10 0,5% 200 1,1% 201 9,7% 741 3,9%“BRIC” (*) 59 2,9% 1290 7,3% 45 2,2% 713 3,8% China 21 1,0% 473 2,7% 4 0,2% 230 1,2% Índia 2 0,1% 164 0,2% 77 0,4% Brasil 37 1,8% 401 2,3% 41 2,0% 158 0,8% Rússia 252 1,4% 249 1,3%ASEAN-5 34 1,6% 323 1,8% 2 0,1% 128 0,7%“Mar Negro” 11 0,5% 204 1,2% 1 0,1% 26 0,1%Norte África 24 1,2% 191 1,2% 2 0,1% 20 0,1%

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), International Trade Statistics.

(*) Designação surgida para referir as quatro prin-cipais economias emergentes pelas suas iniciais (Brasil, Rússia, Índia e China).

12 O papel central assumido, na competitividade e na inovação, pela mobilização do conhecimento e pela agilização dos canais de distribuição tem vindo a moldar novas configurações empresariais onde complexas redes de produção são dinamiza-das por centros de concepção e difusão de produ-tos, bem como das formas e processos relativos à sua utilização, que operam numa lógica de valor isto é, fazendo fazer por fornecedores ou presta-dores de serviços muitas das operações directas de produção.

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A aceleração da globalização originou uma economia mundial muito mais “finan-ciarizada“13, muito mais volátil e muito menos regulável com base num somatório de regras e decisões meramente nacionais, suscitando a necessidade de novas for-mas de regulação e cooperação internacional.

GRÁFICO I.6.A NOVA VOLATILIDADE DOS PREÇOS INTERNACIONAIS

A poupança e o investimento passam, a “(des)encontrar-se”, cada vez mais, numa lógica global intermediada por mercados financeiros, também eles, globais, ao mes-mo tempo que a pressão sobre as principais matérias-primas (petróleo, minerais e alimentos) se vai fazendo, também, num contexto global de muito maior vola-tilidade das flutuações cíclicas da procura e dos preços, na ausência da formação de reservas adequadas à escala planetária e na presença crescente de operadores especulativos no funcionamento dos respectivos mercados (cf. Gráfico I.6.).

A progressiva falta de correspondência entre a dimensão global dos mercados e a dimensão nacional das formas e políticas de regulação desses mesmos mercados alcançou, com a consolidação deste processo de financiarização da actividade eco-nómica globalizada, uma dimensão que, na ausência de novas formas de regulação global dos mercados e de novas formas de cooperação internacional das políticas económicas, não deixará de alimentar uma instabilidade estrutural da economia mundial que, através das flutuações dos preços, das taxas de juro e das taxas de câmbio, se difunde a todos os agentes económicos públicos e privados.

A evolução mais recente do investimento directo estrangeiro, nos últimos vinte anos, reforçou significativamente a posição da União Europeia como emissor e receptor de IDE (cf. Quadro I.3.), ao contrário da economia norte-americana que, embora continuando a liderar nas quotas de emissão e recepção de IDE, perdeu cerca de um terço do respectivo peso relativo.

A Europa encontra-se, deste modo, no centro das alterações suscitadas pela acelera-ção da globalização e do processo de reequilíbrio e de reorientação dos movimentos de investimento internacional onde a emergência de novos protagonistas também se vai fazendo, mas com um dinamismo bem menos expressivo14. Com efeito, a análise da evolução do stock de investimento directo estrangeiro à escala mundial, ao longo da última década (cf. Gráfico I.7.), permite destacar as seguintes tendên-cias principais:

economias desenvolvidas do “Norte” (os Estados Unidos, o Japão e as “grandes” europeias como o Reino Unido, a França e a Alema-nha) permanecem como os grandes centros emissores do investimento internacional, isto é, as economias onde a quota no IDE emitido é claramente superior à quota no IDE recebido.

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), International Trade Statistics.

13 O sentido desta característica pode ser encontra-do quer no peso acrescido dos activos financeiros no conjunto do património das famílias e das em-presas, quer no papel alargado dos intermediários financeiros no encontro das decisões de poupança e de investimento que se faz, crescentemente, com base em fluxos internacionais, quer, sobre-tudo, na forte interpenetração entre dinâmicas financeiras e dinâmicas produtivas, com lógicas e horizontes temporais diferenciados, nos processos de decisão e viabilização de muitos investimentos que, desse modo, se reportam a modelos de av-aliação e gestão que incorporam, para além de dimensões próprias de mercado, dimensões finan-ceiras e patrimoniais exteriores, que acabam por se reflectir nos objectivos prosseguidos.

14 As economias desenvolvidas concentravam, ainda, em 2009, 69,6% do investimento directo recebido e 84,3% do investimento directo emitido.

PREÇOS DAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS(Índice, 1986=100)

CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS(Índice em volume, 1986=100)

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O elemento novo da década é a conjugação do recuo da posição emissora re-lativa dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França e o avanço da posição emissora relativa do Japão, da Holanda e, sobretudo, da Alemanha, indiciando a perda de relevância do “Atlântico Norte” a favor do “Pacífico” e da continen-talização da “Europa Central” (da “Flandres” ao “Mar Negro” sob o efeito catalisador da economia alemã).

GRÁFICO I.7.O INVESTIMENTO DIRECTO ESTRANGEIROEVOLUÇÃO DO DESEMPENHO RELATIVO NA RECEPÇÃO E EMISSÃO (2000-2009)

O IDE recebido e a evolução das quotas na emissão e recepção 2000-2009

Fonte: Cálculos próprios com base em UNCTAD (2010), World Investment Report.

O IDE emitido e as quotas na emissão e recepção em 2009

Fonte: Cálculos próprios com base em UNCTAD (2010), World Investment Report.

[As bolhas representam o valor do stock de IDE recebido em 2009]

[As bolhas representam o valor do stock de IDE recebido em 2009]

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que articulou a própria reorganização da União no quadro do seu alarga-mento aos países da Europa Central e Oriental, por um lado, com a sua parti-cipação na globalização dos mercados e nas oportunidades de negócio nas economias emergentes, por outro lado.

O posicionamento dos PECO e das economias da Europa do Sul, numa for-

te aproximação ao ritmo e dimensão da recepção de IDE das quatro grandes economias emergentes do grupo dos “BRIC”, é bem revelador da relevância assumida pela reestruturação interna da Europa alargada na configuração dos movimentos internacionais de capitais.

A posição dos três “países da Coesão” da Europa do Sul (Grécia, Portugal e Espanha) deve se valorizada, quer no plano quantitativo, quer, especialmente, no plano qualitativo, uma vez que se encaminham a passos largos para dei-xarem de ser receptores líquidos de IDE e passarem a ser emissores líquidos (cf. Quadro I.3 e Gráfico I.7.).

A velocidade desta evolução, positiva mas desequilibrada, na Europa do Sul, protagonizada por um núcleo relativamente restrito de empresas de maior di-mensão e recursos sem se difundir e generalizar ao conjunto da economia, con-tribuiu, aliás, para a maior vulnerabilidade das respectivas balanças externas.

-toras líquidas de IDE com posições ainda limitadas na emissão de investimento internacional.

A sua evolução fez-se, no entanto, com diferentes ritmos e trajectórias. Se a China, seguida do Brasil, lidera na quota de recepção de IDE, e se a Rússia é a economia emergente que mais progrediu globalmente na recepção e emissão de IDE, a Índia é, no conjunto dos “BRIC”, a economia onde o processo de internacionalização pelo investimento se encontra menos desenvolvido.

As regiões emergentes do “Norte de África e do “Mar Negro”, bem como da ASEAN, afirmam-se, pelo seu lado, como pólos já relevantes na recepção do investimento internacional mas ainda bastante longe de uma posição seme-lhante em matéria de emissão.

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Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), Eco-nomic Outlook n.º 87 e 88.

(*) A balança externa corrente retrata o envolvi-mento externo global e complexo de uma econo-mia, sendo determinada, no essencial, pelo comér-cio de bens e serviços e pelos fluxos de remuneração dos factores (como remessas de emigrantes, serviço da dívida e lucros repatriados). O olhar sobre a evolução da balança de rendimentos de capitais tornou-se, no quadro da aceleração da globali-zação e da interpenetração entre o comércio e o investimento internacional, imprescindível para a análise do (des)equilíbrio externo das economias, até porque se assiste a uma diversificação dos movi-mentos de articulação entre IDE e comércio inter-nacional que exige leituras mais finas da realidade.

(**) Os saldos representados no gráfico registam os fluxos acumulados ao longo do período 1995-2010.

GRÁFICO I.8.A RECONFIGURAÇÃO DAS BALANÇAS EXTERNAS NOS GRANDES PÓLOS DESENVOLVIDOSO papel dos rendimentos de capitais na formação das balanças de transacções correntes

Em primeiro lugar, importa destacar que as grandes economias emergentes estão a chegar à liderança do comércio internacional de mercadorias num momento em que o comércio de serviços e, sobretudo, o controlo estratégico dos movimentos financeiros associados ao investimento, se tornaram mais relevantes e onde as grandes economias desenvolvidas mantêm, no essencial, uma posição de lideran-ça, ainda que como significativas alterações no respectivo poder relativo.

Em segundo lugar, importa destacar a evolução da economia alemã, em especial depois da recessão de 2002-2003, que, em simultâneo, alargou a sua base territorial de produção, refazendo, ao mesmo tempo, parte da sua competitividade-custo, através do aprofundamento das relações económicas com os países da Europa central e oriental, e inverteu a sua posição de défice na balança de rendimentos de capitais para uma posição de excedente que tende a amplificar-se e a diferen-ciar crescentemente a posição relativa da Alemanha da posição assumida pelo conjunto da área do euro (cf. Gráfico I.8.).

Balança de Transacções Correntes (*)Saldo (em % PIB) Saldos acumulados (**) (mil milhões de dólares)

Balança de Rendimentos de Capitais (*)Saldo (mil milhões de dólares) Saldos acumulados (**) (mil milhões de dólares)

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O aprofundamento da dispersão dos ritmos de crescimento económicoA economia mundial conhece uma situação relativamente nova com consequên-cias relevantes, seja em termos do aumento da instabilidade e volatilidade das grandes variáveis macroeconómicas, seja em termos de um progressivo desequilí-brio entre rendimento, poupança e consumo que, através da intermediação finan-ceira crescentemente globalizada, se podem “desconectar”, temporariamente, à escala de cada mercado nacional, embora sujeitos às condições e possibilidades de endividamento dos respectivos Estados e empresas.

A evolução da economia mundial, sobretudo na década 2000-2009, não podia deixar de se caracterizar, deste modo, por um aprofundamento da clivagem dos ritmos de crescimento económico entre as economias emergentes e as economias avançadas.

O papel destacado assumido das grandes economias emergentes e/ou em tran-sição nos fluxos de comércio e investimento internacional alimentou uma forte aceleração do seu ritmo de crescimento económico na viragem para o século XXI, com expressão nos vários continentes.

Ao mesmo tempo, as economias avançadas conheceram uma relevante desace-leração do seu ritmo de crescimento económico, seja por razões estruturais, com a redução do ritmo de crescimento do seu produto potencial, seja por razões conjunturais, com um alargamento do hiato entre o produto verificado e o pro-duto potencial. Esta desaceleração do crescimento económico atingiu também as economias asiáticas de industrialização mais consolidada, como a Coreia do Sul e Singapura.

A conjugação destes fenómenos de aceleração do crescimento no mundo emer-gente e de desaceleração do crescimento no mundo avançado tem vindo a pro-duzir um fenómeno de claro “dualismo” no crescimento económico mundial. Este dualismo traduz-se numa rarefacção das situações que se aproximam dos valores médios da “economia mundial”, cada vez mais situados numa espécie de “terra de ninguém” (cf. Gráfico I.9.).

GRÁFICO I.9.A DIVERGÊNCIA NO RITMO DE CRESCIMENTO ECONÓMICO REALO APROFUNDAMENTO DE UM CRESCIMENTO ECONÓMICO “DUAL” NA ECONOMIA MUNDIAL

Fonte: Cálculos próprios com base em IMF (2010), World Economic Outlook, Outubro.

CRESCIMENTO ECONÓMICO ACUMULADO EM 1995-2009 (Evolução do PIB, em volume, 2000=100)

ACELERAÇÃO, DESACELERAÇÃO E CLIVAGEM NO CRESCIMENTO ECONÓMICO (PIB em volume, taxa média de crescimento anual em %)

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A evolução da economia mundial na primeira década do século XXI fornece, hoje, aos diferentes espaços económicos que nela se integram e articulam, um quadro de funcionamento sujeito a maiores pressões concorrenciais e, portanto, a me-nores “graus de liberdade”. Torna-se cada vez mais necessário garantir formas de internacionalização sustentáveis cujas condições de acesso são cada vez mais exigentes e disputadas.

Consolidação de um novo regime macroeconómicoA evolução das economias europeias fica marcada, nesta década, por duas mu-danças profundas com consequências importantes para as “regras do jogo” que definem o contexto da acção das empresas e dos Estados, e para a própria confi-guração dos processos de polarização, emergência e declínio que definem a geo-grafia económica e social das cidades, regiões e países europeus.

A primeira mudança, no terreno do “aprofundamento”, é a realização da União Eco-nómica e Monetária (UEM). A introdução do Euro e de uma nova política monetária e cambial de dimensão supranacional veio reforçar a necessidade de resultados efec-tivos em matéria de harmonização e de convergência no espaço económico europeu.

A segunda mudança, no terreno do “alargamento”, é a concretização da sua mais expressiva e desafiante expansão desde o tratado de Roma. A União Europeia a 27 países, com os seus quase 500 milhões de habitantes, representa um aumento da população muito mais significativo (26,8%) do que o aumento do PIB (6,4%) e arrasta o alargamento das disparidades económicas e sociais no plano nacional e no plano regional, colocando novos e exigentes desafios.

A área do euro veio configurar um novo regime macroeconómico que exige novas condições necessárias para a sua eficácia e sustentabilidade, seja no plano da verificação da convergência real entre as diferentes economias, seja no plano da coordenação da política monetária (definida à escala europeia) com as políticas fiscais (definidas à escala nacional, embora sujeitas à disciplina do “Pacto de Estabilidade e Crescimento”).

O regime macroeconómico da UEM, partindo de uma ideia positiva de criação de instrumentos de regulação dos mercados mais ajustados à sua própria dimen-são, veio introduzir uma prioridade permanente à estabilidade dos preços, crian-do condições para uma tendência de apreciação da moeda europeia. Este novo regime veio substituir as práticas e mecanismos de coordenação entre países europeus, com base em políticas macroeconómicas nacionais, sob a liderança das economias mais fortes, por práticas e mecanismos de coordenação entre polí-ticas, sob a liderança da política monetária, criando maiores responsabilidades e restrições para a política orçamental e fiscal.

A consolidação do regime económico da UEM exige uma dinâmica positiva “glo-bal”, com progressos no “governo económico” da própria Europa, garantindo a eficácia e a coerência do “mix” da política macroeconómica, nomeadamente face a choques exógenos e a alterações da conjuntura onde a estabilidade dos preços não deva constituir uma prioridade essencial. Exige também várias dinâmicas po-sitivas “nacionais”, com progressos na convergência das economias menos com-petitivas, garantindo as reformas estruturais para um salto qualitativo no ritmo de criação de riqueza e na qualidade da sua distribuição.

Para as economias menos desenvolvidas da área do euro, nomeadamente para as economias dos chamados “países da Coesão”, onde se inclui a economia portuguesa, este novo regime macroeconómico veio a revelar-se, como seria de esperar, bem mais exigente. No plano do sector empresarial, obriga-se a produzir ajustamentos reais, traduzidos em ganhos de produtividade, para renovar a sua competitividade num con-texto de concorrência internacional acrescida. No plano do sector público, obriga-se a produzir ajustamentos estruturais, traduzidos em reformas para a sustentabilidade social e ambiental, para garantir uma consolidação orçamental e fiscal duradoura.

Para as economias menos desenvolvidas da área do euro, estes novos desafios vieram a colocar-se num contexto de dificuldade adicional, em função da redução dos recursos e da perda de controlo nacional sobre alguns dos instrumentos de política económica.

1.2. ECONOMIAS EUROPEIAS

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Com efeito, uma parte dos financiamentos estruturais nestas economias desviou-se para os novos Estados-membros, diminuindo os apoios exógenos ao processo de convergência económica. Os objectivos do novo “mix” da política macroeconó-mica vieram também impor novas pressões competitivas (apreciação da taxa de câmbio efectiva nominal suscitada pela procura de uma baixa taxa de inflação) e sociais (restrições orçamentais adicionais sobre as despesas sociais suscitadas pela procura de défices públicos controlados).

A Europa alargada numa “geometria variável” de participação na globalizaçãoA União Europeia procurou responder aos desafios da globalização com uma pers-pectiva de sinergias no crescimento económico e na criação de empregos entre um dinamismo quantitativo, alavancado pela consolidação do mercado interno e pelo alargamento às economias emergentes da Europa central e oriental, susceptível de gerar condições de eficiência acrescidas para as empresas capazes de acompanhar essa extensão do seu mercado de referência, e um dinamismo qualitativo, associado a uma efectiva e pragmática implementação da “Estratégia de Lisboa Renovada” com os seus objectivos de promoção da inovação e da “economia baseada no conheci-mento”, susceptíveis de representar um suplemento de dinamismo competitivo.

A União Europeia enfrentou também, nesta década, como vimos, profundas mu-danças nos fluxos de comércio e no investimento internacionais, num quadro onde a apreciação do euro face ao dólar e às moedas asiáticas centrais produziu dificuldades adicionais ao nível da competitividade-custo das empresas, para além dos custos ambientais e sociais associados a níveis mais elevados de protecção, que contribuíram para uma forte diversidade de situações e de modelos de inter-nacionalização nas diferentes economias europeias.

A inserção da União Europeia no processo de globalização caracteriza-se por uma “geometria variável”, isto é, por desempenhos fortemente diferenciados, seja nos respectivos ritmos, seja por diferentes combinações de especializações nas mercadorias e nos serviços, seja pela própria articulação entre o comércio intra e extracomunitário, com reflexos significativos no crescimento e no emprego das economias nacionais, das suas regiões e das suas cidades.

GRÁFICO I.10.AS ECONOMIAS EUROPEIAS NO COMÉRCIO MUNDIAL DE MERCADORIASUMA “GEOMETRIA VARIÁVEL” BEM DESENHADA

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), Inter-national Trade Statistics.

Variação da Quota de Exportação entre 2000 e 2009(As bolhas representam o valor das exportações de 2009)

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O potencial de ameaças e oportunidades do alargamento e da moeda única foi prosseguido, no período 2000-2009, com resultados bastante diferenciados (cf. Gráfico I.10.). Ao nível do comércio de mercadorias, a diversidade nas formas e nos ritmos de internacionalização das economias europeias suscita duas notas essenciais:

economia que melhor se conseguiu adaptar aos desafios da nova “geografia com-petitiva” do comércio mundial de mercadorias. Sobretudo pelo contributo do in-vestimento do seu tecido empresarial para a formação de um novo espaço central europeu, a Alemanha estabeleceu fortes relações de aprovisionamento e distribui-ção, ligando à Holanda e aos novos Estados membros da Europa Central e Oriental, permitindo a todos ganhos significativos de quotas de mercado entre 2000 e 2009;

-dendo quotas de mercado com algum significado, em especial o Reino Unido e a França, as outras duas grandes economias do núcleo-duro da construção europeia. Neste contexto regressivo, e apesar da sua vulnerabilidade, a posição das econo-mias da Europa de Sul, Portugal incluído, surge com perdas bem mais limitadas, enquanto as economias escandinavas registam algumas das maiores perdas.

GRÁFICO I.11.AS ECONOMIAS EUROPEIAS NO COMÉRCIO MUNDIAL DE SERVIÇOSUMA “GEOMETRIA VARIÁVEL” BEM DESENHADA

A diversidade nas formas e ritmos de internacionalização das economias europeias ao nível do comércio de serviços (cf. Gráfico I.11.) sugere, pelo seu lado, o desen-volvimento de formas mais complexas de inserção internacional, onde merece destaque:

UE 27, embora com essa liderança claramente ameaçada pela Alemanha que, desde a recessão de 2002-03 e a consumação do alargamento, regista um forte dinamismo traduzido na conquista de ganhos de quota de mercado significati-vos. As economias do Norte da Europa (Dinamarca, Suécia e Finlândia) surgem, também, associadas a uma evolução do seu padrão de especialização onde a terciarização ancorada na internacionalização ganha relevância;

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), Inter-national Trade Statistics.

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Variação da Quota de Exportação entre 2000 e 2009(As bolhas representam o valor das exportações de 2009)

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em regressão no comércio de mercadorias, resistem bem nos fluxos de serviços, nomeadamente nos associados às actividades polarizadas pelo turismo, em Portu-gal e Espanha.

GRÁFICO I.12.O AVANÇO DA PENETRAÇÃO DAS IMPORTAÇÕES UM RITMO DESIGUAL MAS ELEVADO

A hierarquização nesta “geometria variável” de efeitos e desempenhos na globa-lização coloca a Alemanha e a França nos dois pólos opostos da escala. A Alema-nha, avançando quer no comércio de mundial de mercadorias, quer no comércio mundial de serviços, apresenta um duplo desempenho positivo enquanto a França apresenta um duplo desempenho negativo. As ilhas britânicas e a Escandinávia parecem encontrar no aprofundamento de sociedades terciárias avançadas, no plano interno e externo, um caminho próprio de adaptação às novas tendências da globalização. Já as pequenas economias especializadas do núcleo central da Europa parecem conseguir acompanhar o dinamismo da Alemanha, embora com um perfil mais polarizado pela produção e distribuição de mercadorias do que pelos serviços.

A “geometria variável” da inserção das economias europeias no processo de glo-balização verifica-se também ao nível da progressiva abertura dos respectivos mer-cados ao comércio internacional e da adopção de formas de aprovisionamento internacional de produtos. A evolução registada no período em análise revela que essa abertura, apesar de generalizada, foi muito mais profunda nos PECO, associa-da, em grande medida, à intensificação do respectivo relacionamento económico produtivo com a Alemanha (cf. Gráfico I.12.).

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), Eco-nomic Outlook, n.º 87 e 88.

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A diferenciação da restrição externa na Europa alargadaA resultante global desta evolução diferenciada da inserção internacional das eco-nomias europeias teve, no período 2000-2009, reflexos na evolução dos respecti-vos saldos externos.

A diferenciação da manifestação da restrição externa na adaptação das economias europeias ao novo quadro concorrencial na economia mundial e na própria União Europeia, alargada e parcialmente integrada monetariamente, fez-se, neste perío-do, principalmente, pela variedade dos fenómenos associados à articulação e (des)equilíbrio entre os fluxos “reais” e os fluxos “financeiros”15.

O período 2000-2010 assistiu, nas economias europeias, a uma manifestação de trajectórias bastante diferenciadas, quer na natureza dos desequilíbrios entre a esfera real e a esfera financeira, quer no respectivo sentido e dimensão, que con-duziram, portanto, a situações de acumulação de excedentes e défices nas respec-tivas balanças de transacções correntes (cf. Gráfico I. 13.).

GRÁFICO I.13.A DIFERENCIAÇÃO DA RESTRIÇÃOEXTERNA NAS ECONOMIAS EUROPEIASOS CAMINHOS DA ACUMULAÇÃO DE EXCEDENTES E DE DÉFICES NAS TRAN-SACÇÕES CORRENTES

Os traços principais desta diversidade podem enunciar-se em torno dos seguintes pontos:

semelhantes e com alguma expressão, sobretudo a partir de 2005, embora com base em processos de sentido inverso, isto é, mais polarizados, na França, pela balança comercial e, na Itália, pela balança de rendimentos de capitais;

área do euro, e da Holanda e da Alemanha em direcção a excedentes relevantes (acima dos 5% do PIB), com especial destaque para o caso alemão onde o exce-dente comercial se reforça, a partir de 2003, com um rápido crescimento do saldo favorável da balança de rendimentos de capitais;

da Europa do Sul (com valores muito próximo e acima dos 10% do PIB em 2008), na sua lógica de défice cumulativo no comércio e nos rendimentos, enquanto a Irlanda “constrói” o seu défice não conseguindo compensar o excedente comercial com a dimensão crescente do défice nos rendimentos de capitais, aprofundando uma trajectória inversa à da França e do Reino Unido que, ao contrário, assistem à ultrapassagem dos seus apreciáveis excedentes nos rendimentos de capitais pelos défices crescentes no comércio de bens e serviços.

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), Eco-nomic Outlook n.º 87 e 88.

Balança de Transacções Correntes(em % do PIB)

Balança de Rendimentos de CapitaisSaldos acumulados entre1995-2010 (mil milhões de dólares)

15 Os fluxos “reais” resultam da produção e comér-cio de bens e serviços. Os fluxos “financeiros” resultam dos fluxos de migração internacional dos factores (capital, trabalho e conhecimento), ou seja, fluxos líquidos de investimentos e finan-ciamentos emitidos e recebidos e fluxos líquidos de remuneração e serviço desses mesmos fac-tores (remessas emigrantes, juros e rendimentos de capitais e royalties).

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Novos desafios e exigências acrescidasA plena adesão de Portugal à União Europeia veio colocar novos desafios de re-gulação conjuntural e de desenvolvimento estrutural que se traduziram, respec-tivamente, na necessidade de incorporar, de forma coerente, a prossecução de objectivos de “convergência nominal” e de “convergência real” nas políticas eco-nómicas.

A racionalidade desta exigência fundamenta-se, num processo de integração eco-nómica como o da construção europeia, na necessidade das economias menos desenvolvidas terem de enfrentar e vencer um duplo desafio de reforma das con-dições de eficácia dos mercados e das políticas económicas, por um lado, e de aumento da capacidade de criação de riqueza pelo tecido empresarial, por outro lado.

A economia portuguesa realizou ao longo dos anos 90 um conjunto de progressos em matéria de convergência no seio da União Europeia, seja em termos de con-vergência nominal, onde se alcançaram os “critérios de convergência” exigidos pela introdução da moeda única em matéria de inflação, de estabilidade cambial, de aproximação de taxas de juro e de contenção dos níveis do défice e do endivi-damento públicos nos limites de 3% e de 60% do PIB, respectivamente, seja em termos de convergência real, onde o nível de vida relativo no quadro da UE 15 melhorou de 52,7% para 67,8% da média europeia.

As realizações significativas e positivas no plano da convergência vieram a encon-trar na viragem para o século XXI novas dificuldades que resultaram, para além da menor sustentabilidade de escolhas de política macroeconómica, de choques externos adversos e de debilidades competitivas e vulnerabilidades concorrenciais associadas aos modelos de crescimento e de especialização em acção na economia portuguesa demasiado polarizados pela dimensão doméstica e insuficientemente ancorados na mobilização do conhecimento e da inovação e, portanto, limitados na geração de ganhos de produtividade.

Os perigos das referidas dificuldades para a “convergência nominal” exprimiram-se na criação de condições para uma divergência ao nível da inflação e das taxas de juro.

Ao nível da inflação, esses perigos manifestaram-se desde 1999 induzidos por uma pressão elevada da procura interna originada em consumo privado e con-sumo público. Ao nível das taxas de juro, eles foram-se acumulando com a con-jugação de um forte ritmo de endividamento, seja por parte do Estado, onde a recorrência das situações de “défice excessivo” foi evidenciando a permanência de desequilíbrios nas contas públicas, seja por parte das famílias, onde a redução da taxa de poupança foi evidenciando o aumento do peso relativo do serviço da dívida nos orçamentos familiares.

No quadro do novo regime macroeconómico da área do Euro, a economia portu-guesa passou a enfrentar, de forma visível, dificuldades de regulação conjuntural associadas à reconstrução da eficácia da política orçamental e fiscal.

O período 2000-2010 iniciou-se, assim, com novos desafios no plano da conver-gência nominal. Com efeito, no seio da UEM, não só não é possível proceder a uma desvalorização cambial, como não é possível manter uma posição competitiva sustentável com uma taxa de inflação superior à dos nossos grandes parceiros comerciais europeus16.

Acresceu, por outro lado, que a expectável tendência para uma apreciação da taxa de câmbio do euro, face às moedas dos nossos mercados externos mais re-levantes, se veio a confirmar, com a consolidação da moeda única europeia como “moeda forte” em contraste com moedas como o escudo, a peseta ou a lira que, nas suas trajectórias anteriores ao euro, se tinham caracterizado como “moedas fracas”, sujeitas a sucessivas desvalorizações.

16 A adopção de medidas discricionárias de política económica para tentar evitar a repercussão inter-na, no preço dos combustíveis, do ciclo de subida do preço do petróleo iniciado em Fevereiro de 1999 e terminado em Novembro de 2000, acabou por contribuir para colocar a economia portugue-sa em contraciclo na aceleração da inflação, em especial do segundo semestre de 2000 até ao final de 2002, revelando uma sobrevalorização da capaci-dade de intervenção na inflexão do funcionamento dos mercados que atravessou outras medidas de política económica, nomeadamente em associação com os ciclos político-eleitorais.

2. O QUADRO NACIONAL

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A entrada na área do Euro passou a exigir à economia portuguesa um vasto con-junto de ajustamentos competitivos de natureza real para permitir o aproveitamen-to das suas vantagens potenciais. Neste novo enquadramento, as consequências de uma perda de competitividade seriam sempre a perda de quotas de mercado, isto é, a redução da actividade económica e do emprego e o agravamento do desemprego17.

Os perigos das referidas dificuldades para a “convergência real” exprimem-se na criação de condições para uma degradação do ritmo e qualidade do investimento e, portanto, para uma redução do ritmo de crescimento do “produto potencial” da economia portuguesa.

A travagem do ritmo de crescimento do PIB, que perdeu dinamismo e se foi situ-ando abaixo do ritmo de crescimento do PIB da União Europeia e da área do euro, revelou, ao longo da última década, uma trajectória de divergência real, só inter-rompida por uma certa estabilização do nível médio de vida entre 2005 e 2007. As progressivas dificuldades na convergência real traduziram-se, nomeadamente, num desempenho menos conseguido ao longo do ciclo de programação estrutu-ral de 2000-2006 quando precisamente se tinha formado, e bem, um consenso sobre a importância decisiva de consolidar e avançar na convergência real da eco-nomia portuguesa no espaço europeu.

A evolução dos processos de convergência das economias nacionais, no espaço da União Europeia alargada, foi evidenciando, afinal, as progressivas dificuldades encontradas pela economia portuguesa na sua transição do referencial, menos exigente, da “agenda” da coesão, num caminho de convergência “assistido” por fundos estruturais, para o referencial, mais exigente, da “agenda” da competitivi-dade, num regime de moeda única.

As transformações da UEM e do alargamento, à escala europeia, e da globaliza-ção, à escala mundial, representaram, assim, desafios que não foram suficiente-mente compreendidos e enfrentados pelos agentes económicos e decisores.

A evolução da economia portuguesa no período 2000-2010 caracteriza-se, no essencial, pela conjugação de um crescimento económico diminuído e por um acumular de desequilíbrios nas condições de financiamento das famílias, das em-presas, do Estado e do sector financeiro que conduziram ao ressurgimento em força de uma restrição externa, quer sobre as escolhas da política económica, quer sobre o nível de vida da população, traduzida no acumular de dificuldades de financiamento externo, em dimensão e custo, que limitam o crédito à economia, agravam o desequilíbrio das contas públicas e pressionam a transferência de ren-dimento para o exterior para garantir o serviço de uma dívida excessiva.

A crise económica e financeira despoletada no final da década veio representar, assim, para todas as economias europeias mais vulneráveis, o “fim da linha” de duas ilusões: a possibilidade de poder financiar, pelo endividamento externo, de-sequilíbrios duradouros quer entre o nível de produtividade e o nível de vida, quer entre as receitas e despesas do Estado e a possibilidade de poder evitar reformas substanciais na regulação dos mercados e nos serviços públicos que, tendo custos sociais no curto prazo, não deixariam de gerar vantagens económicas e sociais no médio e longo prazo.

A situação actual apresenta-se, portanto, como um momento determinante na concretização de reformas e ajustamentos políticos, económicos e sociais que deixaram de poder não ser tidos em conta e que irão necessariamente recon-figurar, nos próximos anos, características relevantes da organização e papel do Estado e do próprio funcionamento dos mercados.

A necessária reorientação das políticas e das escolhas dos agentes A economia portuguesa conheceu, neste período, significativos progressos e melhorias em vários domínios, tal como resistiu relativamente bem a muitos dos choques exógenos originados pelo endurecimento da concorrência nos mercados globalizados em determinadas actividades, mas tudo isso não foi suficiente para impedir, ao nível macroeconómico, um crescimento económico muito reduzido e uma redução gradual do esforço relativo de investimento produtivo, em especial nas actividades de bens e serviços transaccionáveis.

17 O sucesso do cumprimento das condições de con-vergência nominal exigidas para a entrada no euro não foi acompanhado do discernimento no reconhecimento de que se tratava, nesse momen-to, muito mais de um ponto de partida do que um ponto de chegada e de que o verdadeiro desafio que importava vencer era o do sucesso na criação de condições para um crescimento com muito maior qualidade e sustentabilidade da economia portuguesa.

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A sucessão de desafios e choques exógenos, como a recessão internacional em 2002-2003, a concretização do alargamento da União Europeia em 2004 e a pro-funda ruptura financeira global de 2008, somada aos seus próprios desafios e debilidades endógenas, foi confrontando a economia portuguesa com a necessi-dade de concretizar ajustamentos cada vez mais exigentes nos terrenos decisivos da consolidação orçamental e da melhoria da competitividade.

Os ganhos de eficiência, numa economia competitiva e sustentável, não podem ser restringidos a um número limitado de operadores, sendo, ao contrário, essen-cial garantir a sua difusão e generalização pelo tecido empresarial, o que exige o reconhecimento da relevância das modernas políticas económicas de promoção da competitividade (fomento da iniciativa e da tomada de risco e regras estáveis de valorização da qualificação, da inovação e da internacionalização), seja para estimular a eficiência colectiva (plataformas de cooperação empresarial e de utilização comum de infra-estruturas e serviços de suporte), seja para estimular a chamada eficiência alocativa (estímulo à mobilidade dos recursos na passagem de actividades de menor produtividade e ritmo de crescimento para actividades de maior produtividade e ritmo de crescimento).

O crescimento potencial da economia portuguesa enfrentou, neste contexto, quatro adversidades adicionais:

desaproveitamento da descida histórica do nível da taxa de juro ao longo dos anos 9018 que alcançou uma forte dimensão e teve um impacto profundo no funcionamento da economia portuguesa, alterando de forma radical as condições de financiamento das famílias, das empresas e do Estado.

O fenómeno da redução generalizada das taxas de juro e da inflação foi especial-mente expressivo na economia portuguesa, gerando uma conjuntura longa onde a restrição financeira se tornou muito débil e que viabilizou, pelo endividamento fácil e a muito baixo custo, um conjunto muito alargado de projectos de despesa.

As famílias portuguesas seguiram, primeiro, um caminho de endividamento19 e, depois, um caminho de sacrifício da poupança20 sem serem verdadeiramente con-frontadas com medidas de regulação monetária e financeira que pudessem dissua-dir os comportamentos de maior risco na tomada de dívida e/ou pudessem estimu-lar a formação de poupanças adicionais, isto é, que fossem eficazes na travagem do “aquecimento” excessivo de uma procura alimentada por dívida.

A sociedade portuguesa preferiu utilizar este “choque” favorável, não tanto para expandir o investimento reprodutivo e potenciador da capacidade concor-rencial nos mercados internacionais, mas para expandir o consumo, público e privado, e aceder à habitação numa lógica de ocupante-proprietário endividado a longo prazo, com hipotecas de taxa de juro variável sujeitas, em muitos casos, a bonificações adicionais.

A resultante deste conjunto de processos e decisões económicas, num contexto onde as novas realidades europeias e mundiais propiciaram vários erros de apreciação do verdadeiro prémio de risco envolvido nas diferentes operações de crédito, foi uma trajectória onde o consumo foi sempre muito mais dinâmico que o investimento, que foi progressivamente perdendo relevância.

A redução do custo do capital serviu muito mais para viabilizar despesas de con-

sumo público e privado, sem correspondência num crescimento sustentado dos rendimentos do Estado e das famílias, do que para concretizar projectos de investi-mento empresarial geradores de riqueza viabilizados pelo menor custo do capital.

enviesamento da afectação de recursos em direcção às actividades não transaccionáveis e domésticas, em detrimento das actividades de produção de bens e serviços transaccionáveis, num contexto onde algumas lógicas de resposta das políticas públicas a procuras sociais e económicas reveladas e/ou manifestadas também terão contribuído para a expansão do papel do sector público alar-gado no funcionamento da economia, em detrimento de uma regulação mais concorrencial dos mercados.

18 As taxas de juro nominais de curto e longo prazo passaram entre 1991 e 1999, anos em que se veri-ficaram as taxas máxima e mínima desde a adesão à União Europeia e até à recessão de 2002-2003, de 17, 7% e 14,5% para 3,0% e 4,8%, respectiva-mente. Ao mesmo tempo o diferencial em relação à Alemanha, que, nas mesmas taxas, era de 11,0% e 9,9% em 1991, foi praticamente anulado em 1999.

19 O nível de endividamento das famílias que, na data da plena adesão à União Europeia alcançava cerca de 25% do rendimento disponível (20% em crédito à habitação e 5% em crédito ao consumo, nomeadamente de bens duradouros) atinge, ac-tualmente cerca de 145% (105% em crédito à habitação e 40% em crédito ao consumo).

20 Os critérios de análise da sustentabilidade do endividamento das famílias descuraram dois efeitos relevantes na capacidade financeira dos devedores: o ciclo longo de baixa inflação e o aumento inexorável do peso das amortizações quando o crescimento da dívida se torna muito elevado. Com efeito, se a descida da taxa de juro nominal pode manter, ou até fazer baixar, o nível do serviço da dívida em situações em que a dívida vai crescendo, a amortização do capital em dívida não deixa de acompanhar o acréscimo da dívida, mesmo que, transitoriamente, o alargamento da sua maturidade possa moderar esse efeito. Na experiência portuguesa os elevados ritmos de crescimento alcançados pelo endividamento não podiam deixar de ter consequências na reestru-turação dos orçamentos familiares e na redução da taxa de poupança.

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O peso das actividades transaccionáveis, aquelas que são susceptíveis de assegurar a penetração em mercados externos ou permitir a substituição de importações, conheceu, um progressivo e expressivo recuo no conjunto das actividades econó-micas geradoras de riqueza na economia portuguesa (cf. Gráfico I.14.).

As actividades transaccionáveis que, na melhor estimativa, eram responsáveis, em 1995, por 37,2 % da criação de riqueza já pouco ultrapassavam, em 2005, um terço do PIB (34,1%).

As consequências desta afectação de recursos traduziram-se em dificuldades pro-gressivas de compatibilização dos processos de promoção da equidade social e da eficiência económica, ou de melhoria conjugada da coesão social e da com-petitividade, que se foram expressando no agravamento do défice externo e no desequilíbrio das contas públicas, alimentado, em parte, pelas dificuldades de fi-nanciamento, também progressivas, em áreas específicas de protecção social como no sistema de saúde.

GRÁFICO I.14.A DIMENSÃO DAS ACTIVIDADES DE BENS E SERVIÇOS TRANSACCIONÁVEIS21 NA ECONOMIA PORTUGUESA (Evolução da Estrutura do VAB, 1995-2005, em %)

O enviesamento da orientação da afectação de recursos para as actividades não transaccionáveis ficou também a dever-se à montagem de um número significativo de parcerias público-privadas, que geraram condições de rendibilidade e risco mais favoráveis em torno dos “mercados públicos” e acabaram por induzir um efeito significativo de atracção do investimento privado, desviando-o dos mercados concorrenciais associados às actividades de bens e serviços transaccionáveis indutoras de exportações e/ou substituição de importações.

Os efeitos globais deste desvio na orientação do investimento privado produzi-

ram uma profunda transformação estrutural da economia portuguesa (cf. Gráfico I.15.).

Os principais “ganhadores” foram as actividades não transaccionáveis mais directa-mente associadas ao funcionamento do Estado e à sua provisão de bens e serviços públicos e de infra-estruturas. As actividades associadas à “regulação social” (Estado em sentido amplo, serviços colectivos e serviços públicos de educação e saúde) lideraram os ganhos surgindo como a principal actividade dinâmica ao fazer crescer o respectivo peso relativo no PIB em 3,4 pontos percentuais.

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE, Input-Out-put Database Edition 2006.

21 Os cálculos foram realizados numa óptica de ramos, afectando globalmente o VAB de cada ramo de actividade, ou numa óptica de secções, afectando o VAB de cada ramo de actividade de acordo com o contributo directo e indirecto, através das vendas intermédias, para cada uma das funções macroeconómicas (Consumo, Investi-mento e Exportação). Esta óptica, ao contabilizar nos “transaccionáveis” as exportações indirectas constitui um indicador mais aproximado da verda-deira dimensão das actividades de bens e serviços transaccionáveis na economia portuguesa.

ÓPTICA RAMOS ÓPTICA SECÇÕES

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GRÁFICO I.15.AS TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS NA ECONOMIA PORTUGUESAGANHOS E PERDAS POR GRANDES ACTIVIDADES E FUNÇÕES MACROECONÓMICAS (*) (Variação do peso relativo no VAB entre 1995 e 2005, em pontos percentuais)

As restantes actividades dinâmicas foram a construção e o imobiliário, nas funções de consumo e investimento, com um ganho de 1,9 pontos percentuais, e os servi-ços aos consumidores e as actividades de lazer e comunicação associadas ao consu-mo das famílias, com ganhos de 1,7 e 1,9 pontos percentuais. As componentes das cadeias, metálica e química, associadas às exportações de bens transaccionáveis, cada vez mais relevantes no desempenho exportador, tiveram um ganho modesto de 0,4 pontos percentuais.

Os principais “perdedores” nesta transformação estrutural foram as actividades ligadas ao núcleo-duro dos bens transaccionáveis, como as cadeias industriais da floresta e do têxtil, com um recuo de 2,9 pontos percentuais, e as actividades industriais e de serviços associadas ao investimento, com um recuo de cerca de 0,4 pontos percentuais. As actividades chave da qualidade do “habitat”, como a energia e o ambiente e os transportes, conheceram recuos de 1,1 e 0,6 pontos percentuais, tal como o comércio associado aos consumo, que, apesar de uma “revolução” interna com a grande expansão da moderna distribuição alimentar e mista e especializada, conheceu, mesmo assim, um recuo de 1,1 pontos percentuais.

As condições de mobilização dos fundos estruturais europeus na economia portuguesa exigiam, também, olhar mais “a partir de dentro” para as realidades europeia e mundial, do que olhar “para dentro” para as realidades estritamente nacionais, nomeadamente no que respeita às escolhas em matéria de infra- -estruturas, promovendo a mobilidade internacional de pessoas e mercadorias, e em matéria de critérios de decisão, aumentando a selectividade dos sistemas de incentivos às empresas.

dificuldades sentidas por uma parte muito significativa do tecido empre-sarial na generalidade das actividades produtivas que, não tendo conseguido progredir ao ritmo exigido pela concorrência internacional em matéria de inovação e competitividade, foi perdendo velocidade e contribuindo para a diminuição do ritmo de crescimento económico e para a subida do desemprego.

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE, Input-Out-put Database Edition 2006.

(*) As grandes funções macroeconómicas consideradas foram o Consumo Privado (C) e Público (G), a Formação Bruta de Capital Fixo (I) e as Exportações (X). O contrib-uto de cada ramo de actividade foi calculado com um modelo input-output.

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Os elementos objectivos, associados quer à degradação da rendibilidade dos negó-cios e dos investimentos, quer à alteração das condições de concorrência no aprovi-sionamento e nas vendas, desempenharam um papel determinante no debilitação de muitas empresas e actividades produtivas, e contribuíram também para diminuir a consolidação dos progressos realizados na qualificação da actividade empresarial e aumentar a dispersão da competitividade do tecido empresarial produtivo ao longo deste período.

As novas possibilidades de redução de custos, associadas ao desenvolvimento do aprovisionamento internacional junto das economias emergentes, bem como de novos modelos de negócio centrados no low-cost, vieram colocar uma nova pres-são sobre os preços de venda, agravada pela apreciação do euro, que, se ajudou muitas empresas a realizar “saltos qualitativos” positivos, também empurrou mui-tas mais para dificuldades concorrenciais muito significativas.

A política fiscal, que apesar de melhorias operacionais significativas, ainda mantém uma base tributária do rendimento relativamente estreita que implica um cresci-mento das receitas abaixo do seu potencial e uma repartição desequilibrada da carga fiscal, pode e deve contribuir, num contexto de simplificação e optimização, para o fomento do investimento.

A agenda de reformas estruturais enfrenta dificuldades de concertação política e institucional que penalizam as condições de sucesso para as iniciativas da socie-dade civil e do sector privado.

A crescente conflitualidade em torno dos resultados e dos problemas de fun-cionamento e financiamento dos sistemas de saúde, educação e justiça revela bem o alcance das referidas dificuldades e a necessidade de consensos activos para produzir uma agenda de reformas estruturais pragmática, operacional e articulada com a reforma do próprio Estado e dos modelos de governança, agilizando a cooperação institucional e a descentralização como alavancas de uma eficiência acrescida na promoção dos bens e serviços públicos indispensáveis ao desenvolvimento económico e ao progresso social.

A economia portuguesa no contexto europeuO comportamento recente da economia portuguesa enfrenta um processo de “estagnação estrutural”, originado pelo progressivo esgotamento de um modelo de crescimento económico insuficientemente intensivo nos factores dinâmicos da inovação, do conhecimento e da diferenciação e pela degradação da respectiva competitividade, agravada pela apreciação do euro, no contexto de uma Europa em alargamento e de uma globalização em aprofundamento.

O comportamento recente reflecte, também, um processo de “recessão conjuntural”, originado por um choque exógeno induzido pela evolução menos favorável da economia mundial e, em particular, das economias dos nossos principais parceiros económicos, que se traduziu numa alteração substancial da própria natureza da conjuntura económica22.

O desempenho macroeconómico da economia portuguesa no ciclo 2000-2010 articulou duas tendências que vieram alterar substancialmente o seu perfil macro--económico no contexto das economias da área do euro e aumentar as exigências e dificuldades da sua própria regulação conjuntural. Com efeito, podemos verifi-car o surgimento na economia portuguesa:

europeu, com a manifestação de um crescimento diminuído;

desemprego, ainda que temporária, com a instalação de um nível mais elevado de desemprego e uma inflação mais baixa, embora muito mais como “consequência” do novo quadro de regulação supranacional do que como “escolha” nacional.

22 O agravamento substancial do peso do desem-prego de longa duração, que saltou de 37,6%, em 1999, para 54,2%, em 2010, constitui, um in-dicador expressivo da degradação qualitativa do quadro macroeconómico conjuntural da econo-mia portuguesa.

2.1. O DESEMPENHO MACROECONÓMICO

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GRÁFICO I.16.ALTERAÇÃO DO PERFIL CONJUNTURAL DA ECONOMIA PORTUGUESA (2000-2010)A ECONOMIA PORTUGUESA NA ÁREA DO EURO: UMA NOVA ARBITRAGEM ENTRE INFLAÇÃO E DESEMPREGO

Fontes: INE, EUROSTAT.

(*) Variações homólogas do índice harmonizado dos preços no consumidor;

(**) Variações homólogas do crescimento do PIB em volume

Evolução Trimestral do Diferencial da Inflação (*)

Evolução Trimestral da Taxa de Desemprego

Evolução Trimestral de Crescimento Económico (**)

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A economia portuguesa evidenciou sinais claros de dificuldade na primeira me-tade da década em análise. Com efeito, as dimensões assumidas na economia portuguesa, quer pela recessão de 2002-03, quer pela redução global do ritmo de crescimento económico ao longo do ciclo 2000-05, quando comparada com a evolução das restantes economias da União Europeia, revelaram-se bem mais expressivas reflectindo, para além dos elementos de vulnerabilidade das estruturas económicas, um ciclo de forte instabilidade política.

Esta evolução traduziu-se quer numa redução dos diferenciais positivos da infla-ção, promovendo um novo ciclo de convergência nominal da economia portu-guesa no seio da área do euro, quer, sobretudo, num agravamento substancial do desemprego, criando uma situação nova, de aproximação, primeiro, e ultrapassa-gem, depois, da realidade das economias europeias, com taxas de desemprego historicamente mais elevadas.

A mesma comparação, em relação à recessão de 2008-09, permite evidenciar, ao contrário, um impacto menor na economia portuguesa, atribuível, em parte, a uma correcção do nível da despesa pública e privada mais concentrada, temporal-mente, no processo de saída da recessão.

O avanço continuado da taxa de desemprego (inferior a 4% em 2000, superior a 11% em 2010) constitui, sem dúvida, o elemento central da degradação qualita-tiva das dificuldades conjunturais da economia portuguesa.

Consumo, investimento e exportaçõesO desempenho da economia portuguesa ao longo do período 2000-2010 exprime uma dificuldade de posicionamento perante o “jogo” das oportunidades e ameaças que foi alterado pela aceleração da globalização, pelo alargamento da UE e pela introdução do euro.

A economia portuguesa já tirou proveito, neste novo enquadramento, de uma inflação mais baixa, de uma maior possibilidade de obter financiamentos com taxas de juro nominais mais baixas e de um alargamento das oportunidades de aprovisionamento internacional a baixo custo.

O desafio incontornável é, no entanto, a adaptação estrutural para enfrentar a tendência para uma apreciação do euro (reforçando o desafio da perda da possi-bilidade de defender a competitividade das exportações e da produção nacional através da desvalorização cambial), a forte concorrência do mundo emergente e dos novos Estados-membros da UE nos produtos fundamentais da especialização produtiva portuguesa e a reorientação do investimento directo estrangeiro para esses mesmos destinos.

O desempenho da economia portuguesa ao longo do período 2000-2010 ex-prime, também, a necessidade de adaptação a ritmos mais rápidos de decisão e de execução de projectos económicos exigidos pela redução do ciclo de vida das tecnologias e dos produtos, pela maior volatilidade dos ciclos conjunturais de expansão e reestruturação e pelo alargamento e diversificação dos agentes e processos concorrenciais.

As dificuldades surgidas no processo de melhoria relativa do nível de produtividade e do nível de vida no espaço económico europeu e na captação de investimento directo estrangeiro de natureza estruturante obrigam, cada vez mais, a responder com melhorias no ritmo e na qualidade dos investimentos, públicos e privados, susceptíveis de melhorar o padrão de especialização e as condições de exportação e internacionalização das empresas.

A divergência no crescimento económico acumulado ao longo da primeira década do século XXI, seja no referencial da área do euro (recuo relativo do nível de actividade de -4,6%), seja no referencial da Europa alargada (recuo relativo do nível de actividade de -6,2%), constitui o indicador-chave do desempenho macroeco-nómico da economia portuguesa (cf. Gráfico I.17), que ajuda a entender que a instalação progressiva deste “crescimento diminuído” constitui um dos principais elementos da sua vulnerabilidade.

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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Os desafios que esta situação macroeconómica reflecte e coloca são, neste con-texto, de natureza predominantemente qualitativa e envolvem três grandes áreas:

emprego e produtividade.

A economia portuguesa vai enfrentando um aumento da taxa de desemprego sem que essa evolução constitua, predominantemente, a manifestação de uma reestruturação empresarial suficientemente profunda e alargada para melhorar decisivamente o padrão de especialização e os modelos de negócio em acção.

O modelo de crescimento da economia portuguesa continuou a apresentar, sobretudo até 2006, traços extensivos (“mais do mesmo”), que se traduziram num diferencial negativo acumulado face à trajectória da UE 27 bem mais pronunciado na evolução da produtividade em volume (-4,1%) do que na evolução do emprego (-2,1%).

A inversão desta tendência, verificada nos últimos anos, que conduziu, no final da década, a um diferencial negativo acumulado face à trajectória da UE 27, mais pronunciado no emprego (-4,5%) que na produtividade (-1,8%), se é su-portada, no essencial, pelo efeito de agravamento da perda de emprego origi-nada pelo arrastamento da crise económica, não deixa de representar um sinal de evolução positiva no padrão de especialização e nos modelos de negócio.

GRÁFICO I.17.A ECONOMIA PORTUGUESA NA UNIÃO EUROPEIAPIB REAL, EMPREGO E PRODUTIVIDADEVariação relativa acumulada em volume; Índice Base Fixa (1999=100)

consumo privado e, sobretudo, da despesa pública.

O desempenho conjuntural da economia portuguesa reflecte, neste período, uma clara “preferência pelo presente” que se traduziu no dinamismo do con-sumo privado e do consumo público, tendo ambos crescido a ritmos superiores ao do próprio crescimento do produto (cf. Gráfico I.18.), suportado por um progressivo endividamento das famílias e do Estado.

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), Eco-nomic Outlook n.º 87 e 88;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of European Economy.

Evolução do Desempenho Relativo na Área do Euro Evolução do Desempenho Relativo na União Europeia

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O consumo privado constituiu, no ciclo 2000-2010, a variável macroeconómica mais dinâmica da economia portuguesa, tendo acompanhado o ritmo de cresci-mento na UE 27 e apresentando um diferencial positivo acumulado face à trajectó-ria da área do euro de +3,1%, apesar de um diferencial negativo no PIB de -4,6%.

O consumo público conheceu, pelo seu lado e ao longo desta década, duas fases bem distintas (cf. Gráfico I.18).

A economia portuguesa enfrentou, até ao défice excessivo de 2005, uma re-sistência à baixa relativa da despesa pública, alimentada pela rigidez das suas principais componentes e pelas limitações e oscilações das opções assumidas no caminho da consolidação orçamental. Nessa primeira metade da década, o consumo público configurou-se, mesmo, na única grande variável macroeco-nómica com um crescimento acumulado superior ao verificado na área do euro (+3,8%) e bem acima da evolução do consumo privado (-0,1%).

A inversão desta tendência, verificada nos últimos anos, com as medidas de cor-recção do défice excessivo que vieram a ser adoptadas, no quadro da disciplina exigida pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento, conduziu a um diferencial ne-gativo acumulado face à trajectória da área do euro na despesa pública (-3,1%) no final da década, que deve ser valorizado, como um sinal de evolução positiva, num caminho, necessariamente longo e difícil, de consolidação orçamental.

GRÁFICO I.18.A ECONOMIA PORTUGUESA NA UNIÃO EUROPEIAPIB, CONSUMO PÚBLICO E CONSUMO PRIVADOVariação relativa acumulada em volume; Índice Base Fixa (1999=100)

exportações e, sobretudo, a crise do investimento.

O comportamento das variáveis estruturantes de uma iniciativa empresarial susten-tável constitui um indicador de grande relevância para determinar a “saúde“ do desempenho macroeconómico de qualquer economia. A exportação de bens e ser-viços indicia o imprescindível crescimento das actividades económicas transaccioná-veis. O investimento indicia a formação de capital nas suas diferentes componentes onde o capital físico associado à automação e à utilização intensiva das tecnologias de informação assumem um papel determinante nos nossos dias.

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), Eco-nomic Outlook n.º 87 e 88;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of European Economy.

Evolução do Desempenho Relativo na Área do Euro Evolução do Desempenho Relativo na União Europeia

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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A economia portuguesa vai enfrentando uma importante e prolongada crise de in-vestimento, traduzida num expressivo decréscimo relativo acumulado em relação à trajectória, quer da área do euro (-25,5%), quer da UE 27 (-27,5%), com conse-quências duradouras no seu potencial de crescimento económico num horizonte de médio e longo prazo, apesar de uma desaceleração do ritmo de divergência no contexto europeu, ao longo da segunda metade da última década (cf. Gráfico I.19.).

