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VIGOTSKI, L. S. (1930) A psique, a consciência, o inconsciente. In: ______. Teoria e método em Psicologia. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 138-159. Vias que se apresentam - Renunciar ao estudo da psique: reflexologia - Ter acesso à psique através do psíquico: psicologia descritiva - Conhecer a psique através do inconsciente: psicanálise Pensamento dialético: “Analisar os processos de desenvolvimento por um lado como processos contínuos e, por outro, como processos que são acompanhados por saltos, pelo aparecimento de novas qualidades” (p. 144) “A psicologia dialética parte, antes de mais nada, da unidade dos processos psíquicos e fisiológicos. Para a psicologia dialética a psique não é, como expressara Spinoza, algo que jaz além da natureza, um Estado dentro de outro, mas uma parte da própria natureza, ligada diretamente às funções da matéria altamente organizada de nosso cérebro. Assim como o resto da natureza, não foi criada, mas surgiu num processo de desenvolvimento. Suas formas embrionárias estão presentes desde o princípio: na própria célula viva mantêm-se as propriedades de mudar sob a influência de ações externas e de reagir a elas.” (p. 144) [A] - Processos cerebrais aperfeiçoados no desenvolvimento filogenético -> preparados pela história precedente da espécie -> salto que representa uma nova qualidade dos processos “A psique não deve ser considerada como uma série de processos especiais que existem acima e separados dos cerebrais, mas como expressão subjetiva desses mesmos processos, como uma faceta especial, uma característica

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Vigotski, fichamento, resumo, psicologia, epistemologia, metodologia

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VIGOTSKI, L. S. (1930) A psique, a consciência, o inconsciente. In: ______. Teoria e método em Psicologia. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 138-159.

Vias que se apresentam- Renunciar ao estudo da psique: reflexologia- Ter acesso à psique através do psíquico: psicologia descritiva- Conhecer a psique através do inconsciente: psicanálise

Pensamento dialético:“Analisar os processos de desenvolvimento por um lado como processos contínuos e, por outro, como processos que são acompanhados por saltos, pelo aparecimento de novas qualidades” (p. 144)

“A psicologia dialética parte, antes de mais nada, da unidade dos processos psíquicos e fisiológicos. Para a psicologia dialética a psique não é, como expressara Spinoza, algo que jaz além da natureza, um Estado dentro de outro, mas uma parte da própria natureza, ligada diretamente às funções da matéria altamente organizada de nosso cérebro. Assim como o resto da natureza, não foi criada, mas surgiu num processo de desenvolvimento. Suas formas embrionárias estão presentes desde o princípio: na própria célula viva mantêm-se as propriedades de mudar sob a influência de ações externas e de reagir a elas.” (p. 144)

[A]- Processos cerebrais aperfeiçoados no desenvolvimento filogenético

-> preparados pela história precedente da espécie-> salto que representa uma nova qualidade dos processos

“A psique não deve ser considerada como uma série de processos especiais que existem acima e separados dos cerebrais, mas como expressão subjetiva desses mesmos processos, como uma faceta especial, uma característica qualitativa especial das funções superiores do cérebro.” (p. 144)- Nova exigência metodológica

-> processos fisiológicos e psicológicos em sua totalidade-> aspectos subjetivos e objetivos considerados em unidade (não em identidade)

“Reconhecimento [pela psicologia dialética] de processos psicofisiológicos singulares e únicos, que constituem as formas superiores de comportamento do homem, aos quais propomos denominar processos psicológicos, diferentes dos psíquicos e por analogia aos chamados processos fisiológicos.” (p. 146)

- “Possibilidade e necessidade de um objetivo único e integral da psicologia como ciência” (p. 146)-> Objeto de estudo: processo integral do comportamento-> Componentes psíquicos e fisiológicos – processo único e integral

“Somente o conceito monista da psique permite formular de forma totalmente diferente a questão de seu significado biológico” (p. 148)

- “analisar um fenômeno em sua totalidade como uma configuração e suas partes como elementos orgânicos da mesma”

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- “descobrir a conexão significativa entre as partes e o todo, em saber considerar o processo psíquico em conexão orgânica nos limites de um processo integral mais complexo” (p. 149)

Por que foi necessária a introdução do conceito de inconsciente na Psicologia? (p. 151-152)1) a consciência dos fenômenos tem graus diversos, e o fenômeno não será menos psíquico não ser consciente2) existe uma dinâmica consciente-inconsciente na vida psíquica, com confronto entre elementos, irrupção à consciência, deslocamento, repetição inoportuna etc.3) a vida psíquica admite fenômenos fragmentários que são conservados ainda quando não se tenha consciência deles

Como a psicologia dialética formula o problema do inconsciente?“É psicológico o inconsciente e pode ser considerado dentro de outros fenômenos homogêneos como mais um aspecto dos processos de comportamento junto com os processos psicológicos a que nos referimos antes?” (p. 156)

- “Consideramos que em psicologia é completamente lícito falar do psicologicamente consciente e inconsciente: o inconsciente é potencialmente consciente”