FICHAMENTO a Origem Da Cidade No Oriente Próximo

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Teoria e Historia do hurbanismo

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A origem da cidade no Oriente Próximo

A cidade começa a se desenvolver a partir da aldeia. Porém não é uma aldeia que cresceu e sim começa a se formar quando as indústrias e os serviços passam a ser executados não mais por pessoas que cuidavam da agricultura, mas por aqueles que não têm essa obrigação. Com isso, a sociedade se torna capaz de evoluir e de ao mesmo tempo projetar a sua evolução. No campo as transformações são mais lentas e é produzido o excedente, já na cidade as transformações são mais rápidas e aquele excedente do campo é distribuído. Isso mostra claramente como a classe dominante influi sobre toda a sociedade, o que recebeu o nome de "Revolução Urbana". A Revolução Urbana começa no vasto território quase plano, entre os desertos da África e da Arábia e os montes que os encerram ao norte, do Mediterrâneo ao Golfo Pérsico.Após a mudança de clima ocorrida no fim da era glacial, a planície somente onde a água de um rio ou de uma nascente passa ou pode ser conduzida. Nela crescem em estado selvagem, diversas plantas frutíferas como oliveira, videira, tamareira, figueira. Os rios, mares e o terreno aberto às comunicações favorecem as trocas de mercadorias e de notícias. Na Mesopotâmia, planície aluvial banhada pelo Tigre e pelo Eufrates, o excedente se concentra nas mãos dos governantes das cidades, que era o representante do deus local. Desta forma recebem os rendimentos de parte das terras comuns e administram essas riquezas acumulando os mantimentos para toda a população, fabricando ou importando os utensílios de pedra e de metal para o trabalho e para a guerra, registrando as informações que conduzem a vida da comunidade. As cidades sumerianas, no início do II milênio a.C., já são muito grandes e abrigam várias dezenas de milhares de habitantes. São cercadas por um muro que as defendem e excluem o ambiente aberto natural do ambiente fechado da cidade. O campo em torno passa por uma transformação, isto é, em lugar do pântano e do deserto, encontramos uma paisagem artificial de campos, pastagens e pomares, percorrida pelos canais de irrigação. Já nas cidades os templos se diferenciam das casas comuns por ser maior e mais elevada. Englobam além do santuário e da torre-observatório (zigurates), laboratórios armazéns, lojas onde vivem e trabalham diversas categorias de especialistas.O terreno da cidade já é dividido entre propriedades particulares entre os cidadãos, porém o campo é administrado em comum pelas divindades.Até meados do III milênio, as cidades da Mesopotâmia formam outros Estados independentes, que lutam entre si para que haja a repartição da planície até então completamente colonizada. Estes conflitos acabam limitando o desenvolvimento econômico e só terminam com a vitória de um chefe que quando adquire o poder impõe seu domínio sobre toda a região. O primeiro fundador de um império estável é Sargão de Acad. Seu poder trouxe muitos empreendimentos como a fundação de novas cidades residenciais, onde a estrutura dominante passa a ser o palácio do rei e não mais o templo. Além disso houve a ampliação de algumas cidades que se tornaram capitais de um império, e

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onde se concentram não só o poder político, mas também os tráficos comerciai: Nínive, Babilônia. São as primeiras metrópoles de dimensões comparáveis as que existem atualmente. No Egito os estabelecimentos mais antigos forma eliminados pelas enchentes que aconteciam anualmente no Rio Nilo e as grandes cidades mais reentes como Mênfis e Tebas, se caracterizam por monumentos de pedra, tumbas e templos.A civilização egípcia foi formada no final do IV milênio a.C. Segundo os documentos encontrados nas tumbas reais o soberano no poder conquistou as aldeias e absorveu os poderes mágicos das divindades locais. Ele próprio era considerado um deus. Dessa forma, o faraó tem total domínio, sobre o país inteiro. Com isso, recebe um excedente de produtos bem maior que o dos sacerdotes asiáticos. De posse desses recursos ele constrói as obras públicas, as cidades, os templos dos deuses locais e nacionais, mas sobretudo sua tumba monumental, que simboliza a sua sobrevivência além da morte e garante que com a conservação do seu corpo, seu poder continuaria em proveito da comunidade.No III milênio essas tumbas aumentam de imponência à medida que o Egito se torna mais populoso e mais rico. A cidade divina é construída de pedra para que permaneça por toda a vida sem nenhum tipo de mudança. Além disso, é povoada de formas geométricas simples como pirâmides, prismas, obeliscos ou estátuas gigantescas como a grande esfinge, que não observam proporção com as medidas humanas. É habitada pelos mortos, e cercada por tudo o que é necessário para a vida eterna, porém é feita para ser vista de longe, como o fundo sempre presente das cidades dos vivos. Esta ao contrário é construída de tijolos, inclusive os palácios dos faraós no poder. Os operários empregados nas construções das pirâmides e dos templos tinham de morar com suas famílias nos acampamentos junto aos grandes monumentos e que eram abandonados tão logo terminassem o trabalho.  Entretanto, quando a crise econômica chegou em meados do III milênio e se reorganizou sob o médio império, no II milênio a.C. as duas cidades se fundem numa cidade única.Nesta mesma época a capital do médio império, Tebas, ainda está dividida em duas partes: de um lado, na margem direita do Nilo e a necrópole situada nos vales da margem esquerda. Porém os edifícios dominantes são os grandes templos construídos nas cidade dos vivos. As tumbas ficam escondidas nas rochas e permanecem visíveis somente os templos de acesso. Em volta das cidades se hospedam uma sociedade mais variada, onde a riqueza é mais espalhada. O faraó ocupa o topo desta hierarquia social, e seu poder se manifesta porque pode escolher para seus palácios e sua tumba, os melhores produtos, isto é, aqueles mais ricos e bem acabados. Do VI ao IV século a.C., todo o Oriente Médio é unificado no Império Persa, o que traz um longo período de paz e administração uniforme. Na residência monumental dos reis persas, Persépolis, os modelos arquitetônicos dos vários países do império são combinados entre si seguindo um rígido esquema cerimonial.

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A cidade no Extremo Oriente