O comportamento das exportações de bens e serviços não pode, também, ser considerado satisfatório na medida em que conheceu decréscimos relativos acumulados em relação à trajectória, quer da área do euro (-8,9%), quer da UE 27 (-10,3%), bem superiores aos verificados no crescimento do PIB, numa evolução marcada, em boa parte, pela expressão da recessão de 2002-03 no comércio internacional português e pelos efeitos do alargamento da União Eu-ropeia consumado em 2004 (cf. Gráfico I.17.).

A recuperação registada desde então, bem como o muito melhor desempenho relativo das exportações na recessão de 2008-09 - que permitiu deixar para trás máximos de divergência acumulada 9,7 e 11,4%, em 2006, respectivamente face à área do euro e à UE 27 - representa um sinal positivo de alguma recuperação de capacidade competitiva e concorrencial que importa valorizar e aprofundar.

O desempenho da economia portuguesa no período 2000-10 foi, assim, marcado por uma conjugação complexa de problemas conjunturais e estruturais que se manifestaram, no essencial, em dificuldades orçamentais e competitivas, que se traduziram numa divergência no ritmo de crescimento económico no espaço da Europa alargada, numa dificuldade progressiva de executar e concluir os progra-mas de consolidação orçamental sucessivamente definidos em função de situa-ções de défice excessivo e numa persistente manifestação de um défice externo de proporções significativas amplificado pelos choques externos adversos. GRÁFICO I.19.A ECONOMIA PORTUGUESA NA UNIÃO EUROPEIAPIB, INVESTIMENTO E EXPORTAÇÕES BENS E SERVIÇOSVariação relativa acumulada em volume; Índice Base Fixa (1999=100)

Evolução do Desempenho Relativo na Área do Euro Evolução do Desempenho Relativo na União Europeia

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), Eco-nomic Outlook n.º 87 e 88;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of European Economy.

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Os modelos económicos da Europa do Sul em dificuldadeAs dificuldades experimentadas não foram, nem são, “exclusivo” da economia portuguesa. As restantes economias da Europa do Sul também conheceram difi-culdades competitivas e orçamentais razoavelmente importantes e também puse-ram em marcha modelos de crescimento globalmente ancorados numa presença significativa de estratégias “extensivas”.

O que é específico da economia portuguesa é a articulação de uma crise de emprego com uma situação de excesso de despesa interna de consumo, isto é, um crescimento continuado das despesas de consumo, público, primeiro, e privado, depois, bem acima do crescimento da produção nacional. Face ao de-sempenho médio das economias da área do euro, constatamos que, em Portugal e em termos acumulados, entre 1999 e 2010, o consumo público e o consumo privado terão crescido acima do próprio PIB, em mais 1,6% e em mais 8,1%, respectivamente.

Este significativo desequilíbrio macroeconómico, que originou um forte agrava-mento do endividamento externo da economia portuguesa, resultou da acumula-ção de duas tendências que o foram alimentando ao longo dos anos, isto é:

foi maior na Itália) com uma divergência na criação de emprego (Espanha, Itália e Grécia23 registaram um ritmo acumulado de crescimento do emprego, entre 2000 e 2010, superior ao verificado na UE 27) (cf. Gráfico I.20.);

de overspending em matéria de consumo privado que cresceu, ao contrário das restantes economias da Europa do Sul, a um ritmo bastante superior ao da sua fronteira de sustentabilidade (o ritmo de criação de riqueza, evidenciado pelo ritmo de crescimento do PIB) (cf. Gráfico I.21.).

O que é comum a todas as economias da Europa do Sul nesta primeira década do século XXI é a manifestação de um problema de perda de competitividade traduzido, em primeiro e decisivo lugar, pela progressiva perda de ritmo nas expor-tações de bens e serviços face ao desempenho da própria UE 27 (cf. Gráfico I.22). A perda de competitividade do sector exportador foi mais severa e continuada na Itália, onde as exportações de bens e serviços cresceram, entre 1999 e 2010, menos 31% que na UE 27, e na Grécia (-15,1%), e menos severa em Portugal (-10,3%) e, sobretudo, na Espanha (-2,1%), duas economias que, desde 2006, registaram alguma recuperação.

23 A leitura comparativa da trajectória da Grécia deve ser relativizada, sobretudo quando se uti-lizam valores em volume, em função da ampli-tude das revisões efectuadas nas estimativas dos grandes agregados das contas nacionais que, por si só, “empurraram” significativamente para cima o nível da riqueza produzida.

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GRÁFICO I.20.OS MODELOS DE CRESCIMENTO NA EUROPA DO SUL A DIVERGÊNCIA NA PRODUTIVIDADEEvolução do desempenho relativo na União Europeia (UE 27 = 100)

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), Eco-nomic Outlook n.º 87 e 88;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of European Economy.

PORTUGAL

ITÁLIA

ESPANHA

GRÉCIA

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GRÁFICO I.21.OS MODELOS DE CRESCIMENTO NA EUROPA DO SULO DESEQUILÍBRIO ENTRE PRODUÇÃO E CONSUMOEvolução do desempenho relativo na União Europeia (UE 27 = 100)

PORTUGAL

ITÁLIA

ESPANHA

GRÉCIA

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), Eco-nomic Outlook n.º 87 e 88

e Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of Euro-pean Economy.

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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GRÁFICO I.22.OS MODELOS DE CRESCIMENTO NA EUROPA DO SULA PERDA DE DINAMISMO EXPORTADOREvolução do desempenho relativo na União Europeia (UE 27 = 100)

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), Eco-nomic Outlook n.º 87 e 88;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of European Economy.

PORTUGAL

ITÁLIA

ESPANHA

GRÉCIA

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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O primado da “preferência pelo presente”O recuo do nível relativo de investimento, que caracterizou a economia portu-guesa na última década, mas também a Espanha e, sobretudo a Grécia, a partir de 2006, exprime uma “arbitragem” entre consumo e investimento, suportada pelas decisões e interacções dos agentes económicos (cf. Gráfico I.22.), reveladora de uma “preferência pelo presente” (consumo alimentado por endividamento) que se foi implantando e consolidando à custa de uma “preferência pelo futuro” (investimento alimentado por poupança).

A polarização dos comportamentos com relevância económica em torno dos retornos de curto prazo teve como consequência, na ausência de ajustamentos competitivos suficientes, uma progressiva degradação do nível da poupança24 em todas as economias da Europa do Sul, com maior expressão na Grécia do que em Portugal (cf. Gráfico I.23.). O desequilíbrio financeiro foi adquirindo, assim, nestas economias uma natureza global, isto é, micro e macroeconómica, pública e privada, das famílias, do Estado e do próprio sector financeiro, que alimentou um processo de endividamento internacional com expressão significativa.

GRÁFICO I.23.A DEGRADAÇÃO DO NÍVEL DE POUPANÇA NA EUROPA DO SUL

A dimensão do recuo sistemático, no contexto europeu, do nível relativo do inves-timento na economia portuguesa representa uma pressão adicional em matéria de competitividade, sobretudo no que respeita ao acentuar de uma divergência rele-vante em matéria de formação de capital pelas empresas que constitui, sempre, uma “má notícia” para os ajustamentos competitivos reais que a plena integração europeia exige.

Os desequilíbrios macroeconómicos que se manifestam na economia portuguesa constituem uma combinação peculiar de formas de “sobreconsumo” com for-mas de “subinvestimento”, isto é, os ajustamentos necessários para os enfrentar e corrigir motivam uma dupla correcção, com expressão financeira e económica, quer do excesso de despesa no consumo, quer das insuficiências, quantitativa e qualitativa, na despesa de investimento.

O desempenho da economia portuguesa no período 2000-10, embora apresente os aspectos específicos relevantes atrás identificados, deve ser compreendido no quadro mais geral de um aprofundamento da vulnerabilidade das economias da Europa do Sul que foi agravado pelo despoletar da crise económica e financeira com que terminou a década em análise.

Fonte: OCDE (2010), Economic Outlook, n.º 87 e 88;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of European Economy.

24 A redução do nível de poupança deve ser consid-erada com alguns cuidados na medida em que, principalmente ao longo dos últimos quinze anos, se assistiu a uma proliferação de aquisição de hab-itação própria com recurso ao crédito hipotecário cujo serviço da dívida e amortização do capital também contribuíram para alterar duradoura-mente as decisões das famílias em matéria de con-sumo e poupança, sobretudo nos casos onde esta restrição adquiriu maior expressão.

Poupança Nacional Total(Taxa de poupança bruta em % do PIB)

Poupança do Sector Privado (Taxa de poupança bruta em % do PIB)

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A principal manifestação dos problemas de sustentabilidade dos modelos económicos da Europa do Sul corresponde a uma progressiva instalação de situações crónicas de “duplo défice”, isto é, de conjugação de um défice externo com um défice das contas públicas.

As dimensões assumidas pelos valores dos défices (cf. Gráfico I.24.) configuram si-tuações que, afinal, indiciam a necessidade absoluta de reformas e ajustamentos estruturais e duradouros no “coração” dos modelos vigentes, quer no plano eco-nómico, quer no plano social. Com efeito, os indicadores revelam a progressiva instalação destes défices crónicos através de processos sucessivos e cumulativos de desequilíbrio, seja entre a capacidade competitiva na produção de bens e serviços transaccionáveis e o nível da despesa interna, seja entre a capacidade de tributação dos agentes económicos e o nível da despesa corrente das administrações públicas.

As trajectórias seguidas por cada uma das quatro economias, apesar de significativas diferenças25, são todas reconduzíveis a uma subavaliação drástica da restrição externa no novo quadro criado pela UEM que foi alimentada pelas facilidades conjunturais de endividamento externo em vigor até ao despoletar da crise financeira em 2008.

A insustentabilidade dos modelos económicos da Europa do Sul parece constituir, neste quadro, o principal factor de vulnerabilidade destas economias e a razão pela qual vão acumulando desequilíbrios progressivos que criam dificuldades cres-centes na sua regulação económica interna e na sua inserção nos processos de investimento, comércio e produção associados à globalização.

GRÁFICO I.24.A INSTALAÇÃO DE “DUPLOS DÉFICES” CRÓNICOS NA EUROPA DO SULA ACUMULAÇÃO DE DESEQUILÍBRIOS PERSISTENTES NO RELACIONAMENTO EXTERNO E NO FINANCIAMENTO DAS DESPESAS PÚBLICAS

No futuro próximo, a vulnerabilidade do modelo de crescimento das economias da Europa do Sul será ainda mais exposta em função da subida expectável dos preços relativos da energia, dos alimentos e das matérias-primas e da descida dos preços relativos dos produtos industriais indiferenciados. A também expectável passagem, na área do euro, de uma situação de taxas de juro baixas com moeda apreciada para uma situação de taxas de juro mais altas com moeda menos apre-ciada vem também aumentar essa complexidade.

A conjuntura longa de saída da recessão 2008-09 será, seguramente, bem mais complexa e exigente que os contextos enfrentados anteriormente na saída de ci-clos recessivos. A disciplina da UEM, que não permite a utilização de ajustamentos financeiros compensatórios de perdas de competitividade (cambiais, nomeada-mente), determina, irreversivelmente, que a procura de ajustamentos reais (ga-nhos de eficiência e produtividade em valor, nomeadamente) seja a base exclusiva para melhorar o desempenho competitivo da economia portuguesa.

Fonte: OCDE (2010), Economic Outlook, n.º 87 e 88;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of Euro-pean Economy

25 Se o caso da Grécia constitui, como hoje sabemos, o caso mais preocupante na dimensão dos dese-quilíbrios, o caso da Espanha merece destaque, na medida em que, com grande probabilidade, terá sido a conjugação de um nível excessivo de investimento público em infra-estruturas não rendibilizáveis sem contribuições adicionais do Es-tado em período de exploração corrente com uma polarização, também excessiva, do crescimento económico no sector imobiliário, que terá precipi-tado o descontrolo das contas públicas, depois de um meritório processo de consolidação orçamen-tal entre 2001 e 2007.

Evolução do Défice Externo(Saldo das Transacções Correntes em % do PIB)

Evolução do Défice Público (Saldo Orçamental Estrutural em % do PIB)

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A articulação entre convergência nominal e realAs exigências de articulação entre convergência nominal e convergência real na economia portuguesa constituem, afinal, um indicador sólido quer da dimensão das diferenças existentes na envolvente das actividades económicas protegidas e das actividades expostas à concorrência internacional, quer da absoluta necessi-dade de as corrigir, favorecendo a concentração de recursos nas actividades inte-gradas em cadeias de valor de bens e serviços transaccionáveis através de reformas substanciais nas orientações, regras e instrumentos de política.

A economia portuguesa alcançou 2010 com um nível médio de vida26 que repre-sentava 77,1% do nível da União Europeia alargada (UE 27) e 69,8% do nível da União Europeia pré-alargamento (UE 15), isto é, mantendo a situação alcançada durante o ciclo de programação estrutural 1994-1999.

A comparação de Portugal com os restantes “países da Coesão”, Espanha, Grécia e Irlanda27, revela que estes já alcançaram o nível de vida médio da UE 27 (99,5%), recuperando dos cerca de 90% que ainda registavam no segundo ciclo de pro-gramação estrutural (1994-1999), isto é, já criaram condições para outro tipo de enquadramento nas políticas comunitárias (cf. Gráfico I.25.). Também os “PECO”, no seu conjunto, conseguiram recuperar cerca de 14 pontos percentuais no seu nível de vida relativo no referencial da UE 27 (passando de 44,6% para 58,3%) e, sobretudo, passar de menos de 60% do nível de vida médio em Portugal para mais de 75%. Isto é, na preparação do próximo ciclo de programação estrutural, os PECO geraram condições para se encontrarem muito mais próximos da situação portuguesa do que Portugal da situação dos seus anteriores parceiros da Coesão.

As exigências acrescidas na convergência real da economia portuguesa na União Europeia, que se começaram a manifestar no arranque do QCA III (2000-2006), vieram a revelar dificuldades competitivas de natureza estrutural particularmen-te vulneráveis às transformações produzidas pela UEM e pelo alargamento que comportam formas de manifestação e fundamentos dotados de alguma singula-ridade28 mas não são específicas nem exclusivas apenas da economia portuguesa.

GRÁFICO I.25.A CONVERGÊNCIA REAL EM PORTUGAL NA ÓPTICA DA PRODUTO INTERNOEvolução do PIB per capita em PPC nos ciclos programação estrutural

26 Medido pelo PIB per capita em paridades de pod-er de compra.

27 Ainda que a diferença real não seja tão significa-tiva como os números sugerem dada a relevância assumida pelo capital estrangeiro no tecido em-presarial irlandês (que conduz a uma redução sig-nificativa do rendimento nacional, face ao PIB, em função da repatriação de rendimentos de capitais) ou a menor credibilidade das contas nacionais da Grécia que tendem a empolar o nível do PIB face a outros indicadores de nível de vida.

28 Neste plano, a trajectória da economia italiana que perdeu, no período em análise, cerca de 18 pontos percentuais no seu nível de vida relativo na UE 27, e reflecte, embora num contexto de divergência a “partir de cima”, dificuldades com traços de aproximação às registadas pela econo-mia portuguesa, constitui um bom exemplo. O facto de o nível médio de vida na Itália já ser inferior ao da Espanha (101,5% contra 102,7%) quando a meio da década de 90 era largamente superior (119,8% contra 93,4%) constitui, por outro lado, um bom aviso sobre a possibilidade de uma reversão dos processos de convergência económica no espaço europeu.

Fonte: Cálculos próprios com base em EUROSTAT (2010), Contas Nacionais;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of Euro-pean Economy.

2.2. A CONVERGÊNCIA EUROPEIA DA ECONOMIA PORTUGUESA

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A economia portuguesa apresentou, desde a sua plena adesão, um ritmo elevado de convergência nominal do nível geral de preços29, em especial, nos períodos 1986-1995 e 2000-2004. A convergência da economia portuguesa no referencial da União Europeia, quando medida em paridades de poder de compra, encontrou, desse modo, uma exigên-cia adicional no crescimento real da economia, isto é, a convergência exigia, não só um crescimento do PIB per capita em volume superior ao da média da UE como, também, um crescimento adicional susceptível de anular o efeito da convergência dos níveis gerais de preços30.

A análise da convergência da economia portuguesa combinando as ópticas da produção de riqueza (evolução do PIB per capita relativo) e da utilização da riqueza (evolução do con-sumo per capita relativo) faz ressaltar, no entanto, duas visões razoavelmente contrastadas (cf. Gráfico I.26.).

GRÁFICO I.26.AS DUAS ÓPTICAS DA CONVERGÊNCIA: RENDIMENTO E CONSUMOEvolução do PIB e do Consumo per capita em PPC (UE-27=100)

Em termos de rendimento, Portugal registou uma ligeira regressão no nível de ren-dimento relativo em PPC (-22,9%, face à UE 27, em 2010 contra -22% em 2000) e uma recuperação no nível de rendimento em euros (-35,4%, face à UE 27, em 2010 contra -37,2% em 2000). Já em termos de consumo, Portugal registou uma recuperação substancial no nível de consumo per capita relativo em euros (redu-ção do diferencial de -31,7% para -26,6%) que se prolongou, também, numa recuperação, embora mitigada, no nível de consumo per capita relativo em PPC (redução do diferencial de -15,4% para -12,7%).

A capacidade de criação de riqueza em Portugal é de 64, 6% da média da UE 27, enquanto o nível de consumo em Portugal é de 87,3% da média da UE 27.

Fonte: Cálculos próprios com base em EUROSTAT (2010), Contas Nacionais;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of European Economy.

29 Quando Portugal aderiu à UE em 1986 o seu nível geral de preços era inferior ao da média da União cerca de 40,5%, o que significava que, na pas-sagem dos rendimentos em euros para rendimen-tos em paridades de poder de compra, aqueles deveriam ser multiplicados por 1,68. Em 2009 o nível geral de preços em Portugal era inferior ao média da União em apenas cerca de 15,5%, o que implicava, agora, um factor multiplicador de 1,18. No caso espanhol os factores de conversão de euros em PPC foram, em 1986 e 2009, respectiva-mente, 1,31 e 1,06, resultantes de um nível geral de preços inferior ao da média da União em cerca de 24,1%, em 1986, e 6,7%, em 2009.

30 A travagem do processo de convergência da economia portuguesa, neste período, fica a dever-se, não apenas ao crescimento económico insat-isfatório mas, também, à convergência do nível geral de preços, que teria exigido, no período em análise, um crescimento anual adicional do PIB per capita de cerca de 0,5%, para manter o valor rela-tivo do PIB per capita alcançado em 1999.

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A expressão desta diferença entre uma menor capacidade de criação de rique-za medida em poder de compra internacional e um maior nível de consumo real na economia portuguesa em 2010, isto é, entre 64,6% e 87,3%, constitui, pela sua dimensão, talvez o melhor indicador, quer dos desequilíbrios acumulados, quer do esforço necessário para os corrigir.

Uma base microeconómica para os desequilíbrios globaisA compreensão desta evolução desigual da convergência na criação de riqueza e no consumo real exige um aprofundamento sobre as características dos processos de formação e distribuição, primária e secundária, do rendimento das famí-lias portuguesas e da sua utilização em termos de despesas de consumo.

A análise é desenvolvida numa lógica de posicionamento relativo no contexto do referencial médio da UE pré-alargamento (UE 15) para favorecer uma leitura cen-trada na evolução do processo de convergência.

GRÁFICO I.27.A FORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO RENDIMENTO DAS FAMÍLIASEvolução do desempenho relativo na União Europeia (UE 15 = 100)

As características dos processos de formação e utilização do rendimento das fa-mílias em acção na economia portuguesa, no quadro comparativo fornecido pelo seu posicionamento face ao referencial dos valores médio da UE31, fazem ressaltar três grandes características (cf. Gráfico I.27.) que importa evidenciar e salientar:

primário se situar sempre abaixo do seu posicionamento em termos de PIB indicia uma menor capacidade de retenção da riqueza criada no espaço nacional e/ou uma menor capacidade de obter riqueza produzida noutras economias, isto é, no essencial, a um saldo desfavorável no conjunto dos fluxos de remuneração dos in-vestimentos directos no estrangeiro (realizados e/ou recebidos) e dos empréstimos (concedidos e/ou obtidos);

Fonte: Cálculos próprios com base em EUROSTAT (2010), Contas Nacionais;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of European Economy.

31 A utilização deste referencial não remete para qualquer tipo de norma qualitativa (“o que de-veria ser”) mas, apenas, para uma análise dinâmi-ca da evolução do posicionamento relativo da economia portuguesa no quadro de uma con-vergência económica implícita nas próprias con-dições de eficácia do próprio funcionamento da União Económica e Monetária à escala europeia.

Valores em EUROS Valores em Paridades de Poder de Compra (PPC)

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-ponível se situar sempre acima do seu posicionamento em termos de PIB indicia uma divergência no posicionamento das prestações sociais concedidas (superior) e dos impostos e contribuições sociais pagos (inferior), divergência que se alargou substan-cialmente desde 2003 e que coloca, no caso português, a melhoria da eficiência das políticas sociais e o alargamento da base tributária no centro da susten-tabilidade do próprio modelo económico;

privado se situar sempre acima do seu posicionamento em termos de rendimento disponível indicia, finalmente, a conjugação de um menor nível de poupança com um maior nível de endividamento por parte das famílias portuguesas.

A participação da economia portuguesa no processo de construção europeia, na conjugação das suas dimensões de aprofundamento e alargamento, no quadro mais geral de uma aceleração da globalização das economias e dos mercados, induziu um progressivo adensamento da sua própria complexidade, seja ao nível da diversificação da natureza dos agentes económicos e dos respectivos com-portamentos e estratégias, seja ao nível da própria configuração das estruturas de formação, distribuição e repartição dos rendimentos.

O desenvolvimento da economia portuguesa ao longo da primeira década do sé-culo XXI comporta uma base microeconómica muito relevante, reflectindo, em boa medida, um alargamento dos desfasamentos entre as oportunidades e pos-sibilidades no quadro doméstico e no quadro europeu e internacional percebidas e/ou impostas concorrencialmente às empresas, por um lado, e um alargamento dos desfasamentos entre as expectativas de consumo e as realidades do rendi-mento primário, entre o “querer” e o “poder” das famílias, que induziu um papel acrescido das intervenções públicas discricionárias na formação e distribuição do rendimento, por outro lado.

As progressivas dificuldades em conjugar os ritmos de progresso na “coesão so-cial” e na “competitividade económica”, induzidas por aquele conjunto de dese-quilíbrios de base microeconómica, vieram a polarizar-se, ao nível macroeconó-mico, nas dificuldades de regulação interna (défice dos orçamentos públicos) e externa da economia portuguesa (défice das transacções correntes), exigindo um necessário ajustamento às restrições no financiamento externo.

As dificuldades experimentadas não foram, também aqui, um “exclusivo” da eco-nomia portuguesa.

As restantes economias da Europa do Sul também conheceram dificuldades de ar-ticulação entre coesão e competitividade muito embora, neste plano, se desenhe uma clara semelhança entre as realidades de Portugal e da Grécia (bastante mais extremada na dimensão dos desfasamentos), que acumulam todos os diferentes desequilíbrios assinalados, uma vez que a Itália, pela moderação do consumo em relação ao rendimento disponível e pelo avantajamento do saldo dos rendimentos primários em relação ao PIB, e a Espanha, pela inversão do posicionamento entre prestações sociais, inferior, e impostos e contribuições sociais, superior, conseguem conter e moderar a dimensão do desequilíbrio global resultante das operações de formação, repartição e utilização do rendimento das famílias (cf. Gráfico I.28.).

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GRÁFICO I.28.A FORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO RENDIMENTO DAS FAMÍLIASPORTUGAL NO CONTEXTO DA EUROPA DO SULEvolução do desempenho relativo na União Europeia (valores em PPC, UE 15 = 100)

PORTUGAL ESPANHA

Fonte: Cálculos próprios com base em EUROSTAT (2010), Contas Nacionais;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of Euro-pean Economy.

ITÁLIA GRÉCIA

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Convergência mais rápida no consumoA passagem da óptica da produção para a óptica do rendimento e do consumo, na aná-lise da convergência económica no espaço da União Europeia, cada vez mais sugerida pelas limitações associadas à utilização convencional do PIB como medida do progresso económico e social32, permite, assim, chegar a uma configuração do processo de con-vergência no espaço europeu razoavelmente diferenciada da configuração revelada pela evolução do PIB per capita em paridades de poder de compra.

Com efeito, a evolução do rendimento disponível per capita em paridades de poder de compra desde a segunda metade da década de 90 (cf. Gráfico I.29.) revela, nomeada-mente, uma muito menor dispersão no grupo dos “países da Coesão”33. A divergência positiva da Irlanda e a divergência negativa de Portugal reduzem-se, na óptica do ren-dimento disponível, de forma muito substancial, ainda que a sua distância para o nível médio da UE 15 se revele ainda significativa (- 12,4%). A alteração do posicionamento da Holanda (de +33,7% para – 11,1% face à média da UE 15) merece também desta-que como exemplo relevante.

GRÁFICO I.29.A CONVERGÊNCIA REAL EM PORTUGAL NA ÓPTICA DO RENDIMENTO Evolução do Rendimento Disponível per capita em PPC

As tendências associadas à integração em profundidade na economia mundial, nomeadamente a crescente interpenetração dos movimentos de investimento, produção e comércio, conduziram a uma maior complexidade das leituras “ter-ritoriais” dos processos de formação e distribuição dos rendimentos (crescente separação entre o local da produção e o local da apropriação final dos rendimen-tos) que contribuiu decisivamente para reduzir, ainda mais, a eficácia do PIB como indicador de nível de vida e bem-estar.

Fonte: Cálculos próprios com base em EUROSTAT (2010), Contas Nacionais.

32 Esta mudança de óptica corresponde, aliás, às três primeiras recomendações da Comissão “Stiglitz-Sen-Fitoussi” para medir o desempenho económico e do progresso social ( “When evalu-ating material well-being, look at income and consumption rather than production; Emphasise the household perspective; Consider income and consumption jointly with wealth.” (Stiglitz, J., Sen, A. e Fitoussi, J.-P. (2009), pp. 12-13.) na medida em que permitem acompanhar melhor as tendências do bem-estar material da população.

33 No caso do rendimento disponível per capita, o valor relativo da diferença entre máximo e míni-mo face à média reduz-se para cerca de metade quando comparado com o valor equivalente no caso do PIB per capita, isto é, de 60,5% para 30,9%.

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GRÁFICO I.30.DO PRODUTO INTERNO AO RENDIMENTO NACIONAL A PERDA DE EFICÁCIA DO PIB COMO INDICADOR DE NÍVEL DE VIDA

A principal consequência desta transformação é a desestabilização da relação en-tre o PIB, a riqueza gerada numa determinada economia, e o PNB, a riqueza retida nessa mesma economia considerando o saldo das operações de transferência dos rendimentos dos factores 34, com especial incidência ao longo da última década.

Com efeito, a União Europeia tem sido palco de alterações relevantes da relação entre estes dois agregados das contas nacionais, com destaque para as grandes economias, e para as economias da Escandinávia, que reforçaram a sua capacida-de de investimento internacional e melhoraram o seu saldo de rendimentos dos factores e para as economias da Europa do Sul e da Europa Central e Oriental que, ao contrário, reforçaram, respectivamente, o seu endividamento externo e a sua capacidade de recepção de investimento directo estrangeiro, deteriorando em ambos os casos o seu saldo de rendimentos dos factores (cf. Gráfico I.30.).

Fonte: Cálculos próprios com base em EUROSTAT (2010), Contas nacionais;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of Euro-pean Economy.

34 As economias emissoras de investimento directo estrangeiro e credoras tendem a registar avanços do PNB em relação ao PIB, enquanto as economias receptoras de investimento directo estrangeiro e devedoras tendem, ao contrário, a registar recuos do PNB em relação ao PIB.

Recuos e Avanços da Relação PNB/PIB na União Europeia

O Recuo da Relação PNB/PIB na Europa do Sul

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Os casos dos “países da Coesão” adquirem, neste quadro, um elemento adicional de vulnerabilidade. Ao caso da Irlanda onde, pelas razões anteriormente referidas, o afastamento do PNB do PIB já se aproxima dos -15%, somam-se os casos de Portugal, Espanha e Grécia onde, alimentado pelo serviço da dívida externa, o afastamento do PNB do PIB, já se aproxima de -4%, e não deixará de aumentar em função das necessidades de financiamentos adicionais obtidos, necessariamente, a taxas de juro mais elevadas.

O avanço do dualismo entre as actividades “domésticas” e “inter-nacionais”Uma análise aprofundada dos problemas de competitividade é exigida pelas carac-terísticas cumulativas dos desequilíbrios macroeconómicos em acção na economia portuguesa.

Estes desequilíbrios estão associados, quer à sustentabilidade do nível médio de consumo e de equipamento das famílias, quando confrontados com o rápido cres-cimento do respectivo nível de endividamento, quer à sustentabilidade do papel assumido pelas administrações públicas e dos níveis de protecção social alcança-dos, quando confrontados com a formação recorrente de défices públicos exces-sivos35.

A primeira constatação a fazer, baseada no desempenho da economia portuguesa no comércio internacional de bens e serviços em valor, seja no quadro da econo-mia mundial, seja no conjunto das economias europeias (cf. Gráfico I.31.), é a de que a erosão da competitividade tem sido tão persistente quanto os esforços que as empresas têm desenvolvido para lhe fazer face.

GRÁFICO I.31.A COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA PORTUGUESAEVOLUÇÃO DAS QUOTAS DE EXPORTAÇÃO DA ECONOMIA PORTUGUESA NO COMÉRCIO DE BENS E SERVIÇOS NO CONTEXTO MUNDIAL E EUROPEU

Fonte: Cálculos próprios com base em WTO (2010), Inter-national Trade Statistics.

2.3. A EVOLUÇÃO DA COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA PORTUGUESA

35 Sempre temporariamente corrigidos à custa de ajustamentos mais centrados no aumento das re-ceitas fiscais e em saldos favoráveis de despesas e receitas extraordinárias, do que na redução estru-tural do nível da despesa excessiva.

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0.0% 0.1% 0.2% 0.3% 0.4% 0.5% 0.6% 0.7% 0.8% 0.9% 1.0% 1.1% 1.2% 1.3% 1.4% 1.5% 1.6%

1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Quota Mundo - Comércio Total QuotaUE-27 - Comércio Total

Quota Mundo - Mercadorias Quota UE-27 - Mercadorias

Quota Mundo - Serviços Quota UE-27 - Serviços

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A economia portuguesa foi suportando as consequências negativas do aumen-to de uma dupla pressão concorrencial, uma espécie de “tenaz” concorrencial, pressionada “por cima” pelas economias mais desenvolvidas, mais centradas no valor e na diferenciação dos produtos e pressionada “por baixo” pelas economias emergentes, mais centradas no custo e no preço.

A evolução da quota das exportações portuguesas caracteriza-se por uma progres-siva redução em termos globais e em termos de mercadorias (menos acentuada à escala europeia que à escala global) e uma ligeira melhoria em termos de serviços (verificada à escala global, mas não à escala europeia), configurando-se muito mais como uma perda lenta, mas continuada, de “velocidade” competitiva e con-correncial do que como uma regressão ou mesmo um “colapso”.

O desempenho competitivo da economia portuguesa no contexto global e eu-ropeu é, em termos objectivos, mais satisfatório em termos quantitativos do que qualitativos. As exportações portuguesas registaram uma evolução bem menos desfavorável que o conjunto da economia, tendo perdido posições, em parte, em resultado do novo dinamismo das economias emergentes, facto que exige agora uma adaptação dos factores chave de competitividade, da especialização de produtos, dos modelos de negócio e da natureza das vantagens no comércio internacional às profundas mudanças no quadro concorrencial, seja numa Europa sujeita a um novo regime macroeconómico marcado pela integração monetária, seja numa economia mundial sujeita a novas pressões concorrenciais de preços e custos marcada pela emergência de economias de grande dimensão em rápido crescimento.

A competitividade da economia portuguesa A competitividade de uma economia representa, no essencial, a sua capacidade de gerar emprego e rendimento através de um crescimento sustentável da sua ac-tividade económica de conjunto, apoiado na consolidação de sinergias resultantes da evolução do respectivo padrão de especialização interno e internacional para produtos de maior conteúdo inovador e valor acrescentado.

As dinâmicas de internacionalização na era da globalização articulam múltiplos factores da esfera real e da esfera financeira com reflexos na especialização in-ternacional das economias nacionais. A produtividade, o custo internacional do trabalho por unidade produzida, a taxa de câmbio e o poder técnico e comercial de uma economia exprimem-se, de forma articulada, na respectiva capacidade de gerar e absorver valor internacional.

A taxa de câmbio real, calculada com base nos custos unitários da produção nas actividades mais expostas à concorrência internacional, constitui, neste quadro, um indicador de competitividade com relevância microeconómica, uma vez que reflecte a maior ou menor capacidade de uma economia ganhar capacidade concorrencial para o seu tecido empresarial, seja na parte concorrenciada do seu mercado doméstico, seja nos mercados externos, seja através de uma evolução favorável da taxa de câmbio efectiva nominal, seja através de uma evolução conjugada dos custos salariais e da produtividade susceptível de a alargar ou contrabalançar36.

A análise da evolução da taxa de câmbio real das actividades transaccionáveis nas economias europeias (cf. Gráfico I.32.) tende a revelar, em primeiro lugar, o apro-fundamento de uma forte dispersão no desempenho das diferentes economias, traduzida na comparação entre o ganho máximo de competitividade na Suécia (+ 21,1%, entre o primeiro trimestre de 2010 e a média de 1998-1999) e a perda máxima de competitividade na Itália (-46,8%).

A análise da evolução da taxa de câmbio real revela, em segundo lugar, com bas-tante clareza, quer as dificuldades competitivas da Europa do Sul que, no seu con-junto, são responsáveis pelas maiores perdas de competitividade, quer os desem-penhos positivos das pequenas economias que, no seio da área do euro (Áustria +4,8%, Finlândia +10,2%) ou fora dela (Suécia), conseguiram alcançar dinâmicas relevantes de crescimento económico.

36 O crescimento da produtividade apoiado num controlo da inflação que permita, à escala in-ternacional, uma progressiva melhoria do nível salarial relativo apoiado nos ganhos de produtivi-dade, sem diminuir a evolução favorável dos cus-tos unitários em trabalho da produção, constitui a grande e duradoura alavanca da competitivi-dade, na medida em que a própria capacidade de lançar no mercado produtos e soluções (bens e/ou serviços) inovadores, de qualidade e a preço competitivo induz um dinamismo da procura que tende a fazer apreciar a taxa de câmbio nominal.

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GRÁFICO I.32.A COMPETITIVIDADE DAS ECONOMIAS EUROPEIASA EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO REAL COMO INDICADOR DE COMPETITIVIDADE(CTUP das Actividades Transaccionáveis, Variação em índice, Valor médio de 1998-99=100)

A análise da evolução da taxa de câmbio real revela, em terceiro lugar, dois casos de inversão de uma tendência positiva, na saída da recessão de 2002-2003, com a Irlanda e a França a registarem desde então uma apreciação sistemática da res-pectiva taxa de câmbio real que, no essencial, as reconduziu à posição competitiva que detinham quando foram fixadas as paridades irrevogáveis para a criação da moeda única no final da década de 90. Esta situação contrasta com a posição consolidada de ganhos de competitividade por parte da economia alemã que, no entanto, foi mais afectada no desenrolar da presente crise económica.

A análise da evolução da taxa de câmbio real revela, em quarto lugar, que a eco-nomia portuguesa, com uma perda de competitividade de -14,6%, se situa, no conjunto das economias da Europa do Sul, numa posição intermédia que, apesar de insatisfatória, merece ser valorizada por evidenciar um comportamento bem menos negativo que o da Itália ou da Espanha, isto é, um desempenho bem me-nos negativo na evolução conjugada dos salários e da produtividade, muito em-bora, como veremos adiante, à custa de uma redução da rendibilidade do sector exportador.

O desempenho competitivo da economia portuguesa no seio da UE alargada, evidenciado pela apreciação da taxa de câmbio real, encontra-se associado a um conjunto alargado de factores onde importa salientar, nomeadamente:

-duras”, de crescimento pouco dinâmico, e por modelos de negócio intensivos em baixa tecnologia e trabalho pouco qualificado, insuficientemente geradores de valor acrescentado, que limitam o crescimento da produtividade-valor37;

Fonte: Cálculos próprios com base em Comissão Euro-peia (2010), Price and Cost Competitiveness.

37 A produtividade tem uma dimensão de eficiência (associada à produção física de bens e serviços, que se traduz na sua evolução em volume) e uma dimensão de eficácia (associada à valorização dos recursos materiais e imateriais mobilizados para a produção de bens e serviços, que se traduz na sua evolução em valor) que importa não confundir, tanto mais quanto os indicadores disponíveis colocam os problemas de produtividade relativa da economia portuguesa muito mais na esfera da eficácia do que na esfera da eficiência ou de for-ma ainda mais rigorosa no terreno da articulação entre estas duas esferas.

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seguidora e uma insuficiente articulação entre a inovação e o desenvolvimento dos processos de internacionalização das empresas portuguesas;

consumada a entrada na UE dos novos Estados-membros, se tornou pouco favorável.

A concretização de mudanças suficientes poderá conduzir a economia portugue-sa em direcção a actividades mais diferenciadas e com níveis tecnológicos mais elevados e de maior intensidade em I&D, no seu padrão de especialização, e em direcção a estratégias mais inovadoras e suportadas por dinâmicas intensivas e pró-activas de resposta à procura, nos seus modelos de negócio.

Apesar de uma muito razoável capacidade de resistência, só estas mudanças per-mitirão acompanhar a procura potencial induzida pelo dinamismo dos actuais mercados de destino nas exportações de mercadorias e concretizar uma significa-tiva diversificação dos destinos em direcção aos mercados com maior potencial de crescimento sustentado.

A informação disponível revela, com muita clareza, que as exigências acrescidas sentidas pela economia portuguesa, no plano específico das exportações, se concentram muito especialmente, por um lado, nas indústrias de bens de consumo, onde, precisamente, a referida “tenaz concorrencial” se faz sentir de forma mais acentuada e, por outro lado, nas cadeias de valor globalizadas, onde a nova geografia do investimento internacional coloca desafios de dimensão, logística, qualidade e produtividade que não têm sido enfrentados com suficiente eficiência e dinamismo.

O “motor” que impulsiona o presente crescimento económico mundial caracte-riza-se por uma crescente articulação entre os processos de internacionalização e os processos de inovação e desenvolvimento tecnológico ao nível das empresas.

A agenda da competitividade da economia portuguesa não deve, neste contexto, abrandar a procura de um maior envolvimento global nas actividades intensivas em informação e conhecimento e de uma inovação de base empresarial mais ex-pressiva (processos, produtos, organização e gestão), focalizando-se, a este nível, quer nos factores explicativos microeconómicos (insuficiente formação das elites empresariais, fraca articulação entre universidades e empresas, ausência de verda-deiras redes de competências orientadas para o mercado), quer nos factores expli-cativos associados à eficiência colectiva, isto é, relativos à intensidade e orientação do relacionamento entre as infra-estruturas de suporte e as empresas.

A diferenciação dos ajustamentos nas actividades “domésticas” e “internacionais” A experiência portuguesa revela uma relação assimétrica entre evolução de preços e custos que tende a penalizar significativamente a rendibilidade das actividades de bens e serviços transaccionáveis. A degradação da posição competitiva externa surge mais forte, quando avaliada em termos de custos e preços para o conjunto da economia, do que quando avaliada em termos de custos das actividades de bens transaccionáveis e, sobretudo, em termos de preços de exportação, onde se regista uma bem menor apreciação da taxa de câmbio real.

A evolução da taxa de câmbio real constitui um bom indicador de competitividade, em especial porque possibilita leituras micro e macroeconómicas, mas não deve ser utilizado como se fosse um indicador completo da competitividade, sobretudo porque, centrado na lógica de custos e preços unitários relativos, não capta os factores de competitividade ancorados nos elementos qualitativos, imateriais e institucionais.

A utilidade da taxa de câmbio real, como indicador de competitividade, consiste na criação de um quadro objectivo de referência para as condições de formação dos custos e preços e, desse modo, para as condições de rendibilidade, seja nas actividades transaccionáveis, seja no conjunto da economia.

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O cruzamento da evolução da taxa de câmbio real com o desempenho exportador relativo em relação à UE 27 (cf. Gráfico I. 33.) separa com nitidez as diferentes economias europeias permitindo evidenciar as seguintes tendências relevantes:

-pa do Sul (incluindo a França e a Itália, para além dos três “países da Coesão”), com apreciações da taxa de câmbio real e crescimentos relativos negativos nas exportações, com o conjunto formado pela economia alemã e pelas economias escandinavas, com depreciações da taxa de câmbio real e crescimentos relativos positivos nas exportações. Isto significa que o desempenho exportador pode ser explicado, nas suas grandes linhas, pela evolução dos ganhos de produtivi-dade e pela respectiva tradução numa maior ou menor capacidade concorren-cial de gestão de custos e preços38;

real com um crescimento relativo positivo nas exportações, constitui um bom exemplo das insuficiências da taxa de câmbio real como indicador de competi-tividade na medida em que o seu desempenho exportador se faz, em parte sig-nificativa, através de lógicas de “comércio fechado” (trocas no seio de grupos empresariais) impulsionadas pelo investimento internacional;

-ção das economias europeias seleccionadas indicia, pelo seu lado, um compor-tamento bem mais favorável nas respectivas taxas de câmbio real, que conhece-ram depreciações de 20-30%, determinadas em grande parte pela apreciação do euro em relação ao dólar e ao iene ao longo do período em análise39.

GRÁFICO I.33.COMPETITIVIDADE E DESEMPENHO EXPORTADORUM FORTE DISPARIDADE NO CONJUNTO DAS ECONOMIAS EUROPEIAS Variação da Taxa de Câmbio Real e Crescimento Relativo das Exportações (1999-2008)

-des transaccionáveis ou do conjunto da economia conduz a oscilações bastante significativas nos movimentos de apreciação e depreciação da taxa de câmbio real, sugerindo a existência de diferentes modelos de relacionamento entre as ac-tividades “domésticas “ e “internacionais” em acção nas economias europeias.

Os factos que aconselham algum aprofundamento, nomeadamente nas conse-quências de uma maior ou menor diversidade nos ajustamentos competitivos das actividades domésticas e internacionais, para além de reflectirem efeitos dimensio-nais e de especialização, reflectem, também, efeitos de diferenciação em relação à maior ou menor autonomia das empresas nos sistemas de fixação de preços40.

38 A comparação da Alemanha com a Escandinávia, melhor no desempenho exportador do que na de-preciação da taxa de câmbio real, ou de Portugal com Espanha, pior no desempenho exportador do que na apreciação da taxa de câmbio real, obriga, no entanto, a uma leitura cuidadosa destes indi-cadores, capaz de valorizar outros factores com-petitivos como a qualidade, o financiamento das exportações, a diferenciação e o serviço pós-venda nos bens duradouros, por exemplo.

39 A diferença registada entre ambas as economias no crescimento relativo das exportações, face à UE 27, claramente positivo para o Japão, negativo para os Estados Unidos, reforça a importância da análise estrutural da competitividade completan-do as análises centradas na avaliação do cresci-mento relativo das exportações de bens e serviços em volume, que tendem a subestimar a capaci-dade concorrencial das economias mais inseridas nas lógicas financeiras da globalização.

40 As economias de menor dimensão, como Portu-gal, Grécia, Irlanda, Suécia e Finlândia apresen-tam, todas, uma evolução mais favorável da ev-olução da taxa de câmbio real quando calculada com os CTUP das actividades transaccionáveis, enquanto economias de maior dimensão, como a Espanha, a Itália, o Reino Unido e a Alemanha (embora sem grande expressão), apresentam, ao contrário, uma evolução mais favorável com os CTUP do conjunto da economia.

(*) Os custos em trabalho por unidade produzida (CTUP) revelam a evolução conjugada dos custos as-sociados ao factor trabalho e da produtividade. Trata-se de um bom indicador da variação dos preços numa óptica de custo que, uma vez utilizado para “deflacio-nar” as variações da taxa de câmbio efectiva nominal, “produz” uma aproximação à taxa de câmbio real que se configura como um dos melhores indicadores globais da competitividade de uma economia.

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), Eco-nomic Outlook n.º 87 e 88;

Comissão Europeia (2010), Statistical Annex of Europe-an Economy e Price and Cost Competitiveness.

Taxa de Câmbio Real Calculada com os CTUP (*) do Conjunto da Economia

Taxa de Câmbio Real Calculada com os CTUP (*) das Actividades Transaccionáveis

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A comparação para a economia portuguesa, quer da evolução da taxa de câmbio efectiva nominal e das diferentes taxas de câmbio real41, quer da evolução dos pró-prios custos e preços unitários para o conjunto da economia e para as actividades transaccionáveis, revela a presença de desequilíbrios que tendem a penalizar a ren-dibilidade das actividades de bens e serviços transaccionáveis42.

Os ajustamentos competitivos em acção na economia portuguesa, ao longo da primeira década do século XXI, traduzem uma vida bastante mais difícil para as empresas e sectores mais expostos à concorrência internacional quando compara-da com a das empresas e sectores mais abrigados dessa mesma concorrência pela sua orientação mais doméstica.

A análise quantificada (cf. Gráfico I.34.) permite caracterizar os aspectos centrais desses ajustamentos competitivos em torno dos seguintes aspectos:

a partir de 2003, a perda de competitividade implícita na apreciação da taxa de câmbio nominal do euro, o que confirma a pertinência de um conjunto alargado de análises que tendem a chamar a atenção para a imperiosa necessidade de progressos assinaláveis em matéria de produtividade na economia portuguesa;

GRÁFICO I.34.POSICIONAMENTO E AJUSTAMENTOS COMPETITIVOS DA ECONOMIA POR-TUGUESAActividades domésticas e transaccionáveis (2000-2010) (*)

-riação dos preços de exportação, com a taxa de câmbio efectiva nominal eviden-cia que o principal mecanismo de ajustamento competitivo em acção se traduziu numa compressão dos preços de exportação, medidos em euros, reflectindo a importância que a lógica de “tomada de preços” ainda detém no funcionamento do nosso sector exportador e a adopção de lógicas mais pró-activas de defesa das quotas de mercado à custa do sacrifício de uma parte das margens;

entre o crescimento dos preços da produção (PIB) para o conjunto da economia e o crescimento dos preços de exportação que atingiu no princípio de 2010 cerca de 7%. Isto significa um referencial de mercado para a formação dos preços e rendimentos muito mais restritivo para as actividades transaccionáveis;

verificada no conjunto da economia portuguesa, onde a evolução dos CTUP foi superior em cerca de 2,7%. Esta diferença não foi, no entanto, suficiente para travar a regressão da rendibilidade do sector exportador que perdeu cerca de 7% em relação à situação de 2000.

(*) A evolução dos diferenciais de preços e custos são expressos em % e são medidos na escala da direita. A evolução das taxas de câmbio e da rendibilidade é expressa em índice (2000=100) e é medida na escala da esquerda.

Fonte: Cálculos próprios com base em Comissão Euro-peia (2010), Price and Cost Competitiveness.

41 A taxa de câmbio real resulta da correcção da taxa de câmbio efectiva nominal pela evolução dos cus-tos ou preços unitários.

42 A degradação da posição competitiva externa surge, com efeito, mais forte, quando avaliada em termos de custos e preços para o conjunto da economia, do que quando avaliada em termos de custos das actividades de bens transaccionáveis e, sobretudo, em termos de preços de exportação, onde se regista uma bem menor apreciação da taxa de câmbio real.

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GRÁFICO I.35.OS DIFERENTES AJUSTAMENTOS COMPETITIVOS NAS ECONOMIAS EUROPEIASActividades domésticas e transaccionáveis (2000-2010) (*)

(*) A evolução dos diferenciais de preços e custos são expressos em % e são medidos na escala da direita. A evolução das taxas de câmbio e da rendibilidade é expressa em índice (2000=100) e é medida na escala da esquerda.

Fonte: Cálculos próprios com base em Comissão Euro-peia (2010), Price and Cost Competitiveness.

PORTUGAL

ITÁLIA

SUÉCIA

ESPANHA

IRLANDA

ALEMANHA

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A comparação dos ajustamentos em acção na economia portuguesa com os ajus-tamentos em acção noutras economias europeias (cf. Gráfico I. 35.) permite cons-truir uma visão mais alargada dos actuais desafios da globalização dos mercados, no espaço da economia mundial, e da integração monetária e do alargamento, no espaço europeu para a competitividade e o crescimento económico.

As duas principais conclusões a retirar sobre as condições e oportunidades de crescimento económico são as seguintes:

onde se integra a economia portuguesa, é o da produção de diferentes formas de divergência e dualismo entre as actividades domésticas e as actividades inter-nacionais que tendem a gerar situações persistentes de quebra da rendibilidade do sector exportador e, desse modo, a dificultar a necessária concentração do investimento nas actividades transaccionáveis para fazer face ao défice externo e melhorar o desempenho em matéria de crescimento económico.

entre a competitividade doméstica e internacional, como no caso alemão, seja numa melhoria sustentada da produtividade nas actividades transaccionáveis, como nos casos irlandês e sueco (alavancada, aqui, por uma depreciação da taxa de câmbio efectiva nominal da coroa sueca) que permitem, ao contrário da Europa do Sul, uma melhoria mais ou menos sustentada da rendibilidade do sector exportador.

O relançamento do crescimento económico na economia portuguesa exige, se-guramente, uma aceleração da sua abertura e internacionalização mas, também, necessariamente, à luz destas conclusões, uma gestão adequada da correcção dos factores de “dualismo” atrás enunciados.

A evolução do padrão de especialização na economia portuguesaA agenda da competitividade da economia portuguesa deve incindir sobre os facto-res microeconómicas associados à produtividade e à rendibilidade e sobre os facto-res macroeconómicas associados à apreciação da taxa de câmbio efectiva nominal e aos incentivos para promover a orientação para a internacionalização. Esta agenda não deve esquecer outro tipo de factores institucionais e infra-estruturais associadas aos elevados custos de contexto da actividade empresarial e à limitada eficiência das facilidades de exportação, nem as questões mesoeconómicas associadas aos limites do padrão de especialização da economia portuguesa que a posicionam num balan-ço global de actividades e negócios com um potencial de crescimento relativamente fraco e sujeito a uma maior exposição à concorrência dos países emergentes.

A evolução recente do padrão de especialização da economia portuguesa exprime uma articulação específica entre uma adaptação com traços positivos, embora a um ritmo insuficiente, aos desafios e tendências do comércio mundial e uma transfor-mação interna, polarizada, directa ou indirectamente, pela intervenção do Estado, caracterizada pela afirmação das actividades de bens e serviços não transaccionáveis.

A análise do desempenho do sector exportador (cf. Gráfico I.36.) permite destacar as seguintes grandes conclusões:

uma recomposição substancial da estrutura das exportações industriais marcada por uma regressão substancial do peso relativo dos produtos de baixa tecnologia e um avanço, também substancial, do peso relativo dos produtos de média-baixa tecnolo-gia. Os produtos de maior intensidade tecnológica e os produtos associados às TIC e à refinação de petróleo conheceram uma trajectória ascendente sustentada mas ainda pouco expressiva.

das exportações na produção total, registou uma ligeira progressão (passando de cerca de 38% para 42% entre 2000 e 2008), mas exprime uma dicotomia entre um grupo de actividades mais dinâmicas e sofisticadas (produtos de alta e média-alta tecnologia e produtos associados às TIC), claramente orientadas para os mercados externos (onde as exportações alcançam os 70/90% em 2008) e um grupo de ac-tividades de menor sofisticação e menor valor acrescentado (produtos de baixa e média-baixa tecnologia), muito mais orientadas para o mercado doméstico (onde as exportações se ficam pelos 30% em 2008);

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-meira década do século XXI, foi determinada pelo “colapso” do excedente tradi-cional nas actividades de baixa tecnologia, que se reduziu para menos de metade (+9,2%, em 2000, +4,4%, em 2008), uma vez que o défice nas actividades mais exigentes em tecnologia e informação se reduziu, ao contrário, ligeiramente (pas-sando de -7,9% para -7,5%) e o défice nas actividades de média-baixa tecnolo-gia se converteu num excedente (passando de -1,3% para +1,7%).

GRÁFICO I.36.ESPECIALIZAÇÃO E ESTRUTURA DAS EXPORTAÇÕES PORTUGUESASEvolução do desempenho (2000-2008)

Estas tendências evidenciam que a emergência das componentes mais inovadoras e com maior capacidade concorrencial da economia portuguesa ainda não com-pensam a degradação das suas componentes menos sólidas e competitivas. O desafio central é, portanto, o da viabilização das alterações nas políticas públicas e nas estratégias empresariais que permitam acelerar e reequilibrar a evolução do padrão de especialização da economia portuguesa, na sua dupla dimensão de tipos de actividades e tipos de negócios, gerando uma muito maior coesão económica.

(*) O indicador da contribuição de cada actividade ou sector i para o saldo comercial industrial é calculado como:

100 * {[(exp i - imp i) - (exp indústria - imp indústria)]*[(exp i + imp,i) / ( exp indústria + imp indústria)]}.

Um valor positivo indica um excedente estrutural e um valor negativo indica um défice estrutural

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE (2010), STAN Database for Structural Analysis, STAN Indicators 2009.

Quota de Mercado nas Exportações Mundiais

Composição das Exportações Industriais

Grau de Abertura (Peso Exportações na Produção)

Contribuição para o Saldo Comercial Indústrial (*)

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A análise da evolução do perfil de especialização da economia portuguesa por grandes actividades e funções macroeconómicas (cf. Gráfico I.37.) permite desta-car, pelo seu lado, as seguintes grandes conclusões:

-tuguesa que, para além de reflectir o processo generalizado de terciarização e urba-nização das economias mais desenvolvidas à escala mundial, evidencia, sobretudo, a dimensão muito relevante que as administrações públicas e os serviços públicos de educação e saúde, a par das actividades polarizadas pela construção e pelo imobiliá-rio, foram adquirindo. Os serviços colectivos públicos ocupam o 1.º lugar no ranking da contribuição para o PIB se fragmentarmos a construção e o imobiliário nas duas funções macroeconómicas que servem (investimento em 3.º lugar e consumo em 5.º lugar);

exportação que ocupam, todas, rankings situados entre o 11.º e o 18.º lugar. Importa notar que o processo de terciarização também fez aqui o seu caminho, uma vez que os serviços assumem uma posição de liderança nas exportações quando fragmenta-mos as exportações industriais nas diferentes cadeias produtivas que as alimentam.

adesão à União Europeia (1986), que alteraram duradouramente a configuração, peso e poder das múltiplas actividades económicas com expressão na economia portuguesa e geraram dois desequilíbrios principais no crescimento económico potencial. Em primeiro lugar, surge o desequilíbrio entre a coesão social e com-petitividade, traduzido na dimensão assumida pelos serviços colectivos face às actividades transaccionáveis, e em segundo lugar, surge o desequilíbrio entre as actividades produtivas valorizadoras de recursos endógenos (agricultura, pescas e indústria) e as actividades de serviços e lazer associadas ao consumo.

GRÁFICO I.37.EVOLUÇÃO DO PERFIL DE ESPECIALIZAÇÃO DA ECONOMIA PORTUGUESAPOR GRANDES ACTIVIDADES E FUNÇÕES MACROECONÓMICAS

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE, Input-Out-put Database Edition 2006.

Estrutura da Economia Portuguesa em 2005 (VAB em % e Ranking)

Evolução da Estrutura da Economia Portuguesa (1986-2005)(VAB em %)

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II.EVOLUÇÃO RECENTE E PERSPECTIVAS PARA A ECONOMIA PORTUGUESA

A evolução recente da economia portuguesa foi marcada pelo despoletar de uma “grande” crise económica e financeira internacional que se traduziu numa reces-são muito profunda, entre o terceiro trimestre de 2008 e o primeiro semestre de 2009, e se amplificou dos mercados financeiros e imobiliários, aos mercados de bens duradouros e das viagens e turismo, à generalidade das actividades económi-cas, com a contribuição de um acentuado recuo do comércio internacional.

As perspectivas da evolução da economia portuguesa no curto prazo são mar-cadas, também no plano internacional, por um processo lento e assimétrico de ajustamentos e reformas que se foram desenhando e concretizando, ao longo de 2009 e 2010, num contexto económico de recuperação oscilante dominado pelo aprofundamento das disparidades de crescimento entre o “mundo emergente” e o “mundo desenvolvido” e, dentro deste, entre as economias mais competitivas e/ou mais equilibradas e as economias menos competitivas e/ou mais desequili-bradas, e pelo ressurgimento das pressões sobre os preços das principais matérias- -primas que vão alimentando tendências inflacionistas na economia mundial.

A presente crise económica e financeira, pelas suas dimensões e características, gerou incertezas muito importantes sobre a evolução das diferentes economias, mercados e empresas, convertendo-se num palco de manifestação privilegiada da relevância das expectativas dos agentes económicos (animal spirits) no funciona-mento dos mercados, sobretudo no caso das economias mais desequilibradas e mais vulneráveis à flutuação dos níveis de confiança e à pressão dos movimentos especulativos.

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O impacto da crise económica e financeira e do alargamento da União EuropeiaA evolução recente da economia portuguesa reflecte a acumulação de um con-junto de dificuldades nas respectivas condições de inserção internacional, seja no espaço europeu, em função da consolidação dos ajustamentos e impactos indu-zidos pelo alargamento aos países da europa central e oriental, nomeadamente em matéria de comércio e investimento internacional, seja no espaço mundial, em função do progressivo esgotamento de um ciclo de financiamento externo “facilitado” e do surgimento de um novo ciclo, que ameaça ser duradouro, de novas pressões concorrenciais na produção e distribuição de bens e serviços tran-saccionáveis e de subida dos preços relativos das matérias-primas fundamentais.

A economia portuguesa viu acrescentar, assim, ao longo dos últimos anos, aos seus desequilíbrios endógenos o impacto negativo das dificuldades exógenas da sua inserção europeia e mundial.

Uma crise económica e financeira de dimensão global que desafia a Europa e o euroA conjuntura económica mundial conheceu uma profunda viragem qualitativa mar-cada pela progressiva interpenetração de dois “choques” complexos, diferenciados na sua origem e na sua natureza, mas convergentes na sua interacção para gerar um novo quadro de forte incerteza e volatilidade global, nas esferas financeira e real.

O primeiro choque, em manifestação larvar desde 2004, com uma breve travagem em 2006 e retoma mais forte ao longo de 2007, assumiu a forma de uma subida significativa dos preços nos mercados internacionais de matérias-primas de rele-vância transversal alargada no funcionamento das economias (petróleo, alimen-tos, metais), configurando-se como um choque real de procura.

Os preços das matérias-primas alimentares aumentaram, em termos de variação anual homóloga, cerca de 40%, no segundo semestre de 2007, e mais de 50%, no primeiro semestre de 2008. A subida dos preços do petróleo em dólares conheceu, pelo seu lado, no primeiro semestre de 2008 uma significativa aceleração, superior a 40%, alcançando o maior aumento dos últimos anos e superando o próprio aumento acumulado em 2006 e 2007.

O rápido crescimento das grandes economias emergentes introduz novos factores de oscilação nos mercados de mercadorias, nomeadamente no que respeita à respectiva pressão sobre os recursos não renováveis, escassos ou sujeitos a utiliza-ções conflituais, que foram, também, reveladas com nitidez por esta evolução dos preços internacionais das matérias-primas.

O segundo choque, desencadeado no Verão de 2007, sob a forma de uma crise do crédito hipotecário residencial de risco elevado nos EUA, configurou-se como um cho-que financeiro global que, no segundo semestre de 2007, gerou numa turbulência generalizada nos mercados financeiros, sob o impulso de uma profunda reavaliação das condições de risco num quadro mais geral de quebra de confiança dos investido-res, caracterizada por uma original combinação da redução rápida da liquidez com o endurecimento das condições de acesso à dívida, em especial nas economias mais avançadas, para se converter, no final de 2008, com o colapso de relevantes Bancos comerciais e de investimento, numa das mais graves crises financeiras de sempre.

As perturbações despoletadas no sector financeiro e no núcleo duro do mundo mais industrializado e desenvolvido (Estados Unidos da América e União Europeia) generalizaram-se rápida e progressivamente a todas as actividades económicas e a todas as economias, numa conjuntura dominada por uma turbulência sem pre-cedentes na experiência da segunda metade do século XX, consumando uma pro-funda crise económica e financeira de natureza global e somando às dificuldades dos mercados financeiros uma recessão das grandes economias industrializadas.

A forte queda do comércio mundial, na viragem para 2008, prolongada no início de 2009, que arrastou a própria economia mundial, no seu conjunto, para um quadro recessivo, enterrando a hipótese/ilusão do “decoupling” (manutenção das economias emergentes à margem do essencial da crise), veio reforçar drasticamente a pressão nos mercados de trabalho fazendo aumentar rapidamente os níveis de desemprego.

1. A ACUMULAÇÃO DE DIFICULDADES NA INSERÇÃO INTERNACIONAL

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Esta primeira “grande crise” da “globalização” configura-se como uma crise com-plexa e duradoura, nascida da profunda integração mundial de certas actividades económicas cruciais, agravando decisivamente o desequilíbrio entre o poder eco-nómico e o poder político e institucional, isto é, entre a dimensão (global, mundial) desses mercados e a dimensão (nacional e/ou regional) dos mecanismos de regu-lação e da acção das políticas públicas.

Esta primeira “grande crise” da “globalização” nasceu, também, da forte travagem do ritmo de crescimento económico no “coração” do mundo industrializado e urbanizado, sob o impacto das questões associadas ao envelhecimento da população e à insustenta-bilidade ambiental dos modelos energéticos de produção, consumo e mobilidade, agra-vando decisivamente as assimetrias económicas e sociais, à escala nacional e mundial.

A saída da recessão consumada ao longo de 2009 e 2010, bem como a adopção de um vasto conjunto de medidas de suporte à actividade empresarial e a concre-tização de medidas de reforma dos sistemas financeiros, adoptadas num quadro de amplo debate internacional, ainda não representa a “saída da crise” na medida em que permanecem muitos desequilíbrios e tensões no funcionamento dos mer-cados globalizados, ao mesmo tempo que se alargou a dispersão das diferentes situações nacionais, isto é, que ainda existe uma vasto campo de acção para con-cretizar ajustamentos e produzir reformas.

A crise que estamos a viver moldará inexoravelmente a segunda década deste sé-culo e, mais fortemente, os anos de referência dos programas de estabilidade que condensam os esforços de austeridade e ajustamento orçamental nas economias europeias que entraram em situações de “défice excessivo” (2011-2013), entre as quais a economia portuguesa.

Trata-se de uma crise global não só na sua dimensão territorial, isto é, envolven-do toda a economia mundial, como na sua própria dimensão económica, isto é, envolvendo a esfera financeira e a esfera real, exprimindo problemas conjunturais e estruturais e exigindo mudanças e correcções muito para além da simples “afi-nação” da regulação. Neste sentido, a saída da crise exige não só um avanço sig-nificativo na regulação do sector financeiro, como na regulação dos mercados globalizados, que possa contribuir para a redução da instabilidade estrutural, para o enquadramento dos movimentos especulativos e para a sustentabi-lidade de uma economia mundial multipolar com muito mais protagonistas.

Trata-se, também, de uma crise que, na sua dimensão de “destruição criadora”, se apresenta como um fenómeno que comporta significativas disparidades que se expressam, nomeadamente, na formação, à saída da depressão de 2008-2009, de uma economia mundial a “duas velocidades” - crescimento rápido no mundo emergente, recuperação lenta no mundo desenvolvido. Especialmente relevantes são os desafios colocados ao projecto da construção europeia, como que “apanha-do” pela crise numa combinação vulnerável de insuficiente coesão económica e social interna e insuficiente coordenação política dos mecanismos de regulação de base nacional e de base comunitária. As disparidades produzidas pelo mais recente alargamento exigem bastante tempo para serem reduzidas e a integração dos mecanismos do pacto de estabilidade e crescimento e da política monetária europeia está ainda longe de um modelo suficientemente abrangente e eficaz de regulação macroeconómica.

A presente crise do euro e da dívida soberana dos países com problemas de finanças públicas mais graves no seio da UEM pode e deve ser interpretada, neste quadro mais vasto, como uma crise que exige não só a correcção dos profundos desequilíbrios ge-rados em matéria orçamental e em matéria de competitividade, mas também a intro-dução das reformas necessárias ao nível do governo económico da Europa e do euro que, no seu conjunto, possam restabelecer duradouramente a eficácia das políticas macroeconómicas e, com ela, a indispensável confiança no futuro económico e social da Europa.

Um alargamento da UE que desafia as vulnerabilidades da economia portuguesaA construção europeia conheceu na última década duas profundas transforma-ções que alteraram profundamente a natureza dos seus problemas económicos e sociais e do seu próprio regime macroeconómico: a introdução do euro e a con-cretização do maior alargamento de sempre.

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O reconhecimento das consequências destas alterações não tem tido no plano institucional e político, isto é, no plano do “Governo da Europa” uma evolução suficiente atempada e completa, traduzindo-se, desse modo, numa sucessão de manifestações de “falhas de mercado” e de “falhas de Estado” que têm sido principalmente enfrentadas numa lógica de curto prazo.

O alargamento da União Europeia de 15 para 27 Estados-Membros, concretizado, no essencial, em 2004, representou uma alteração substancial na geografia eco-nómica da Europa e gerou um novo jogo de fluxos comerciais e financeiros intra-europeus dominados pelo surgimento de novas polarizações regionais, onde podemos destacar a intensificação do relacionamento entre a Escandinávia e os países bálticos, entre a Alemanha e os países da Europa central e entre os países do Mediterrâneo, e pelo reforço de polarizações nacionais bilaterais, onde podemos destacar os exemplos da Alemanha-Áustria, da Eslováquia-Áustria e de Portugal-Espanha, entre muitos outros.

GRÁFICO II.1.OS AVANÇOS E RECUOS DOS GRANDES CLIENTES NAS GRANDES FASES DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA DA ECONOMIA PORTUGUESAVariação das quotas de cada mercado nas exportações totais de Portugal

As consequências do alargamento eram, à partida, previsíveis como especialmente relevantes para as economias da Europa do Sul, pela aproximação dos respectivos padrões de especialização aos padrões em afirmação nos novos estados-mem-bros, e, em especial, para a economia portuguesa, pela conjugação de um posi-cionamento geográfico periférico ao “centro de gravidade” do espaço central da União (em deslocação para Norte e para Leste em função do próprio alargamento) e uma maior exposição à concorrência das economias dos novos estados-membro na relação entre nível de escolaridade e nível salarial da população activa.

Com efeito, a estimativa dos efeitos do alargamento apresentava43 para a econo-mia portuguesa uma perspectiva de ameaça significativa de “desvio de comércio” em relação à Alemanha (-13,0%) - em função de um relacionamento histórico empresarial específico que tinha gerado até aí um nível de “comércio efectivo” muito superior ao do “comércio potencial” – e uma perspectiva de oportunidade significativa de “criação de comércio” em relação à Espanha (+ 26,8%) – em fun-ção de um nível de “comércio efectivo” ainda inferior ao do “comércio potencial”, em especial quando avaliado num lógica de resposta à procura.

Variação em cada período das quotas médias de cada mercado nas exportações totais de Portugal [A variação é medida face à quota média verificada desde a plena integração europeia

(1986-2009)]

Variação anual das quotas de cada mercado nas exportações totais de Portugal[A variação é medida em relação à quota média verificada em 1996-98]

Fonte: Cálculos próprios a partir de informação da Base de Dados CHELEM.

43 “A evolução das relações bilaterais Portugal-Espanha e Portugal-Alemanha, e do respectivo trade-off, constitui o terreno decisivo onde se determina e decide o sentido e a intensidade dos efeitos de ajustamento da economia portuguesa ao alargamento europeu.”, Mateus, Augusto (co-ord.). A Economia Portuguesa e o Alargamento da União Europeia, Colecção Estudos de Enquad-ramento Prospectivo do QCA III, Lisboa, 2005, pág. 88. A avaliação do impacto do alargamento, que suportou esta conclusão, foi desenvolvida com base numa dupla estimação de modelos gravi-tacionais (modelos de exportações e de impor-tações) a partir dos dados relativos ao comércio bilateral dos países da União, desagregados por produtos e para o período 1993-2000, quer para o caso da UE 27, quer para o caso da UE 15, com o intuito de ponderar os efeitos globais do alar-gamento (UE 27) pelos efeitos do processo de aprofundamento (UE 15), no âmbito da actual configuração da União Europeia.

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A realidade gerada pela concretização do alargamento da União Europeia em 2004 veio a confirmar, ao longo dos anos subsequentes, aquelas perspectivas, traduzindo-se, no caso português, num complexo processo de avanços e recuos do papel desempenhado pelas quatro grandes economias europeias que se constituíram historicamente como os grandes clientes das exportações portuguesas (Reino Unido, França, Alemanha e Espanha)44.

Os impactos do alargamento na economia portuguesa vieram acentuar algumas das suas vulnerabilidades competitivas, traduzindo-se, nomeadamente, num processo sequencial de perda histórica cumulativa de relevância do Reino Unido como cliente de Portugal – passando de uma quota de 22-23% no final dos anos 60, para uma quota de 14% na adesão de Portugal à UE, a meio dos anos 80, e, nos últimos três anos, para uma quota de 5-6%) – e num ciclo de ascensão e declínio da relevância da Alemanha como mercado de destino das nossas exportações – conhecendo o seu apogeu entre 1995 e 1998, com uma quota de mercado da Alemanha que se situou acima de 20%, para descer, nos últimos três anos, para a casa dos 11%, isto é, para o nível verificado à saída do primeiro choque do petróleo nos anos 70.

GRÁFICO II.2.OS AVANÇOS E RECUOS DOS GRANDES CLIENTES NAS GRANDES FASES DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA DA ECONOMIA PORTUGUESAQuotas de cada mercado nas exportações de Portugal por grandes fileiras de actividade

44 Estas quatro economias tinham, no início dos anos 70, uma quota das nossas exportações de cerca de 1/3 (33,2%), antes da plena integração na UE (1985), uma quota de um pouco menos de metade (45,7%), antes da concretização do alar-gamento (2003), uma quota que se aproximava dos 2/3 (61,4%), tendo, no entanto, atingido o seu nível máximo de concentração em 1999 com 63%.

Fonte: Cálculos próprios a partir de informação da Base de Dados CHELEM.

Fileira Têxtil e Couro Fileira Floresta

Fileira Automóvel

Fileira QuímicaFileira Materiais de Construção

Fileira Eléctrica e Eletrónica

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A economia francesa, enquanto mercado externo de Portugal, conheceu uma evolução menos volátil, tornando-se relevante no final dos anos 70, assumindo uma quota de dois dígitos nas nossas exportações, e, sobretudo, no final dos anos 80, atingindo a sua quota máxima em 1990 com 16,6%. A perda de relevância, experimentada desde então, foi, no entanto, muito menos significativa do que a registada pelos mercados do Reino Unido e da Alemanha.

A relevância da economia espanhola como mercado de destino das exportações portuguesas conheceu, em sentido contrário, uma afirmação cumulativa de gran-de dinamismo, seja com a concretização da plena adesão à UE das duas econo-mias, seja com a concretização do alargamento – passando de uma quota de na casa dos 2% até ao final dos anos 70, para uma quota de 4% a meio dos anos 80, ultrapassando a quota dos 15% no final dos anos 90 e estabilizando acima dos 25% depois do alargamento – e convertendo-se confortavelmente no primeiro mercado externo de Portugal.

O desempenho da economia portuguesa na primeira década do século XXI foi, as-sim, fortemente condicionado pela alteração das condições de inserção nos fluxos de comércio e investimento que vão moldando o mercado interno europeu, limi-tando o dinamismo da procura externa dirigida à economia portuguesa e acentu-ando duas tendências de dificuldade:

o início do declínio da relevância do mercado alemão, ainda contrabalançado, numa primeira fase, pelo dinamismo do mercado espanhol que, no entanto, sobretudo depois do alargamento, se revelou incapaz de compensar a acelera-ção do declínio relativo dos outros três grandes mercados europeus enquanto emissores de procura para as exportações portuguesas (Cf. Gráfico II.1.);

óptica de grandes fileiras de produtos, sugere, pelo seu lado, uma mais fácil ascensão do mercado espanhol nas fileiras menos exigentes no plano tecnoló-gico e onde as vantagens comparativas portuguesas são mais evidentes (Têxtil e Couro, Floresta e Materiais de Construção) do que em fileiras de maiores exigências tecnológicas (Electrónica e Automóvel), no quadro mais geral do crescimento do comércio externo intra-industrial (Cf. Gráfico II.2.).

O impacto do alargamento na reconfiguração do mercado interno europeu con-tribuiu, assim, quer para uma perda de dinamismo da procura externa dirigida à economia portuguesa, tanto mais forte quanto mais evidentes as vulnerabilidades competitivas das actividades afectadas, quer para uma limitação do aproveitamen-to, pela economia portuguesa, do impulso dinamizador da aceleração do cresci-mento na economia alemã na recuperação em curso.

Gerir a ligação entre austeridade e crescimentoA economia portuguesa enfrenta a dupla necessidade imperativa de conseguir realizar uma redução substancial do saldo orçamental estrutural e das suas ne-cessidades de financiamento externo e um profundo ajustamento na capacidade competitiva das empresas, susceptível de melhorar a sua capacidade concorrencial e orientar decisivamente a economia portuguesa para a produção de bens e ser-viços transaccionáveis.

No plano das orientações da política económica, este desafio exprime-se na ne-cessidade de realizar uma difícil combinação entre medidas de austeridade, com efeitos a curto prazo, e medidas de promoção do crescimento económico, com efeitos a médio prazo.

As dificuldades surgidas com a crise da dívida soberana das economias mais vul-neráveis da Área do Euro, nomeadamente o grupo dos “países da Coesão” de que Portugal faz parte, vieram agravar as condições de financiamento externo e agravar o serviço da dívida ao longo de 2010.

2. OS DESAFIOS DA ECONOMIA PORTUGUESA

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Estas dificuldades permitiram também um progressivo reconhecimento da neces-sidade de levar por diante medidas mais fortes e mais sistemáticas em matéria de consolidação orçamental e de promoção da competitividade.

Os avanços em direcção a uma agenda efectiva de reformas estruturaisA degradação conjuntural da economia portuguesa impulsionada pelo impacto da crise económica e financeira internacional, se coexistiu com um razoável “lag” de reconhecimento da dimensão e urgência do reforço das medidas de consolidação orçamental impulsionado, em parte, pela realização de eleições legislativas no fi-nal de 2009, não deixou, também, de se articular com um conjunto de esforços relevantes em diversos “terrenos” de reforma estrutural.

Os esforços realizados e os resultados obtidos merecem ser destacados até por-que, não sendo completos e tendo sido concretizados numa lógica parcelar ou sectorial, tendem a não ser devidamente considerados e valorizados, seja por mui-tos observadores externos, seja por muitos protagonistas internos da economia portuguesa. Importa salientar, no desenvolvimento da agenda de reformas estru-turais, os seguintes aspectos:

social, de factores associados às tendências demográficas – envelhecimento da população e aumento da esperança de vida – na determinação da idade da reforma e no cálculo da respectiva pensão e com a convergência entre regras na administração pública e no sector privado, que lhe conferiu maior solidez e sustentabilidade;

-nomia e sustentabilidade apoiadas nas realizações, consumadas ou em curso de investimento, na exploração da energia eólica e na optimização do sistema de produção de hidroelectricidade, constitui exemplo de reformas estruturais na or-ganização da economia que deveria ser, na sua dimensão concreta e pragmática, alargada a muitas outras áreas de acção;

em Portugal, nomeadamente o défice educativo, que envolve trabalhadores e empresários, e o défice de cooperação, que se traduz num menor desenvolvi-mento de redes empresariais de partilha de custos e riscos na produção e acesso ao conhecimento e aos mercados, conheceram também algumas melhorias em resultado dos esforços continuados nos sistemas de educação e de formação profissional e nas iniciativas de incentivo ao desenvolvimento de centros tecno-lógicos e de projectos de cooperação no acesso às tecnologias e aos mercados;

-tensidade do esforço global de I&D e, em especial, do nível da despesa em I&D do sector empresarial em articulação com a consolidação da vocação exporta-dora de algumas cadeias industriais, como o material de transporte e a electró-nica, e da emergência de centros de serviços de vocação global associados às tecnologias de informação e comunicação.

A economia portuguesa pode, encontrar, na consolidação, aceleração, equilí-brio e alargamento dos esforços mais recentes de intensificação do conteúdo em conhecimento e da orientação exportadora das actividades económicas, um factor relevante de melhoria do seu desempenho competitivo com reflexos positivos no crescimento económico e na criação de emprego.

A evolução da intensidade da I&D na economia portuguesa no contexto eu-ropeu (UE 27) e do mundo industrializado (OCDE) foi, ao longo do período 1998-2008 suficientemente expressiva (cf. Gráfico II.3.) para legitimar uma perspectiva positiva de recolha de “dividendos”.

(“sociedade do conhecimento”, “sociedade da informação”, “modernização e simplificação administrativa”, nomeadamente) durante vários anos tem permi-tido, igualmente, alcançar transformações positivas na esfera das administra-ções públicas e na organização do sector privado;

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GRÁFICO II.3.INTENSIDADE DA INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTOEVOLUÇÃO DA DESPESA TOTAL E EMPRESARIAL EM % DO PIB

-vimentos que se vieram a traduzir num avanço relevante em direcção a uma maior focalização dos objectivos da consolidação orçamental e à criação de condições para uma execução orçamental mais rigorosa:

Em primeiro lugar, a aprovação do Orçamento Geral do Estado foi relevante na adopção de medidas mais realistas no que respeita ao controlo do crescimento da despesa pública e da procura interna, que envolveram o Governo, a As-sembleia da República e o principal partido da oposição e, desse modo, foram suportadas política e institucionalmente com uma base relativamente alargada.

Em segundo lugar, a proposta de uma nova Lei de Enquadramento Orçamental representa uma clara percepção da necessidade de introduzir maior disciplina e controlo, por um lado, e maior planeamento e acompanhamento, por outro lado, para garantir níveis muito mais exigentes na execução orçamental, que deverá ser concretizada com forte empenho e determinação

-balho e dinamização das exportações, somando-se a outras iniciativas visando a redução dos “custos de contexto” da actividade económica, como as relativas à simplificação administrativa e à desburocratização, revelam uma crescente consciencialização da necessidade de articulação das medidas de austeridade com medidas de promoção do crescimento da economia portuguesa45.

A eficácia na consolidação orçamental como exigência imediataA situação da economia portuguesa torna absolutamente decisiva a concretização com sucesso de um conjunto sistemático e prolongado de esforços de consolida-ção orçamental que permitam reduzir de forma estrutural e sustentável as neces-sidades de financiamento do sector público.

A correcção do “défice excessivo” representa, na economia portuguesa, uma ur-gência imediata que, no entanto, comporta uma dimensão estrutural largamente predominante que, por um lado, lhe dá uma característica de processo cumulativo a concretizar ao longo de vários anos e, por outro lado, exige uma redução efecti-va do peso relativo da despesa pública na economia nacional.

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE, Science, Technology and Industry Outlook, Edition 2010.

45 O Programa Nacional de Reformas - Portugal 2020, apresentado no âmbito da Estratégia Eu-ropa 2020, define metas quantificadas que, de algum modo, suportam esse esforço.

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O reequilíbrio das contas públicas, numa lógica de finanças sustentáveis, deve ser completado por esforços não menos relevantes de reequilíbrio financeiro das empresas, das famílias e do sector financeiro para garantir que a economia portu-guesa possa encontrar e prosseguir um caminho de redução sistemática das suas necessidades de financiamento externo.

A credibilização internacional da economia portuguesa, dos seus agentes económi-cos e dos seus decisores públicos depende da consistência dos passos dados no pla-no da liquidez – redução da utilização da poupança externa – e da própria solvência – recuperação no médio prazo de um ritmo de crescimento económico adequado.

A indispensável consolidação orçamental, corrigindo uma situação de “overspending” generalizado na sociedade portuguesa, comporta necessariamente um dimensão de austeridade que importa desenvolver com rigor e equidade. A consolidação or-çamental não pode, por outro lado, deixar de ser desenvolvida em articulação com esforços e iniciativas reformistas e de política económica qualitativa que contribuam para a viabilização a prazo de um “regresso” ao crescimento económico.

A situação da economia portuguesa exige um esforço rigoroso de gestão da ligação entre austeridade e crescimento, na medida em que não é possível optar entre uma e outra pois seria inconsequente que os resultados obtidos no domínio da redução da despesa pública não pudessem vir a ser consolidados e aprofundados com o contributo do crescimento das receitas associadas ao ressurgimento do crescimento económico.

As medidas de austeridade adoptadas para 2011, nomeadamente as que se referem à redução dos salários na função pública, ao agravamento dos impostos directos e indirectos e à contenção de despesa pública corrente e de investimento, não deixarão de produzir um forte impacto negativo na procura interna e de suscitar ajustamentos significativos no nível e composição das despesas de consumo das famílias e nos níveis de actividade, emprego e investimento das empresas.

As medidas de austeridade adoptadas não deixarão, também, de contribuir, em arti-culação com a elevada taxa de desemprego, para a moderação dos custos salariais no conjunto da economia portuguesa, permitindo uma evolução mais favorável dos cus-tos unitários do trabalho no quadro europeu e internacional que, pelo seu lado, pode-rá melhorar as condições de atractividade e competitividade da economia portuguesa.

QUADRO II.1. DESEMPENHO CONJUNTURAL DA ECONOMIA PORTUGUESAA CRISE ECONÓMICA E FINANCEIRA: REALIZAÇÕES, ESTIMATIVAS E PREVISÕES (2007-2012)

Estimativas para 2011 2007 2008 2009 2010 OCDE (a) UE (b) PEC (c) BP (d)NÍVEL DE ACTIVIDADE E COMPOSIÇÃO DA PROCURA (variações anuais em volume e em %) Produto (PIB) 2,4 0,0 -2,5 1,4 -0,2 -1,0 -0,9 -1,4Consumo Privado 2,4 1,3 -1,1 2,2 -0,7 -2,8 -1,1 -1,9Consumo Público 0,5 0,5 3,7 1,8 -6,0 -6,8 -6,8 -6,6Investimento (FBCF) 2 -0,1 -13,7 -5,5 -3,5 -3,2 -4,2 -5,6Procura Interna 2,0 0,9 -2,9 0,7 -2,0 -3,7 -3,6

(DES)EQUILÍBRIOS EXTERNOS (variações anuais em volume e em % | balanças em % do PIB) Exportações 7,6 -0,1 -11,6 8,8 6,3 5,6 5,6 6,0Importações 5,5 2,3 -10,6 5,2 0,0 -3,2 -1,1 -1,6Balança Externa -8,9 -11,1 -10,1 -8,7 -8,8 -8,0 -8,3 -8,9

CONTAS PÚBLICAS (em % do PIB) Saldo Orçamental (e) -3,1 -3,5 -10,0 -8,6 -5,0 -4,9 -4,6 Dívida Pública (e) 68,3 71,6 82,9 92,4 88,8 87,9

(DES)EQUILÍBRIOS INTERNOS (variações anuais em %, excepto taxa de desemprego) Taxa de Desemprego 8,0 7,6 9,5 10,8 11,4 11,1 11,2 Emprego 0,2 0,5 -2,8 -1,5 -0,7 -0,6 -0,9Taxa de Inflação 2,4 2,7 -0,9 1,4 2,3 2,3 2,7 3,6

Fontes: INE e Banco de Portugal (a) OCDE: Economic Outlook n.º 88 |Novembro 2010; (b) Comissão Euro-peia: European Economic Forecast Autumn 2010 | No-vembro 2010; (c) Ministério das Finanças: Programa de Estabilidade e Crescimento 2011-2014 | Março 2011; (d) Banco de Portugal: Boletim Económico Primavera | Março 2011; (e) Valores para 2007-2010 actualizados de acordo com INE: 1.ª Notificação 2011 Procedimento dos Défices Excessivos | Março 2011

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O desempenho da economia portuguesa ao longo de 2010, bem como o consen-so que se tem vindo a estabelecer sobre as perspectivas de evolução ao longo de 2011 e 2012 (cf. Quadro II.1.), permite retirar duas conclusões principais.

O ano de 2011 surge como um momento crucial no inevitável processo de ajustamen-to da economia portuguesa à crise económica e financeira, onde a execução orçamental e o acompanhamento das tendências do desemprego e da inflação na evolução do mercado de trabalho e dos mercados de bens e serviços exigem uma atenção prioritária, no horizonte de médio prazo pressuposto pela consolidação orçamental (2013-2014).

O ano de 2011 representa um ajustamento conjuntural muito exigente (cf. Gráfico II.4.) onde se pode esperar que as variáveis que venham a melhorar sejam o défice público e o défice externo, onde a procura interna registará uma evolução bastante negativa e onde o dinamismo das exportações de bens e serviços poderá desempenhar um papel importante de moderação dos efeitos recessivos das me-didas de contenção adoptadas no plano interno.

GRÁFICO II.4.A NATUREZA DOS AJUSTAMENTOS CONJUNTURAIS DA ECONOMIA PORTUGUESASentido e amplitude das variações conjunturais dos principais indicadores macro-económicos ao longo da actual crise económica e financeira (2007-2011)

A consolidação destes esforços e a valorização destes sacrifícios exige, por um lado, uma procura de acerto na “dose” necessária de austeridade (nem a mais, nem a menos), tendo em conta o atraso na sua concretização, e, por outro lado, uma re-dobrada atenção ao investimento e ao crescimento económico, seja numa vertente mais reactiva de acompanhamento da dimensão do ajustamento recessivo na procura interna, seja, sobretudo, numa vertente mais pró-activa de estímulo ao relançamento do investimento privado competitivo orientado para as actividades transaccionáveis.

A recuperação da economia portuguesa não deixa de comportar ameaças e riscos relevantes que importa considerar, nomeadamente:

do dinamismo empresarial e da capacidade de resposta competitiva, as conse-quências da crise de investimento produtivo, seja na renovação do capital físico, seja, sobretudo, no aprofundamento das suas componentes mais indutoras de inovação;

Fonte: Quadro II.1.

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em anteriores recuperações de uma recessão, do impulso da procura externa, em função da forte concentração dos seus principais mercados de exportação, economias abertas ao dinamismo dos novos pólos emergentes46;

não ajustáveis fora de uma aceleração mais significativa da inflação, dada a sua de-pendência energética e alimentar, se a subida dos preços das matérias-primas vol-tar a surgir no período de saída da recessão com a reanimação da procura mundial;

interno em função do esforço adicional de endividamento suscitado por um agra-vamento do défice externo, sobretudo se os dois riscos anteriores se conjugarem;

aos financiamentos externos muito mais restritivo (nos montantes e no custo), seja em função dos seus elevados níveis de endividamento e défice externo, seja em fun-ção da própria redução da disponibilidade de liquidez à escala internacional, em es-pecial no ano de 2011 onde se acumulam necessidades muito relevantes de financia-mento externo em função da maturidade de empréstimos anteriormente contraídos.

A promoção da competitividade como tarefa central no médio prazoO presente relatório, centrado na “economia real”, nos seus problemas e neces-sidades, nas suas características e potencialidades e no seu desempenho e pers-pectivas de evolução, não podia deixar de concluir que o grande desafio da economia portuguesa e, também, o grande factor de superação da sua crise actual é o da melhoria drástica e sustentada da sua competitividade, da sua capacidade de gerar muito mais riqueza e de a distribuir com maior justiça, no quadro exigente de uma economia mundial globalizada.

A crescente articulação entre os processos de internacionalização e de inovação e o desenvolvimento tecnológico nas empresas é o “motor” que impulsiona o presente crescimento económico mundial.

Contudo, a economia portuguesa é, ainda, caracterizada por um insuficiente e desequi-librado envolvimento global nas actividades intensivas em informação e conhecimento e uma limitada inovação de base empresarial (processos, produtos, organização e gestão), destacando-se a este nível, os factores explicativos microeconómicos (insuficiente forma-ção das elites empresariais, fraca articulação entre universidades e empresas, ausência de verdadeiras redes de competências orientadas para o mercado).

GRÁFICO II.5.GRAUS E FORMAS DE ABERTURA NA INDÚSTRIA PORTUGUESAACTIVIDADES, CADEIAS INDUSTRIAIS E FUNÇÕES MACROECONÓMICAS

Fonte: Cálculos próprios com base em OCDE, Input--Output Database Edition 2006.

46 A economia espanhola, muito relevante, apresen-ta ainda uma evolução muito incerta, nomeada-mente, quanto às consequências do ajustamento no mercado imobiliário no sector da construção e nas instituições financeiras mais expostas ao seu financiamento, para além dos reflexos das medi-das de austeridade.

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Os graus e formas de abertura, pelas exportações e/ou pelas importações (cf. Gráfico II.5.) são suficientemente expressivos para aconselharem a construção de uma agenda pragmática e diversificada de acções de promoção sustentada da internacionalização da economia portuguesa capaz de acolher, nomeadamente, quatro dimensões:

cadeias industriais da electrónica e do material de transporte);

metálica e a química;

alimentar;

A intensificação do reequilíbrio da internacionalização da economia portuguesa surge como principal caminho de superação dos significativos limites do seu actual modelo de crescimento, nomeadamente no que respeita ao dinamismo da pro-dutividade global dos factores, ao ritmo de investigação e desenvolvimento tec-nológico e ao nível de envolvimento na “economia baseada no conhecimento”.

A economia portuguesa necessita, também, de concretizar passos seguros de me-lhoria ao nível dos custos de transacção onde ainda regista limitações significati-vas, seja na mobilidade, interna e internacional, dos bens e serviços (garantia de acesso a infra-estruturas e serviços logísticos eficientes e de custos operacionais mais baixos), mas também da informação e do conhecimento (garantia do acesso generalizado e competitivo à banda larga), seja na generalização de modelos de regulação dos mercados concorrenciais e abertos.

A criação de uma envolvente muito mais favorável à competitividade empresarial, po-tenciando a correcta formulação da relevância das componentes associadas às infra-es-truturas de suporte tecnológico e ao desenvolvimento do capital de risco, mas acolhen-do, para além das dimensões associadas à tecnologia e ao investimento de maior risco, as dimensões associadas aos esforços integrados de promoção, distribuição e venda, surge como outra das tarefas relevantes na promoção do crescimento económico.

As conclusões do relatório permitem enunciar, tendo em conta as exigências concor-renciais impostas pela globalização e pelo aprofundamento de um mercado interno europeu alargado e integrado monetariamente, seis grandes domínios de acção para a superação dos grandes desafios competitivos que se colocam à economia portuguesa.

Os princípios de acção que a seguir se desenvolvem e concretizam sugerem, tam-bém, outros tantos caminhos de reorientação das políticas económicas e das estratégias empresariais:

princípio de crescimento intensivo, traduzido num cresci-mento liderado pelos ganhos de produtividade e pelas actividades transaccioná-veis - fazer melhor e diferente -, revela-se decisivo para enfrentar as debilidades centrais da economia portuguesa em matéria de produtividade (produtividade global na utilização articulada de factores complexos e diferenciados traduzida na criação de valor), materializando ajustamentos reais e ganhos sustentados de eficiência empresarial nos planos individual e colectivo;

princípio de diferenciação como factor concorrencial chave revela-se fundamental para produzir sinergias empresariais e territoriais específi-cas para competir à escala global (potenciadas pela combinação de economias de aglomeração e especialização alicerçadas em estratégias regionais suficientemen-te diferenciadas e descentralizadas, mas não fragmentadas), exigindo um novo tipo de cooperação público-público, público-privado e privado-privado.

A construção de uma estratégia integrada de desenvolvimento competitivo da cadeia de valor do turismo constitui, seguramente, pelo seu carácter transversal construído sobre a qualidade dos territórios e das cidades, um dos principais terrenos de afirmação destas necessárias novas formas de cooperação, tal como a concretização de uma viragem definitiva para a valorização estratégica dos recursos naturais endógenos mais relevantes do nosso país, isto é, a flores-ta e, sobretudo, o mar;

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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47 A cadeia de valor deve ser entendida como aglomeração coerente do vasto conjunto de actividades necessárias para conduzir uma de-terminada gama de produtos desde a sua con-cepção até à sua utilização e consumo final, numa lógica de ciclo de vida, conjunto onde se incluem, nomeadamente, a investigação, o design, a produção, o marketing, a distribuição e o serviço aos utilizadores e/ou consumidores. As actividades de uma cadeia de valor podem estar mais ou menos concentradas e interna-cionalizadas, isto é, podem focalizar-se num determinado território, mais ou menos vasto, ou podem espraiar-se e difundir-se por múltiplos territórios.

princípio de cadeia de valor global47, traduzido numa lógica de desenvolver, produzir e vender bens e serviços com massa crítica in-ternacional, revela-se imprescindível para orientar adequadamente a afectação dos recursos disponíveis e para viabilizar uma nova política económica, capaz de superar uma “velha” lógica sectorial e adoptar uma “nova” lógica temática e horizontal, impulsionando uma lúcida concentração de recursos nas actividades de bens e serviços transaccionáveis e estimulando a cooperação e articulação entre as grandes empresas e as pequenas e médias empresas, optimizando o saldo dos efeitos de eficiência e de difusão;

princípio de especialização, traduzido na concentração nas cadeias de valor com maior potencial dinâmico de mercado, revela-se fun-damental para aumentar a capacidade concorrencial da economia portuguesa, acompanhando as “lições da experiência” das pequenas economias europeias mais desenvolvidas, e favorecer a renovação do padrão de especialização, equi-librando a entrada em novas actividades com a renovação das actividades ditas tradicionais;

princípio de modularidade, traduzido num muito maior envolvimento nas redes de investigação e desenvolvimento que “levam” novos produtos aos mercados, revela-se muito importante para potenciar o esforço de I&D na economia portuguesa, promover a internacionalização do sistema científico e tecnológico nacional e “desatar” o “círculo vicioso” dos desen-contros entre a oferta e a procura nas actividades de I&D e C&T criando, ao mesmo tempo, oportunidades relevantes para o surgimento de novos centros de competência empresarial, na produção e distribuição de bens e serviços, de vocação internacional;

novos princípios de atractividade da economia portuguesa para o investimento, o comércio e o turismo, traduzido em prazos e custos fortemente diminuídos para as decisões e operações empresariais, revela-se, finalmente, de grande importância para a criação de um ambiente efectiva-mente favorável ao desenvolvimento empresarial e à captação de novos inves-timentos.

A adopção de políticas económicas consistentes deve, neste contexto, servir a necessidade de regular e orientar esta profunda transformação com regras e me-didas, concretas e adaptadas, traduzidas na criação de incentivos expressivos ao investimento e à rendibilidade nas PME, na incorporação de objectivos de indus-trialização nas decisões de compras públicas, no estímulo a uma concorrência mais aberta nos mercados de bens e serviços e numa maior coerência e racionalidade macroeconómica no desenvolvimento dos processos de aprovisionamento, opti-mizando as oportunidades de produção e emprego na economia nacional.

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Na presente edição de estreia, o Anexo Estatístico apresenta a comparação de setenta e cinco economias através de cento e cinquenta indicadores, posicionando a econo-mia portuguesa na Europa e no Mundo em função de cinco dimensões de relevância para o desenvolvimento: a globalização, a competitividade, a ciência e a tecnologia, o capital humano e a sustentabilidade.

Esta matriz de comparação internacional constitui a primeira de três fases de de-senvolvimento do Anexo Estatístico. Comparações de âmbito sectorial e regional serão acrescentadas nas edições seguintes.

A recolha de informação obedeceu a critérios de pertinência e abrangência dos dados e de fiabilidade das seguintes fontes estatísticas:

Agência Central de Inteligência (CIA)

Banco de Pagamentos Internacionais

Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento

Banco Mundial

Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento

Divisão de População da Organização das Nações Unidas

Fórum Económico Mundial

Fundo Monetário Internacional

Global Facilitation Partnership for Transportation and Trade

INSEAD

Institute for Management Development (IMD)

Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura

Organização Internacional do Trabalho

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

Rede Global da Pegada Ecológicawww.footprintnetwork.org

The Barro-Lee Educational Attainment Dataset

The Conference Board Total Economy Databasewww.conference-board.org/data/economydatabase/

The Heritage Foundation

The Joint External Debt Hub

União Internacional das Telecomunicações (UIT)

United Nations Commodity Trade Statistics Database (COMTRADE)

I. APRESENTAÇÃO

CONVENÇÕES

$Dólares norte-americanos, a preços correntes se nada mais assinalado

$ (ano)A preços constantes do ano indicado entre parênteses

% do 1.ºO resultado do país é apresentado em percentagem do resultado obtido pelo país classificado na primeira posição

% PIBEm percentagem do Produto Interno Bruto

…Dados não disponíveis para o país em questão

PPCParidade do poder de compra

Ranking (número)Tabela ordenada pelo número de países indicado entre parênteses

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A. GLOBALIZAÇÃO

1 Investimento Directo Estrangeiro | Stock | Entrada | Nominal

2 Investimento Directo Estrangeiro | Stock | Entrada | % PIB

3 Investimento Directo Estrangeiro | Stock | Saída | Nominal

4 Investimento Directo Estrangeiro | Stock | Saída | % PIB

5 Quota Mundial de Investimento Directo Estrangeiro | Stock

6 Investimento Directo Estrangeiro | Fluxo | Entrada | Nominal

7 Investimento Directo Estrangeiro | Fluxo | Entrada | % PIB

8 Investimento Directo Estrangeiro | Fluxo | Saída | Nominal

9 Investimento Directo Estrangeiro | Fluxo | Saída | % PIB

10 Quota Mundial de Investimento Directo Estrangeiro | Fluxo

11 Balança de Mercadorias | % PIB

12 Balança de Serviços | % PIB

13 Remessas de Emigrantes | % PIB

14 Remessas de Imigrantes | % PIB

15 Balança Corrente | % PIB

16 Balança de Capital | % PIB

17 Balança Financeira | % PIB

18 Integração Comercial | % PIB

19 Quota Mundial do Comércio

20 Ganho de Quota Mundial do Comércio

21 Comércio per capita

22 Concentração das Exportações por Produtos | Índice

23 Concentração das Exportações por Mercados | Índice

24 Posição no Comércio Mundial de Bens | Ranking

25 Posição no Comércio Mundial de Serviços | Ranking

26 Facilitação do Comércio | Ranking

27 Dimensão do Mercado Externo | Ranking

28 Prevalência de Barreiras Comerciais | Ranking

29 Restrições aos Fluxos de Capitais | Ranking

30 Impacto das Regras do Investimento Directo Estrangeiro | Ranking

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A. GLOBALIZAÇÃO

Investimento Directo Investimento Directo Investimento Directo Investimento Directo Quota Estrangeiro Estrangeiro Estrangeiro Estrangeiro Mundial Stock | Entrada Stock | Entrada Stock | Saída Stock | Saída de IDE | Stock

$ Mil Milhões % PIB $ Mil Milhões % PIB % | 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 Entrada Saída Portugal 32,0 63,3 111,3 28,4 34,2 49,0 19,8 42,0 67,2 17,6 22,6 29,6 0,6 0,4 Área do Euro Alemanha 271,6 476,0 701,6 14,3 17,1 21,0 541,9 927,5 1378,5 28,5 33,2 41,3 4,0 7,3 Áustria 31,2 82,6 168,6 16,3 27,2 44,2 24,8 71,8 167,1 13,0 23,6 43,8 0,9 0,9 Bélgica … 378,2 830,1 … 100,7 176,8 … 478,2 669,0 … 127,3 142,5 4,7 3,5 Chipre 2,8 8,5 26,9 30,6 50,0 116,1 0,6 3,6 17,8 6,0 21,1 76,9 0,2 0,1 Eslováquia 4,7 23,7 50,3 23,3 49,4 56,8 0,4 0,6 2,7 1,8 1,2 3,1 0,3 0,0 Eslovénia 2,9 7,2 15,2 14,5 20,3 31,2 0,8 3,3 8,7 3,9 9,2 17,9 0,1 0,0 Espanha 156,3 384,5 670,6 26,9 34,0 45,6 129,2 305,4 645,9 22,2 27,0 44,0 3,8 3,4 Finlândia 24,3 54,8 88,4 19,9 28,1 36,8 52,1 81,9 125,9 42,8 41,9 52,4 0,5 0,7 França 391,0 888,9 1133,0 29,4 41,3 42,3 925,9 1232,2 1719,7 69,6 57,3 64,3 6,4 9,1 Grécia 14,1 29,2 44,9 11,1 11,9 13,4 6,1 13,6 40,4 4,8 5,5 12,1 0,3 0,2 Holanda 243,7 451,2 596,7 63,3 70,7 75,4 305,5 615,7 850,6 79,3 96,4 107,5 3,4 4,5 Irlanda 127,1 163,5 193,3 131,6 81,1 83,3 27,9 104,2 192,4 28,9 51,6 82,9 1,1 1,0 Itália 121,2 224,1 394,0 11,0 12,6 18,6 180,3 293,5 578,1 16,4 16,5 27,3 2,2 3,0 Luxemburgo 195,2 43,7 112,6 963,1 116,1 232,3 179,8 32,7 77,6 886,9 86,9 160,1 0,6 0,4 Malta 2,3 4,3 9,4 58,1 72,2 120,0 0,2 1,0 1,5 4,9 16,6 19,1 0,1 0,0 União Europeia restante Bulgária 2,7 13,9 50,7 21,5 50,9 107,7 0,1 0,1 1,3 0,5 0,5 2,8 0,3 0,0 Dinamarca 73,6 116,4 157,6 46,0 45,2 50,8 73,1 129,3 216,2 45,7 50,2 69,7 0,9 1,1 Estónia 2,6 11,3 16,2 47,0 82,1 86,3 0,3 1,9 6,6 4,6 14,1 35,1 0,1 0,0 Hungria 22,9 62,0 248,7 47,8 56,2 192,8 1,3 7,8 174,9 2,7 7,1 135,6 1,4 0,9 Letónia 2,1 4,9 11,7 26,6 30,7 44,8 0,0 0,3 1,0 0,3 1,8 3,8 0,1 0,0 Lituânia 2,3 8,2 13,8 20,4 31,6 37,0 0,0 0,7 2,3 0,3 2,8 6,2 0,1 0,0 Polónia 34,2 90,9 182,8 20,0 29,9 42,5 1,0 6,3 26,2 0,6 2,1 6,1 1,0 0,1 Reino Unido 438,6 840,7 1125,1 29,7 36,9 51,7 897,8 1198,6 1651,7 60,8 52,6 75,9 6,3 8,7 República Checa 21,6 60,7 115,9 38,2 48,7 59,2 0,7 3,6 13,9 1,3 2,9 7,1 0,7 0,1 Roménia 7,0 25,8 74,0 18,8 26,0 46,1 0,1 0,2 1,7 0,4 0,2 1,1 0,4 0,0 Suécia 94,0 171,8 304,5 38,3 46,9 75,5 123,3 208,8 367,4 50,2 57,0 91,1 1,7 1,9 Espaço Económico Europeu Noruega 30,3 76,3 116,1 18,0 25,3 30,3 34,0 92,9 164,7 20,2 30,8 42,9 0,7 0,9 Suíça 86,8 170,2 463,8 34,4 45,3 94,4 232,2 432,0 804,8 92,0 115,0 163,8 2,6 4,2 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 2,8 14,5 36,6 13,1 32,7 58,1 0,8 2,0 5,8 3,9 4,6 9,3 0,2 0,0 Macedónia 0,5 2,1 4,5 15,0 35,9 51,7 0,0 0,1 0,1 0,4 1,1 0,7 0,0 0,0 Rússia 32,2 180,2 252,5 12,4 23,6 20,3 20,1 146,7 248,9 7,8 19,2 20,0 1,4 1,3 Turquia 19,2 71,2 77,7 7,2 14,7 12,4 3,7 8,3 14,8 1,4 1,7 2,4 0,4 0,1 Ucrânia 3,9 17,2 52,0 12,4 20,0 45,0 0,2 0,5 7,3 0,5 0,5 6,3 0,3 0,0 Américas Argentina 67,8 55,1 81,0 23,8 30,1 25,9 21,1 23,3 29,4 7,4 12,7 9,4 0,5 0,2 Brasil 122,3 181,3 400,8 19,0 20,6 26,2 51,9 79,3 157,7 8,1 9,0 10,3 2,3 0,8 Canadá 212,7 341,6 524,9 29,3 30,2 39,2 237,6 388,3 566,9 32,8 34,3 42,3 3,0 3,0 Chile 45,8 74,2 121,6 60,8 62,7 75,0 11,2 21,4 41,2 14,8 18,1 25,4 0,7 0,2 EUA 2783,2 2818,0 3120,6 28,3 22,6 22,6 2694,0 3638,0 4302,9 27,4 29,2 31,2 17,6 22,7 México 97,2 226,7 309,5 15,3 26,9 35,6 8,3 29,6 53,5 1,3 3,5 6,2 1,7 0,3 Paraguai 1,2 1,1 2,6 17,2 15,1 18,5 0,2 0,2 0,2 3,0 2,1 1,7 0,0 0,0 Uruguai 2,1 2,8 9,9 9,1 16,4 30,5 0,1 0,2 0,3 0,6 0,9 1,0 0,1 0,0 Venezuela 35,5 44,5 41,2 30,3 30,6 12,2 7,7 9,4 17,7 6,6 6,5 5,2 0,2 0,1 Ásia e Pacífico Austrália 118,9 242,2 328,1 29,7 32,8 34,1 96,0 208,9 343,6 24,0 28,3 35,7 1,8 1,8 China 193,3 272,1 473,1 16,2 11,8 10,1 27,8 57,2 229,6 2,3 2,5 4,9 2,7 1,2 Coreia do Sul 38,1 104,9 110,8 7,1 12,4 13,3 26,8 38,7 115,6 5,0 4,6 13,9 0,6 0,6 Filipinas 18,2 15,0 23,6 23,9 15,2 14,5 2,0 2,0 6,1 2,7 2,1 3,8 0,1 0,0 Hong Kong 455,5 523,2 912,2 269,3 294,3 432,0 388,4 471,3 834,1 229,6 265,1 395,0 5,1 4,4 Índia 16,3 43,2 164,0 3,5 5,3 13,3 1,7 9,7 77,2 0,4 1,2 6,3 0,9 0,4 Indonésia … 41,2 72,8 ... 14,4 13,5 ... 13,9 30,2 ... 4,9 5,6 0,4 0,2 Japão 50,3 100,9 200,1 1,1 2,2 3,9 278,4 386,6 740,9 6,0 8,5 14,5 1,1 3,9 Macau 2,8 5,0 13,4 45,9 43,4 63,2 … 0,5 1,2 … 4,2 5,7 0,1 0,0 Malásia 52,7 44,5 74,6 56,2 32,2 39,0 15,9 21,9 75,6 16,9 15,9 39,5 0,4 0,4 Nova Zelândia 24,9 51,5 66,6 47,3 46,3 58,6 8,5 11,6 15,1 16,1 10,4 13,3 0,4 0,1 Singapura 110,6 194,6 343,6 119,3 160,9 200,7 56,8 121,4 213,1 61,2 100,4 124,5 1,9 1,1 Tailândia 29,9 60,4 99,0 24,4 34,3 36,2 2,2 5,1 16,3 1,8 2,9 6,0 0,6 0,1 Taiwan 19,5 43,2 48,3 6,1 12,1 13,1 66,7 106,5 181,0 20,8 29,9 49,2 0,3 1,0 Timor Leste … 0,2 0,2 ... 47,1 35,4 … … … … … … 0,0 … Vietname 20,6 31,1 52,8 66,1 58,8 57,1 ... ... ... ... ... ... 0,3 ... Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 17,6 33,5 147,1 9,3 10,6 40,5 5,0 14,2 40,3 2,6 4,5 11,1 0,8 0,2 Argélia 3,5 8,4 17,3 6,5 8,1 12,3 0,2 0,7 1,6 0,5 0,7 1,2 0,1 0,0 Egipto 20,0 28,9 66,7 20,0 29,4 35,5 0,7 1,0 4,3 0,7 1,0 2,3 0,4 0,0 Irão 2,6 16,0 24,0 2,5 8,3 7,1 0,6 0,8 2,2 0,6 0,4 0,7 0,1 0,0 Israel 22,6 37,9 71,3 18,2 28,5 37,1 9,1 23,1 56,1 7,4 17,3 29,2 0,4 0,3 Jordânia 3,1 13,2 18,7 37,1 104,8 81,3 0,0 0,4 0,5 0,5 3,6 2,0 0,1 0,0 Líbia 0,5 2,0 15,5 1,2 4,4 25,2 1,9 1,5 12,0 5,0 3,4 19,5 0,1 0,1 Marrocos 8,8 20,8 40,7 23,9 34,9 46,0 0,4 0,7 2,2 1,1 1,1 2,5 0,2 0,0 Tunísia 11,5 16,8 31,9 59,4 57,9 82,1 0,0 0,1 0,2 0,2 0,2 0,6 0,2 0,0 África Subsariana África do Sul 43,5 79,0 125,1 32,7 32,5 43,7 32,3 37,7 64,3 24,3 15,5 22,5 0,7 0,3 Angola 8,0 12,1 16,5 87,4 61,0 57,5 0,0 0,3 3,5 0,0 1,4 12,2 0,1 0,0 Cabo Verde 0,2 0,4 1,1 35,5 35,9 62,9 0,0 0,0 0,0 1,3 0,8 0,3 0,0 0,0 Guiné Bissau 0,0 0,1 0,2 17,6 34,8 45,4 … 0,0 0,0 … 0,5 0,7 0,0 0,0 Moçambique 1,2 2,6 4,7 29,0 40,0 46,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Nigéria 23,8 36,4 69,1 51,3 32,4 37,8 4,1 4,8 6,4 8,9 4,3 3,5 0,4 0,0 S. Tomé e Principe 0,0 0,0 0,2 14,9 35,7 91,4 … … … … … … 0,0 …

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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A. GLOBALIZAÇÃO

Investimento Directo Investimento Directo Investimento Directo Investimento Directo Quota Estrangeiro Estrangeiro Estrangeiro Estrangeiro Mundial Fluxo | Entrada Fluxo | Entrada Fluxo | Saída Fluxo | Saída de IDE | Fluxo

$ Mil Milhões % PIB $ Mil Milhões % PIB % | 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 Entrada Saída Portugal 6,6 3,9 2,9 5,9 2,1 1,3 8,1 2,1 1,3 7,2 1,1 0,6 0,3 0,1 Área do Euro Alemanha 198,3 47,4 35,6 10,4 1,7 1,1 56,6 75,9 62,7 3,0 2,7 1,9 3,2 5,7 Áustria 8,8 10,8 7,1 4,6 3,5 1,8 5,7 11,1 3,8 3,0 3,7 1,0 0,6 0,3 Bélgica … 34,4 33,8 … 9,1 7,2 … 32,7 -15,1 … 8,7 -3,2 3,0 -1,4 Chipre 0,8 1,2 5,8 9,0 6,9 25,1 0,2 0,6 5,1 1,8 3,2 22,1 0,5 0,5 Eslováquia 1,9 2,4 0,0 9,5 5,1 -0,1 0,0 0,1 0,4 0,1 0,3 0,5 0,0 0,0 Eslovénia 0,1 0,6 -0,1 0,7 1,6 -0,1 0,1 0,6 0,9 0,3 1,8 1,8 0,0 0,1 Espanha 39,6 25,0 15,0 6,8 2,2 1,0 58,2 41,8 16,3 10,0 3,7 1,1 1,3 1,5 Finlândia 8,8 4,8 2,6 7,3 2,4 1,1 24,0 4,2 2,9 19,7 2,2 1,2 0,2 0,3 França 43,3 84,9 59,6 3,3 3,9 2,2 177,4 115,0 147,2 13,3 5,3 5,5 5,4 13,4 Grécia 1,1 0,6 3,4 0,9 0,3 1,0 2,1 1,5 1,8 1,7 0,6 0,5 0,3 0,2 Holanda 63,9 47,8 26,9 16,6 7,5 3,4 75,6 131,8 17,8 19,6 20,6 2,2 2,4 1,6 Irlanda 25,8 -31,7 25,0 26,7 -15,7 10,8 4,6 14,3 20,8 4,8 7,1 8,9 2,2 1,9 Itália 13,4 20,0 30,5 1,2 1,1 1,4 12,3 41,8 43,9 1,1 2,4 2,1 2,7 4,0 Luxemburgo 88,7 6,0 27,3 437,8 15,9 56,2 86,4 9,0 15,0 426,1 24,0 30,8 2,4 1,4 Malta 0,6 0,7 0,9 14,9 11,3 11,4 0,0 0,0 0,1 0,5 -0,3 1,4 0,1 0,0 União Europeia restante Bulgária 1,0 3,9 4,5 8,1 14,4 9,5 0,0 0,3 -0,1 0,0 1,1 -0,3 0,4 0,0 Dinamarca 33,8 12,9 7,8 21,1 5,0 2,5 26,5 16,2 15,8 16,6 6,3 5,1 0,7 1,4 Estónia 0,4 2,9 1,7 7,0 20,8 8,9 0,1 0,7 1,5 1,1 5,0 8,2 0,2 0,1 Hungria 2,8 7,7 -5,6 5,8 7,0 -4,3 0,6 2,2 -6,9 1,3 2,0 -5,3 -0,5 -0,6 Letónia 0,4 0,7 0,1 5,3 4,4 0,3 0,0 0,1 0,0 0,2 0,8 -0,1 0,0 0,0 Lituânia 0,4 1,0 0,3 3,3 4,0 0,9 0,0 0,3 0,2 0,0 1,3 0,6 0,0 0,0 Polónia 9,4 10,3 11,4 5,5 3,4 2,6 0,0 3,4 2,9 0,0 1,1 0,7 1,0 0,3 Reino Unido 118,8 176,0 45,7 8,0 7,7 2,1 233,4 80,8 18,5 15,8 3,5 0,8 4,1 1,7 República Checa 5,0 11,7 2,7 8,8 9,4 1,4 0,0 0,0 1,3 0,1 0,0 0,7 0,2 0,1 Roménia 1,1 6,5 6,3 2,9 6,5 3,9 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,1 0,6 0,0 Suécia 23,4 9,9 10,9 9,5 2,7 2,7 41,0 26,2 30,3 16,7 7,2 7,5 1,0 2,8 Espaço Económico Europeu Noruega 7,1 5,4 6,7 4,2 1,8 1,7 9,5 22,0 34,2 5,6 7,3 8,9 0,6 3,1 Suíça 19,3 -1,0 9,7 7,6 -0,3 2,0 44,7 51,1 15,5 17,7 13,6 3,2 0,9 1,4 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 1,1 1,8 2,6 4,9 4,1 4,1 0,0 0,2 1,3 0,0 0,5 2,0 0,2 0,1 Macedónia 0,2 0,1 0,2 6,0 1,7 2,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 Rússia 2,7 12,9 38,7 1,0 1,7 3,1 3,2 12,8 46,1 1,2 1,7 3,7 3,5 4,2 Turquia 1,0 10,0 7,6 0,4 2,1 1,2 0,9 1,1 1,6 0,3 0,2 0,2 0,7 0,1 Ucrânia 0,6 7,8 4,8 1,9 9,1 4,2 0,0 0,3 0,2 0,0 0,3 0,1 0,4 0,0 Américas Argentina 10,4 5,3 4,9 3,7 2,9 1,6 0,9 1,3 0,7 0,3 0,7 0,2 0,4 0,1 Brasil 32,8 15,1 25,9 5,1 1,7 1,7 2,3 2,5 -10,1 0,4 0,3 -0,7 2,3 -0,9 Canadá 66,8 25,7 18,7 9,2 2,3 1,4 44,7 27,5 38,8 6,2 2,4 2,9 1,7 3,5 Chile 4,9 7,0 12,7 6,5 5,9 7,8 4,0 2,2 8,0 5,3 1,8 4,9 1,1 0,7 EUA 314,0 104,8 129,9 3,2 0,8 0,9 142,6 15,4 248,1 1,5 0,1 1,8 11,7 22,5 México 18,1 22,4 12,5 2,8 2,6 1,4 0,4 6,5 7,6 0,1 0,8 0,9 1,1 0,7 Paraguai 0,1 0,0 0,2 1,4 0,5 1,3 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 Uruguai 0,3 0,8 1,1 1,2 4,9 3,5 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,2 0,0 0,1 0,0 Venezuela 4,7 2,6 -3,1 4,0 1,8 -0,9 0,5 1,2 1,8 0,4 0,8 0,5 -0,3 0,2 Ásia e Pacífico Austrália 15,6 -24,2 22,6 3,9 -3,3 2,3 4,2 -31,1 18,4 1,1 -4,2 1,9 2,0 1,7 China 40,7 72,4 95,0 3,4 3,1 2,0 0,9 12,3 48,0 0,1 0,5 1,0 8,5 4,4 Coreia do Sul 9,0 7,1 5,8 1,7 0,8 0,7 5,0 4,3 10,6 0,9 0,5 1,3 0,5 1,0 Filipinas 2,2 1,9 1,9 3,0 1,9 1,2 0,1 0,2 0,4 0,2 0,2 0,2 0,2 0,0 Hong Kong 61,9 33,6 48,4 36,6 18,9 22,9 59,4 27,2 52,3 35,1 15,3 24,8 4,3 4,7 Índia 3,6 7,6 34,6 0,8 0,9 2,8 0,5 3,0 14,9 0,1 0,4 1,2 3,1 1,4 Indonésia ... 8,3 4,9 ... 2,9 0,9 ... 3,1 2,9 ... 1,1 0,5 0,4 0,3 Japão 8,3 2,8 11,9 0,2 0,1 0,2 31,6 45,8 74,7 0,7 1,0 1,5 1,1 6,8 Macau 0,0 1,2 2,3 0,0 10,7 10,9 … 0,1 0,2 … 0,5 0,9 0,2 0,0 Malásia 3,8 4,1 1,4 4,0 2,9 0,7 2,0 3,0 8,0 2,2 2,2 4,2 0,1 0,7 Nova Zelândia 1,3 1,5 0,3 2,6 1,4 0,3 0,6 -1,5 -0,4 1,2 -1,4 -0,4 0,0 0,0 Singapura 16,5 15,5 16,8 17,8 12,8 9,8 5,9 11,2 6,0 6,4 9,3 3,5 1,5 0,5 Tailândia 3,4 8,1 5,9 2,8 4,6 2,2 0,0 0,5 3,8 0,0 0,3 1,4 0,5 0,3 Taiwan 4,9 1,6 2,8 1,5 0,5 0,8 6,7 6,0 5,9 2,1 1,7 1,6 0,3 0,5 Timor Leste … 0,0 0,0 … 0,0 2,7 … … … … … … 0,0 ... Vietname 1,3 2,0 4,5 4,1 3,8 4,9 ... 0,1 0,1 ... 0,1 0,1 0,4 0,0 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 0,2 12,1 35,5 0,1 3,8 9,8 1,6 6,6 6,5 0,8 2,1 1,8 3,2 0,6 Argélia 0,4 1,1 2,8 0,8 1,0 2,0 0,0 0,1 0,3 0,0 0,1 0,2 0,3 0,0 Egipto 1,2 5,4 6,7 1,2 5,5 3,6 0,1 0,1 0,6 0,1 0,1 0,3 0,6 0,1 Irão 0,2 3,1 3,0 0,2 1,6 0,9 0,0 0,5 0,4 0,0 0,2 0,1 0,3 0,0 Israel 7,0 4,8 3,9 5,6 3,6 2,0 3,3 2,9 1,2 2,7 2,2 0,6 0,3 0,1 Jordânia 0,9 2,0 2,4 10,8 15,7 10,4 0,0 0,2 0,1 0,1 1,3 0,3 0,2 0,0 Líbia 0,1 1,0 2,7 0,4 2,3 4,3 0,1 0,1 1,2 0,3 0,3 1,9 0,2 0,1 Marrocos 0,4 1,7 1,3 1,1 2,8 1,5 0,1 0,1 0,5 0,2 0,1 0,5 0,1 0,0 Tunísia 0,8 0,8 1,7 4,0 2,7 4,3 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,2 0,2 0,0 África Subsariana África do Sul 0,9 6,6 5,7 0,7 2,7 2,0 0,3 0,9 1,6 0,2 0,4 0,6 0,5 0,1 Angola 0,9 6,8 13,1 9,6 34,2 45,6 0,0 0,2 0,0 -0,2 1,1 0,0 1,2 0,0 Cabo Verde 0,0 0,1 0,1 8,1 8,1 6,9 0,0 … 0,0 0,3 … 0,0 0,0 0,0 Guiné Bissau 0,0 0,0 0,0 0,3 2,7 3,5 … 0,0 0,0 … 0,2 0,0 0,0 0,0 Moçambique 0,1 0,1 0,9 3,2 1,6 8,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 Nigéria 1,3 5,0 5,9 2,8 4,4 3,2 0,2 0,0 0,1 0,4 0,0 0,1 0,5 0,0 S. Tomé e Principe 0,0 0,0 0,0 5,0 13,8 18,0 … 0,0 0,0 ... 12,8 2,2 0,0 0,0

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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Page 84: FICHA TÉCNICA - APB - Associação Portuguesa de Bancos · investimento em bens e serviços transaccionáveis de maior valor ... Espanha, Grécia, Portugal e ... desenvolvimento

A. GLOBALIZAÇÃO

Balança Balança Remessas Remessas Balança Corrente Balança Balança de Mercadorias de Serviços de Emigrantes de Imigrantes de Capital Financeira % PIB % PIB % PIB % PIB % PIB % PIB % PIB 2000/04 2005/08 2000/04 2005/08 2000 2009 2000 2009 2000 2005 2008 2000 2007 2000 2007 Portugal -11,0 -11,4 2,4 3,4 3,1 1,6 0,4 0,6 -10,3 -9,4 -12,0 1,3 1,3 9,2 9,0 Área do Euro Alemanha 5,3 7,3 -2,3 -1,2 0,2 0,3 0,5 0,5 -1,7 5,1 6,7 0,3 0,0 1,8 -9,8 Áustria -0,8 0,0 3,4 4,2 0,9 0,8 0,7 0,9 -0,7 2,1 3,3 -0,2 0,1 2,2 -4,2 Bélgica 2,5 -0,1 1,8 1,4 1,7 2,2 1,5 0,9 4,0 2,6 -2,4 -0,1 -0,3 -3,6 -1,7 Chipre -26,3 -27,4 22,5 23,0 0,7 0,6 0,7 1,6 -5,3 -5,7 -17,5 0,1 0,0 5,8 13,7 Eslováquia -5,2 -3,1 1,5 0,9 0,1 1,9 0,0 0,2 -3,4 -8,4 -6,5 0,4 0,6 2,7 4,4 Eslovénia -3,1 -4,8 2,4 3,4 1,0 0,6 0,1 0,3 -2,8 -1,9 -6,1 0,0 -0,2 2,5 6,2 Espanha -5,7 -8,2 3,1 2,3 0,8 0,7 0,4 0,9 -4,0 -7,4 -9,8 0,8 0,4 3,1 9,3 Finlândia 9,1 4,6 0,1 0,0 0,4 0,3 0,1 0,2 8,6 3,6 3,0 0,1 0,1 -7,5 -4,3 França 0,1 -2,1 1,1 0,7 0,6 0,6 0,3 0,2 1,7 -0,4 -2,2 0,1 0,1 -2,2 2,0 Grécia -14,4 -16,7 6,9 7,4 1,7 0,6 0,4 0,5 -7,7 -7,4 -14,4 1,7 1,9 6,5 12,0 Holanda 5,4 7,1 -0,2 1,4 0,3 0,5 0,8 1,0 1,9 7,3 4,9 0,0 -0,4 -2,0 -3,5 Irlanda 24,8 14,4 -10,0 -3,6 0,3 0,3 0,2 0,9 -0,4 -3,5 -5,2 1,1 0,0 8,1 5,4 Itália 1,0 -0,1 0,0 -0,3 0,2 0,1 0,2 0,6 -0,5 -1,7 -3,4 0,3 0,2 0,4 1,7 Luxemburgo -10,8 -10,8 34,5 50,2 … 3,5 … 21,8 12,6 11,0 5,8 … -0,3 … -10,1 Malta -14,0 -18,7 9,5 14,3 0,5 0,6 0,4 0,6 -12,3 -8,8 -5,3 0,5 1,0 11,7 2,5 União Europeia restante Bulgária -11,9 -23,3 2,9 3,1 0,5 3,3 0,2 0,2 -5,6 -12,3 -23,8 0,2 1,3 5,1 26,0 Dinamarca 4,3 0,8 1,5 2,6 0,4 0,3 0,4 0,8 1,4 4,3 2,2 0,0 0,0 1,4 -1,5 Estónia -14,9 -15,4 9,4 6,9 0,1 1,7 0,1 0,4 -5,3 -10,1 -9,7 0,5 1,1 4,7 16,2 Hungria -4,2 -1,1 1,3 1,2 0,6 1,8 0,2 1,0 -8,4 -7,2 -7,1 0,6 1,0 8,2 6,5 Letónia -16,7 -21,4 5,5 3,6 0,9 2,3 0,1 0,2 -4,7 -12,4 -13,3 0,5 2,0 5,2 21,1 Lituânia -9,6 -13,5 3,6 2,5 0,4 3,1 0,3 1,7 -5,9 -7,0 -11,9 0,0 1,8 4,8 13,0 Polónia -3,9 -2,9 0,4 0,6 0,9 2,0 0,2 0,3 -6,0 -1,2 -5,1 0,0 1,1 5,6 6,3 Reino Unido -4,3 -6,1 1,7 2,5 0,2 0,3 0,1 0,2 -2,6 -2,6 -1,5 0,2 0,2 2,3 2,2 República Checa -3,3 2,6 1,4 1,6 0,5 0,6 1,1 1,3 -4,7 -1,3 -3,1 0,0 0,6 5,3 2,3 Roménia -6,8 -12,5 -0,2 0,1 0,3 3,1 0,0 0,2 -3,7 -8,6 -11,7 0,1 0,7 3,2 13,1 Suécia 6,3 4,5 0,1 3,0 0,2 0,2 0,2 0,2 2,7 7,0 8,4 0,2 -0,1 -1,4 -4,8 Espaço Económico Europeu Noruega 13,8 17,0 1,0 0,3 0,2 0,2 0,6 1,1 14,9 16,2 19,6 -0,1 0,0 -11,0 -8,2 Suíça 2,1 2,2 5,7 7,2 0,4 0,4 3,0 3,9 13,0 14,1 1,0 -1,4 -0,5 -10,2 -7,7 Europa de Leste e Ásia Central Croácia -19,6 -21,9 13,2 14,8 3,0 2,3 0,2 0,2 -2,5 -5,7 -9,0 0,1 0,1 6,1 9,5 Macedónia -19,1 -21,4 -0,2 0,1 2,3 4,6 0,4 … -2,7 -2,7 -13,4 … … 0,0 0,0 Rússia 16,2 12,7 -2,6 -1,6 0,5 0,4 0,4 1,5 18,0 11,1 6,2 4,2 -0,8 -18,7 -4,1 Turquia -4,6 -7,1 3,8 2,5 1,7 0,2 … 0,0 -3,7 -4,6 -5,6 … … 4,7 5,6 Ucrânia 2,3 -5,7 2,0 1,8 0,1 4,4 0,0 0,0 4,7 2,9 -7,1 0,0 0,0 -4,5 4,0 Américas Argentina 8,4 5,9 -1,2 -0,3 0,0 0,2 0,1 0,2 -3,2 2,9 2,1 0,0 0,0 3,2 -3,0 Brasil 2,5 3,5 -1,0 -1,0 0,3 0,3 0,1 0,1 -3,8 1,6 -1,8 0,0 0,1 3,3 0,1 Canadá 5,5 4,8 -0,7 -1,2 ... ... … … 2,7 2,9 1,8 0,5 0,3 -2,5 -1,4 Chile 4,8 11,1 -1,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 -1,2 1,2 -1,5 … 0,0 0,6 -3,8 EUA -4,8 -6,1 0,6 0,7 0,0 0,0 0,3 0,3 -4,2 -6,0 -5,0 0,0 0,0 4,9 5,6 México -1,2 -1,0 -0,7 -0,6 1,2 2,6 … … -2,9 -0,5 -1,5 … … 2,7 0,8 Paraguai -6,2 -6,0 3,7 3,9 3,9 4,0 … … -2,3 0,2 -2,4 0,0 0,2 5,7 0,1 Uruguai -1,0 -2,4 1,6 2,3 … 0,3 … 0,0 -2,5 0,2 -3,8 … 0,0 2,4 0,9 Venezuela 15,0 16,1 -3,0 -2,4 0,0 0,0 0,3 0,2 10,1 17,3 11,7 … … -7,6 -7,7 Ásia e Pacífico Austrália -1,7 -1,5 0,2 0,1 0,5 0,4 0,3 ... -3,7 -5,6 -4,7 0,2 0,2 3,6 5,9 China 2,9 8,4 -0,5 -0,3 0,4 1,0 0,1 … 1,7 7,0 9,8 0,0 0,1 -0,7 -11,3 Coreia do Sul 3,4 2,6 -1,0 -1,8 0,1 0,3 0,2 0,4 2,3 1,8 -0,6 -0,1 -0,2 -2,1 -0,6 Filipinas -7,5 -6,7 -2,6 0,3 9,2 12,2 0,0 0,0 -2,9 2,0 2,3 0,2 0,0 4,9 -4,0 Hong Kong -4,4 -8,0 11,6 19,4 0,1 0,2 0,1 0,2 4,1 11,4 13,6 -0,9 0,6 -3,5 -16,7 Índia -1,6 -6,5 -0,2 2,2 2,8 4,0 0,1 … -1,0 -1,3 -2,9 0,2 … 0,8 … Indonésia 11,9 6,6 -5,3 -2,8 ... 1,3 ... 0,5 ... 0,1 0,0 ... 0,1 ... -2,3 Japão 2,4 1,8 -1,0 -0,5 0,0 0,0 0,1 0,1 2,6 3,6 3,2 -0,2 -0,1 -2,7 -5,1 Macau -15,1 -26,4 58,4 61,6 … 2,3 .. … ... ... ... … 1,7 … 7,3 Malásia 21,1 23,0 -2,4 -0,7 1,0 1,0 0,6 … 9,0 14,5 17,6 … 0,0 -5,6 -12,9 Nova Zelândia 0,4 -1,7 0,6 0,0 0,4 0,5 0,8 0,8 -5,1 -8,3 -8,9 -0,3 -0,4 6,2 8,3 Singapura 23,3 27,4 -3,6 -1,8 … … … … 11,6 22,7 14,9 -0,2 -0,2 -13,6 -22,8 Tailândia 7,7 6,5 -1,6 -4,2 1,4 0,6 ... ... 7,6 -4,3 0,6 ... ... -7,0 -8,2 Taiwan 6,5 6,2 -1,4 -1,0 0,1 0,1 0,6 0,4 2,8 4,9 6,4 -0,1 0,0 -3,3 -9,0 Timor Leste … … … … … … … ... … 74,3 355,1 … … … … Vietname -2,4 -11,1 -1,9 -0,8 6,4 7,4 ... ... 3,5 -1,1 -11,8 ... ... -1,4 10,3 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 26,5 42,1 -1,7 -4,3 … 0,1 8,2 7,1 7,6 28,5 28,3 … … -7,6 -24,8 Argélia 17,0 42,1 -3,2 -4,2 1,4 1,6 .. .. 16,7 20,5 20,2 … … 0,0 0,0 Egipto -7,1 -11,5 4,2 4,2 2,9 3,8 0,0 0,1 -1,0 2,1 -0,9 … 0,0 0,4 -0,5 Irão 10,2 36,2 -1,7 -4,9 0,5 0,3 … … 12,1 8,6 6,9 … … -11,0 … Israel -3,2 -3,3 1,9 2,5 0,3 0,7 2,6 1,7 -1,8 3,1 0,7 0,4 0,5 0,2 -1,4 Jordânia -23,1 -40,0 -1,4 -0,8 21,8 15,6 2,3 2,2 0,7 -17,4 -11,2 0,8 0,1 -4,9 8,9 Líbia 21,4 47,1 -4,1 -4,3 0,0 0,0 1,2 … 16,3 32,9 39,3 … … -14,3 -43,5 Marrocos -8,9 -18,1 4,8 8,4 5,8 7,1 0,1 0,1 -1,3 1,7 -5,2 0,0 0,0 1,0 0,0 Tunísia -10,2 -8,3 6,5 6,0 4,1 5,1 0,1 … -4,2 -1,0 -4,3 0,0 0,4 4,4 2,2 África Subsariana África do Sul 2,8 -1,6 -0,3 -1,0 0,3 0,3 0,5 0,4 -0,1 -3,5 -7,3 0,0 0,0 -0,3 6,1 Angola 39,7 51,3 -27,2 -17,5 0,0 0,0 2,9 … 8,7 25,8 18,3 0,2 0,0 -8,4 -29,8 Cabo Verde -37,7 -42,2 2,1 11,1 16,1 8,6 0,1 ... -10,8 -4,0 -12,0 2,0 1,9 10,9 8,9 Guiné Bissau -1,0 -8,2 -12,0 -11,8 0,9 7,5 … … 3,9 -0,3 4,9 … … … … Moçambique -11,5 -6,1 -5,6 -4,7 0,9 1,1 3,6 0,6 -17,7 -11,6 -9,9 7,1 6,7 9,7 2,1 Nigéria 15,8 22,6 -4,0 -5,4 3,0 5,2 0,0 0,0 16,0 33,2 18,0 … … … -2,3 S. Tomé e Principe -28,3 -37,3 -5,0 -6,4 0,6 1,5 0,8 0,3 -24,9 -31,8 -49,5 15,6 155,3 11,7 -110,4

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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A. GLOBALIZAÇÃO

Integração Quota Mundial Comércio Concentração Concentração Comércio Mundial Comércio Mundial Comercial do Comércio Per Capita Exportações | Produtos Exportações | Mercados de Bens de Serviços % PIB % Ganho | % $ Mil 0 a 100 (máxmo) 0 a 100 (máxmo) ranking 180 ranking 180 2000/04 2005/08 2008 2006/09 2008 2000/04 2005/08 2000/04 2005/08 2000/04 2005/08 2000/04 2005/08 Portugal 66,6 72,3 0,5 -1,1 17,6 10 9 34 31 42 45 32 33 Área do Euro Alemanha 67,9 84,8 8,5 -2,0 39,7 10 9 22 18 2 1 3 3 Áustria 92,6 108,3 1,2 -3,1 55,5 7 7 35 31 23 23 18 21 Bélgica 167,8 174,7 2,4 2,9 87,1 11 10 31 29 11 13 9 13 Chipre 102,3 99,3 0,1 9,7 32,0 23 24 24 22 120 125 46 52 Eslováquia 149,7 169,1 0,4 12,5 31,0 15 15 36 28 49 44 56 55 Eslovénia 111,4 134,3 0,2 -0,5 37,1 11 11 32 25 57 60 60 59 Espanha 57,4 59,1 2,5 -5,5 20,8 13 11 29 25 16 16 7 6 Finlândia 73,1 84,5 0,6 -3,2 44,7 22 17 23 20 32 36 34 32 França 52,8 54,7 4,2 -2,0 25,7 8 8 26 22 5 5 4 4 Grécia 50,3 52,1 0,5 3,2 17,7 10 11 22 19 56 62 21 22 Holanda 120,6 134,1 3,1 0,4 73,4 9 10 31 29 9 8 8 9 Irlanda 165,7 147,7 1,1 -7,3 91,1 24 23 34 30 22 30 16 11 Itália 51 56,5 3,5 -4,3 22,6 6 5 24 20 8 6 6 8 Luxemburgo 250,2 282,6 0,4 -4,3 326,3 13 16 36 31 59 63 20 20 Malta 170,2 174,6 0,0 -10,9 33,8 50 42 34 27 83 111 79 76 União Europeia restante Bulgária 114,7 144,4 0,2 7,5 9,5 11 14 25 21 68 66 57 56 Dinamarca 86,6 100,1 1,0 0,9 66,5 8 8 27 24 29 34 17 18 Estónia 157,1 163,9 0,1 -4,2 27,2 16 13 33 27 80 77 68 63 Hungria 136,5 153,1 0,7 0,1 25,1 14 14 38 29 35 35 37 38 Letónia 94,6 104,8 0,1 -4,0 14,4 18 10 28 25 87 86 75 72 Lituânia 106,2 125,3 0,2 11,9 18,1 17 18 26 22 69 67 73 64 Polónia 65 81,7 1,2 7,8 11,7 8 8 36 28 31 28 33 30 Reino Unido 55,5 58,2 4,1 -10,0 26,1 10 10 26 22 6 7 2 2 República Checa 130,5 149,1 0,8 4,6 31,1 9 10 41 33 34 32 38 37 Roménia 75,9 75,7 0,4 6,1 7,0 13 11 32 25 51 53 59 50 Suécia 81,2 94,3 1,3 -3,6 52,1 12 11 24 20 20 21 19 19 Espaço Económico Europeu Noruega 71,3 74,8 0,9 2,4 72,4 46 44 31 31 27 27 25 24 Suíça 91 110,3 1,5 4,3 76,3 12 14 29 25 18 19 13 16 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 90,3 92,9 0,2 3,3 14,6 13 12 33 27 74 75 41 43 Macedónia 99,1 117 0,0 3,3 5,7 17 19 35 31 112 112 120 112 Rússia 61,3 54,8 2,3 15,2 6,3 31 35 27 20 17 11 30 25 Turquia 46,5 48,7 1,0 5,3 5,2 10 19 24 25 33 33 26 27 Ucrânia 113,5 99,2 0,5 19,2 4,0 13 15 24 24 46 47 45 40 Américas Argentina 34,3 45,2 0,4 9,8 3,8 14 14 28 23 41 43 49 46 Brasil 25,6 26,3 1,2 14,5 2,3 9 10 28 21 26 22 36 31 Canadá 77,9 70,9 2,6 -6,8 30,5 13 13 86 80 7 9 11 15 Chile 65,6 78,7 0,4 -2,1 8,7 28 37 27 23 45 42 47 48 EUA 24,1 28,5 11,3 -4,7 14,3 8 7 29 25 1 2 1 1 México 56,8 57,7 1,7 -5,5 6,1 13 15 89 81 13 15 31 36 Paraguai 93,4 110,9 0,1 23,2 2,9 38 35 41 33 102 94 100 108 Uruguai 42,5 57,6 0,1 24,5 5,8 18 20 30 23 96 95 86 86 Venezuela 48,9 54,8 0,4 7,1 5,4 72 89 58 48 39 37 83 88 Ásia e Pacífico Austrália 43,4 45,3 1,2 9,0 22,3 14 19 28 27 25 25 24 23 China 51,5 72,4 7,3 3,5 2,1 9 10 33 26 4 3 12 7 Coreia do Sul 71,6 87,6 2,7 2,8 21,2 15 16 29 26 12 10 15 17 Filipinas 109,7 89,7 0,3 -10,3 1,4 41 35 34 30 38 48 52 54 Hong Kong 310,4 401 2,3 -7,1 127,8 12 21 45 44 10 12 10 12 Índia 30,1 47,1 1,8 13,9 0,6 13 14 24 20 30 24 22 10 Indonésia 64,4 59,6 0,8 8,7 1,3 12 13 30 26 28 31 39 39 Japão 22,7 32,8 4,6 1,2 13,9 14 15 33 27 3 4 5 5 Macau 165,8 151,3 ... 10,0 ... 32 35 62 49 94 114 43 44 Malásia 205,6 204,4 1,1 -3,0 15,3 21 19 31 26 19 20 28 29 Nova Zelândia 61,8 58,7 0,2 -3,5 19,3 13 15 29 26 50 56 42 47 Singapura 387 438,3 2,1 1,5 175,0 26 26 28 23 14 14 14 14 Tailândia 127,1 153,3 1,1 5,8 6,2 10 9 28 22 24 26 27 28 Taiwan 105,4 133,9 1,5 -7,5 24,3 16 17 34 32 15 18 23 26 Timor Leste … … ... ... ... 45 31 … … … … … … Vietname 121,4 162 0,4 9,9 1,8 23 23 27 25 48 50 54 58 Médio Oriente e Norte de África - Arábia Saudita 64,7 88,7 1,3 18,4 19,3 76 77 48 26 21 17 44 53 Argélia 60,5 117,3 0,3 23,0 3,7 54 60 34 33 43 41 106 109 Egipto 46,9 77,6 0,4 37,1 1,9 30 30 24 19 63 59 35 35 Irão 56,4 96,5 0,7 11,0 3,9 79 80 45 31 36 29 51 49 Israel 75,2 85,9 0,4 -0,8 22,5 32 36 40 35 40 46 29 34 Jordânia 116,8 154,7 0,1 15,1 5,5 15 19 32 30 89 92 70 73 Líbia 78,4 108,8 ... 8,5 ... 80 82 … 39 53 51 121 130 Marrocos 62,4 80,3 0,2 13,9 2,6 17 16 39 31 64 69 48 45 Tunísia 95,2 114,7 0,1 13,5 5,1 20 18 41 37 65 70 55 60 África Subsariana África do Sul 56 64,6 0,5 -4,0 4,2 14 15 26 20 37 38 40 42 Angola 139,1 115,8 0,2 12,8 5,2 91 95 … 41 61 52 129 116 Cabo Verde 97 107,9 0,0 1,8 3,7 44 48 81 52 170 167 144 132 Guiné Bissau 74,3 86,1 0,0 29,7 0,3 66 74 … 69 164 165 178 178 Moçambique 68,1 80,6 0,0 1,8 0,4 49 57 56 47 122 117 124 129 Nigéria 68,6 65,8 0,4 12,3 0,9 96 87 42 47 44 40 58 69 S. Tomé e Principe 63,8 66,8 ... -12,9 ... 90 88 61 52 179 180 175 179

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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Facilitação Dimensão Prevalência Restrições Impacto das regras do Comércio do Mercado Externo de Barreiras Comerciais aos Fluxos de Capitais do IDE ranking 155 ranking 139 ranking 139 ranking 139 ranking 139 posição 2008 decil posição 2009/10 % do 1.º posição2009/10 % do 1.º posição 2009/10 % do 1.º posição 2009/10 % do 1.º Portugal 34 3 53 67 13 88 21 83 50 77 Área do Euro Alemanha 1 1 3 93 36 78 15 85 63 74 Áustria 19 2 32 76 17 86 17 83 47 77 Bélgica 9 1 21 80 9 92 33 78 32 80 Chipre 46 3 100 49 25 83 23 82 33 80 Eslováquia 38 3 47 69 19 86 43 75 13 85 Eslovénia 57 4 69 61 30 80 81 65 116 58 Espanha 25 2 19 81 35 78 44 75 76 71 Finlândia 12 1 54 67 8 92 2 94 41 78 França 17 2 10 86 27 81 46 74 62 74 Grécia 54 4 57 67 26 81 52 72 122 57 Holanda 4 1 13 84 22 84 19 83 38 78 Irlanda 11 1 33 76 16 88 14 86 2 98 Itália 22 2 14 84 41 77 80 66 118 58 Luxemburgo 5 1 58 67 7 95 13 86 4 92 Malta 64 5 106 47 20 86 30 78 7 88 União Europeia restante Bulgária 63 5 65 64 107 64 111 57 126 57 Dinamarca 16 2 44 70 31 80 36 78 78 71 Estónia 43 3 84 54 14 88 11 88 23 82 Hungria 52 4 35 74 15 88 28 80 60 75 Letónia 37 3 92 53 29 81 55 72 103 65 Lituânia 45 3 71 61 64 73 66 69 124 57 Polónia 30 2 22 80 47 75 67 69 94 68 Reino Unido 8 1 6 87 21 84 10 88 14 85 República Checa 26 2 28 76 12 89 25 80 22 83 Roménia 59 4 49 69 42 77 85 63 90 69 Suécia 3 1 31 76 6 97 4 91 15 85 Espaço Económico Europeu Noruega 10 1 42 71 99 66 26 80 83 69 Suíça 6 1 34 76 94 66 3 92 26 82 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 74 5 75 60 66 70 91 62 131 51 Macedónia 73 5 98 50 76 70 103 58 115 58 Rússia 94 7 7 87 133 55 119 52 127 55 Turquia 39 3 26 77 65 72 41 77 58 75 Ucrânia 102 7 37 74 126 56 125 49 128 54 Américas Argentina 48 4 3,9 73 138 44 132 46 134 49 Brasil 41 3 24 79 119 61 73 68 81 71 Canadá 14 1 18 83 45 77 39 77 48 77 Chile 49 4 45 70 4 98 20 83 12 86 EUA 15 1 2 96 67 72 69 69 77 71 México 50 4 15 84 55 75 42 75 64 74 Paraguai 76 5 93 53 83 69 56 72 119 58 Uruguai 77 5 94 51 60 73 7 89 9 86 Venezuela 84 6 55 67 137 50 139 28 139 34 Ásia e Pacífico Austrália 18 2 30 76 24 83 32 78 57 75 China 27 2 1 100 69 72 123 51 18 83 Coreia do Sul 23 2 5 89 111 63 94 62 133 51 Filipinas 44 3 43 71 89 67 64 69 98 66 Hong Kong 13 1 8 87 2 98 1 100 3 95 Índia 47 4 4 89 96 66 75 68 46 77 Indonésia 75 5 23 79 58 73 49 74 49 77 Japão 7 1 9 86 85 69 51 72 91 68 Macau ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Malásia 29 2 16 83 88 67 74 68 31 80 Nova Zelândia 21 2 70 61 3 98 18 83 55 75 Singapura 2 1 11 86 5 97 6 91 1 100 Tailândia 35 3 17 83 70 72 76 68 39 78 Taiwan 20 2 12 84 59 73 101 58 20 83 Timor Leste … … 139 14 90 67 98 60 104 65 Vietname 53 4 29 76 112 63 96 60 29 82 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 40 3 20 81 23 83 24 82 35 78 Argélia 130 9 41 71 56 73 136 35 125 57 Egipto 92 6 27 76 114 63 84 63 75 71 Irão 103 7 25 79 135 53 124 49 129 54 Israel 31 2 50 69 18 86 53 72 65 74 Jordânia 81 6 82 56 84 69 35 78 45 77 Líbia 132 9 63 64 92 67 134 45 121 58 Marrocos … … 68 63 104 64 105 58 74 72 Tunísia 61 4 67 63 57 73 88 63 6 89 África Subsariana África do Sul 28 2 36 74 61 73 99 60 71 72 Angola 142 10 51 67 123 58 138 29 120 58 Cabo Verde … … 137 19 125 58 78 66 72 72 Guiné Bissau 149 10 … … ... … ... ... Moçambique 136 9 119 41 117 61 121 52 69 72 Nigéria 100 7 40 73 127 56 89 62 86 69 S. Tomé e Principe … … … ... … ... … ... ... ...

A. GLOBALIZAÇÃO

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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B. COMPETITIVIDADE

31 Produto Interno Bruto | Nominal

32 Taxa de Crescimento Real Anual do Produto Interno Bruto

33 Quota Mundial do Produto Interno Bruto

34 Posição no Produto Interno Bruto Mundial | Ranking

35 PIB por Trabalhador

36 PIB por Hora Trabalhada

37 Consumo Privado | % PIB

38 Consumo Público | % PIB

39 Formação Bruta de Capital Fixo | % PIB

40 Exportações | % PIB

41 Importações | % PIB

42 Contributo do Índice de Qualidade de Trabalho

43 Contributo dos Serviços de Capital de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)

44 Contributo dos Serviços de Capital não-TIC

45 Crescimento da Produtividade Total dos Factores

46 Competitividade Global | Ranking

47 Competitividade Mundial | Ranking

48 Desempenho Logístico | Ranking

49 Liberdade Económica | Ranking

50 Facilidade para Fazer Negócios | Ranking

51 Empreendedorismo | Ranking

52 Taxa de Câmbio Efectiva Real

53 Taxa de Crescimento Real das Exportações

54 Peso das Exportações para Mercados Emergentes

55 Diversificação das Exportações | Índice

56 Rigidez do Mercado de Trabalho | Índice

57 Taxa Total de Imposto em Percentagem dos Lucros

58 Tempo Fiscal

59 Novas Empresas por Mil Trabalhadores

60 Clusters | Índice

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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B. COMPETITIVIDADE

Produto Interno Bruto Crescimento Real Quota Mundial PIB por PIB por (PIB) Anual do PIB do PIB Trabalhador Hora Trabalhada $ Mil Milhões % PPC | ranking 181 | 2009 $ Mil (2009) $ (2009) 2000 2005 2009 1992/00 2000/09 % Posição 2000 2005 2009 2000 2005 2009 Portugal 112,6 185,4 227,0 3,3 0,7 0,3 49 46,9 48,1 49,5 24 25 26 Área do Euro Alemanha 1 900,2 2 789,6 3 338,2 1,8 0,9 4,0 5 72,9 75,7 74,3 50 53 54 Áustria 191,2 304,0 381,5 2,6 1,9 0,5 36 79,9 83,5 84,8 46 49 52 Bélgica 231,9 375,7 469,4 2,3 1,7 0,5 29 87,1 91,0 90,3 57 59 59 Chipre 9,3 17,0 23,1 4,5 3,3 0,0 113 58,5 59,0 61,3 30 32 33 Eslováquia 20,4 47,9 88,5 ... 5,9 0,2 61 40,0 49,4 56,8 22 28 34 Eslovénia 19,9 35,7 48,8 4,3 3,8 0,1 84 50,1 59,0 60,5 29 35 36 Espanha 580,7 1 130,2 1 469,2 3,2 2,8 1,9 13 69,8 69,8 73,4 40 42 44 Finlândia 121,8 195,3 240,1 4,2 2,4 0,3 54 72,2 78,9 78,5 41 46 47 França 1 330,6 2 150,8 2 676,1 2,2 1,5 3,0 8 80,4 84,6 84,9 51 54 55 Grécia 127,1 245,8 335,2 2,6 3,8 0,5 33 60,5 69,1 73,7 29 33 35 Holanda 385,1 638,5 791,0 3,6 1,7 0,9 21 77,1 81,0 81,4 54 58 59 Irlanda 96,6 201,7 232,1 8,7 4,1 0,3 56 85,5 96,5 98,3 44 51 54 Itália 1 097,3 1 777,7 2 117,3 1,7 0,6 2,5 10 77,9 76,6 72,7 42 42 41 Luxemburgo 20,3 37,6 48,5 4,7 3,5 0,1 94 123,1 125,9 119,5 74 81 75 Malta 3,9 6,0 7,8 5,1 1,8 0,0 143 55,5 56,3 56,9 28 30 30 União Europeia restante Bulgária 12,6 27,2 47,1 -0,9 5,3 0,1 70 19,8 23,7 25,3 12 14 15 Dinamarca 160,1 257,7 310,2 3,0 1,1 0,3 51 72,2 76,7 73,3 47 49 48 Estónia 5,6 13,8 18,8 3,8 5,6 0,0 110 31,2 43,3 43,6 16 22 24 Hungria 47,9 110,2 129,0 3,0 2,9 0,3 52 38,4 48,3 49,8 19 24 25 Letónia 7,8 16,0 26,1 2,4 6,2 0,0 100 25,3 34,4 35,2 12 16 18 Lituânia 11,4 26,0 37,4 1,5 6,2 0,1 86 28,4 39,6 42,4 15 21 23 Polónia 171,3 303,9 430,1 5,7 4,3 1,0 20 37,1 44,6 48,1 20 21 23 Reino Unido 1 477,5 2 277,3 2 177,5 3,4 2,0 3,1 6 77,4 83,6 83,6 45 50 51 República Checa 56,7 124,5 195,9 ... 4,2 0,4 43 41,5 49,3 52,3 20 25 28 Roménia 37,0 99,2 160,3 0,5 5,7 0,4 41 16,3 25,1 28,9 9 14 15 Suécia 245,6 366,0 403,3 3,0 2,3 0,5 34 72,4 81,8 80,5 44 51 50 Espaço Económico Europeu Noruega 168,3 302,0 383,8 4,0 2,2 0,4 42 102,9 113,3 107,7 71 80 77 Suíça 252,4 375,6 491,3 1,5 1,8 0,5 37 72,0 74,9 74,5 43 45 45 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 21,3 44,4 63,0 3,5 3,9 0,1 74 40,4 49,6 52,1 ... ... ... Macedónia 3,6 5,8 8,7 1,3 3,2 0,0 122 32,9 36,4 35,4 ... ... ... Rússia 259,7 764,6 1 241,5 -2,6 5,9 3,0 7 24,7 32,1 36,2 ... ... ... Turquia 266,6 483,0 626,5 3,8 4,9 1,3 16 31,5 38,5 39,1 16 20 20 Ucrânia 31,3 86,1 115,6 -7,9 5,7 0,4 39 11,6 16,5 16,9 ... ... ... Américas Argentina 284,3 183,2 313,1 3,0 5,4 0,8 23 33,1 33,3 39,3 18 18 21 Brasil 644,7 882,0 1 530,6 2,9 3,6 2,9 9 19,1 19,0 21,1 10 10 12 Canadá 724,9 1 132,8 1 338,8 3,7 2,2 1,8 14 78,4 81,2 80,2 44 47 47 Chile 75,2 118,3 162,2 5,7 4,1 0,3 45 32,6 34,5 32,7 14 16 16 EUA 9 834,0 12 450,3 13 800,6 3,8 2,1 20,4 1 88,2 96,0 99,1 51 56 59 México 636,7 844,1 868,3 3,3 2,2 2,1 11 37,2 38,1 36,7 17 17 17 Paraguai 7,1 7,5 14,0 1,7 3,4 0,0 103 ... ... ... ... ... ... Uruguai 22,8 17,4 32,5 2,8 3,5 0,1 89 31,9 32,0 27,8 ... ... ... Venezuela 117,1 145,5 337,8 0,9 5,0 0,5 31 25,7 28,7 31,1 13 15 17 Ásia e Pacífico Austrália 399,6 738,8 961,8 4,2 3,0 1,2 17 80,0 84,5 88,2 45 48 52 China 1 192,8 2 302,7 4 699,9 9,9 10,3 12,6 2 6,0 9,9 14,5 ... ... ... Coreia do Sul 533,4 844,9 830,5 5,2 4,2 2,0 12 47,7 55,0 60,6 19 23 27 Filipinas 75,9 98,8 162,0 3,9 5,0 0,5 35 9,0 9,5 10,4 … … … Hong Kong 169,1 177,8 211,2 2,8 4,8 0,4 38 71,6 84,3 91,4 31 37 40 Índia 467,8 813,3 1 231,8 6,3 7,9 5,1 4 5,4 6,7 8,4 ... ... ... Indonésia … 285,9 540,6 … … 1,4 15 7,5 9,1 10,1 … … … Japão 4 667,4 4 552,2 5 092,7 1,0 1,3 6,0 3 63,5 69,2 68,4 35 39 40 Macau 6,1 11,6 21,2 0,6 14,5 ... ... ... ... ... ... ... ... Malásia 93,8 138,0 191,4 6,1 5,1 0,5 30 29,8 34,6 37,0 ... ... ... Nova Zelândia 52,7 111,1 113,8 3,4 2,8 0,2 60 72,8 75,4 74,0 41 43 44 Singapura 92,7 121,0 171,2 7,3 5,3 0,3 48 87,7 95,5 88,2 38 41 38 Tailândia 122,7 176,4 273,3 2,8 4,9 0,8 24 13,2 15,0 15,5 … … … Taiwan 321,2 356,0 368,3 6,2 3,6 1,1 19 63,9 72,8 77,7 28 33 37 Timor Leste ... 0,3 0,7 ... ... 0,0 162 ... ... ... ... ... ... Vietname 31,2 52,9 92,4 7,8 7,6 0,4 40 4,1 5,2 6,1 … … … Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 188,4 315,6 363,4 1,8 3,9 0,8 22 69,9 70,0 69,0 ... ... ... Argélia 54,8 103,2 140,8 2,5 4,0 0,3 47 … … … ... ... ... Egipto 99,6 98,3 188,1 4,9 5,3 0,7 26 14,9 15,7 18,5 ... ... ... Irão 102,9 194,2 338,7 3,3 5,4 1,2 18 27,0 29,5 33,8 ... ... ... Israel 123,7 133,2 192,3 5,5 3,5 0,3 50 67,6 67,1 66,1 Jordânia 8,5 12,6 23,0 3,8 7,0 0,0 97 15,3 18,0 19,4 ... ... ... Líbia 38,5 45,5 61,6 0,8 6,2 0,1 69 ... ... ... ... ... ... Marrocos 37,0 59,5 88,5 2,9 5,0 0,2 57 9,3 10,9 12,4 ... ... ... Tunísia 19,4 29,1 38,8 4,7 5,0 0,1 72 18,6 20,9 23,3 ... ... ... África Subsariana África do Sul 132,9 242,8 286,0 2,7 4,0 0,7 25 24,8 26,7 26,7 ... ... ... Angola 9,1 19,9 28,7 5,0 13,2 0,2 64 5,9 8,2 11,7 ... ... ... Cabo Verde 0,5 1,0 1,7 7,9 6,4 0,0 163 ... ... ... ... ... ... Guiné Bissau 0,2 0,3 0,4 0,4 1,2 0,0 169 ... ... ... ... ... ... Moçambique 4,3 6,6 10,0 8,7 8,0 0,0 120 ... ... ... ... ... ... Nigéria 46,4 112,2 183,0 2,3 10,6 0,5 32 4,3 6,3 7,2 ... ... ... S. Tomé e Principe 0,1 0,1 ... 1,7 6,3 ... ... ... ... ... ... ... ...

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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B. COMPETITIVIDADE

Consumo Privado Consumo Público Formação Bruta Exportações Importações de Capital Fixo

% PIB % PIB % PIB % PIB % PIB 2000 2005 2008 2000 2005 2008 2000 2005 2008 2000 2005 2008 2000 2005 2008 Portugal 63,9 64,9 66,6 19,3 21,4 20,7 27,2 22,3 21,8 29,8 28,5 32,9 40,7 37,4 42,5 Área do Euro Alemanha 58,9 59,1 56,4 19,0 18,7 18,1 21,5 17,5 19,2 33,4 41,1 47,2 33,0 35,7 41,0 Áustria 54,8 54,7 52,9 19,1 18,5 18,3 24,1 21,9 22,9 46,4 54,0 58,8 44,7 50,1 53,5 Bélgica 53,9 52,6 53,5 21,3 22,9 23,1 20,8 20,4 22,7 84,6 86,6 92,1 81,7 82,9 92,6 Chipre 64,8 64,6 68,4 16,0 18,0 18,7 17,0 19,3 23,3 55,4 48,3 47,1 54,5 50,9 58,4 Eslováquia 56,3 57,2 56,5 20,2 18,5 17,2 25,9 26,6 26,0 70,5 76,3 82,6 73,0 80,8 85,0 Eslovénia 57,4 54,4 52,7 18,8 19,0 17,9 26,1 25,3 28,1 53,9 62,2 68,6 57,4 62,6 71,4 Espanha 59,7 57,8 57,2 17,2 18,0 19,1 25,8 29,4 29,4 29,0 25,7 26,4 32,2 31,0 32,2 Finlândia 49,5 51,7 51,4 20,3 22,3 22,1 19,4 19,0 20,7 43,5 41,8 44,2 33,9 37,4 40,3 França 55,7 56,9 57,1 22,9 23,7 23,2 19,5 20,0 22,0 28,6 26,1 26,4 27,7 26,9 28,9 Grécia 72,4 71,3 71,2 17,8 16,7 16,8 21,6 21,6 19,3 24,9 22,0 23,1 38,4 30,9 31,9 Holanda 50,4 48,8 46,2 22,0 23,7 25,1 21,9 18,9 20,5 70,1 69,6 76,9 64,5 61,1 68,8 Irlanda 48,1 45,5 48,5 13,8 15,4 17,2 23,1 26,6 21,1 98,1 81,6 81,0 84,6 69,6 69,0 Itália 59,9 59,0 59,1 18,4 20,3 20,2 20,6 20,9 21,1 27,1 25,9 28,8 26,1 26,0 29,3 Luxemburgo 40,7 35,4 34,2 15,1 16,5 16,0 21,9 21,9 20,2 150,0 158,6 179,3 129,0 133,0 150,7 Malta 65,9 64,7 61,3 18,5 19,7 20,8 22,9 19,4 16,1 92,1 77,1 81,3 102,7 82,4 85,2 União Europeia restante Bulgária 69,2 70,2 68,2 17,9 18,0 16,3 15,7 24,2 33,4 55,7 60,2 60,5 61,1 76,4 83,3 Dinamarca 47,7 48,2 48,9 25,1 26,0 26,5 20,3 19,7 21,6 46,6 49,0 54,7 40,5 44,1 52,5 Estónia 55,0 55,6 56,3 19,9 17,3 19,8 25,9 30,7 28,4 85,4 80,0 76,3 89,0 86,3 80,7 Hungria 52,2 55,1 53,7 21,0 22,5 21,3 23,0 22,9 20,1 72,2 66,0 81,4 75,8 67,8 80,2 Letónia 62,5 62,5 58,4 20,8 17,4 20,0 24,2 30,6 30,2 41,6 47,8 41,8 48,7 62,2 54,9 Lituânia 64,6 64,5 65,4 22,8 18,7 19,1 18,8 22,8 24,8 44,7 57,5 59,8 51,0 64,6 71,0 Polónia 64,1 63,4 61,3 17,4 18,1 18,5 23,8 18,3 22,0 27,1 37,1 39,8 33,5 37,8 43,5 Reino Unido 65,5 64,7 64,4 18,6 21,4 21,9 17,1 16,8 16,7 27,6 26,4 28,9 29,5 29,8 32,0 República Checa 52,5 49,1 49,7 21,1 22,1 20,3 28,1 25,0 24,1 63,4 72,2 76,8 66,4 69,0 71,8 Roménia 70,1 69,5 64,1 16,1 17,4 14,9 18,9 23,7 34,1 32,9 33,1 30,4 38,5 43,2 44,3 Suécia 49,4 48,6 46,5 26,0 26,4 26,4 17,6 17,4 19,5 46,6 48,7 54,2 40,3 41,0 46,8 Espaço Económico Europeu Noruega 43,2 42,5 38,9 19,3 19,9 19,2 18,4 18,8 20,8 46,5 44,6 48,1 29,4 28,2 28,8 Suíça 59,9 60,2 57,8 11,1 11,7 10,6 22,8 21,7 21,8 46,5 48,9 56,1 40,7 42,3 45,8 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 62,8 61,8 59,1 21,7 18,4 18,6 18,8 24,6 27,6 42,0 42,6 41,9 45,3 49,1 50,3 Macedónia 74,4 77,7 80,9 18,2 18,8 20,3 16,2 17,0 23,4 48,6 45,5 57,7 63,5 62,8 85,5 Rússia 46,2 49,6 48,6 15,1 16,6 16,7 16,9 17,7 21,9 44,1 35,2 31,0 24,0 21,5 21,9 Turquia 70,5 71,7 69,5 11,7 11,8 12,2 20,4 21,0 20,0 20,1 21,9 23,5 23,1 25,4 28,0 Ucrânia 56,6 58,3 61,5 18,6 18,2 17,7 19,7 22,0 27,2 62,4 51,5 46,8 57,4 50,6 54,9 Américas Argentina 69,3 61,3 57,4 13,8 11,9 13,5 19,9 15,1 26,5 11,0 25,1 26,5 11,6 19,2 20,9 Brasil 64,3 60,3 60,7 19,2 19,9 19,8 16,8 15,9 19,3 10,0 15,1 13,6 11,7 11,5 13,6 Canadá 55,4 55,3 55,7 18,6 19,0 19,7 19,2 21,3 22,7 45,6 37,8 34,9 39,8 34,1 33,3 Chile 63,8 58,2 59,2 12,5 11,1 11,7 20,7 21,2 23,9 31,6 41,3 45,2 29,7 32,8 41,0 EUA 68,9 70,2 70,9 14,4 15,8 16,9 19,9 19,2 17,1 11,7 11,1 13,5 15,4 16,7 18,3 México 65,1 66,8 66,0 10,6 10,8 10,0 21,4 20,1 21,6 28,2 27,3 28,5 30,0 28,7 30,7 Paraguai 79,2 73,8 75,0 12,7 10,9 10,9 17,5 19,3 17,7 38,1 51,2 54,3 48,8 55,6 58,6 Uruguai 76,5 69,4 69,4 12,4 10,9 11,7 14,3 16,5 18,7 16,7 30,4 28,3 20,0 28,5 32,3 Venezuela 51,7 46,8 52,8 12,4 11,1 11,3 21,0 20,3 19,7 29,7 39,7 31,8 18,1 20,5 19,6 Ásia e Pacífico Austrália 59,5 56,6 54,4 18,2 17,9 17,7 22,0 27,0 28,3 22,7 20,3 25,5 22,4 21,8 23,6 China 46,4 37,7 37,3 15,9 14,1 13,8 34,3 41,0 47,2 23,4 36,3 37,8 21,0 30,9 33,2 Coreia do Sul 54,8 53,8 54,5 12,0 13,9 15,3 30,0 28,9 29,3 38,6 39,3 52,9 35,7 36,6 54,1 Filipinas 69,6 69,3 70,4 13,1 9,7 9,5 21,2 14,4 15,3 55,4 45,6 38,0 53,5 51,7 38,2 Hong Kong 59,0 58,2 60,5 9,1 8,8 8,3 26,4 20,9 19,5 143,3 198,7 212,3 138,8 186,3 201,5 Índia 63,7 57,4 54,5 12,6 10,5 11,0 23,4 32,2 34,3 13,2 19,9 21,7 14,2 22,7 26,8 Indonésia … 64,4 61,0 … 8,1 8,4 … 23,6 27,7 … 34,1 29,8 … 29,9 28,6 Japão 56,2 57,0 57,8 16,9 18,1 18,5 25,2 23,3 23,1 11,0 14,3 17,4 9,5 12,9 17,3 Macau 40,2 27,1 22,3 12,3 9,0 7,0 11,5 26,6 28,3 100,4 95,6 91,8 64,6 59,0 49,6 Malásia 43,8 44,8 45,2 10,2 12,3 12,5 25,3 20,5 19,6 119,8 117,5 103,6 100,6 94,6 80,5 Nova Zelândia 59,3 59,1 59,1 17,5 18,1 19,6 20,4 24,1 22,4 35,5 27,8 31,3 33,8 30,1 33,1 Singapura 42,2 40,6 41,0 10,8 10,6 10,7 30,6 21,3 28,5 195,6 236,4 234,3 182,0 207,9 215,3 Tailândia 56,1 57,3 53,6 11,3 11,9 11,3 22,0 28,9 27,1 66,8 73,6 78,6 58,1 74,7 75,8 Taiwan 60,7 61,3 61,6 13,9 13,1 12,6 23,9 21,3 20,6 53,8 64,2 74,4 51,6 60,0 69,8 Timor Leste ... 99,3 80,8 ... 47,5 55,6 ... 20,7 23,2 ... 11,5 8,9 ... 79,1 84,1 Vietname 66,5 63,5 67,3 6,4 6,5 6,2 27,7 32,9 36,0 55,0 69,4 73,2 57,5 73,5 89,8 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 36,5 26,5 26,0 26,0 22,2 20,3 17,5 16,5 17,7 43,7 60,9 69,9 24,9 27,8 34,8 Argélia 41,6 33,8 28,7 13,6 11,4 13,3 20,7 22,4 27,8 42,1 47,2 51,8 20,7 24,1 29,8 Egipto 76,8 72,9 75,9 11,1 11,1 11,6 17,0 16,9 18,4 19,1 31,3 24,8 24,7 32,9 32,4 Irão 46,6 46,4 50,1 13,9 14,3 12,4 25,9 28,2 25,6 22,2 34,5 28,3 17,1 25,7 23,4 Israel 53,8 55,8 57,7 26,1 25,7 25,4 18,6 16,4 18,1 37,4 42,9 40,3 37,7 43,2 42,3 Jordânia 80,2 87,2 79,4 23,7 19,5 24,9 21,1 30,5 29,9 41,8 52,5 59,8 68,1 93,4 94,0 Líbia 45,4 34,3 37,7 20,6 12,7 13,2 13,0 9,1 9,7 35,2 76,7 73,3 15,3 27,3 28,3 Marrocos 61,4 57,5 64,1 18,4 19,4 18,9 26,0 27,5 31,8 28,0 32,3 37,9 33,4 37,9 52,7 Tunísia 60,7 62,9 63,2 15,6 15,3 14,1 26,0 22,5 23,8 44,5 49,7 54,3 48,2 50,2 56,7 África Subsariana África do Sul 63,0 62,6 60,6 18,1 19,6 20,4 15,1 17,1 23,2 27,9 27,4 35,4 24,9 28,2 38,5 Angola 15,6 36,4 27,8 42,5 25,7 23,2 12,1 7,7 12,1 89,6 79,3 78,6 62,8 49,4 42,2 Cabo Verde 86,7 75,6 76,3 18,9 21,4 19,9 30,5 41,0 43,0 20,9 15,8 16,9 57,3 53,9 56,1 Guiné Bissau 71,5 80,3 79,3 17,6 18,2 17,5 15,1 14,6 15,6 31,8 37,7 38,8 36,0 50,8 51,2 Moçambique 80,1 83,3 79,2 11,5 13,0 12,2 31,0 18,7 21,1 12,7 30,5 24,8 37,8 44,4 35,4 Nigéria 52,5 75,2 69,7 8,3 6,8 8,2 7,0 5,5 8,9 51,7 31,7 44,6 19,7 19,1 31,5 S. Tomé e Principe 92,4 85,8 84,4 31,6 40,4 39,8 35,8 34,1 65,4 35,1 29,3 26,1 95,0 89,6 115,7

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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Contributo Contributo Contributo Crescimento Índice de Qualidade Serviços de Capital TIC Serviços de Capital não-TIC Produtividade Total do Trabalho dos Factores

pontos percentuais pontos percentuais pontos percentuais pontos percentuais 2000 2005 2008 2000 2005 2008 2000 2005 2008 2000 2005 2008 Portugal 0,3 0,4 0,2 0,4 0,5 0,4 1,4 0,5 0,7 -5,9 -0,3 -1,0 Área do Euro Alemanha -0,3 -0,5 0,1 0,6 0,2 0,3 0,5 0,3 1,0 1,9 1,2 -0,9 Áustria 0,3 0,1 0,1 0,7 0,2 0,3 0,6 0,6 1,2 1,2 1,3 -0,7 Bélgica 0,5 0,2 0,2 0,3 0,5 0,5 0,9 0,7 1,0 2,1 -1,1 -2,2 Chipre 0,2 0,3 0,3 … … … 0,8 1,2 1,8 2,5 1,2 0,1 Eslováquia 0,4 0,4 … ... ... ... 0,3 0,4 0,9 1,8 3,4 2,7 Eslovénia 0,5 0,5 … ... ... ... 2,2 2,1 3,9 1,6 2,0 -2,5 Espanha 0,7 0,8 0,3 0,8 0,5 0,6 1,2 1,2 1,5 -0,9 -0,7 -1,7 Finlândia 0,1 0,1 0,2 0,2 0,1 0,1 0,8 0,6 1,1 3,2 1,4 -1,1 França 0,4 0,5 0,2 0,5 0,6 0,5 1,0 0,6 0,8 1,7 0,0 -1,7 Grécia 0,4 0,1 0,3 0,4 0,5 0,5 2,0 1,6 1,5 1,8 -0,5 -0,3 Holanda -0,8 0,2 0,1 1,1 0,4 0,4 1,1 0,3 1,0 1,3 1,1 0,0 Irlanda 0,1 0,2 0,2 0,9 0,6 0,5 3,5 2,5 2,6 2,0 -0,1 -4,6 Itália 0,2 0,3 0,0 0,5 0,1 0,1 0,5 0,4 0,7 1,6 -0,3 -2,1 Luxemburgo 0,0 0,7 … ... ... ... 2,5 2,4 2,7 1,6 1,5 -4,9 Malta … … … ... ... ... 1,8 1,1 1,9 -3,9 2,4 -1,0 União Europeia restante Bulgária 0,3 0,4 0,4 0,7 1,0 0,9 1,8 3,7 4,5 4,8 -0,3 -1,6 Dinamarca 0,2 -0,1 0,1 1,1 0,8 0,8 0,7 0,2 0,5 0,5 0,8 -3,4 Estónia … … … … … … 1,5 3,0 2,8 8,9 4,5 -7,2 Hungria -0,5 0,3 0,1 0,7 0,8 0,8 1,4 0,9 0,6 2,5 1,7 -0,4 Letónia … … … … … … 3,5 7,2 8,2 ... ... ... Lituânia … … … … … … 0,8 1,9 1,9 0,8 1,6 0,2 Polónia 0,0 0,8 ... ... ... ... 1,1 0,3 1,3 4,2 1,0 1,3 Reino Unido 0,5 0,1 0,1 1,5 0,4 0,4 0,6 0,6 1,0 0,8 0,2 -0,7 República Checa 0,2 0,2 … … … … 0,5 1,2 1,3 3,0 4,0 -0,1 Roménia 0,2 0,2 0,2 2,1 0,2 0,2 -1,0 0,2 0,7 1,5 4,2 6,1 Suécia 1,9 0,6 0,1 0,8 0,5 0,5 0,9 0,7 0,9 0,0 1,1 -3,3 Espaço Económico Europeu Noruega 0,2 0,1 0,1 0,4 0,5 0,5 1,8 1,6 2,8 1,2 -0,2 -3,4 Suíça 0,1 0,1 0,1 0,5 0,6 0,5 0,5 0,1 0,4 1,9 1,6 -0,6 Europa de Leste e Ásia Central Croácia ... ... ... ... ... ... 0,6 2,1 1,9 -0,7 1,5 -0,3 Macedónia ... ... ... ... ... ... 0,9 1,0 1,1 3,4 2,0 0,7 Rússia … … … 1,1 0,5 0,4 -2,1 -0,5 0,4 10,2 5,9 4,3 Turquia 0,1 0,1 0,1 5,5 0,4 0,3 0,9 5,4 10,0 1,7 1,6 -10,6 Ucrânia ... ... ... 1,9 0,9 0,7 -2,5 -0,3 -0,1 7,7 1,1 1,5 Américas Argentina 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,7 1,9 6,3 -1,7 2,2 -0,8 Brasil 0,0 0,2 0,2 0,6 0,7 0,5 1,2 1,6 2,7 0,3 -0,4 1,0 Canadá 0,5 0,2 0,2 0,6 0,7 0,6 1,3 1,1 1,1 1,3 0,7 -2,1 Chile 0,1 0,3 0,3 0,5 0,5 0,5 2,1 2,9 4,0 0,2 0,9 -1,7 EUA 0,2 0,1 0,5 1,3 0,4 0,4 0,7 0,4 0,6 1,2 0,9 -0,9 México 0,2 0,1 0,1 0,3 0,2 0,2 2,8 1,5 1,4 3,5 -0,8 -1,0 Paraguai ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Uruguai 0,0 0,2 0,2 -0,1 0,1 0,2 0,4 0,9 3,8 -1,2 3,5 1,9 Venezuela ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Ásia e Pacífico Austrália 0,6 0,2 0,2 1,0 0,9 1,0 1,1 1,1 1,4 -2,7 -0,8 -1,2 China 0,1 0,1 0,1 0,4 0,8 0,8 4,5 6,8 6,7 3,1 1,8 1,3 Coreia do Sul 0,6 0,7 0,6 1,4 0,3 0,4 0,7 1,1 1,4 2,5 2,2 1,3 Filipinas 0,1 0,3 0,3 0,4 0,5 0,6 1,3 1,6 2,4 3,0 1,1 -0,4 Hong Kong ... ... ... 0,5 0,5 0,4 0,6 0,6 0,8 4,5 4,4 0,3 Índia 0,1 0,1 0,1 0,6 1,1 1,4 3,7 3,5 3,5 -0,8 3,7 0,9 Indonésia 0,2 0,1 0,1 0,2 0,4 0,5 0,3 1,1 2,1 3,6 3,8 0,7 Japão 0,5 0,2 0,1 0,4 0,2 0,1 0,8 0,9 0,5 1,2 0,9 -1,3 Macau ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Malásia 0,3 0,1 0,1 0,7 0,8 0,9 1,0 0,5 -0,1 4,1 3,5 3,2 Nova Zelândia 0,4 0,3 0,3 0,8 1,4 1,4 0,9 1,2 0,5 0,7 -1,6 -3,5 Singapura 0,8 0,6 0,6 0,4 0,5 0,5 1,5 0,4 3,8 7,2 4,7 -8,8 Tailândia 0,2 0,4 0,4 0,2 0,4 0,4 -0,1 1,8 3,0 3,4 1,1 -2,3 Taiwan ... ... ... 0,5 0,5 0,4 2,1 1,3 0,6 2,3 2,4 -0,6 Timor Leste ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Vietname … … … 0,9 1,2 1,0 5,2 5,1 5,6 -1,7 0,4 -1,8 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita ... ... ... ... ... ... 1,8 0,6 -0,2 1,2 3,0 3,3 Argélia 0,2 0,2 0,2 0,2 1,1 0,9 0,1 1,6 2,5 -0,4 0,5 -2,5 Egipto 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 1,3 1,0 1,4 2,2 1,9 4,0 Irão 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,8 1,8 2,4 1,8 0,6 -0,6 Israel ... ... ... 0,9 0,5 0,6 1,1 0,4 1,1 4,3 2,6 -1,4 Jordânia 0,2 0,0 0,0 0,4 0,6 0,5 0,9 1,7 2,1 1,2 3,9 2,3 Líbia ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Marrocos ... ... ... 0,4 0,7 0,7 1,2 2,1 3,0 -0,4 -0,5 0,8 Tunísia 0,2 0,2 0,2 0,4 0,5 0,6 1,4 1,0 1,1 1,6 1,3 1,7 África Subsariana África do Sul 0,3 0,3 0,3 0,8 1,6 1,4 0,5 1,0 1,5 0,6 1,2 -1,6 Angola ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Cabo Verde ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Guiné Bissau ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Moçambique 0,1 0,0 0,0 ... ... ... 6,5 3,0 2,0 1,0 4,2 3,3 Nigéria ... ... ... 1,3 1,0 0,8 -0,1 0,9 2,1 2,5 2,0 1,5 S. Tomé e Principe ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

B. COMPETITIVIDADE

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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B. COMPETITIVIDADE

Competitividade Competitividade Desempenho Liberdade Facilidade Empreendedorismo Global Mundial Logístico Económica para Fazer Negócios ranking 139 | 2010 ranking 59 | 2010 ranking 155 | 2009 ranking 179 | 2010 ranking 183 ranking 58 | 2010 Posição % do 1.º Posição % do 1.º Posição % do 1.º Posição % do 1.º 2008 2009 Posição % do 1.º Portugal 46 78 37 57 34 81 62 72 48 48 58 53 Área do Euro Alemanha 5 96 16 83 1 100 23 79 27 25 44 70 Áustria 18 90 14 84 19 91 22 80 26 28 12 84 Bélgica 19 90 25 74 9 96 30 78 20 22 49 66 Chipre 40 80 ... ... 46 76 24 79 36 40 … … Eslováquia 60 75 49 51 38 79 35 78 35 42 47 68 Eslovénia 45 79 52 49 57 70 61 72 58 53 42 70 Espanha 42 80 36 59 25 88 36 78 51 62 55 58 Finlândia 7 95 19 80 12 95 17 82 14 16 46 68 França 15 91 24 74 17 93 64 72 31 31 32 74 Grécia 83 71 46 52 54 72 73 70 100 109 29 75 Holanda 8 95 12 86 4 99 15 84 28 30 41 71 Irlanda 29 84 21 78 11 95 5 91 7 7 21 77 Itália 48 78 40 56 22 89 74 70 74 78 45 69 Luxemburgo 20 90 11 87 5 97 14 84 53 64 15 82 Malta 50 77 ... ... 64 69 48 75 … … … … União Europeia restante #N/A Bulgária 71 73 53 48 63 69 75 69 42 44 51 63 Dinamarca 9 94 13 86 16 94 9 87 5 6 23 77 Estónia 33 82 34 63 43 77 16 83 22 24 5 90 Hungria 52 77 42 54 52 73 51 74 41 47 11 84 Letónia 70 74 ... ... 37 79 50 74 30 27 … … Lituânia 47 78 43 54 45 76 29 78 25 26 9 85 Polónia 39 80 32 64 30 84 71 70 72 72 6 89 Reino Unido 12 93 22 77 8 96 11 85 6 5 53 60 República Checa 36 81 29 65 26 85 34 78 66 74 35 73 Roménia 67 74 54 47 59 69 63 72 45 55 33 73 Suécia 2 99 6 91 3 99 21 81 17 18 31 74 Espaço Económico Europeu #N/A Noruega 14 91 9 90 10 96 37 77 10 10 40 71 Suíça 1 100 4 96 6 97 6 90 19 21 16 81 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 77 72 56 40 74 67 92 66 110 103 56 56 Macedónia 79 71 ... ... 73 67 56 73 69 32 … … Rússia 63 75 51 49 94 64 143 56 118 120 48 67 Turquia 61 75 48 51 39 78 67 71 63 73 10 85 Ucrânia 89 69 57 40 102 63 162 52 146 142 17 81 Américas Argentina 87 70 55 47 48 75 135 57 112 118 28 75 Brasil 58 76 38 57 41 78 113 62 127 129 30 74 Canadá 10 94 7 90 14 94 7 90 8 8 26 77 Chile 30 83 28 70 49 75 10 86 40 49 27 75 EUA 4 96 3 99 15 94 8 87 4 4 20 79 México 66 74 47 51 50 74 41 76 55 51 50 65 Paraguai 120 62 ... ... 76 67 81 68 122 124 … … Uruguai 64 75 ... ... 77 67 33 78 109 114 … … Venezuela 122 62 58 28 84 65 174 41 178 177 22 77 Ásia e Pacífico Austrália 16 91 5 92 18 93 3 92 9 9 37 72 China 27 86 18 80 27 85 140 57 86 89 25 76 Coreia do Sul 22 88 23 76 23 89 31 78 23 19 8 85 Filipinas 85 70 39 57 44 76 109 63 141 144 42 70 Hong Kong 11 94 2 99 13 94 1 100 3 3 4 91 Índia 51 77 31 65 47 76 124 60 132 133 19 79 Indonésia 44 79 35 61 75 67 114 62 129 122 34 73 Japão 6 95 27 72 7 97 19 81 13 15 57 56 Macau ... ... ... ... ... ... 20 81 … … … … Malásia 26 87 10 87 29 84 59 72 21 23 1 100 Nova Zelândia 23 87 20 79 21 89 4 92 2 2 36 72 Singapura 3 97 1 100 2 100 2 96 1 1 38 72 Tailândia 38 80 26 73 35 80 66 71 12 12 14 82 Taiwan 13 93 8 90 20 90 27 78 … … 3 91 Timor Leste 133 57 ... ... ... ... 164 51 173 164 … … Vietname 59 76 … … 53 72 144 56 91 93 … … Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 21 88 ... ... 40 78 65 71 15 13 … … Argélia 86 70 ... ... 130 57 105 63 134 136 … … Egipto 81 71 ... ... 92 64 94 66 116 106 … … Irão 69 74 ... ... 103 63 168 48 142 137 … … Israel 24 87 17 80 31 83 44 75 29 29 2 91 Jordânia 65 75 50 50 81 67 52 74 104 100 52 62 Líbia 100 66 ... ... 132 57 173 45 … … … … Marrocos 75 72 ... ... ... ... 91 66 130 128 … … Tunísia 32 83 ... ... 61 69 95 66 73 69 … … África Subsariana África do Sul 54 77 44 54 28 84 72 70 32 34 54 58 Angola 138 52 ... ... 142 55 154 54 170 169 … … Cabo Verde 117 62 ... ... ... ... 78 69 147 146 … … Guiné Bissau ... ... ... ... 149 51 167 49 181 181 … … Moçambique 131 59 ... ... 136 56 111 62 140 135 … … Nigéria ... ... ... ... 100 63 106 63 120 125 … … S. Tomé e Principe ... ... ... ... ... ... 149 54 180 180 … …

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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B. COMPETITIVIDADE

Taxa de Câmbio Crescimento Exportações Diversificação Rigidez Taxa Total Tempo Novas Clusters Efectiva Real Real das para Emergentes Exportações Emprego de Imposto Fiscal Empresas Exportações variação | % % % exportações (0-1) (0-100) % lucro horas / ano Por 1000 Trabalhadores (1-7) 2000/04 2005/08 2000/04 2005/08 2000 2009 2009 2009 2009 2009 2009 2009 Portugal 1,5 1,0 3,9 4,6 6,9 17,1 0,40 43 42,9 328 3,9 3,7 Área do Euro Alemanha 0 0,6 7,4 7,4 11,8 18,6 0,32 42 44,9 196 .... 5,0 Áustria 0,3 0,6 6,4 6,2 8,2 15,0 0,33 24 55,5 170 0,6 4,6 Bélgica 0,7 1,4 4,0 3,0 8,7 11,4 0,36 17 57,3 156 4,3 4,3 Chipre 1,7 0,9 ... ... 35,1 20,9 0,54 24 28,8 149 20,3 4,0 Eslováquia 7,6 7,8 8,9 13,9 6,5 12,6 0,47 22 48,6 257 4,0 3,6 Eslovénia -0,3 0,6 8,4 9,9 14,9 21,2 0,44 54 37,5 260 4,2 3,8 Espanha 1,6 2,1 4,8 4 13,8 17,5 0,36 49 56,9 213 2,9 4,1 Finlândia 0,3 0,4 5,8 5,7 17,1 24,9 0,51 41 47,7 243 3,4 5,1 França 0,4 0,7 3,8 2,8 13,8 18,7 0,32 52 65,8 132 3,1 4,2 Grécia 1 1,5 3,8 4 33,7 33,5 0,49 50 47,4 224 ... 2,9 Holanda 1,5 0,5 5,1 5,6 59,5 55,9 0,33 42 39,3 164 3,1 4,7 Irlanda 3,2 3,4 8,3 4,1 5,6 7,3 0,66 10 26,5 76 4,7 4,1 Itália 1,2 0,6 2,9 2,1 15,5 22,7 0,36 38 68,4 334 1,8 5,5 Luxemburgo 0,8 1,1 6,8 5,9 4,0 5,4 0,56 56 20,9 59 ... 4,8 Malta 1,8 1,8 ... ... 3,9 17,1 0,63 ... ... ... 9,5 3,7União Europeia restante Bulgária 4,3 5,1 11,6 9 5,3 7,3 0,45 19 31,4 616 7,2 2,8 Dinamarca 0,9 0,6 4,4 5,8 7,3 10,6 0,41 7 29,2 135 4,6 4,6 Estónia 1,1 3,4 9,9 7,8 15,0 22,8 0,42 51 49,1 81 ... 3,1 Hungria 5,5 3,8 11 12,8 9,0 18,9 0,43 22 57,5 330 6,3 2,9 Letónia -0,7 4,3 7,8 9,2 19,4 41,2 0,45 43 33,0 279 4,6 2,9 Lituânia 1,7 0,9 12,4 11,3 1,2 3,6 0,48 38 42,7 166 2,2 2,9 Polónia 1,2 8,3 11,9 10,5 13,2 16,2 0,43 25 42,5 395 0,5 2,9 Reino Unido 1 -1 3,9 3,4 9,5 14,1 0,29 10 35,9 110 8,1 5,0 República Checa 3,7 7,5 11,6 13 7,4 10,5 0,40 11 47,2 613 3,0 4,0 Roménia 2,6 7,9 14,9 10,3 7,6 6,6 0,43 46 44,6 202 3,7 2,8 Suécia -0,1 -0,7 5,7 5,7 12,1 16,0 0,35 38 54,6 122 4,1 5,1 Espaço Económico Europeu Noruega 0,9 1,8 1,6 1,4 3,0 6,8 0,63 44 41,60 87 ... 4,7 Suíça 0,4 -0,6 4,1 7,2 10,3 16,2 0,57 7 29,70 63 4,9 5,2 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 1,3 2,2 7,8 4,1 25,8 31,7 0,43 50 32,5 196 2,6 2,9 Macedónia 0,6 1,2 1 11,1 1,0 1,9 0,64 14 16,4 75 5,6 2,9 Rússia 8,9 7,9 9,7 6,5 10,1 12,7 0,64 38 48,3 320 2,6 3,2 Turquia 4,9 2,1 9 6,7 9,8 24,1 0,51 35 44,5 223 0,9 3,6 Ucrânia -1,1 7,0 12,4 -2,8 18,5 26,0 0,60 31 57,2 736 0,6 2,9 Américas Argentina -7,2 -0,7 4,5 7,9 14,5 24,7 0,56 21 108,1 453 0,5 3,6 Brasil 5,1 13,5 11,2 5,1 8,6 28,2 0,51 46 69,2 2600 2,4 4,5 Canadá 2,6 4,2 1,9 -0,2 3,7 9,8 0,34 4 43,6 119 7,6 5,0 Chile -2,9 3,2 6,7 4,9 8,5 26,0 0,75 18 25,3 316 ... 4,1 EUA -0,4 -2,5 2,4 7,5 30,1 37,5 0,26 0 46,3 187 ... 5,1 México 1,9 1,9 5,7 6,2 0,3 3,0 0,40 41 51,0 517 ... 3,8 Paraguai -3,8 8,3 4,1 12,7 1,9 11,5 0,78 56 35,0 328 ... 2,8 Uruguai -7,2 7 4,3 9,4 9,7 21,2 0,69 18 46,7 336 2,1 3,2 Venezuela -5,2 8,5 0,3 -0,2 0,5 8,3 0,75 69 61,1 864 ... 2,4 Ásia e Pacífico Austrália 3,3 2,5 3,4 3,3 23,7 42,7 0,64 0 48,0 107 ... 4,1 China -1,4 3,6 25 18,8 8,9 17,7 0,45 31 78,5 504 ... 4,7 Coreia do Sul 0,4 -0,7 12,4 9,4 30,3 52,2 0,43 38 31,9 250 ... 4,4 Filipinas -5,4 8,5 7,5 5,4 1,6 2,9 0,60 29 49,4 195 0,2 3,7 Hong Kong -3,3 -4,9 10,4 7,8 43,0 60,5 0,54 0 24,2 80 19,2 5,1 Índia 0,2 0,6 15,9 13,5 18,9 29,3 0,49 30 64,7 271 ... 4,2 Indonésia 2,3 9,9 9,1 11 7,6 11,5 0,52 40 37,6 266 0,2 4,5 Japão -1,8 -4,1 7,3 6,7 22,6 38,9 0,42 16 55,7 355 ... 5,4 Macau ... ... 16,4 15 11,7 20,9 0,57 ... … ... ... … Malásia -0,7 2,3 7,2 5,2 5,8 10,8 0,47 10 34,2 145 2,6 4,8 Nova Zelândia 3,6 0,5 4,6 3,3 18,2 29,2 0,62 7 32,8 70 17,1 3,7 Singapura -1,4 2 10,4 8,1 38,1 50,2 0,47 0 27,8 84 7,4 5,2 Tailândia -0,4 4,5 8,4 6,2 6,2 11,9 0,39 11 37,2 264 0,6 4,1 Taiwan -1,1 -1,8 9,3 6,7 ... ... 0,48 ... … ... ... 5,4 Timor Leste ... ... ... ... ... ... 0,81 32 ... 276 ... 3,0 Vietname -2,3 2,8 18,8 20 6,1 4,6 0,59 21 40,1 1050 … 4,9 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita -2,9 -1,6 4,5 1,5 20,3 38,2 0,79 13 14,5 79 ... 4,3 Argélia -3,6 -0,7 4 2 15,3 15,6 0,80 41 72,0 451 0,4 2,5 Egipto -7,2 6,9 10,4 23,1 9,8 21,1 0,59 27 43,0 480 ... 3,5 Irão 6,2 6,6 3,7 3,9 22,8 40,0 0,76 29 44,2 344 ... 3,1 Israel -3,2 2,7 7 5,5 14,3 18,7 0,55 17 32,6 230 ... 3,5 Jordânia -0,7 0,7 9,1 5,8 35,9 22,7 0,58 24 31,1 101 0,7 3,4 Líbia ... ... ... ... 7,5 14,1 0,82 ... … ... ... 2,3 Marrocos -0,9 -0,1 6,8 8,8 10,9 22,2 0,69 60 41,7 358 1,3 3,4 Tunísia -2,3 -2,5 4,2 6,5 5,6 8,9 0,55 40 62,8 228 1,2 3,4 África Subsariana África do Sul 2,1 -6,7 2,9 6,2 7,2 21,7 0,58 35 30,2 200 0,8 4,0 Angola 4,6 11,9 3,4 18,6 25,0 46,1 0,82 66 53,2 272 ... 2,2 Cabo Verde ... ... 18,9 21 0,1 8,6 0,70 46 49,7 100 ... 2,3 Guiné Bissau ... ... 8,2 5 ... ... 0,80 54 45,9 208 ... … Moçambique ... ... 29,5 3,3 7,0 8,3 0,73 40 34,3 230 ... 2,9 Nigéria 0,2 7,4 7,3 -3,1 22,3 24,2 0,85 7 32,2 938 0,8 3,8 S. Tomé e Principe ... ... ... ... ... ... 0,56 59 47,2 424 ... …

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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C. CIÊNCIA E TECNOLOGIA

61 Economia do Conhecimento | Índice

62 Difusão do Conhecimento | Índice

63 Sistema de Inovação | Índice

64 Despesa Total em I&D

65 Despesa Total em I&D per capita

66 Peso da Despesa Pública em I&D

67 Exportações de Produtos de Alta Tecnologia | Total

68 Exportações de Produtos de Alta Tecnologia | Em % das exportações de produtos manufacturados

69 Pedidos de Patentes

70 Disponibilidade das Mais Recentes Tecnologias | Índice

71 Técnicos em I&D

72 Investigadores em I&D

73 Disponibilidade de Cientistas e Investigadores | Índice

74 Colaboração em I&D entre Universidades e Empresas | Índice

75 Aptidão para Integrar Redes | Índice

76 Contexto à Inovação e TIC | Índice

77 Contexto de Mercado à Inovação e TIC | Índice

78 Contexto Político e Regulatório à Inovação e TIC | Índice

79 Contexto Infraestrutural à Inovação e TIC | Índice

80 Despesa Total em TIC

81 Despesa Total em TIC per capita

82 Exportações de TIC | Serviços

83 Exportações de TIC | Bens

84 Importações de TIC | Bens

85 Utilização de TIC | Índice

86 Penetração de TIC | Índice

87 E-Business

88 Utilizadores de Internet

89 Subscrições de Telemóveis

90 Computadores Pessoais

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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C. CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Economia do Conhecimento Difusão do Conhecimento Sistema de Inovação (The KAM Knowledge Economy Index) (The KAM Knowledge Index) (The KAM Innovation System Index) ranking 146 (0-10) % do 1.º ranking 146 (0-10) % do 1.º ranking 146 | 2009 2000 2009 2000 2009 2000 2009 2000 2009 2000 2009 2000 2009 Posição (0-10) Portugal 29 33 7,8 7,6 80 80 29 38 7,7 7,3 78 77 37 7,4 Área do Euro Alemanha 15 12 9,0 9,0 92 94 15 13 9,0 8,9 91 93 18 8,9 Áustria 10 15 9,2 8,9 95 94 13 15 9,1 8,8 92 92 16 9,0 Bélgica 13 16 9,0 8,8 92 92 12 16 9,1 8,8 93 92 19 8,9 Chipre 33 35 7,4 7,5 76 79 37 35 7,3 7,5 74 78 30 7,8 Eslováquia 39 36 7,1 7,5 73 78 34 37 7,3 7,4 75 77 39 6,9 Eslovénia 26 25 8,1 8,2 83 86 24 25 8,3 8,2 85 85 24 8,3 Espanha 23 24 8,4 8,3 86 87 25 23 8,3 8,2 84 85 26 8,1 Finlândia 2 3 9,6 9,4 99 98 2 3 9,7 9,4 98 98 3 9,7 França 18 22 8,7 8,4 90 88 17 18 8,8 8,6 90 90 22 8,7 Grécia 31 38 7,6 7,4 78 78 32 32 7,4 7,6 76 79 35 7,6 Holanda 4 4 9,5 9,4 97 98 4 4 9,5 9,4 97 98 7 9,5 Irlanda 14 8 9,0 9,1 92 95 16 11 8,9 9,0 91 94 13 9,1 Itália 25 30 8,1 7,8 83 82 26 24 8,1 8,2 83 85 28 8,0 Luxemburgo 19 17 8,7 8,6 89 91 22 21 8,4 8,4 85 87 17 9,0 Malta 40 34 6,9 7,6 71 80 41 41 6,9 7,2 71 75 29 8,0 União Europeia restante Bulgária 51 43 5,9 7,0 60 73 46 42 6,4 6,9 66 73 49 6,4 Dinamarca 3 1 9,5 9,5 98 100 3 2 9,6 9,5 98 99 5 9,5 Estónia 28 21 8,0 8,4 82 88 27 22 7,8 8,3 80 87 36 7,6 Hungria 30 27 7,6 8,0 79 84 30 30 7,6 7,9 77 82 25 8,2 Letónia 36 32 7,3 7,7 75 80 38 34 7,2 7,5 73 79 47 6,6 Lituânia 34 31 7,3 7,8 75 82 39 31 7,2 7,7 73 80 45 6,7 Polónia 35 37 7,3 7,4 75 78 33 36 7,4 7,4 76 77 38 7,0 Reino Unido 9 7 9,2 9,1 95 96 9 9 9,3 9,1 94 95 11 9,2 República Checa 32 28 7,5 8,0 77 84 31 29 7,6 7,9 77 83 31 7,8 Roménia 60 47 5,5 6,4 57 68 62 51 5,6 6,3 57 65 60 5,7 Suécia 1 2 9,7 9,5 100 100 1 1 9,8 9,6 100 100 2 9,8 Espaço Económico Europeu Noruega 7 5 9,3 9,3 95 98 6 5 9,3 9,3 95 97 14 9,1 Suíça 5 10 9,4 9,0 97 95 8 6 9,3 9,1 95 95 1 9,9 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 44 40 6,7 7,3 69 76 40 39 7,2 7,3 73 76 33 7,7 Macedónia 72 58 4,8 5,6 50 59 71 57 5,2 5,7 53 59 74 4,7 Rússia 64 60 5,4 5,6 56 58 44 43 6,7 6,8 68 71 41 6,9 Turquia 57 61 5,6 5,6 58 58 65 74 5,4 5,1 55 53 56 5,8 Ucrânia 55 51 5,6 6,0 58 63 47 46 6,4 6,6 65 69 55 5,8 Américas Argentina 42 59 6,7 5,6 69 59 36 49 7,3 6,5 74 68 40 6,9 Brasil 58 54 5,6 5,7 57 59 53 53 6,0 6,1 61 64 52 6,2 Canadá 12 6 9,2 9,2 94 96 7 7 9,3 9,1 95 95 8 9,4 Chile 38 42 7,1 7,1 73 74 42 48 6,9 6,5 70 68 42 6,9 EUA 6 9 9,3 9,0 96 95 5 10 9,4 9,0 96 94 6 9,5 México 63 67 5,4 5,3 56 56 64 62 5,6 5,4 57 57 57 5,8 Paraguai 95 92 3,9 4,0 40 42 88 90 4,3 4,2 44 43 87 3,9 Uruguai 41 46 6,8 6,5 70 68 43 47 6,8 6,5 69 68 64 5,4 Venezuela 67 87 5,1 4,2 52 44 60 63 5,6 5,4 57 57 62 5,5 Ásia e Pacífico Austrália 8 11 9,2 9,0 95 94 10 8 9,2 9,1 94 95 20 8,9 China 94 81 3,9 4,5 40 47 89 83 4,3 4,7 44 49 63 5,4 Coreia do Sul 24 29 8,2 7,8 85 82 18 20 8,7 8,4 89 88 23 8,6 Filipinas 79 89 4,6 4,1 47 43 80 93 4,6 4,0 47 42 90 3,8 Hong Kong 27 23 8,1 8,3 83 87 28 28 7,7 7,9 79 83 15 9,0 Índia 107 109 3,2 3,1 33 32 111 110 3,0 3,0 31 31 82 4,2 Indonésia 105 103 3,2 3,3 33 35 108 106 3,1 3,2 32 33 102 3,2 Japão 16 20 8,9 8,4 92 88 14 19 9,0 8,6 92 90 12 9,2 Macau ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Malásia 48 48 6,2 6,1 63 64 48 54 6,2 6,1 63 63 44 6,8 Nova Zelândia 11 14 9,2 8,9 94 94 11 12 9,2 9,0 93 94 21 8,7 Singapura 20 19 8,7 8,4 89 89 23 26 8,4 8,0 85 84 4 9,6 Tailândia 54 63 5,7 5,5 58 58 66 58 5,4 5,7 55 59 59 5,8 Taiwan 21 18 8,6 8,5 89 89 19 14 8,7 8,8 89 92 10 9,3 Timor Leste ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Vietname 113 100 2,9 3,5 30 37 112 98 3,0 3,7 31 39 115 2,7 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 81 68 4,6 5,3 47 56 81 72 4,6 5,1 47 53 86 4,0 Argélia 114 105 2,7 3,2 28 34 106 100 3,3 3,6 33 37 97 3,6 Egipto 89 90 4,3 4,1 44 43 84 88 4,5 4,2 46 44 79 4,4 Irão 97 98 3,6 3,8 37 39 96 82 4,0 4,7 41 49 76 4,6 Israel 22 26 8,5 8,0 88 84 21 27 8,4 7,9 86 83 9 9,4 Jordânia 56 62 5,6 5,5 58 58 58 64 5,7 5,4 58 56 61 5,6 Líbia ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Marrocos 96 99 3,7 3,5 38 37 104 104 3,3 3,4 34 35 91 3,7 Tunísia 93 82 4,1 4,4 42 46 91 86 4,2 4,5 43 47 75 4,7 África Subsariana África do Sul 53 65 5,7 5,4 59 57 56 67 5,8 5,3 59 56 43 6,9 Angola 143 127 1,3 2,0 13 21 137 119 1,6 2,1 16 22 96 3,6 Cabo Verde 101 102 3,5 3,4 36 35 110 108 3,0 3,0 31 31 123 2,2 Guiné Bissau ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Moçambique 137 136 1,8 1,6 18 17 145 142 1,2 1,1 12 11 139 1,7 Nigéria 128 129 2,1 1,8 21 19 118 118 2,3 2,1 24 22 119 2,3 S. Tomé e Principe ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

Page 95: FICHA TÉCNICA - APB - Associação Portuguesa de Bancos · investimento em bens e serviços transaccionáveis de maior valor ... Espanha, Grécia, Portugal e ... desenvolvimento

C. CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Despesa Total Despesa Total Peso da Despesa Exportações de Produtos em I&D em I&D Per Capita Pública em I&D de Alta Tecnologia

% do PIB PPC | $ (2000) % Despesa Total $ Milhões % exportações manufacturados 2000 2005 2007 2000 2005 2007 2000 2005 2007 2000 2005 2007 2000 2005 2007 Portugal 0,8 0,8 1,2 155 166 256 64,8 55,2 44,6 1 326 2 562 3 285 6,4 9,0 8,5 Área do Euro Alemanha 2,5 2,5 2,6 751 780 841 31,4 28,4 27,7 82 711 142 454 155 922 18,0 17,0 14,2 Áustria 1,9 2,4 2,5 616 818 897 38,0 36,2 32,3 7 186 12 816 14 566 14,3 13,5 11,3 Bélgica 2,0 1,9 1,9 600 593 641 22,9 24,7 22,2 14 197 22 809 25 178 9,8 8,7 7,5 Chipre 0,2 0,4 0,4 52 92 108 66,5 67,0 64,6 5 43 95 2,5 18,2 30,7 Eslováquia 0,6 0,5 0,5 83 82 89 42,6 57,0 53,9 405 1 963 2 662 4,1 7,4 5,4 Eslovénia 1,4 1,5 1,5 274 337 383 40,0 37,2 35,6 368 756 1 246 4,7 4,7 5,3 Espanha 0,9 1,1 1,3 228 310 369 38,6 43,0 43,7 6 727 10 409 9 916 7,6 7,1 5,2 Finlândia 3,3 3,5 3,5 918 1 068 1 156 26,2 25,7 24,1 10 542 14 489 15 565 27,3 26,4 21,5 França 2,1 2,1 2,1 625 643 647 38,7 38,6 38,3 58 040 69 662 80 465 24,3 20,0 18,9 Grécia ... 0,5 0,5 ... 146 156 ... 46,8 ... 722 994 1 005 13,3 10,2 8,0 Holanda 1,8 1,7 1,8 615 627 638 34,2 ... ... 44 428 65 125 74 369 35,4 30,5 25,7 Irlanda 1,1 1,3 1,3 361 480 528 23,4 32,0 32,2 31 265 32 677 28 858 47,5 34,5 27,9 Itália 1,0 1,1 ... 289 307 340 ... 50,7 44,3 19 693 24 623 27 982 9,3 7,8 6,6 Luxemburgo 1,7 1,6 1,7 1 008 1 067 1 215 7,7 16,6 18,2 1 073 1 226 1 166 16,8 11,8 8,8 Malta ... 0,6 0,6 ... 112 123 ... 25,9 26,3 1 554 1 156 1 477 71,8 52,0 52,5 União Europeia restante Bulgária 0,5 0,5 0,5 34 42 48 69,2 63,9 56,7 76 326 618 2,8 4,7 6,0 Dinamarca ... 2,4 2,6 ... 816 888 ... 27,6 26,0 6 513 11 835 11 216 20,7 22,0 16,6 Estónia 0,6 0,9 1,1 67 154 217 59,2 43,5 45,6 1 015 1 455 875 36,4 25,2 11,5 Hungria 0,8 0,9 1,0 106 160 173 49,5 49,4 44,4 6 402 13 624 19 349 26,4 25,7 25,2 Letónia 0,4 0,6 0,6 35 69 91 41,5 46,0 49,9 42 159 353 4,0 5,3 7,3 Lituânia 0,6 0,8 0,8 53 100 130 61,7 62,7 47,9 95 410 1 214 4,2 6,1 11,1 Polónia 0,6 0,6 0,6 76 78 89 66,5 57,7 58,6 838 2 688 4 177 3,3 3,8 3,8 Reino Unido 1,9 1,8 1,8 538 566 622 30,2 32,7 30,2 69 917 82 841 63 066 32,1 28,0 19,5 República Checa 1,2 1,4 1,6 205 289 353 44,5 40,9 41,2 2 089 8 795 15 410 8,1 12,8 14,1 Roménia 0,4 0,4 0,5 24 36 53 40,8 53,5 67,1 444 758 1 178 5,5 3,4 3,7 Suécia ... 3,7 3,7 ... 1 159 1 227 ... 24,4 22,2 17 515 17 070 20 520 24,6 16,7 15,7 Espaço Económico Europeu Noruega ... 1,5 1,7 ... 718 803 ... 44,0 44,9 1 895 3 010 4 391 17,1 17,3 18,0 Suíça 2,6 ... ... 878 ... ... 23,2 ... ... 14 260 26 361 33 655 19,6 21,9 21,7 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 1,2 1,0 0,9 120 125 128 54,5 58,1 50,4 272 689 769 8,5 11,5 9,1 Macedónia 0,4 0,2 ... 30 18 ... 79,8 ... ... 11 16 21 1,2 1,1 0,8 Rússia 1,0 1,1 1,1 90 127 156 54,8 61,9 62,6 4 192 3 690 4 144 17,2 8,1 6,9 Turquia 0,5 0,6 0,7 45 65 86 50,6 50,1 47,1 1 084 906 1 773 4,9 1,5 2,0 Ucrânia 1,0 1,0 0,9 36 58 56 ... 40,1 52,2 521 869 1 314 5,1 3,7 3,6 América Argentina 0,4 0,5 0,5 45 50 64 70,7 65,3 67,6 776 809 1 144 9,1 6,6 6,6 Brasil 0,9 1,0 ... 81 83 100 54,1 49,7 52,9 5 938 8 028 9 140 18,6 12,8 11,9 Canadá 1,9 2,1 2,0 622 717 691 29,3 31,6 32,9 32 702 25 482 29 593 18,6 13,2 14,3 Chile 0,5 ... ... 55 ... ... 70,3 ... ... 100 342 447 3,4 6,5 6,5 EUA 2,7 2,6 2,7 1 053 1 067 1 140 25,8 30,2 28,3 196 698 190 864 228 655 33,7 29,9 28,5 México 0,4 0,5 ... 44 51 49 63,0 49,2 50,2 31 090 32 262 33 314 22,4 19,6 17,1 Paraguai ... 0,1 ... ... 3 ... ... 74,9 ... 5 17 24 3,0 7,1 7,9 Uruguai 0,2 ... ... 19 ... 45 20,3 ... 43,2 20 24 41 2,1 2,2 2,9 Venezuela ... ... ... ... ... ... ... ... ... 80 119 ... 2,8 2,3 ... Ásia e Pacífico Austrália 1,6 ... ... 467 ... ... 45,5 ... ... 2 734 3 276 3 541 15,2 12,7 11,2 China 0,9 1,3 1,5 24 54 73 33,4 26,3 24,6 40 837 214 246 336 988 18,6 30,6 29,7 Coreia do Sul 2,4 3,0 3,5 435 644 812 23,9 23,0 24,8 53 950 83 527 110 633 34,8 32,3 33,4 Filipinas ... 0,1 ... ... 3 ... ... 25,6 ... 25 240 25 998 29 508 72,6 70,7 68,9 Hong Kong 0,5 0,8 ... 141 279 ... 76,7 44,1 ... 5 155 2 511 2 370 23,3 15,6 19,3 Índia 0,8 0,8 0,8 13 17 20 77,9 69,8 66,0 1 569 3 383 4 944 4,8 4,7 5,3 Indonésia 0,1 0,0 ... 2 2 ... 72,7 ... ... 5 698 6 571 5 225 16,2 16,3 10,7 Japão 3,0 3,3 3,4 872 1 010 1 093 19,6 16,8 15,6 127 368 122 680 121 425 28,3 22,5 19,0 Macau ... 0,1 ... ... 38 ... ... ... ... 18 12 17 0,9 0,7 1,1 Malásia 0,5 ... ... 48 ... ... ... ... ... 46 999 57 650 64 584 59,5 54,6 51,8 Nova Zelândia ... 1,2 1,3 ... 289 310 ... 43,2 42,7 365 594 628 10,2 10,4 9,7 Singapura 1,9 2,3 2,6 707 996 1 224 40,3 36,4 34,9 73 643 105 078 105 549 62,6 56,6 46,4 Tailândia 0,3 0,2 ... 14 16 ... ... 31,5 ... 17 242 22 480 30 925 33,3 26,6 26,5 Taiwan ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Timor Leste ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Vietname ... ... ... ... ... ... ... ... ... 680 869 2 376 11,0 5,3 8,9 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita ... 0,0 0,0 ... 9 10 ... ... ... 22 91 121 0,4 0,6 0,6 Argélia ... 0,1 ... ... 5 ... ... ... ... 21 9 7 4,1 1,5 0,7 Egipto 0,2 0,2 0,2 8 11 11 ... ... ... 5 9 5 0,3 0,4 0,2 Irão ... 0,7 ... ... 67 ... ... 76,2 ... 38 127 ... 1,9 2,4 ... Israel 4,5 4,5 4,7 1 034 1 058 1 233 24,4 16,9 ... 7 418 4 937 3 088 25,1 13,9 7,5 Jordânia ... ... ... ... ... ... ... ... ... 53 34 38 8,0 1,4 1,1 Líbia ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Marrocos ... ... ... ... ... ... ... ... ... 537 707 858 11,3 9,6 8,8 Tunísia 0,5 1,0 ... 25 67 ... 55,3 45,1 ... 154 344 565 3,4 4,4 5,3 África Subsariana África do Sul ... 0,9 ... ... 76 84 ... 38,2 ... 986 1 739 1 859 7,0 6,6 5,7 Angola ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Cabo Verde ... ... ... ... ... ... ... ... ... 0 0 ... 0,8 0,0 ... Guiné Bissau ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Moçambique ... ... ... ... ... ... ... ... ... 2 9 15 9,5 8,3 10,6 Nigéria ... ... ... ... ... ... ... ... ... 0 ... 11 0,4 ... 0,9

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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C. CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Patentes Disponibilidade Técnicos em I&D Investigadores em I&D Disponibilidade Colaboração em I&D das Mais Recentes de Cientistas entre Universidades Tecnologias e Engenheiros e Empresas N.º de Pedidos ranking 133 | 2009/10 Por milhão de habitantes Por milhão de habitantes ranking 133 | 2009/10 ranking 125 | 2009/10 2000 2007 Posição (0-7) 2000 2005 2007 2000 2005 2007 Posição (0-7) Posição (0-7) Portugal 81 250 23 5,9 262 277 389 1 637 2 003 2 630 46 4,5 33 4,1 Área do Euro Alemanha 51 736 47 853 16 6,3 ... 1 148 ... 3 142 3 302 3 453 35 4,6 10 5,3 Áustria 1 961 ... 13 6,3 ... ... ... ... 3 419 3 774 30 4,7 16 4,9 Bélgica 577 454 19 6,2 1 415 1 445 ... 2 996 3 182 3 413 17 5,1 8 5,3 Chipre ... 3 31 5,8 280 356 ... 434 890 1 021 21 5,0 47 3,8 Eslováquia 236 239 44 5,4 669 417 415 1 851 2 028 2 290 52 4,4 80 3,3 Eslovénia 307 331 38 5,5 1 618 1 409 1 537 2 184 2 625 3 109 68 4,1 30 4,2 Espanha 2 710 3 267 41 5,5 636 927 ... 1 904 2 548 2 784 37 4,6 49 3,7 Finlândia 2 579 1 804 3 6,6 ... ... ... 6 736 7 548 7 382 1 6,0 3 5,6 França 13 870 14 722 17 6,3 ... 1 724 ... 2 910 3 319 ... 11 5,3 42 3,9 Grécia 431 772 64 4,9 ... 764 ... ... 1 771 1 873 20 5,1 90 3,2 Holanda 2 465 2 079 10 6,3 1 530 1 825 1 677 2 645 2 488 2 680 22 5,0 11 5,2 Irlanda 925 847 34 5,7 683 727 ... 2 239 2 767 ... 12 5,3 13 5,0 Itália 7 877 9 255 65 4,9 ... ... ... 1 157 1 407 ... 39 4,5 69 3,4 Luxemburgo 85 15 20 6,1 ... 3 357 2 825 3 766 4 799 4 577 79 4,0 19 4,7 Malta 23 10 30 5,8 ... 551 544 ... 1 190 1 268 82 3,9 57 3,5 União Europeia restante Bulgária 231 211 107 4,0 479 488 ... 1 184 1 299 1 466 88 3,9 102 3,0 Dinamarca 1 730 1 660 7 6,4 ... 1 990 ... ... 5 202 5 431 18 5,1 6 5,5 Estónia 13 44 26 5,9 387 421 599 1 946 2 473 2 748 67 4,2 32 4,1 Hungria 810 689 54 5,1 506 456 512 1 410 1 576 1 733 40 4,5 31 4,2 Letónia 98 ... 71 4,7 268 463 496 1 607 1 432 1 861 104 3,5 86 3,2 Lituânia 66 62 50 5,3 507 420 530 2 221 2 235 2 529 70 4,1 45 3,8 Polónia 2 404 2 392 80 4,5 355 234 226 1 436 1 627 1 610 58 4,3 76 3,3 Reino Unido 22 050 17 375 18 6,2 ... 689 879 2 739 2 897 2 881 32 4,7 7 5,4 República Checa 555 716 48 5,3 716 1 351 1 503 1 355 2 371 2 715 24 4,9 26 4,4 Roménia 1 003 827 89 4,3 293 231 203 925 1 061 877 56 4,3 73 3,3 Suécia 4 224 2 527 2 6,7 ... ... ... ... 6 076 5 215 3 5,7 5 5,6 Espaço Económico Europeu Noruega 1 311 1 223 4 6,6 ... ... ... ... 4 671 5 247 19 5,1 15 4,9 Suíça 2 083 1 692 6 6,6 2 308 ... ... 3 634 ... ... 10 5,3 2 5,7 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 337 344 61 5,0 388 593 643 1 503 1 289 1 384 80 4,0 61 3,5 Macedónia 71 ... 103 4,1 116 83 ... 659 547 ... 81 3,9 78 3,3 Rússia 23 377 27 505 102 4,1 569 519 516 3 453 3 245 3 305 48 4,4 48 3,8 Turquia 277 1 810 47 5,3 36 67 102 347 550 680 51 4,4 67 3,4 Ucrânia 5 620 ... 90 4,3 ... ... 325 ... ... 1 458 50 4,4 64 3,5 Américas Argentina ... ... 84 4,4 158 201 196 715 823 980 84 3,9 63 3,5 Brasil 3 080 ... 49 5,3 ... ... ... 367 588 ... 60 4,2 34 4,1 Canadá 4 187 4 998 9 6,4 1 241 1 595 ... 3 535 4 157 ... 6 5,5 9 5,3 Chile 241 ... 32 5,8 ... ... ... 410 ... ... 23 4,9 41 3,9 EUA 164 795 241 347 5 6,6 ... ... ... 4 481 4 584 ... 5 5,6 1 5,9 México 431 629 79 4,6 ... 257 ... ... 460 ... 94 3,6 62 3,5 Paraguai ... ... 118 3,8 ... ... ... ... 71 ... 132 2,8 132 2,3 Uruguai 44 ... 77 4,6 ... ... ... 278 ... ... 87 3,9 66 3,4 Venezuela 56 ... 110 3,9 ... ... ... ... ... ... 106 3,5 95 3,1 Ásia e Pacífico Austrália 1 928 2 718 21 6,0 ... ... ... 3 443 ... ... 34 4,7 14 4,9 China 25 346 153 060 87 4,3 ... ... ... 549 853 1 071 36 4,6 23 4,6 Coreia do Sul 72 831 128 701 24 5,9 457 552 720 2 334 3 780 4 627 25 4,9 24 4,6 Filipinas 154 225 57 5,1 ... 10 ... ... 81 ... 95 3,6 89 3,2 Hong Kong 51 160 11 6,3 206 341 ... 1 159 2 619 ... 78 4,0 27 4,4 Índia 2 179 ... 39 5,5 86 ... ... 111 137 ... 4 5,6 46 3,8 Indonésia 156 ... 72 4,7 ... ... ... 219 ... ... 31 4,7 43 3,8 Japão 384 201 333 498 12 6,3 623 563 589 5 111 5 531 5 573 2 5,9 20 4,7 Macau ... 1 ... ... ... 209 ... ... 612 ... ... ... ... ... Malásia 206 670 36 5,6 40 ... ... 276 ... ... 33 4,7 22 4,6 Nova Zelândia 1 463 1 892 27 5,9 ... 766 894 ... 4 193 4 365 59 4,3 18 4,7 Singapura 516 696 14 6,3 338 557 529 4 139 5 575 6 088 14 5,2 4 5,6 Tailândia 561 945 53 5,1 ... 160 ... ... 311 ... 54 4,3 44 3,8 Taiwan ... ... 33 5,7 ... ... ... ... ... ... 7 5,5 12 5,1 Timor Leste ... ... 133 3,0 ... ... ... ... ... ... 133 2,7 131 2,3 Vietname 34 ... 81 4,5 ... ... ... ... ... ... 62 4,2 59 3,5 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 76 128 43 5,4 ... ... ... ... ... ... 47 4,5 37 4,0 Argélia 32 84 126 3,5 ... 35 ... ... 170 ... 57 4,3 120 2,6 Egipto 534 516 66 4,8 ... ... 378 ... ... 617 53 4,3 96 3,1 Irão 410 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Israel 1 599 1 615 15 6,3 ... ... ... ... ... ... 16 5,1 21 4,7 Jordânia 71 59 35 5,6 ... ... ... ... ... ... 26 4,8 68 3,4 Líbia ... ... 70 4,8 ... ... ... ... ... ... 66 4,2 115 2,8 Marrocos 104 150 63 4,9 ... ... ... ... ... ... 64 4,2 113 2,8 Tunísia 47 ... 40 5,5 36 42 ... 795 1 483 ... 9 5,4 52 3,7 África Subsariana África do Sul ... ... 37 5,5 ... 109 ... ... 360 ... 123 3,1 25 4,5 Angola ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Cabo Verde ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Guiné Bissau ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Moçambique ... 18 104 4,1 ... ... ... ... ... ... 125 3,1 70 3,4 Nigéria ... ... 85 4,4 ... ... ... ... ... ... 41 4,5 87 3,2 S. Tomé e Principe ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

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Aptidão para Integrar Redes Contexto Contexto de Mercado Contexto Político Contexto Infraestrutural (Network Readiness Index) à Inovação e TIC à Inovação e TIC e Regulatório à Inovação e TIC à Inovação e TICl ranking 133 % do 1.º ranking 133 | 2009/10 ranking 133 | 2009/10 ranking 133 | 2009/10 ranking 133 | 2009/10 2005 2010 2010 Posição (0-7) Posição (0-7) Posição (0-7) Posição (0-7) Portugal 27 33 79 32 4,5 38 4,7 34 4,8 32 3,9 Área do Euro Alemanha 17 14 88 16 5,2 22 5,0 11 5,8 14 4,8 Áustria 18 20 89 17 5,1 24 5,0 12 5,7 20 4,5 Bélgica 25 22 86 20 4,9 25 5,0 24 5,0 16 4,7 Chipre 33 32 77 25 4,7 16 5,1 28 4,9 30 3,9 Eslováquia 41 55 72 46 4,0 45 4,5 58 4,2 49 3,3 Eslovénia 35 31 78 30 4,6 36 4,7 41 4,7 24 4,3 Espanha 31 34 77 34 4,4 46 4,5 40 4,7 29 4,0 Finlândia 5 6 95 5 5,6 6 5,4 6 6,0 8 5,4 França 22 18 88 19 5,0 30 4,8 18 5,5 15 4,8 Grécia 43 56 68 49 4,0 78 4,1 62 4,2 38 3,8 Holanda 12 9 94 8 5,5 11 5,3 10 5,8 9 5,3 Irlanda 20 24 86 18 5,1 26 5,0 15 5,6 18 4,6 Itália 42 48 71 55 3,9 81 4,0 84 3,8 40 3,7 Luxemburgo 26 17 87 13 5,3 4 5,4 4 6,0 19 4,6 Malta 30 26 82 28 4,6 47 4,5 22 5,2 27 4,2 União Europeia restante Bulgária 64 71 65 61 3,8 88 3,9 104 3,5 35 3,9 Dinamarca 3 3 100 2 5,7 10 5,3 5 6,0 3 5,7 Estónia 23 25 89 23 4,8 20 5,0 23 5,1 26 4,2 Hungria 38 46 73 45 4,0 80 4,1 59 4,2 33 3,9 Letónia 51 52 70 48 4,0 62 4,2 53 4,4 47 3,5 Lituânia 44 41 75 44 4,1 66 4,2 55 4,3 41 3,7 Polónia 53 65 65 67 3,7 67 4,2 103 3,5 45 3,5 Reino Unido 10 13 90 12 5,4 17 5,1 16 5,6 10 5,3 República Checa 32 36 77 40 4,3 44 4,5 50 4,4 34 3,9 Roménia 58 59 68 58 3,8 79 4,1 64 4,1 54 3,2 Suécia 8 1 100 1 5,9 5 5,4 2 6,1 1 6,0 Espaço Económico Europeu Noruega 13 10 94 3 5,6 8 5,3 8 5,9 4 5,6 Suíça 9 4 95 4 5,6 3 5,5 9 5,9 7 5,4 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 57 51 70 56 3,9 91 3,9 67 4,1 42 3,6 Macedónia 82 73 63 77 3,6 83 4,0 87 3,8 65 3,0 Rússia 72 80 64 86 3,5 116 3,6 109 3,4 43 3,5 Turquia 48 69 67 59 3,8 64 4,2 63 4,1 62 3,1 Ucrânia 76 82 66 85 3,5 112 3,7 107 3,4 46 3,5 Américas Argentina 71 91 61 99 3,3 126 3,3 110 3,4 52 3,2 Brasil 52 61 67 74 3,7 87 4,0 73 4,0 63 3,1 Canadá 6 7 92 6 5,5 7 5,4 13 5,7 6 5,4 Chile 29 40 74 35 4,4 27 4,9 32 4,9 50 3,3 EUA 1 5 97 10 5,4 9 5,3 19 5,4 5 5,5 México 55 78 66 73 3,7 73 4,1 70 4,0 67 2,9 Paraguai 113 127 50 116 3,1 95 3,8 130 2,9 99 2,5 Uruguai 65 57 66 64 3,8 96 3,8 52 4,4 61 3,1 Venezuela 81 112 58 128 2,9 132 2,8 127 3,0 69 2,9 Ásia e Pacífico Austrália 15 16 90 14 5,3 14 5,1 7 5,9 12 4,9 China 50 37 71 57 3,9 72 4,1 47 4,5 70 2,9 Coreia do Sul 14 15 91 27 4,6 43 4,5 38 4,7 17 4,7 Filipinas 70 85 62 95 3,4 86 4,0 91 3,7 107 2,3 Hong Kong 11 8 91 15 5,2 1 5,7 17 5,6 23 4,4 Índia 40 43 69 53 4,0 35 4,7 46 4,5 83 2,7 Indonésia 68 67 62 66 3,7 40 4,6 60 4,2 100 2,5 Japão 16 21 89 22 4,9 28 4,9 20 5,4 25 4,3 Macau ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Malásia 24 27 81 37 4,4 32 4,8 25 5,0 51 3,3 Nova Zelândia 21 19 86 11 5,4 18 5,1 3 6,1 13 4,9 Singapura 2 2 97 9 5,4 2 5,5 1 6,3 21 4,5 Tailândia 34 47 71 50 4,0 42 4,6 51 4,4 64 3,0 Taiwan ... 11 91 21 4,9 13 5,2 44 4,5 11 4,9 Timor Leste ... 130 42 125 2,9 120 3,4 132 2,7 91 2,6 Vietname 75 54 65 69 3,7 85 4,0 48 4,5 80 2,7 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita ... 38 73 38 4,3 33 4,8 35 4,8 48 3,5 Argélia 87 113 54 120 3,0 128 3,2 121 3,2 86 2,7 Egipto 63 70 64 70 3,7 54 4,3 71 4,0 75 2,8 Irão ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Israel 19 28 85 26 4,7 23 5,0 43 4,5 22 4,4 Jordânia 47 44 72 41 4,2 41 4,6 33 4,9 60 3,1 Líbia ... 103 56 110 3,1 124 3,4 125 3,1 68 2,9 Marrocos 77 88 61 75 3,6 69 4,2 61 4,2 90 2,6 Tunísia 36 39 74 47 4,0 55 4,3 42 4,6 53 3,2 África Subsariana África do Sul 37 62 70 39 4,3 29 4,9 21 5,2 72 2,9 Angola ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Cabo Verde ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Guiné Bissau ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Moçambique 101 116 50 114 3,1 111 3,7 101 3,6 124 2,1 Nigéria 90 99 59 97 3,3 70 4,2 85 3,8 127 2,0 S. Tomé e Principe ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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C. CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Despesa Total Despesa Total em Exportações de TIC Exportações de TIC Exportações de TIC em TIC TIC Per Capita Serviços Bens Bens % do PIB $ $ Milhões % da totalidade % da totalidade dos bens exportados dos bens importados 2005 2009 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 Portugal 6,4 5,9 1132 1267 248 685 1 036 7,8 8,4 7,4 9,0 9,1 7,9 Área do Euro Alemanha 5,9 5,4 1996 2213 5 252 11 824 19 410 10,5 10,1 6,9 13,0 12,7 8,8 Áustria 6,1 5,4 2247 2508 774 2 244 3 583 7,9 6,9 5,8 10,9 9,0 6,9 Bélgica 5,5 5,2 1975 2246 ... 4 787 7 927 6,2 4,4 2,9 7,6 5,5 4,0 Chipre ... ... ... ... 85 265 285 1,7 24,6 6,9 7,2 11,2 4,9 Eslováquia 5,4 6,9 619 1121 103 230 502 3,9 10,0 17,5 7,8 9,7 14,7 Eslovénia 4,4 4,7 791 1104 79 225 439 4,6 3,2 3,5 6,9 5,6 5,1 Espanha 5,2 5,0 1356 1581 2 711 5 081 8 101 5,4 4,3 ... 9,3 7,8 ... Finlândia 7,6 6,5 2834 2889 414 1 904 5 875 25,4 22,3 16,5 18,6 15,5 12,0 França 5,6 5,1 1983 2171 2 128 5 233 6 239 12,1 7,6 5,4 13,0 9,6 7,2 Grécia 4,3 4,7 946 1363 346 569 821 4,4 3,0 3,2 8,3 6,0 5,6 Holanda 7,1 6,2 2776 2985 2 608 7 484 10 252 19,3 18,5 11,8 21,2 19,5 12,6 Irlanda 4,8 5,1 2329 2595 8 431 20 124 33 638 34,5 22,7 16,3 34,0 24,6 17,5 Itália 5,3 4,9 1617 1735 1 722 2 827 2 502 5,3 4,1 2,8 9,9 7,8 5,7 Luxemburgo ... ... ... ... 855 3 380 4 080 14,9 10,9 4,7 12,7 9,3 4,9 Malta ... ... ... ... 27 107 104 64,2 46,1 44,9 44,9 27,3 20,8 União Europeia restante Bulgária 7,2 6,4 253 395 50 178 383 1,0 2,0 2,6 5,2 6,3 6,1 Dinamarca 5,3 5,1 2529 2847 ... ... ... 8,5 8,6 5,0 13,3 13,2 8,1 Estónia ... ... ... ... 42 132 377 26,1 17,9 6,5 20,4 14,2 7,2 Hungria 10,4 8,3 1139 1073 190 723 1 586 27,7 27,7 24,6 23,7 20,4 18,8 Letónia ... ... ... ... 40 115 217 1,7 2,6 5,1 7,7 6,3 6,6 Lituânia ... ... ... ... 51 105 145 5,2 5,5 3,2 5,6 6,9 5,1 Polónia 6,1 6,1 483 687 295 504 1 519 4,5 4,6 7,5 10,5 8,9 8,9 Reino Unido 6,1 7,0 2317 2477 7 131 17 535 19 679 19,8 15,5 7,7 20,0 13,3 10,1 República Checa 8,3 7,9 1012 1435 217 968 1 811 7,3 12,5 15,2 12,1 12,7 15,2 Roménia 4,7 5,9 217 439 189 1 005 1 869 5,3 2,8 5,3 12,0 8,0 7,5 Suécia 6,2 6,2 2529 2717 1 835 4 129 8 672 19,1 12,1 9,5 16,3 12,3 10,1 Espaço Económico Europeu Noruega 4,2 4,0 2732 3130 952 1 277 2 980 2,4 1,8 2,0 10,6 9,7 8,2 Suíça 8,2 ... 4083 4361 ... ... ... 5,8 4,3 3,5 11,0 8,4 6,6 Europa de Leste e Ásia Central Croácia ... ... ... ... 136 323 402 3,6 6,2 5,0 6,1 7,9 6,1 Macedónia ... ... ... ... 40 62 ... 0,3 0,4 ... 4,4 4,7 5,0 Rússia 4,3 4,1 231 353 445 1 080 2 627 0,8 0,5 0,4 5,6 9,0 8,9 Turquia 4,2 4,5 284 367 ... 412 645 4,0 4,6 2,1 11,1 7,1 4,7 Ucrânia 8,1 7,0 149 174 95 247 777 ... 0,9 1,3 ... 4,8 2,6 Américas Argentina 4,6 5,0 216 380 322 448 1 326 0,7 0,5 0,5 15,3 13,0 9,4 Brasil 5,9 4,6 278 377 70 327 562 4,6 3,4 1,8 16,4 14,4 10,9 Canadá 6,7 6,7 2 338 2 662 3 807 5 558 6 598 8,2 4,6 3,8 15,0 10,4 8,8 Chile 4,7 5,0 343 478 241 222 237 0,2 0,1 0,2 11,0 8,2 6,4 EUA 7,3 7,0 3 098 3 230 9 750 12 375 22 443 23,4 17,1 12,8 18,9 14,8 12,5 México 4,8 5,2 397 422 1 213 548 203 23,0 20,5 20,9 20,3 19,5 17,2 Paraguai ... ... ... ... 11 17 20 0,2 0,2 0,2 11,1 17,4 21,3 Uruguai 5,3 3,7 276 400 37 104 199 0,2 0,2 0,1 7,4 6,9 6,2 Venezuela 3,7 3,2 201 363 113 91 149 0,1 0,1 0,0 9,4 13,0 11,6 Ásia e Pacífico Austrália 5,7 4,8 1 946 2 038 1 383 1 511 ... 3,2 2,1 1,5 16,3 13,0 10,0 China 7,8 5,8 136 216 1 701 2 325 ... 18,9 30,9 27,5 22,5 27,7 23,2 Coreia do Sul 9,2 7,9 1 617 1 357 398 500 879 35,7 30,6 ... 24,4 18,0 ... Filipinas 5,3 6,7 62 117 258 611 1 633 69,4 59,2 54,1 42,7 47,1 34,7 Hong Kong 7,8 ... 2 041 2 886 422 1 207 ... 27,3 40,5 42,6 30,1 40,0 40,8 Índia 4,2 4,0 32 45 5 326 23 441 ... 1,4 1,3 1,3 6,0 8,2 5,0 Indonésia 3,3 3,2 44 76 ... 1 146 1 157 12,6 9,2 4,6 3,0 4,2 9,8 Japão 6,7 6,9 2 385 2 737 2 391 1 521 1 529 25,8 20,4 14,3 17,6 14,8 10,3 Macau ... ... ... ... ... 56 ... 4,3 3,7 5,1 7,2 9,9 10,4 Malásia 12,1 11,5 648 800 262 1 050 ... 56,6 45,7 26,2 45,8 40,4 25,3 Nova Zelândia 5,5 4,9 1 453 1 434 274 467 376 2,2 2,3 1,8 12,6 10,3 8,4 Singapura 9,2 6,7 2 710 2 445 680 1 074 ... 56,1 46,4 35,9 44,4 40,2 28,2 Tailândia 6,1 6,6 163 259 ... ... ... 29,5 23,8 19,4 25,3 19,6 15,4 Taiwan ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Timor Leste ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Vietname 6,7 4,9 43 52 ... ... ... 5,9 4,9 ... 7,5 7,2 ... Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 4,8 6,8 656 991 ... ... ... 0,1 0,2 ... 5,1 7,5 ... Argélia 2,6 2,8 82 111 ... ... ... 0,0 0,0 ... 5,9 8,9 ... Egipto 5,3 5,8 62 131 329 387 1 013 ... ... 1,8 ... ... 4,4 Irão 2,7 4,8 75 218 ... ... ... 0,0 0,0 ... 5,5 6,8 ... Israel 6,1 5,1 1 187 1 323 4 422 4 690 7 951 25,2 10,3 13,5 16,4 11,5 9,1 Jordânia 10,1 7,0 236 270 ... ... ... 3,7 4,0 5,5 5,9 7,5 7,2 Líbia ... ... ... ... 4 10 ... ... ... ... ... ... ... Marrocos 7,5 13,5 147 384 114 328 924 ... 6,3 ... ... 8,1 ... Tunísia 5,4 5,2 157 196 32 64 ... 3,4 3,7 5,0 5,5 6,1 5,6 África Subsariana África do Sul 9,3 9,4 488 548 ... 302 454 2,0 1,7 1,6 13,6 12,2 8,8 Angola ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Cabo Verde ... ... ... ... 11 19 ... 2,4 3,5 ... 7,1 4,3 3,3 Guiné Bissau ... ... ... ... ... ... ... ... 0,0 ... ... 2,0 ... Moçambique ... ... ... ... ... 12 35 ... 0,1 0,2 ... 5,2 3,9 Nigéria 4,0 3,8 32 42 ... 20 37 0,0 ... 0,0 3,4 ... 10,2 S. Tomé e Principe ... ... ... ... 2 1 1 ... 0,0 0,0 1,0 3,8 4,8

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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C. CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Utilização de TIC Penetração E-Business Utilizadores de Internet Subscrições de Telemóveis Computadores de TIC (The KAM Pessoais por ICT Index) 100 Indivíduos

ranking 133 | 2009 ranking 146 | 2009 ranking 133 | 2009 Em 100 Indivíduos Em 100 Indivíduos ranking 133 | 2009 Posição (0-7) Posição (0-10) Posição (0-7) 2000 2005 2008 2000 2005 2008 N.º Posição Portugal 37 4,1 36 7,66 33 5,18 16,4 32,0 42,1 65,2 108,5 140,4 18,2 46 Área do Euro Alemanha 15 5,2 5 9,47 17 5,79 30,2 64,8 75,5 58,6 96,1 128,5 65,5 13 Áustria 18 4,9 13 8,85 21 5,63 33,7 55,0 71,2 76,4 105,2 129,7 60,7 16 Bélgica 24 4,7 25 8,25 30 5,22 29,3 57,2 68,1 54,9 91,7 110,4 38,0 28 Chipre 38 3,9 30 7,95 38 5,01 15,3 31,1 38,8 27,8 93,6 117,9 38,3 27 Eslováquia 33 3,6 31 7,95 47 4,84 9,4 50,2 66,0 23,1 84,3 102,1 58,2 17 Eslovénia 30 4,2 32 7,88 35 5,11 15,1 46,8 55,7 61,1 87,9 101,7 42,7 25 Espanha 35 4,4 26 8,07 70 4,47 13,6 44,0 55,4 60,3 98,4 109,0 40,0 26 Finlândia 10 5,1 16 8,73 15 5,81 37,2 72,6 82,5 72,0 100,5 128,5 50,1 24 França 22 5,0 24 8,26 20 5,64 14,4 43,0 67,9 49,3 79,0 93,1 65,2 14 Grécia 48 3,3 47 6,94 99 3,87 9,2 22,4 43,1 54,3 92,4 122,8 9,4 65 Holanda 2 5,4 3 9,52 11 5,88 44,0 79,1 87,0 67,5 97,0 125,4 90,9 3 Irlanda 28 4,5 17 8,71 31 5,22 17,8 37,5 62,7 64,7 102,7 121,0 58,1 19 Itália 36 3,9 20 8,59 76 4,37 23,2 33,7 41,8 74,2 122,0 151,0 36,6 30 Luxemburgo 5 4,7 4 9,51 27 5,43 22,9 69,0 79,2 69,5 109,6 144,7 67,7 12 Malta 27 4,5 33 7,74 36 5,10 13,1 38,4 48,3 29,3 80,3 93,6 ... … União Europeia restante Bulgária 47 3,3 49 6,74 46 4,85 5,3 20,0 34,7 9,2 80,7 137,7 11,0 60 Dinamarca 4 5,3 9 9,21 7 6,02 39,2 77,3 83,3 63,0 100,6 124,9 55,1 21 Estónia 19 4,7 12 9,05 4 6,15 28,6 59,2 66,2 40,7 107,4 188,3 25,5 37 Hungria 34 3,9 34 7,70 56 4,66 7,0 37,1 58,5 30,1 92,4 121,8 25,6 36 Letónia 40 3,5 38 7,58 50 4,79 6,3 41,6 60,4 16,9 81,4 98,6 32,8 33 Lituânia 32 4,1 29 7,99 22 5,54 6,4 34,4 54,4 15,0 127,5 149,6 24,5 39 Polónia 45 3,3 42 7,09 41 4,90 7,3 35,1 49,0 17,5 76,4 115,2 16,9 48 Reino Unido 8 5,4 6 9,45 8 5,98 26,8 66,4 76,0 73,8 108,7 126,0 80,2 6 República Checa 31 4,1 35 7,70 19 5,68 9,7 32,0 57,8 42,3 115,0 132,2 27,5 34 Roménia 49 3,3 50 6,55 79 4,35 3,6 16,6 28,8 11,1 61,7 113,7 19,3 44 Suécia 1 5,6 2 9,66 1 6,41 45,6 81,7 87,7 71,8 100,9 118,1 87,8 4 Espaço Económico Europeu Noruega 11 4,9 11 9,10 12 5,87 26,7 80,1 82,5 71,8 102,8 110,1 62,7 15 Suíça 3 5,5 1 9,68 9 5,90 47,9 68,3 75,9 64,6 91,9 116,3 97,6 1 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 39 3,7 37 7,62 54 4,71 6,8 33,1 50,5 23,3 82,2 132,6 33,8 31 Macedónia 44 3,2 48 6,88 128 3,31 2,5 23,0 41,5 5,8 62,0 122,6 36,8 29 Rússia 52 3,1 54 6,38 61 4,59 2,0 15,2 31,9 2,2 83,8 140,6 13,3 56 Turquia 55 3,3 75 4,92 48 4,82 3,8 13,9 34,4 24,3 61,3 89,1 6,1 80 Ucrânia 74 3,0 62 5,77 58 4,62 0,7 3,7 10,5 1,7 63,7 120,4 4,6 85 Américas Argentina 58 3,0 60 5,96 59 4,61 7,0 17,7 28,1 17,6 57,2 116,6 9,0 67 Brasil 61 3,5 58 6,1 26 5,44 2,9 21,0 37,5 13,3 46,3 78,5 16,1 50 Canadá 12 5,4 22 8,54 5 6,11 42,2 67,9 75,3 28,4 52,7 66,3 94,4 2 Chile 53 3,7 56 6,27 29 5,25 16,6 31,2 32,5 22,1 64,9 88,1 14,1 53 EUA 29 4,3 14 8,83 2 6,36 43,9 69,6 75,8 38,8 72,0 88,9 78,7 7 México 76 3,3 65 5,56 78 4,36 5,2 18,9 22,2 14,4 45,7 70,8 14,1 54 Paraguai 91 2,3 88 4,29 124 3,38 0,7 6,0 14,3 15,3 32,0 95,5 7,8 72 Uruguai 51 3,4 51 6,45 68 4,51 10,6 20,2 40,2 12,4 34,9 105,2 13,5 55 Venezuela 72 2,7 67 5,46 82 4,26 3,4 12,6 25,7 22,4 47,0 97,0 9,3 66 Ásia e Pacífico Austrália 20 4,9 18 8,67 23 5,54 46,8 63,2 70,8 44,7 90,3 103,2 … … China 71 4,0 87 4,33 52 4,74 1,8 8,6 22,5 6,8 30,2 48,4 5,6 83 Coreia do Sul 13 5,7 19 8,60 3 6,19 40,5 71,0 75,8 57,0 79,7 93,8 58,1 18 Filipinas 88 3,1 96 3,60 75 4,37 2,0 5,4 6,2 8,3 40,7 75,4 7,2 74 Hong Kong 7 5,5 7 9,33 18 5,72 27,8 61,4 67,0 81,7 125,4 166,0 69,3 10 Índia 109 3,3 114 2,49 43 4,89 0,5 2,5 4,5 0,4 8,2 30,4 3,2 93 Indonésia 92 2,9 109 2,72 71 4,46 0,9 3,6 7,9 1,8 21,4 61,8 2,0 101 Japão 26 5,0 28 8,00 10 5,89 30,0 66,8 75,2 52,6 75,5 86,4 57,4 20 Macau ... ... ... ... ... ... 13,6 34,9 49,2 32,0 109,3 177,2 ... ... Malásia 46 4,4 41 7,14 39 4,96 21,4 48,6 55,8 22,0 76,2 102,6 23,2 41 Nova Zelândia 23 4,6 23 8,46 24 5,54 47,5 62,4 71,4 40,0 85,4 108,2 53,0 23 Singapura 9 5,6 8 9,22 16 5,79 32,3 61,9 69,6 68,2 102,8 131,7 76,0 8 Tailândia 67 3,4 64 5,64 67 4,54 3,7 15,0 23,9 4,9 47,2 92,0 6,7 77 Taiwan 14 5,5 10 9,13 14 5,85 ... ... ... ... ... ... 83,5 5 Timor Leste 131 2,2 ... ... 129 3,30 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 ... … Vietname 75 3,2 78 4,85 65 4,54 0,3 12,9 24,2 1,0 11,5 81,2 9,5 64 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 42 3,7 52 6,43 49 4,79 2,2 13,0 31,3 6,7 61,3 145,1 68,3 11 Argélia 93 2,3 100 3,46 133 2,54 0,5 5,8 11,9 0,3 41,6 92,7 1,1 111 Egipto 100 3,1 93 3,92 45 4,86 0,6 11,7 16,6 1,9 17,7 50,6 3,9 89 Irão ... ... 63 5,65 ... ... 1,0 17,8 32,0 1,5 12,3 59,8 ... ... Israel 25 4,7 39 7,54 6 6,06 20,2 24,3 47,9 70,0 111,9 122,9 ... … Jordânia 68 3,4 74 4,95 55 4,68 2,7 13,3 27,4 8,1 58,0 91,4 7,2 75 Líbia 103 2,7 ... ... 113 3,70 0,2 3,9 5,1 0,7 33,8 76,7 2,2 99 Marrocos 83 2,9 85 4,37 92 4,05 0,7 15,1 33,0 8,1 40,6 72,2 5,7 82 Tunísia 66 3,5 77 4,88 86 4,19 2,7 9,5 27,1 1,2 56,6 83,3 9,8 62 África Subsariana África do Sul 89 3,1 82 4,45 44 4,88 5,5 7,6 8,6 19,0 72,0 92,2 8,3 70 Angola ... ... 122 1,91 ... ... 0,1 1,1 3,1 0,2 9,7 37,6 ... ... Cabo Verde ... ... 94 3,85 ... ... 1,8 6,1 20,6 4,5 17,1 55,7 ... ... Guiné Bissau ... ... ... ... ... ... 0,2 1,9 2,4 0,0 6,7 31,7 ... ... Moçambique 126 2,4 133 1,27 118 3,61 0,1 0,9 1,6 0,3 7,2 19,7 1,4 106 Nigéria 105 2,6 119 2,23 74 4,43 0,1 3,5 15,9 0,0 13,2 41,7 0,9 114 S. Tomé e Principe ... ... ... ... ... ... 4,6 13,8 15,5 0,0 7,8 30,6 ... ...

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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D. CAPITAL HUMANO

91 População Residente Total

92 População Residente | Mulheres

93 População Residente | 0-14 anos

94 População Residente | 15-64 anos

95 População Residente | 65 e mais anos

96 Índice de Dependência Total

97 Índice de Dependência | 65 e mais anos

98 Taxa de Crescimento Anual da População

99 Taxa de Natalidade

100 Taxa de Mortalidade

101 Taxa de Mortalidade Infantil

102 Taxa de Fecundidade

103 Esperança Média de Vida à Nascença Total

104 Esperança Média de Vida à Nascença | Mulheres

105 Esperança Média de Vida à Nascença | Homens

106 Média de Anos de Escolaridade

107 Anos de Escolaridade Esperados

108 População Adulta por Nível de Educação | < Ensino Secundário

109 População Adulta por Nível de Educação | Ensino Secundário e Pós-Secundário

110 População Adulta por Nível de Educação | Ensino Superior

111 População Activa Total

112 População Activa | Mulheres

113 Taxa de Actividade Total

114 Taxa de Emprego Total

115 Taxa de Emprego | Mulheres

116 Taxa de Emprego | 15-24 anos

117 Emprego por Sector de Actividade | Agricultura

118 Emprego por Sector de Actividade | Indústria

119 Emprego por Sector de Actividade | Serviços

120 Taxa de Emprego Vulnerável

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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D. CAPITAL HUMANO

População Residente Total | Milhões Mulheres | % do Total 0-14 anos | % do Total 15-64 | % do Total 65 e mais anos | % do Total 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 Portugal 10,2 10,5 10,6 51,7 51,6 51,6 16,1 15,6 15,3 67,7 67,3 67,1 16,1 17,1 17,7 Área do Euro Alemanha 82,2 82,5 81,9 51,2 51,1 51,0 15,6 14,3 13,5 68,0 66,8 66,2 16,4 18,9 20,2 Áustria 8,0 8,2 8,4 51,6 51,4 51,2 17,0 16,0 14,9 67,6 67,8 67,8 15,5 16,2 17,3 Bélgica 10,3 10,5 10,8 51,1 51,1 51,0 17,5 17,1 16,8 65,6 65,7 65,9 16,9 17,3 17,3 Chipre 0,8 0,8 0,9 50,8 51,3 51,3 22,6 19,8 17,8 66,0 68,0 69,2 11,4 12,2 13,0 Eslováquia 5,4 5,4 5,4 51,4 51,5 51,5 19,7 16,8 15,4 69,0 71,5 72,5 11,3 11,7 12,1 Eslovénia 2,0 2,0 2,0 51,3 51,2 51,2 15,9 14,2 13,8 70,1 70,3 70,0 14,0 15,5 16,2 Espanha 40,3 43,4 46,0 51,0 50,8 50,7 14,8 14,5 14,8 68,4 68,7 68,1 16,8 16,8 17,0 Finlândia 5,2 5,2 5,3 51,2 51,1 51,0 18,2 17,4 16,7 67,0 66,7 66,5 14,9 16,0 16,8 França 58,9 60,9 62,6 51,5 51,4 51,4 18,8 18,4 18,4 65,0 65,1 64,9 16,1 16,5 16,7 Grécia 10,9 11,1 11,3 50,5 50,5 50,4 15,3 14,4 14,2 68,3 67,7 67,6 16,5 18,0 18,2 Holanda 15,9 16,3 16,5 50,5 50,5 50,4 18,6 18,3 17,8 67,9 67,5 67,2 13,6 14,2 15,0 Irlanda 3,8 4,2 4,5 50,3 50,0 49,9 21,7 20,4 20,7 67,1 68,6 68,1 11,2 11,0 11,2 Itália 56,9 58,6 60,2 51,6 51,5 51,4 14,3 14,2 14,2 67,3 66,2 65,6 18,4 19,6 20,2 Luxemburgo 0,4 0,5 0,5 50,8 50,5 50,4 18,8 18,5 17,8 67,0 67,4 68,2 14,3 14,1 14,0 Malta 0,4 0,4 0,4 50,4 50,3 50,2 20,0 17,4 15,6 67,7 69,4 70,0 12,3 13,2 14,4 União Europeia restante Bulgária 8,1 7,7 7,6 51,3 51,5 51,7 15,7 13,7 13,4 67,7 69,1 69,1 16,6 17,2 17,4 Dinamarca 5,3 5,4 5,5 50,6 50,5 50,4 18,5 18,8 18,2 66,7 66,1 65,5 14,8 15,1 16,3 Estónia 1,4 1,3 1,3 53,9 53,9 53,9 18,1 15,2 15,1 66,8 68,2 67,9 15,1 16,7 17,0 Hungria 10,2 10,1 10,0 52,4 52,5 52,5 16,8 15,5 14,8 68,1 68,8 69,0 15,1 15,6 16,2 Letónia 2,4 2,3 2,3 54,1 54,0 53,9 17,8 14,5 13,8 66,8 68,9 68,9 15,4 16,6 17,3 Lituânia 3,5 3,4 3,3 53,2 53,4 53,2 20,0 16,8 14,9 66,1 68,0 68,9 13,9 15,2 16,2 Polónia 38,5 38,2 38,1 51,5 51,7 51,8 19,3 16,3 15,0 68,5 70,4 71,7 12,2 13,3 13,4 Reino Unido 58,9 60,2 61,8 51,3 51,1 50,9 19,0 18,0 17,4 65,2 65,9 66,1 15,9 16,1 16,4 República Checa 10,3 10,2 10,5 51,3 51,2 50,9 16,5 14,7 14,1 69,7 71,1 71,0 13,8 14,1 14,9 Roménia 22,4 21,6 21,5 51,1 51,3 51,4 18,4 15,7 15,2 68,1 69,5 69,9 13,5 14,8 14,8 Suécia 8,9 9,0 9,3 50,6 50,5 50,4 18,4 17,4 16,6 64,4 65,4 65,4 17,2 17,2 18,0 Espaço Económico Europeu Noruega 4,5 4,6 4,8 50,5 50,4 50,3 20,0 19,6 19,0 64,9 65,8 66,2 15,0 14,5 14,8 Suíça 7,2 7,4 7,7 51,2 51,1 51,2 17,3 16,1 15,3 67,3 67,9 67,7 15,4 16,0 17,0 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 4,4 4,4 4,4 51,8 51,9 51,8 17,0 15,9 15,1 67,4 67,1 67,7 15,6 17,0 17,2 Macedónia 2,0 2,0 2,0 49,9 50,0 50,1 22,3 19,9 18,0 67,7 69,0 70,3 10,0 11,1 11,7 Rússia 146,3 143,2 141,9 53,3 53,6 53,8 18,2 15,1 14,8 69,4 71,1 72,1 12,4 13,8 13,1 Turquia 66,5 71,2 74,8 49,6 49,7 49,8 30,6 28,5 26,8 64,2 65,9 67,3 5,3 5,7 5,9 Ucrânia 49,2 47,1 46,0 53,7 53,8 53,9 17,5 14,7 13,9 68,5 69,3 70,4 14,0 16,1 15,7 Américas Argentina 36,9 38,7 40,3 50,9 51,0 51,0 27,7 26,2 25,1 62,3 63,4 64,3 10,1 10,3 10,6 Brasil 174,2 186,1 193,7 50,6 50,7 50,8 29,6 27,5 25,9 64,9 66,3 67,3 5,5 6,2 6,7 Canadá 30,8 32,3 33,7 50,5 50,5 50,5 19,1 17,6 16,5 68,3 69,3 69,6 12,6 13,1 13,8 Chile 15,4 16,3 17,0 50,5 50,5 50,5 27,8 24,9 22,7 64,9 67,0 68,3 7,3 8,1 9,0 EUA 282,2 295,8 307,0 50,8 50,7 50,7 21,6 20,8 20,3 66,1 66,8 66,9 12,4 12,4 12,8 México 98,0 103,1 107,4 50,5 50,7 50,8 33,1 30,7 28,5 61,7 63,5 65,1 5,2 5,8 6,4 Paraguai 5,4 5,9 6,3 49,4 49,4 49,5 38,2 35,8 34,0 57,4 59,4 60,9 4,4 4,8 5,1 Uruguai 3,3 3,3 3,3 51,6 51,7 51,7 24,6 23,8 22,8 62,4 62,7 63,4 13,1 13,5 13,8 Venezuela 24,3 26,6 28,4 49,7 49,7 49,8 33,7 31,3 29,8 61,7 63,7 64,7 4,6 5,0 5,5 Ásia e Pacífico Austrália 19,2 20,4 21,9 50,4 50,3 50,3 20,7 19,7 19,0 66,8 67,3 67,3 12,5 12,9 13,6 China 1 262,6 1 303,7 1 331,5 48,2 48,1 48,1 25,7 22,0 20,2 67,5 70,4 71,7 6,8 7,6 8,1 Coreia do Sul 47,0 48,1 48,7 50,2 50,5 50,5 20,8 19,1 16,8 71,8 71,6 72,5 7,3 9,3 10,7 Filipinas 77,7 85,5 92,0 49,6 49,6 49,6 37,8 35,6 33,9 58,7 60,6 61,9 3,5 3,9 4,2 Hong Kong 6,7 6,8 7,0 51,7 52,2 52,6 16,9 14,4 12,0 72,1 73,4 75,3 11,0 12,2 12,7 Índia 1 015,9 1 094,6 1 155,3 48,2 48,3 48,3 35,0 33,1 31,3 60,7 62,3 63,9 4,3 4,6 4,8 Indonésia 205,3 219,2 230,0 50,0 50,0 50,1 30,3 28,4 27,0 64,8 66,1 67,0 4,9 5,5 6,0 Japão 126,9 127,8 127,6 51,1 51,2 51,3 14,6 13,8 13,3 68,2 66,3 64,7 17,2 19,9 22,0 Macau 0,4 0,5 0,5 52,0 52,2 52,3 22,4 16,1 12,9 70,2 76,8 79,9 7,4 7,2 7,2 Malásia 23,3 25,6 27,5 49,1 49,2 49,2 33,5 31,3 29,5 62,7 64,3 65,8 3,9 4,4 4,7 Nova Zelândia 3,9 4,1 4,3 50,8 50,7 50,6 22,7 21,5 20,4 65,5 66,4 66,8 11,8 12,1 12,7 Singapura 4,0 4,3 5,0 49,6 49,7 49,8 21,8 19,6 16,3 71,0 71,9 73,9 7,2 8,5 9,8 Tailândia 62,3 65,9 67,8 50,8 50,8 50,8 25,1 22,9 21,7 68,5 70,0 70,7 6,3 7,1 7,6 Taiwan ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Timor Leste 0,8 1,0 1,1 48,9 49,1 49,1 49,4 46,2 45,0 48,2 51,0 52,1 2,5 2,8 3,0 Vietname 77,6 83,1 87,3 51,0 50,8 50,6 33,5 29,2 25,7 60,9 64,7 67,9 5,6 6,2 6,3 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 20,6 23,1 25,4 44,6 44,8 45,2 38,0 34,5 32,4 59,3 62,7 64,7 2,7 2,8 2,9 Argélia 30,5 32,9 34,9 49,5 49,5 49,5 34,1 29,6 27,3 61,7 65,8 68,1 4,2 4,5 4,6 Egipto 70,2 77,2 83,0 49,6 49,7 49,7 36,9 33,3 32,3 58,8 62,2 63,1 4,3 4,5 4,6 Irão 63,9 69,1 72,9 49,1 49,0 49,2 32,0 26,4 24,1 63,4 68,6 71,1 4,7 5,0 4,9 Israel 6,3 6,9 7,4 50,6 50,5 50,4 28,3 27,9 27,7 61,8 62,0 62,2 9,9 10,1 10,1 Jordânia 4,8 5,4 6,0 48,3 48,6 48,7 39,4 37,2 34,5 57,7 59,3 61,9 2,9 3,5 3,6 Líbia 5,3 5,9 6,4 47,9 48,1 48,3 32,2 30,3 30,1 64,5 65,9 65,6 3,3 3,8 4,2 Marrocos 28,8 30,5 32,0 50,5 50,8 50,9 33,6 30,3 28,4 61,7 64,5 66,3 4,7 5,2 5,4 Tunísia 9,6 10,0 10,4 49,5 49,7 49,7 30,1 25,7 23,2 63,7 67,7 70,0 6,3 6,7 6,7 África Subsariana África do Sul 44,0 47,2 49,3 50,8 50,8 50,7 33,6 31,7 30,5 62,7 64,3 65,0 3,7 4,1 4,5 Angola 14,3 16,6 18,5 50,7 50,7 50,7 47,1 46,2 45,0 50,5 51,3 52,6 2,5 2,4 2,5 Cabo Verde 0,4 0,5 0,5 52,5 52,3 52,2 43,2 39,3 36,2 52,4 56,1 59,6 4,4 4,5 4,2 Guiné Bissau 1,3 1,5 1,6 50,5 50,5 50,5 41,8 42,5 42,6 54,7 54,1 53,9 3,5 3,4 3,5 Moçambique 18,2 20,8 22,9 52,0 51,6 51,4 43,7 44,1 44,0 53,2 52,7 52,8 3,2 3,2 3,3 Nigéria 124,8 140,9 154,7 50,1 50,0 49,9 43,9 43,1 42,5 53,2 53,9 54,3 3,0 3,1 3,1 S. Tomé e Principe 0,1 0,2 0,2 50,4 50,4 50,5 42,2 41,6 40,7 53,4 54,0 55,4 4,4 4,4 4,0

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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D. CAPITAL HUMANO

Índice de Dependência Índice de Dependência Taxa de Crescimento Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade Total | 65 e Mais Anos da População % da População Activa % da População Activa % Nascimentos Mortes por 1000 Habitantes por 1000 Habitantes 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2008 2000 2005 2008 Portugal 47,6 48,5 49,1 23,8 25,3 26,3 0,5 0,5 0,1 11,6 10,4 9,8 10,5 10,2 9,8 Área do Euro Alemanha 47,0 49,7 51,0 24,0 28,2 30,5 0,1 -0,1 -0,3 9,3 8,3 8,3 10,2 10,1 10,3 Áustria 48,0 47,5 47,6 22,9 23,9 25,5 0,1 0,7 0,3 9,6 9,5 9,3 9,5 9,1 9,0 Bélgica 52,4 52,2 51,7 25,8 26,3 26,2 0,3 0,6 0,7 11,2 11,3 11,7 10,2 9,9 9,5 Chipre 51,4 47,0 44,5 17,2 17,9 18,7 1,4 1,1 1,0 12,8 11,6 11,5 7,0 7,0 7,2 Eslováquia 44,9 39,9 37,9 16,4 16,3 16,7 -0,1 0,1 0,2 10,2 10,1 10,6 9,8 9,9 9,8 Eslovénia 42,7 42,3 42,9 20,0 22,1 23,1 0,2 0,2 1,1 9,1 9,1 10,5 9,3 9,4 9,2 Espanha 46,2 45,5 46,8 24,6 24,4 25,0 0,8 1,6 0,9 9,9 10,7 11,4 9,0 8,9 8,5 Finlândia 49,3 50,0 50,3 22,2 23,9 25,3 0,2 0,3 0,5 11,0 11,0 11,2 9,5 9,1 9,2 França 53,8 53,6 54,2 24,8 25,3 25,8 0,5 0,6 0,5 13,2 12,7 12,9 9,1 8,6 8,6 Grécia 46,5 47,8 48,0 24,2 26,6 27,0 0,3 0,4 0,4 11,7 9,7 10,3 10,5 9,5 9,5 Holanda 47,4 48,1 48,8 20,0 21,0 22,3 0,8 0,2 0,5 13,0 11,5 11,2 8,8 8,4 8,2 Irlanda 48,9 45,8 46,8 16,7 16,0 16,5 1,3 2,2 0,6 14,0 14,7 16,9 8,2 6,6 6,5 Itália 48,7 51,1 52,5 27,4 29,7 30,9 0,0 0,7 0,6 9,3 9,5 9,6 9,7 10,0 9,7 Luxemburgo 49,3 48,4 46,7 21,3 21,0 20,6 1,3 1,5 1,9 13,1 11,5 11,5 8,6 7,8 7,4 Malta 47,7 44,1 42,8 18,2 19,1 20,5 0,5 0,5 0,7 10,8 9,6 10,0 7,6 7,8 7,9 União Europeia restante Bulgária 47,7 44,7 44,6 24,5 24,8 25,2 -1,8 -0,5 -0,5 9,0 9,2 10,2 14,1 14,6 14,5 Dinamarca 50,0 51,3 52,7 22,2 22,9 24,9 0,3 0,3 0,6 12,6 11,9 11,8 10,9 10,1 9,9 Estónia 49,7 46,7 47,3 22,5 24,5 25,0 -0,4 -0,2 0,0 9,5 10,7 12,0 13,4 12,9 12,4 Hungria 46,7 45,3 45,0 22,1 22,7 23,5 -0,3 -0,2 -0,2 9,6 9,7 9,9 13,3 13,5 13,0 Letónia 49,6 45,1 45,1 23,0 24,0 25,2 -0,8 -0,5 -0,5 8,5 9,3 10,6 13,6 14,2 13,7 Lituânia 51,2 47,1 45,1 21,0 22,4 23,5 -0,9 -0,6 -0,6 9,2 8,9 10,4 10,5 12,8 13,1 Polónia 46,0 42,0 39,5 17,9 18,8 18,7 -0,5 0,0 0,1 9,8 9,5 10,9 9,5 9,7 10,0 Reino Unido 53,5 51,7 51,2 24,4 24,4 24,8 0,4 0,6 0,7 11,4 12,0 12,9 10,2 9,7 9,4 República Checa 43,5 40,6 40,9 19,8 19,9 21,0 -0,1 0,2 0,6 8,8 10,0 11,5 10,6 10,5 10,1 Roménia 46,8 43,8 43,0 19,8 21,3 21,2 -0,1 -0,2 -0,1 10,4 10,2 10,3 11,4 12,1 11,8 Suécia 55,3 52,8 52,8 26,7 26,2 27,5 0,1 0,4 0,9 10,2 11,2 11,9 10,5 10,2 9,9 Espaço Económico Europeu Noruega 54,0 51,9 51,0 23,2 22,0 22,3 0,7 0,7 1,2 13,2 12,3 12,7 9,8 8,9 8,7 Suíça 48,6 47,3 47,7 22,9 23,5 25,0 0,6 0,6 1,1 10,9 9,8 10,1 8,7 8,2 8,1 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 48,4 49,1 47,8 23,1 25,3 25,4 -2,9 0,1 0,0 10,0 9,6 9,9 11,5 11,7 11,8 Macedónia 47,7 44,9 42,3 14,8 16,1 16,7 0,4 0,2 0,1 12,7 11,3 10,9 8,4 8,8 9,2 Rússia 44,0 40,6 38,6 17,8 19,4 18,1 0,0 -0,5 -0,1 8,7 10,2 12,1 15,4 16,1 14,6 Turquia 55,9 51,9 48,6 8,2 8,6 8,7 1,5 1,3 1,2 21,1 18,9 18,2 5,9 5,8 6,0 Ucrânia 45,9 44,4 42,0 20,4 23,2 22,3 -1,0 -0,7 -0,5 7,8 9,0 11,0 15,3 16,6 16,3 Américas Argentina 60,6 57,6 55,6 16,2 16,3 16,5 1,1 0,9 1,0 18,6 17,6 17,3 7,9 7,8 7,8 Brasil 54,1 50,9 48,5 8,4 9,3 10,0 1,4 1,2 0,9 20,9 18,2 16,2 6,4 6,3 6,4 Canadá 46,4 44,4 43,6 18,5 18,9 19,9 0,9 1,0 1,3 10,9 10,7 11,3 7,1 7,1 7,3 Chile 54,0 49,2 46,4 11,2 12,1 13,2 1,2 1,1 1,0 16,6 15,2 14,9 5,1 5,2 5,4 EUA 51,3 49,7 49,5 18,7 18,5 19,1 1,1 0,9 0,9 14,7 14,0 14,3 8,7 8,3 8,1 México 62,2 57,4 53,6 8,5 9,1 9,8 1,4 1,0 1,0 23,7 19,3 18,3 4,7 4,8 4,9 Paraguai 74,2 68,3 64,1 7,7 8,0 8,3 2,1 1,9 1,8 28,0 25,8 24,6 5,8 5,6 5,5 Uruguai 60,4 59,5 57,7 21,0 21,6 21,8 0,4 0,1 0,3 15,9 14,9 14,6 9,2 9,4 9,4 Venezuela 62,1 57,0 54,5 7,4 7,8 8,5 1,8 1,7 1,6 23,4 22,0 21,2 4,9 5,1 5,1 Ásia e Pacífico Austrália 49,7 48,5 48,5 18,8 19,2 20,3 1,2 1,3 2,0 13,0 12,7 13,8 6,7 6,4 6,7 China 48,2 42,0 39,4 10,1 10,7 11,3 0,8 0,6 0,5 14,0 12,4 12,1 6,5 6,5 7,1 Coreia do Sul 39,2 39,6 37,9 10,2 13,0 14,7 0,8 0,2 0,3 13,4 9,0 9,4 5,2 5,0 5,0 Filipinas 70,3 65,1 61,5 6,0 6,4 6,8 2,0 1,9 1,8 27,5 25,6 24,7 5,2 4,9 4,8 Hong Kong 38,6 36,3 32,8 15,3 16,7 16,8 0,9 0,4 0,4 8,1 8,4 11,3 5,1 5,7 5,9 Índia 64,7 60,5 56,5 7,0 7,4 7,6 1,7 1,4 1,3 25,8 23,8 22,8 8,5 7,6 7,4 Indonésia 54,3 51,3 49,2 7,5 8,4 8,9 1,4 1,3 1,1 21,3 19,8 18,6 6,9 6,4 6,3 Japão 46,7 50,9 54,5 25,3 30,0 33,9 0,2 0,0 -0,1 9,4 8,4 8,7 7,7 8,5 9,1 Macau 42,4 30,2 25,2 10,5 9,3 9,0 1,5 2,3 2,2 8,7 7,6 8,2 4,5 4,5 4,5 Malásia 59,6 55,5 52,0 6,2 6,8 7,2 2,3 1,8 1,7 23,5 21,5 20,4 4,6 4,5 4,5 Nova Zelândia 52,7 50,7 49,6 18,1 18,3 19,1 0,6 1,1 1,1 14,9 14,1 15,1 6,9 6,6 6,8 Singapura 40,8 39,0 35,3 10,1 11,8 13,2 1,7 2,4 3,0 11,8 10,2 10,2 3,9 4,4 4,4 Tailândia 46,0 42,9 41,4 9,3 10,2 10,7 0,8 1,0 0,6 15,8 14,9 14,5 8,1 8,7 9,0 Taiwan ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Timor Leste 107,7 95,9 92,1 5,1 5,4 5,7 0,5 4,2 3,2 43,1 39,7 40,0 11,4 9,3 8,7 Vietname 64,2 54,7 47,2 9,3 9,5 9,3 0,2 1,3 1,2 19,8 18,1 17,2 5,4 5,3 5,4 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 68,7 59,5 54,6 4,6 4,4 4,5 2,2 2,6 2,3 27,9 24,9 23,4 3,9 3,7 3,6 Argélia 62,0 52,0 46,9 6,8 6,9 6,8 1,4 1,5 1,5 20,6 20,7 20,8 5,2 5,0 4,9 Egipto 70,0 60,8 58,4 7,3 7,2 7,2 1,9 1,9 1,8 26,2 25,3 24,7 6,1 5,9 5,8 Irão 57,8 45,8 40,7 7,3 7,3 6,8 1,6 1,5 1,3 19,7 19,4 18,9 5,8 5,8 5,7 Israel 61,8 61,3 60,8 16,0 16,3 16,2 2,6 1,8 1,8 21,7 20,8 21,5 6,0 5,6 5,3 Jordânia 73,4 68,5 61,6 5,0 5,8 5,9 2,5 2,3 2,4 30,0 26,7 25,7 4,4 4,3 4,2 Líbia 55,1 51,8 52,4 5,2 5,8 6,5 2,0 2,0 2,0 23,9 23,9 23,3 4,0 4,1 4,1 Marrocos 62,2 55,1 50,9 7,6 8,1 8,1 1,2 1,1 1,2 21,9 20,6 20,4 6,1 5,9 5,8 Tunísia 57,1 47,8 42,8 9,9 9,9 9,6 1,1 1,0 1,0 17,1 17,7 17,7 5,6 5,9 5,8 África Subsariana África do Sul 59,4 55,6 53,8 5,8 6,3 6,9 2,5 1,1 1,1 24,7 23,2 22,0 11,7 14,6 15,2 Angola 98,2 94,9 90,2 4,9 4,8 4,7 2,7 2,9 2,6 48,4 45,3 42,9 20,5 18,4 16,9 Cabo Verde 91,0 78,2 67,8 8,4 8,1 7,1 1,8 1,6 1,4 29,6 25,8 24,1 5,9 5,2 5,0 Guiné Bissau 82,8 84,9 85,5 6,4 6,3 6,4 2,3 2,4 2,2 43,2 42,1 41,2 19,0 18,0 17,2 Moçambique 88,0 89,6 89,6 5,9 6,1 6,2 2,6 2,5 2,3 43,8 41,8 39,2 17,0 16,5 15,9 Nigéria 88,1 85,7 84,0 5,6 5,7 5,7 2,4 2,4 2,3 42,6 41,1 39,8 18,1 16,9 16,4 S. Tomé e Principe 87,2 85,0 80,6 8,2 8,1 7,2 1,8 1,7 1,6 35,6 33,8 32,1 8,6 7,9 7,5

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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D. CAPITAL HUMANO

Taxa de Mortalidade Taxa de Fecundidade Esperança Média de Vida à Nascença Infantil Mortes (<1ano) Nascimentos por Mulher Total | Anos Mulheres | Anos Homens | Anos por 1000 Nascimentos 2000 2005 2009 2000 2005 2008 2000 2005 2008 2000 2005 2008 2000 2005 2008 Portugal 5,5 3,7 3,0 1,5 1,4 1,4 76,5 78,0 79,2 80,0 81,3 82,4 73,2 74,9 76,2 Área do Euro Alemanha 4,4 3,9 3,5 1,4 1,3 1,4 77,9 79,3 80,1 81,0 82,0 82,7 75,0 76,7 77,6 Áustria 4,4 4,1 3,3 1,4 1,4 1,4 78,0 79,4 80,4 81,1 82,2 83,3 75,1 76,7 77,8 Bélgica 4,6 4,0 3,8 1,7 1,7 1,8 77,6 78,9 80,1 80,8 81,9 82,9 74,6 76,2 77,5 Chipre 5,4 3,8 3,4 1,7 1,5 1,5 78,5 79,3 79,7 81,0 81,7 82,1 76,1 77,1 77,4 Eslováquia 7,8 6,8 5,8 1,3 1,3 1,3 73,2 74,0 74,8 77,4 78,1 79,0 69,2 70,2 70,8 Eslovénia 4,4 3,6 2,3 1,3 1,3 1,5 75,9 77,3 79,0 79,7 80,9 82,6 72,3 73,9 75,5 Espanha 4,3 3,9 3,5 1,2 1,4 1,5 79,0 80,2 81,1 82,5 83,7 84,3 75,6 77,0 78,0 Finlândia 3,5 3,0 2,5 1,7 1,8 1,8 77,5 79,0 79,8 81,0 82,5 83,3 74,2 75,6 76,5 França 4,3 3,8 3,2 1,9 1,9 2,0 78,9 80,2 81,5 82,7 83,8 85,2 75,3 76,8 78,0 Grécia 5,6 3,8 2,8 1,3 1,3 1,5 78,0 79,2 80,0 80,6 81,6 82,4 75,5 76,8 77,7 Holanda 5,1 4,5 3,7 1,7 1,7 1,8 78,0 79,4 80,4 80,6 81,7 82,5 75,5 77,3 78,4 Irlanda 6,1 4,4 3,5 1,9 1,9 2,1 76,5 79,4 79,9 79,2 81,7 82,3 74,0 77,3 77,5 Itália 4,7 3,7 3,4 1,2 1,3 1,4 79,5 80,8 81,9 82,6 83,6 84,8 76,6 78,0 79,3 Luxemburgo 4,0 3,2 1,5 1,8 1,6 1,6 77,9 79,4 80,5 81,1 82,3 83,1 74,8 76,7 78,1 Malta 6,0 5,5 6,1 1,7 1,4 1,4 78,2 79,3 79,6 80,3 81,4 82,3 76,2 77,3 77,1 União Europeia restante Bulgária 14,4 11,2 8,3 1,3 1,3 1,5 71,7 72,5 73,3 75,3 76,2 77,0 68,2 69,0 69,8 Dinamarca 4,5 4,4 3,3 1,8 1,8 1,9 76,8 78,2 78,7 79,1 80,5 81,0 74,5 76,0 76,5 Estónia 8,4 5,7 4,4 1,3 1,5 1,7 70,9 72,6 74,0 76,4 78,1 79,5 65,6 67,3 68,7 Hungria 8,4 6,4 5,1 1,3 1,3 1,4 71,2 72,8 74,0 75,6 77,2 78,3 67,1 68,7 70,0 Letónia 11,6 8,4 7,0 1,2 1,3 1,5 70,4 70,8 72,2 76,0 76,5 77,8 65,0 65,4 67,0 Lituânia 7,9 6,9 5,0 1,4 1,3 1,5 72,0 71,2 71,8 77,4 77,3 77,6 66,8 65,3 66,3 Polónia 8,0 6,5 5,6 1,3 1,2 1,4 73,7 74,9 75,5 78,0 79,3 80,0 69,7 70,8 71,3 Reino Unido 5,6 5,1 4,6 1,6 1,8 1,9 77,9 79,1 79,9 80,3 81,2 82,0 75,5 77,1 77,9 República Checa 4,3 3,5 2,8 1,1 1,3 1,5 75,0 76,0 77,2 78,4 79,3 80,5 71,7 72,9 74,1 Roménia 18,8 15,5 10,0 1,3 1,3 1,4 71,1 72,1 73,4 74,6 75,7 77,2 67,7 68,7 69,7 Suécia 3,4 2,9 2,3 1,5 1,8 1,9 79,6 80,6 81,2 82,0 82,9 83,3 77,4 78,5 79,3 Espaço Económico Europeu Noruega 3,8 3,2 2,8 1,9 1,8 2,0 78,6 80,2 80,7 81,4 82,7 83,2 76,0 77,8 78,4 Suíça 4,6 4,3 4,0 1,5 1,4 1,5 79,7 81,3 82,2 82,6 84,0 84,6 76,9 78,7 79,8 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 7,3 5,8 4,5 1,4 1,4 1,5 72,8 75,2 75,9 76,7 78,8 79,6 69,1 71,8 72,4 Macedónia 17,2 12,6 9,8 1,7 1,5 1,4 73,0 73,8 74,2 75,3 76,3 76,7 70,8 71,4 71,9 Rússia 20,5 14,8 11,1 1,2 1,3 1,5 65,3 65,5 67,8 72,0 72,4 74,2 59,0 58,9 61,8 Turquia 36,3 25,0 18,5 2,4 2,2 2,1 70,0 71,4 71,9 72,4 73,9 74,4 67,7 69,0 69,5 Ucrânia 16,6 14,7 13,3 1,1 1,2 1,4 67,9 68,0 68,3 73,6 74,0 74,3 62,4 62,2 62,5 Américas Argentina 18,8 15,4 13,0 2,5 2,3 2,2 73,8 74,8 75,3 77,6 78,6 79,2 70,1 71,1 71,7 Brasil 28,2 21,5 17,3 2,4 2,1 1,9 70,2 71,6 72,4 74,1 75,5 76,2 66,4 68,0 68,8 Canadá 5,3 5,3 5,3 1,5 1,5 1,6 79,2 80,3 81,0 81,9 82,7 83,3 76,7 78,0 78,8 Chile 9,4 7,8 7,0 2,1 2,0 1,9 76,8 78,2 78,6 79,9 81,4 81,7 73,8 75,3 75,6 EUA 7,1 6,9 6,8 2,1 2,1 2,1 77,0 77,7 78,4 79,8 80,4 81,0 74,4 75,2 76,0 México 22,1 17,6 14,7 2,7 2,2 2,1 74,0 74,4 75,1 76,8 77,2 77,5 71,3 71,8 72,7 Paraguai 25,4 21,9 19,4 3,7 3,3 3,0 70,1 71,3 71,9 72,3 73,4 74,0 67,9 69,2 69,8 Uruguai 15,4 13,0 11,3 2,2 2,0 2,0 74,9 75,6 76,0 79,0 79,4 79,7 71,0 72,0 72,4 Venezuela 19,9 17,2 15,3 2,8 2,7 2,5 73,3 73,2 73,5 76,2 76,2 76,6 70,5 70,3 70,6 Ásia e Pacífico Austrália 5,1 4,7 4,3 1,8 1,8 2,0 79,2 80,8 81,4 82,0 83,3 83,7 76,6 78,5 79,2 China 29,8 21,5 16,6 1,8 1,8 1,8 71,3 72,6 73,1 72,9 74,3 74,9 69,8 71,0 71,4 Coreia do Sul 5,9 5,2 4,5 1,5 1,1 1,2 75,9 78,4 79,8 79,6 81,9 83,3 72,3 75,1 76,5 Filipinas 29,3 27,5 26,2 3,5 3,2 3,1 69,5 71,0 71,8 71,6 73,3 74,1 67,4 68,9 69,7 Hong Kong ... ... ... 1,0 1,0 1,0 80,9 81,6 82,3 83,9 84,5 85,5 78,0 78,8 79,3 Índia 67,6 57,2 50,3 3,3 2,9 2,7 61,3 62,8 63,7 62,3 64,1 65,2 60,3 61,5 62,3 Indonésia 39,5 33,7 29,8 2,5 2,3 2,2 67,4 69,7 70,8 69,3 71,6 72,8 65,6 67,8 68,8 Japão 3,2 2,8 2,4 1,4 1,3 1,3 81,1 81,9 82,6 84,6 85,5 86,1 77,7 78,5 79,3 Macau ... ... ... 0,9 0,9 0,9 78,9 79,9 80,7 81,2 82,1 82,8 76,7 77,8 78,6 Malásia 9,1 7,0 5,7 3,0 2,7 2,6 72,5 73,7 74,4 75,0 76,1 76,8 70,2 71,4 72,1 Nova Zelândia 5,9 5,5 4,8 2,0 2,0 2,2 78,6 79,9 80,2 81,3 81,9 82,2 76,1 77,9 78,2 Singapura 3,0 2,2 2,3 1,4 1,3 1,3 78,1 80,0 80,7 80,1 82,5 83,2 76,1 77,6 78,4 Tailândia 17,3 14,1 12,0 1,8 1,8 1,8 68,2 68,4 68,9 73,0 72,3 72,1 63,6 64,7 65,8 Taiwan ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Timor Leste 83,9 61,4 48,1 7,1 6,8 6,5 56,2 59,7 61,1 57,0 60,5 62,0 55,5 58,9 60,3 Vietname 23,6 21,3 19,5 2,3 2,2 2,1 71,9 73,7 74,4 73,8 75,7 76,4 70,2 71,9 72,5 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 19,8 18,9 18,2 4,2 3,5 3,1 71,3 72,4 73,1 73,4 74,6 75,4 69,4 70,3 71,0 Argélia 39,6 33,4 29,0 2,6 2,4 2,4 70,0 71,6 72,4 71,3 73,0 73,9 68,8 70,4 71,0 Egipto 37,5 25,2 18,2 3,3 3,0 2,9 68,2 69,5 70,1 69,9 71,3 72,0 66,6 67,8 68,4 Irão 38,2 30,8 25,9 2,2 1,9 1,8 69,1 70,7 71,4 70,3 72,0 72,8 67,9 69,4 70,1 Israel 5,5 4,4 3,4 3,0 2,8 3,0 79,0 80,2 81,0 80,9 82,2 83,0 77,1 78,2 79,1 Jordânia 24,8 22,9 21,5 3,9 3,6 3,5 70,6 72,0 72,7 72,3 73,8 74,6 69,0 70,3 70,9 Líbia 23,0 19,3 16,8 3,2 2,9 2,7 72,5 73,6 74,3 75,2 76,3 77,0 70,0 71,1 71,8 Marrocos 46,3 38,6 33,2 2,7 2,4 2,4 68,7 70,4 71,3 70,9 72,7 73,6 66,6 68,3 69,1 Tunísia 23,0 20,0 17,9 2,1 2,0 2,1 72,6 73,5 74,3 74,7 75,5 76,3 70,6 71,6 72,4 África Subsariana África do Sul 54,3 52,4 43,1 2,9 2,7 2,5 55,8 51,8 51,5 58,8 53,8 53,1 52,9 49,8 50,0 Angola 125,8 109,5 98,1 6,8 6,2 5,8 43,5 45,5 47,0 45,4 47,5 49,1 41,7 43,6 45,1 Cabo Verde 33,3 27,4 23,3 3,7 3,0 2,7 68,7 70,2 71,0 71,4 72,9 73,8 66,1 67,6 68,4 Guiné Bissau 129,1 121,1 115,2 5,9 5,8 5,7 45,8 46,9 47,8 47,4 48,6 49,4 44,3 45,4 46,3 Moçambique 123,3 109,1 95,9 5,7 5,3 5,1 47,6 47,6 47,9 49,3 48,8 48,7 46,0 46,5 47,1 Nigéria 113,8 97,3 85,8 5,9 5,7 5,7 45,9 47,2 47,9 46,5 47,8 48,4 45,2 46,8 47,4 S. Tomé e Principe 56,4 53,9 52,0 4,6 4,1 3,8 63,7 64,8 65,5 65,5 66,7 67,5 62,1 63,0 63,7

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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D. CAPITAL HUMANO

Média de Anos Anos de Escolaridade População Adulta por Nível de Qualificação de Escolaridade Esperados

Anos Anos <Secundário Secundário e pós-Secundário Superior 2000 2005 2010 2000 2005 2010 2000 2008 2000 2008 2000 2008 Portugal 7,3 7,2 8,0 15,9 15,3 15,5 81 72 11 14 9 14 Área do Euro Alemanha 10,5 12,3 12,2 … 15,6 15,6 18 15 58 60 23 25 Áustria 9,1 9,6 9,8 15,3 15,1 15,0 24 19 62 63 14 18 Bélgica 10,0 10,6 10,6 18,2 15,9 15,9 41 30 31 37 27 32 Chipre 8,9 9,0 9,9 12,3 13,5 13,8 … … … … … … Eslováquia 11,2 11,6 11,6 13,3 14,4 14,9 16 10 73 75 10 15 Eslovénia 8,8 8,9 9,0 14,7 16,5 16,7 … 18 … 59 … 23 Espanha 9,1 9,8 10,4 15,9 16,0 16,4 62 49 16 22 23 29 Finlândia 8,2 10,2 10,3 17,7 17,2 17,1 27 19 41 44 32 37 França 9,3 9,8 10,4 15,6 16,2 16,1 37 30 41 43 22 27 Grécia 8,6 9,8 10,5 14,1 16,7 16,5 51 39 32 38 18 23 Holanda 10,8 11,0 11,2 16,5 16,4 16,7 35 27 41 41 23 32 Irlanda 11,2 11,4 11,6 16,7 17,6 17,9 54 31 28 36 19 34 Itália 9,0 8,8 9,7 15,1 16,0 16,3 58 47 33 39 9 14 Luxemburgo 9,7 9,9 10,1 13,5 13,4 13,3 44 32 38 40 18 28 Malta 9,0 9,6 9,9 13,9 14,8 14,4 … … … … … … União Europeia restante Bulgária 9,5 9,7 9,9 13,0 13,4 13,7 … … … … … … Dinamarca 10,0 10,1 10,3 16,3 16,9 16,9 21 25 52 42 26 32 Estónia 11,7 11,9 12,0 15,0 16,0 15,8 … 12 … 54 … 34 Hungria 11,2 11,5 11,7 14,2 15,2 15,3 31 20 55 61 14 19 Letónia 9,4 10,1 10,4 14,2 15,7 15,4 … … … … … … Lituânia 9,9 10,6 10,9 14,6 15,9 16,0 … … … … … … Polónia 9,5 9,7 10,0 14,7 15,2 15,2 20 13 69 68 11 20 Reino Unido 8,8 9,1 9,5 16,1 16,6 15,9 37 30 37 37 26 33 República Checa 11,9 13,1 12,3 13,9 15,0 15,2 14 9 75 76 11 14 Roménia 9,8 10,1 10,6 12,0 13,5 14,8 … … … … … … Suécia 11,0 11,7 11,6 18,9 15,8 15,6 22 15 47 53 30 32 Espaço Económico Europeu Noruega 11,5 12,7 12,6 17,5 17,4 17,3 15 19 57 45 28 36 Suíça 10,0 10,0 10,3 15,1 15,2 15,5 16 13 60 53 24 34 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 8,5 8,7 9,0 12,2 13,6 13,8 … … … … … … Macedónia 7,0 7,6 8,2 11,9 12,1 12,3 … … … … … … Rússia 8,6 8,7 8,8 12,5 13,5 14,1 … … … … … … Turquia 5,5 6,0 6,5 10,8 11,2 11,8 77 70 15 18 8 12 Ucrânia 10,7 11,1 11,3 12,9 14,2 14,6 … … … … … … Américas Argentina 8,6 8,9 9,3 14,8 15,3 15,5 … … … … … … Brasil 5,5 6,6 7,2 14,5 14,2 13,8 … 61 … 28 … 11 Canadá 11,1 11,3 11,5 15,9 16,0 16,0 19 13 41 38 40 49 Chile 8,8 9,3 9,7 12,9 14,1 14,5 … 32 … 46 … 22 EUA 13,2 12,4 12,4 15,2 15,7 15,7 13 11 51 48 36 41 México 7,1 7,9 8,7 12,1 13,0 13,4 71 66 14 18 15 16 Paraguai 5,9 7,0 7,8 11,8 12,0 12,0 … … … … … … Uruguai 8,0 8,0 8,4 13,9 15,1 15,7 … … … … … … Venezuela 5,6 5,9 6,2 10,8 12,5 14,2 … … … … … … Ásia e Pacífico Austrália 11,9 11,9 12,0 20,4 20,2 20,5 41 30 31 34 27 36 China 6,6 7,1 7,5 9,7 10,7 11,4 … … … … … … Coreia do Sul 10,6 11,1 11,6 15,8 16,3 16,8 32 21 44 43 24 37 Filipinas 8,0 8,3 8,7 11,4 11,6 11,5 … … … … … … Hong Kong 7,8 9,4 10,0 13,4 13,8 13,8 … … … … … … Índia 3,6 4,0 4,4 8,4 9,9 10,3 … … … … … … Indonésia 3,3 5,1 5,7 11,1 11,8 12,7 … … … … … … Japão 10,7 11,1 11,5 14,5 14,9 15,1 17 _ 49 57 34 43 Macau … … … … … … … … … … … … Malásia 8,1 8,9 9,5 11,8 12,7 12,5 … … … … … … Nova Zelândia 12,1 12,3 12,5 17,4 19,4 19,7 37 28 34 32 29 40 Singapura 7,6 8,1 8,8 … 14,4 14,4 … … … … … … Tailândia 5,4 5,9 6,6 12,0 13,5 13,5 … … … … … … Taiwan … … … … … … … … … … … … Timor Leste 2,8 2,8 2,8 … 11,2 11,2 … … … … … … Vietname 4,5 4,9 5,5 10,3 10,4 10,4 … … … … … … Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 6,6 7,2 7,8 10,9 13,2 13,5 … … … … … … Argélia 5,5 6,4 7,2 10,7 12,8 12,8 … … … … … … Egipto 4,7 5,6 6,5 11,6 11,0 11,0 … … … … … … Irão 5,1 6,1 7,2 12,2 13,0 14,0 … … … … … … Israel 11,6 11,9 11,9 14,9 15,4 15,6 … 19 … 37 … 44 Jordânia 7,3 8,0 8,6 12,5 12,8 13,1 … … … … … … Líbia 5,6 6,4 7,3 15,9 16,5 16,5 … … … … … … Marrocos 3,4 3,9 4,4 8,4 10,1 10,5 … … … … … … Tunísia 4,8 5,7 6,5 10,3 14,2 14,5 … … … … … … África Subsariana África do Sul 7,2 7,7 8,2 … 13,4 13,4 … … … … … … Angola 4,4 4,4 4,4 4,4 4,4 4,4 … … … … … … Cabo Verde 3,5 3,5 3,5 10,7 11,2 11,2 … … … … … … Guiné Bissau … 2,3 2,3 6,1 8,8 9,1 … … … … … … Moçambique 0,9 1,1 1,2 5,8 8,2 8,2 … … … … … … Nigéria … 5,0 5,0 7,5 8,9 8,9 … … … … … … S. Tomé e Principe 4,2 4,2 4,2 … 10,2 10,2 … … … … … …

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

Page 105: FICHA TÉCNICA - APB - Associação Portuguesa de Bancos · investimento em bens e serviços transaccionáveis de maior valor ... Espanha, Grécia, Portugal e ... desenvolvimento

D. CAPITAL HUMANO

População Activa Taxa de Actividade Taxa de Emprego Taxa de Emprego | Mulheres

Total | Milhões %Mulheres % da População % da População Activa % da População Activa 2000 2005 2008 2000 2005 2008 2000 2005 2008 2000 2005 2008 2000 2005 2008 Portugal 5,2 5,5 5,6 45,4 46,6 46,8 60,8 62,1 62,6 57,0 55,6 55,7 48,6 48,6 48,8 Área do Euro Alemanha 40,4 41,6 42,4 43,6 44,9 45,4 58,2 58,9 59,8 51,7 49,6 51,7 42,8 42,2 44,8 Áustria 3,9 4,1 4,3 43,8 45,0 45,5 58,3 59 60,7 53,7 53,3 54,5 44,0 45,4 47,3 Bélgica 4,4 4,6 4,8 43,0 44,2 44,9 52,1 53,3 53,7 46,7 46,2 46,5 37,7 38,9 39,7 Chipre 0,4 0,4 0,4 42,2 44,3 45,6 59,4 61,4 62,1 56,5 56,5 57,5 43,9 47,3 49,7 Eslováquia 2,6 2,7 2,7 45,6 44,8 44,7 59,7 59,6 59,3 47,7 48,5 52,6 41,7 40,9 44,2 Eslovénia 1,0 1,0 1,0 46,3 46,1 46,5 57,5 59,2 59,4 52,7 53,7 54,1 46,6 47,0 47,3 Espanha 18,0 20,9 22,8 39,6 41,4 43,0 52,6 56,4 58,6 43,9 49,2 48,6 30,8 37,9 38,9 Finlândia 2,7 2,6 2,7 47,7 48,2 48,1 63,2 60,6 61,5 53,3 53,4 54,7 48,0 49,1 50,4 França 26,4 27,9 28,6 45,6 46,5 47,0 55,2 56,1 56,3 47,0 47,9 47,9 39,6 41,7 42,2 Grécia 4,9 5,1 5,2 39,2 40,3 40,4 53 53,6 54 45,3 47,0 48,4 32,4 34,9 37,3 Holanda 8,1 8,6 8,9 43,1 44,8 45,5 62,8 64,4 66,2 58,4 57,2 59,3 48,3 49,7 52,3 Irlanda 1,8 2,1 2,2 40,5 42,1 42,8 59,1 62,2 63,2 55,0 57,4 57,8 43,5 47,7 49,7 Itália 23,2 24,6 25,2 38,7 40,0 40,4 47,6 48,9 49,1 41,0 42,7 43,6 28,5 31,5 33,4 Luxemburgo 0,2 0,2 0,2 39,7 42,2 43,3 53,2 55,3 55 50,0 50,7 51,2 37,8 40,8 43,1 Malta 0,2 0,2 0,2 30,3 31,2 33,7 50,0 49,5 50,5 44,5 44,2 45,2 24,8 26,4 29,4 União Europeia restante Bulgária 3,6 3,4 3,7 47,1 46,2 46,3 52,4 50,5 55,6 38,4 43,8 46,3 34,4 38,8 41,0 Dinamarca 2,9 2,9 3,0 46,6 46,8 46,9 65,8 65,9 66,1 60,0 59,5 60,3 53,8 53,0 54,8 Estónia 0,7 0,7 0,7 48,6 49,8 49,2 58,5 58,5 61,5 50,9 53,0 54,5 45,1 48,6 49,6 Hungria 4,2 4,3 4,3 44,6 45,6 45,4 49 50,1 50 44,9 45,0 44,8 37,7 38,0 37,9 Letónia 1,1 1,1 1,2 48,0 48,4 48,9 56 57,6 62,2 46,9 52,1 55,0 41,6 45,6 48,4 Lituânia 1,7 1,6 1,6 49,5 49,1 48,9 60,1 56,5 56,7 48,7 50,2 50,2 44,9 44,8 45,5 Polónia 17,4 17,6 17,7 46,0 45,4 44,8 56,2 55 54,6 46,1 43,8 48,2 39,2 37,1 41,3 Reino Unido 29,3 30,5 31,5 45,2 45,7 45,7 61,4 61,7 62,2 56,3 56,6 56,3 48,7 49,8 49,9 República Checa 5,1 5,2 5,2 44,5 44,1 43,4 60 59,3 58,5 53,6 52,8 54,3 44,5 43,6 45,7 Roménia 11,8 9,9 10,0 46,6 45,1 44,5 64,6 54 54,6 58,3 49,2 48,1 52,3 42,9 42,5 Suécia 4,5 4,8 5,0 47,6 47,4 47,4 62,4 64,4 65,1 57,0 56,6 57,6 52,3 52,0 53,0 Espaço Económico Europeu Noruega 2,4 2,5 2,6 46,5 47,1 47,6 67,3 66,1 68,4 62,1 60,8 62,3 56,1 55,7 57,7 Suíça 4,0 4,2 4,4 44,3 45,8 46,5 67,3 66,8 67,9 62,8 60,9 61,2 52,8 52,9 53,6 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 2,0 2,0 2,0 44,1 45,5 45,5 53,6 53,5 53,1 44,0 44,7 45,9 35,8 36,9 38,1 Macedónia 0,8 0,9 0,9 38,8 40,1 39,7 53 52,9 54,3 35,4 32,6 34,8 26,2 25,3 26,5 Rússia 72,3 74,4 76,0 48,4 49,4 49,7 60,4 61,2 62,8 53,4 55,7 56,7 47,3 50,1 51,3 Turquia 23,1 24,7 25,8 26,5 25,6 26,2 50,1 48,6 47,9 46,7 43,3 42,3 24,8 22,2 21,7 Ucrânia 23,4 23,2 23,1 49,1 48,9 48,9 57,7 57,8 58 48,9 52,5 53,5 43,3 46,9 48,3 Américas Argentina 16,3 18,3 19,1 38,6 40,6 41,1 60,9 63,9 64,1 50,0 54,2 56,5 36,5 41,1 43,9 Brasil 83,4 94,5 99,9 41,2 42,8 43,5 68 70,1 70,7 60,6 62,5 63,9 46,8 50,3 52,8 Canadá 16,3 17,8 18,7 45,7 46,5 46,9 65,3 66,7 67,3 58,9 60,0 61,2 52,4 54,3 56,4 Chile 6,1 6,8 7,7 33,4 35,4 37,5 54,6 55,3 59,5 49,3 50,5 49,6 31,8 34,2 34,9 EUA 147,9 153,1 158,4 45,8 45,9 46,1 66,8 65,4 65,4 62,0 60,0 59,2 54,7 53,2 52,9 México 39,5 43,3 46,7 32,9 34,7 36,0 60,3 60,6 61,9 58,3 57,9 57,1 37,2 39,0 39,1 Paraguai 2,3 2,7 2,9 36,9 38,6 38,7 68,9 70,2 71,8 67,7 72,0 72,8 56,4 63,4 65,1 Uruguai 1,5 1,6 1,6 41,9 43,2 43,7 61,8 63,0 63,9 54,7 55,4 56,4 42,3 43,3 45,1 Venezuela 10,1 11,9 12,7 36,0 38,2 39,1 62,9 65,2 65,2 53,6 56,4 61,3 37,0 41,8 47,2 Ásia e Pacífico Austrália 9,6 10,6 11,3 43,8 44,8 45,3 63,3 64,5 65,3 57,3 59,0 59,4 49,0 51,5 52,7 China 726,0 760,6 776,9 44,7 44,7 44,6 77,4 74,8 73,8 73,9 71,7 71,0 69,5 67,8 67,2 Coreia do Sul 22,7 23,9 24,4 40,9 41,6 41,9 60,9 61,4 60,8 57,8 58,6 58,1 46,7 47,8 47,3 Filipinas 31,5 35,5 37,9 37,3 38,3 38,2 65,1 64,5 63,8 58,3 59,8 60,1 43,5 45,9 46,0 Hong Kong 3,4 3,5 3,7 42,4 45,0 45,8 60,9 60,8 61 56,5 55,7 56,6 46,1 47,7 50,0 Índia 385,4 423,3 449,9 27,3 27,2 27,8 58,4 57,8 57,8 56,7 55,7 55,6 32,9 32,4 32,4 Indonésia 97,0 107,1 112,8 37,6 37,4 38,4 67,8 68,2 68,3 63,2 59,8 61,8 46,8 42,6 44,0 Japão 67,6 66,6 66,9 40,6 41,3 41,5 62,4 60,5 60,5 57,8 55,6 54,2 45,2 43,9 43,2 Macau 0,2 0,3 0,3 45,2 47,2 48,2 64,7 65,4 71,6 59,4 61,6 63,9 51,6 54,8 57,7 Malásia 9,7 11,0 11,7 34,8 35,0 35,2 62,8 62,4 62 60,7 60,1 60,5 42,6 42,3 43,2 Nova Zelândia 1,9 2,2 2,3 45,1 45,9 46,2 64,9 67,4 68,3 59,1 62,8 62,7 51,3 55,5 56,0 Singapura 2,1 2,2 2,6 40,0 40,9 41,7 65,5 65,4 65,1 60,8 60,7 61,6 48,0 49,5 50,9 Tailândia 34,3 37,3 38,5 46,3 46,3 46,2 73,5 73,4 73,2 71,8 72,5 71,5 64,9 65,9 64,5 Taiwan ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Timor Leste 0,3 0,4 0,4 40,3 40,8 40,9 68,2 70,7 70,9 64,8 65,4 66,8 52,0 52,5 54,3 Vietname 37,9 42,5 45,6 49,3 49,0 48,7 73,3 72,3 72,0 70,9 70,0 69,4 67,1 65,9 65,3 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 6,9 8,3 9,1 13,6 15,2 16,3 53,9 54,8 54,6 50,9 51,2 50,9 15,6 17,1 18,0 Argélia 11,1 13,2 14,5 28,3 30,3 31,2 55,2 57,1 58,3 38,4 47,7 49,4 21,4 29,1 32,1 Egipto 21,7 24,7 26,3 24,4 23,8 23,9 48,9 48 47,8 42,1 41,3 43,2 16,6 17,3 19,3 Irão 22,4 26,9 27,8 27,2 28,6 30,1 51,5 52,9 51,1 45,6 46,6 48,9 23,9 25,4 28,0 Israel 2,5 2,8 3,1 45,5 46,2 46,0 55,7 56,4 59,7 48,5 49,0 50,4 42,6 43,7 45,4 Jordânia 1,4 1,7 1,9 20,9 21,9 22,8 49,5 48,9 49,8 37,0 37,9 37,9 11,1 12,8 13,3 Líbia 1,8 2,2 2,3 21,3 22,2 21,9 50,5 52,3 52,2 46,4 47,6 48,6 20,2 21,8 23,5 Marrocos 10,2 11,1 11,8 26,4 25,8 26,1 53,4 52,3 52,4 45,6 45,9 46,1 22,7 22,2 22,0 Tunísia 3,2 3,6 3,8 24,7 26,0 26,6 48,1 47,7 48,1 40,2 40,6 41,0 19,5 20,8 21,2 África Subsariana África do Sul 15,3 17,3 18,7 43,5 44,0 43,7 52,3 53,5 55,3 38,7 38,7 41,1 31,8 31,9 34,6 Angola 6,2 7,3 8,0 46,7 46,7 46,8 82,5 82 81,2 76,3 76,2 76,4 68,5 69,2 70,3 Cabo Verde 0,2 0,2 0,2 39,7 41,9 42,9 62,6 64,6 65,8 55,7 55,2 55,7 40,5 41,7 43,9 Guiné Bissau 0,5 0,6 0,6 42,7 42,5 42,4 71,4 71,5 71,4 67,4 67,3 66,9 52,1 51,0 50,1 Moçambique 8,9 10,0 10,8 53,1 52,5 52,1 86,7 86,2 85,9 78,5 78,1 77,9 82,2 82,9 83,0 Nigéria 39,2 44,9 48,6 34,6 34,8 34,9 56 56 56,1 51,9 51,8 51,8 35,1 36,3 37,4 S. Tomé e Principe 0,0 0,1 0,1 37,0 37,4 37,9 57,3 58,9 59,7 ... ... ... ... ... ...

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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Page 106: FICHA TÉCNICA - APB - Associação Portuguesa de Bancos · investimento em bens e serviços transaccionáveis de maior valor ... Espanha, Grécia, Portugal e ... desenvolvimento

D. CAPITAL HUMANO

Taxa de Emprego Emprego por Sector de Actividade Taxa de Emprego Vulnerável | 15-24 anos % Empregada Peso da Agricultura | % Peso da Indústria | % Peso dos Serviços | % % do Emprego Total 2000 2005 2008 2000 2005 2007 2000 2005 2007 2000 2005 2007 2000 2005 2008 Portugal 41,8 35,8 35,1 12,5 11,8 11,6 34,4 30,6 30,5 53,0 57,5 57,8 19,8 19,1 18,5 Área do Euro Alemanha 47,7 42,6 44,3 2,6 2,3 2,2 33,5 29,7 29,8 63,7 67,8 67,9 5,9 7,4 6,8 Áustria 53,0 53,0 52,8 5,8 5,5 5,7 30,3 27,5 27,3 63,8 66,7 66,8 7,6 8,5 9,0 Bélgica 30,3 26,5 27,2 1,9 2,0 1,8 25,8 24,7 24,4 71,7 72,5 73,0 11,5 10,6 10,0 Chipre 44,3 35,4 35,7 5,2 4,7 4,4 23,3 24,1 22,5 67,4 70,3 72,4 17,6 15,8 14,4 Eslováquia 29,0 25,7 30,2 6,7 4,7 4,2 37,3 38,8 39,4 56,1 56,3 56,4 5,5 9,4 10,6 Eslovénia 31,2 32,6 32,3 9,5 8,8 10,2 37,4 37,2 34,2 52,3 53,3 54,7 12,3 11,3 11,0 Espanha 34,8 40,5 36,8 6,7 5,3 4,5 30,8 29,7 29,3 62,5 65,0 66,2 14,3 12,6 11,8 Finlândia 40,2 39,8 43,6 6,0 4,8 4,5 27,2 25,6 25,5 66,3 69,4 69,7 9,2 8,8 9,0 França 23,4 26,9 29,3 4,1 3,6 3,4 26,3 23,7 23,2 69,5 72,3 73,1 7,1 6,5 5,9 Grécia 28,1 25,8 27,6 17,4 12,4 11,5 22,6 22,4 22,5 60,0 65,1 65,9 34,0 28,4 27,0 Holanda 66,5 61,8 66,8 3,0 3,2 3,0 20,2 19,6 19,1 70,4 72,4 73,2 8,0 8,6 9,4 Irlanda 48,5 46,2 44,4 7,8 5,9 5,4 28,5 27,9 27,5 62,9 65,5 66,7 13,0 11,6 11,7 Itália 27,7 25,4 24,7 5,2 4,2 4,0 31,8 30,8 30,2 62,9 65,0 65,8 15,4 19,5 18,6 Luxemburgo 32,1 25,2 22,7 2,4 1,8 1,8 20,7 17,2 16,9 72,1 75,9 76,0 3,4 5,2 ... Malta 50,6 46,5 47,2 1,7 1,7 1,6 32,3 29,5 25,9 65,1 67,7 71,6 ... ... ... União Europeia restante Bulgária 17,9 23,4 26,5 13,1 8,9 7,5 32,7 34,2 35,5 53,6 56,6 56,9 14,0 10,2 8,7 Dinamarca 67,2 62,0 61,0 3,7 3,1 2,9 25,1 23,7 23,2 70,7 72,8 73,7 4,9 5,2 5,0 Estónia 32,3 28,7 29,3 7,2 5,3 4,7 33,3 34,0 35,2 59,5 60,7 60,1 5,9 5,4 ... Hungria 32,7 21,9 20,4 6,5 5,0 4,7 33,7 32,4 32,6 59,7 62,6 62,7 8,8 7,7 7,1 Letónia 28,4 32,3 35,1 14,5 12,1 9,9 26,3 25,8 28,4 59,1 61,8 61,5 10,6 8,2 6,8 Lituânia 25,5 21,2 18,0 18,7 14,0 10,4 26,8 29,1 30,7 54,5 56,9 59,0 18,0 14,9 9,4 Polónia 23,8 20,3 26,8 18,8 17,4 14,7 30,8 29,2 30,7 50,4 53,4 54,5 23,5 21,8 18,9 Reino Unido 61,1 58,1 55,8 1,5 1,3 1,4 25,3 22,2 22,3 72,8 76,2 76,0 9,1 10,1 10,5 República Checa 38,2 27,2 28,8 5,1 4,0 3,6 39,5 39,5 40,2 55,3 56,5 56,2 10,8 12,3 12,5 Roménia 36,2 25,5 24,0 42,8 32,1 29,5 26,2 30,3 31,4 31,0 37,5 39,1 42,4 33,5 31,2 Suécia 44,5 41,2 45,2 2,4 2,0 2,2 24,5 22,0 21,6 73,0 75,7 76,0 7,1 6,6 6,6 Espaço Económico Europeu Noruega 57,1 51,5 55,7 4,3 3,3 2,9 21,8 20,8 21,2 73,6 75,7 75,8 5,8 5,9 5,7 Suíça 64,9 59,9 63,1 4,5 3,8 3,9 25,7 23,7 23,8 69,8 72,5 72,4 10,9 9,6 ... Europa de Leste e Ásia Central Croácia 26,9 26,0 28,7 14,5 17,3 12,8 28,8 28,6 30,6 56,5 54,0 56,3 18,8 19,9 ... Macedónia 15,5 12,3 12,8 ... 19,5 18,2 ... 32,3 31,3 ... 48,0 50,1 21,4 22,4 ... Rússia 33,1 32,5 32,7 14,5 10,2 9,0 28,4 29,8 29,2 57,1 60,0 61,8 7,7 6,2 ... Turquia 37,9 32,8 30,7 36,0 29,5 26,4 24,0 24,8 25,5 40,0 45,8 48,0 46,3 40,7 35,3 Ucrânia 32,1 34,5 34,3 23,4 19,4 16,7 20,8 24,2 23,9 13,3 56,4 59,4 ... ... ... Américas Argentina 36,4 35,4 36,2 0,7 1,1 ... 22,7 23,5 ... 76,2 75,1 ... 22,8 21,4 18,8 Brasil 51,5 52,0 52,6 18,5 20,5 ... 21,2 21,4 ... 59,1 57,9 ... ... 28,4 ... Canadá 56,3 57,6 60,6 3,3 2,7 2,5 23,1 22,5 21,6 73,5 74,7 75,9 10,6 10,2 ... Chile 25,9 26,0 23,7 14,4 13,2 12,3 23,4 23,0 23,4 62,2 63,9 64,3 27,6 27,0 23,6 EUA 58,8 52,4 50,7 2,6 1,6 1,4 23,2 20,6 20,6 74,3 77,8 78,0 ... ... ... México 50,1 44,8 41,6 17,6 14,9 13,5 26,9 25,7 25,9 55,1 58,9 59,9 31,8 31,0 ... Paraguai 54,4 57,4 57,7 30,8 ... 29,5 17,4 ... 18,1 51,8 ... 52,4 48,1 ... ... Uruguai 42,8 39,1 38,6 4,1 4,6 11,0 24,7 21,9 21,7 71,3 73,5 67,2 23,3 24,7 ... Venezuela 33,6 34,7 39,5 10,2 ... 8,7 22,3 ... 23,3 67,4 ... 67,7 36,9 ... 29,8 Ásia e Pacífico Austrália 62,1 63,4 64,1 5,0 3,6 3,4 21,7 21,1 21,2 73,3 75,0 75,1 10,4 9,8 ... China 61,4 55,1 54,5 46,3 ... ... 17,3 ... ... 12,7 ... ... ... ... ... Coreia do Sul 31,0 31,0 27,7 10,6 7,9 7,4 28,1 26,8 25,9 61,2 65,1 66,6 30,0 26,3 ... Filipinas 38,3 39,5 39,2 37,4 37,0 36,1 16,0 14,9 15,1 46,5 48,1 48,8 45,6 45,1 ... Hong Kong 41,9 39,6 37,8 0,3 0,3 0,2 20,3 15,0 14,2 79,4 84,7 85,6 5,7 7,7 ... Índia 41,9 40,2 39,6 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Indonésia 45,1 36,7 40,8 45,3 44,0 41,2 17,4 18,7 18,8 37,3 37,2 39,9 64,9 63,4 ... Japão 42,4 40,7 40,4 5,1 4,4 4,2 31,2 27,9 27,9 63,1 66,4 66,7 13,8 12,1 ... Macau 37,3 35,8 36,1 0,2 0,1 0,1 28,2 25,0 21,2 71,5 74,7 78,6 8,4 6,4 ... Malásia 44,6 44,0 44,5 18,4 14,6 14,8 32,2 29,7 28,5 49,5 55,6 56,7 22,8 21,2 ... Nova Zelândia 54,6 56,8 56,3 8,7 7,1 7,2 23,2 22,0 21,9 67,7 70,6 70,5 13,6 12,0 ... Singapura 43,7 37,9 37,6 ... ... 1,1 33,8 ... 22,6 65,5 ... 76,2 4,6 ... ... Tailândia 48,8 49,2 45,6 48,5 42,6 41,7 17,9 20,2 20,7 33,5 37,1 37,4 57,1 53,1 ... Taiwan ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Timor Leste 50,5 55,3 58,1 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Vietname 56,3 53,6 51,1 65,3 ... ... 12,4 ... ... 22,3 ... ... 80,1 ... ... Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 26,8 25,1 24,7 6,1 ... 4,7 19,9 ... 19,8 73,9 ... 75,4 ... ... ... Argélia 22,0 31,5 30,6 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Egipto 23,9 19,8 23,1 29,6 30,9 ... 21,3 21,5 ... 49,1 47,5 ... 22,9 25,3 ... Irão 32,3 33,4 36,2 ... 24,9 22,8 ... 30,4 32,0 ... 44,6 45,1 ... 43,2 ... Israel 29,0 26,8 27,1 2,2 2,0 1,6 24,0 21,7 21,9 73,0 75,6 75,6 7,1 7,5 ... Jordânia 22,4 21,7 19,8 4,9 ... ... 21,8 ... ... 72,8 ... ... ... ... ... Líbia 27,2 28,3 27,4 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Marrocos 37,3 36,0 34,7 ... 45,4 ... ... 19,5 ... ... 35,0 ... 30,0 57,7 ... Tunísia 24,8 22,8 22,3 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... África Subsariana África do Sul 16,2 13,5 14,6 15,6 7,5 8,8 24,2 25,6 26,0 59,4 66,6 64,9 ... ... ... Angola 70,3 69,3 68,6 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Cabo Verde 47,2 41,6 38,1 ... ... ... ... ... ... ... ... ... 39,6 ... ... Guiné Bissau 61,2 62,4 63,1 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Moçambique 66,7 65,9 65,7 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Nigéria 27,9 25,8 24,2 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... S. Tomé e Principe ... ... ... 27,9 ... ... 19,2 ... ... 52,4 ... ... ... ... ...

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

Page 107: FICHA TÉCNICA - APB - Associação Portuguesa de Bancos · investimento em bens e serviços transaccionáveis de maior valor ... Espanha, Grécia, Portugal e ... desenvolvimento

E. SUSTENTABILIDADE

121 Índice de Desenvolvimento Humano | Ranking

122 Rendimento Nacional Bruto per capita

123 Produto Interno Bruto per capita

124 Consumo das Famílias per capita

125 Desigualdade na Repartição do Rendimento | Índice de Gini

126 Posição da Dívida Externa Bruta

127 Quota Pública da Dívida Externa

128 Dívida Pública

129 Receitas Públicas Menos Despesas Públicas

130 Receitas Públicas

131 Despesas Públicas

132 Juros Pagos em Percentagem da Receita

133 Poupança Bruta

134 Reservas

135 Reservas em Meses de Importações

136 Índice de Preços no Consumidor

137 Taxa de Desemprego

138 Poupanças Líquidas Ajustadas

139 Pegada Ecológica

140 Reserva Ecológica

141 Intensidade Energética

142 Intensidade do Carbono

143 Importações Energéticas Líquidas

144 População na Maior Área Metropolitana

145 Voz e Responsabilização | Índice

146 Estabilidade Política e Ausência de Violência | Índice

147 Eficácia do Estado | Índice

148 Qualidade Regulatória | Índice

149 Cumprimento da Lei | Índice

150 Controlo da Corrupção | Índice

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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E. SUSTENTABILIDADE

Índice de Desenvolvimento Rendimento Nacional Produto Interno Bruto Consumo das Famílias Desigualdade na Humano Bruto Per Capita Per Capita Per Capita Repartição do Rendimento

ranking 169 % do 1.º PPC | $ PPC | $ (2000) PPC | $ (2000) Índice de Gini (0-100) posição 2010 2000 2005 2010 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2008 valor ranking 134 ano Portugal 40 85 83 85 16 670 20 120 22 870 11 016 11 156 11 039 7 037 7 320 7 656 38,5 72 2007 Área do Euro Alemanha 10 … 94 94 25 700 31 710 36 960 23 152 23 757 24 189 13 607 13 763 13 926 27,0 125 2006 Áustria 25 90 90 91 28 290 33 150 38 550 23 886 25 235 25 957 13 086 13 795 14 202 26,0 127 2007 Bélgica 18 94 92 92 28 180 32 590 36 520 22 754 24 130 24 490 12 197 12 583 12 945 28,0 121 2005 Chipre 35 84 85 86 18 150 23 390 ... 13 399 14 368 15 170 8 700 9 504 10 984 29,0 117 2005 Eslováquia 31 84 85 87 10 810 15 500 21 600 3 791 4 812 5 827 3 000 3 785 4 527 26,0 130 2005 Eslovénia 29 85 87 88 17 490 23 300 26 340 10 018 11 894 12 718 5 740 6 532 7 242 28,4 120 2008 Espanha 20 91 91 92 21 140 26 860 31 630 14 422 15 835 15 941 8 604 9 488 9 727 32,0 102 2005 Finlândia 16 90 93 93 25 490 30 630 34 430 23 543 26 286 26 344 11 636 13 445 14 555 29,5 115 2007 França 14 91 92 93 25 680 30 220 33 980 21 862 22 981 23 086 12 213 13 289 13 761 32,7 98 2008 Grécia 22 86 90 91 18 460 23 930 28 440 11 614 14 112 15 346 8 323 10 051 10 966 33,0 96 2005 Holanda 7 95 94 95 30 040 35 320 40 510 24 196 25 200 25 987 12 197 12 453 12 813 30,9 107 2007 Irlanda 5 94 95 95 24 690 32 640 33 280 25 394 30 236 28 534 12 213 13 941 … 30,7 108 2007 Itália 23 90 90 91 25 400 27 870 31 330 19 213 19 556 18 643 11 546 11 654 11 594 32,0 101 2006 Luxemburgo 24 92 92 91 46 750 56 110 57 640 46 392 52 060 53 248 18 923 19 239 19 571 26,0 132 2005 Malta 33 86 86 87 17 830 19 880 … 10 010 10 187 10 689 6 575 … … 26,0 128 2007 União Europeia restante Bulgária 58 76 78 79 5 990 9 260 12 290 1 574 2 128 2 476 1 081 1 481 1 716 29,8 114 2008 Dinamarca 19 92 92 92 28 220 33 420 37 720 30 004 31 453 30 760 14 294 15 717 16 541 29,0 118 2007 Estónia 34 83 86 87 9 530 15 870 18 890 4 107 6 098 5 955 2 299 3 618 4 325 34,0 91 2008 Hungria 36 84 86 86 11 740 16 060 18 570 4 688 5 856 5 857 2 953 3 994 4 036 28,0 122 2005 Letónia 48 78 82 82 8 010 12 880 16 510 3 300 5 066 4 984 2 065 3 242 4 328 36,0 84 2005 Lituânia 44 80 83 83 8 460 13 860 16 740 3 266 4 871 5 220 2 111 3 312 4 322 36,0 85 2005 Polónia 41 82 83 85 10 470 13 480 18 440 4 456 5 219 6 340 2 811 3 271 3 801 34,9 87 2005 Reino Unido 26 90 91 91 26 020 33 340 37 360 24 987 27 552 27 359 16 445 18 549 19 402 34,0 92 2005 República Checa 28 88 90 90 14 650 19 450 23 610 5 547 6 684 7 352 2 898 3 397 3 811 26,0 131 2005 Roménia 50 75 79 82 5 610 9 280 14 460 1 672 2 262 2 657 1 303 1 981 2 349 32,0 103 2008 Suécia 9 97 95 94 27 530 32 970 38 560 27 716 30 729 30 579 13 688 14 892 15 331 23,0 134 2005 Espaço Económico Europeu Noruega 1 99 100 100 35 640 47 610 56 050 37 531 40 511 41 402 16 191 18 691 20 408 25,0 133 2008 Suíça 13 94 93 93 34 060 39 050 ... 34 972 35 972 37 924 20 826 21 490 ... 33,7 93 2008 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 51 79 81 82 10 580 14 830 19 170 4 738 5 998 6 427 2 971 3 779 4 204 29,0 116 2008 Macedónia 71 72 73 75 5 850 7 580 10 550 1 783 1 890 2 169 1 327 1 466 1 833 39,0 68 2003 Rússia 65 72 74 77 6 650 11 570 18 390 1 771 2 441 2 808 820 1 325 1 877 42,3 53 2008 Turquia 83 69 70 72 8 730 10 840 13 730 4 011 4 679 4 785 2 828 3 407 3 610 41,0 56 2007 Ucrânia 69 71 75 76 3 120 5 520 6 190 640 967 997 345 645 986 31,0 105 2006 Américas Argentina 46 80 80 83 8 710 10 430 14 120 7 698 8 101 9 927 5 436 5 400 6 561 45,7 38 2008 Brasil 73 71 73 75 6 700 8 380 10 260 3 702 3 975 4 406 2 382 2 452 2 904 56,7 10 2005 Canadá 8 95 94 95 27 670 34 450 37 590 23 623 25 406 25 312 13 043 14 516 - 32,1 100 2005 Chile 45 80 82 83 8 880 11 090 13 430 4 877 5 669 6 059 3 113 3 721 4 309 54,9 14 2003 EUA 4 98 96 96 35 190 42 780 46 730 33 705 35 888 35 714 23 884 26 357 … 45,0 42 2007 México 56 76 78 80 8 960 12 380 14 110 6 397 6 628 6 525 3 975 4 408 4 762 48,2 28 2008 Paraguai 96 65 66 68 3 310 3 900 4 430 1 326 1 363 1 426 1 051 1 013 1 144 53,2 17 2009 Uruguai 52 78 79 82 8 040 9 400 12 910 6 872 6 926 8 642 5 290 5 014 6 244 45,2 41 2006 Venezuela 75 70 71 74 8 230 9 770 12 370 4 800 4 972 5 640 2 494 2 872 4 096 41,0 57 2009 Ásia e Pacífico Austrália 2 100 99 100 25 700 31 520 38 210 20 845 23 113 24 259 12 426 14 183 14 938 30,5 110 2006 China 89 62 66 71 2 290 4 130 6 770 958 1 462 2 131 439 572 727 41,5 54 2007 Coreia do Sul 12 89 91 93 17 130 22 760 27 310 11 488 13 968 15 565 6 215 7 298 8 025 31,3 104 2007 Filipinas 97 66 66 68 2 390 2 920 3 540 977 1 106 1 226 680 779 861 46,0 37 2006 Hong Kong 21 88 90 92 26 090 35 720 ... 25 368 30 088 33 467 14 966 16 068 18 303 53,3 16 2007 Índia 119 48 52 55 1 530 2 290 3 260 449 580 742 290 433 528 36,8 79 2004 Indonésia 108 55 60 64 2 160 3 060 4 060 _ 948 1 124 496 565 622 39,0 66 2005 Japão 11 94 94 94 25 950 31 000 33 280 36 837 39 071 38 958 20 682 21 816 … 38,1 74 2002 Macau … ... … … 19 920 33 460 ... 13 839 22 211 32 033 5 569 6 476 7 794 ... ... ... Malásia 57 76 78 79 8 210 11 220 13 530 4 030 4 612 4 974 1 763 2 220 ... 46,1 36 2002 Nova Zelândia 3 95 96 97 19 450 23 130 ... 13 613 15 518 15 409 7 819 9 209 … 36,2 83 1997 Singapura 27 … 89 80 32 300 42 220 49 850 23 073 26 879 28 019 9 725 ... ... 48,1 29 2008 Tailândia 92 66 68 70 4 770 6 420 7 640 1 968 2 387 2 626 1 105 1 357 1 431 43,0 50 2006 Taiwan … … … … ... ... ... 14 478 16 553 17 735 ... ... ... ... ... ... Timor Leste 120 … 46 54 780 1 490 ... ... 334 376 433 ... ... ... ... ... Vietname 113 56 58 61 1 370 2 100 2 850 396 532 667 267 348 439 37,0 78 2004 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 55 75 79 80 17 220 21 610 ... 9 056 9 611 9 815 3 334 3 547 ... ... ... ... Argélia 84 66 70 72 5 040 6 820 8 130 1 796 2 117 2 197 747 927 992 35,3 86 1995 Egipto 101 62 63 66 3 510 4 310 5 690 1 419 1 613 1 865 1 079 1 144 1 301 34,4 90 2001 Irão 70 68 71 75 6 680 9 140 11 490 1 539 1 896 2 175 755 993 ... 44,5 45 2006 Israel 15 92 92 93 21 480 23 150 27 040 20 328 20 558 22 287 10 590 10 901 11 861 39,2 67 2008 Jordânia 82 68 70 73 3 180 4 490 5 840 1 743 2 070 2 378 1 422 1 673 2 004 39,7 63 2007 Líbia 53 … 78 80 ... 13 570 16 430 7 196 8 610 9 673 2 908 ... ... ... ... ... Marrocos 114 54 58 60 2 470 3 450 4 450 1 284 1 548 1 811 781 898 1 050 40,9 58 2005 Tunísia 81 67 70 73 4 510 6 080 7 820 2 057 2 448 2 885 1 235 1 508 1 692 40,0 62 2005 África Subsariana África do Sul 110 … 63 64 6 490 8 420 10 060 2 961 3 341 3 592 1 902 2 195 2 485 65,0 2 2005 Angola 146 38 40 43 1 820 3 140 4 970 640 899 1 317 ... ... ... ... ... ... Cabo Verde 118 55 56 57 1 930 2 590 3 530 1 228 1 468 1 824 1 114 1 395 1 596 ... ... ... Guiné Bissau 164 … 30 31 470 480 ... 165 143 147 156 196 181 ... ... ... Moçambique 165 25 28 30 420 630 880 236 316 382 185 216 252 47,3 33 2002 Nigéria 142 … 43 45 1 110 1 530 1 980 372 545 688 ... ... ... 43,7 46 2003 S. Tomé e Principe 127 … 50 52 ... 1 380 1 850 547 686 801 ... ... ... 38,0 75 2002

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

Page 109: FICHA TÉCNICA - APB - Associação Portuguesa de Bancos · investimento em bens e serviços transaccionáveis de maior valor ... Espanha, Grécia, Portugal e ... desenvolvimento

E. SUSTENTABILIDADE

Posição da Dívida Externa Bruta Dívida Pública Receitas menos Receitas Públicas Despesas Públicas Juros Pagos Despesas Públicas

4.º Trimestre 2009 % PIB % PIB %PIB %PIB % Receita $ Milhões % PIB % Pública 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2008 Portugal 548 134 235 26,0 48,5 62,8 76,3 -1,1 -2,5 -9,3 38,2 39,9 38,8 39,3 42,4 48,0 7 Área do Euro Alemanha 5 124 906 154 25,4 59,7 68,0 73,5 1,3 -3,3 -3,1 46,4 43,5 44,4 45,1 46,8 47,6 6 Áustria 831 601 218 26,5 66,5 63,9 67,1 -1,9 -1,8 -3,5 50,3 48,4 48,8 52,1 50,2 52,3 7 Bélgica 1 436 925 304 21,2 107,5 91,7 96,8 0,0 -2,7 -5,9 49,0 49,3 48,0 49,1 52,0 54,0 9 Chipre ... ... ... 48,7 69,1 56,2 -2,3 -2,4 -6,1 34,7 41,2 40,3 37,0 43,6 46,4 10 Eslováquia 65 854 75 17,0 50,3 34,2 35,7 -12,3 -2,8 -6,8 39,9 35,2 34,0 52,2 38,0 40,8 4 Eslovénia 58 022 119 16,3 26,8 27,0 29,4 -1,2 -1,0 -5,6 40,5 41,7 41,3 41,7 42,7 46,8 3 Espanha 2 545 095 173 16,9 59,3 43,0 53,1 -1,0 1,0 -11,2 38,1 39,4 34,6 39,1 38,4 45,8 5 Finlândia 404 992 170 23,1 43,8 41,7 43,9 6,8 2,6 -2,4 50,6 47,6 47,0 43,8 45,0 49,4 3 França 5 204 518 196 25,5 57,3 66,4 78,1 -1,5 -3,0 -7,6 50,2 50,4 48,4 51,6 53,4 56,0 6 Grécia 587 562 178 53,8 103,4 100,0 115,2 -3,7 -5,1 -13,6 43,0 38,5 36,9 46,6 43,6 50,4 12 Holanda 2 400 650 301 14,5 53,8 51,8 61,8 2,0 -0,3 -5,0 46,1 44,5 45,0 44,2 44,8 50,0 4 Irlanda 2 384 730 1 072 4,5 37,8 27,2 65,5 4,8 1,6 -14,6 35,3 34,6 34,4 30,5 32,9 49,0 3 Itália 2 551 151 120 44,6 109,2 105,8 115,8 -0,9 -4,4 -5,2 45,3 43,8 46,6 46,2 48,2 51,9 13 Luxemburgo 2 201 694 4 199 0,1 6,2 6,1 16,5 6,0 0,0 -0,7 43,6 41,5 41,8 37,6 41,5 42,5 1 Malta 42 759 534 0,8 55,9 69,9 68,7 -6,2 -2,9 -3,8 34,8 41,8 40,2 41,0 44,7 44,0 8 União Europeia restante Bulgária 55 424 118 7,3 ... 31,3 16,1 ... 2,4 -0,9 ... 39,8 36,3 ... 37,4 37,2 2 Dinamarca 605 621 195 8,5 60,4 45,4 41,4 1,8 4,8 -2,8 55,8 57,8 55,6 54,0 53,0 58,4 3 Estónia 25 042 130 4,8 5,1 4,6 7,1 -0,9 1,6 -2,1 34,0 36,8 45,5 35,0 35,2 47,6 0 Hungria 237 157 183 26,5 54,7 61,8 78,3 -4,3 -7,9 -4,1 43,8 42,2 45,7 48,2 50,1 49,8 10 Letónia 41 819 161 16,2 12,3 11,8 32,8 -2,5 -1,3 -7,8 34,2 35,3 36,2 36,7 36,6 44,0 1 Lituânia 33 197 89 23,4 23,7 18,5 29,5 -4,0 -0,5 -8,9 32,2 33,1 34,4 36,2 33,6 43,3 2 Polónia 281 094 65 31,2 36,8 47,1 50,9 -3,0 -4,1 -7,1 38,1 39,4 37,3 41,1 43,4 44,4 7 Reino Unido 9 337 345 429 4,3 40,9 42,1 68,5 1,3 -3,3 -10,3 37,9 37,3 36,9 36,6 40,6 47,2 6 República Checa 86 549 45 22,9 18,5 29,7 35,3 -3,7 -3,6 -5,9 38,1 41,4 40,2 41,8 45,0 46,1 4 Roménia 117 263 73 16,7 ... 20,4 29,9 -4,0 -0,7 -7,4 31,0 31,4 31,8 35,0 32,1 39,2 2 Suécia 889 868 219 7,8 53,2 50,4 41,6 3,7 2,0 -0,8 56,4 53,8 51,9 52,7 51,8 52,7 4 Espaço Económico Europeu Noruega 558 321 147 14,1 34,2 49,1 54,3 15,4 15,1 9,9 54,7 57,0 56,0 39,3 41,9 46,1 2 Suíça 1 211 704 246 1,6 51,8 52,6 39,0 2,4 -0,3 1,4 36,1 37,0 38,1 33,7 37,3 36,7 ... Europa de Leste e Ásia Central Croácia 64 711 96 11,5 ... 38,4 35,4 ... -2,8 -3,2 ... 39,2 38,7 ... 42,1 41,9 4 Macedónia 5 505 59 27,5 47,9 39,5 23,5 2,5 0,2 -2,6 36,2 35,2 30,3 33,7 35,0 33,0 2 Rússia 467 230 38 6,7 59,9 14,2 10,9 3,3 8,2 -6,2 36,2 41,0 34,3 32,8 32,8 40,5 1 Turquia 268 313 44 28,7 51,3 52,3 45,5 ... 0,0 -5,6 ... 32,4 31,7 n/a 32,4 37,3 24 Ucrânia 103 323 88 15,4 45,3 17,7 34,6 -3,3 -2,3 -6,2 33,4 41,8 42,2 36,7 44,1 48,5 1 Américas Argentina 116 652 38 50,5 45,0 86,8 59,0 -3,6 -1,8 -3,7 24,6 29,4 33,9 28,2 31,2 37,6 ... Brasil 277 563 18 23,2 66,7 69,2 68,9 -3,4 -3,4 -3,2 31,9 35,8 36,1 35,3 39,2 39,3 15 Canadá 970 444 73 21,2 82,1 71,6 81,6 2,9 1,5 -5,5 43,5 40,7 38,3 40,6 39,2 43,8 10 Chile 74 041 46 3,5 13,7 7,3 6,2 ... 4,7 -4,3 23,8 25,8 21,7 ... 21,1 26,0 2 EUA 13 767 867 98 26,9 54,8 61,6 84,3 ... -3,2 -12,9 ... 32,9 30,4 ... 36,1 43,3 12 México 201 677 23 34,9 45,5 39,8 44,9 -3,3 -1,4 -4,9 19,3 20,8 22,2 22,6 22,2 27,1 ... Paraguai 4 118 29 52,7 40,7 38,0 18,0 -4,6 0,9 0,5 21,3 21,4 23,2 25,8 20,6 22,7 3 Uruguai 12 770 41 84,3 ... 77,6 60,7 -3,3 -0,5 -1,7 28,4 30,8 30,4 31,8 31,3 32,1 11 Venezuela ... ... ... 31,9 33,7 36,4 4,5 4,1 -8,2 32,7 37,6 24,9 28,3 33,5 33,0 ... Ásia e Pacífico Austrália 1 034 060 104 6,9 19,3 10,7 17,6 1,7 2,4 -4,1 36,3 36,3 33,3 34,6 33,9 37,4 3 China ... ... ... 16,4 17,6 18,6 -3,3 -1,4 -3,0 13,8 17,2 20,0 17,1 18,6 23,0 ... Coreia do Sul 401 922 48 6,9 16,7 27,7 32,6 3,4 2,1 0,0 22,5 22,1 24,0 19,1 20,0 24,0 6 Filipinas … … … 62,1 62,8 48,9 -4,5 -3,0 -3,4 15,5 15,0 14,6 19,9 17,9 18,6 24 Hong Kong 672 976 320 ... ... 1,9 1,0 -0,6 1,1 1,6 17,2 18,6 19,0 17,8 17,5 17,5 ... Índia 252 298 20 26,5 71,4 79,3 74,2 -9,3 -6,4 -9,6 16,6 18,4 18,9 26,0 24,8 28,5 23 Indonésia 172 871 32 53,0 95,1 46,3 28,6 -2,0 0,6 1,6 14,6 19,4 15,6 16,6 18,8 17,2 … Japão 2 086 400 41 32,3 142,1 191,6 217,6 -7,6 -4,8 -10,2 29,6 29,4 29,5 37,3 34,2 39,7 ... Macau ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Malásia 76 376 40 5,2 35,3 44,4 55,4 -4,4 -3,0 -5,5 21,3 23,7 27,0 25,8 26,6 32,5 - Nova Zelândia ... ... 31,4 22,3 26,2 2,1 4,7 -2,8 33,6 36,5 31,2 32,0 32,7 34,7 ... Singapura ... ... ... 81,2 93,5 106,2 10,0 5,7 -0,8 28,7 20,2 19,0 18,7 14,5 19,8 0 Tailândia 75 308 29 5,0 57,8 47,3 45,2 -1,8 1,5 -3,2 17,6 22,6 20,8 19,3 21,1 24,0 5 Taiwan ... ... ... 25,4 34,9 40,4 -6,0 -1,8 -5,8 19,5 21,3 18,3 25,6 23,1 24,1 ... Timor Leste ... ... ... ... ... ... 2,5 102,0 238,2 20,2 130,3 347,0 17,7 28,2 108,7 ... Vietname … … … … 42,2 49,0 -4,3 -3,7 -9,0 20,4 25,4 24,4 24,6 29,0 33,3 … Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita ... ... ... 87,2 38,9 16,0 6,2 21,9 -2,4 41,8 53,9 42,2 35,6 32,1 44,5 ... Argélia ... ... ... ... ... ... 9,8 13,7 -5,3 38,5 40,9 36,2 28,7 27,2 41,6 1 Egipto 33 287 18 77,8 ... 112,8 76,2 ... -8,4 -7,0 ... 24,8 27,8 ... 33,2 34,8 16 Irão ... ... ... 20,7 23,7 21,6 6,1 1,7 … 24,2 30,3 25,7 18,1 28,6 27,4 1 Israel 92 109 47 31,2 84,4 93,5 77,6 -2,2 -2,2 -5,4 46,0 44,1 36,9 48,1 46,2 42,4 9 Jordânia 14 273 57 33,9 100,5 84,3 61,4 -3,8 -5,6 -8,1 30,0 33,3 25,1 33,8 38,8 33,2 7 Líbia ... ... ... 43,3 1,0 0,0 13,5 29,4 9,4 41,8 62,9 64,7 28,2 33,5 55,3 ... Marrocos 25 255 28 39,9 73,7 64,6 47,7 -2,2 -4,2 -2,6 23,6 24,2 26,4 25,8 28,4 29,0 4 Tunísia 22 122 51 51,1 65,9 52,5 42,8 -2,3 -2,8 -1,5 26,7 26,5 29,3 29,0 29,3 30,8 7 África Subsariana África do Sul 79 253 28 27,5 42,0 33,7 30,1 -1,5 0,0 -5,2 23,5 26,1 26,9 25,1 26,1 32,1 8 Angola ... ... ... 104,5 33,7 38,3 -6,1 7,3 -8,6 52,4 40,7 30,9 58,6 33,3 39,5 ... Cabo Verde ... ... ... ... 96,4 70,8 ... -6,6 -6,4 ... 30,9 29,3 ... 37,5 35,7 4 Guiné Bissau ... ... ... 205,7 209,8 163,3 -3,9 -6,0 2,8 21,2 15,4 24,7 25,1 21,4 21,8 ... Moçambique ... ... ... 131,9 81,0 29,3 -1,7 -2,8 -5,6 21,9 20,1 27,4 23,7 22,9 32,9 ... Nigéria ... ... ... 84,2 28,6 15,5 5,9 9,3 -10,3 42,1 37,9 19,9 36,2 28,7 30,3 ... S. Tomé e Principe ... ... ... ... 282,8 65,8 51,5 37,1 -19,1 62,3 81,0 32,3 10,8 44,0 51,4 ...

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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E. SUSTENTABILIDADE

Poupança Bruta Reservas Reservas em meses Índice de Preços Taxa de Desemprego de importações no Consumidor

% PIB $ Mil Milhões Meses base 2005 =100 % da população activa 2000 2005 2008 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2009 2000 2005 2009 Portugal 17 13 10 15,1 10,4 15,8 3,2 1,5 1,8 85,5 107,5 4,0 7,7 9,6 Área do Euro Alemanha 20 22 26 82,1 101,7 179,0 1,4 1,0 1,5 92,7 107,0 7,5 10,6 7,5 Áustria 24 25 27 15,6 11,8 17,9 2,1 0,8 1,0 90,4 107,5 3,6 5,2 4,8 Bélgica … 24 23 13,6 12,0 23,9 ... 0,4 0,7 90,1 108,2 6,9 8,5 7,7 Chipre 15 14 5 2,4 4,4 1,3 3,6 4,9 0,9 87,3 110,2 4,9 5,3 5,3 Eslováquia 22 20 22 4,2 14,9 0,7 3,2 4,3 0,1 75,2 114,1 18,8 16,2 12,1 Eslovénia 24 26 26 4,4 8,2 1,1 3,3 4,2 0,4 76,6 113,1 6,7 6,5 6,0 Espanha 23 22 20 34,2 17,2 28,1 2,0 0,5 0,7 85,3 110,3 13,9 9,2 18,0 Finlândia 28 24 24 8,4 11,3 11,4 2,0 1,5 1,4 94,2 108,4 9,8 8,4 8,3 França 22 20 20 58,6 74,4 131,8 1,8 1,3 1,9 91,0 106,2 9,1 9,3 9,4 Grécia 13 11 9 6,2 2,3 5,5 3,9 0,4 0,6 84,6 111,9 11,4 9,9 9,4 Holanda 28 26 26 16,9 20,4 39,5 0,7 0,5 0,8 88,4 106,6 2,8 4,7 3,5 Irlanda 25 24 … 5,6 0,9 2,2 0,5 0,0 0,1 84,1 108,3 4,3 4,4 11,8 Itália 20 19 18 46,2 66,0 131,5 1,7 1,5 2,5 88,7 108,3 10,1 7,7 7,8 Luxemburgo 29 27 11 0,1 0,3 0,8 ... 0,0 0,0 89,2 109,0 2,5 4,3 6,0 Malta 14 11 … 1,7 2,6 0,5 3,5 4,9 0,8 88,6 110,8 6,8 7,2 7,0 União Europeia restante Bulgária 13 16 13 3,6 8,7 18,5 5,1 4,7 7,4 77,1 134,2 18,1 10,1 6,8 Dinamarca 23 25 24 17,7 34,0 76,6 2,3 3,0 5,7 90,7 108,6 4,8 5,1 3,6 Estónia 23 24 20 0,8 1,9 4,0 2,1 1,8 3,4 84,0 122,8 13,7 7,9 13,8 Hungria 20 18 15 10,8 18,6 44,2 3,3 2,6 4,8 75,2 123,9 6,0 7,3 10,1 Letónia 19 22 20 1,2 2,4 6,9 2,8 2,6 7,7 82,0 140,1 14,6 8,8 17,3 Lituânia 13 17 15 1,7 3,8 6,7 2,6 2,6 3,8 95,8 127,1 16,4 8,3 13,7 Polónia 19 18 19 26,6 42,6 79,5 5,4 4,0 5,0 87,3 112,3 16,1 17,7 8,2 Reino Unido 15 15 16 37,3 43,6 66,6 0,8 0,5 0,9 88,7 111,3 5,5 4,8 7,5 República Checa 25 25 22 14,5 29,6 41,6 3,9 3,7 3,6 89,5 113,4 8,8 7,9 6,7 Roménia 16 16 23 4,9 21,6 45,8 2,8 5,5 8,5 43,2 127,2 10,9 5,8 6,3 Suécia 22 24 29 15,6 24,9 47,3 1,7 1,6 2,8 93,0 106,9 5,6 7,6 8,3 Espaço Económico Europeu Noruega 35 37 42 23,6 47,0 48,9 5,6 5,3 4,4 91,7 109,3 3,4 4,6 3,2 Suíça 35 34 - 51,5 57,6 134,6 4,3 2,9 5,3 95,9 103,8 2,0 3,9 3,6 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 17 21 21 4,7 8,8 14,9 4,1 4,4 6,3 88,3 115,3 16,1 12,7 9,2 Macedónia 23 21 16 0,8 1,3 2,3 2,3 4,2 ... 90,9 114,4 31,7 37,3 33,0 Rússia 36 31 32 36,3 182,3 439,3 4,6 10,9 16,0 50,1 152,3 10,6 7,6 8,4 Turquia 18 16 17 19,9 52,5 74,9 4,2 4,8 5,5 29,3 141,0 6,5 10,2 14,0 Ucrânia 24 26 20 3,1 19,4 26,5 0,9 5,1 5,0 68,1 178,6 11,5 7,2 8,8 Américas Argentina 13 24 25 14,6 28,1 48,0 6,3 7,2 9,4 61,8 139,3 17,4 10,1 8,4 Brasil 14 19 17 35,9 53,8 238,5 4,2 5,1 13,2 66,0 119,7 7,1 9,8 8,1 Canadá 23 24 ... 34,3 33,0 54,4 1,2 0,9 1,4 89,2 107,0 6,9 6,8 8,3 Chile 21 23 22 14,4 16,9 25,3 6,9 4,0 4,7 ... ... 9,7 9,3 9,6 EUA 18 13 ... 130,1 188,3 404,1 0,9 0,9 2,0 88,2 109,9 4,0 5,1 9,3 México 20 23 25 44,8 74,1 99,9 2,0 3,4 4,3 78,6 119,3 2,2 3,6 5,5 Paraguai 11 19 14 0,7 1,3 3,9 2,6 3,5 5,8 66,3 133,9 7,3 5,8 5,6 Uruguai 11 18 18 3,1 3,1 8,0 6,6 6,4 10,8 61,6 132,9 13,4 12,1 7,3 Venezuela 34 41 35 12,3 29,8 34,3 7,4 9,9 7,8 39,2 228,0 14,0 12,2 7,9 Ásia e Pacífico Austrália 20 19 21 18,7 43,3 41,7 2,1 2,7 ... 86,1 112,6 6,3 5,0 5,6 China 37 51 52 220,1 831,4 2 452,9 7,4 13,5 ... 93,5 111,7 3,1 4,2 4,3 Coreia do Sul 33 32 31 102,9 210,6 270,4 5,7 7,7 8,0 84,9 112,8 4,4 3,7 3,7 Filipinas 37 22 23 15,1 18,5 44,2 3,5 3,8 8,7 77,0 123,3 11,2 11,4 7,5 Hong Kong 32 32 30 111,2 124,3 255,8 4,5 3,8 6,3 107,1 109,2 4,9 5,6 5,1 Índia 25 34 34 49,1 137,8 284,7 6,1 8,5 ... 82,3 135,2 ... ... ... Indonésia 25 26 27 29,3 34,7 66,1 5,3 3,9 6,1 64,1 138,5 6,1 11,2 8,0 Japão 28 27 ... 402,0 846,9 1 049,0 8,7 15,7 18,1 102,2 100,3 4,7 4,4 5,1 Macau ... 56 ... 3,5 6,7 18,4 ... 9,7 ... 101,0 122,0 ... ... ... Malásia 36 35 ... 29,8 70,5 96,7 3,3 5,9 ... 91,7 112,1 3,0 3,5 3,7 Nova Zelândia 17 16 ... 3,6 8,9 15,6 2,2 2,6 4,9 88,4 111,4 6,2 3,8 6,2 Singapura 47 39 45 75,7 116,2 187,8 5,2 4,9 ... 96,9 110,1 2,7 3,1 3,0 Tailândia 30 27 30 32,7 52,1 138,4 5,1 4,3 9,8 89,4 111,9 3,6 1,8 1,4 Taiwan ... ... ... … … … ... ... ... … … 3,0 4,1 5,9 Timor Leste ... ... ... … 0,2 0,2 ... ... ... … 125,9 ... ... ... Vietname 31 36 29 3,4 9,1 16,4 2,3 2,7 … 80,3 153,2 6,4 5,3 6,0 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 29 48 50 18,9 157,4 421,0 4,5 20,5 29,4 99,3 122,9 8,2 11,5 10,5 Argélia ... ... ... 19,6 59,2 155,1 ... ... ... 87,6 117,2 29,5 15,3 10,2 Egipto 18 22 24 13,6 21,9 34,9 6,9 7,3 7,4 78,0 155,6 9,0 11,5 9,0 Irão 39 ... ... … … … ... ... ... 51,8 187,0 14,1 12,1 … Israel 17 22 19 23,4 28,1 60,6 4,8 5,2 9,9 92,1 110,9 8,8 9,0 7,7 Jordânia 23 17 16 3,2 5,5 12,1 6,5 5,3 8,6 88,8 127,8 13,7 14,8 13,0 Líbia ... 46 67 16,1 41,9 104,1 26,7 32,1 ... 123,8 121,9 ... ... ... Marrocos 24 31 31 8,7 16,6 23,6 4,4 8,3 7,2 93,2 110,4 13,4 11,1 9,1 Tunísia 23 20 21 2,0 4,5 11,3 2,2 3,3 ... 87,9 117,4 15,7 12,8 13,3 África Subsariana África do Sul 16 14 15 7,6 20,6 39,6 2,4 3,2 5,2 78,1 133,9 25,6 26,7 24,3 Angola 24 25 20 0,7 3,2 13,7 1,9 2,0 ... 5,4 162,7 ... ... ... Cabo Verde 9 29 27 0,0 0,2 0,4 1,0 2,8 ... 95,3 118,6 20,0 19,0 17,0 Guiné Bissau ... ... ... 0,1 0,1 0,2 ... ... ... 93,1 115,9 ... ... ... Moçambique 11 8 8 0,7 1,1 … 5,1 4,0 ... 57,3 139,5 ... ... ... Nigéria ... ... ... 10,6 28,6 45,5 7,9 9,6 9,5 48,2 143,0 4,7 4,5 4,5 S. Tomé e Principe ... ... ... 0,0 0,0 … 3,4 5,6 ... … …. 14,4 14,8 12,9

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

Page 111: FICHA TÉCNICA - APB - Associação Portuguesa de Bancos · investimento em bens e serviços transaccionáveis de maior valor ... Espanha, Grécia, Portugal e ... desenvolvimento

E. SUSTENTABILIDADE

Poupanças Líquidas Pegada Reserva Intensidade Energética Intensidade do Carbono Importações População na Maior Ajustadas Ecológica Ecológica Energéticas Líquidas Área Metropolitana % RNB hectares globais QgEP / 1000$ PIB QgCO2 / $ PIB % do consumo % população urbana Per Capita 2000 2005 2008 2007 2007 2000 2005 2007 2000 2005 2007 2000 2005 2007 2000 2005 2009 Portugal 6,2 1,8 4,1 4,5 -3,2 118 121 111 0,3 0,3 0,3 84 86 82 48 45 44 Área do Euro Alemanha 8,7 12,4 ... 5,1 -3,2 134 131 121 0,3 0,3 0,3 60 60 59 6 6 6 Áustria 11,7 13,4 17,6 5,3 -2,0 112 123 113 0,2 0,3 0,2 66 70 67 29 30 30 Bélgica 12,6 13,6 ... 8,0 -6,7 188 174 160 0,4 0,3 0,3 77 76 75 18 18 18 Chipre 12,8 13,3 -2,8 … … 135 120 121 0,4 0,4 0,4 98 98 97 ... ... ... Eslováquia 17,1 14,6 13,3 4,1 -1,4 259 216 171 0,5 0,4 0,4 64 65 67 ... ... ... Eslovénia 16,4 17,8 18,1 5,3 -2,7 164 155 138 0,4 0,3 0,3 52 52 53 ... ... ... Espanha 12,2 10,7 10,1 5,4 -3,8 121 119 112 0,3 0,3 0,3 74 79 79 16 16 16 Finlândia 18,4 15,2 16,0 6,2 6,3 227 211 207 0,4 0,3 0,4 53 51 56 32 33 33 França 13,9 10,8 9,8 5,0 -2,0 147 145 135 0,2 0,2 0,2 48 49 49 22 22 21 Grécia 2,2 3,1 -4,8 5,4 -3,8 121 111 108 0,4 0,4 0,3 63 66 62 49 48 47 Holanda 15,6 14,2 -1,2 6,2 -5,2 136 138 131 0,3 0,3 0,3 22 21 24 8 8 8 Irlanda 21,3 21,6 7,5 6,3 -2,8 111 90 84 0,3 0,3 0,2 84 89 91 44 41 39 Itália 9,5 8,0 8,5 5,0 -3,8 108 111 104 0,3 0,3 0,3 83 85 85 9 8 8 Luxemburgo 21,6 23,8 ... … … 124 135 118 0,3 0,4 0,3 98 98 98 ... ... ... Malta ... ... ... … … 84 102 96 0,3 0,3 0,3 100 100 100 ... ... ... União Europeia restante Bulgária 0,5 2,5 2,9 4,1 -1,9 338 278 250 0,8 0,7 0,6 47 46 51 20 22 22 Dinamarca 13,2 13,6 13,7 8,3 -3,4 110 105 104 0,3 0,3 0,3 -49 -66 -38 24 24 24 Estónia 13,6 15,4 9,0 7,9 1,1 301 232 212 1,1 0,8 0,8 35 25 22 ... ... ... Hungria 5,0 8,1 5,0 3,0 -0,8 180 161 149 0,4 0,3 0,3 54 62 62 27 25 25 Letónia 0,6 9,3 14,8 5,6 1,4 183 147 126 0,3 0,2 0,2 62 58 61 ... ... ... Lituânia 0,2 7,9 6,6 4,7 -0,3 214 178 161 0,4 0,3 0,3 53 54 59 ... ... ... Polónia 7,9 8,4 9,2 4,3 -2,3 197 176 163 0,7 0,6 0,5 11 15 25 7 7 7 Reino Unido 8,1 7,9 3,9 4,9 -3,6 128 113 102 0,3 0,3 0,3 -22 8 17 16 16 15 República Checa 6,5 9,3 13,4 5,7 -3,1 232 215 194 0,7 0,6 0,5 26 27 26 15 15 15 Roménia 2,5 4,7 13,7 2,7 -0,8 236 189 168 0,6 0,5 0,4 22 27 29 16 17 17 Suécia 17,8 18,2 20,5 5,9 3,9 183 175 160 0,2 0,2 0,2 36 33 33 16 16 16 Espaço Económico Europeu Noruega 12,8 14,6 16,2 5,6 -0,1 129 129 117 0,2 0,2 0,2 -793 -695 -696 23 23 23 Suíça 20,0 19,8 ... 5,0 -3,8 98 97 90 0,2 0,2 0,1 53 58 51 20 20 20 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 3,9 11,3 11,3 3,7 -1,2 144 132 125 0,4 0,3 0,3 54 57 57 ... ... ... Macedónia 15,1 14,0 9,0 5,7 -4,2 184 186 176 0,8 0,7 0,7 43 46 50 ... ... ... Rússia -1,2 1,7 1,5 4,4 1,3 484 384 340 1,1 0,9 0,8 -58 -84 -83 9 10 10 Turquia 14,6 7,1 8,3 2,7 -1,4 122 108 114 0,3 0,3 0,3 66 72 73 20 20 20 Ucrânia -2,5 10,0 8,5 2,9 -1,1 736 543 451 1,7 1,2 1,0 43 43 41 8 8 9 Américas Argentina 0,6 5,9 7,7 2,6 4,9 161 151 148 0,4 0,4 0,4 -35 -28 -12 36 35 35 Brasil 4,1 7,6 5,2 2,9 6,1 137 136 135 0,2 0,2 0,2 22 9 8 12 12 12 Canadá 12,9 10,3 7,6 7,0 7,9 257 240 226 0,5 0,5 0,5 -48 -48 -53 19 19 20 Chile 5,4 6,6 -0,4 3,2 0,6 162 149 142 0,4 0,3 0,3 69 70 73 40 39 39 EUA 9,4 4,7 0,9 8,0 -4,1 204 185 177 0,5 0,5 0,4 27 30 29 8 8 8 México 11,3 9,9 9,0 3,0 -1,5 124 135 131 0,3 0,3 0,3 -53 -48 -36 25 24 23 Paraguai 3,9 12,3 9,0 3,2 8,0 190 172 164 0,2 0,2 0,2 -78 -66 -70 51 51 51 Uruguai -0,2 8,1 7,2 5,1 4,8 101 93 88 0,2 0,2 0,2 67 66 62 53 53 53 Venezuela 8,9 7,4 6,5 2,9 -0,1 243 226 203 0,7 0,6 0,5 -292 -244 -188 13 12 11 Ásia e Pacífico Austrália 14,3 11,3 15,0 6,8 7,9 191 181 174 0,6 0,5 0,5 ... ... ... 24 24 23 China 23,7 36,3 35,1 2,2 -1,2 324 315 283 1,0 1,0 0,9 3 4 7 3 3 3 Coreia do Sul 21,3 22,0 21,1 4,9 -4,5 214 192 183 0,5 0,4 0,4 83 80 81 ... ... ... Filipinas 28,1 17,8 22,3 1,3 -0,7 204 159 142 0,3 0,3 0,3 51 45 43 22 20 19 Hong Kong ... ... ... … … 66 54 50 0,2 0,2 0,1 100 100 100 100 101 99 Índia 14,6 21,5 24,2 0,9 -0,4 253 211 196 0,7 0,6 0,5 20 21 24 6 6 6 Indonésia 12,1 -0,3 -2,4 1,2 0,1 270 249 241 0,5 0,5 0,5 -56 -58 -74 10 8 8 Japão 10,7 8,9 15,3 4,7 -4,1 143 134 127 0,3 0,3 0,3 80 81 82 42 42 43 Macau ... ... ... … … ... ... ... 0,2 0,1 0,1 ... ... ... ... ... ... Malásia 20,9 15,8 ... 4,9 -2,3 208 217 214 0,5 0,6 0,6 -62 -49 -30 9 8 8 Nova Zelândia 8,3 8,7 ... 4,9 5,9 199 159 155 0,4 0,3 0,3 15 23 16 32 33 36 Singapura 33,4 32,8 34,7 5,3 -5,3 130 143 117 0,4 0,3 0,2 100 100 100 ... ... ... Tailândia 16,4 17,2 18,0 2,4 -1,2 208 218 212 0,6 0,6 0,6 39 44 43 33 31 30 Taiwan ... ... ... … … ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Timor Leste ... ... ... 0,4 0,8 ... ... ... ... 0,2 0,3 ... ... ... ... ... ... Vietname 15,9 17,1 9,7 1,4 -0,5 299 286 267 0,4 0,6 0,5 -30 -36 -32 23 24 24 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita -2,0 5,3 -1,8 5,1 -4,3 257 283 291 0,7 0,7 0,8 -361 -316 -267 22 22 23 Argélia 16,0 15,5 21,4 1,6 -1,0 146 137 149 0,6 0,6 0,6 -426 -416 -346 12 12 12 Egipto 8,5 1,5 2,1 1,7 -1,0 161 183 176 0,5 0,5 0,5 -25 -26 -22 34 32 31 Irão -28,8 1,3 ... 2,7 -1,9 240 246 252 0,7 0,7 0,7 -104 -90 -75 17 15 14 Israel 9,7 14,7 11,3 4,8 -4,5 127 126 122 0,4 0,4 0,4 96 90 88 48 47 47 Jordânia 15,3 10,6 3,6 2,1 -1,8 285 283 260 0,9 0,9 0,8 94 96 96 27 25 23 Líbia ... ... ... 3,1 -2,6 251 217 196 0,8 0,7 0,6 -353 -439 -470 25 23 22 Marrocos 18,8 26,7 19,8 1,2 -0,6 121 121 120 0,4 0,4 0,4 94 95 95 20 19 18 Tunísia 16,9 13,8 7,0 1,9 -0,9 140 127 122 0,4 0,4 0,3 9 19 11 12 11 11África Subsariana África do Sul 4,7 2,8 -3,4 2,3 -1,2 328 312 297 1,1 1,0 1,0 -32 -25 -19 11 12 12 Angola -32,7 -31,7 -42,6 1,0 2,0 202 152 124 0,3 0,3 0,3 -489 -678 -793 37 39 42 Cabo Verde ... ... ... … … ... ... ... 0,2 0,2 0,2 ... ... ... ... ... ... Guiné Bissau -10,5 20,2 16,6 1,0 2,3 ... ... ... 0,3 0,4 0,4 ... ... ... ... ... ... Moçambique 2,5 -0,6 -4,6 0,8 1,1 779 611 564 0,1 0,1 0,2 -1 -18 -20 20 19 18 Nigéria ... ... ... 1,4 -0,3 488 428 386 0,4 0,5 0,3 ... ... ... 14 13 13 S. Tomé e Principe ... ... ... … … ... ... ... ... 0,6 0,5 ... ... ... ... ... ...

DESENVOLVIMENTO DA RELATÓRIO CGD2010 ECONOMIA PORTUGUESA N.º1

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E. SUSTENTABILIDADE

Voz Estabilidade Política Eficácia do Estado Qualidade Cumprimento da Lei Controlo da Corrupção e Responsabilização e Ausência de Violência Regulatória percentil (máximo 100) percentil (máximo 100) percentil (máximo 100) percentil (máximo 100) percentil (máximo 100) percentil (máximo 100) 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 2000 2005 2009 Portugal 89 92 89 87 78 75 86 84 85 81 87 80 85 86 83 86 83 82 Área do Euro Alemanha 90 95 94 91 76 77 95 90 92 95 91 92 93 93 93 94 94 93 Áustria 91 91 93 88 86 89 96 92 94 94 96 93 98 98 96 93 96 94 Bélgica 91 91 94 82 74 74 91 93 90 87 87 87 88 88 89 92 90 91 Chipre 86 79 83 62 58 58 85 84 89 84 88 88 79 80 86 84 79 80 Eslováquia 73 76 73 63 73 79 67 78 77 68 85 82 62 65 68 65 70 66 Eslovénia 83 83 76 78 81 77 78 78 84 75 72 77 83 77 84 80 80 81 Espanha 88 85 87 70 62 38 92 89 78 90 88 85 90 83 85 87 89 80 Finlândia 100 100 97 100 100 96 99 100 99 99 99 98 100 100 100 100 100 98 França 84 93 91 74 63 66 90 93 90 82 85 85 90 90 90 88 91 90 Grécia 78 84 74 71 64 42 77 74 69 79 76 75 78 73 67 80 68 61 Holanda 98 99 98 99 80 83 99 98 94 100 98 97 96 95 97 98 96 98 Irlanda 93 98 92 97 90 84 92 94 88 98 94 95 92 92 94 91 92 93 Itália 80 81 82 78 64 65 81 72 68 80 77 78 77 62 63 82 63 59 Luxemburgo 94 96 98 100 95 96 100 96 96 99 99 96 99 97 98 96 93 95 Malta 88 89 89 98 96 86 84 76 83 84 79 89 89 91 91 78 78 79 União Europeia restante Bulgária 63 64 64 63 55 63 56 63 59 58 70 71 50 51 54 53 59 54 Dinamarca 97 100 99 96 84 86 96 100 100 96 98 99 97 99 98 99 99 100 Estónia 79 81 85 74 65 67 80 83 85 89 90 92 69 81 85 76 81 80 Hungria 87 88 80 75 79 68 82 75 74 81 84 82 78 76 74 76 71 70 Letónia 71 73 70 65 71 61 68 71 70 73 78 80 60 66 74 59 66 66 Lituânia 75 75 73 63 69 71 65 75 73 76 80 80 61 67 71 67 64 64 Polónia 82 77 80 62 60 80 74 71 71 71 73 79 70 62 69 74 64 71 Reino Unido 89 94 92 79 59 55 94 94 91 97 94 94 94 92 94 96 95 91 República Checa 72 76 82 66 75 81 75 81 79 78 83 86 71 77 81 65 70 70 Roménia 61 60 60 47 53 58 41 53 51 48 59 70 48 50 58 47 51 54 Suécia 99 96 99 96 91 88 97 98 99 91 92 97 97 96 100 99 97 99 Espaço Económico Europeu Noruega 96 98 100 97 91 92 94 97 95 83 91 91 98 99 99 97 97 95 Suíça 94 97 100 98 88 92 98 97 98 98 93 95 100 98 96 95 98 96 Europa de Leste e Ásia Central Croácia 61 64 65 57 60 67 64 70 70 52 65 68 57 57 60 58 61 59 Macedónia 38 48 53 20 18 37 24 44 50 44 51 60 31 44 48 34 44 57 Rússia 34 28 23 24 20 22 27 42 45 20 46 35 13 23 24 11 27 11 Turquia 34 49 45 17 32 19 53 61 64 60 59 59 50 57 58 44 56 60 Ucrânia 31 35 47 36 38 34 27 37 24 26 40 31 15 30 26 12 32 20 Américas Argentina 58 57 56 50 48 43 60 48 40 62 26 21 53 36 30 46 43 38 Brasil 53 63 62 53 44 54 59 56 58 63 56 55 45 40 50 59 50 56 Canadá 97 94 95 85 76 85 95 96 97 93 93 96 94 94 97 95 94 97 Chile 74 89 75 65 77 69 87 85 86 91 92 94 88 89 88 92 91 90 EUA 90 90 86 87 49 59 93 90 89 95 96 90 93 91 92 93 92 85 México 55 56 54 44 37 22 63 57 60 64 63 61 43 41 34 47 48 49 Paraguai 30 35 41 16 29 17 9 25 20 18 21 37 17 15 17 4 3 21 Uruguai 78 74 85 77 71 78 71 69 72 77 61 62 68 61 71 77 82 86 Venezuela 46 29 27 30 13 11 24 22 19 34 12 4 26 9 3 33 16 8 Ásia e Pacífico Austrália 95 95 95 90 79 76 93 95 95 96 95 98 95 95 95 94 95 96 China 12 7 5 36 35 30 52 50 58 39 48 46 39 41 45 48 28 36 Coreia do Sul 67 72 68 48 62 52 76 82 83 69 73 75 76 81 83 64 72 71 Filipinas 54 51 45 20 17 11 49 54 50 57 52 52 35 43 35 39 37 27 Hong Kong 50 67 64 75 86 82 84 92 96 97 100 100 75 93 91 84 93 94 Índia 58 62 60 25 26 13 52 53 54 47 48 44 59 58 56 41 43 47 Indonésia 37 44 48 6 14 24 36 38 47 36 37 43 25 24 34 16 21 28 Japão 76 80 81 83 83 83 83 89 87 78 86 81 89 88 88 87 85 87 Macau 56 62 67 59 93 67 74 88 86 69 82 87 58 74 68 68 68 68 Malásia 40 45 31 52 61 47 79 83 80 65 66 60 61 66 65 66 65 58 Nova Zelândia 100 99 97 90 90 85 90 95 98 94 97 99 96 97 99 98 99 100 Singapura 57 52 35 81 85 90 100 99 100 100 100 100 87 96 92 97 98 99 Tailândia 64 51 34 60 30 15 58 66 60 67 64 62 66 56 51 50 55 51 Taiwan 73 77 72 58 63 65 76 76 81 85 84 84 79 82 80 79 77 72 Timor Leste 51 44 51 57 25 29 .. 14 11 .. 13 11 .. 35 9 .. 26 16 Vietname 13 8 8 53 58 51 40 49 46 23 29 31 41 46 42 29 25 37 Médio Oriente e Norte de África Arábia Saudita 9 11 4 47 29 33 48 43 52 49 57 57 54 55 58 61 54 63 Argélia 13 25 18 4 17 13 13 39 35 20 31 20 12 31 27 25 42 38 Egipto 24 23 15 34 23 25 45 37 44 38 39 49 51 53 55 38 37 41 Irão 20 13 8 32 16 8 47 26 26 6 7 3 41 26 20 31 39 22 Israel 69 65 67 23 19 9 83 77 82 85 76 81 83 76 75 85 78 75 Jordânia 42 33 25 46 42 36 56 58 63 62 60 61 62 61 62 57 65 64 Líbia 5 2 3 24 57 69 10 17 12 4 8 17 23 28 25 23 21 14 Marrocos 33 27 27 38 34 30 55 49 51 54 42 52 57 52 50 58 50 51 Tunísia 26 20 11 56 51 53 70 65 65 55 50 54 52 58 61 63 56 58 África Subsariana África do Sul 69 71 66 33 49 44 73 74 68 65 67 64 54 56 56 68 69 60 Angola 8 12 15 1 23 36 5 15 20 5 9 17 2 8 12 3 6 5 Cabo Verde 66 63 72 85 68 76 64 51 55 52 47 53 74 60 64 63 62 73 Guiné Bissau 27 37 33 21 30 29 12 5 14 12 13 10 6 10 4 19 14 10 Moçambique 45 50 47 46 46 64 42 40 44 44 28 42 29 31 33 38 35 41 Nigéria 29 25 25 10 4 4 14 23 9 21 20 26 11 8 10 7 9 15 S. Tomé e Principe 59 39 55 81 67 53 38 29 30 19 20 25 49 34 27 56 19 42

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RELATÓRIO CGD DESENVOLVIMENTO DAN.º1 ECONOMIA PORTUGUESA 2010

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CONCEITOS SELECCIONADOS

Anos de Escolaridade EsperadosNúmero de anos de educação que uma criança pode esperar receber à entrada do sistema de ensino, considerando constantes os padrões prevalecentes das taxas de matrícula por idades.

Aptidão para Integrar RedesOu Network Readiness Index. Ranking de 133 países desenvolvido pelo Fórum Económico Mundial e pelo INSEAD, cujo índice mede a propensão para aproveitar as oportunidades oferecidas pelas tecnologias de informação e comunicação (TIC) no desenvolvimento competitivo do país.

ClustersA prevalência de clusters bem desenvolvidos e aprofundados é um dos critérios que o Painel de Executivos valoriza anualmente de 1 (mínimo) a 7 (máximo), no âmbito do inquérito internacional do Fórum Económico Mundial.

Colaboração em I&D entre Universidade e EmpresasO grau de colaboração, no país, entre Universidades e empresas no domínio da investigação & desenvolvimento é um dos critérios que o Painel de Executivos valoriza anualmente de 1 (inexistência de colaboração) a 7 (extensa colaboração), no âmbito do inquérito internacional desenvolvido pelo Fórum Económico Mundial. O primeiro lugar do ranking corresponde ao país com a pontuação mais próxima de 7.

Competitividade GlobalRanking de 139 países desenvolvido pelo Fórum Económico Mundial, cujo índice valoriza doze pilares de competitividade: instituições, infraestruturas, estabilida-de macroeconómica, saúde e educação primária, educação superior e formação, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, sofisticação do mercado financeiro, avanço tecnológico, dimensão do mercado, sofisticação empresarial e inovação.

Competitividade MundialRanking de 59 países desenvolvido pelo Institute for Management Development, cujo índice valoriza factores de desempenho económico, de eficiência governa-mental e empresarial e infraestruturas.

Concentração das ExportaçõesMedida de avaliação do grau de concentração das exportações em termos de produtos ou de mercados, pelo Índice Herfindhal-Hirschman.

Consumo das FamíliasValor de mercado de todos os bens e serviços adquiridos pelas famílias.

Contexto à Inovação e TICOu Environment Subindex. Ranking de 133 países que avalia em que medida o contexto de mercado, regulatório e de infraestruturas (físicas e de capital humano) de um país induz à inovação e ao desenvolvimento e difusão das tecnologias de informação e comunicação (TIC). É uma das três componentes do ranking geral de Aptidão para Integrar Redes (Network Readiness Index) desenvolvido pelo Fórum Económico Mundial e pelo INSEAD.

Contexto de Mercado à Inovação e TICRanking de 133 países do Fórum Económico Mundial e do INSEAD que mede a qualidade do ambiente empresarial e de negócios para o desenvolvimento e difu-são das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na economia, incluindo variáveis sobre capital de risco, desenvolvimento de clusters, facilidade para fazer negócios ou liberdade de partilha de conteúdos na internet. É um dos três pilares do ranking Contexto à Inovação e TIC.

Contexto Político e Regulatório à Inovação e TICRanking de 133 países do Fórum Económico Mundial e INSEAD que capta em que medida o enquadramento legal de um país facilita a inovação e o desenvolvimen-to das tecnologias de informação e comunicação (TIC). É um dos três pilares do ranking Contexto à Inovação e TIC.

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Contexto Infraestrutural à Inovação e TICRanking de 133 países do Fórum Económico Mundial e INSEAD que avalia a qua-lidade das infraestruturas nacionais em tecnologias de informação e comunicação (TIC), em domínios como internet, telefone, electricidade ou recursos humanos. É um dos três pilares do ranking Contexto à Inovação e TIC.

Contributo do Índice de Qualidade do TrabalhoMedida do contributo do factor trabalho para o crescimento do produto, baseado na composição da estrutura do factor trabalho por níveis de qualificação, res-pectivas horas trabalhadas e salários, em pontos percentuais. Metodologia: The Conference Board

Contributo dos Serviços de Capital não TICMedida do contributo dos serviços de capital não-TIC (incluindo equipamentos de transporte, maquinaria e construção), para o crescimento do produto, em pontos percentuais. Metodologia The Conference Board

Contributo dos Serviços de Capital TICMedida do contributo dos serviços de capital TIC (tecnologias de informação e comu-nicação, incluindo equipamentos de telecomunicações, hardware e software) para o crescimento do produto, em pontos percentuais. Metodologia: The Conference Board

Controlo da CorrupçãoUm dos seis indicadores de Governança do Banco Mundial, entendida enquanto o conjunto de tradições e instituições de exercício da autoridade com impacto no ambiente económico e empresarial favorável. Os países são ordenados por percentil em função dos resultados para o indicador agregado que capta até que ponto o poder público é exercido em benefício privado, incluindo pequenas e grandes formas de corrupção, além do “aprisionamento” do Estado pelas elites e interesses privados.

Crescimento da Produtividade Total dos FactoresIndicador de produtividade que representa o produto médio resultante da combi-nação dos factores trabalho e capital, ajustado da variação da qualidade do factor trabalho e da variação da composição do factor capital, em pontos percentuais. Metodologia: The Conference Board

Cumprimento da LeiUm dos seis indicadores de Governança do Banco Mundial, entendida enquanto o conjunto de tradições e instituições de exercício da autoridade com impacto no ambiente económico e empresarial favorável. Os países são ordenados por percentil em função dos resultados para o indicador agregado que capta até que ponto os agentes confiam nas regras da sociedade e agem em conformidade, a qualidade da execução dos contratos e os direitos de propriedade, a polícia e os tribunais, além da probabilidade de crime e violência.

Desempenho LogísticoRanking de 155 países do Banco Mundial, cujo índice é baseado num inquérito internacional que valoriza seis áreas da cadeia de oferta logística de cada país: eficiência dos processos aduaneiros, qualidade das infraestruturas de comércio e transporte, facilidade para contratar cargas a preços competitivos, competência e qualidade dos serviços logísticos, capacidade de seguir e localizar as mercadorias e capacidade de entrega atempada no destino.

Desigualdade na Repartição do RendimentoMedida do desvio da distribuição do rendimento. O índice de Gini varia entre 0 (igualdade absoluta) e 100 (desigualdade absoluta). Para cada país, é apresentado o valor do índice e o ano a que respeita, bem como o posicionamento no ranking da CIA liderado pelo país mais desigual.

Difusão do ConhecimentoOu The KAM Knowledge Index. Ranking de 146 países desenvolvido pelo pro-grama Knowledge for Development do Banco Mundial que avalia o potencial de desenvolvimento do conhecimento de cada país, medindo a capacidade de gerar, adoptar e difundir conhecimento, através de indicadores para três factores-chave: educação e recursos humanos, sistema de inovação e tecnologias de informação e comunicação (TIC).

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Dimensão do Mercado ExternoRanking de 139 países segundo o valor normalizado das exportações de bens e serviços numa escala de 1 (menor) a 7 (maior). O primeiro lugar do ranking corres-ponde ao país com a pontuação mais próxima de 7.

Disponibilidade das Mais Recentes TecnologiasO grau de disponibilidade no país das últimas tecnologias é um dos critérios que o Painel de Executivos valoriza anualmente de 1 (não disponíveis) a 7 (largamente disponíveis), no âmbito do inquérito internacional desenvolvido pelo Fórum Eco-nómico Mundial. O primeiro lugar do ranking corresponde ao país com a pontu-ação mais próxima de 7.

Disponibilidade de Cientistas e EngenheirosO grau de disponibilidade no país de cientistas e de engenheiros é um dos cri-térios que o Painel de Executivos valoriza anualmente de 1 (não disponíveis) a 7 (largamente disponíveis), no âmbito do inquérito internacional desenvolvido pelo Fórum Económico Mundial. O primeiro lugar do ranking corresponde ao país com a pontuação mais próxima de 7.

Diversificação das ExportaçõesÍndice que avalia entre 0 e 1 a diferença da estrutura de exportações por merca-dorias de um país face à estrutura mundial. Um valor próximo de 1 revela maior diferença face à média mundial.

E-BusinessO grau de utilização da internet nas actividades das empresas, designadamente na compra e venda de produtos e na interacção com clientes e fornecedores, é um dos critérios que o Painel de Executivos valoriza anualmente de 1 (mínimo) a 7 (máximo), no âmbito do inquérito internacional desenvolvido pelo Fórum Econó-mico Mundial. O primeiro lugar do ranking corresponde ao país com a pontuação mais próxima de 7.

Economia do ConhecimentoOu The KAM Knowledge Economy Index (KEI). Ranking de 146 países desenvolvi-do pelo programa Knowledge for Development do Banco Mundial, cujo índice se baseia em quatro factores da eficácia na utilização do conhecimento no desenvolvi-mento do país: regime económico e institucional, educação e competências, infra-estruturas de tecnologias de informação e comunicação (TIC) e sistema de inovação.

Eficácia do EstadoUm dos seis Indicadores de Governança do Banco Mundial, entendida enquanto o conjunto de tradições e instituições de exercício da autoridade com impacto no ambiente económico e empresarial favorável. Os países são ordenados por percentil em função dos resultados no indicador agregado da capacidade e in-dependência política da administração pública, da qualidade de formulação e de desenvolvimento das políticas, e da credibilidade do compromisso governamental para com essas políticas.

EmpreendedorismoRanking de 58 países ordenados de acordo com os resultados do inquérito inter-nacional do Institute for Management Development sobre a expansão do empre-endedorismo dos gestores nos negócios.

Emprego VulnerávelPeso do trabalho familiar não remunerado e por conta própria no emprego total.

Estabilidade Política e Ausência de ViolênciaUma das seis dimensões de Governança do Banco Mundial, entendida enquanto o conjunto de tradições e instituições de exercício da autoridade com impacto no ambiente económico e empresarial favorável. Os países são ordenados por percentil em função dos resultados para o indicador agregado da probabilidade de desestabilização das autoridades governativas por meios inconstitucionais ou violentos, incluindo terrorismo.

Exportação para EmergentesPeso das exportações de mercadorias para países designados de emergentes e fora da região do país, expressas em percentagem do total das exportações de mercadorias do país.

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Facilidade para Fazer NegóciosRanking de 183 países do Banco Mundial, cujo índice valoriza o tempo, o custo e o número de procedimentos exigidos à actividade das pequenas e médias empresas, em particular, incluindo abertura de empresas, obtenção de alvarás de construção, contratação de funcionários, registos de propriedade, obtenção de crédito, pro-tecção de investidores, pagamento de impostos, comércio entre fronteiras, cum-primento de contratos ou encerramento de empresas.

Facilitação do ComércioRanking de 155 países do Banco Mundial que sintetiza critérios de natureza logís-tica, de infraestruturas e custos associados ao comércio internacional.

Impacto das regras do IDEEm que medida as regras que governam o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) o encorajam ou o desencorajam é um dos critérios que um Painel de Executivos valoriza anualmente de 1 (desencorajam fortemente) a 7, no âmbito do inquérito internacional desenvolvido pelo Fórum Económico Mundial. O primeiro lugar do ranking corresponde ao país com a pontuação mais próxima de 7.

Importações Energéticas LíquidasDiferença entre o consumo primário e a produção de energia do país, medida em quilograma equivalente de petróleo (QgEP), e calculada em percentagem do consumo de energia do país. Um valor negativo indica um país exportador líquido de energia.

Índice de Dependência TotalNúmero de pessoas entre os 0 e os 14 anos de idade conjuntamente com as de 65 ou mais anos de idade por 100 indivíduos em idade activa (15 a 64 anos). No caso do índice de dependência para 65 ou mais anos, trata-se do número de pessoas com 65 ou mais anos por 100 indivíduos em idade activa.

Índice de Desenvolvimento HumanoRanking de 169 países baseado nos resultados para o indicador desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que avalia três di-mensões: uma vida longa e saudável, o acesso ao conhecimento e um padrão de vida longa e saudável.

Integração ComercialSoma das exportações e das importações de bens e serviços de um país em per-centagem do respectivo produto interno bruto.

Intensidade do CarbonoEmissões de CO2 por dólar de Produto Interno Bruto, expresso em paridades de poder de compra a preços de 2005.

Intensidade EnergéticaRácio de eficiência energética da economia que expressa o consumo bruto de energia em quilograma equivalente de petróleo (QgEP) por 1000 dólares de Pro-duto Interno Bruto, expresso em paridades de poder de compra a preços de 2005.

Juros PagosCalculado em percentagem da receita, inclui a despesa com o pagamento de juros pela dívida pública a residentes nacionais e estrangeiros.

Liberdade EconómicaRanking de 179 países da parceria entre The Heritage Foundation e The Wall Street Journal, cujo índice valoriza dez componentes de liberdade económica: empresa-rial, comercial, fiscal, monetária, financeira, de investimento e laboral, despesa pública, direitos de propriedade e ausência de corrupção.

Média de Anos de EscolaridadeNumero médio de anos de educação recebidos durante a vida por indivíduos com 25 anos de idade ou mais, baseados nos níveis de frequência escolar da popula-ção, convertidos em anos de escolaridade segundo a duração teórica de cada nível de educação frequentado.

Novas Empresas por Mil TrabalhadoresNúmero de novas empresas de responsabilidade limitada por cada 1000 indivíduos em idade activa.

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Pegada EcológicaMedida de exigência da natureza, que contabiliza, em hectares globais per capita, a quantidade de terra biologicamente produtiva e a área de água necessárias para produzir os recursos consumidos e absorver os resíduos gerados, e dada a tecno-logia disponível. Metodologia: Rede Global da Pegada Ecológica.

Penetração de TICOu The KAM ICT Index. Ranking de 146 países desenvolvido pelo programa Know-ledge for Development do Banco Mundial, aferido com base na média simples dos resultados normalizados para três variáveis-chave: penetração por 1000 indivíduos de telefones, computadores e internet. É um dos factores dos índices de Economia do Conhecimento e de Difusão do Conhecimento.

População Adulta por Nível de Qualificação Distribuição da população entre os 25 e os 64 anos de idade por três níveis de habi-litações: menor que ensino secundário, secundário e pós-secundário, e superior, de acordo com OCDE e classificação internacional normalizada da educação (ISCED).

Posição no Comércio MundialRanking do Banco Mundial que ordena os países de acordo com o respectivo peso nas exportações mundiais de bens ou serviços.

Poupança BrutaRendimento Nacional Bruto deduzido do consumo total e acrescido das transfe-rências líquidas.

Poupanças Líquidas AjustadasIndicador divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que representa a taxa de poupança numa economia se contabilizados os investimentos em capital humano, o esgotamento de recursos naturais e os da-nos causados pela poluição, expressa como percentagem do rendimento nacional bruto (RNB). Um valor negativo demonstra destruição da riqueza nacional e insus-tentabilidade da economia.

Posição da Dívida Externa BrutaMontante a reembolsar de passivos correntes reais e não contigentes assumidos pelos residentes face a não residentes com o compromisso de efectuar pagamen-tos futuros de capital e de juros. Metodologia: The Joint External Debt Hub. São calculados indicadores para a dívida externa bruta em percentagem do produto interno bruto (%PIB) e para o montante da dívida externa bruta da responsabilida-de das administrações públicas (% pública).

Prevalência de Barreiras ComerciaisO impacto das barreiras tarifárias e não tarifárias na limitação da capacidade de concorrência dos bens importados no mercado interno é um dos critérios que um Painel de Executivos valoriza anualmente de 1 (forte limitação) a 7 (não limitação), no âmbito do inquérito internacional desenvolvido pelo Fórum Económico Mun-dial. O primeiro lugar do ranking corresponde à pontuação mais próxima de 7.

Qualidade RegulatóriaUm dos seis indicadores de Governança do Banco Mundial, entendida enquanto o conjunto de tradições e instituições de exercício da autoridade com impacto no ambiente económico e empresarial favorável. Os países são ordenados por percentil em função dos resultados para o indicador agregado da capacidade das autoridades governativas em gerar políticas e enquadramento regulatório sólidos que habilitem e promovam o desenvolvimento do sector privado.

Receitas Públicas menos Despesas PúblicasIndicador do impacto financeiro da actividade das administrações públicas, ava-liando em que medida poderá disponibilizar (sinal positivo) ou utilizar (sinal nega-tivo) os recursos do resto da economia e dos não residentes. Não coincide neces-sariamente com o saldo orçamental apurado no contexto do procedimento dos défices excessivos nos países da área do euro.

Rendimento Nacional BrutoPIB acrescido do saldo de receitas líquidas dos rendimentos primários com o resto do mundo.

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ReservasMontante total do ouro, divisas e outros direitos detidos pelas autoridades mone-tárias de cada país. Reservas em meses de importação indica o tempo de importa-ção de bens e serviços pelo país que as reservas podem assegurar.

Reserva EcológicaO saldo entre a Pegada Ecológica e a Biocapacidade de cada país, expressas em hectares globais per capita, determinam a existência de reserva ou de défice eco-lógico. Metodologia: Rede Global da Pegada Ecológica.

Restrições aos Fluxos de CapitaisA restritividade da regulação dos fluxos internacionais de capital é um dos critérios que um Painel de Executivos valoriza anualmente de 1 (muito restritivo) a 7, no âmbito do inquérito internacional desenvolvido pelo Fórum Económico Mundial. O primeiro lugar do ranking de 139 países corresponde à pontuação mais próxima de 7.

Rigidez do EmpregoUm dos critérios do ranking Facilidade para Fazer Negócios do Banco Mundial, que mede a rigidez da regulamentação de contratação e de despedimento de tra-balhadores e do respectivo horário de trabalho. O índice varia entre zero (menos rígido) e 100 (mais rígido).

Sistema de InovaçãoOu The KAM Innovation System Index. Ranking de 146 países desenvolvido pelo programa Knowledge for Development do Banco Mundial aferido com base na média simples dos resultados normalizados para royalties, patentes e artigos cien-tíficos. É um dos factores dos índices de Economia do Conhecimento e Difusão do Conhecimento.

Taxa de ActividadeRácio entre a população em idade activa (15 e mais anos de idade) e o total da população.

Taxa de Câmbio Efectiva RealMedida do valor da moeda face a média geométrica ponderada de várias moe-das estrangeiras de parceiros comerciais, deflacionada pelo índice de preços no consumidor. Um aumento da taxa de câmbio efectiva real corresponde a uma apreciação e à diminuição da competitividade do país.

Taxa de EmpregoRácio entre a população empregada e a população em idade activa (15 e mais anos de idade).

Taxa Total de ImpostoSoma da totalidade dos impostos a pagar pelas empresas (excepto no caso dos impostos que incidem sobre a massa salarial) depois de contabilizar as deduções e excepções e expresso em percentagem dos lucros.

Tempo FiscalHoras gastas por ano a preparar, preencher e pagar impostos, incluindo impostos sobre o rendimento colectivo, sobre o valor acrescentado ou contribuições para a segurança social.

Utilização de TICOu Usage Subindex. Ranking de 133 países que avalia o grau de utilização das tecnologias de informação e comunicação de cada país, em termos individuais, nos negócios e na administração pública. É uma das três componentes do ranking geral de Aptidão para Integrar Redes (Network Readiness Index) desenvolvido pelo Fórum Económico Mundial e pelo INSEAD.

Voz e ResponsabilizaçãoUma das seis dimensões de Governança do Banco Mundial, entendida enquanto o conjunto de tradições e instituições de exercício da autoridade com impacto no ambiente económico e empresarial favorável. Cada país é ordenado em percentil pelos melhores resultados para o indicador agregado da participação dos cidadãos na selecção das autoridades governativas e das liberdades de expressão, de asso-ciação ou de imprensa.

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